2005/05/14
De: Alexandre Burmester - "Transportes"
Esclarecimento a António Lopes Dias,
Não estou de forma alguma contra o Metro, ao ter dito que sou contra "Sistemas ferroviários" dentro da cidade. Estou contra, e farto-me de o repetir com o entendimento que se tem da rede de Metro.
O Metro é um sistema de transportes urbano por excelência, mas como sabe, anda e deve andar subterrâneo. De outra forma, sendo urbano e andando à superfície, não é Metro mas sim um Eléctrico rápido. Ao contrário do Metro, o Eléctrico convive com as estruturas urbanas, e consequentemente com as pessoas.
Ora o entendimento que se tem do Metro do Porto, é a inclusão de uma rede ferroviária dentro do espaço urbano. E veja não preciso sequer de arranjar muitos argumentos para o provar, os factos falam por si: A linha em frente ao Hospital de S. João, a linha da Boavista, o descontentamento dos comerciantes em Matosinhos, e proximamente, porque andam os Gaiatos distraídos, o que lhes vai acontecer à Av. da Republica.
Por outro lado, e ao invés de termos comboios suburbanos, introduzem-se linhas de Metro até à Póvoa. Um dia destes, e com estes raciocínios poderemos ir de autocarro até Braga.
No espaço das cidades, não existe lugar nem aos comboios nem às auto-estradas, deveria haver lugar ao Metro, ao Eléctrico, a Autocarros com dimensões adequadas, e mais transportes públicos, e privados que estão em uso e que não são privilegiados. Deveria ainda haver lugar a um novo desenho das linhas de transportes.
O transporte individual, seja em automóvel, seja de mota, bicicleta, trotinete, ou patins, não é inimigo, é essencial e fundamental; Para todos deveria de haver condições adequadas. A política de transportes e de circulação na cidade, necessita é de novo conceitos e mais imaginação.
Nada disto é contrário à promoção de uma política pedonal. Ao contrário é complementar, porque esta será sempre a raiz de proximidade, preenchimento e continuidade dos espaços urbanos.
Alexandre Burmester, Arqto.
Não estou de forma alguma contra o Metro, ao ter dito que sou contra "Sistemas ferroviários" dentro da cidade. Estou contra, e farto-me de o repetir com o entendimento que se tem da rede de Metro.
O Metro é um sistema de transportes urbano por excelência, mas como sabe, anda e deve andar subterrâneo. De outra forma, sendo urbano e andando à superfície, não é Metro mas sim um Eléctrico rápido. Ao contrário do Metro, o Eléctrico convive com as estruturas urbanas, e consequentemente com as pessoas.
Ora o entendimento que se tem do Metro do Porto, é a inclusão de uma rede ferroviária dentro do espaço urbano. E veja não preciso sequer de arranjar muitos argumentos para o provar, os factos falam por si: A linha em frente ao Hospital de S. João, a linha da Boavista, o descontentamento dos comerciantes em Matosinhos, e proximamente, porque andam os Gaiatos distraídos, o que lhes vai acontecer à Av. da Republica.
Por outro lado, e ao invés de termos comboios suburbanos, introduzem-se linhas de Metro até à Póvoa. Um dia destes, e com estes raciocínios poderemos ir de autocarro até Braga.
No espaço das cidades, não existe lugar nem aos comboios nem às auto-estradas, deveria haver lugar ao Metro, ao Eléctrico, a Autocarros com dimensões adequadas, e mais transportes públicos, e privados que estão em uso e que não são privilegiados. Deveria ainda haver lugar a um novo desenho das linhas de transportes.
O transporte individual, seja em automóvel, seja de mota, bicicleta, trotinete, ou patins, não é inimigo, é essencial e fundamental; Para todos deveria de haver condições adequadas. A política de transportes e de circulação na cidade, necessita é de novo conceitos e mais imaginação.
Nada disto é contrário à promoção de uma política pedonal. Ao contrário é complementar, porque esta será sempre a raiz de proximidade, preenchimento e continuidade dos espaços urbanos.
Alexandre Burmester, Arqto.
De: Rui Moreira - "As corridas míticas, ..."
"... o Metro e a Avenida"
Quem passar (ou ficar imobilizado...) na parte ocidental da Avenida da Boavista e confrontar o que vê com as "imagens virtuais" que a CMP disponibilizou para justificar a passagem da linha laranja do metro, vai perceber que cheira a esturro...
Nota: Junto duas fotografias tiradas hoje. Na primeira vê-se as novas guias de granito que delimitarão o passeio do lado sul da avenida. A caixa que se vê, antigo respiro de um posto de transformação da EDP enterrado no local, estava antes no passeio, a guia do mesmo passava por fora dele... A segunda foto mostra um dos encaixes metálicos que há-de servir para fixar os "rails" metálicos da corrida mítica. Preferia que se continuassem a usar os fardos de palha como no passado, quando acabassem as corridas, obrigávamos alguns inteligentes a devorá-los...
Rui Moreira
Quem passar (ou ficar imobilizado...) na parte ocidental da Avenida da Boavista e confrontar o que vê com as "imagens virtuais" que a CMP disponibilizou para justificar a passagem da linha laranja do metro, vai perceber que cheira a esturro...
- A faixa central onde antes havia as árvores e as duas linhas de eléctrico já foi significativamente alargada.
- Por isso, os passeios laterais estão a ser sacrificados.
- Os passeios serão tão estreitos que não haverá lugar para árvores.
- Foi por isso que, para além das árvores da faixa central, também foram arrancadas as tílias que ladeavam o muro do parque da cidade.
Nota: Junto duas fotografias tiradas hoje. Na primeira vê-se as novas guias de granito que delimitarão o passeio do lado sul da avenida. A caixa que se vê, antigo respiro de um posto de transformação da EDP enterrado no local, estava antes no passeio, a guia do mesmo passava por fora dele... A segunda foto mostra um dos encaixes metálicos que há-de servir para fixar os "rails" metálicos da corrida mítica. Preferia que se continuassem a usar os fardos de palha como no passado, quando acabassem as corridas, obrigávamos alguns inteligentes a devorá-los...
Rui Moreira
De: TAF - "Notícias soltas"
- Contas ao mandato de Rio
- Oposição teme "défice oculto" por incumprimento de acordos
- Gestão autárquica no concelho merece pontos de vista diferentes na Assembleia Municipal
- Contas de 2004 da Câmara do Porto aprovadas em clima de balanço
- "O PS é o cúmulo da incompetência"
- Empresa recorre da anulação de projecto pela Câmara do Porto
- Provedor dos deficientes defende túnel de Ceuta junto ao museu
- Factura das obras do metro com aumento de 90 milhões
- Exposição de banda desenhada abre hoje na biblioteca Almeida Garrett
- O blog no Comércio
- Oposição teme "défice oculto" por incumprimento de acordos
- Gestão autárquica no concelho merece pontos de vista diferentes na Assembleia Municipal
- Contas de 2004 da Câmara do Porto aprovadas em clima de balanço
- "O PS é o cúmulo da incompetência"
- Empresa recorre da anulação de projecto pela Câmara do Porto
- Provedor dos deficientes defende túnel de Ceuta junto ao museu
- Factura das obras do metro com aumento de 90 milhões
- Exposição de banda desenhada abre hoje na biblioteca Almeida Garrett
- O blog no Comércio
2005/05/13
De: F. Rocha Antunes - "Faites la liaison"
Meus caros,
Hoje ficámos a saber que o deficit das contas públicas afinal é, no mínimo, de 4,9%, segundo a Comissão Europeia, e parece que os números a que chegou a comissão presidida por Victor Constâncio apontam para 7.0%!!!
O que me parece incrível é não se entender de vez que são as práticas dos diferentes responsáveis públicos que levam a este resultado. Convém que todos se recordem disso quando os inevitáveis e dolorosos cortes, normalmente à custa de quem mais precisa, vierem por aí.
Pode-se perguntar o que é que isto tem a ver com a Baixa do Porto. Eu explico. Também na Baixa do Porto, mas infelizmente por todo o restante território, se praticam actos de gestão pública que conduzem, todos somados, a este número final do deficit. Especificando, apenas com o caso da Avenida dos Aliados, mas que poderia igualmente verificar-se em tantos outros:
E assim se constrói um deficit das contas públicas…. Com ineficiências que no futuro vão ter de ser corrigidas e, como tal, gerar mais despesa pública e como tal, mais uma ajudinha para os déficit’s futuros…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Hoje ficámos a saber que o deficit das contas públicas afinal é, no mínimo, de 4,9%, segundo a Comissão Europeia, e parece que os números a que chegou a comissão presidida por Victor Constâncio apontam para 7.0%!!!
O que me parece incrível é não se entender de vez que são as práticas dos diferentes responsáveis públicos que levam a este resultado. Convém que todos se recordem disso quando os inevitáveis e dolorosos cortes, normalmente à custa de quem mais precisa, vierem por aí.
Pode-se perguntar o que é que isto tem a ver com a Baixa do Porto. Eu explico. Também na Baixa do Porto, mas infelizmente por todo o restante território, se praticam actos de gestão pública que conduzem, todos somados, a este número final do deficit. Especificando, apenas com o caso da Avenida dos Aliados, mas que poderia igualmente verificar-se em tantos outros:
- Fez-se uma estação de metro desnecessária, no meio da Avenida. Desnecessária porque, na mesma linha, tem uma estação 200 metros acima, a da Trindade, e outra 300 metros abaixo, a de S.Bento. Coisa que não custou, só a estação, menos de 5 milhões de euros.
- Depois, o projecto da estação foi tão bem feito que as saídas à superfície forma colocadas em locais que actualmente são faixas de rodagem. O que obriga a corrigir as faixas de rodagem. Desnecessário também, se tivessem sido melhor estudadas.
- Em terceiro lugar, já que se tinha de corrigir os passeios por causa das novas faixas de rodagem, aproveita-se para fazer “obra” para mostrar em tempo de eleições e decide-se reformular toda o espaço desde a CMP até à entrada da Ponte D. Luís, quando apenas o que era preciso era arranjar o espaço à superfície de S. Bento até à Ponte. Tira-se a calçada que existe, porque a moda da arquitectura assim o exige, e que vai ser removida em condições de ser implantada noutro local. Temos aqui mais uma obra maior do que era preciso e uma outra que, no futuro, vai ter de ser feita, a de implantar a calçada noutro sítio.
E assim se constrói um deficit das contas públicas…. Com ineficiências que no futuro vão ter de ser corrigidas e, como tal, gerar mais despesa pública e como tal, mais uma ajudinha para os déficit’s futuros…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Cristina Santos - "Assegurar a defesa e ... "
"... a valorização da calçada de vidraço à portuguesa"
Projecto de Lei nº 189/IX:
Assegura a defesa e a valorização da calçada de vidraço à portuguesa
Vale a pena juntar este link, para complemento do post de Matteo Tiepolo.
Documento completo - aqui.
Cristina Santos
Projecto de Lei nº 189/IX:
Assegura a defesa e a valorização da calçada de vidraço à portuguesa
Vale a pena juntar este link, para complemento do post de Matteo Tiepolo.
Documento completo - aqui.
Cristina Santos
De: João Coelho - "Túnel de Ceuta"
Vale a pena ler o doc preparado pela CMP (e disponível no Blasfémias). Há muitos factos que poderão facilmente ser comprovados ou desmentidos.
Cumprimentos.
Joao Coelho
--
Nota de TAF: Este documento também está online no site da CMP.
Cumprimentos.
Joao Coelho
--
Nota de TAF: Este documento também está online no site da CMP.
De: Matteo Tiepolo - "Calçada não Portuguesa"
As vezes não percebo os Portugueses! Em toda Europa se encontram espaços pavimentados com cubos serrados de granito, até em italiano tais cubos são chamados “sampietrini” sendo a pavimentação de toda a Praça de São Pedro feita com tais cubos.
Mas em alguns municípios se tenta fazer algo de diferente e para o efeito se pede o suporte de peritos portugueses para fazer troços de “calçada à portuguesa” no centro das próprias cidades.
No Porto é o contrário, se elimina uma pavimentação característica e peculiar (não entro em comentários estéticos que são subjectivos) para banalizar o ponto mais central da cidade! Mas na realidade uma diferença respeito a todas as outras pavimentações similares em Europa existe: não são colocados cubos mas prismas com altura inferior aos lados da superfície. Não consigo a perceber em que sejam melhores, mas eu não sou um perito de calçadas (não sou português).
Mas o mundo muda e se continua desta forma não será de se surpreender se a Câmara de Venezia um dia decidirá de asfaltar os canais para se uniformar ao resto das cidades europeias.
Mas em alguns municípios se tenta fazer algo de diferente e para o efeito se pede o suporte de peritos portugueses para fazer troços de “calçada à portuguesa” no centro das próprias cidades.
No Porto é o contrário, se elimina uma pavimentação característica e peculiar (não entro em comentários estéticos que são subjectivos) para banalizar o ponto mais central da cidade! Mas na realidade uma diferença respeito a todas as outras pavimentações similares em Europa existe: não são colocados cubos mas prismas com altura inferior aos lados da superfície. Não consigo a perceber em que sejam melhores, mas eu não sou um perito de calçadas (não sou português).
Mas o mundo muda e se continua desta forma não será de se surpreender se a Câmara de Venezia um dia decidirá de asfaltar os canais para se uniformar ao resto das cidades europeias.
De: Cristina Santos - "A prioridade"
O programa do próximo executivo tem que assentar numa exigência a fazer ao governo central, que vise a recuperação do edificado e a instalação de empresas com qualidade.
A cidade está deserta ao ponto de os engarrafamentos se verificarem apenas na VCI ou nas zonas limites, já não se distinguem os dias da semana pelo movimento e posso garantir-vos que há dois anos sabia que horas eram de manhã, pelo início do fluxo. Posto isto, a prioridade do próximo executivo deve versar o seguinte:
O estado tem que assumir a sua responsabilidade pela conservação do património, deve criar legislação fiscal que o incentive, nomeadamente no que versa a área empresarial.
Os edifícios históricos ou antigos tomaram um carácter elitista e distinto, portanto podem ser aproveitados por empresas que visem distinguir-se do cenário comercial actual – vulgo armazém.
O Património ou a massa edificada só pode ser conservada se o estado assumir, sob a forma de incentivo, a sua responsabilidade, de outra forma torna-se inaceitável que instituições exijam a salvaguarda do património e os custos sejam apenas do investidor ou proprietário.
É urgente criar medidas ficais de incentivo ao restauro, como forma de contrapartida, para sediar empresas que gerem postos de trabalho duradouros.
O restauro e conservação têm que dispor de legislação, recursos públicos e contrapartidas que visem oportunidades de negócios.
Se existirem contrapartidas fiscais e de incentivo à ocupação desse imóveis, julgo que a grande maioria não perderá a oportunidade de ocupar um local estimado pela opinião publica, diferente e prestigiante, até porque daí resulta um excelente marketing.
Ora o incentivo a esse uso proporciona a recuperação, gera postos de trabalho e transmite segurança aos locais. Sem restaurar a cidade não há desenvolvimento, não há trânsito, pessoas ou crianças.
No que diz respeito à massa edificada e ocupada com contratos de arrendamento de há 30 anos atrás, fora dos limites da SRU, o estado deve manter os programas em vigor, Recria, Reabilita e Solarh, é suficiente visitar o site da C.M. de Lisboa para observar o número de intervenções feitas ao abrigo destes programas.
Não vejo outra solução que não seja a minimização das condições de insalubridade, para estas situações. Claro que podíamos admitir a hipótese de venda, comercialização e reocupação desses espaços, mas nesse caso estaríamos a criar desigualdades que não são necessárias, estaríamos a destituir-nos de população útil e dos seus descendentes.
Em resumo o próximo executivo tem que apresentar como prioridade a conservação do edificado histórico, como forma de sedentarização de empresas geradoras de postos de trabalho, tem que zelar pelas condições de habitabilidade no edificado atípico, tudo com vista ao turismo, prestígio e captação de novas gerações.
Cristina Santos
A cidade está deserta ao ponto de os engarrafamentos se verificarem apenas na VCI ou nas zonas limites, já não se distinguem os dias da semana pelo movimento e posso garantir-vos que há dois anos sabia que horas eram de manhã, pelo início do fluxo. Posto isto, a prioridade do próximo executivo deve versar o seguinte:
O estado tem que assumir a sua responsabilidade pela conservação do património, deve criar legislação fiscal que o incentive, nomeadamente no que versa a área empresarial.
Os edifícios históricos ou antigos tomaram um carácter elitista e distinto, portanto podem ser aproveitados por empresas que visem distinguir-se do cenário comercial actual – vulgo armazém.
O Património ou a massa edificada só pode ser conservada se o estado assumir, sob a forma de incentivo, a sua responsabilidade, de outra forma torna-se inaceitável que instituições exijam a salvaguarda do património e os custos sejam apenas do investidor ou proprietário.
É urgente criar medidas ficais de incentivo ao restauro, como forma de contrapartida, para sediar empresas que gerem postos de trabalho duradouros.
O restauro e conservação têm que dispor de legislação, recursos públicos e contrapartidas que visem oportunidades de negócios.
Se existirem contrapartidas fiscais e de incentivo à ocupação desse imóveis, julgo que a grande maioria não perderá a oportunidade de ocupar um local estimado pela opinião publica, diferente e prestigiante, até porque daí resulta um excelente marketing.
Ora o incentivo a esse uso proporciona a recuperação, gera postos de trabalho e transmite segurança aos locais. Sem restaurar a cidade não há desenvolvimento, não há trânsito, pessoas ou crianças.
No que diz respeito à massa edificada e ocupada com contratos de arrendamento de há 30 anos atrás, fora dos limites da SRU, o estado deve manter os programas em vigor, Recria, Reabilita e Solarh, é suficiente visitar o site da C.M. de Lisboa para observar o número de intervenções feitas ao abrigo destes programas.
Não vejo outra solução que não seja a minimização das condições de insalubridade, para estas situações. Claro que podíamos admitir a hipótese de venda, comercialização e reocupação desses espaços, mas nesse caso estaríamos a criar desigualdades que não são necessárias, estaríamos a destituir-nos de população útil e dos seus descendentes.
Em resumo o próximo executivo tem que apresentar como prioridade a conservação do edificado histórico, como forma de sedentarização de empresas geradoras de postos de trabalho, tem que zelar pelas condições de habitabilidade no edificado atípico, tudo com vista ao turismo, prestígio e captação de novas gerações.
Cristina Santos
De: António Lopes Dias - "Programa"
Estou de acordo, no essencial, com Alexandre Burmester quanto às 10 ideias sobre um "Programa para o próximo executivo".
Em especial relativamente à necessidade de existir uma política integrada de e para toda a Área Metropolitana.
Só assim haverá massa crítica, planificação e recursos para construir uma metrópole capacitada para competir, a nível interno e a nível externo, com outras áreas metropolitanas, e fugir à periferia de uma Europa (e um Mundo) globalizado.
O "desenvolvimento" começará por isto mesmo: ser-se capaz de pensar e planificar macro, definindo as estratégias não apenas para a cidade mas também para a região.
Claro que discordo de A.B. apenas no que respeita à não permissão da "introdução de sistemas ferroviários (Metro)" na cidade, quando o mesmo já por aí circula (com enormes vantagens na mobilidade das pessoas); suponho que aquela restrição continua a ter como alvo o Metro na Boavista...Francamente, não sei como se pretende "promover uma política pedonal" e, simultâneamente, proibir o Metro! Mas deixemos isto.
Sei que não é fácil, mas um Programa deveria ser desenvolvido nas diversas políticas estratégicas (transportes - incluindo o aéreo -, economia, saúde, urbanismo, lazer, educação, cultura, turismo e acção social) e, partindo das políticas, fixar os objectivos com as acções concretas e respectivos meios e timings.
Defendo ainda que a Baixa do Porto e a sua reabilitação não pode ser dissociada da reabilitação e revitalização do Centro Histórico do Porto e de Gaia, e o rio um elemento integrador e integrado desta reabilitação.Aqui, é fundamental criar "projectos âncora".
Por isso insisto nas parcerias e no papel que a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (FDZHP) deveria ter neste processo. Não apenas no redutor papel de intervenção social (?) a que querem limitar, mas principalmente nas suas duas vertentes integradas: a da reabilitação física do edificado e da revitalização do tecido social.
Lembro, a propósito de projectos âncora, que a que a FDZHP era (é?) proprietária do edifício conhecido por "Bateria da Vitória", situado no Miradouro da Rua de S. Miguel (Freguesia da Vitória), edifício com 3 frentes urbanas e excelentes vistas panorâmicas; precisamente, uma das últimas acções em que intervim foi na reflexão sobre este edifício como um dos futuros projecto âncora do Centro Histórico.
