2005/02/12
De: Carlos Gilbert - "Braga da Cruz..."
"... e as promessas eleitorais"
Vamos a ver se depois das eleições o PS continua a dar tanta importância à periferia do Porto e aos problemas dos seus habitantes! Estaremos atentos...
Vamos a ver se depois das eleições o PS continua a dar tanta importância à periferia do Porto e aos problemas dos seus habitantes! Estaremos atentos...
De: TAF - "Antes de passar o dia fora..."
"... aqui ficam algumas notícias"
- Centro Comercial STOP entregue ao rock e movimentado só à noite - dedicado à Cristina
- Instituto do Sangue do Porto tem novas instalações no Covelo - este pelo menos não passa para a Maia tão cedo... ;-)
- Um processo sem Harmonia - opinião de Manuel Diogo (continuação da novela do Freixo)
- Braga da Cruz quer rever traçado da linha de metro de Gondomar
- Centro Comercial STOP entregue ao rock e movimentado só à noite - dedicado à Cristina
- Instituto do Sangue do Porto tem novas instalações no Covelo - este pelo menos não passa para a Maia tão cedo... ;-)
- Um processo sem Harmonia - opinião de Manuel Diogo (continuação da novela do Freixo)
- Braga da Cruz quer rever traçado da linha de metro de Gondomar
2005/02/11
De: Pedro Aroso - "marcas II"
Registo, com satisfação, a menção do João Medina ao arquitecto José Carlos Loureiro. Tive o privilégio de trabalhar no seu gabinete durante 3 anos, tendo colaborado num dos projectos citados (Companhia de Seguros Tranquilidade).
Aproveito para acrescentar os nomes de Rogério de Azevedo, Viana de Lima, Arménio Losa, Agostinho Ricca e ARS-Arquitectos.
E já agora, permitam-me que destaque o Eng. Jorge Viana, autor de um número muito significativo de moradias dos anos 30, que merecia ser devidamente estudado.
Pedro Aroso
Aproveito para acrescentar os nomes de Rogério de Azevedo, Viana de Lima, Arménio Losa, Agostinho Ricca e ARS-Arquitectos.
E já agora, permitam-me que destaque o Eng. Jorge Viana, autor de um número muito significativo de moradias dos anos 30, que merecia ser devidamente estudado.
Pedro Aroso
De: F. Rocha Antunes - "Pedro Baganha"
Caro Pedro Baganha
Eu falava do Porto….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Eu falava do Porto….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Pedro Baganha - "pensamento único..."
"... na arquitectura"
Caro F.Rocha Antunes
Em resposta à sua pequena provocação aconselho a visita ao site www.arcspace.com como exemplo. Verificará aí a inexistência dum "pensamento único na arquitectura" contemporânea.
Desculpem-me por fugir ao tema do blog.
Pedro Baganha
Caro F.Rocha Antunes
Em resposta à sua pequena provocação aconselho a visita ao site www.arcspace.com como exemplo. Verificará aí a inexistência dum "pensamento único na arquitectura" contemporânea.
Desculpem-me por fugir ao tema do blog.
Pedro Baganha
De: João Medina - "marcas"
Se estamos a falar de marcas na cidade penso que não devíamos deixar de incluir no debate José Carlos Loureiro.
Penso que será o arquitecto português com maior obra construida.
E o Porto actual foi extraordinariamente marcado pela sua obra (para o bem e para o mal):
Entre as suas obras encontram-se (desculpem se me engano em alguma ou omito outras):
- palácio de cristal
- fac de ciências polo II
- hotel d. Henrique
- Mota e Galiza
- Edificio Parnaso (cruzamento de ol. monteiro com n.s. de fátima)
- edificio ao lado do Parnaso (que acolhe o Museu Marta Ortigão Sampaio),
- Tranquilidade em Júlio Dinis
- ampliação da CCRN
- as torres do Lima
- extensão do Sto antónio (esta merecia um "post" exclusivo)
- capela do santuário de fátima (obviamente, este não é no Porto)
________________________________________
João Medina
Penso que será o arquitecto português com maior obra construida.
E o Porto actual foi extraordinariamente marcado pela sua obra (para o bem e para o mal):
Entre as suas obras encontram-se (desculpem se me engano em alguma ou omito outras):
- palácio de cristal
- fac de ciências polo II
- hotel d. Henrique
- Mota e Galiza
- Edificio Parnaso (cruzamento de ol. monteiro com n.s. de fátima)
- edificio ao lado do Parnaso (que acolhe o Museu Marta Ortigão Sampaio),
- Tranquilidade em Júlio Dinis
- ampliação da CCRN
- as torres do Lima
- extensão do Sto antónio (esta merecia um "post" exclusivo)
- capela do santuário de fátima (obviamente, este não é no Porto)
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João Medina
De: F. Rocha Antunes - "Magnífico"
Meus Caros,
Visitei hoje a exposição sobre o Arq. Marques da Silva.
Magnífico. Como o mundo era antes do pensamento único na arquitectura…
É a minha contribuição para a provocação.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Visitei hoje a exposição sobre o Arq. Marques da Silva.
Magnífico. Como o mundo era antes do pensamento único na arquitectura…
É a minha contribuição para a provocação.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Cristina Santos - "Concorrência"
Há uns meses atrás era frequente nas discussões públicas do PDM, ou da SRU, ouvir-se que a recuperação da Baixa do Porto era um projecto viável.
Que o Porto se distinguia pelo seu carisma, pelo seu centro histórico.
Falava-se no centralismo funcional, nas Instituições publicas sediadas no Porto, como agentes capazes de incentivar o investimento.
Discutiam-se macro-estruturas, melhorias nos serviços públicos, da sediação dos Bancos, dos CTT e de outros.
Pensava-se em planos de mobilidade para o centro do Porto, no acesso aos Centros Hospitalares, em garantir condições que incentivassem o investimento económico e cultural, Referiam-se os centros universitários, as escolas, os postos de trabalho da Cidade, que fazem das periferias simples dormitórios, etc…
Mas, o que foi feito ou proposto para a melhoria das condições de laboração dos agentes económicos que ainda se encontram na Cidade?
Com que direito podemos impedir que a Maia se desenvolva e realize parecerias que vão garantir a estes agentes melhorias significativas?
Como podemos continuar a pedir às periferias que estagnem no desenvolvimento, quando nós (o Porto) não fazemos nada para melhorar a situação?
Será justo que só pelo facto de não conseguirmos melhorar, impeçamos outros de o fazerem?
Aqui se justifica, a criação de um observatório local, que esteja a atento ao desenvolvimento, às necessidades dos agentes financeiros, públicos ou privados.
Se o ESTSP e o INEM necessitam de melhores condições e instalações locais, não será possível consegui-las dentro do Porto, evitando transbordos de equipamentos e recursos humanos?
O Francisco propõe, e bem, um repto para que se mantenham no Porto os agentes capazes de atrair investimento para a recuperação da Baixa, mas o público sabe desta possibilidade a posteriori, e a Autarquia não teve meios que lhe permitisse antecipar esta situação?
Qual é a atenção que a nossa Autarquia tem dedicado a estes assuntos, que medidas tem sido tomadas, como reage a esta situação, quantos Pelouros existem, quantos trabalham?
O Porto está a transformar-se numa Ilha insalubre, rodeada pelo desenvolvimento, uma porção de Terra infértil e impotente, mudar estas instituições só vem acelerar o processo.
Bem mas já não é assim tão grave, afinal o prejuízo do Porto é o desenvolvimento dos concelhos aqui ao lado, para onde podemos mudar a qualquer momento, com menos gastos e mais serviços.
Se Maia, Matosinhos, Gaia, não se desenvolvessem aí sim tínhamos que estar preocupados, assim, como o único que não desenvolve é o Porto a escolha é fácil.
Enfim a concorrência beneficia sempre o Cidadão.
Cristina Santos
(Hoje, por exemplo as urgências de Pediatria ficam a 25 minutos do centro da cidade.)
Que o Porto se distinguia pelo seu carisma, pelo seu centro histórico.
Falava-se no centralismo funcional, nas Instituições publicas sediadas no Porto, como agentes capazes de incentivar o investimento.
Discutiam-se macro-estruturas, melhorias nos serviços públicos, da sediação dos Bancos, dos CTT e de outros.
Pensava-se em planos de mobilidade para o centro do Porto, no acesso aos Centros Hospitalares, em garantir condições que incentivassem o investimento económico e cultural, Referiam-se os centros universitários, as escolas, os postos de trabalho da Cidade, que fazem das periferias simples dormitórios, etc…
Mas, o que foi feito ou proposto para a melhoria das condições de laboração dos agentes económicos que ainda se encontram na Cidade?
Com que direito podemos impedir que a Maia se desenvolva e realize parecerias que vão garantir a estes agentes melhorias significativas?
Como podemos continuar a pedir às periferias que estagnem no desenvolvimento, quando nós (o Porto) não fazemos nada para melhorar a situação?
Será justo que só pelo facto de não conseguirmos melhorar, impeçamos outros de o fazerem?
Aqui se justifica, a criação de um observatório local, que esteja a atento ao desenvolvimento, às necessidades dos agentes financeiros, públicos ou privados.
Se o ESTSP e o INEM necessitam de melhores condições e instalações locais, não será possível consegui-las dentro do Porto, evitando transbordos de equipamentos e recursos humanos?
O Francisco propõe, e bem, um repto para que se mantenham no Porto os agentes capazes de atrair investimento para a recuperação da Baixa, mas o público sabe desta possibilidade a posteriori, e a Autarquia não teve meios que lhe permitisse antecipar esta situação?
Qual é a atenção que a nossa Autarquia tem dedicado a estes assuntos, que medidas tem sido tomadas, como reage a esta situação, quantos Pelouros existem, quantos trabalham?
O Porto está a transformar-se numa Ilha insalubre, rodeada pelo desenvolvimento, uma porção de Terra infértil e impotente, mudar estas instituições só vem acelerar o processo.
Bem mas já não é assim tão grave, afinal o prejuízo do Porto é o desenvolvimento dos concelhos aqui ao lado, para onde podemos mudar a qualquer momento, com menos gastos e mais serviços.
Se Maia, Matosinhos, Gaia, não se desenvolvessem aí sim tínhamos que estar preocupados, assim, como o único que não desenvolve é o Porto a escolha é fácil.
Enfim a concorrência beneficia sempre o Cidadão.
Cristina Santos
(Hoje, por exemplo as urgências de Pediatria ficam a 25 minutos do centro da cidade.)
De: Pedro Aroso - "Marques da Silva"
A propósito da polémica em torno do arquitecto Marques da Silva, gostaríamos de referir apenas que, a importância da sua obra na cidade do Porto, só pode ser equiparada à de Nicolau Nasoni. Sem mais comentários.
Luiz Botelho Dias
Pedro Aroso
Luiz Botelho Dias
Pedro Aroso
De: Pedro Aroso - "Ingratidão"
Na homenagem ao arquitecto Álvaro Siza, ontem promovida pela Câmara Municipal do Porto, compareceu uma dúzia de colegas (se incluirmos aqueles que são funcionários da autarquia).
Alguém saberá explicar o porquê deste boicote? Quaisquer que sejam as razões, Álvaro Siza não merecia esta manifestação de ingratidão por parte dos seus colegas e antigos alunos.
Luiz Botelho Dias
Pedro Aroso
Alguém saberá explicar o porquê deste boicote? Quaisquer que sejam as razões, Álvaro Siza não merecia esta manifestação de ingratidão por parte dos seus colegas e antigos alunos.
Luiz Botelho Dias
Pedro Aroso
De: Carlos Gilbert - "Correcção com respeito a..."
"... observações minhas sobre a notícia relativa ao Arq.tº Marques da Silva"
Alexandre,
De facto tenho de "corrigir a mira" pois o que eu deveria ter escrito era "aproveitamento jornalístico" e não "político"! E o termo "embuste" foi no sentido de se ter dado uma notícia que não transmitia para o leitor o que na realidade se deveria ter transmitido. Aliás é isso que Clara Vale, da U.P. (presumo que da Fac. de Arquitectura) diz quando nos escreve que:
"Quando se tentam condensar algumas ideias sequenciais, retirando alguns dos passos, empobrece-se a ideia, e muitas vezes criam-se equívocos. É o que acontece com esta notícia do JN, onde o papel do desenho, e o rigor se transforma em "gozo artístico"..."
E foi por isso que eu tentei "provocar o debate" entre os arquitectos deste blogue, para todos ficarmos mais esclarecidos. Eu gostava, p.ex., de saber o que foi isso da "Escola do Porto" a nível de arquitectura e o que dela conseguiu manter-se até aos dias de hoje.
Carlos Gilbert
PS: Razão tem o F. Rocha Antunes... por isso me penitencio...
Alexandre,
De facto tenho de "corrigir a mira" pois o que eu deveria ter escrito era "aproveitamento jornalístico" e não "político"! E o termo "embuste" foi no sentido de se ter dado uma notícia que não transmitia para o leitor o que na realidade se deveria ter transmitido. Aliás é isso que Clara Vale, da U.P. (presumo que da Fac. de Arquitectura) diz quando nos escreve que:
"Quando se tentam condensar algumas ideias sequenciais, retirando alguns dos passos, empobrece-se a ideia, e muitas vezes criam-se equívocos. É o que acontece com esta notícia do JN, onde o papel do desenho, e o rigor se transforma em "gozo artístico"..."
E foi por isso que eu tentei "provocar o debate" entre os arquitectos deste blogue, para todos ficarmos mais esclarecidos. Eu gostava, p.ex., de saber o que foi isso da "Escola do Porto" a nível de arquitectura e o que dela conseguiu manter-se até aos dias de hoje.
Carlos Gilbert
PS: Razão tem o F. Rocha Antunes... por isso me penitencio...
De: TAF - "Deslocalizar a CMP"
Caso esta notícia se concretize, proponho "deslocalizar" a Câmara Municipal do Porto para a Maia, Gondomar ou Matosinhos e transformar o actual edifício da Praça Gen. Humberto Delgado numa extensão (organizada em altura) do cemitério de Agramonte, que julgo estar já bastante sobrelotado.
De: David Pinto - "Memórias do STOP"
Um post feito pela Cristina Santos sobre o CC Stop não me deixou indiferente. Não vou falar das atitudes da polícia nesta e noutras situações. Não tenho um mínimo de conhecimentos nesse campo e do pouco que sei, são opiniões que acabam sempre por cair no esquecimento.
Venho apenas falar sobre o Centro Comercial Stop. Este local está totalmente degradado e degradante. Como vivo bastante perto do local, conheço a evolução e as várias fases deste CC. Realmente, desde início, este espaço nunca foi nada de muito interessante. Mas ainda recordo os tempos em que apenas no último andar não haviam lojas, apenas uma “discoteca” que ainda vai sobrevivendo. Ao longo dos anos as lojas foram desaparecendo de cima para baixo e o fecho das duas salas de cinema foi a machadada final nesta superfície comercial. Algo que está a acontecer também, infelizmente, no Central Shopping (deixemos este tema para outra oportunidade). Recordo ainda, os clubes de vídeos, as tabacarias, lojas de brinquedos, restaurante, lojas de informática, cafés, etc… que justificavam uma visita a este local. Curiosamente ainda hoje continuam a existir cerca de 3 lojas no R/C que incompreensivelmente, do meu ponto de vista, sobrevivem à degradação do Stop… Um desses espaços é a “discoteca” no último andar, que pelo que “ouço dizer”, talvez contribua para a “má” frequência do Shopping. Mas não podemos generalizar. De qualquer forma esta “disco” deve ser a única razão que leva ainda clientes ao Stop. Para além disso há apenas uma loja de produtos “em 2ª mão”, um café, um salão de jogos e a recente loja dos Super Dragões. E pelos vistos parece que também ainda devem haver alguns escritórios nos andares superiores.
Sinceramente não sei qual a melhor forma de resolver este tipo de problemas, mas penso que o fecho total ou parcial destes locais (limitando certas zonas do edifício) poderia de alguma forma minimizar determinados riscos.
Aproveito ainda para concordar com a medida proposta pela Cristina Santos, de colocar uma placa de sinalização a informar da violência a que estará sujeito neste local, do tipo “Entre por sua conta e risco” ou “Não nos responsabilizamos por quaisquer prejuízos causados”. Para todos os efeitos é isso que acontece!
David Pinto
Venho apenas falar sobre o Centro Comercial Stop. Este local está totalmente degradado e degradante. Como vivo bastante perto do local, conheço a evolução e as várias fases deste CC. Realmente, desde início, este espaço nunca foi nada de muito interessante. Mas ainda recordo os tempos em que apenas no último andar não haviam lojas, apenas uma “discoteca” que ainda vai sobrevivendo. Ao longo dos anos as lojas foram desaparecendo de cima para baixo e o fecho das duas salas de cinema foi a machadada final nesta superfície comercial. Algo que está a acontecer também, infelizmente, no Central Shopping (deixemos este tema para outra oportunidade). Recordo ainda, os clubes de vídeos, as tabacarias, lojas de brinquedos, restaurante, lojas de informática, cafés, etc… que justificavam uma visita a este local. Curiosamente ainda hoje continuam a existir cerca de 3 lojas no R/C que incompreensivelmente, do meu ponto de vista, sobrevivem à degradação do Stop… Um desses espaços é a “discoteca” no último andar, que pelo que “ouço dizer”, talvez contribua para a “má” frequência do Shopping. Mas não podemos generalizar. De qualquer forma esta “disco” deve ser a única razão que leva ainda clientes ao Stop. Para além disso há apenas uma loja de produtos “em 2ª mão”, um café, um salão de jogos e a recente loja dos Super Dragões. E pelos vistos parece que também ainda devem haver alguns escritórios nos andares superiores.
Sinceramente não sei qual a melhor forma de resolver este tipo de problemas, mas penso que o fecho total ou parcial destes locais (limitando certas zonas do edifício) poderia de alguma forma minimizar determinados riscos.
Aproveito ainda para concordar com a medida proposta pela Cristina Santos, de colocar uma placa de sinalização a informar da violência a que estará sujeito neste local, do tipo “Entre por sua conta e risco” ou “Não nos responsabilizamos por quaisquer prejuízos causados”. Para todos os efeitos é isso que acontece!
David Pinto
De: F. Rocha Antunes - "Primeira Pedra"
Meus Caros,
Vou atirar a primeira pedra do desafio que lancei.
Com o mapa do PDM à frente, as coisas ficam mais simples de explicar.
Proponho que os quarteirões seguintes sejam utilizados para instalar os equipamentos de saúde que ameaçam sair da cidade:
Vamos ver como as “quintas” que há dentro do Estado reagem.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Vou atirar a primeira pedra do desafio que lancei.
Com o mapa do PDM à frente, as coisas ficam mais simples de explicar.
Proponho que os quarteirões seguintes sejam utilizados para instalar os equipamentos de saúde que ameaçam sair da cidade:
- O quarteirão onde está hoje a Reitoria, definido pelas Ruas D. Manuel II, Rua da Restauração, Rua Alberto Aires de Gouveia
- O quarteirão onde está o edifício de biomédicas, a Ordem do Carmo, a GNR
- A faculdade de ciências
- O quarteirão da Rua dos Bragas, uma UOPG do novo PDM
- O quarteirão da Escola Académica, outra UOPG do novo PDM
- O quarteirão da Maternidade Júlio Dinis
Vamos ver como as “quintas” que há dentro do Estado reagem.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: F. Rocha Antunes - "Desafio"
Meus Caros,
Venho fazer um desafio: Pensarmos em como se conseguem mobilizar forças para que um dos últimos “clusters” com futuro não saia da cidade. Os equipamentos da saúde podem ser um motor essencial para a revitalização da Baixa.
Os principais equipamentos referidos na notícia do “campus da saúde” estão hoje na Baixa e deve-se fazer tudo para que aqui continuem. Não se pode entrar numa guerra entre concelhos, mas deve-se perceber claramente tudo o que é preciso fazer para que as razões que levam à vontade de mudança desapareçam. E se perceba que é no coração da cidade que devem continuar a estar.
É um desafio que deve ser encarado pela positiva. E uma excelente ocasião de contribuirmos para a Baixa do Porto.
Eu prometo desde já o meu empenho. E desafio todos os que acham que a Baixa tem futuro a alinhar com o melhor que souberem para travar esta batalha.
Vamos a isto?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Venho fazer um desafio: Pensarmos em como se conseguem mobilizar forças para que um dos últimos “clusters” com futuro não saia da cidade. Os equipamentos da saúde podem ser um motor essencial para a revitalização da Baixa.
Os principais equipamentos referidos na notícia do “campus da saúde” estão hoje na Baixa e deve-se fazer tudo para que aqui continuem. Não se pode entrar numa guerra entre concelhos, mas deve-se perceber claramente tudo o que é preciso fazer para que as razões que levam à vontade de mudança desapareçam. E se perceba que é no coração da cidade que devem continuar a estar.
É um desafio que deve ser encarado pela positiva. E uma excelente ocasião de contribuirmos para a Baixa do Porto.
Eu prometo desde já o meu empenho. E desafio todos os que acham que a Baixa tem futuro a alinhar com o melhor que souberem para travar esta batalha.
Vamos a isto?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Alexandre Burmester - "Marques da Silva"
Ó Carlos,
Relativamente ao Arquitecto Marques da Silva, não se trata obviamente de nenhum embuste. É um excelente Arquitecto que pelo seu trabalho e qualidade influenciou sobremaneira várias gerações sendo responsável por inúmeras obras interessantes e importantes não só na cidade como também fora dela.
Na verdade influenciou a escola de Belas Artes, mas não tem nada a a ver com a "Escola do Porto".
Quanto às influências Renascentista "Francesa e Flamenga", também lhe podiam chamar outras coisas, porque tem este Arquitecto um bom exemplo de obras ecléticas.
Nas afirmações que fiz ontem apenas comentei o texto que é um tanto infeliz, e apenas isso.
Quanto à exposição julgo que deve ser interessante, e não percebo porque poderá ter algum "aproveitamento político".
Mais houvessem, e melhor conhecessemos, todos, o trabalho de muitos Portugueses e Portuenses, para ver se aumentavamos um pouco a auto confiança..
Alexandre Burmester
Relativamente ao Arquitecto Marques da Silva, não se trata obviamente de nenhum embuste. É um excelente Arquitecto que pelo seu trabalho e qualidade influenciou sobremaneira várias gerações sendo responsável por inúmeras obras interessantes e importantes não só na cidade como também fora dela.
Na verdade influenciou a escola de Belas Artes, mas não tem nada a a ver com a "Escola do Porto".