Na educação deve ser pensada uma correcta distribuição da rede escolar, e a atribuição de competências maiores às autarquias locais, nos aspectos logísticos (transportes, segurança, refeitórios, conservação).
Aproveito para, sobre cultura, subescrever as considerações de David Afonso quanto à BPMP e BMAG. E, por exemplo, criar junto dos polos desconcentrados das mesmas, cibercafés ou cafés-tertúlias.
Neste aspecto (da cultura), é fundamental também desenvolver acções que incentivem o acesso, a utilização, a fruição das muitas estruturas já existentes (Serralves, Soares dos Reis, Casa da Música, S. João, Carlos Alberto, Coliseu, Rivoli, Batalha (?), Cadeia da Relação, S. bento da Vitória, etc.) com programação que, sem perda da qualidade, contribuam para a democratização da cultura. O gosto por ela passa pela aprendizagem, mas também pelo ver, ouvir, sentir, fruir. Serralves tem sido um bom exemplo.
Espero que Francisco Assis cumpra o compromisso de "fazer da questão metropolitana uma questão central autárquica"...
Ah, e que todos os projectos de Arquitectura sejam mesmo de arquitectos!
Saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
Em especial relativamente à necessidade de existir uma política integrada de e para toda a Área Metropolitana.
Só assim haverá massa crítica, planificação e recursos para construir uma metrópole capacitada para competir, a nível interno e a nível externo, com outras áreas metropolitanas, e fugir à periferia de uma Europa (e um Mundo) globalizado.
O "desenvolvimento" começará por isto mesmo: ser-se capaz de pensar e planificar macro, definindo as estratégias não apenas para a cidade mas também para a região.
Claro que discordo de A.B. apenas no que respeita à não permissão da "introdução de sistemas ferroviários (Metro)" na cidade, quando o mesmo já por aí circula (com enormes vantagens na mobilidade das pessoas); suponho que aquela restrição continua a ter como alvo o Metro na Boavista...Francamente, não sei como se pretende "promover uma política pedonal" e, simultâneamente, proibir o Metro! Mas deixemos isto.
Sei que não é fácil, mas um Programa deveria ser desenvolvido nas diversas políticas estratégicas (transportes - incluindo o aéreo -, economia, saúde, urbanismo, lazer, educação, cultura, turismo e acção social) e, partindo das políticas, fixar os objectivos com as acções concretas e respectivos meios e timings.
Defendo ainda que a Baixa do Porto e a sua reabilitação não pode ser dissociada da reabilitação e revitalização do Centro Histórico do Porto e de Gaia, e o rio um elemento integrador e integrado desta reabilitação.Aqui, é fundamental criar "projectos âncora".
Por isso insisto nas parcerias e no papel que a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (FDZHP) deveria ter neste processo. Não apenas no redutor papel de intervenção social (?) a que querem limitar, mas principalmente nas suas duas vertentes integradas: a da reabilitação física do edificado e da revitalização do tecido social.
Lembro, a propósito de projectos âncora, que a que a FDZHP era (é?) proprietária do edifício conhecido por "Bateria da Vitória", situado no Miradouro da Rua de S. Miguel (Freguesia da Vitória), edifício com 3 frentes urbanas e excelentes vistas panorâmicas; precisamente, uma das últimas acções em que intervim foi na reflexão sobre este edifício como um dos futuros projecto âncora do Centro Histórico.
Na educação deve ser pensada uma correcta distribuição da rede escolar, e a atribuição de competências maiores às autarquias locais, nos aspectos logísticos (transportes, segurança, refeitórios, conservação).
Aproveito para, sobre cultura, subescrever as considerações de David Afonso quanto à BPMP e BMAG. E, por exemplo, criar junto dos polos desconcentrados das mesmas, cibercafés ou cafés-tertúlias.
Neste aspecto (da cultura), é fundamental também desenvolver acções que incentivem o acesso, a utilização, a fruição das muitas estruturas já existentes (Serralves, Soares dos Reis, Casa da Música, S. João, Carlos Alberto, Coliseu, Rivoli, Batalha (?), Cadeia da Relação, S. bento da Vitória, etc.) com programação que, sem perda da qualidade, contribuam para a democratização da cultura. O gosto por ela passa pela aprendizagem, mas também pelo ver, ouvir, sentir, fruir. Serralves tem sido um bom exemplo.
Espero que Francisco Assis cumpra o compromisso de "fazer da questão metropolitana uma questão central autárquica"...
Ah, e que todos os projectos de Arquitectura sejam mesmo de arquitectos!
Saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
De: David Afonso - "Notas Breves"
( + ) O Governo quer alargar as competências das SRUs dotando-as de instrumentos de revitalização social e funcional. É o reconheciemnto de que a reabilitação das cidades não pode ser feita centrada exclusivamente sobre o imobiliário.
( + ) A nova Lei do Arrendamento será apresentada em Julho.
( = ) Assis apresenta candidatura à CMP. Não entusiasmou.
( - ) A Câmara procedeu ao realojamento de alguns idosos que viviam na Ribeira. Dada a má conservação dos imóveis não havia outra alternativa. Só que a Segurança Social desembolsará 1350 euros (!)/mês para pagar a pensão onde ficarão alojados por tempo indeterminado. Por esse preço não poderiam ficar numa casa condigna? Quando a SRU avançar para o terreno estas situações irão multiplica-se. Estará previsto algum plano de contigência para os residentes?
( - ) A SRU/Porto Vivo continua a disponibilizar no seu site apenas fragmentos da proposta de plano estratégico para o quarteirão-piloto Carlos Alberto e do Infante nem sequer isso. Senhores! Parece-me que é hora de abrirem o jogo...
David Afonso
attalaia@gmail.com
( + ) A nova Lei do Arrendamento será apresentada em Julho.
( = ) Assis apresenta candidatura à CMP. Não entusiasmou.
( - ) A Câmara procedeu ao realojamento de alguns idosos que viviam na Ribeira. Dada a má conservação dos imóveis não havia outra alternativa. Só que a Segurança Social desembolsará 1350 euros (!)/mês para pagar a pensão onde ficarão alojados por tempo indeterminado. Por esse preço não poderiam ficar numa casa condigna? Quando a SRU avançar para o terreno estas situações irão multiplica-se. Estará previsto algum plano de contigência para os residentes?
( - ) A SRU/Porto Vivo continua a disponibilizar no seu site apenas fragmentos da proposta de plano estratégico para o quarteirão-piloto Carlos Alberto e do Infante nem sequer isso. Senhores! Parece-me que é hora de abrirem o jogo...
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: António Moreira - "Eu gostava de ser capaz..."
"... de explicar, mas"
Obras nos Aliados sem aval do IPPAR
DE TAF: "Alguém me explique por favor:"
Caro Tiago
"Independentemente de outras questões, não seria obrigatório o IPPAR requerer o embargo da obra se ela está em curso de forma ilegal? "
Não sei, mas se não é, devia ser!
"E, se for assim e o IPPAR não o fez, não deveriam os responsáveis pelo IPPAR ser colocados em tribunal por fuga às suas responsabilidades? "
Absolutamente de acordo!
"Por outro lado, confirmando-se o desrespeito sistemático e consciente da Câmara relativamente à necessidade de obter os pareceres do IPPAR, não deverão ser também processados individualmente os culpados pela situação na CMP , sejam eles funcionários da autarquia ou membros do executivo? "
Também absolutamente de acordo, apenas não compreendo o "sistemático e consciente", parece-me que "desrespeito" é suficiente (se não for "consciente" é incompetência).
"Mesmo apenas do ponto de vista estritamente económico, a proposta que fiz aqui não seria um investimento altamente compensador ? "
Entendo que sim Tiago, e espero pela evolução das suas propostas.
De qualquer forma gostaria de tecer mais algumas (ligeiras) considerações:
Quanto ao IPPAR:
A exemplo do caso do "túnel" também neste caso parece que o IPPAR se preparava para "olhar para o lado", preferindo ignorar a situação e deixar que o "facto" se consumasse.
Tal como no caso do "túnel" o IPPAR parece só actuar se houver denúncia, pelo que, espero, a carta da "Campo Aberto" e a visibilidade criada nos Jornais, já seja suficiente para forçar o IPPAR a cumprir as suas obrigações.
Claro que, caso o IPPAR actue, como é sua obrigação se bem que a "contra gosto", temos que estar preparados para ouvir a CMP repetir a ladainha dos "interesses partidários".
Quanto à "participação cívica":
Espero que mais este caso (enquanto todos se vão alheando do que se passa na Av. da Boavista) deverá ser suficiente para fazer perceber que tem que se encontrar formas eficazes de actuação.
Continuam-se a multiplicar os "blogs", mas, tirando um reforço da informação, não se vislumbra qualquer eficácia.
Urge encontrar a forma de, ao menos em algumas situações, forçar a que as leis sejam cumpridas por quem tem mais obrigação de as cumprir (neste caso a CMP e o IPPAR) e o desplante de as impor aos outros.
Não podemos confiar nos partidos, para estas acções, dado entenderem que a sua actuação deve ser apenas política e não via tribunais (já batalhei este assunto no "forumSEDE").
Por outro lado, não tenho a mais pequena dúvida de que, quanto aos mesmos assuntos, os partidos (ou pelo menos os do centrão PSD/PS) assumem com a maior facilidade uma posição, ou a posição oposta, consoante estejam no poder ou na oposição, sendo nisso seguidos pela maioria da "opinião pública", consoante as suas simpatias partidárias (pelo que alerto para alguns "entusiasmos").
Continuo a entender que, conforme já escrevi anteriormente:
"….. é também necessário prevenir, evitando que esses actos sejam praticados, quando o seu conhecimento é público em tempo oportuno, ou limitando os seus danos, conseguindo a sua interrupção o mais cedo possível, quando já iniciados, com a necessária reposição dos bens lesados e punição dos responsáveis.
Assim as prioridades seriam EVITAR, LIMITAR e RESPONSABILIZAR.
Para isso será necessário obter INFORMAÇÃO, divulgar e discutir essa informação, em "blogs", na comunicação social ou num "fórum".
DECIDIR onde, quando e como actuar, de forma mais ou menos "democrática".
Obter os MEIOS FINANCEIROS que sustentem a ACÇÃO.
AGIR."
Cumprimentos
António Moreira
Obras nos Aliados sem aval do IPPAR
DE TAF: "Alguém me explique por favor:"
Caro Tiago
"Independentemente de outras questões, não seria obrigatório o IPPAR requerer o embargo da obra se ela está em curso de forma ilegal? "
Não sei, mas se não é, devia ser!
"E, se for assim e o IPPAR não o fez, não deveriam os responsáveis pelo IPPAR ser colocados em tribunal por fuga às suas responsabilidades? "
Absolutamente de acordo!
"Por outro lado, confirmando-se o desrespeito sistemático e consciente da Câmara relativamente à necessidade de obter os pareceres do IPPAR, não deverão ser também processados individualmente os culpados pela situação na CMP , sejam eles funcionários da autarquia ou membros do executivo? "
Também absolutamente de acordo, apenas não compreendo o "sistemático e consciente", parece-me que "desrespeito" é suficiente (se não for "consciente" é incompetência).
"Mesmo apenas do ponto de vista estritamente económico, a proposta que fiz aqui não seria um investimento altamente compensador ? "
Entendo que sim Tiago, e espero pela evolução das suas propostas.
De qualquer forma gostaria de tecer mais algumas (ligeiras) considerações:
Quanto ao IPPAR:
A exemplo do caso do "túnel" também neste caso parece que o IPPAR se preparava para "olhar para o lado", preferindo ignorar a situação e deixar que o "facto" se consumasse.
Tal como no caso do "túnel" o IPPAR parece só actuar se houver denúncia, pelo que, espero, a carta da "Campo Aberto" e a visibilidade criada nos Jornais, já seja suficiente para forçar o IPPAR a cumprir as suas obrigações.
Claro que, caso o IPPAR actue, como é sua obrigação se bem que a "contra gosto", temos que estar preparados para ouvir a CMP repetir a ladainha dos "interesses partidários".
Quanto à "participação cívica":
Espero que mais este caso (enquanto todos se vão alheando do que se passa na Av. da Boavista) deverá ser suficiente para fazer perceber que tem que se encontrar formas eficazes de actuação.
Continuam-se a multiplicar os "blogs", mas, tirando um reforço da informação, não se vislumbra qualquer eficácia.
Urge encontrar a forma de, ao menos em algumas situações, forçar a que as leis sejam cumpridas por quem tem mais obrigação de as cumprir (neste caso a CMP e o IPPAR) e o desplante de as impor aos outros.
Não podemos confiar nos partidos, para estas acções, dado entenderem que a sua actuação deve ser apenas política e não via tribunais (já batalhei este assunto no "forumSEDE").
Por outro lado, não tenho a mais pequena dúvida de que, quanto aos mesmos assuntos, os partidos (ou pelo menos os do centrão PSD/PS) assumem com a maior facilidade uma posição, ou a posição oposta, consoante estejam no poder ou na oposição, sendo nisso seguidos pela maioria da "opinião pública", consoante as suas simpatias partidárias (pelo que alerto para alguns "entusiasmos").
Continuo a entender que, conforme já escrevi anteriormente:
"….. é também necessário prevenir, evitando que esses actos sejam praticados, quando o seu conhecimento é público em tempo oportuno, ou limitando os seus danos, conseguindo a sua interrupção o mais cedo possível, quando já iniciados, com a necessária reposição dos bens lesados e punição dos responsáveis.
Assim as prioridades seriam EVITAR, LIMITAR e RESPONSABILIZAR.
Para isso será necessário obter INFORMAÇÃO, divulgar e discutir essa informação, em "blogs", na comunicação social ou num "fórum".
DECIDIR onde, quando e como actuar, de forma mais ou menos "democrática".
Obter os MEIOS FINANCEIROS que sustentem a ACÇÃO.
AGIR."
Cumprimentos
António Moreira
De: F. Rocha Antunes - "Mais cedo ou mais tarde..."
Meus Caros,
Como já tinha dito antes o IPPAR tem de se pronunciar sobre as obras na Avenida dos Aliados.
E, como eu sempre tenho escrito, esse organismo tem métodos de actuação que não são fáceis de entender. Daí a minha insistência permanente da necessidade da publicação dos seus pareceres (todos) e da definição de melhores práticas para que se perceba como é que a defesa do património é feita no concreto.
As declarações dos responsáveis locais do IPPAR à imprensa nos últimos dias são esclarecedoras: O IPPAR tem acompanhado permanentemente a evolução do projecto do Metro para a Avenida dos Aliados, mas vai dizendo é preciso obter uma aprovação final por parte desse organismo. Ou seja, é mais uma vez o vamos andando e depois vê-se. O facto de o IPPAR assumir uma posição participativa no acompanhamento de qualquer projecto não é nenhum mal, mas o que já não se percebe é que depois, caso não concordem com alguma coisa, se venham indignar por os pareceres não terem sido pedidos em tempo.
Não se pode assumir uma posição flexível na metodologia de apreciação dos projectos e, no caso de depois não se chegar a um acordo, vir alegar que o processo não foi formalmente solicitado. Isto chama-se má-fé, não tem outro nome.
Ou eu muito me engano, ou vamos ter na Avenida dos Aliados uma reedição do que aconteceu com a saída do Túnel de Ceuta. O IPPAR também acompanhou o desenvolvimento na obra, através das reuniões quinzenais que tem com a CMP ao abrigo do protocolo existente entre as duas entidades mas, como não concordou com alguma coisa no fim do processo, veio alegar que a formalidade de apreciação prévia do projecto não foi cumprida. E batem até hoje no peito a jurar a ilegalidade do procedimento da CMP omitindo a sua anuência ao método de apreciação em que estiveram envolvidos, tal como agora estão no caso da Avenida dos Aliados. Só mesmo a falta de jeito do Presidente da CMP, associada à sua incontrolável beligerância, impediu que isso fosse claro para todos.
Vamos assistir aos próximos episódios da Avenida dos Aliados para ver se eu estou enganado.
Sem querer ser chato, toda a gente mostra o projecto de intervenção do metro de reabilitação do espaço público como se ele fosse apenas limitado aos Aliados, mas omitem sistematicamente o resto do projecto, que se estende até à ponte D. Luís I. Porque será? Por ser a parte do projecto que resolve a velha questão da Avenida da Ponte? Ou para não se perceber que a coisa mais importante que o Metro devia fazer, que era assegurar a inter-modalidade entre modos de transporte não é cumprida ao não se fazer a ligação física entre a Estação de S. Bento e a estação do metro em frente, apesar do tamanho e extensão das obras que foram feitas?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – Concordo com a proposta de programa de cidade de Alexandre Burmester e com as excelentes sugestões de David Afonso em relação às bibliotecas municipais do Porto (eu já aqui tinha dito um bocadinho do mesmo)
Como já tinha dito antes o IPPAR tem de se pronunciar sobre as obras na Avenida dos Aliados.
E, como eu sempre tenho escrito, esse organismo tem métodos de actuação que não são fáceis de entender. Daí a minha insistência permanente da necessidade da publicação dos seus pareceres (todos) e da definição de melhores práticas para que se perceba como é que a defesa do património é feita no concreto.
As declarações dos responsáveis locais do IPPAR à imprensa nos últimos dias são esclarecedoras: O IPPAR tem acompanhado permanentemente a evolução do projecto do Metro para a Avenida dos Aliados, mas vai dizendo é preciso obter uma aprovação final por parte desse organismo. Ou seja, é mais uma vez o vamos andando e depois vê-se. O facto de o IPPAR assumir uma posição participativa no acompanhamento de qualquer projecto não é nenhum mal, mas o que já não se percebe é que depois, caso não concordem com alguma coisa, se venham indignar por os pareceres não terem sido pedidos em tempo.
Não se pode assumir uma posição flexível na metodologia de apreciação dos projectos e, no caso de depois não se chegar a um acordo, vir alegar que o processo não foi formalmente solicitado. Isto chama-se má-fé, não tem outro nome.
Ou eu muito me engano, ou vamos ter na Avenida dos Aliados uma reedição do que aconteceu com a saída do Túnel de Ceuta. O IPPAR também acompanhou o desenvolvimento na obra, através das reuniões quinzenais que tem com a CMP ao abrigo do protocolo existente entre as duas entidades mas, como não concordou com alguma coisa no fim do processo, veio alegar que a formalidade de apreciação prévia do projecto não foi cumprida. E batem até hoje no peito a jurar a ilegalidade do procedimento da CMP omitindo a sua anuência ao método de apreciação em que estiveram envolvidos, tal como agora estão no caso da Avenida dos Aliados. Só mesmo a falta de jeito do Presidente da CMP, associada à sua incontrolável beligerância, impediu que isso fosse claro para todos.
Vamos assistir aos próximos episódios da Avenida dos Aliados para ver se eu estou enganado.
Sem querer ser chato, toda a gente mostra o projecto de intervenção do metro de reabilitação do espaço público como se ele fosse apenas limitado aos Aliados, mas omitem sistematicamente o resto do projecto, que se estende até à ponte D. Luís I. Porque será? Por ser a parte do projecto que resolve a velha questão da Avenida da Ponte? Ou para não se perceber que a coisa mais importante que o Metro devia fazer, que era assegurar a inter-modalidade entre modos de transporte não é cumprida ao não se fazer a ligação física entre a Estação de S. Bento e a estação do metro em frente, apesar do tamanho e extensão das obras que foram feitas?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – Concordo com a proposta de programa de cidade de Alexandre Burmester e com as excelentes sugestões de David Afonso em relação às bibliotecas municipais do Porto (eu já aqui tinha dito um bocadinho do mesmo)
De: Miguel Brás da Cunha - "Programa..."
"... para o próximo executivo"
Li, com atenção, o post do Arq. Alexandre Burmester sobre o programa para o próximo executivo da CMP. Concordando, genericamente, com as propostas aí contidas, permito-me «burilar» uma das ideias apresentadas:
- Proposta de redefinição dos limites «novecentistas» dos Concelhos do Porto, de Vila Nova de Gaia, de Matosinhos, de Valongo e de Gondomar, de modo a permitir uma efectiva articulação de políticas e de praxis na área do grande Porto e, consequentemente, uma clara responsabilização dos decisores. A criação de organismos/entidades de dimensão mais alargada aos quais falte a legitimidade democrática directa não serve (ou pelo menos não tem servido) para dar resposta às efectivas necessidades dos cidadãos.