Quanto às influências Renascentista "Francesa e Flamenga", também lhe podiam chamar outras coisas, porque tem este Arquitecto um bom exemplo de obras ecléticas.
Nas afirmações que fiz ontem apenas comentei o texto que é um tanto infeliz, e apenas isso.
Quanto à exposição julgo que deve ser interessante, e não percebo porque poderá ter algum "aproveitamento político".
Mais houvessem, e melhor conhecessemos, todos, o trabalho de muitos Portugueses e Portuenses, para ver se aumentavamos um pouco a auto confiança..
Alexandre Burmester
De: TAF - "Os jornais à sexta"
- Siza recebe as chaves do Porto - "existem muitos programas neste momento voltados para a defesa do património, mas às vezes há desinteresse pelo que se passa fora do centro histórico que é importante"
- Siza Vieira homenageado com as Chaves da Cidade - no site da CMP
- Novos sectores da cidade também merecem atenção
- Álvaro Siza Vieira recebeu as Chaves da Cidade das mãos de Rui Rio
- Rio classifica Gabinete do Inquilino como o maior símbolo do mandato
- O Gabinete Que É "Um Passo Gigantesco para a Coesão Social" no Porto
- Inauguração do Gabinete do Inquilino Municipal - no site da CMP
- Câmara do Porto abre guerra a anúncios privados pregados nas árvores da cidade
- Os cabeças de lista no Salão Árabe
- Pedreira da Trindade Vai Acolher Dois Tribunais
- “Ressuscitar” Marques da Silva - "Esta exposição é o começo de uma actividade mais dinâmica do Instituto Marques da Silva"
- Maia avança para “campus da saúde” - «O “campus da saúde”, um território na freguesia de São Pedro Fins (...) poderá integrar também a sede regional do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o Instituto de Genética Médica do Porto, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o Instituto de Medicina Legal do Porto e o Centro de Reabilitação do Norte.» - Mais gente a sair do centro do Porto?
- Escola Superior de Saúde ganha casa no novo campus
- IPP e Câmara da Maia aliam-se para construir Escola Superior de Saúde
- A linha negra - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Momento de humor: - Um projecto do "imenso Porto" - opinião exótica de Miguel Veloso - diz basicamente que as "elites" não querem o Metro na Boavista porque facilita o acesso do povo às zonas nobres da cidade... Este argumento ainda não conhecia. ;-)
- Siza Vieira homenageado com as Chaves da Cidade - no site da CMP
- Novos sectores da cidade também merecem atenção
- Álvaro Siza Vieira recebeu as Chaves da Cidade das mãos de Rui Rio
- Rio classifica Gabinete do Inquilino como o maior símbolo do mandato
- O Gabinete Que É "Um Passo Gigantesco para a Coesão Social" no Porto
- Inauguração do Gabinete do Inquilino Municipal - no site da CMP
- Câmara do Porto abre guerra a anúncios privados pregados nas árvores da cidade
- Os cabeças de lista no Salão Árabe
- Pedreira da Trindade Vai Acolher Dois Tribunais
- “Ressuscitar” Marques da Silva - "Esta exposição é o começo de uma actividade mais dinâmica do Instituto Marques da Silva"
- Maia avança para “campus da saúde” - «O “campus da saúde”, um território na freguesia de São Pedro Fins (...) poderá integrar também a sede regional do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o Instituto de Genética Médica do Porto, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o Instituto de Medicina Legal do Porto e o Centro de Reabilitação do Norte.» - Mais gente a sair do centro do Porto?
- Escola Superior de Saúde ganha casa no novo campus
- IPP e Câmara da Maia aliam-se para construir Escola Superior de Saúde
- A linha negra - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Momento de humor: - Um projecto do "imenso Porto" - opinião exótica de Miguel Veloso - diz basicamente que as "elites" não querem o Metro na Boavista porque facilita o acesso do povo às zonas nobres da cidade... Este argumento ainda não conhecia. ;-)
De: Clara Vale - "Marques da Silva"
A notícia do JN não corresponde ao que foi dito, pelo Prof. António Cardoso, na abertura da exposição na Galeria do Palácio.
Quando se tentam condensar algumas ideias sequenciais, retirando alguns dos passos, empobrece-se a ideia, e muitas vezes criam-se equívocos. É o que acontece com esta notícia do JN, onde o papel do desenho, e o rigor se transforma em "gozo artístico"...
Influências de Marques da Silva existem seguramente em muitas gerações de arquitectos, mais não fossem as das horas passadas de rabos e mãos enregelados desenhando a estação de S. Bento. Mas essa influência nada tem a ver com transposição directa nem "gozo artístico". E não só os arquitectos foram influenciados pela sua obra, a cidade do Porto, e não só, está pontuada por inúmeros edifícios de sua autoria que já fazem parte da memória colectiva, e caracterizam muitos dos espaços representativos da cidade.
Um abraço
Clara Vale
clara_vale@arq.up.pt
Quando se tentam condensar algumas ideias sequenciais, retirando alguns dos passos, empobrece-se a ideia, e muitas vezes criam-se equívocos. É o que acontece com esta notícia do JN, onde o papel do desenho, e o rigor se transforma em "gozo artístico"...
Influências de Marques da Silva existem seguramente em muitas gerações de arquitectos, mais não fossem as das horas passadas de rabos e mãos enregelados desenhando a estação de S. Bento. Mas essa influência nada tem a ver com transposição directa nem "gozo artístico". E não só os arquitectos foram influenciados pela sua obra, a cidade do Porto, e não só, está pontuada por inúmeros edifícios de sua autoria que já fazem parte da memória colectiva, e caracterizam muitos dos espaços representativos da cidade.
Um abraço
Clara Vale
clara_vale@arq.up.pt
2005/02/10
De: Carlos Gilbert - "Coitado..."
...do Arqtº Marques da Silva!
Ó Alexandre,
Mas é precisamente aí que eu queria chegar: ao debate! Eu sou um leigo total em arquitectura, do Arqtº Marques da Silva sempre e só conheci a rua que é onde fica o "Franganito" (passe a publicidade...). Soube agora da "homenagem" e da exposição de fotografia de alguns "mestres" em fotografia de arquitectura, mais as do Alvão. Se isto é "embuste" (o termo é meu e significa aqui "aproveitamento político") os "arquitectos residentes" daqui do blogue não entendem necessário manifestarem-se?
Um abraço,
Carlos
--
Nota de TAF: Sem conhecer pormenores nenhuns desta iniciativa a não ser o que saiu na imprensa, diria apenas que já desde esta altura que ouço falar da intenção da Reitoria da UP promover algo a este respeito. Há um importante património (nem que seja o imobiliário na Praça Marquês de Pombal) do Instituto José Marques da Silva (que é da Universidade do Porto) que tem estado pouco aproveitado. Podia até ser um bom local e pretexto para iniciativas "ao vivo" sobre aquilo que tratamos "virtualmente" aqui no blog. Fica a sugestão para a Reitoria. ;-)
Ó Alexandre,
Mas é precisamente aí que eu queria chegar: ao debate! Eu sou um leigo total em arquitectura, do Arqtº Marques da Silva sempre e só conheci a rua que é onde fica o "Franganito" (passe a publicidade...). Soube agora da "homenagem" e da exposição de fotografia de alguns "mestres" em fotografia de arquitectura, mais as do Alvão. Se isto é "embuste" (o termo é meu e significa aqui "aproveitamento político") os "arquitectos residentes" daqui do blogue não entendem necessário manifestarem-se?
Um abraço,
Carlos
--
Nota de TAF: Sem conhecer pormenores nenhuns desta iniciativa a não ser o que saiu na imprensa, diria apenas que já desde esta altura que ouço falar da intenção da Reitoria da UP promover algo a este respeito. Há um importante património (nem que seja o imobiliário na Praça Marquês de Pombal) do Instituto José Marques da Silva (que é da Universidade do Porto) que tem estado pouco aproveitado. Podia até ser um bom local e pretexto para iniciativas "ao vivo" sobre aquilo que tratamos "virtualmente" aqui no blog. Fica a sugestão para a Reitoria. ;-)
De: Alexandre Burmester - "Coitado..."
"... do Marques da Silva..."
Ó Carlos Gilbert, é melhor não ir por aí...
Nem o coitado do Marques da Silva tem a ver com a Renascença Francesa e Flamenga, nem com o dito "Gozo Artístico"(?) da Escola do Porto.
Sabe quando se faz "discurso artístico" pode-se dizer quase tudo, por um lado porque qualquer um é "crítico e conhecedor", por outro porque tudo se pode relacionar, inclusive os disparates.
É o gozo....
Alexandre Burmester
Ó Carlos Gilbert, é melhor não ir por aí...
Nem o coitado do Marques da Silva tem a ver com a Renascença Francesa e Flamenga, nem com o dito "Gozo Artístico"(?) da Escola do Porto.
Sabe quando se faz "discurso artístico" pode-se dizer quase tudo, por um lado porque qualquer um é "crítico e conhecedor", por outro porque tudo se pode relacionar, inclusive os disparates.
É o gozo....
Alexandre Burmester
De: Carlos Gilbert - "A cidade de ..."
"... Marques da Silva"
Cito da notícia do JN:
"O autor de edifícios como o Teatro Nacional S. João ou a Estação de S. Bento, influenciado pela Renascença francesa e flamenga, "trouxe de Paris, onde estudou, o 'gozo artístico', que haveria de influenciar a Escola do Porto", sublinha ainda o professor. "Isso traduz-se num sistema extremamente exigente de abordagem do projecto, na grande qualidade de execução, nos elementos quase artesanais, na atenção dada aos sítios e aos materiais".
A "Escola do Porto"... "o gozo artístico"...
Arquitectos membros deste blogue, esperava que algum de Vocês pegasse neste tema!
Cito da notícia do JN:
"O autor de edifícios como o Teatro Nacional S. João ou a Estação de S. Bento, influenciado pela Renascença francesa e flamenga, "trouxe de Paris, onde estudou, o 'gozo artístico', que haveria de influenciar a Escola do Porto", sublinha ainda o professor. "Isso traduz-se num sistema extremamente exigente de abordagem do projecto, na grande qualidade de execução, nos elementos quase artesanais, na atenção dada aos sítios e aos materiais".
A "Escola do Porto"... "o gozo artístico"...
Arquitectos membros deste blogue, esperava que algum de Vocês pegasse neste tema!
De: TAF - "Militância 2"
Lá se vai o meu plano por água abaixo...
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From: Rui Paulo Figueiredo <Ruipf@ps.pt>
Date: Thu, 10 Feb 2005 12:24:21 -0000
Subject: RE: Aceitar-me-ão como militante?
Caro Sr. Tiago Azevedo Fernandes,
Nos termos do artigo 21.º, n.º 2, da Lei Orgânica n.º 2/2003, de 22 de Agosto - Lei dos Partidos Políticos "Ninguém pode estar filiado simultaneamente em mais de um partido político".
Os melhores cumprimentos.
Rui Paulo figueiredo
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From: Rui Paulo Figueiredo <Ruipf@ps.pt>
Date: Thu, 10 Feb 2005 12:24:21 -0000
Subject: RE: Aceitar-me-ão como militante?
Caro Sr. Tiago Azevedo Fernandes,
Nos termos do artigo 21.º, n.º 2, da Lei Orgânica n.º 2/2003, de 22 de Agosto - Lei dos Partidos Políticos "Ninguém pode estar filiado simultaneamente em mais de um partido político".
Os melhores cumprimentos.
Rui Paulo figueiredo
De: F. Rocha Antunes - "Problema sério"
Meus Caros,
É bem claro, para quem ler o que o Prof. Guimarães escreve hoje no público, que estamos, como aqui já se disse várias vezes, com um problema sério. E esse problema sério é a forma como o projecto do Metro do Porto está a progredir.
Não se pode continuar a permitir que o método do desenvolvimento do projecto siga a táctica que já foi, e bem, apelidada de “andando e medindo”. Primeiro faz-se, custe o que custar, depois mede-se o que foi feito como forma de justificação do caminho atingido.
Estamos, e sempre estivemos, a falar de recursos escassos e de um projecto decisivo para o futuro da região.
A gestão da empresa Metro do Porto tem de reconhecer que o método utilizado, se calhar importante numa fase inicial de “venda da ideia”, esgotou as suas potencialidades. E mudar de rumo quanto à comunicação prévia das suas intenções.
Tem a obrigação de apresentar, sempre, os projectos que se propõe fazer, e apenas a essa empresa cabe a responsabilidade de o fazer com método e tempo para que não se venha depois queixar de bloqueios. Por exemplo, poderá desde já dar a conhecer o que tem planeado para a linha de Gondomar, para que todos possamos perceber o que vai ser.
A gestão da envolvente é uma incontornável obrigação da gestão moderna e esclarecida. E a envolvente, sabemos todos, vai mudando. Cabe aos gestores a responsabilidade de o perceber e ajustarem os seus métodos de forma a saberem vender os seus projectos. Especialmente nos projectos que têm forte impacto no futuro das comunidades aonde se inserem, e sobretudo quando essa mesma comunidade são não apenas os afectados, positivamente e negativamente pela qualidade da gestão, mas simultaneamente os accionistas do projecto. Que são as Câmara Municipais que detêm a maioria do capital da Metro do Porto senão nossos representantes nesse capital?
O mundo da gestão está cheio de exemplos de gestores que se souberam adaptar à evolução das envolventes transaccionais. E de gestores brilhantes que, numa determinada fase, souberam fazê-lo e que depois não souberam evoluir. Li hoje mesmo que uma das gestoras mais qualificadas dos EUA, Carla Fiorinno, responsável pela mega fusão da HP com a Compaq, foi dispensada precisamente por não ter sabido adaptar-se à nova envolvente de mercado que ela própria brilhantemente criou.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
É bem claro, para quem ler o que o Prof. Guimarães escreve hoje no público, que estamos, como aqui já se disse várias vezes, com um problema sério. E esse problema sério é a forma como o projecto do Metro do Porto está a progredir.
Não se pode continuar a permitir que o método do desenvolvimento do projecto siga a táctica que já foi, e bem, apelidada de “andando e medindo”. Primeiro faz-se, custe o que custar, depois mede-se o que foi feito como forma de justificação do caminho atingido.
Estamos, e sempre estivemos, a falar de recursos escassos e de um projecto decisivo para o futuro da região.
A gestão da empresa Metro do Porto tem de reconhecer que o método utilizado, se calhar importante numa fase inicial de “venda da ideia”, esgotou as suas potencialidades. E mudar de rumo quanto à comunicação prévia das suas intenções.
Tem a obrigação de apresentar, sempre, os projectos que se propõe fazer, e apenas a essa empresa cabe a responsabilidade de o fazer com método e tempo para que não se venha depois queixar de bloqueios. Por exemplo, poderá desde já dar a conhecer o que tem planeado para a linha de Gondomar, para que todos possamos perceber o que vai ser.
A gestão da envolvente é uma incontornável obrigação da gestão moderna e esclarecida. E a envolvente, sabemos todos, vai mudando. Cabe aos gestores a responsabilidade de o perceber e ajustarem os seus métodos de forma a saberem vender os seus projectos. Especialmente nos projectos que têm forte impacto no futuro das comunidades aonde se inserem, e sobretudo quando essa mesma comunidade são não apenas os afectados, positivamente e negativamente pela qualidade da gestão, mas simultaneamente os accionistas do projecto. Que são as Câmara Municipais que detêm a maioria do capital da Metro do Porto senão nossos representantes nesse capital?
O mundo da gestão está cheio de exemplos de gestores que se souberam adaptar à evolução das envolventes transaccionais. E de gestores brilhantes que, numa determinada fase, souberam fazê-lo e que depois não souberam evoluir. Li hoje mesmo que uma das gestoras mais qualificadas dos EUA, Carla Fiorinno, responsável pela mega fusão da HP com a Compaq, foi dispensada precisamente por não ter sabido adaptar-se à nova envolvente de mercado que ela própria brilhantemente criou.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Carlos Gilbert - "Pedro Nery: Mais Metro..."
Cito: "Cometi algum erro logístico de que não me apercebi? Disse alguma coisa sem pés nem cabeça? Por favor, corrijam-me! É que ao passar na Senhora da Hora, é como se visse esta solução a olhar para mim. Não consigo perceber porque é que não é viável. Não consigo perceber como é que se vai construir toda uma linha como tapa-buracos, quando há linhas prioritárias, como MUITO mais interesse e necessidade".
Não me querendo sobrepor à opinião de quem esteja mais por dentro do assunto, gostava contudo, como "apaixonado" por estas coisas de transportes urbanos de há longa data, deixar-lhe a minha modesta opinião.
Tudo o que aponta no seu texto já foi dito aqui, por um ou mais membros deste blogue. Terá que ter a paciência de ler os (mais que muitos...) textos sobre o assunto. O que penso sobre os temas que aflora é o seguinte:
1. A conclusão das obras
É um defeito tipicamente português. Faz-se o grosso das obras e os remates ficam "para as calendas gregas". É assim, foi sempre assim, por que motivo no futuro não há-de continuar a ser assim? Lembra-se das "obras de requalificação" feitas pela "Sociedade Porto Cap. da Cultura"? Como a maioria ficou incompleta, os passeios esventrados, mal rematados e sei lá que mais? É o "profissionalismo à portuguesa", e mais não me quero alongar sobre este tema.
2. Transbordos no Metro
Não sou especialista em "fluxos de massas" mas não custa perceber que a melhor solução é haver meios de transporte colectivo que reduzam ao indispensável quaisquer transbordos. O ideal é, sem dúvida, composições directas Campanhã/Póvoa, Campanhã/Matosinhos e Campanhã/Maia/Trofa (refiro-me a Campanhã como origem geográfica, se bem que o términus seja - para já - o "Estádio do Dragão"). É a solução que maior conforto proporcionará aos utentes. Posso dizer-lhe que nos exemplos por mim já citados da "Rheinbahn" de Düsseldorf (da qual eu tb. anexei fotos) as composições de "metro" fazem percursos de 55km entre estações-términus!
A outra opção que se poderia ter tido era - como aqui tb. já foi falado antes de si - fazer da estação da Srª da Hora um grande interface onde a linha do Metro terminasse, fazendo circular a partir daí composições de "tram-train" para a Póvoa e para a Maia e Trofa. Esta hipótese foi rejeitada pelo governo e desconheço os motivos concretos, mas creio que não andarei longe da realidade se disser que tem a ver com o que afloro no parágrafo seguinte.
3. O "afunilamento" entre a Srª da Hora e Campanhã
Desconheço o caudal de passageiros nas horas de ponta quando havia composições ferroviárias (as automotoras) entre a Trindade e a Póvoa e a Trofa. Se bem que nos dias de hoje o caudal de utentes vá ser sem dúvida bem superior, gostava de conhecer o que se prevê a nível de fluxos para as novas linhas de metro que estão em construção para estes destinos, sendo que a capacidade que este meio de transporte vai poder transportar é de 9 mil passageiros/hora e por sentido, em horas de ponta. O que o site da empresa Metro do Porto não diz é se esta é a capacidade máxima que o troço entre Campanhã e a Srª da Hora suporta efectivamente, mas presumo que sim e pelo seguinte: diz o site que a capacidade média de cada composição é de 211 passageiros. Se partirmos do princípio que nas horas de ponta se poderá fazer circular composições entre estas duas estações com um intervalo de 90 segundos (minuto e meio), dá 45 composições por hora o que perfaz sensivelmente os 9 mil passageiros (45 x 211 = 9.495 pax). Resta saber se haverá alguma forma de aumentar a lotação máxima das composições (a empresa prevê só duas unidades acopladas, será que as plataformas não suportam composições de três unidades?).
Espero ter contribuído para o esclarecimento de algumas das suas dúvidas, pois que o último ponto que foca - a linha na Av. da Boavista - já foi aqui dissecada até à exaustão...
C. Gilbert
Não me querendo sobrepor à opinião de quem esteja mais por dentro do assunto, gostava contudo, como "apaixonado" por estas coisas de transportes urbanos de há longa data, deixar-lhe a minha modesta opinião.
Tudo o que aponta no seu texto já foi dito aqui, por um ou mais membros deste blogue. Terá que ter a paciência de ler os (mais que muitos...) textos sobre o assunto. O que penso sobre os temas que aflora é o seguinte:
1. A conclusão das obras
É um defeito tipicamente português. Faz-se o grosso das obras e os remates ficam "para as calendas gregas". É assim, foi sempre assim, por que motivo no futuro não há-de continuar a ser assim? Lembra-se das "obras de requalificação" feitas pela "Sociedade Porto Cap. da Cultura"? Como a maioria ficou incompleta, os passeios esventrados, mal rematados e sei lá que mais? É o "profissionalismo à portuguesa", e mais não me quero alongar sobre este tema.
2. Transbordos no Metro
Não sou especialista em "fluxos de massas" mas não custa perceber que a melhor solução é haver meios de transporte colectivo que reduzam ao indispensável quaisquer transbordos. O ideal é, sem dúvida, composições directas Campanhã/Póvoa, Campanhã/Matosinhos e Campanhã/Maia/Trofa (refiro-me a Campanhã como origem geográfica, se bem que o términus seja - para já - o "Estádio do Dragão"). É a solução que maior conforto proporcionará aos utentes. Posso dizer-lhe que nos exemplos por mim já citados da "Rheinbahn" de Düsseldorf (da qual eu tb. anexei fotos) as composições de "metro" fazem percursos de 55km entre estações-términus!
A outra opção que se poderia ter tido era - como aqui tb. já foi falado antes de si - fazer da estação da Srª da Hora um grande interface onde a linha do Metro terminasse, fazendo circular a partir daí composições de "tram-train" para a Póvoa e para a Maia e Trofa. Esta hipótese foi rejeitada pelo governo e desconheço os motivos concretos, mas creio que não andarei longe da realidade se disser que tem a ver com o que afloro no parágrafo seguinte.
3. O "afunilamento" entre a Srª da Hora e Campanhã
Desconheço o caudal de passageiros nas horas de ponta quando havia composições ferroviárias (as automotoras) entre a Trindade e a Póvoa e a Trofa. Se bem que nos dias de hoje o caudal de utentes vá ser sem dúvida bem superior, gostava de conhecer o que se prevê a nível de fluxos para as novas linhas de metro que estão em construção para estes destinos, sendo que a capacidade que este meio de transporte vai poder transportar é de 9 mil passageiros/hora e por sentido, em horas de ponta. O que o site da empresa Metro do Porto não diz é se esta é a capacidade máxima que o troço entre Campanhã e a Srª da Hora suporta efectivamente, mas presumo que sim e pelo seguinte: diz o site que a capacidade média de cada composição é de 211 passageiros. Se partirmos do princípio que nas horas de ponta se poderá fazer circular composições entre estas duas estações com um intervalo de 90 segundos (minuto e meio), dá 45 composições por hora o que perfaz sensivelmente os 9 mil passageiros (45 x 211 = 9.495 pax). Resta saber se haverá alguma forma de aumentar a lotação máxima das composições (a empresa prevê só duas unidades acopladas, será que as plataformas não suportam composições de três unidades?).