Miguel Brás da Cunha, Adv.
Li, com atenção, o post do Arq. Alexandre Burmester sobre o programa para o próximo executivo da CMP. Concordando, genericamente, com as propostas aí contidas, permito-me «burilar» uma das ideias apresentadas:
- Proposta de redefinição dos limites «novecentistas» dos Concelhos do Porto, de Vila Nova de Gaia, de Matosinhos, de Valongo e de Gondomar, de modo a permitir uma efectiva articulação de políticas e de praxis na área do grande Porto e, consequentemente, uma clara responsabilização dos decisores. A criação de organismos/entidades de dimensão mais alargada aos quais falte a legitimidade democrática directa não serve (ou pelo menos não tem servido) para dar resposta às efectivas necessidades dos cidadãos.
Miguel Brás da Cunha, Adv.
De: Cristina Santos - "Via pública"
Hoje o Jornal de Notícias, antecipando-se a este post, vem dar-nos conta do estado das obras que se fazem na via pública.
Há mais de um mês que em frente ao Liceu Carolina se mantém o cenário que vemos nas primeiras fotos. A empresa MECI esburacou os passeios, introduziu umas canalizações e foi de férias. Porque férias - são ferias; o entulho, os resguardos e a massa inutilizada foi deixada no local.
Se a empresa MECI fosse um qualquer empreiteiro de obras particulares, nesta altura estaria a braços com um sem número de coimas.
A lei que se aplica aos pequenos, não é mesma que se aplica a empresas como a MECI, um pequeno empreiteiro é multado quando lhe roubam a lâmpada vermelha dos tapumes, é multado quando tem areia fora do resguardo, é visitado semanalmente pelas tropas municipais para averiguação de mais multas e a MECI espalha as barreiras pelos passeios, enterra as barreiras no massas podres que sobraram, deixa tudo cheio de calhaus e não se vê nem sequer um fiscal???
No segundo caso rasgaram as vias da Rua da Boavista, canalizaram as tubagens e taparam os troços com paralelo.
Fizeram ainda um lomba com o mesmo material e os condutores fazem o percurso aos saltinhos. Mais uma vez, isto seria permitido a um empreiteiro de obras particulares, alguém permitiria um serviço como o que se vê nestas fotos?
Os SMAS estão de parabéns, a equipa responsável pelos colectores executados nas Ruas Monte Cativo, Soajo e Geres, foi eficiente, acompanhada permanentemente por um encarregado, as obras foram feitas com a maior das eficácias (neste caso não tenho fotos).
Mas há um ano atrás não era assim, veja-se este passador de corte na Rua da Boavista, instalado pelos SMAS e representado nesta foto, há muitos como este e na altura eram necessários o dobro dos funcionários para esta execução...
Há mais de um mês que em frente ao Liceu Carolina se mantém o cenário que vemos nas primeiras fotos. A empresa MECI esburacou os passeios, introduziu umas canalizações e foi de férias. Porque férias - são ferias; o entulho, os resguardos e a massa inutilizada foi deixada no local.
Se a empresa MECI fosse um qualquer empreiteiro de obras particulares, nesta altura estaria a braços com um sem número de coimas.
A lei que se aplica aos pequenos, não é mesma que se aplica a empresas como a MECI, um pequeno empreiteiro é multado quando lhe roubam a lâmpada vermelha dos tapumes, é multado quando tem areia fora do resguardo, é visitado semanalmente pelas tropas municipais para averiguação de mais multas e a MECI espalha as barreiras pelos passeios, enterra as barreiras no massas podres que sobraram, deixa tudo cheio de calhaus e não se vê nem sequer um fiscal???
No segundo caso rasgaram as vias da Rua da Boavista, canalizaram as tubagens e taparam os troços com paralelo.
Fizeram ainda um lomba com o mesmo material e os condutores fazem o percurso aos saltinhos. Mais uma vez, isto seria permitido a um empreiteiro de obras particulares, alguém permitiria um serviço como o que se vê nestas fotos?
Os SMAS estão de parabéns, a equipa responsável pelos colectores executados nas Ruas Monte Cativo, Soajo e Geres, foi eficiente, acompanhada permanentemente por um encarregado, as obras foram feitas com a maior das eficácias (neste caso não tenho fotos).
Mas há um ano atrás não era assim, veja-se este passador de corte na Rua da Boavista, instalado pelos SMAS e representado nesta foto, há muitos como este e na altura eram necessários o dobro dos funcionários para esta execução...
De: TAF - "Apontadores"
- Nova Lei do Arrendamento começa a ser discutida já a partir da próxima semana
- Requalificação dos Aliados avança sem debate público
- 1350 euros - Idosos atirados para pensão
- Reencontrar a Baixa
- PS admite pedir mudança do PDM em relação ao estádio do Inatel
- Inatel invoca "vícios de forma e conteúdo"
- "Está na hora de o primeiro-ministro pôr a metro dentro dos carris"
- A Baixa do Porto no Comércio de ontem
- Campo Aberto pede embargo às obras de requalificação da avenida dos Aliados
- Obras nos Aliados sem aval do IPPAR - Alguém me explique por favor:
- Câmara desrespeita acordo e arrisca pagar 15 milhões - Medidas - Ou eu percebi mal a questão, ou é o mais completo descaramento por parte da autarquia!
- Promotores contestam indeferimentos à luz do novo PDM
- PCP apresenta projecto de lei para criar passe social no Porto
- Nem ziguezagues evitam tantos buracos e remendos
- Acordo entre PSD/CDS renovado no Porto
- PGA reforça rotas a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para a Europa
- Campanha "Porto mais Limpo" invade em força as ruas da cidade
- Câmara do Porto está a estudar locais para instalar um skate parque - Sem grandes ondas, Paulo Cutileiro tem vindo a lançar algumas iniciativas que, não necessitando de elevados investimentos, vão produzindo efeitos. São exemplos de como se pode contribuir para o desenvolvimento da cidade sem desbaratar os nossos impostos nem entrar em guerra com toda a gente. ;-)
- Requalificação dos Aliados avança sem debate público
- 1350 euros - Idosos atirados para pensão
- Reencontrar a Baixa
- PS admite pedir mudança do PDM em relação ao estádio do Inatel
- Inatel invoca "vícios de forma e conteúdo"
- "Está na hora de o primeiro-ministro pôr a metro dentro dos carris"
- A Baixa do Porto no Comércio de ontem
- Campo Aberto pede embargo às obras de requalificação da avenida dos Aliados
- Obras nos Aliados sem aval do IPPAR - Alguém me explique por favor:
- Independentemente de outras questões, não seria obrigatório o IPPAR requerer o embargo da obra se ela está em curso de forma ilegal? E, se for assim e o IPPAR não o fez, não deveriam os responsáveis pelo IPPAR ser colocados em tribunal por fuga às suas responsabilidades?
- Por outro lado, confirmando-se o desrespeito sistemático e consciente da Câmara relativamente à necessidade de obter os pareceres do IPPAR, não deverão ser também processados individualmente os culpados pela situação na CMP, sejam eles funcionários da autarquia ou membros do executivo?
- Mesmo apenas do ponto de vista estritamente económico, a proposta que fiz aqui não seria um investimento altamente compensador?
- Câmara desrespeita acordo e arrisca pagar 15 milhões - Medidas - Ou eu percebi mal a questão, ou é o mais completo descaramento por parte da autarquia!
- Promotores contestam indeferimentos à luz do novo PDM
- PCP apresenta projecto de lei para criar passe social no Porto
- Nem ziguezagues evitam tantos buracos e remendos
- Acordo entre PSD/CDS renovado no Porto
- PGA reforça rotas a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para a Europa
- Campanha "Porto mais Limpo" invade em força as ruas da cidade
- Câmara do Porto está a estudar locais para instalar um skate parque - Sem grandes ondas, Paulo Cutileiro tem vindo a lançar algumas iniciativas que, não necessitando de elevados investimentos, vão produzindo efeitos. São exemplos de como se pode contribuir para o desenvolvimento da cidade sem desbaratar os nossos impostos nem entrar em guerra com toda a gente. ;-)
De: David Afonso - "BPMP e BMAG"
A propósito de um post de Emídio Gardé:
1. Por gosto pessoal e por necessidade/deformação profissional também sou obrigado a passar muito do meu tempo nas bibliotecas. Conheço bibliotecas públicas e universitárias de Sul a Norte do país. No Porto, em particular, tenho investido muito tempo a bater terreno nas suas bibliotecas. Como utente não posso deixar de congratular uma cidade que disponibiliza duas bibliotecas públicas aos seus cidadãos, mas também como utente não posso deixar de lamentar uma cidade que subvaloriza as suas potencialidades. É a propósito desta subvalorização que deixo aqui algumas propostas para o futuro próximo:
2. A BPMP, a S. Lázaro, é uma instituição cultural de referência para uma parte substancial da comunidade científica nacional. Nela passo muito do meu tempo consultando periódicos e outras publicações. Constato que o estado de preservação de alguns desses periódicos é cada vez pior, havendo exemplares que se encontram já irremediavelmente perdidos. O que torna esta situação ainda mais preocupante, é que se trata de pedaços de história da nossa cidade que se perdem para sempre. Quem pretender compreender o Porto do século XIX deverá consultar obrigatoriamente a imprensa - então pujante - da época. Mas o que é irracional é o liberalismo com que se permite a consulta física de alguns desses documentos, muitos deles impressos em papel de péssima qualidade, cansados por gerações de leitores, maltratados por encadernações inapropriadas. Esta é a hora de se avançar para a digitalização integral destes documentos e recomenda-se que a autarquia – de preferência recorrendo ao mecenato – não fique à espera da administração central e da Biblioteca Nacional que tutela a BPMP, e avançar já para a digitalização dos jornais históricos publicados no Porto. É de referir que, desse modo, poderiam até passar a estar disponíveis on line, facilitando o acesso à informação e contribuindo para uma maior divulgação da história portuense. Entretanto, a BPMP, que funciona como Depósito Legal desde de 1833, tem de ser apetrechada com os meios técnicos de reprodução adequados. A microfilmagem e a fotocópia não são suficientes, principalmente quando o processo de microfilmagem pode demorar até 15 dias úteis (!) e as fotocópias têm um limite de 30 (!) exemplares. Com pouco investimento resolvia-se este problema. Não vale a pena ter a cave cheia de documentos que não podem ser reproduzidos com fidelidade e em tempo útil. Também com um investimento modesto seria possível fornecer muitos serviços on-line.
3. A BMAG, instalada nos jardins do Palácio de Cristal, dirige-se a um público mais generalista (embora a BPMP também possua uma pequena sala para esse fim) e é um verdadeiro caso de sucesso. Quem chegar às 15 horas não pode contar com um lugar vago onde se sentar, tal é a procura. As instalações são agradáveis e os funcionários simpáticos e muito prestáveis. Mas tem sérias limitações, as quais, enquanto não forem ultrapassadas, a impedem de se tornar naquilo que poderia ser: um elemento âncora da baixa. A primeira limitação a considerar é a falta de espaço: o piso superior é ocupado por uma galeria que só durante a Porto 2001 teve utilidade. Encerrando a galeria facilmente se aumentaria a capacidade da biblioteca. Não vejo qualquer drama nisto: para o género de exposições que se lá têm feito não é difícil encontrar espaços alternativos. A segunda limitação reside no próprio fundo bibliográfico que precisa urgentemente de ser aumentado para dar resposta a uma procura mais exigente que a actual. A terceira limitação – e a mais séria – reside no horário praticado. Não obstante estarem abertos aos Sábados (o que é excelente), durante a semana encerram às 18:00! Este horário não serve aos trabalhadores, não serve aos estudantes (que estão em aulas durante o dia), não serve à cidade que procura uma centelha de vida no horário pós-laboral. A maioria das bibliotecas do país encerram às 19:00/20:00. Algumas, como Beja (essa metrópole que nunca foi capital europeia da cultura, nem nada que se lhe pareça) encerra às 22:00 e parece que às vezes também às 00:00. Convém recordar que nos anos 40 a Biblioteca Pública do Porto encerrava às 22:00 e tinha ainda 4 extensões espalhadas pela cidade (Marquês, Foz, St.º Ildefonso e Cedofeita). Portanto, nada que não possa ser feito. Temos a maior academia do país, um vergonhoso défice de formação contínua e já que fomos Capital Europeia da Cultura, talvez fosse tempo de começar a praticá-la. As bibliotecas servem para isso. A excelência da nova baixa que se pretende tem de passar por estas coisas, porque são estas coisas que ficam e dão qualidade de vida à cidade, ao contrário de fenómenos efémeros como as corridas de velharias poluentes e os torneios de futebol.
4. Recapitulando, as minhas sugestões são as seguintes:
David Afonso
attalaia@gmail.com
1. Por gosto pessoal e por necessidade/deformação profissional também sou obrigado a passar muito do meu tempo nas bibliotecas. Conheço bibliotecas públicas e universitárias de Sul a Norte do país. No Porto, em particular, tenho investido muito tempo a bater terreno nas suas bibliotecas. Como utente não posso deixar de congratular uma cidade que disponibiliza duas bibliotecas públicas aos seus cidadãos, mas também como utente não posso deixar de lamentar uma cidade que subvaloriza as suas potencialidades. É a propósito desta subvalorização que deixo aqui algumas propostas para o futuro próximo:
2. A BPMP, a S. Lázaro, é uma instituição cultural de referência para uma parte substancial da comunidade científica nacional. Nela passo muito do meu tempo consultando periódicos e outras publicações. Constato que o estado de preservação de alguns desses periódicos é cada vez pior, havendo exemplares que se encontram já irremediavelmente perdidos. O que torna esta situação ainda mais preocupante, é que se trata de pedaços de história da nossa cidade que se perdem para sempre. Quem pretender compreender o Porto do século XIX deverá consultar obrigatoriamente a imprensa - então pujante - da época. Mas o que é irracional é o liberalismo com que se permite a consulta física de alguns desses documentos, muitos deles impressos em papel de péssima qualidade, cansados por gerações de leitores, maltratados por encadernações inapropriadas. Esta é a hora de se avançar para a digitalização integral destes documentos e recomenda-se que a autarquia – de preferência recorrendo ao mecenato – não fique à espera da administração central e da Biblioteca Nacional que tutela a BPMP, e avançar já para a digitalização dos jornais históricos publicados no Porto. É de referir que, desse modo, poderiam até passar a estar disponíveis on line, facilitando o acesso à informação e contribuindo para uma maior divulgação da história portuense. Entretanto, a BPMP, que funciona como Depósito Legal desde de 1833, tem de ser apetrechada com os meios técnicos de reprodução adequados. A microfilmagem e a fotocópia não são suficientes, principalmente quando o processo de microfilmagem pode demorar até 15 dias úteis (!) e as fotocópias têm um limite de 30 (!) exemplares. Com pouco investimento resolvia-se este problema. Não vale a pena ter a cave cheia de documentos que não podem ser reproduzidos com fidelidade e em tempo útil. Também com um investimento modesto seria possível fornecer muitos serviços on-line.
3. A BMAG, instalada nos jardins do Palácio de Cristal, dirige-se a um público mais generalista (embora a BPMP também possua uma pequena sala para esse fim) e é um verdadeiro caso de sucesso. Quem chegar às 15 horas não pode contar com um lugar vago onde se sentar, tal é a procura. As instalações são agradáveis e os funcionários simpáticos e muito prestáveis. Mas tem sérias limitações, as quais, enquanto não forem ultrapassadas, a impedem de se tornar naquilo que poderia ser: um elemento âncora da baixa. A primeira limitação a considerar é a falta de espaço: o piso superior é ocupado por uma galeria que só durante a Porto 2001 teve utilidade. Encerrando a galeria facilmente se aumentaria a capacidade da biblioteca. Não vejo qualquer drama nisto: para o género de exposições que se lá têm feito não é difícil encontrar espaços alternativos. A segunda limitação reside no próprio fundo bibliográfico que precisa urgentemente de ser aumentado para dar resposta a uma procura mais exigente que a actual. A terceira limitação – e a mais séria – reside no horário praticado. Não obstante estarem abertos aos Sábados (o que é excelente), durante a semana encerram às 18:00! Este horário não serve aos trabalhadores, não serve aos estudantes (que estão em aulas durante o dia), não serve à cidade que procura uma centelha de vida no horário pós-laboral. A maioria das bibliotecas do país encerram às 19:00/20:00. Algumas, como Beja (essa metrópole que nunca foi capital europeia da cultura, nem nada que se lhe pareça) encerra às 22:00 e parece que às vezes também às 00:00. Convém recordar que nos anos 40 a Biblioteca Pública do Porto encerrava às 22:00 e tinha ainda 4 extensões espalhadas pela cidade (Marquês, Foz, St.º Ildefonso e Cedofeita). Portanto, nada que não possa ser feito. Temos a maior academia do país, um vergonhoso défice de formação contínua e já que fomos Capital Europeia da Cultura, talvez fosse tempo de começar a praticá-la. As bibliotecas servem para isso. A excelência da nova baixa que se pretende tem de passar por estas coisas, porque são estas coisas que ficam e dão qualidade de vida à cidade, ao contrário de fenómenos efémeros como as corridas de velharias poluentes e os torneios de futebol.
4. Recapitulando, as minhas sugestões são as seguintes:
- a)Digitalizar os periódicos portuenses em depósito na BPMP;
- b)Equipar a BPMP com os meios tecnológicos de reprodução apropriados à sua missão;
- c)Criar as bibliotecas on line (BPMP e BMAG);
- d)Ampliar a BMAG;
- e)Dotar a BMAG de um fundo bibliográfico mais exigente;
- f)Alargar o mais possível o horário de abertura (BPMP e, principalmente, BMAG);
- g)Uma biblioteca nocturna exige uma programação cultural adequada.
David Afonso
attalaia@gmail.com
2005/05/12
De: Alexandre Burmester - "Programa..."
"... para o próximo executivo"
Começam nesta altura a perfilarem-se os candidatos à Câmara, e começa igualmente aquela resma de promessas, que todos sabemos no fim a que se destinam. Como já o tinha antes prometido, junto algumas ideias que julgo deveriam fazer parte dos Programas eleitorais.
Não defendo nenhum dos candidatos, e nem pretendo, por esse motivo estas ideias destinam-se à cidade e a quem as quiser aproveitar.
Porque este não é o meio mais adequado a colocar um texto demasiado extenso, irei colocar estas 10 ideias num tom leve e sem ordem de importância. Noutro local e noutra altura estarei disponível para as aprofundar. Assim:
1. Qualquer candidatura deveria antes de tudo defender uma estratégia para a cidade do Porto, que não se restringisse apenas à cidade, mas a toda a área Metropolitana. Passaria pela proposta de criação de uma entidade mais alargada, que incluísse as câmaras vizinhas que ao projecto se quisessem juntar, com o intuito de ultrapassar as querelas partidárias e pensar na região como um todo. Deixemos de ser "pequeninos". Numa visão mais alargada poder-se-iam estabelecer princípios orientadores de politicas de:
3. Sem querer entrar na discussão sobre a forma de desenvolvimento de sociedades de reabilitação, deveria a Câmara promover projectos estratégicos, como projectos ancora na reabilitação das zonais centrais e outras. Será necessário dar o exemplo, e não ficar eternamente à espera que a sociedade o faça.
4. Rever os conceitos de planeamento urbano, que teimosamente continua a promover zonamentos na cidade, e antes promove segregação. Acabar com as rupturas e promover continuidades no espaço urbano. Estabelecer pontes entre áreas da cidade, reintegrar a circunvalação e a VCI...
5. Rever os conceitos sociais de habitação, para promover que as pessoas possam escolher a forma e o lugar para ter casa, e deixarem de serem dependentes do maior senhorio da Europa, que as segrega em guetos. Intervir em todos os bairros sociais através do diálogo com os seus habitantes ou Associações, procurando melhorar a qualidade de vida e devolver aos seus habitantes a noção de posse e de lugar.
6. Promover o desenvolvimento das áreas verdes da cidade, o que significa não apenas o tratamento das áreas existentes, mas principalmente pelo surgimento de outras, e ainda pela inserção de arvores nas vias públicas. Proponho ainda um levantamento e classificação de espécies existentes para que se possam salvaguardar.
7. Alterar os conceitos de transporte público e individual na cidade, por forma a não permitir a introdução de sistemas ferroviários (Metro), nem auto-estradas na estrutura urbana. Promover uma politica pedonal, e reordenar o transito automóvel.
8. Aprender a dar à organização pública uma estatura de descomplicação em todos os processos de licenciamentos e outros, por forma a promover e a incentivar a iniciativa privada. Implica a revisão de normas e formalidades nos processos administrativos.