Espero ter contribuído para o esclarecimento de algumas das suas dúvidas, pois que o último ponto que foca - a linha na Av. da Boavista - já foi aqui dissecada até à exaustão...
C. Gilbert
De: TAF - "Imprensa de quinta-feira"
- Cidade de Marques da Silva revisitada em fotografias
- Exposição sobre Marques da Silva revela olhar singular da arquitectura no Porto
- Nova avenida em S. João de Deus
- Bares insistem com o policiamento pago
- Casa dos 24 abre no próximo mês
- Casa dos 24 abre em Março como local de contemplação do Porto
- Faculdade de Medicina trava invasão do metro
- Faculdade de Medicina entrou com providência cautelar contra a Metro
- O Tremendo Erro do Metro para o Hospital de São João - opinião de José Eduardo Guimarães
- Metro Estuda Novas Ligações em Vila do Conde
- Exposição sobre Marques da Silva revela olhar singular da arquitectura no Porto
- Nova avenida em S. João de Deus
- Bares insistem com o policiamento pago
- Casa dos 24 abre no próximo mês
- Casa dos 24 abre em Março como local de contemplação do Porto
- Faculdade de Medicina trava invasão do metro
- Faculdade de Medicina entrou com providência cautelar contra a Metro
- O Tremendo Erro do Metro para o Hospital de São João - opinião de José Eduardo Guimarães
- Metro Estuda Novas Ligações em Vila do Conde
2005/02/09
De: Pedro Nery - "Mais Metro..."
"... mas só porque acho que tem mesmo de ser. :-/"
Olá a todos. Desde já os meus parabéns por participarem e manterem [neste caso, cumprimentos a TAF] este excelente meio de discussão de diferentes pontos de vista e de exposição de opiniões. :)
O motivo que me leva, pela primeira vez, a tentar escrever aqui qualquer coisa está relacionado com o Metro, mas estranhamente não com a linha da Boavista... As obras da linha Azul já terminaram há bastante tempo, e o seu funcionamento é perfeito, pelo menos na opinião da maioria.
Os veículos são impecáveis, as estações também. Todo o sistema é funcional, rápido e cómodo! Até dá para desconfiar... Afinal de contas, são bem raras as coisas boas em Portugal que não acarretam as suas típicas contrapartidas. [Será uma delas o preço elevado?]
Bem, todos os dias utilizo esta linha, entre o Campo 24 de Agosto e a Senhora da Hora, e todos os dias atravesso o jardim do referido Campo, com parte relvada e tratada, apesar do lixo, e parte completamente abandonada. As pedras retiradas dos antigos muros, pelas obras do Metro, continuam amontoadas em plena Praça! O lamaçal é uma constante. A inestética rede de ventilação do Metro está à vista de todos... O lixo vai-se acumulando, bem como a degradação deste espaço e do restante jardim!
Pergunta: O que é que se passa?! Mas, a sério, o que se passa?! Porque é que após as obras da estação terem terminado, foi tudo embora, equipamentos, materiais, operários... Acabou!
O jardim, ou o que ERA o jardim, ficou esventrado. E assim já está há mais de dois anos. Ficará para sempre assim? Não consigo perceber quem é que deixa estas coisas acontecerem, a sério que não! Custava assim tanto, no mínimo, porem tudo como estava?
Por favor, alguém me consegue dar uma explicação lógica para isto, excluindo o pão-nosso-de-cada-dia português que consiste em sacudir a água do seu próprio capote? A quem compete acabar o jardim? Porque é que ainda não o fez? Custa mais de 90 milhões de euros? Pois, não sei responder. :-/
Já agora, e porque não pode deixar de ser [peço desculpa por estar a dar mais do mesmo]... Qual é a impossibilidade em fazer com que pelo menos uma das linhas que entram na Senhora da Hora se fique por lá, fazendo os seus passageiros um transbordo rápido e eficaz para uma das outras linhas?
Bastava, penso eu que não seja impossível, ampliar a estação da Senhora da Hora para mais uma linha, cobrir a estação, evitando assim os incómodos dos dias chuvosos, proporcionar passagens eficientes e seguras entre as linhas, uma zona com bancos de espera e um quiosque de informação e voilá! Estava resolvido, pelo menos a curto prazo, o problema do afunilamento. A zona envolvente da estação, que eu me tenha apercebido, não é tão densa que não permita esta ampliação.
Ao garantirem, imaginemos, passagens de veículos na Senhora da Hora para o Estádio do Dragão de 5 em 5min, este processo não seria de todo inviável. Poderia até ser criada uma linha específica Senhora da Hora - Estádio do Dragão, fixa e de grande frequência, que intercalava com as linhas direccionadas para as outras localidades, como por exemplo a da Póvoa e a da Trofa, tal como acontece hoje com a Linha A e a pseudo-Linha-B.
Tomemos como exemplo a linha da Póvoa. Muitas pessoas já hoje fazem um transbordo nada cómodo com as camionetas do transporte alternativo. Com certeza que um transbordo rápido e eficiente Metro-Metro lhes seria bem vindo! Desde que se garantisse a qualidade...
Também não compreendo como pode ser a linha da boavista uma alternativa para os passageiros da linha azul que tem origem em Matosinhos. Vão demolir o troço final da linha azul, para *obrigar* as pessoas a optarem pela da Boavista? Caso isto não aconteça, não estou a ver isto a resultar.
Cometi algum erro logístico de que não me apercebi? Disse alguma coisa sem pés nem cabeça? Por favor, corrijam-me! É que ao passar na Senhora da Hora, é como se visse esta solução a olhar para mim. Não consigo perceber porque é que não é viável. Não consigo perceber como é que se vai construir toda uma linha como tapa-buracos, quando há linhas prioritárias, como MUITO mais interesse e necessidade.
Bem, ficarei à espera...
Obrigado pelo tempo dispensado! :)
Pedro Nery
pedro_nery@portugalmail.pt
Olá a todos. Desde já os meus parabéns por participarem e manterem [neste caso, cumprimentos a TAF] este excelente meio de discussão de diferentes pontos de vista e de exposição de opiniões. :)
O motivo que me leva, pela primeira vez, a tentar escrever aqui qualquer coisa está relacionado com o Metro, mas estranhamente não com a linha da Boavista... As obras da linha Azul já terminaram há bastante tempo, e o seu funcionamento é perfeito, pelo menos na opinião da maioria.
Os veículos são impecáveis, as estações também. Todo o sistema é funcional, rápido e cómodo! Até dá para desconfiar... Afinal de contas, são bem raras as coisas boas em Portugal que não acarretam as suas típicas contrapartidas. [Será uma delas o preço elevado?]
Bem, todos os dias utilizo esta linha, entre o Campo 24 de Agosto e a Senhora da Hora, e todos os dias atravesso o jardim do referido Campo, com parte relvada e tratada, apesar do lixo, e parte completamente abandonada. As pedras retiradas dos antigos muros, pelas obras do Metro, continuam amontoadas em plena Praça! O lamaçal é uma constante. A inestética rede de ventilação do Metro está à vista de todos... O lixo vai-se acumulando, bem como a degradação deste espaço e do restante jardim!
Pergunta: O que é que se passa?! Mas, a sério, o que se passa?! Porque é que após as obras da estação terem terminado, foi tudo embora, equipamentos, materiais, operários... Acabou!
O jardim, ou o que ERA o jardim, ficou esventrado. E assim já está há mais de dois anos. Ficará para sempre assim? Não consigo perceber quem é que deixa estas coisas acontecerem, a sério que não! Custava assim tanto, no mínimo, porem tudo como estava?
Por favor, alguém me consegue dar uma explicação lógica para isto, excluindo o pão-nosso-de-cada-dia português que consiste em sacudir a água do seu próprio capote? A quem compete acabar o jardim? Porque é que ainda não o fez? Custa mais de 90 milhões de euros? Pois, não sei responder. :-/
Já agora, e porque não pode deixar de ser [peço desculpa por estar a dar mais do mesmo]... Qual é a impossibilidade em fazer com que pelo menos uma das linhas que entram na Senhora da Hora se fique por lá, fazendo os seus passageiros um transbordo rápido e eficaz para uma das outras linhas?
Bastava, penso eu que não seja impossível, ampliar a estação da Senhora da Hora para mais uma linha, cobrir a estação, evitando assim os incómodos dos dias chuvosos, proporcionar passagens eficientes e seguras entre as linhas, uma zona com bancos de espera e um quiosque de informação e voilá! Estava resolvido, pelo menos a curto prazo, o problema do afunilamento. A zona envolvente da estação, que eu me tenha apercebido, não é tão densa que não permita esta ampliação.
Ao garantirem, imaginemos, passagens de veículos na Senhora da Hora para o Estádio do Dragão de 5 em 5min, este processo não seria de todo inviável. Poderia até ser criada uma linha específica Senhora da Hora - Estádio do Dragão, fixa e de grande frequência, que intercalava com as linhas direccionadas para as outras localidades, como por exemplo a da Póvoa e a da Trofa, tal como acontece hoje com a Linha A e a pseudo-Linha-B.
Tomemos como exemplo a linha da Póvoa. Muitas pessoas já hoje fazem um transbordo nada cómodo com as camionetas do transporte alternativo. Com certeza que um transbordo rápido e eficiente Metro-Metro lhes seria bem vindo! Desde que se garantisse a qualidade...
Também não compreendo como pode ser a linha da boavista uma alternativa para os passageiros da linha azul que tem origem em Matosinhos. Vão demolir o troço final da linha azul, para *obrigar* as pessoas a optarem pela da Boavista? Caso isto não aconteça, não estou a ver isto a resultar.
Cometi algum erro logístico de que não me apercebi? Disse alguma coisa sem pés nem cabeça? Por favor, corrijam-me! É que ao passar na Senhora da Hora, é como se visse esta solução a olhar para mim. Não consigo perceber porque é que não é viável. Não consigo perceber como é que se vai construir toda uma linha como tapa-buracos, quando há linhas prioritárias, como MUITO mais interesse e necessidade.
Bem, ficarei à espera...
Obrigado pelo tempo dispensado! :)
Pedro Nery
pedro_nery@portugalmail.pt
De: F. Rocha Antunes - "Stop"
Cara Cristina,
Nestas matérias vale sempre a pena tentar contactar os responsáveis pelo espaço. Não estamos a falar da via pública, estamos a falar de um espaço privado que está aberto ao público e que tem responsáveis, e como tal, responsabilizáveis pelo que lá acontece.
Fui às páginas amarelas electrónicas e vem lá, em Centro Comercial Stop:
Telefone: 225 373 708
Telefonei para lá e fiquei imediatamente a saber que o senhor Carlos Freire é o responsável pela gestão do condomínio e pela segurança.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Nestas matérias vale sempre a pena tentar contactar os responsáveis pelo espaço. Não estamos a falar da via pública, estamos a falar de um espaço privado que está aberto ao público e que tem responsáveis, e como tal, responsabilizáveis pelo que lá acontece.
Fui às páginas amarelas electrónicas e vem lá, em Centro Comercial Stop:
Telefone: 225 373 708
Telefonei para lá e fiquei imediatamente a saber que o senhor Carlos Freire é o responsável pela gestão do condomínio e pela segurança.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Cristina Santos - "Cidadão inculto!!!"
Imagine que resolve entrar num Shopping para comprar tabaco.
Um shopping urbano que não visita há uma década, muitas lojas fechadas, mas com muitas pessoas e jovens. Pense que de repente junto à máquina de tabaco é abordado por um grupo de cinco jovens, que questionam a sua relação com a colega que o acompanha. Rodeiam-nos e iniciam uma série de provocações. No meio disto Você tenta esgueira-se para a escada, sendo derrubado por um pontapé que apanha de um jovem, dos seus quinze anos. Tenta esgueirar-se e fugir dos jovens, arrastando consigo a colega. Você corre para o exterior e verifica que já ninguém o persegue.
Enquanto se tenta recompor percebe que a agressão não foi gratuita, falta-lhe o telemóvel, a carteira e a chave do carro.
Chama a policia, mantém-se à porta do shopping.
Chegada a Policia, (dois agentes) você é identificado (sem documentos), expõem a situação, e o agente solicita-lhe que identifique os autores.
Qual não é o seu espanto quando ao dirigir-se ao local do incidente, repara que o grupo aumentou para o dobro, que se encontram debruçados nos corrimões em puro desafio às autoridades. O Agente habituado às andanças do local, quase ridiculariza a sua situação e pede-lhe que identifique o autor do roubo. Como você foi roubado enquanto era agredido, informa o agente que foi agredido pelo grupo, com a conivência do proprietário do café. O Agente informa que não pode identificar um grupo inteiro, solicita-lhe que identifique o agressor. Você indica um deles, o agressor prontamente apresenta o BI, informa aos gritos a sua residência e pergunta se precisam de mais alguma coisa, enquanto o coro de assobios continua.
Agora espante-se: o Agente informa-o em jeito conclusivo, que está tudo legal e que Você tem seis meses para apresentar queixa. Iniciando de imediato a descida dos três degraus que tinha subido à minutos.
Você não se conforma e pergunta como vai fazer para reaver o seu telemóvel, a chave do seu carro e a sua carteira. O agente já irritado, sozinho ,com algum receio, diz-lhe que se Você não é capaz de identificar o autor do Roubo, a Policia não pode fazer nada. Ouve algumas gargalhadas, sai com o Policia, que o alerta do seguinte: isto aqui acontece todos os dias, todos os dias há desacatos entre os grupos, o Sr. já devia saber que não pode vir para aqui a uma hora destas (11 horas), isto é um sítio perigoso, toda a gente sabe. Bem, Isto agora segue os trâmites legais e apresente queixa. Querem ir ao Hospital tratar os ferimentos?!
Conclusão, em minutos Você foi roubado, agredido e mereceu porque é um Cidadão inculto.
Caro Cidadão estar bem informado é cada vez mais importante.
Antes de entrar em algum shopping dos anos oitenta, informe-se junto das autoridades locais, sobre a segurança do local, actividades e autoridade policial permitida.
Fale com os seus vizinhos para depois não ficar espantado, com as noções gerais de locais perigosos, e com os eventuais risos.
Pesquise na Internet os roteiros da violência, não se limite aos Bairros Sociais.
Se mesmo assim comprar tabaco num local destes, não use óculos, nem roupas de marca, não se fie na sua passividade ou nos suas teorias anti-violencia.
Se for agredido e roubado em simultâneo, esqueça o agressor, vigie de perto o ladrão, se chamar as autoridades, chame duas vezes para que os agentes sejam redobrados e não se sintam ameaçados, pelo sim pelo não fuja antes que o grupo se adense.
Lembre-se que as grandes superfícies quase devolutas são propícias à agressividade dos grupos, que a acção policial fica limitada nestas circunstâncias, que os agentes empresariais não se vão pronunciar contra os seus clientes habituais.
E muito mais importante que isso, passe a exigir que Centros Comerciais como o Stop na Rua do heroísmo tenham uma placa de sinalização obrigatória a informar da violência a que estará sujeito, enquanto cliente eventual.
E cuidado daqui a uns anos podemos ter a situação repetida em muitas superfícies da Cidade, por isso tente não esquecer este aviso.
Cristina Santos
Um shopping urbano que não visita há uma década, muitas lojas fechadas, mas com muitas pessoas e jovens. Pense que de repente junto à máquina de tabaco é abordado por um grupo de cinco jovens, que questionam a sua relação com a colega que o acompanha. Rodeiam-nos e iniciam uma série de provocações. No meio disto Você tenta esgueira-se para a escada, sendo derrubado por um pontapé que apanha de um jovem, dos seus quinze anos. Tenta esgueirar-se e fugir dos jovens, arrastando consigo a colega. Você corre para o exterior e verifica que já ninguém o persegue.
Enquanto se tenta recompor percebe que a agressão não foi gratuita, falta-lhe o telemóvel, a carteira e a chave do carro.
Chama a policia, mantém-se à porta do shopping.
Chegada a Policia, (dois agentes) você é identificado (sem documentos), expõem a situação, e o agente solicita-lhe que identifique os autores.
Qual não é o seu espanto quando ao dirigir-se ao local do incidente, repara que o grupo aumentou para o dobro, que se encontram debruçados nos corrimões em puro desafio às autoridades. O Agente habituado às andanças do local, quase ridiculariza a sua situação e pede-lhe que identifique o autor do roubo. Como você foi roubado enquanto era agredido, informa o agente que foi agredido pelo grupo, com a conivência do proprietário do café. O Agente informa que não pode identificar um grupo inteiro, solicita-lhe que identifique o agressor. Você indica um deles, o agressor prontamente apresenta o BI, informa aos gritos a sua residência e pergunta se precisam de mais alguma coisa, enquanto o coro de assobios continua.
Agora espante-se: o Agente informa-o em jeito conclusivo, que está tudo legal e que Você tem seis meses para apresentar queixa. Iniciando de imediato a descida dos três degraus que tinha subido à minutos.
Você não se conforma e pergunta como vai fazer para reaver o seu telemóvel, a chave do seu carro e a sua carteira. O agente já irritado, sozinho ,com algum receio, diz-lhe que se Você não é capaz de identificar o autor do Roubo, a Policia não pode fazer nada. Ouve algumas gargalhadas, sai com o Policia, que o alerta do seguinte: isto aqui acontece todos os dias, todos os dias há desacatos entre os grupos, o Sr. já devia saber que não pode vir para aqui a uma hora destas (11 horas), isto é um sítio perigoso, toda a gente sabe. Bem, Isto agora segue os trâmites legais e apresente queixa. Querem ir ao Hospital tratar os ferimentos?!
Conclusão, em minutos Você foi roubado, agredido e mereceu porque é um Cidadão inculto.
Caro Cidadão estar bem informado é cada vez mais importante.
Antes de entrar em algum shopping dos anos oitenta, informe-se junto das autoridades locais, sobre a segurança do local, actividades e autoridade policial permitida.
Fale com os seus vizinhos para depois não ficar espantado, com as noções gerais de locais perigosos, e com os eventuais risos.
Pesquise na Internet os roteiros da violência, não se limite aos Bairros Sociais.
Se mesmo assim comprar tabaco num local destes, não use óculos, nem roupas de marca, não se fie na sua passividade ou nos suas teorias anti-violencia.
Se for agredido e roubado em simultâneo, esqueça o agressor, vigie de perto o ladrão, se chamar as autoridades, chame duas vezes para que os agentes sejam redobrados e não se sintam ameaçados, pelo sim pelo não fuja antes que o grupo se adense.
Lembre-se que as grandes superfícies quase devolutas são propícias à agressividade dos grupos, que a acção policial fica limitada nestas circunstâncias, que os agentes empresariais não se vão pronunciar contra os seus clientes habituais.
E muito mais importante que isso, passe a exigir que Centros Comerciais como o Stop na Rua do heroísmo tenham uma placa de sinalização obrigatória a informar da violência a que estará sujeito, enquanto cliente eventual.
E cuidado daqui a uns anos podemos ter a situação repetida em muitas superfícies da Cidade, por isso tente não esquecer este aviso.
Cristina Santos
De: João Medina - "Alerta: Avenida dos Aliados"
Parece que é desta que a reabilitação da Avenida dos Aliados (e envolvente) vai avançar.
Finalmente!
Trata-se sem dúvida de um passo fundamental para recuperar a auto-estima dos Portuenses, fartos de verem o "coração" a sua cidade destroçado (e desprezado).
Neste momento, com a devida antecedência gostaria de lançar o seguinte alerta a quem de direito (Câmara? Metro? IPPAR? Projectistas?):
No chão da avenida estão desenhadas autênticas obras de arte na tradicional "calçada portuguesa".
As fotografias anexas retratam algumas destas imagens representando motivos tradicionais relacionados com o Porto e outros motivos alegóricos (pelo facto de as fotografias terem sido tiradas em dia de carnaval, apresentam algumas serpentinas por cima).
As fotografias retratam também as brutalidades insensatas que estes desenhos têm sofrido, sobretudo com a implantação de umas paragens de autocarro (não se poderiam ter colocado dois metros mais para o lado?)
O meu alerta é no sentido de se tomarem as medidas adequadas para que estas obras de arte anónimas (penso eu) não fiquem para sempre destruidas.
Ainda vamos a tempo.
(nota: para quem nos apelida de "profissionais do contra" fica o esclarecimento que este texto não é minimamente contra a reabilitação da avenida. Esta é sem dúvida uma obra prioritária!
________________________________________
João Medina
medinaprata@hotmail.com
Finalmente!
Trata-se sem dúvida de um passo fundamental para recuperar a auto-estima dos Portuenses, fartos de verem o "coração" a sua cidade destroçado (e desprezado).
Neste momento, com a devida antecedência gostaria de lançar o seguinte alerta a quem de direito (Câmara? Metro? IPPAR? Projectistas?):
No chão da avenida estão desenhadas autênticas obras de arte na tradicional "calçada portuguesa".
As fotografias anexas retratam algumas destas imagens representando motivos tradicionais relacionados com o Porto e outros motivos alegóricos (pelo facto de as fotografias terem sido tiradas em dia de carnaval, apresentam algumas serpentinas por cima).
As fotografias retratam também as brutalidades insensatas que estes desenhos têm sofrido, sobretudo com a implantação de umas paragens de autocarro (não se poderiam ter colocado dois metros mais para o lado?)
O meu alerta é no sentido de se tomarem as medidas adequadas para que estas obras de arte anónimas (penso eu) não fiquem para sempre destruidas.
Ainda vamos a tempo.
(nota: para quem nos apelida de "profissionais do contra" fica o esclarecimento que este texto não é minimamente contra a reabilitação da avenida. Esta é sem dúvida uma obra prioritária!
________________________________________
João Medina
medinaprata@hotmail.com
De: João Medina - "separar temáticas"
Também eu gostaria que este blog pudesse avançar para outros temas para além do metro na Boavista.
Ou pelo menos separar as temáticas (não sei se isso seria possível).
Não sei o que pode ser feito para que este "avançar para outros temas" não signifique que "quem cala consente" ou "está convencido".
Era importante que o assunto não morresse.