9. Obrigar que todos os projectos de Arquitectura, sejam assinados e feitos por Arquitectos, e que a toda a intervenção urbana esteja associada uma equipa pluridisciplinar de profissionais, entre os quais: Urbanista, Arquitecto, Paisagista, Sociólogo, Geógrafo, e as Engenharias associadas às intervenções a efectuar.
10. Desenvolver formas de participação da sociedade na gestão da cidade, promovendo o diálogo com as instituições e Associações existentes, mas e principalmente instituindo meios de comunicação facilitada para a participação do cidadão. Promover uma politica de consulta.
Alexandre Burmester, Arqto.
Começam nesta altura a perfilarem-se os candidatos à Câmara, e começa igualmente aquela resma de promessas, que todos sabemos no fim a que se destinam. Como já o tinha antes prometido, junto algumas ideias que julgo deveriam fazer parte dos Programas eleitorais.
Não defendo nenhum dos candidatos, e nem pretendo, por esse motivo estas ideias destinam-se à cidade e a quem as quiser aproveitar.
Porque este não é o meio mais adequado a colocar um texto demasiado extenso, irei colocar estas 10 ideias num tom leve e sem ordem de importância. Noutro local e noutra altura estarei disponível para as aprofundar. Assim:
1. Qualquer candidatura deveria antes de tudo defender uma estratégia para a cidade do Porto, que não se restringisse apenas à cidade, mas a toda a área Metropolitana. Passaria pela proposta de criação de uma entidade mais alargada, que incluísse as câmaras vizinhas que ao projecto se quisessem juntar, com o intuito de ultrapassar as querelas partidárias e pensar na região como um todo. Deixemos de ser "pequeninos". Numa visão mais alargada poder-se-iam estabelecer princípios orientadores de politicas de:
- Transportes
- Desenvolvimento
- Cultura / Educação
- Social
- Económica
- Promoção
3. Sem querer entrar na discussão sobre a forma de desenvolvimento de sociedades de reabilitação, deveria a Câmara promover projectos estratégicos, como projectos ancora na reabilitação das zonais centrais e outras. Será necessário dar o exemplo, e não ficar eternamente à espera que a sociedade o faça.
4. Rever os conceitos de planeamento urbano, que teimosamente continua a promover zonamentos na cidade, e antes promove segregação. Acabar com as rupturas e promover continuidades no espaço urbano. Estabelecer pontes entre áreas da cidade, reintegrar a circunvalação e a VCI...
5. Rever os conceitos sociais de habitação, para promover que as pessoas possam escolher a forma e o lugar para ter casa, e deixarem de serem dependentes do maior senhorio da Europa, que as segrega em guetos. Intervir em todos os bairros sociais através do diálogo com os seus habitantes ou Associações, procurando melhorar a qualidade de vida e devolver aos seus habitantes a noção de posse e de lugar.
6. Promover o desenvolvimento das áreas verdes da cidade, o que significa não apenas o tratamento das áreas existentes, mas principalmente pelo surgimento de outras, e ainda pela inserção de arvores nas vias públicas. Proponho ainda um levantamento e classificação de espécies existentes para que se possam salvaguardar.
7. Alterar os conceitos de transporte público e individual na cidade, por forma a não permitir a introdução de sistemas ferroviários (Metro), nem auto-estradas na estrutura urbana. Promover uma politica pedonal, e reordenar o transito automóvel.
8. Aprender a dar à organização pública uma estatura de descomplicação em todos os processos de licenciamentos e outros, por forma a promover e a incentivar a iniciativa privada. Implica a revisão de normas e formalidades nos processos administrativos.
9. Obrigar que todos os projectos de Arquitectura, sejam assinados e feitos por Arquitectos, e que a toda a intervenção urbana esteja associada uma equipa pluridisciplinar de profissionais, entre os quais: Urbanista, Arquitecto, Paisagista, Sociólogo, Geógrafo, e as Engenharias associadas às intervenções a efectuar.
10. Desenvolver formas de participação da sociedade na gestão da cidade, promovendo o diálogo com as instituições e Associações existentes, mas e principalmente instituindo meios de comunicação facilitada para a participação do cidadão. Promover uma politica de consulta.
Alexandre Burmester, Arqto.
De: Cristina Santos - "Mais uma eleição alternativa"
Os nossos Políticos continuam a ensaiar a conveniência do discurso.
Não trazem nada de novo, insistem em repetir os gestos e em planear os improvisos.
Referem os problemas das áreas onde nunca se intervém e colocam os objectivos na órbita do inatingível.
É fácil para Francisco Assis, como seria fácil para qualquer um de nós, apontar os problemas, difícil seria falar de eventuais soluções.
Durante anos falamos em intervir em Bairros, mas em nenhuma campanha se falou em despejos ou demolições, discursava-se sobre a reabilitação da baixa, mas minimiza-se dizendo ao povo, que tudo ficaria no seu lugar, até à data nenhum político encontrou solução para os problemas de base, mas a partir de ontem já temos mais um, a prometer o que não conhece.
É ridículo continuar a tentar enganar o povo e é de extrema burrice continuar a usar o mesmo discurso.
Para quando um candidato sério, empenhado, um candidato que tenha sofrido na pele as consequências do Urbanismo, dos bairros, da degradação, do comércio, um político à moda antiga que saiba apontar medidas e esclarecer o povo das consequências, que defenda um causa?
Estes novos políticos correctos não têm frontalidade ou força de acção, não têm discurso dirigido aos causadores dos problemas e aos lesados, não se sabe a posição que defendem ou ocupam, não se sabe de que causa vêm e que causam pretendem defender, sabe-se apenas que são contra a oposição.
Este ciclo vicioso mais uma vai vez gerar eleitos, por falta de alternativa, votos de protesto e a cidade vai ficar novamente dependente de uma política avulso e de uma população em retalhos.
Mudam-se os políticos, mantém-se os discursos e os portuenses continuam sem uma boa opção. O povo divide-se, uns crêem que a mudança não poderá trazer nada de pior, outros consideram que mudar por mudar mais vale manter e a grande maioria não se dá ao esforço de votar em mais do mesmo.
Nos últimos redutos, há quem mantenha a esperança no surgimento de um político que, antes de tentar enganar o Povo, consegue enganar-se a ele mesmo.
Cristina Santos
Não trazem nada de novo, insistem em repetir os gestos e em planear os improvisos.
Referem os problemas das áreas onde nunca se intervém e colocam os objectivos na órbita do inatingível.
É fácil para Francisco Assis, como seria fácil para qualquer um de nós, apontar os problemas, difícil seria falar de eventuais soluções.
Durante anos falamos em intervir em Bairros, mas em nenhuma campanha se falou em despejos ou demolições, discursava-se sobre a reabilitação da baixa, mas minimiza-se dizendo ao povo, que tudo ficaria no seu lugar, até à data nenhum político encontrou solução para os problemas de base, mas a partir de ontem já temos mais um, a prometer o que não conhece.
É ridículo continuar a tentar enganar o povo e é de extrema burrice continuar a usar o mesmo discurso.
Para quando um candidato sério, empenhado, um candidato que tenha sofrido na pele as consequências do Urbanismo, dos bairros, da degradação, do comércio, um político à moda antiga que saiba apontar medidas e esclarecer o povo das consequências, que defenda um causa?
Estes novos políticos correctos não têm frontalidade ou força de acção, não têm discurso dirigido aos causadores dos problemas e aos lesados, não se sabe a posição que defendem ou ocupam, não se sabe de que causa vêm e que causam pretendem defender, sabe-se apenas que são contra a oposição.
Este ciclo vicioso mais uma vai vez gerar eleitos, por falta de alternativa, votos de protesto e a cidade vai ficar novamente dependente de uma política avulso e de uma população em retalhos.
Mudam-se os políticos, mantém-se os discursos e os portuenses continuam sem uma boa opção. O povo divide-se, uns crêem que a mudança não poderá trazer nada de pior, outros consideram que mudar por mudar mais vale manter e a grande maioria não se dá ao esforço de votar em mais do mesmo.
Nos últimos redutos, há quem mantenha a esperança no surgimento de um político que, antes de tentar enganar o Povo, consegue enganar-se a ele mesmo.
Cristina Santos
De: Pulido Valente - "edifício das traseiras"
Continuando a pensar no assunto assaltou-me uma ideia TERRÍVEL: será que a CMP permite que o projecto do banco, se o terreno tiver frente para a Rua 15 de Novembro (é uma hipótese, não tenho passado por lá), recue TAMBÉM e rompa o alinhamento da Rua 15.11? Seria da maior desfaçatez já que destruiria a rua 15.11. Há lá um escritório com vários arquitectos - mais ou mais da situação - será que estão calados porque acham bem a destruição das características da rua? - i.e., destruição da rua - lamenta-se porque alguns são professores na FAUP e um deles pelo menos da cadeira de história da arquitectura. Já são um par. Tou chim!! (lembram-se?)
2005/05/11
De: TAF - "O candidato Assis"
Estava anunciada para hoje a apresentação da candidatura de Francisco Assis à Câmara do Porto. Interessava-me ouvir de viva voz as propostas que ele tinha, para as comparar com a “concorrência”. Mesmo sabendo que nestas circunstâncias o ambiente seria de semi-comício, fui então ao Palácio da Bolsa.
Sinto-me de facto completamente fora do meu habitat natural quando assisto a discursos inflamados de políticos aos gritos (especialmente José Sócrates) dirigindo-se a uma plateia à partida conquistada. Mas, enfim, é mal comum a todos os partidos… Filtro o essencial e pronto. Falaram primeiro dois "convidados" - Raquel Seruca e Pedro Guedes de Oliveira, a seguir José Sócrates e, por fim, o candidato.
Fiquei com uma impressão genericamente boa de Assis, confirmando a que já tinha a respeito da entrevista ao Comércio. Sublinho desta vez a importância dada à coordenação de esforços entre os municípios da área metropolitana do Porto. Referiu também como prioridade a revitalização do Centro Histórico, trazendo jovens para a Baixa (daí a “EPUP”), promovendo a vida cultural e transformando as ribeiras de Porto e Gaia num espaço único que as pessoas não sintam como zonas distintas. Falou da atenção necessária aos bairros sociais.
Reforçou ao longo de todo o discurso a necessidade de um postura positiva, menos quezilenta, envolvendo o esforço e a colaboração de todos, abrindo-se à cidade em vez de se fechar sobre si próprio.
Fiquei preocupado com certos aspectos de alguns dos discursos.
Parece ainda não ter sido completamente assimilado o facto de que terão de ser os privados a desenvolver a cidade (especialmente na intervenção de Pedro Guedes de Oliveira). O papel do Estado (lá volto eu a isto…) é “descomplicar”, bem como complementar o papel da sociedade civil. Não é função da Câmara gerar grandiosos planos para desenvolver o Porto, definindo que tipo de empresas deve aparecer, onde é que as pessoas se devem instalar, etc., etc. (Leia-se o meu post sobre o “Masterplan”.)
O papel principal da Câmara é agora resolver os problemas “simples” que nunca mais são devidamente tratados: aprovar um PDM, licenciar rapidamente os projectos de obras particulares, eliminar o estacionamento em segunda fila, terminar o túnel de Ceuta, garantir a segurança aos transeuntes, … Se nem isto se tem conseguido, que sentido faz avançar para projectos muito mais ambiciosos? Uma coisa de cada vez.
Afirmar que “atrair o investimento” e “promover o turismo” são prioridades, sem explicar como, é o mesmo que não dizer nada sobre isso. E, na minha opinião, de facto nada devia ter sido dito sobre estes assuntos. O investimento e o turismo hão-de aparecer como consequências da correcta gestão da cidade. Trate-se primeiro dos tais “problemas simples” e a sociedade civil há-de resolver estes que são complicados. Tal como escrevi antes, não venha o Estado ensinar o Padre Nosso ao vigário.
Francisco Assis deixou contudo uma garantia importante: está consciente de que nenhum homem providencial é solução para o Porto, pois a cidade só avança com a participação e colaboração dos munícipes. Esperemos que não se esqueça disso se ganhar as eleições. ;-)
PS: Já agora, aqui vão algumas notícias (e áudio) sobre o evento.
- Autárquicas: Sócrates propõe Assis contra “discurso da tanga” no Porto
- Francisco Assis promete dar de novo voz ao Porto
- Área Metropolitana é fulcral
- Assis avisa que não haverá promiscuidade com futebol
- PS formaliza candidatura de Francisco Assis
- Autárquicas: PS lançou candidatura de Assis
- Sócrates explicou opção por Assis porque "o Porto precisa de um líder"
- As promessas de Assis
- Francisco Assis apresenta candidatura socialista "High Tech"
Sinto-me de facto completamente fora do meu habitat natural quando assisto a discursos inflamados de políticos aos gritos (especialmente José Sócrates) dirigindo-se a uma plateia à partida conquistada. Mas, enfim, é mal comum a todos os partidos… Filtro o essencial e pronto. Falaram primeiro dois "convidados" - Raquel Seruca e Pedro Guedes de Oliveira, a seguir José Sócrates e, por fim, o candidato.
Fiquei com uma impressão genericamente boa de Assis, confirmando a que já tinha a respeito da entrevista ao Comércio. Sublinho desta vez a importância dada à coordenação de esforços entre os municípios da área metropolitana do Porto. Referiu também como prioridade a revitalização do Centro Histórico, trazendo jovens para a Baixa (daí a “EPUP”), promovendo a vida cultural e transformando as ribeiras de Porto e Gaia num espaço único que as pessoas não sintam como zonas distintas. Falou da atenção necessária aos bairros sociais.
Reforçou ao longo de todo o discurso a necessidade de um postura positiva, menos quezilenta, envolvendo o esforço e a colaboração de todos, abrindo-se à cidade em vez de se fechar sobre si próprio.
Fiquei preocupado com certos aspectos de alguns dos discursos.
Parece ainda não ter sido completamente assimilado o facto de que terão de ser os privados a desenvolver a cidade (especialmente na intervenção de Pedro Guedes de Oliveira). O papel do Estado (lá volto eu a isto…) é “descomplicar”, bem como complementar o papel da sociedade civil. Não é função da Câmara gerar grandiosos planos para desenvolver o Porto, definindo que tipo de empresas deve aparecer, onde é que as pessoas se devem instalar, etc., etc. (Leia-se o meu post sobre o “Masterplan”.)
O papel principal da Câmara é agora resolver os problemas “simples” que nunca mais são devidamente tratados: aprovar um PDM, licenciar rapidamente os projectos de obras particulares, eliminar o estacionamento em segunda fila, terminar o túnel de Ceuta, garantir a segurança aos transeuntes, … Se nem isto se tem conseguido, que sentido faz avançar para projectos muito mais ambiciosos? Uma coisa de cada vez.
Afirmar que “atrair o investimento” e “promover o turismo” são prioridades, sem explicar como, é o mesmo que não dizer nada sobre isso. E, na minha opinião, de facto nada devia ter sido dito sobre estes assuntos. O investimento e o turismo hão-de aparecer como consequências da correcta gestão da cidade. Trate-se primeiro dos tais “problemas simples” e a sociedade civil há-de resolver estes que são complicados. Tal como escrevi antes, não venha o Estado ensinar o Padre Nosso ao vigário.
Francisco Assis deixou contudo uma garantia importante: está consciente de que nenhum homem providencial é solução para o Porto, pois a cidade só avança com a participação e colaboração dos munícipes. Esperemos que não se esqueça disso se ganhar as eleições. ;-)
PS: Já agora, aqui vão algumas notícias (e áudio) sobre o evento.
- Autárquicas: Sócrates propõe Assis contra “discurso da tanga” no Porto
- Francisco Assis promete dar de novo voz ao Porto
- Área Metropolitana é fulcral
- Assis avisa que não haverá promiscuidade com futebol
- PS formaliza candidatura de Francisco Assis
- Autárquicas: PS lançou candidatura de Assis
- Sócrates explicou opção por Assis porque "o Porto precisa de um líder"
- As promessas de Assis
- Francisco Assis apresenta candidatura socialista "High Tech"
De: TAF - "EPUL e «EPUP»"
Caro Francisco
Não conheço em detalhe a actuação da EPUL em Lisboa. Tinha de facto a ideia de que funciona como um qualquer promotor imobiliário, em concorrência no mercado. Mas, no meu post, a "EPUP" que eu defendi para o Porto seria apenas um promotor imobiliário de capitais públicos (tal como a EPUL) e que provavelmente não possuirá muito mais semelhanças com a EPUL.
Escrevi isto em Dezembro passado:
"O que o Estado deve fazer é criar/gerir/disponibilizar as infra-estruturas básicas: transportes, energia, água e saneamento, educação, saúde, etc., etc. Deve também garantir que as regras de convívio em sociedade são cumpridas a nível de urbanismo, segurança, participação cívica, funcionamento saudável da economia de mercado, ...
Deve actuar apenas onde a iniciativa privada não pode, não quer ou não sabe. E, em geral, apenas enquanto não pode, não quer ou não sabe."
Mesmo no próprio comentário anterior eu sublinhei esta ideia:
"Ao avançar primeiro, a "EPUP" abriria terreno afinando a coordenação com a Câmara/SRU, tornando aparentes dificuldades ainda não identificadas, fazendo a "rodagem" do sistema."
Trata-se portanto de uma actuação muito específica, intervindo temporariamente em situações que não interessem aos privados. Exemplos que podem eventualmente acontecer:
A "EPUP" só é útil enquanto for útil. :-) Um promotor privado não investe se o lucro potencial for pequeno face à dimensão do risco que teria que assumir. Um promotor de capitais públicos, ao contrário, pode "dar-se ao luxo" de ter uma actuação mais voluntarista para, precisamente, fazer arrancar um verdadeiro mercado.
Quando terminar a sua função (que bom sinal seria!), a "EPUP" deve ser liquidada.
PS: Ver também o comentário que publiquei sobre a apresentação da candidatura de Francisco Assis.
Não conheço em detalhe a actuação da EPUL em Lisboa. Tinha de facto a ideia de que funciona como um qualquer promotor imobiliário, em concorrência no mercado. Mas, no meu post, a "EPUP" que eu defendi para o Porto seria apenas um promotor imobiliário de capitais públicos (tal como a EPUL) e que provavelmente não possuirá muito mais semelhanças com a EPUL.
Escrevi isto em Dezembro passado:
"O que o Estado deve fazer é criar/gerir/disponibilizar as infra-estruturas básicas: transportes, energia, água e saneamento, educação, saúde, etc., etc. Deve também garantir que as regras de convívio em sociedade são cumpridas a nível de urbanismo, segurança, participação cívica, funcionamento saudável da economia de mercado, ...
Deve actuar apenas onde a iniciativa privada não pode, não quer ou não sabe. E, em geral, apenas enquanto não pode, não quer ou não sabe."
Mesmo no próprio comentário anterior eu sublinhei esta ideia:
"Ao avançar primeiro, a "EPUP" abriria terreno afinando a coordenação com a Câmara/SRU, tornando aparentes dificuldades ainda não identificadas, fazendo a "rodagem" do sistema."
Trata-se portanto de uma actuação muito específica, intervindo temporariamente em situações que não interessem aos privados. Exemplos que podem eventualmente acontecer:
- há um número elevado de inquilinos num quarteirão a recuperar e ainda não existe uma lei das rendas decente, o que afasta os investidores;
- não aparecem promotores privados como parceiros da SRU nos primeiros tempos do arranque da revitalização da Baixa, em que o risco é muito elevado porque se verifica que os valores de expropriação definidos pelos tribunais são pouco atractivos para eles;
- os promotores privados que surgem não apostam em construção de qualidade e características técnicas contemporâneas, a custos decentes (muito havia que dizer sobre isto, mas é outro tema...).
A "EPUP" só é útil enquanto for útil. :-) Um promotor privado não investe se o lucro potencial for pequeno face à dimensão do risco que teria que assumir. Um promotor de capitais públicos, ao contrário, pode "dar-se ao luxo" de ter uma actuação mais voluntarista para, precisamente, fazer arrancar um verdadeiro mercado.
Quando terminar a sua função (que bom sinal seria!), a "EPUP" deve ser liquidada.
PS: Ver também o comentário que publiquei sobre a apresentação da candidatura de Francisco Assis.
De: Pulido Valente - "PDM e medidas preventivas"
Quanto ao terror que se está a espalhar por o PDM de 93 PODER voltar a estar em vigor: O PDM de 93 tem estado sempre em vigor pela simples razão que não foi suspenso senão pelas medidas preventivas e que essas não estão feitas/escritas/pensadas de modo a que o PDM seja suspenso.