Continuo a ser profundamente contra tal solução.
As razões e argumentos sólidos apresentadas neste blog contra a linha da Boavista só não têm sido esclarecedoras para quem já de antemão não quer sequer pensar.
Mesmo os argumentos a favor têm vindo a ser rebatidos um a um.
Continuo a entender que o poder político (eleito e legítimo) terá de ser soberano em relação o poder tecnocrático de gabinete representado pela Metro do Porto.
Será a câmara e o poder Cidadão que terá de tomar decisões e a saber a a estratégia para a cidade. Não a Metro do Porto e a sua "iluminada" administração.
Ou pelo menos separar as temáticas (não sei se isso seria possível).
Não sei o que pode ser feito para que este "avançar para outros temas" não signifique que "quem cala consente" ou "está convencido".
Era importante que o assunto não morresse.
Continuo a ser profundamente contra tal solução.
As razões e argumentos sólidos apresentadas neste blog contra a linha da Boavista só não têm sido esclarecedoras para quem já de antemão não quer sequer pensar.
Mesmo os argumentos a favor têm vindo a ser rebatidos um a um.
Continuo a entender que o poder político (eleito e legítimo) terá de ser soberano em relação o poder tecnocrático de gabinete representado pela Metro do Porto.
Será a câmara e o poder Cidadão que terá de tomar decisões e a saber a a estratégia para a cidade. Não a Metro do Porto e a sua "iluminada" administração.
De: Emídio Gardé: - "Luso respeito"
A foto que anexo foi tirada ontem, "feriado" de Carnaval; mas se se for lá agora, neste preciso instante, a situação é exactamente e mesma.
A dois passos da sede da STCP, na Pç. Sá Carneiro (mais conhecida por Praça Velasquez), existe, há mais de um ano, esta paragem provisória dos autocarros 6 e 38. O respeito (ou, mais concretamente, a falta dele) que os automobilistas têm por quem se desloca de transporte público é por demais evidente neste caso. Que, como é bem sabido, não é (infelizmente) nem caso único na cidade do Porto, nem caso único da cidade do Porto.
Urge combater esta situação de ignorância declarada pela importância que os transportes colectivos têm na n/ sociedade!
Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt
A dois passos da sede da STCP, na Pç. Sá Carneiro (mais conhecida por Praça Velasquez), existe, há mais de um ano, esta paragem provisória dos autocarros 6 e 38. O respeito (ou, mais concretamente, a falta dele) que os automobilistas têm por quem se desloca de transporte público é por demais evidente neste caso. Que, como é bem sabido, não é (infelizmente) nem caso único na cidade do Porto, nem caso único da cidade do Porto.
Urge combater esta situação de ignorância declarada pela importância que os transportes colectivos têm na n/ sociedade!
Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt
De: Alexandre Burmester - "Perfil da Boavista"
Para não parecer mal educado, e ter ficado calado, ou declinar o convite feito pelo Patrício Martins, vou passar a esclarecer rapidamente porque não necessito de ir munido de fita métrica à Av. da Boavista.
Trecho Castelo do Queijo / Fonte da Moura
Informações recolhidas no Projecto do Metro, e medidas de faixas dadas aos eixos das guias.
Espero ter sido esclarecedor, e espero poder mudar de assunto.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
- Em primeiro lugar, porque não se trata de saber se o Metro cabe ou não na Avenida. O seu desmesuramento é maior no que condiciona e implica, do que nas suas medidas físicas. Mas não me vou repetir e por isso não vou apresentar todas aquelas razões que já conhecemos de cor.
- Segundo lugar, não preciso de ir à avenida medi-la porque possuo o seu levantamento topográfico:
Trecho Castelo do Queijo / Fonte da Moura - largura entre os 30,00 e os 31,00 metros
E as larguras consideradas pelo Projecto do Metro:
Trecho entre Fonte da Moura / Rotunda da Boavista - largura entre os 26,00 e os 27,00 metrosFaixa de rodagem do Metro = 9.00 metros
Largura com estação = 10,16 metros
Trecho Castelo do Queijo / Fonte da Moura
Faixa do Metro de 9,00 mTrecho da Fonte da Moura à Rotunda
2 faixas de circulação e estacionamento 2x8,00 = 16,00m (Esta medida está mal dimensionada)
2 passeios de 2.30m (Embora pequenos admitem colocação de árvores)
(Quando existem estações não há estacionamento lateral)
Faixa do Metro de 9,00 mNota:
2 faixas de circulação de 7,00m
2 passeios de 2.00, ou de 1,75m ( Não admitem árvores, apenas uns pequenos "pinceis")
(Quando existem estações os passeios passarão naturalmente a ter menos 0.50m, o que mal admitem pessoas)
Informações recolhidas no Projecto do Metro, e medidas de faixas dadas aos eixos das guias.
Espero ter sido esclarecedor, e espero poder mudar de assunto.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
De: TAF - "A militância"
Tinha há dias feito uma pergunta ao PSD e ao PS. Do PSD não tenho notícias; do PS recebi agora esta resposta:
From: Rui Paulo Figueiredo <ruipf@ps.pt>
To: taf@etc.pt
Date: Wed, 9 Feb 2005 11:51:41 -0000
Subject: RE: Aceitar-me-ão como militante?
Caro Sr. Tiago Azevedo Fernandes,
De facto, existem restrições legais e estatutárias que impedem um cidadão de ser simultaneamente militante do PS e de outro partido.
Os melhores cumprimentos.
Rui Paulo Figueiredo
As "restrições legais" deixam-me surpreendido, as estatutárias nem por isso. Já pedi mais pormenores. ;-)
Mudando de assunto, recomendo:
- Memórias de Marques da Silva
From: Rui Paulo Figueiredo <ruipf@ps.pt>
To: taf@etc.pt
Date: Wed, 9 Feb 2005 11:51:41 -0000
Subject: RE: Aceitar-me-ão como militante?
Caro Sr. Tiago Azevedo Fernandes,
De facto, existem restrições legais e estatutárias que impedem um cidadão de ser simultaneamente militante do PS e de outro partido.
Os melhores cumprimentos.
Rui Paulo Figueiredo
As "restrições legais" deixam-me surpreendido, as estatutárias nem por isso. Já pedi mais pormenores. ;-)
Mudando de assunto, recomendo:
- Memórias de Marques da Silva
De: Carlos Gilbert - "Metro: Novo imbróglio..."
Que me dizem do "novo capítulo" da Metro do Porto? Como as coisas estão, a linha amarela vai ter a data de início de funcionamento atrasada, não? O que correu mal? A não-requalificação da Circunvalação no troço defronte do Hospital de S. João? Pergunto isto só para tentar descortinar como funcionam os planeamentos, as decisões e as execuções a nível de "grandes projectos" na nossa autarquia, de que factores dependem que, se não cumpridos como estipulado de início, emperram de forma significativa toda uma obra.
2005/02/08
De: TAF - "O «local do crime»"
Fui desafiado pelo Patrício Martins para responder a 3 questões. Aqui estou. :-)
Eu defendo que não se deve construir o Metro na Boavista agora, e muito menos com este projecto. Não digo que não haja interesse mais tarde em adoptar outra solução melhor também de Metro. Nesse sentido a ida ao "local do crime" terá utilidade.
1ª questão: Deixa tudo na mesma? Alivia o estrangulamento?
Alivia pouco. Eu não deixaria tudo na mesma. Foram aqui referidas duas medidas complementares que provavelmente darão muito melhores resultados: um bom serviço de autocarros em via exclusiva na Boavista, e os “tram-trains” da Póvoa e da Trofa a partir da Senhora da Hora.
2ª b) "É a mais rápida de implantar?"
Não, não é. A opção (nem que seja provisória) pelos autocarros é imediata. Qualquer outra com Metro demora cerca de dois anos.
2ª c) "É a mais barata?"
Não, não é. A opção (nem que seja provisória) pelos autocarros custa incomparavelmente menos.
3ª questão: "É uma prioridade haver Metro nessa zona da cidade?"
Não, não é. Algumas alternativas credíveis para o problema (sério e urgente!) do estrangulamento Senhora da Hora / Trindade estão explicitadas acima.
Pergunta-se ainda: "os problemas são só SIM ou NÃO?"
A minha prática de engenheiro electrotécnico obriga-me a tomar decisões sobre problemas complexos. Estou por isso habituado a filtrar o que considero essencial da informação que me chega. Por vezes tenho que decidir sobre áreas de conhecimento que não domino bem. Para isso estudo as opiniões (frequentemente contraditórias) de quem percebe e, com base na minha análise quanto à respectiva lógica e solidez, decido. Nessas alturas só há sim e não, não há talvez. ;-)
Aproveito para informar que afinal Álvaro Costa não é "consultor da Metro do Porto". O Público enganou-se ao identificá-lo nessa qualidade e hoje publicou a rectificação. Fica aqui também esclarecido.
Eu defendo que não se deve construir o Metro na Boavista agora, e muito menos com este projecto. Não digo que não haja interesse mais tarde em adoptar outra solução melhor também de Metro. Nesse sentido a ida ao "local do crime" terá utilidade.
1ª questão: Deixa tudo na mesma? Alivia o estrangulamento?
Alivia pouco. Eu não deixaria tudo na mesma. Foram aqui referidas duas medidas complementares que provavelmente darão muito melhores resultados: um bom serviço de autocarros em via exclusiva na Boavista, e os “tram-trains” da Póvoa e da Trofa a partir da Senhora da Hora.
2ª b) "É a mais rápida de implantar?"
Não, não é. A opção (nem que seja provisória) pelos autocarros é imediata. Qualquer outra com Metro demora cerca de dois anos.
2ª c) "É a mais barata?"
Não, não é. A opção (nem que seja provisória) pelos autocarros custa incomparavelmente menos.
3ª questão: "É uma prioridade haver Metro nessa zona da cidade?"
Não, não é. Algumas alternativas credíveis para o problema (sério e urgente!) do estrangulamento Senhora da Hora / Trindade estão explicitadas acima.
Pergunta-se ainda: "os problemas são só SIM ou NÃO?"
A minha prática de engenheiro electrotécnico obriga-me a tomar decisões sobre problemas complexos. Estou por isso habituado a filtrar o que considero essencial da informação que me chega. Por vezes tenho que decidir sobre áreas de conhecimento que não domino bem. Para isso estudo as opiniões (frequentemente contraditórias) de quem percebe e, com base na minha análise quanto à respectiva lógica e solidez, decido. Nessas alturas só há sim e não, não há talvez. ;-)
Aproveito para informar que afinal Álvaro Costa não é "consultor da Metro do Porto". O Público enganou-se ao identificá-lo nessa qualidade e hoje publicou a rectificação. Fica aqui também esclarecido.
De: F. Rocha Antunes - "Domingos na Baixa"
Meus Caros,
A Baixa terá que ser, no novo contexto metropolitano, uma área qualificada de habitação, lazer e turismo. Já em tempos disse que a Baixa não poderá “estar aberta” apenas nos dias úteis das 9h às 17h.
Aproveitando a nova centralidade que a rede de metro vai trazer, e as ligações suburbanas já qualificadas de que dispõem, é altura de tratar da malha mais fina da circulação uma vez que, com a conclusão do túnel de Ceuta, se fecha (com que atraso…) o ciclo das grandes obras de melhoria da circulação e mobilidade.