Isto porque as m.p. exorbitam e não se limitam a ser medidas preventivas indo mais além, indevidamente e portanto sem poder legal, ao dar dicas sobre a maneira de apreciar os processos. Não pode ser. As m.p. devem delimitar as zonas que entenderem e sobre cada uma dar razões para suspender o licenciamento (ou condicionar ao parecer...etc.) dizendo,também, qual a razão de ser dessa MEDIDA PREVENTIVA. Isto é: se a CMP quiser que uma determinada área seja destinada no FUTURO PDM a zona industrial deve suspender preventivamente o licenciamento de outro tipo de construção NESSA ÁREA . (conf. "Medidas Cautelares dos Planos" in revCEDOUA 2.2002 da Dr.ª Fernanda Paula Oliveira).
Mas as m.p. não estão feitas desta maneira pelo que não basta dizer, de uma penada, que EM TODO o concelho se indeferirá "toda e q.q. operação urbanística quando a mesma:
Quer dizer as m. p. foram feitas por pacóvios para serem usados por pacóvios ou foram feitas por iletrados para serem impostas à carneirada que cala e consente. É esta a ideia que a CMP tem dos seus munícipes e é esta a ideia que os nossos gestores autárquicos têm de si e daqueles para quem dizem trabalhar. Lindo.
Isto porque as m.p. exorbitam e não se limitam a ser medidas preventivas indo mais além, indevidamente e portanto sem poder legal, ao dar dicas sobre a maneira de apreciar os processos. Não pode ser. As m.p. devem delimitar as zonas que entenderem e sobre cada uma dar razões para suspender o licenciamento (ou condicionar ao parecer...etc.) dizendo,também, qual a razão de ser dessa MEDIDA PREVENTIVA. Isto é: se a CMP quiser que uma determinada área seja destinada no FUTURO PDM a zona industrial deve suspender preventivamente o licenciamento de outro tipo de construção NESSA ÁREA . (conf. "Medidas Cautelares dos Planos" in revCEDOUA 2.2002 da Dr.ª Fernanda Paula Oliveira).
Mas as m.p. não estão feitas desta maneira pelo que não basta dizer, de uma penada, que EM TODO o concelho se indeferirá "toda e q.q. operação urbanística quando a mesma:
- a) Ponha em causa, pelo seu programa, volumetria e linguagem arquitectónica" - cá estão as orientações para chumbar pedidos de licença ou autorização - "a qualidade dos tecidos urbanos e a valorização do património edificado ou natural;
- b) Introduza sobrecargas excessivas nas infra-estruturas e no ambiente ou comprometa a estruturação dos sistemas de transportes e a organização dos interfaces de transportes já identificados;
- c) Não privilegie a valorização do espaço público, quer pela sua relação funcional e arquitectónica quer pela inviabilização de intenções municipais de requalificação e acréscimo desse mesmo espaço."
Quer dizer as m. p. foram feitas por pacóvios para serem usados por pacóvios ou foram feitas por iletrados para serem impostas à carneirada que cala e consente. É esta a ideia que a CMP tem dos seus munícipes e é esta a ideia que os nossos gestores autárquicos têm de si e daqueles para quem dizem trabalhar. Lindo.
De: Pulido Valente - "o edifício do banco"
Não tenho querido participar no debate sobre o edifício do banco atrás(?) do calhau porque não tinha elementos suficientes. Agora, parece, já posso mandar uns bitaites mas sempre sob reserva de melhor informação poder alterar a minha maneira de ver o assunto.
Descobri que há uma rua entre o calhau e o edifício do banco; importante. Verifiquei que nesse caso se o edifício está nas traseiras do calhau este tem as traseiras para uma rua; mau. Verifiquei que o terreno livre do outro lado da rua (em relação à CdM) tem a poente um edifício com janelas que distam menos de cinco metros(?) da linha que separa as duas propriedades: o edifício construído à face da avenida (A) e o terreno livre. Se é esse todo o terreno do banco o edifício a construir (B), que tem para aí uns vinte e tal metros de altura pelo menos, tem que se afastar do edifício A essa mesma medida se o outro (A), como parece, não for mais alto. Ora o lote tem pouco mais de vinte metros de profundidade, ou, pelo menos, não terá os trinta e tal ou quarenta de que o banco necessita. Isto é verdade ou estou a ver mal as medidas que lá estão?
Claro que o banco poderia(?) recuar o seu edifício em relação à avenida. Mas devia? Podia? Pode? É que se uma das grandes opções do PDM é a manutenção das frentes e dos alinhamentos e cérceas dominantes (como eles lhes chamam) parece que esta seria, se a CMP não fizesse cumprir o alinhamento para a avenida, a prova de que a CMP faz os regulamentos para complicar a vida a quem lhe apetecer e facilitar a vida a quem quiser. Ou o PDM já está feito para permitir isto contra as teorias principais sobre que assenta? Como aconteceu com as normas provisórias. Agradeço que me esclareçam.
Descobri que há uma rua entre o calhau e o edifício do banco; importante. Verifiquei que nesse caso se o edifício está nas traseiras do calhau este tem as traseiras para uma rua; mau. Verifiquei que o terreno livre do outro lado da rua (em relação à CdM) tem a poente um edifício com janelas que distam menos de cinco metros(?) da linha que separa as duas propriedades: o edifício construído à face da avenida (A) e o terreno livre. Se é esse todo o terreno do banco o edifício a construir (B), que tem para aí uns vinte e tal metros de altura pelo menos, tem que se afastar do edifício A essa mesma medida se o outro (A), como parece, não for mais alto. Ora o lote tem pouco mais de vinte metros de profundidade, ou, pelo menos, não terá os trinta e tal ou quarenta de que o banco necessita. Isto é verdade ou estou a ver mal as medidas que lá estão?
Claro que o banco poderia(?) recuar o seu edifício em relação à avenida. Mas devia? Podia? Pode? É que se uma das grandes opções do PDM é a manutenção das frentes e dos alinhamentos e cérceas dominantes (como eles lhes chamam) parece que esta seria, se a CMP não fizesse cumprir o alinhamento para a avenida, a prova de que a CMP faz os regulamentos para complicar a vida a quem lhe apetecer e facilitar a vida a quem quiser. Ou o PDM já está feito para permitir isto contra as teorias principais sobre que assenta? Como aconteceu com as normas provisórias. Agradeço que me esclareçam.
De: F. Rocha Antunes - "Nem pensar!"
Meus Caros,
Até que enfim que estou em total desacordo com o Tiago! Mas não é por isso que escrevo, evidentemente.
A EPUL é um promotor imobiliário público que concorre deslealmente com os promotores privados. Isto é imitar Lisboa no que ela tem de pior, e não de melhor.
Faz algum sentido ter uma empresa pública utilizar terrenos municipais para fazer produtos imobiliários iguaizinhos aos dos promotores privados, mas beneficiando de uma enorme proximidade com a entidade reguladora?
É um exemplo do que não se deve fazer. E com isto não estou a temer a concorrência leal, agora concorrência desleal nem pensar.
A Epul utiliza recursos de todos para fazer casas que são em tudo semelhantes às das empresas de promoção imobiliária. Se fossem mais baratas, ou destinadas exclusivamente a segmentos do mercado que não tinham oferta, ainda se percebia. Agora, não é esse o caso. É um promotor imobiliário camarário que faz parte da estratégia da CML. Se alguém tem dúvidas do que digo, cito este parágrafo tirado da página 44 do Relatório e Contas da Epul de 2003:
“Aproveitar a relação com a CML na sua tripla qualidade de accionista regulador e cliente para que a EPUL se posicione como um interlocutor de relevo das políticas urbanas do município,,,”
Podia-se pensar que não havia mal nenhum nisso, desde que se limitasse a trabalhar em franjas do mercado que não eram atraentes para a iniciativa privada, o que mesmo assim não era pacífico. Agora, se vos disser que a mais recente intervenção da EPUL é no projecto do Parque Mayer, com base no projecto de Frank Guery, percebem melhor o risco de “ser um interlocutor de relevo das políticas urbanas do município”.
E se mesmo assim acharem normal, imaginem o que é de repente aparecer uma empresa municipal de fabrico de pão, ou de projectos de arquitectura, ou de criação de software. O que é importante é que a Câmara Municipal do Porto crie as condições para que a actividade económica, incluindo a promoção imobiliária, se desenvolva normalmente, isto é, sem dificuldades especiais nem favorecimentos de qualquer espécie.
Por aí não vamos lá.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Não Francisco, ainda não é desta que discordamos! :-) Daqui a pouco escrevo um post a explicar porquê.
Até que enfim que estou em total desacordo com o Tiago! Mas não é por isso que escrevo, evidentemente.
A EPUL é um promotor imobiliário público que concorre deslealmente com os promotores privados. Isto é imitar Lisboa no que ela tem de pior, e não de melhor.
Faz algum sentido ter uma empresa pública utilizar terrenos municipais para fazer produtos imobiliários iguaizinhos aos dos promotores privados, mas beneficiando de uma enorme proximidade com a entidade reguladora?
É um exemplo do que não se deve fazer. E com isto não estou a temer a concorrência leal, agora concorrência desleal nem pensar.
A Epul utiliza recursos de todos para fazer casas que são em tudo semelhantes às das empresas de promoção imobiliária. Se fossem mais baratas, ou destinadas exclusivamente a segmentos do mercado que não tinham oferta, ainda se percebia. Agora, não é esse o caso. É um promotor imobiliário camarário que faz parte da estratégia da CML. Se alguém tem dúvidas do que digo, cito este parágrafo tirado da página 44 do Relatório e Contas da Epul de 2003:
“Aproveitar a relação com a CML na sua tripla qualidade de accionista regulador e cliente para que a EPUL se posicione como um interlocutor de relevo das políticas urbanas do município,,,”
Podia-se pensar que não havia mal nenhum nisso, desde que se limitasse a trabalhar em franjas do mercado que não eram atraentes para a iniciativa privada, o que mesmo assim não era pacífico. Agora, se vos disser que a mais recente intervenção da EPUL é no projecto do Parque Mayer, com base no projecto de Frank Guery, percebem melhor o risco de “ser um interlocutor de relevo das políticas urbanas do município”.
E se mesmo assim acharem normal, imaginem o que é de repente aparecer uma empresa municipal de fabrico de pão, ou de projectos de arquitectura, ou de criação de software. O que é importante é que a Câmara Municipal do Porto crie as condições para que a actividade económica, incluindo a promoção imobiliária, se desenvolva normalmente, isto é, sem dificuldades especiais nem favorecimentos de qualquer espécie.
Por aí não vamos lá.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Não Francisco, ainda não é desta que discordamos! :-) Daqui a pouco escrevo um post a explicar porquê.
De: Lino Cabral - "investimento externo é preciso"
Os popós na Avenida estão ao nível mental da “Quinta das Celebridades”. Só contam as audiências. Pode ser que os “betinhos” monegascos e seus amigos endinheirados se encantem com as nossas bifanas e passem por cá uns dias por ano, a comer bifanas e a fumar à vontade sem chatices nem restrições.
Lino Cabral
Lino Cabral
De: Lino Cabral - "sábado à noite na baixa"
Laurie Anderson no Teatro S João partilhou suas histórias connosco num espectáculo inesquecível. Simples, claro e poderoso. Histórias de Marte, da NASA, das ameaças que vêm do céu, dum sinistro senador americano que programou a instalação de ogivas nucleares no lado escuro da Lua, da nossa insignificância cósmica, etc. Perfeito. Saímos extasiados e sequiosos. Logo ali enfrente ao Teatro uma esplanada. Horrorosa, suja, empregados mal encarados e malcriados. Zarpamos logo para os “Maus Hábitos”. Ambiente agradável e bem disposto pareceu-nos. Volume sonoro aceitável, nem muito alto nem muito agressivo, enfim local civilizado sem ser pedante nem arrogante. Gente que vinha do Teatro, outras de Serralves, de Braga, de Coimbra, de Munique, de Lisboa (cada vez mais).
Boa Onda ? Muito boa Onda… fomos espreitar o Vítor Rua e o Alexandre Soares. Nada Mau!
Quanto às sugestões abaixo do Xano, sugiro um nome bem cinéfilo ao ET:
“O Transparente Encalhado”
Lino Cabral
Boa Onda ? Muito boa Onda… fomos espreitar o Vítor Rua e o Alexandre Soares. Nada Mau!
Quanto às sugestões abaixo do Xano, sugiro um nome bem cinéfilo ao ET:
“O Transparente Encalhado”
Lino Cabral
De: TAF - "Assis e o futuro do Porto"
Acabei agora de ler a entrevista de Francisco Assis ao Comércio do Porto. Nada de muito especial se diz, o que neste caso representa bom senso pois os problemas do Porto (e grande parte das soluções) são há muito conhecidos. O que Assis propõe poderia perfeitamente ser objecto de um amplo consenso na cidade. Só por teimosia e "partidarite" os intervenientes das várias forças políticas não entram em acordo. Dir-se-ia até que as "forças políticas" são a fraqueza da cidade - todas elas, PS e PSD incluídas!
Destaco o ponto que me pareceu mais interessante da entrevista: a criação de uma EPUL portuense. Apoio a ideia. É um bom complemento à actividade da SRU, pois permite injectar o capital de que a SRU não dispõe. Já antes eu tinha dado notícia dos investimentos imobiliários que estão programados para Lisboa, sublinhando a total ausência de equivalente no Porto.
Por inúmeras vezes tenho defendido a ideia de que o Estado deve intervir apenas como complemento da actividade dos privados. A situação da Baixa do Porto é por isso uma boa oportunidade para o Estado exercer a sua função com uma atitude voluntarista que seria despropositada num investidor privado. Ao avançar primeiro, a "EPUP" abriria terreno afinando a coordenação com a Câmara/SRU, tornando aparentes dificuldades ainda não identificadas, fazendo a "rodagem" do sistema.
Está anunciada para logo às 18:00 a apresentação da candidatura de Francisco Assis no Palácio da Bolsa. Se calhar vou lá ouvi-lo ao vivo, tal como gostarei de ouvir as ideias de outros candidatos que se apresentem noutras ocasiões. Sugiro a todos é que, ao contrário do que é habitual, salientem os pontos comuns e não aquilo que os separa. ;-)
Destaco o ponto que me pareceu mais interessante da entrevista: a criação de uma EPUL portuense. Apoio a ideia. É um bom complemento à actividade da SRU, pois permite injectar o capital de que a SRU não dispõe. Já antes eu tinha dado notícia dos investimentos imobiliários que estão programados para Lisboa, sublinhando a total ausência de equivalente no Porto.
Por inúmeras vezes tenho defendido a ideia de que o Estado deve intervir apenas como complemento da actividade dos privados. A situação da Baixa do Porto é por isso uma boa oportunidade para o Estado exercer a sua função com uma atitude voluntarista que seria despropositada num investidor privado. Ao avançar primeiro, a "EPUP" abriria terreno afinando a coordenação com a Câmara/SRU, tornando aparentes dificuldades ainda não identificadas, fazendo a "rodagem" do sistema.
Está anunciada para logo às 18:00 a apresentação da candidatura de Francisco Assis no Palácio da Bolsa. Se calhar vou lá ouvi-lo ao vivo, tal como gostarei de ouvir as ideias de outros candidatos que se apresentem noutras ocasiões. Sugiro a todos é que, ao contrário do que é habitual, salientem os pontos comuns e não aquilo que os separa. ;-)
De: TAF - "A moda"
Vão-se confirmando a pouco e pouco os sinais de que a moda começa a ser favorável ao Porto. Mais alguns vôos em Pedras Rubras, mais dois jornais gratuitos que existiam apenas em Lisboa (além do Destak, pelos vistos também o Metro veio ontem para o Porto), um novo investimento da UPS...
Contudo, o Porto parece não querer ajudar nada, pelos relatos que tenho lido da última Assembleia Municipal. O comportamento do executivo e dos deputados municipais continua a fazer corar de vergonha qualquer munícipe que se preze, com saídas intempestivas, "bocas" contínuas, ameaças de expulsão, ...
- Assembleia municipal do Porto em sessão intempestiva por parte de Rio e do PS
- Rio abandona assembleia e irrita o público
- Metro junto ao S. João nas mãos do Governo
- Impasse no Túnel de Ceuta levanta preocupações com verba de Bruxelas
- Obra ilegal que Rio mandou demolir vai crescendo na Rua de Tânger
- Parecer da CCDR pode atrasar revisão do PDM
- PDM de 1993 pode regressar
- Oposição camarária responsabiliza Urbanismo por atrasos no PDM
- Atraso no PDM prejudica investimento imobiliário
- INATEL pediu ao tribunal para ser esclarecido - "Após ter solicitado esclarecimentos à autarquia portuense e face à ausência de resposta, optou pela via judicial." - Também eu gostava de obter informação sobre a proposta de PDM que está em discussão, mas não consegui encontrar essa informação no site da CMP. Não é propriamente uma surpresa, infelizmente.
- Estátua de D. António Ferreira Gomes muda para local mais visível e digno
- Estátua de D. António Ferreira Gomes transferida para local de maior visibilidade
- Rui Sá sugere pacto político para a Ribeira
- Alterações à circulação de trânsito na Ribeira
- A "Tertúlia do Comercial" de segunda-feira passada.
- Entrevista com Francisco Assis no Comércio - ver também os outros apontadores referidos na página. - PS: tinha-me enganado há pouco neste apontador, agora já está corrigido.
Contudo, o Porto parece não querer ajudar nada, pelos relatos que tenho lido da última Assembleia Municipal. O comportamento do executivo e dos deputados municipais continua a fazer corar de vergonha qualquer munícipe que se preze, com saídas intempestivas, "bocas" contínuas, ameaças de expulsão, ...
- Assembleia municipal do Porto em sessão intempestiva por parte de Rio e do PS
- Rio abandona assembleia e irrita o público
- Metro junto ao S. João nas mãos do Governo
- Impasse no Túnel de Ceuta levanta preocupações com verba de Bruxelas
- Obra ilegal que Rio mandou demolir vai crescendo na Rua de Tânger
- Parecer da CCDR pode atrasar revisão do PDM
- PDM de 1993 pode regressar
- Oposição camarária responsabiliza Urbanismo por atrasos no PDM
- Atraso no PDM prejudica investimento imobiliário
- INATEL pediu ao tribunal para ser esclarecido - "Após ter solicitado esclarecimentos à autarquia portuense e face à ausência de resposta, optou pela via judicial." - Também eu gostava de obter informação sobre a proposta de PDM que está em discussão, mas não consegui encontrar essa informação no site da CMP. Não é propriamente uma surpresa, infelizmente.
- Estátua de D. António Ferreira Gomes muda para local mais visível e digno
- Estátua de D. António Ferreira Gomes transferida para local de maior visibilidade
- Rui Sá sugere pacto político para a Ribeira
- Alterações à circulação de trânsito na Ribeira
- A "Tertúlia do Comercial" de segunda-feira passada.
- Entrevista com Francisco Assis no Comércio - ver também os outros apontadores referidos na página. - PS: tinha-me enganado há pouco neste apontador, agora já está corrigido.
De: António Lopes Dias - "Reabilitação..."
"... Urbana e Social"
Estou de acordo, genericamente, com o artigo de F. Rocha Antunes. Parece contraditório com o que escrevi, mas não é.
Primeiro, porque afinal os objectivos da inclusão e coesão social estão plasmados no enquadramento geral da proposta de "Contrato da Cidade" da SRUS da Baixa do Porto; o que é bom.
Segundo, porque visa a diversificação dos tipos de classes sociais e de actividades a implantar, o que implicará a lógica diversificação de tipologias e de custos.
Mas é precisamente neste ponto que mantenho as minhas dúvidas, e tentei sinteticamente expressar no comentário que fiz.
Porque não sei se aqueles objectivos vão ser prosseguidos de acordo com a metologia de trabalho adequada.E com as parcerias que permitam a variação dos custos da reabilitação patrimonial (suportando uma parte desses custos), com a consequente diversidade social pretendida (classes média-alta, mas também regresso de habitantes de bairros sociais, residências para estudantes, indústrias de conhecimento, etc).
E se tal não acontecer corre-se o risco de ali se criar, de facto, especulação imobiliária (a pretexto dos custos de recuperação) e população de "pástico" - por lhe faltar a diversidade social de um centro (histórico).
Por isso, entendo que, por exemplo, a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica teria um papel de parceria importante na execução desta proposta.
Mas pelos vistos, a ideia é (foi?) outra, relativamente ao papel da Fundação. A ver vamos.
Com as saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
Estou de acordo, genericamente, com o artigo de F. Rocha Antunes. Parece contraditório com o que escrevi, mas não é.
Primeiro, porque afinal os objectivos da inclusão e coesão social estão plasmados no enquadramento geral da proposta de "Contrato da Cidade" da SRUS da Baixa do Porto; o que é bom.
Segundo, porque visa a diversificação dos tipos de classes sociais e de actividades a implantar, o que implicará a lógica diversificação de tipologias e de custos.
Mas é precisamente neste ponto que mantenho as minhas dúvidas, e tentei sinteticamente expressar no comentário que fiz.
Porque não sei se aqueles objectivos vão ser prosseguidos de acordo com a metologia de trabalho adequada.E com as parcerias que permitam a variação dos custos da reabilitação patrimonial (suportando uma parte desses custos), com a consequente diversidade social pretendida (classes média-alta, mas também regresso de habitantes de bairros sociais, residências para estudantes, indústrias de conhecimento, etc).
E se tal não acontecer corre-se o risco de ali se criar, de facto, especulação imobiliária (a pretexto dos custos de recuperação) e população de "pástico" - por lhe faltar a diversidade social de um centro (histórico).
Por isso, entendo que, por exemplo, a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica teria um papel de parceria importante na execução desta proposta.
Mas pelos vistos, a ideia é (foi?) outra, relativamente ao papel da Fundação. A ver vamos.
Com as saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
De: Manuela DL Ramos - "Árvores do Parque..."
2005/05/10
De: TAF - "Avenida dos Aliados"
Leia-se a informação sobre este assunto no novo blog da Campo Aberto.
PS: Aparentemente esta será mais uma obra ilegal, sem parecer do IPPAR que supostamente será necessário... Isto começa a tornar-se hábito! Mais um embargo à vista?
PS: Aparentemente esta será mais uma obra ilegal, sem parecer do IPPAR que supostamente será necessário... Isto começa a tornar-se hábito! Mais um embargo à vista?
De: TAF - "Os Planos da SRU"
Também eu ainda estou a analisar o extenso texto que propõe as opções para o desenvolvimento da cidade. Algumas impressões telegráficas preliminares.
- O levantamento histórico e de existências parece sério e completo. Será provavelmente uma boa base para o trabalho dos arquitectos que pretendam perceber a origem daquilo sobre o qual vão trabalhar (quer edifícios, quer pessoas).
- Foi dividido o problema em partes, ou seja, estão claramente definidas zonas de intervenção que passarão a ter gestão relativamente autónoma. Não sei se bem ou mal (não tenho condições para opiniar sobre esse aspecto), mas pelo menos sabe-se como vai ser se esta proposta for aprovada. O que precisamos é disto mesmo: decisões, acção.
- Estão definidas as linhas de actuação e concretamente as acções principais para a intervenção no espaço público, nas infraestruturas e nos equipamentos de responsabilidade da autarquia ou da Administração Central.
- Avançou-se claramente demais ao especificar com excessivo pormenor aquilo que irá constituir a intervenção dos privados. E com isso perdeu-se certamente imenso tempo de trabalho que, inevitavelmente, vai para o lixo. Em vez de apenas sugerir algumas ideias que pudessem orientar os privados, sabendo-se que eles é que vão decidir concretamente o que querem fazer, o "Masterplan" descreve as acções a tomar como se fosse a SRU a detentora do capital para intervir. Mas não é.
De: F. Rocha Antunes - "Mais uma heresia"
Meus caros,
Ainda estou a digerir a proposta de Contrato de Cidade para a Reabilitação Urbana e Social da Baixa do Porto (gosto da sugestão de David Afonso para o nome da coisa) que, como tem 270 páginas (211+59), leva o seu tempo. Mas já deu para ver que não devemos estar todos a ler os mesmos textos porque não encontro a tal perspectiva de exclusão da população residente de que fala David Afonso, nem atinjo o que é uma população artificial ou de “plástico”, como classifica António Lopes Dias que, não fiquei com a certeza, apenas terá lido o post citado.
O texto da proposta fala em inclusão social em vários sítios, nomeadamente:
Não se pode recuperar com qualidade os edifícios patrimonialmente mais significativos e pensar que se vão conseguir preços baratos nessas casas. O custo de uma recuperação com qualidade nunca poderá rivalizar em preço com a construção de casas novas dos concelhos limítrofes. Só se a opção for reabilitar com fundos públicos, porque nenhum investidor privado vai fazer algum investimento para perder dinheiro. Mas para isso é preciso explicar primeiro de onde vem esse dinheiro…
E o facto de virem o maior número de pessoas ricas para a Baixa não significa que os que cá estão sejam esquecidos, primeiro porque não existem ricos em número suficiente para serem uma ameaça em quantidade aos actuais residentes e segundo porque a vinda dos tais ricos vai permitir aumentar as possibilidades de emprego directo e indirecto a todos os que já cá estão.
As propostas de habitação para camadas mais novas aparecerão, como em todo o mundo, naqueles edifícios que apresentem características de habitabilidade menos atraentes e que, em resultado disso, tenha um valor de mercado menor, e como tal, preço mais adequado às bolsas dos jovens.
Pensar-se que as zonas melhores para habitar no Centro vão ser económicas é nunca ter feito as contas ao que significa investir nessas zonas. Utopias sem sustentabilidade real.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Ainda estou a digerir a proposta de Contrato de Cidade para a Reabilitação Urbana e Social da Baixa do Porto (gosto da sugestão de David Afonso para o nome da coisa) que, como tem 270 páginas (211+59), leva o seu tempo. Mas já deu para ver que não devemos estar todos a ler os mesmos textos porque não encontro a tal perspectiva de exclusão da população residente de que fala David Afonso, nem atinjo o que é uma população artificial ou de “plástico”, como classifica António Lopes Dias que, não fiquei com a certeza, apenas terá lido o post citado.
O texto da proposta fala em inclusão social em vários sítios, nomeadamente:
- Começa pelo título: Reabilitação Urbana e Social da Baixa do Porto
- No Enquadramento Geral, na pág. 1: “… Responder aos problemas identificados com propostas de sustentabilidade económica e social…” , “… necessidade de coesão social…”
- Na pág. 2: “O objectivo de fundo é o de re-habitar a Baixa do Porto, captar novas áreas de negócio, indústrias de conhecimento, da criatividade e da ciência, modernizar a infra-estrutura pública e as tipologias, dotar os edifícios de boas e modernas condições de habitabilidade, segurança e conforto, com uma melhor prestação económica e funcional. Tornar o espaço público vivo e participativo, adequado Às famílias e às novas realidades sociais. Em última análise, pretende-se caminhar para uma efectiva coesão social…”
- Na pág. 8: “possibilitar que a Baixa se transforme numa área urbana de inclusão social tirando, no entanto, partido da diversidade do seu potencial físico e tipológico, passível de manter e receber a diversidade social”
- Na pág. 64. “É objectivo central deste trabalho…f) problemas de coesão social e da gestão de recursos humanos…”
- Na pág. 127: ““Fazer cidade” é, a longo prazo, o objectivo da intervenção e deverá ser possível fazer reflectir nela um processo de desenvolvimento sustentável, capaz de reter e valorizar quem cá está, chamar os que cá viveram e querem voltar e atrair novos habitantes e visitantes …”
Não se pode recuperar com qualidade os edifícios patrimonialmente mais significativos e pensar que se vão conseguir preços baratos nessas casas. O custo de uma recuperação com qualidade nunca poderá rivalizar em preço com a construção de casas novas dos concelhos limítrofes. Só se a opção for reabilitar com fundos públicos, porque nenhum investidor privado vai fazer algum investimento para perder dinheiro. Mas para isso é preciso explicar primeiro de onde vem esse dinheiro…
E o facto de virem o maior número de pessoas ricas para a Baixa não significa que os que cá estão sejam esquecidos, primeiro porque não existem ricos em número suficiente para serem uma ameaça em quantidade aos actuais residentes e segundo porque a vinda dos tais ricos vai permitir aumentar as possibilidades de emprego directo e indirecto a todos os que já cá estão.
As propostas de habitação para camadas mais novas aparecerão, como em todo o mundo, naqueles edifícios que apresentem características de habitabilidade menos atraentes e que, em resultado disso, tenha um valor de mercado menor, e como tal, preço mais adequado às bolsas dos jovens.
Pensar-se que as zonas melhores para habitar no Centro vão ser económicas é nunca ter feito as contas ao que significa investir nessas zonas. Utopias sem sustentabilidade real.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: F. Rocha Antunes - "A minha escolha"
Eu também voto na opção E com o título. “Até a bancada está ao contrário..”
É arriscado, eu sei, ainda corremos o risco de ter lá para Agosto um campeonato de velhas glórias da Motonáutica, explorando as sinergias da parceria com o Mónaco que resulta da corrida de carros antigos. Não podia ser mais chique o Porto parecer-se com o Mónaco….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
É arriscado, eu sei, ainda corremos o risco de ter lá para Agosto um campeonato de velhas glórias da Motonáutica, explorando as sinergias da parceria com o Mónaco que resulta da corrida de carros antigos. Não podia ser mais chique o Porto parecer-se com o Mónaco….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Assunção Costa Lima - "opção..."
"... para «56 sondagem»"
A minha opção para "56 sondagem" do Arquitecto Burmester:
Opção E. E plagiando António Lobo Antunes aí vai a minha preferência: OS CUS DE JUDAS
Assunção Costa-Lima
A minha opção para "56 sondagem" do Arquitecto Burmester:
Opção E. E plagiando António Lobo Antunes aí vai a minha preferência: OS CUS DE JUDAS
Assunção Costa-Lima
De: António Lopes Dias - "Masterplan"
Embora silencioso, mas sempre atento a TAF, pareceu-me indispensável aplaudir o "post" colocado por David Afonso sobre o intitulado Masterplan.
Aplaudir pela pertinência e acerto dos comentários, e pela sensibilidade ao social, às pessoas que fazem uma cidade e que a tornam viva e vivida.
Tratar das "pedras" a pensar numa população artificial, ou "de plástico", pode redundar num enorme flop.
Por isso defendi sempre esta ideia: não há verdadeira reabilitação e requalificação urbana sem reabilitação social. Uma ideia que deverá ser uma metodologia de trabalho.Para as pessoas, e com as pessoas; com metodologias de proximidade e territorialidade, de trabalho em rede, reforçando a participação e a inserção. Combatendo a exclusão.
Com as saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
Aplaudir pela pertinência e acerto dos comentários, e pela sensibilidade ao social, às pessoas que fazem uma cidade e que a tornam viva e vivida.
Tratar das "pedras" a pensar numa população artificial, ou "de plástico", pode redundar num enorme flop.
Por isso defendi sempre esta ideia: não há verdadeira reabilitação e requalificação urbana sem reabilitação social. Uma ideia que deverá ser uma metodologia de trabalho.Para as pessoas, e com as pessoas; com metodologias de proximidade e territorialidade, de trabalho em rede, reforçando a participação e a inserção. Combatendo a exclusão.
Com as saudações do
A. Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
De: J. Côrte-Real - "CCDRN e PDM"
De: TAF - "Novas de hoje"
- Última versão do PDM volta a estar em causa
- Alterações sugeridas pela CCDRN ao PDM não são vinculativas
- Alargamento dos horários não seduz os comerciantes
- Grupo Amorim já disponibilizou as verbas para o Batalha
- Áreas portuárias de Lisboa e Porto vão ter grandes terminais intermodais
- Tráfico cresce na Pasteleira
- «Monstros» invadem a Baixa
- Rui Sá propõe recolha gratuita do lixo pesado doméstico
- Falta de vigilantes no Soares dos Reis “vai ser resolvida”
- Instituto garante que Museu Soares dos Reis vai continuar aberto
- Casa da Música II- E Agora?
- Destak - um pequeno jornal de distribuição gratuita a partir de hoje também no Porto.
- Ontem houve mais uma "Tertúlia do Comercial" sobre a "Reforma do Sistema Político - A limitação dos mandatos"; amanhã deve aparecer o relato n'O Comércio do Porto. Na sequência disso escrevi também um pequeno texto com a minha opinião.
- Também no Comércio, a nossa página e um texto sobre o novo blog, a que o Janeiro também fez referência.
- Alterações sugeridas pela CCDRN ao PDM não são vinculativas
- Alargamento dos horários não seduz os comerciantes
- Grupo Amorim já disponibilizou as verbas para o Batalha
- Áreas portuárias de Lisboa e Porto vão ter grandes terminais intermodais
- Tráfico cresce na Pasteleira
- «Monstros» invadem a Baixa
- Rui Sá propõe recolha gratuita do lixo pesado doméstico
- Falta de vigilantes no Soares dos Reis “vai ser resolvida”
- Instituto garante que Museu Soares dos Reis vai continuar aberto
- Casa da Música II- E Agora?
- Destak - um pequeno jornal de distribuição gratuita a partir de hoje também no Porto.
- Ontem houve mais uma "Tertúlia do Comercial" sobre a "Reforma do Sistema Político - A limitação dos mandatos"; amanhã deve aparecer o relato n'O Comércio do Porto. Na sequência disso escrevi também um pequeno texto com a minha opinião.
- Também no Comércio, a nossa página e um texto sobre o novo blog, a que o Janeiro também fez referência.
De: José Pedro Lima - "Tmn"
Parece-me mais que evidente que o António Alves tem razão na sua contestação ao post de David Pinto. Só quem ignora completamente a dinâmica (da qual podemos gostar ou não) associada a uma Queima das Fitas é que poderia pensar que o Festival TMN teria público: afinal cerca de 50.000 pessoas do publico-alvo do festival estavam noutro Evento! Era evidente que aquilo não teria sucesso, toda a gente sabia disso menos a Organização do festival.
Posto isto, discordo completamente da ideia que os concertos ou os Festivais tenham menos adesão no Porto que em Lisboa. Agora é preciso que sejam feitos em igualdade de circunstâncias, nomeadamente quanto ao cartaz de cada um. Os Reamon ou os Nerd não são propriamente os U2, como se compreende. Aliás se trouxerem ao Porto U2, Keane ou o musical "Mamma Mia" tenho a certeza que encontrarão público que chegue e sobeje, como têm encontrado diversos espectáculos, até menos "mainstream" que por cá têm passado ultimamente.
Quanto a mais uma imaginativa sugestão de Alexandre Burmester, queria votar na opção E e sugerir como nome: "Agora demoro o dobro do tempo para chegar ao trabalho".
E para a costumeira "farpa" sobre o Túnel de Ceuta (desculpem lá, não resisto), tenho de admitir que a ser aceite a minha sugestão de fechar os representantes da CMP e do IPPAR numa sala até ao problema estar resolvido teria levado ou à resolução do problema ou ao aumento da receita dos "take aways" portuenses. Qualquer uma das hipóteses era melhor do que a situação que temos hoje...
Posto isto, discordo completamente da ideia que os concertos ou os Festivais tenham menos adesão no Porto que em Lisboa. Agora é preciso que sejam feitos em igualdade de circunstâncias, nomeadamente quanto ao cartaz de cada um. Os Reamon ou os Nerd não são propriamente os U2, como se compreende. Aliás se trouxerem ao Porto U2, Keane ou o musical "Mamma Mia" tenho a certeza que encontrarão público que chegue e sobeje, como têm encontrado diversos espectáculos, até menos "mainstream" que por cá têm passado ultimamente.
Quanto a mais uma imaginativa sugestão de Alexandre Burmester, queria votar na opção E e sugerir como nome: "Agora demoro o dobro do tempo para chegar ao trabalho".
E para a costumeira "farpa" sobre o Túnel de Ceuta (desculpem lá, não resisto), tenho de admitir que a ser aceite a minha sugestão de fechar os representantes da CMP e do IPPAR numa sala até ao problema estar resolvido teria levado ou à resolução do problema ou ao aumento da receita dos "take aways" portuenses. Qualquer uma das hipóteses era melhor do que a situação que temos hoje...
De: Cristina Santos - "Promover..."
"... eventos de grande sucesso"
Porque há quem esteja farto das comparações entre Porto e Lisboa, servindo isso de mote para outras comparações, proponho aos portuenses que estabeleçam comparações com Londres, Madrid, ou Paris.
De facto é por demais aborrecido este paralelo com a Capital de Portugal, devemos sempre estabelecer índices de confronto com algo que se encontra numa situação muito mais aprimorada, que a de nós próprios.
Óbvio que se o espectáculo de Tony Carreira contou com 30 mil espectadores, da próxima vez devemos divulgar este evento de norte a sul do País.
Devemos fazer crer que é extremamente fácil vir ao Porto, mesmo que residamos em Boticas.
Devemos promover, através de uma política de marketing que abranja os nossos emigrantes que agora têm voo charter de Clermont Ferrand ao Porto, todo o tipo de espectáculo, sem censuras ou limites ao que é cultura ou gosto musical.
Aproveitar aquilo que concentra, aquilo que gera dinheiro, abandonando esta postura ridícula de classificar os gostos das pessoas.
Se tivéssemos conseguido trazer gente de todo o Portugal e emigrantes, gente que adere mais facilmente ao «pop» do Tony Carreira, que à filosofia de Gabriel o Pensador, auxiliando o evento com outra política de marketing teríamos conseguido passar palavra acerca da nossa corrida de fórmula 1, alimentaríamos a curiosidade sobre a casa da música etc…
Londres, Paris e outras capitais, acolhem estes artistas com grande entusiasmo (marketing) independentemente dos gostos musicais.
Isso é o que o Porto tem que entender, aproveitar esta fase em que todos falam da nossa Cidade, na BBC, na SKY etc.…
Quanto ao TMN 24Horas não teve o sucesso pretendido por ser uma rave sem música de rave, muitos portuenses pretendiam ir, mas confundiram o evento com esse tipo de festa e perderam a oportunidade de assistir a Gabriel o Pensador, a TMN deve substituir os seus técnicos de marketing e promoção de eventos, mas continuar a apostar no Porto, até porque não tem outra hipótese, seremos cada vez mais um cidade de eventos e animação.
Quanto a nós, devemos continuar a apostar em diversificar, divulgar o Porto além fronteiras, sem excluir nada, promover aquilo que nos traz gente mesmo que o evento seja promovido por particulares. A cultura só existe se existir dinheiro para a promover, a cultura elitista é promovida e tem apoio do estado, a cultura das massas que gera dinheiro, nem sequer é aproveitada como marketing.
No norte transmontano a maioria desconhecia o evento do artista português, já para não falar nas comunidades de emigrantes, a nossa Cidade deve realçar-se e ganhar alicerces junto desta gente, há algum mal nisso, divulgar, acessoriar com transportes?
Então promova-se aquilo que as pessoas gostam, deixemos-nos de censuras, temos que ser abertos a todo tipo de gosto, esta mania culturista de impor gostos refinados, só gera fronteiras e exclusões, faça-se riqueza, dinheiro, cultura da nossa Cidade, através de eventos que sabemos de antemão que serão um sucesso.
Cristina Santos
Porque há quem esteja farto das comparações entre Porto e Lisboa, servindo isso de mote para outras comparações, proponho aos portuenses que estabeleçam comparações com Londres, Madrid, ou Paris.
De facto é por demais aborrecido este paralelo com a Capital de Portugal, devemos sempre estabelecer índices de confronto com algo que se encontra numa situação muito mais aprimorada, que a de nós próprios.
Óbvio que se o espectáculo de Tony Carreira contou com 30 mil espectadores, da próxima vez devemos divulgar este evento de norte a sul do País.
Devemos fazer crer que é extremamente fácil vir ao Porto, mesmo que residamos em Boticas.
Devemos promover, através de uma política de marketing que abranja os nossos emigrantes que agora têm voo charter de Clermont Ferrand ao Porto, todo o tipo de espectáculo, sem censuras ou limites ao que é cultura ou gosto musical.
Aproveitar aquilo que concentra, aquilo que gera dinheiro, abandonando esta postura ridícula de classificar os gostos das pessoas.
Se tivéssemos conseguido trazer gente de todo o Portugal e emigrantes, gente que adere mais facilmente ao «pop» do Tony Carreira, que à filosofia de Gabriel o Pensador, auxiliando o evento com outra política de marketing teríamos conseguido passar palavra acerca da nossa corrida de fórmula 1, alimentaríamos a curiosidade sobre a casa da música etc…
Londres, Paris e outras capitais, acolhem estes artistas com grande entusiasmo (marketing) independentemente dos gostos musicais.
Isso é o que o Porto tem que entender, aproveitar esta fase em que todos falam da nossa Cidade, na BBC, na SKY etc.…
Quanto ao TMN 24Horas não teve o sucesso pretendido por ser uma rave sem música de rave, muitos portuenses pretendiam ir, mas confundiram o evento com esse tipo de festa e perderam a oportunidade de assistir a Gabriel o Pensador, a TMN deve substituir os seus técnicos de marketing e promoção de eventos, mas continuar a apostar no Porto, até porque não tem outra hipótese, seremos cada vez mais um cidade de eventos e animação.
Quanto a nós, devemos continuar a apostar em diversificar, divulgar o Porto além fronteiras, sem excluir nada, promover aquilo que nos traz gente mesmo que o evento seja promovido por particulares. A cultura só existe se existir dinheiro para a promover, a cultura elitista é promovida e tem apoio do estado, a cultura das massas que gera dinheiro, nem sequer é aproveitada como marketing.
No norte transmontano a maioria desconhecia o evento do artista português, já para não falar nas comunidades de emigrantes, a nossa Cidade deve realçar-se e ganhar alicerces junto desta gente, há algum mal nisso, divulgar, acessoriar com transportes?
Então promova-se aquilo que as pessoas gostam, deixemos-nos de censuras, temos que ser abertos a todo tipo de gosto, esta mania culturista de impor gostos refinados, só gera fronteiras e exclusões, faça-se riqueza, dinheiro, cultura da nossa Cidade, através de eventos que sabemos de antemão que serão um sucesso.
Cristina Santos
De: Miguel Barbot - "Semana em cheio"
Uma salva de palmas para o post do António Alves.
Esta foi de facto uma semana em cheio. Relembro que a queima das fitas bateu records este ano e que provavelmente absorveu grande parte do público do TMN. Também não se esperaria outra coisa.
Nota também para mais um grande concerto do Jorge Palma, na terça feira passada no Coliseu.
Miguel Barbot
Esta foi de facto uma semana em cheio. Relembro que a queima das fitas bateu records este ano e que provavelmente absorveu grande parte do público do TMN. Também não se esperaria outra coisa.
Nota também para mais um grande concerto do Jorge Palma, na terça feira passada no Coliseu.
Miguel Barbot
De: Alexandre Gomes - "Notícias sobre..."
"... a «requalificação» dos Aliados?"
Meus caros,
Li há dias que na Assembleia Municipal o executivo da Câmara do Porto teria sido forçado a re-discutir a proposta de alteração da Avenida dos Aliados pela empresa do Metro que inclui entre outras – e mal a meu ver - a remoção da calçada portuguesa e dos canteiros para as substituir pelo minimalista - e agora omnipresente - lajeado de granito e o sempre útil «espelho d’água».
Fiquei genuinamente feliz, já que da primeira vez a coisa surgiu sem que eu tivesse dado conta – talvez devido ao meu afastamento físico da cidade. Agora, algumas semanas decorridas, e visto o silêncio, volto a ficar apreensivo não vá a oportunidade de dizer o que penso do tal projecto me escapar, mais uma vez, e desta feita termos também os edifícios da Praça modernizados para combinar com o pavimento…
Algum de entre vós poderá esclarecer-me sobre este novo processo de consulta?
Muito agradecido, despeço-me cordialmente,
Alexandre J. Borges Gomes
Conselheiro
Economia, Comércio, Apoio institucional
Delegação da Comissão Europeia - Angola
Meus caros,
Li há dias que na Assembleia Municipal o executivo da Câmara do Porto teria sido forçado a re-discutir a proposta de alteração da Avenida dos Aliados pela empresa do Metro que inclui entre outras – e mal a meu ver - a remoção da calçada portuguesa e dos canteiros para as substituir pelo minimalista - e agora omnipresente - lajeado de granito e o sempre útil «espelho d’água».
Fiquei genuinamente feliz, já que da primeira vez a coisa surgiu sem que eu tivesse dado conta – talvez devido ao meu afastamento físico da cidade. Agora, algumas semanas decorridas, e visto o silêncio, volto a ficar apreensivo não vá a oportunidade de dizer o que penso do tal projecto me escapar, mais uma vez, e desta feita termos também os edifícios da Praça modernizados para combinar com o pavimento…
Algum de entre vós poderá esclarecer-me sobre este novo processo de consulta?
Muito agradecido, despeço-me cordialmente,
Alexandre J. Borges Gomes
Conselheiro
Economia, Comércio, Apoio institucional
Delegação da Comissão Europeia - Angola
2005/05/09
De: David Afonso - "Masterplan:..."
"... algumas observações"
Nota Prévia: Somente hoje consegui ter acesso à versão integral do chamado Masterplan. No entanto, já aquando da leitura da versão executiva, alguns aspectos do documento, talvez menores, me haviam parecido questionáveis. Sem prejuízo do benefício da dúvida, que a equipa da Porto Vivo certamente merece, deixo aqui algumas observações feitas a partir da versão condensada do Masterplan. Outros aspectos de maior relevância abordarei apenas após leitura do documento na sua totalidade.
O Nome da Coisa: O anglicismo «Masterplan» é desagradável e pouco apropriado. Uma boa alternativa seria a denominação «Contrato de Cidade», da qual se faz uso no ponto 3. Objectivos e Vectores de Desenvolvimento. Diz muito mais sobre a finalidade e natureza do documento do que o actualmente em uso. Acresce ainda a vantagem de ser em português...
Os Jovens: São a panaceia de todos os problemas para a Porto Vivo. Não há população? Que venham os jovens! Não há comércio? Que venham os jovens! Não há inovação? Que venham os jovens! Não há consumo de cultura? Que venham os jovens! Chega-se ao ponto de se propor «a criação de um Conselho de opinião constituído por Jovens» (assim mesmo com letra maiúscula, pág. 25). Esta ideia é... é... uma ideia? Por favor! Para quê? Para «a aferição das suas necessidades e motivações»? Bom! Se ele é isso proponho desde já também a criação de Conselho de Anciãos, de Quarentões, de Pré-Reformados e – porque não? – de um Conselho Infantil! Compreendo a sedução da Porto Vivo pela utopia da eterna juventude, mas uma cidade é uma Cidade. Pessoalmente, tenho algumas dúvidas de que os jovens possam por si só viabilizar o ressurgimento da Baixa. Estamos perante uma geração automobilizada, habituada ao consumo em grandes superfícies e desprovida de qualquer memória de cidade. É necessário virar as baterias para todos os escalões etários e sociais.
Os Estrangeiros: à parte o público preferencial, que são os jovens, também se prevê a fixação de outros públicos: 3.ª Idade, população sazonal e a "população estrangeira à procura de segunda residência em ambiente histórico" (pág.10). Repare-se que não é qualquer estrangeiro, tem de ser endinheirado e de ter esse exótico gosto de viver em casas antigas como se vê lá fora. A embaraçosa verdade é que ninguém faz uma cidade com reformados estrangeiros. Aliás, as cidades europeias reinventaram-se com a absorção de quantidades maciças de imigrantes, isto é, de pessoas que procuram trabalho e melhores condições de vida e não uma segunda casa num sítio pitoresco. Já não se consegue imaginar Madrid, Barcelona, Lyon, Paris, Londres, Bruxelas, Copenhaga, Amsterdão, Berlim, Oslo, Berna, Milão e outras cidades vivas sem as comunidades de imigrantes. O Porto se conseguir dar o salto vai ser graças aos brasileiros, africanos e ucranianos e não aos casais de sexagenários de ingleses, alemães ou franceses. Em contrapartida, mais à frente e a propósito da revitalização do comércio, já se sugere a necessidade de integrar as comunidades brasileira, chinesa e africana, "reforçando a imagem do Porto como cidade global" (pág. 13). Neste ponto confesso-me baralhado: a SRU pretende os estrangeiros de gama alta para residirem na Baixa e estrangeiros de gama baixa para colorirem a Baixa com o etno-comércio? Assim vistas as coisas parece-me que estes últimos terão de procurar os concelhos vizinhos para se fixarem.
Os Excluídos: esta poderia ser uma janela de oportunidade para ajudar a resolver parte do problema dos bairros sociais. A Porto Vivo é, antes de mais nada, um instrumento de correcção das políticas urbanas falhadas das décadas anteriores que resultaram na desertificação da Baixa e no seu reverso, que é a guetização de parte da população em bairros sociais. Não me parece viável o repovoamento da Baixa apenas com jovens, licenciados e classes média/alta, até porque tal só seria possível à custa dos concelhos limítrofes com os quais é muito difícil competir por estes oferecerem condições que o Porto nunca poderá satisfazer. É pela nossa própria casa que deveremos começar e nesse caso há que tratar da ferida social e urbana desses bairros. No entanto, é evidente no Masterplan a resistência a uma perspectiva interclassista da cidade, lendo-se nas suas entrelinhas um elogio a uma espécie de sociedade sem classes invertida. Em vez importar população socialmente estabilizada, talvez fosse preferível fomentar a dinâmica social pela reconversão das franjas mais carentes e que já habitam o território da Cidade.
Especiais cuidados também se deveriam ter em preservar o património humano que ainda resiste à desertificação. Não se pode redesenhar a cidade a pensar apenas naqueles que hão-de vir, desdenhando os que já – ou melhor: que ainda – lá estão. As obras, a perda de direitos adquiridos, a limitação dos espaços e o aumento das rendas poderão ser o incentivo final que esses poucos se retirem de vez da Baixa. Este efeito secundário estará suficientemente acautelado?
Os Comerciantes: Algumas medidas propostas para a revitalização do comércio são dignas de aplauso: renovação do Bolhão, instalação de uma Loja do Cidadão, definição de áreas temáticas, exploração de novos segmentos e gestão conjunta dos espaços. Infelizmente creio que vai ser muito difícil fazer alguma coisa pelos nossos comerciantes, que estão acomodados e conformados (veja-se que, ao contrário do que aconteceu em outros países, a maior resistência à alteração dos horários de abertura partiu da própria associação representativa do sector, cujo lema podia ser: «Deixem-nos morrer em paz!»). Uma medida interessante, mas que só faria sentido a nível da área metropolitana, seria a de encerrar os shoppings aos Domingos e, em contrapartida, impulsionar a abertura do comércio tradicional. Seria um dia por semana de festa para a cidade e para os comerciantes. A outro nível de intervenção, parece-me urgente recuperar a tradição muito portuense das feiras e mercados de rua, principalmente em toda a área que vai da Cordoaria a Carlos Alberto. Aí, seria de olhar com mais atenção para o Clérigos Shopping, em decadência, mas ocupando um lugar central e repleto de memória para o comércio de rua, e sobre o qual a SRU poderia intervir em concertação com o proprietário.
David Afonso
attalaia@gmail.com
Nota Prévia: Somente hoje consegui ter acesso à versão integral do chamado Masterplan. No entanto, já aquando da leitura da versão executiva, alguns aspectos do documento, talvez menores, me haviam parecido questionáveis. Sem prejuízo do benefício da dúvida, que a equipa da Porto Vivo certamente merece, deixo aqui algumas observações feitas a partir da versão condensada do Masterplan. Outros aspectos de maior relevância abordarei apenas após leitura do documento na sua totalidade.
O Nome da Coisa: O anglicismo «Masterplan» é desagradável e pouco apropriado. Uma boa alternativa seria a denominação «Contrato de Cidade», da qual se faz uso no ponto 3. Objectivos e Vectores de Desenvolvimento. Diz muito mais sobre a finalidade e natureza do documento do que o actualmente em uso. Acresce ainda a vantagem de ser em português...
Os Jovens: São a panaceia de todos os problemas para a Porto Vivo. Não há população? Que venham os jovens! Não há comércio? Que venham os jovens! Não há inovação? Que venham os jovens! Não há consumo de cultura? Que venham os jovens! Chega-se ao ponto de se propor «a criação de um Conselho de opinião constituído por Jovens» (assim mesmo com letra maiúscula, pág. 25). Esta ideia é... é... uma ideia? Por favor! Para quê? Para «a aferição das suas necessidades e motivações»? Bom! Se ele é isso proponho desde já também a criação de Conselho de Anciãos, de Quarentões, de Pré-Reformados e – porque não? – de um Conselho Infantil! Compreendo a sedução da Porto Vivo pela utopia da eterna juventude, mas uma cidade é uma Cidade. Pessoalmente, tenho algumas dúvidas de que os jovens possam por si só viabilizar o ressurgimento da Baixa. Estamos perante uma geração automobilizada, habituada ao consumo em grandes superfícies e desprovida de qualquer memória de cidade. É necessário virar as baterias para todos os escalões etários e sociais.
Os Estrangeiros: à parte o público preferencial, que são os jovens, também se prevê a fixação de outros públicos: 3.ª Idade, população sazonal e a "população estrangeira à procura de segunda residência em ambiente histórico" (pág.10). Repare-se que não é qualquer estrangeiro, tem de ser endinheirado e de ter esse exótico gosto de viver em casas antigas como se vê lá fora. A embaraçosa verdade é que ninguém faz uma cidade com reformados estrangeiros. Aliás, as cidades europeias reinventaram-se com a absorção de quantidades maciças de imigrantes, isto é, de pessoas que procuram trabalho e melhores condições de vida e não uma segunda casa num sítio pitoresco. Já não se consegue imaginar Madrid, Barcelona, Lyon, Paris, Londres, Bruxelas, Copenhaga, Amsterdão, Berlim, Oslo, Berna, Milão e outras cidades vivas sem as comunidades de imigrantes. O Porto se conseguir dar o salto vai ser graças aos brasileiros, africanos e ucranianos e não aos casais de sexagenários de ingleses, alemães ou franceses. Em contrapartida, mais à frente e a propósito da revitalização do comércio, já se sugere a necessidade de integrar as comunidades brasileira, chinesa e africana, "reforçando a imagem do Porto como cidade global" (pág. 13). Neste ponto confesso-me baralhado: a SRU pretende os estrangeiros de gama alta para residirem na Baixa e estrangeiros de gama baixa para colorirem a Baixa com o etno-comércio? Assim vistas as coisas parece-me que estes últimos terão de procurar os concelhos vizinhos para se fixarem.
Os Excluídos: esta poderia ser uma janela de oportunidade para ajudar a resolver parte do problema dos bairros sociais. A Porto Vivo é, antes de mais nada, um instrumento de correcção das políticas urbanas falhadas das décadas anteriores que resultaram na desertificação da Baixa e no seu reverso, que é a guetização de parte da população em bairros sociais. Não me parece viável o repovoamento da Baixa apenas com jovens, licenciados e classes média/alta, até porque tal só seria possível à custa dos concelhos limítrofes com os quais é muito difícil competir por estes oferecerem condições que o Porto nunca poderá satisfazer. É pela nossa própria casa que deveremos começar e nesse caso há que tratar da ferida social e urbana desses bairros. No entanto, é evidente no Masterplan a resistência a uma perspectiva interclassista da cidade, lendo-se nas suas entrelinhas um elogio a uma espécie de sociedade sem classes invertida. Em vez importar população socialmente estabilizada, talvez fosse preferível fomentar a dinâmica social pela reconversão das franjas mais carentes e que já habitam o território da Cidade.
Especiais cuidados também se deveriam ter em preservar o património humano que ainda resiste à desertificação. Não se pode redesenhar a cidade a pensar apenas naqueles que hão-de vir, desdenhando os que já – ou melhor: que ainda – lá estão. As obras, a perda de direitos adquiridos, a limitação dos espaços e o aumento das rendas poderão ser o incentivo final que esses poucos se retirem de vez da Baixa. Este efeito secundário estará suficientemente acautelado?
Os Comerciantes: Algumas medidas propostas para a revitalização do comércio são dignas de aplauso: renovação do Bolhão, instalação de uma Loja do Cidadão, definição de áreas temáticas, exploração de novos segmentos e gestão conjunta dos espaços. Infelizmente creio que vai ser muito difícil fazer alguma coisa pelos nossos comerciantes, que estão acomodados e conformados (veja-se que, ao contrário do que aconteceu em outros países, a maior resistência à alteração dos horários de abertura partiu da própria associação representativa do sector, cujo lema podia ser: «Deixem-nos morrer em paz!»). Uma medida interessante, mas que só faria sentido a nível da área metropolitana, seria a de encerrar os shoppings aos Domingos e, em contrapartida, impulsionar a abertura do comércio tradicional. Seria um dia por semana de festa para a cidade e para os comerciantes. A outro nível de intervenção, parece-me urgente recuperar a tradição muito portuense das feiras e mercados de rua, principalmente em toda a área que vai da Cordoaria a Carlos Alberto. Aí, seria de olhar com mais atenção para o Clérigos Shopping, em decadência, mas ocupando um lugar central e repleto de memória para o comércio de rua, e sobre o qual a SRU poderia intervir em concertação com o proprietário.
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: António Alves - "Comparativismo"
O "comparativismo" em relação a Lisboa que perpassa por um grande número dos posts publicados neste blogue causa-me sempre alguma urticária. Será que é sempre necessário fazer comparações com os outros? Não seria melhor que nos preocupássemos antes com o desenvolvimento da nossa cidade, procurando as melhores soluções, em vez de desperdiçarmos energias a pensar no que fazem os outros? E, já agora, se um modelo é assim tão importante, não se arranja um melhor? Sem desprimor para Lisboa, mas existem cidades muito melhor organizadas e com melhor qualidade de vida. Mesmo em Portugal não me parece que seja a melhor escolha.
Esta minha reacção foi directamente despoletada pelo post sobre o festival da TMN. Nele o autor expressa a sua frustração pela fraca afluência de público ao espectáculo promovido pela operadora de comunicações móveis, e acaba a catalogar o público faltoso como de mau gosto e mal agradecido por ter preferido outros eventos ao que lhe era benevolamente proporcionado pela empresa lisboeta. Termina mesmo conjecturando que a TMN, no próximo ano, se ficará pelo Terraplano de Santos, esquecendo o Estádio do Dragão.
Esta crítica fácil ao comportamento dos públicos reflecte, na minha opinião, algum desconhecimento das realidades sociais que formatam as cidades e regiões. Se traçarmos um circulo com centro em Lisboa e com um raio de 150 km, verificaremos que na área abrangida, à excepção da própria capital, não encontrará um centro urbano que seja, já não digo excepcional, mas pelo menos um animado pólo de atracção cultural. Setúbal e Leiria não são cidades conhecidas nacionalmente pelo fervilhar da sua vida cultural. Se, pelo contrário, traçarmos um círculo semelhante com centro na cidade do Porto, encontrará dentro dele cidades como Coimbra, Aveiro, Matosinhos, Braga, Famalicão, Guimarães e mesmo Vigo. Vivemos, felizmente, numa região muito mais diversificada e com muitos mais pólos de atracção. Esta particularidade não se manifesta apenas na oferta de espectáculos e cultura: manifesta-se, ditosamente, em muitos outros campos; e ainda bem que assim é; por aqui não existem cidades eucalipto. Esperemos que assim continue.
Relembro ao autor do post protestante que este fim-de-semana, só na área metropolitana do Porto, tivemos a seguinte oferta: Milton Nascimento, The Gift, Tony Carreira, a Orquestra Gulbenkian, o Festival da TMN, as várias actividades da queima das fitas, a abertura das festas do Senhor de Matosinhos com as suas ofertas musicais e por último, mas nada despiciendo (especialmente nos tempos que correm), a inauguração dum novo centro comercial. Estes são os eventos de que me lembro e tive conhecimento. Outros devem ter havido certamente. Se calhar os tipos da TMN, sentados lá no alto das suas torres de marfim em Lx, é que nem se deram ao trabalho de pensar na melhor data. Mediram tudo, "as usual", pela bitola lisboeta.
Eu, que divido a vida entre Porto e Lisboa, acabo muitas vezes a achar que a oferta cultural do Porto, apesar de menos "mediática", é muitas vezes mais interessante e eclética que a de Lisboa. Lisboa tem mais quantidade. É verdade. Mas acaba por ser, na maioria das vezes, a cultura "oficial" que é fornecida pelas instituições subsidiadas pelo estado, as peças do La Feria e a cultura de massas, fabricada em série, que passa pelo pavilhão atlântico. Não tenho nada contra. Aliás, acho mesmo que um pavilhão multiusos, onde se possam realizar grandes espectáculos para grandes audiências, é algo que é urgente construir no Porto. Um presidente de câmara inteligente talvez já tivesse disponibilizado terrenos e, por concurso, escolhido um consórcio privado que o construísse mediante um contrato de concessão de, por exemplo, 30 anos. Dispensaríamos o Estado e dávamos um exemplo. Afinal o Porto está no meio duma região com 7 milhões de habitantes (Norte de Portugal e Galiza). Região com a mesma potencialidade só a de Madrid. O Narciso Miranda e a IKEA já o descobriram. Esta é uma vantagem que não temos sabido aproveitar.
Em vez de andarmos sempre com a atitude de Calimero devíamos antes enfatizar aquilo que temos de melhor. E olhem que é muito e bom.
Atenciosamente,
antónio alves
amalves@netcabo.pt
Esta minha reacção foi directamente despoletada pelo post sobre o festival da TMN. Nele o autor expressa a sua frustração pela fraca afluência de público ao espectáculo promovido pela operadora de comunicações móveis, e acaba a catalogar o público faltoso como de mau gosto e mal agradecido por ter preferido outros eventos ao que lhe era benevolamente proporcionado pela empresa lisboeta. Termina mesmo conjecturando que a TMN, no próximo ano, se ficará pelo Terraplano de Santos, esquecendo o Estádio do Dragão.
Esta crítica fácil ao comportamento dos públicos reflecte, na minha opinião, algum desconhecimento das realidades sociais que formatam as cidades e regiões. Se traçarmos um circulo com centro em Lisboa e com um raio de 150 km, verificaremos que na área abrangida, à excepção da própria capital, não encontrará um centro urbano que seja, já não digo excepcional, mas pelo menos um animado pólo de atracção cultural. Setúbal e Leiria não são cidades conhecidas nacionalmente pelo fervilhar da sua vida cultural. Se, pelo contrário, traçarmos um círculo semelhante com centro na cidade do Porto, encontrará dentro dele cidades como Coimbra, Aveiro, Matosinhos, Braga, Famalicão, Guimarães e mesmo Vigo. Vivemos, felizmente, numa região muito mais diversificada e com muitos mais pólos de atracção. Esta particularidade não se manifesta apenas na oferta de espectáculos e cultura: manifesta-se, ditosamente, em muitos outros campos; e ainda bem que assim é; por aqui não existem cidades eucalipto. Esperemos que assim continue.
Relembro ao autor do post protestante que este fim-de-semana, só na área metropolitana do Porto, tivemos a seguinte oferta: Milton Nascimento, The Gift, Tony Carreira, a Orquestra Gulbenkian, o Festival da TMN, as várias actividades da queima das fitas, a abertura das festas do Senhor de Matosinhos com as suas ofertas musicais e por último, mas nada despiciendo (especialmente nos tempos que correm), a inauguração dum novo centro comercial. Estes são os eventos de que me lembro e tive conhecimento. Outros devem ter havido certamente. Se calhar os tipos da TMN, sentados lá no alto das suas torres de marfim em Lx, é que nem se deram ao trabalho de pensar na melhor data. Mediram tudo, "as usual", pela bitola lisboeta.
Eu, que divido a vida entre Porto e Lisboa, acabo muitas vezes a achar que a oferta cultural do Porto, apesar de menos "mediática", é muitas vezes mais interessante e eclética que a de Lisboa. Lisboa tem mais quantidade. É verdade. Mas acaba por ser, na maioria das vezes, a cultura "oficial" que é fornecida pelas instituições subsidiadas pelo estado, as peças do La Feria e a cultura de massas, fabricada em série, que passa pelo pavilhão atlântico. Não tenho nada contra. Aliás, acho mesmo que um pavilhão multiusos, onde se possam realizar grandes espectáculos para grandes audiências, é algo que é urgente construir no Porto. Um presidente de câmara inteligente talvez já tivesse disponibilizado terrenos e, por concurso, escolhido um consórcio privado que o construísse mediante um contrato de concessão de, por exemplo, 30 anos. Dispensaríamos o Estado e dávamos um exemplo. Afinal o Porto está no meio duma região com 7 milhões de habitantes (Norte de Portugal e Galiza). Região com a mesma potencialidade só a de Madrid. O Narciso Miranda e a IKEA já o descobriram. Esta é uma vantagem que não temos sabido aproveitar.
Em vez de andarmos sempre com a atitude de Calimero devíamos antes enfatizar aquilo que temos de melhor. E olhem que é muito e bom.
Atenciosamente,
antónio alves
amalves@netcabo.pt
De: Emídio Gardé: - "A propósito de ..."
"... «56 - Sondagem»"
Ando, desde há uns dois anos a esta parte, a fazer um levantamento em periódicos existentes na Bibliteca Municipal do Porto.
Pessoalmente considero que o espólio existente naquela instituição, mau grado o aspecto e a conservação (ou falta dela) de alguns dos jornais ali guardados é excelente. Pelo menos para o meu padrão de exigência e necessidade...
Porém - há sempre o porém... - quando quero guardar a informação encontrada, não tenho muitas alternativas; como os jornais que pesquiso são de grande formato, a BPMP só me oferece uma forma de o fazer: o microfilme do texto ou notícia em causa.
Agora vem o pior: desde que faço essa pesquisa que a máquina reprodutora de microfimes, ou seja, a que transforma o microfilme que, como o nome indica, é ilegível a olho nu, numa vulgar fotocópia está avariada. E já o estava há anos antes. E ainda não foi nem será nunca reparada pois, segundo me dizem, está obsoleta.
A alternativa era rumar ao Arquivo Municipal do Porto, na Casa do Infante. Menos mal, não fora o tempo perdido entre as duas instituições.
Mas agora acabou-se; o Arquivo decidiu não fazer mais trabalhos para os leitores da BPMP. Zás!
Bom, então como fazer? Simples, segundo me informam: basta ir à única loja de fotocópias da cidade que pratica este tipo de serviço - E PAGAR 12 VEZES O PREÇO que era pago no Arquivo Municipal!!! E com uma particularidade: por reorganização (?!?) interna dos serviços na BPMP havida há algum tempo atrás as páginas dos jornais são, de uma forma geral, microfilmadas na íntegra, independentemente do texto ou área pretendida. Ou seja, a probabilidade de o microfilme não sair com uma qualidade que permita a fácil leitura após a passagem para o papel é grande... o qual só se descobre depois de ir à tal casa pagar o tal módico preço....
E por quê esta minha ladaínha toda: é que a BPMP não tem verba para a aquisição dos equipamentos necessários para poder fornecer aos leitores, com a qualidade que é requerida, os trabalhos que aí são solicitados.
E de quem depende a BPMP? Do Pelouro da Cultura da CM do Porto...
E de quem depende o Pelouro da Cultura da CM do Porto? Enfim...
A opção B do inquérito do Alexandre Burmester era mais do que suficiente para que os leitores da Biblioteca Pública Municipal do Porto tivessem, ao seu dispôr, toda e mais alguma maquinaria e equipamento para poderem desenvolver os seus estudos e trabalhos naquela nóvel instituição. Para progresso do Porto e da Cultura.
Bastava haver visão.
E vontade.
Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt
Ando, desde há uns dois anos a esta parte, a fazer um levantamento em periódicos existentes na Bibliteca Municipal do Porto.
Pessoalmente considero que o espólio existente naquela instituição, mau grado o aspecto e a conservação (ou falta dela) de alguns dos jornais ali guardados é excelente. Pelo menos para o meu padrão de exigência e necessidade...
Porém - há sempre o porém... - quando quero guardar a informação encontrada, não tenho muitas alternativas; como os jornais que pesquiso são de grande formato, a BPMP só me oferece uma forma de o fazer: o microfilme do texto ou notícia em causa.
Agora vem o pior: desde que faço essa pesquisa que a máquina reprodutora de microfimes, ou seja, a que transforma o microfilme que, como o nome indica, é ilegível a olho nu, numa vulgar fotocópia está avariada. E já o estava há anos antes. E ainda não foi nem será nunca reparada pois, segundo me dizem, está obsoleta.
A alternativa era rumar ao Arquivo Municipal do Porto, na Casa do Infante. Menos mal, não fora o tempo perdido entre as duas instituições.
Mas agora acabou-se; o Arquivo decidiu não fazer mais trabalhos para os leitores da BPMP. Zás!
Bom, então como fazer? Simples, segundo me informam: basta ir à única loja de fotocópias da cidade que pratica este tipo de serviço - E PAGAR 12 VEZES O PREÇO que era pago no Arquivo Municipal!!! E com uma particularidade: por reorganização (?!?) interna dos serviços na BPMP havida há algum tempo atrás as páginas dos jornais são, de uma forma geral, microfilmadas na íntegra, independentemente do texto ou área pretendida. Ou seja, a probabilidade de o microfilme não sair com uma qualidade que permita a fácil leitura após a passagem para o papel é grande... o qual só se descobre depois de ir à tal casa pagar o tal módico preço....
E por quê esta minha ladaínha toda: é que a BPMP não tem verba para a aquisição dos equipamentos necessários para poder fornecer aos leitores, com a qualidade que é requerida, os trabalhos que aí são solicitados.
E de quem depende a BPMP? Do Pelouro da Cultura da CM do Porto...
E de quem depende o Pelouro da Cultura da CM do Porto? Enfim...
A opção B do inquérito do Alexandre Burmester era mais do que suficiente para que os leitores da Biblioteca Pública Municipal do Porto tivessem, ao seu dispôr, toda e mais alguma maquinaria e equipamento para poderem desenvolver os seus estudos e trabalhos naquela nóvel instituição. Para progresso do Porto e da Cultura.
Bastava haver visão.
E vontade.
Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt
De: Macedo Pinto - "Desdobrável da Câmara..."
"... sobre Metro na Boavista"
Este é o desdobravel que anda a ser distribuido pela Camara do Porto. É a altura de fazer um forcing para conseguir as 5000 assinaturas do Movimento contra o Metro na Boavista. Nesse sentido, faço um apelo a todos os cidadãos do Porto que devem ser avisados a colaborar.
("click" para aumentar)
Manuel Macedo Pinto
Este é o desdobravel que anda a ser distribuido pela Camara do Porto. É a altura de fazer um forcing para conseguir as 5000 assinaturas do Movimento contra o Metro na Boavista. Nesse sentido, faço um apelo a todos os cidadãos do Porto que devem ser avisados a colaborar.
("click" para aumentar)
Manuel Macedo Pinto
De: Alexandre Burmester - "56 - Sondagem"
Com as imagens abaixo, solicito a escolha, mais adequada, de um dos Títulos entre as alíneas abaixo:
- A – “Nascidos para morrer”
- B – “Entulho de 500.000 €”
- C – “Opaco x Transparente”
- D – “O Rio, os pópós, e o cozinhado do Metro”
- E – Nenhuma das anteriores
De: TAF - "Novo blog sobre o Aleixo"
Conforme prometido, aqui fica o endereço de um novo blog "patrocinado" pel'A Baixa do Porto sobre o Bairro do Aleixo:
Ainda é tudo provisório, mas está funcional. Pode-se mudar o que for preciso mais tarde sem perder o que entretanto for publicado. As regras de funcionamento serão diferentes das d'A Baixa do Porto. Haverá vários membros do blog, que funcionarão também como editores (ou seja, terão a mesma função que eu próprio tenho aqui). Existirá também um sistema de aceitação de comentários aos posts que pode ser livremente utilizado por qualquer visitante, bastando para isso fazer o seu registo no Blogger. As instruções são fornecidas no próprio processo de envio do comentário.
Quem quiser submeter a sua opinião sob a forma de post, e não apenas de comentário, deverá enviar o seu texto para bairrodoaleixo@gmail.com, num processo em tudo idêntico ao que se usa n'A Baixa do Porto.
Vamos a isto! :-)
Ainda é tudo provisório, mas está funcional. Pode-se mudar o que for preciso mais tarde sem perder o que entretanto for publicado. As regras de funcionamento serão diferentes das d'A Baixa do Porto. Haverá vários membros do blog, que funcionarão também como editores (ou seja, terão a mesma função que eu próprio tenho aqui). Existirá também um sistema de aceitação de comentários aos posts que pode ser livremente utilizado por qualquer visitante, bastando para isso fazer o seu registo no Blogger. As instruções são fornecidas no próprio processo de envio do comentário.
Quem quiser submeter a sua opinião sob a forma de post, e não apenas de comentário, deverá enviar o seu texto para bairrodoaleixo@gmail.com, num processo em tudo idêntico ao que se usa n'A Baixa do Porto.
Vamos a isto! :-)
De: David Pinto - "Festival 24 Horas"
O Festival 24 Horas TMN no dia 7 De Maio no Estádio do dragão foi um evento histórico e marcante por várias e contrastantes razões.
Antes de mais nada devo reconhecer que foi uma festa inesquecível com uma organização fantástica, uma grande estrutura de apoio e grandes artistas em palco. Eu estive lá, durante quase todas as 24 horas do evento e devo destacar que as minhas preferências foram, mais ou menos por esta ordem, Gabriel o Pensador, Xutos e Pontapés, Gomo, Mesa, Nouvelle Vague, Marcelo D2, Nerd, Reamon e assim sucessivamente. Não houve momentos mortos nesta grande festa da música. E em alguns casos em que a actuação não fosse a nosso gosto, tínhamos actividades paralelas, como jogos, massagens, zona de alimentação (zonas de cinema e comédia foram uma desilusão) e descanso.
O outro lado da moeda e talvez o motivo mais importante que me leva a escrever foi a fraca afluência de público, essencialmente fora do dito "prime-time". Eu que estive lá com alguns amigos e familiares, posso assegurar que durante a madrugada, manhã e tarde, o cenário do público foi desolador. Grandes actuações passaram pelo palco e estiveram a tocar para meia dúzia de "gatos pingados"... e já agora algumas "gatas" (mas vamos evitar falar das meninas da TMN ;)...). Poder-se-á afirmar até, que durante a manhã estava menos gente no festival do que no novo Centro Comercial das Antas, onde fui tomar o pequeno-almoço. Acredito sinceramente que talvez isto tenha acontecido pelo facto da queima estar a decorrer ao mesmo tempo. Mas não consigo perceber como um festival deste nível pode ser trocado por uma festa, na minha opinião degradante e demasiado alcoolizada, que ocorre todos os anos e à qual não faltarão oportunidades para ir. Poderíamos ainda pensar que para os lados da Maia acontecia outro concerto do mítico Tony, mas será que o público alvo é o mesmo?! Se calhar até é... e os meus gostos é que não serão os mais adequados.
Face a estes comportamentos, penso que não podemos continuar a exigir que grandes concertos passem pelo Porto. Estas gentes cada vez mais desiludem no que diz respeito a este tipo de actividades não futebolísticas. Nem o facto de ter tido lugar no Estádio do Dragão ajudou. Ou teria sido ainda pior se aí não tivesse tido lugar. Espero que para o ano a TMN volte a organizar mais um festival destes, mas não me admirará que apenas tenha lugar na capital. Caso isso aconteça é extremamente provável que eu rume a Lisboa, tal como acontecerá no Rock in Rio. E nunca mais me voltarei a queixar da centralidade deste género de eventos.
Atentamente, David Pinto
Antes de mais nada devo reconhecer que foi uma festa inesquecível com uma organização fantástica, uma grande estrutura de apoio e grandes artistas em palco. Eu estive lá, durante quase todas as 24 horas do evento e devo destacar que as minhas preferências foram, mais ou menos por esta ordem, Gabriel o Pensador, Xutos e Pontapés, Gomo, Mesa, Nouvelle Vague, Marcelo D2, Nerd, Reamon e assim sucessivamente. Não houve momentos mortos nesta grande festa da música. E em alguns casos em que a actuação não fosse a nosso gosto, tínhamos actividades paralelas, como jogos, massagens, zona de alimentação (zonas de cinema e comédia foram uma desilusão) e descanso.
O outro lado da moeda e talvez o motivo mais importante que me leva a escrever foi a fraca afluência de público, essencialmente fora do dito "prime-time". Eu que estive lá com alguns amigos e familiares, posso assegurar que durante a madrugada, manhã e tarde, o cenário do público foi desolador. Grandes actuações passaram pelo palco e estiveram a tocar para meia dúzia de "gatos pingados"... e já agora algumas "gatas" (mas vamos evitar falar das meninas da TMN ;)...). Poder-se-á afirmar até, que durante a manhã estava menos gente no festival do que no novo Centro Comercial das Antas, onde fui tomar o pequeno-almoço. Acredito sinceramente que talvez isto tenha acontecido pelo facto da queima estar a decorrer ao mesmo tempo. Mas não consigo perceber como um festival deste nível pode ser trocado por uma festa, na minha opinião degradante e demasiado alcoolizada, que ocorre todos os anos e à qual não faltarão oportunidades para ir. Poderíamos ainda pensar que para os lados da Maia acontecia outro concerto do mítico Tony, mas será que o público alvo é o mesmo?! Se calhar até é... e os meus gostos é que não serão os mais adequados.
Face a estes comportamentos, penso que não podemos continuar a exigir que grandes concertos passem pelo Porto. Estas gentes cada vez mais desiludem no que diz respeito a este tipo de actividades não futebolísticas. Nem o facto de ter tido lugar no Estádio do Dragão ajudou. Ou teria sido ainda pior se aí não tivesse tido lugar. Espero que para o ano a TMN volte a organizar mais um festival destes, mas não me admirará que apenas tenha lugar na capital. Caso isso aconteça é extremamente provável que eu rume a Lisboa, tal como acontecerá no Rock in Rio. E nunca mais me voltarei a queixar da centralidade deste género de eventos.
Atentamente, David Pinto
De: Manuela DL Ramos - "«Minha horta, meu tesouro» ou ..."
"... o «outro lado» do bairro das Campinas"
Não vivo no Bairro das Campinas mas o prédio onde habito foi contruído à frente de um dos seus blocos. Passo muitas vezes pelo interior das "Campinas" pois gosto de ir as mercearias, e outras lojas locais. E sobretudo gosto de apreciar as pequenas hortas que as pessoas foram fazendo, e usufruir das muitas árvores existentes em certas zonas do bairro (que é alias separado do chamado "Bairro da Providência" por uma das ruas mais bonitas do Porto -rua Joaquim Leitão- com dezenas de enormes carvalhos americanos.) Há edifícios muito degradados e é realmente lamentável que os serviços camarários competentes não cuidem devidamente deste bairro. Com todos os problemas inerentes aos bairros sociais - em que a toxicodependência vem em primeiríssimo lugar - este, devido à sua localização e espaços verdes- tem potencialidades invejáveis que poderiam reverter em benefício da população.
Cordialmente
Manuela D.L.Ramos
Não vivo no Bairro das Campinas mas o prédio onde habito foi contruído à frente de um dos seus blocos. Passo muitas vezes pelo interior das "Campinas" pois gosto de ir as mercearias, e outras lojas locais. E sobretudo gosto de apreciar as pequenas hortas que as pessoas foram fazendo, e usufruir das muitas árvores existentes em certas zonas do bairro (que é alias separado do chamado "Bairro da Providência" por uma das ruas mais bonitas do Porto -rua Joaquim Leitão- com dezenas de enormes carvalhos americanos.) Há edifícios muito degradados e é realmente lamentável que os serviços camarários competentes não cuidem devidamente deste bairro. Com todos os problemas inerentes aos bairros sociais - em que a toxicodependência vem em primeiríssimo lugar - este, devido à sua localização e espaços verdes- tem potencialidades invejáveis que poderiam reverter em benefício da população.
Cordialmente
Manuela D.L.Ramos
De: TAF - "Segunda-feira"
- Seminário Norte 2015
- CCDRN sugere alterações ao Plano Director Municipal do Porto
- Nova ala do Ipatimup é inaugurada com honras de Estado
- Novo núcleo cultural de Matosinhos
- Nova Biblioteca Florbela Espanca é hoje inaugurada em Matosinhos
- Moradores das Campinas queixaram-se ao comunista Rui Sá
- Insegurança e falta de obras enchem de queixas habitantes das Campinas
- Casa da Música- Antes de, depois de… (1ªPARTE) - opinião de Beatriz Pacheco Pereira
- Os três caldinhos - não tem informação nova, mas o título é engraçado. :-)
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2005/05/08
De: TAF - "Sem grandes novidades, hoje"
- Baixa: Medo em cada esquina
- Assembleia de Miragaia debate túnel de Ceuta com moradores
- Instalações do Estrela e Vigorosa Sport precisam de obras com urgência
- Eléctricos regressam no Verão
- Eléctricos pelo mundo...
- STCP fecha o circuito de eléctricos da Baixa a partir do início de 2006
- Assis diz que a zona histórica 'é imagem de absoluto desleixo'
- Recuperar o Centro Histórico
- Francisco Assis elege a recuperação do centro histórico como prioridade
- Os gatos também são gente :-)
Hoje o Público dá uma panorâmica das "obras que fazem o Porto (des)esperar"
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Hoje o Público dá uma panorâmica das "obras que fazem o Porto (des)esperar"