Neste contexto, ganham particular relevância a existência ou não de uma nova rede de eléctricos (que terá de ser fisicamente concluída…) e a gestão do estacionamento na via pública. São dois aspectos fulcrais para que a mobilidade possa, de facto, aumentar e qualificar-se.
Com o fim de estado de sítio que as grandes obras sempre provocam será possível que a vivência do tecido urbano possa ser incrementada. E isso passa fatalmente por aumentar ao máximo o tempo de utilização de todos os edifícios.
Chegou o tempo para a requalificação de usos do edificado, com a atracção de novos operadores para os espaços existentes e para a melhoria de todos os aspectos que podem contribuir para um melhor aproveitamento do património existente.
A Baixa do Porto está cheia de edifícios magníficos que, por razões conhecidas de todos, estão desaproveitados. É preciso dar-lhes novos usos, para criar sustentabilidade nessa parte crucial da cidade. Os Museus e Locais de Espectáculos terão que ser utilizados ao máximo, com a melhor gestão que se conseguir obter. E se nos primeiros o exemplo de Serralves deveria ser seguido, já nos segundos a situação é bem melhor.
Os novos usos passam por atrair moradores qualificados, comerciantes dinâmicos e turismo a sério. Tendo a capacidade de reintegrar os poucos moradores ainda existentes. E desafiando os actuais agentes instalados a requalificarem toda a sua oferta comercial. Estes últimos terão de alargar ao máximo o seu horário de funcionamento. Para que possam não apenas concorrer com os shopping’s mas serem uma verdadeira alternativa aos mesmos. Diferente mas igualmente disponível aos consumidores de hoje.
Por isso, pensar que se pode valorizar o património edificado fechando o comércio ao Domingo é agir contra tudo o que pode vir a ser a Baixa no futuro. E apostar num modelo restauracionista de condições de vida que nunca mais voltarão. Usar o poder associativo para tentar forçar os políticos a irem por esse caminho é ser contra a valorização do património e contra uma Baixa qualificada.
Os ingleses têm um ditado que eu cito muitas vezes: “as únicas pessoas que genuinamente apreciam a mudança são os bebés com uma fralda molhada”. Agora, por horror à mudança do estilo de vida e às suas consequências no estilo de vida de alguns comerciantes querer impor-se uma manutenção de um estado de coisas que, como está demonstrado até à náusea, não é capaz de atrair ninguém é definitivamente pôr o interesse particular acima do interesse colectivo. Que é precisamente o contrário de fazer cidade. Arrastar os católicos para esta visão do mundo é uma chantagem emocional, supostamente baseada na superioridade de valores, que a mim me aflige. Como se não se pudesse ser bom pai de família e fazer compras ao Domingo. Tão retrógrado como suspirar com o tempo em que as mulheres ficavam a tratar da casa, para não me esticar ainda mais….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A Baixa terá que ser, no novo contexto metropolitano, uma área qualificada de habitação, lazer e turismo. Já em tempos disse que a Baixa não poderá “estar aberta” apenas nos dias úteis das 9h às 17h.
Aproveitando a nova centralidade que a rede de metro vai trazer, e as ligações suburbanas já qualificadas de que dispõem, é altura de tratar da malha mais fina da circulação uma vez que, com a conclusão do túnel de Ceuta, se fecha (com que atraso…) o ciclo das grandes obras de melhoria da circulação e mobilidade.
Neste contexto, ganham particular relevância a existência ou não de uma nova rede de eléctricos (que terá de ser fisicamente concluída…) e a gestão do estacionamento na via pública. São dois aspectos fulcrais para que a mobilidade possa, de facto, aumentar e qualificar-se.
Com o fim de estado de sítio que as grandes obras sempre provocam será possível que a vivência do tecido urbano possa ser incrementada. E isso passa fatalmente por aumentar ao máximo o tempo de utilização de todos os edifícios.
Chegou o tempo para a requalificação de usos do edificado, com a atracção de novos operadores para os espaços existentes e para a melhoria de todos os aspectos que podem contribuir para um melhor aproveitamento do património existente.
A Baixa do Porto está cheia de edifícios magníficos que, por razões conhecidas de todos, estão desaproveitados. É preciso dar-lhes novos usos, para criar sustentabilidade nessa parte crucial da cidade. Os Museus e Locais de Espectáculos terão que ser utilizados ao máximo, com a melhor gestão que se conseguir obter. E se nos primeiros o exemplo de Serralves deveria ser seguido, já nos segundos a situação é bem melhor.
Os novos usos passam por atrair moradores qualificados, comerciantes dinâmicos e turismo a sério. Tendo a capacidade de reintegrar os poucos moradores ainda existentes. E desafiando os actuais agentes instalados a requalificarem toda a sua oferta comercial. Estes últimos terão de alargar ao máximo o seu horário de funcionamento. Para que possam não apenas concorrer com os shopping’s mas serem uma verdadeira alternativa aos mesmos. Diferente mas igualmente disponível aos consumidores de hoje.
Por isso, pensar que se pode valorizar o património edificado fechando o comércio ao Domingo é agir contra tudo o que pode vir a ser a Baixa no futuro. E apostar num modelo restauracionista de condições de vida que nunca mais voltarão. Usar o poder associativo para tentar forçar os políticos a irem por esse caminho é ser contra a valorização do património e contra uma Baixa qualificada.
Os ingleses têm um ditado que eu cito muitas vezes: “as únicas pessoas que genuinamente apreciam a mudança são os bebés com uma fralda molhada”. Agora, por horror à mudança do estilo de vida e às suas consequências no estilo de vida de alguns comerciantes querer impor-se uma manutenção de um estado de coisas que, como está demonstrado até à náusea, não é capaz de atrair ninguém é definitivamente pôr o interesse particular acima do interesse colectivo. Que é precisamente o contrário de fazer cidade. Arrastar os católicos para esta visão do mundo é uma chantagem emocional, supostamente baseada na superioridade de valores, que a mim me aflige. Como se não se pudesse ser bom pai de família e fazer compras ao Domingo. Tão retrógrado como suspirar com o tempo em que as mulheres ficavam a tratar da casa, para não me esticar ainda mais….
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: José Patrício Martins - "Visita..."
"... ao local do crime"
Caro Tiago,
Você diz, a propósito do meu repto para um encontro "no local do crime": "Contudo, independentemente do resultado dessa análise, é para mim claro que a construção imediata do Metro na Boavista é um erro."
Meu caro: se todos nós partíssemos desse pressuposto não valeria a pena deslocarmo-nos ao local. Que interesse teria, nessa oportunidade, estarmos a analisar uns centímetros, a mais ou a menos, no perfil da Avenida, se a questão é, os quilómetros (e os milhões!) da solução no seu todo? Para quê perdermos tempo com minudências?...
Eu poria o problema de modo diverso: se perdermos algum tempo com as minudências, não será que ganharemos em clareza ao avaliar as questões de fundo?
Assim, já que propus a iniciativa, cabe a você provar que eu não tenho razão para a propor. E, portanto, se não levar a mal a minha impertinência, dar resposta às minhas (e suas!), seguintes, questões:
1ª questão: o metro na Avenida "Resolve o estrangulamento Senhora da Hora / Trindade?", você responde: "Não!".
[Diga-me uma coisa: Quando tem o seu sistema informático atafulhado e o rendimento baixa até quase parar, o que é que faz? Deixa tudo na mesma? Vai comprar um computador novo, mesmo que tenha de esperar 6 meses para arranjar dinheiro? Ou começa por limpar algumas coisas menos importantes para arranjar espaço e resolver as urgências do dia? E, depois, não é que tenta outras soluções, como comprar um disco suplementar para repartir informação e aliviar o sistema? (Ponha de parte a resposta de que teria planeado tudo, cientificamente, desde o início e que, portanto, o problema nem se poria.)]
Eu digo-lhe: É verdade, não resolve, mas alivia! E não é pouco... Sobre isto, que alivia, qual é a sua opinião? Acha que podemos ser tão peremptórios no "Não!"?...
2ª questão: "É a única maneira, ou a mais rápida de implantar, ou a mais barata, de desviar passageiros da Linha Azul?", você responde, 3 x NÃO! Vamos por partes.
2ª a) "É a única maneira?" Não, não é, estou de acordo.
E ainda bem! Porque, felizmente para os futuros utentes, há outras maneiras. Por exemplo, prolongar a Linha Amarela (S. Ovídio-Hosp. S. João) até à Maia.
O problema da Senhora da Hora não é só um problema com a linha de Matosinhos. É um problema também com as outras linhas que ali convergem. E, portanto, com bem disse Álvaro Costa, a linha da Boavista "...é uma parte da solução."
2ª b) "É a mais rápida de implantar?" Provavelmente, com muita certeza... Se a comparação for com a hipótese do Campo Alegre, não tenha dúvidas. Se a comparação for com o prolongamento da Linha Amarela até à Maia (outra parte, importantíssima, da solução), acha que é exequível em que prazo?
Conhece qualquer outra alternativa? (Não me fale da hipótese da Circunvalação ou da Linha de C.F. de Leixões. Isso faz parte de outro campeonato...)
2ª c) "É a mais barata?" Se a comparação for com a do Campo Alegre, tem dúvidas? Se a comparação for com o custo médio por quilómetro da restante rede, acha que é "Não"? (Já agora, é capaz de desmentir a manchete do Público, que põe na boca de Álvaro Costa a seguinte afirmação: "Não há alternativa barata ao metro na Boavista"?)
3ª questão: "É uma prioridade haver Metro nessa zona da cidade?" Você responde: "Não!" Eu não seria tão peremptório. Ora vejamos.
Se desvalorizarmos o problema da Senhora da Hora, isto é:
Se, pelo contrário, considerarmos que
Caro TAF: Eu inclino-me mais para a 2ª consideração.
É capaz de me fazer ver o contrário? Você diz que não é nem engenheiro, nem arquitecto. Mas é concerteza, ou, pelo menos, tem formação como analista de sistemas. Então diga-me: os problemas são só SIM ou NÃO? Onde é que cabe um postulado condicional?...
Bom, cabe-lhe a si demonstrar que a ida ao "local do crime" não adianta nem atrasa nada para a solução do problema...
(Meus amigos bloguistas, não quero abusar da vossa paciência, não sou um "profissional do contra"! E por isso vou terminar por aqui as minhas considerações sobre este assunto)
Um abraço do
Patrício Martins. 2004-02-08
Caro Tiago,
Você diz, a propósito do meu repto para um encontro "no local do crime": "Contudo, independentemente do resultado dessa análise, é para mim claro que a construção imediata do Metro na Boavista é um erro."
Meu caro: se todos nós partíssemos desse pressuposto não valeria a pena deslocarmo-nos ao local. Que interesse teria, nessa oportunidade, estarmos a analisar uns centímetros, a mais ou a menos, no perfil da Avenida, se a questão é, os quilómetros (e os milhões!) da solução no seu todo? Para quê perdermos tempo com minudências?...
Eu poria o problema de modo diverso: se perdermos algum tempo com as minudências, não será que ganharemos em clareza ao avaliar as questões de fundo?
Assim, já que propus a iniciativa, cabe a você provar que eu não tenho razão para a propor. E, portanto, se não levar a mal a minha impertinência, dar resposta às minhas (e suas!), seguintes, questões:
1ª questão: o metro na Avenida "Resolve o estrangulamento Senhora da Hora / Trindade?", você responde: "Não!".
[Diga-me uma coisa: Quando tem o seu sistema informático atafulhado e o rendimento baixa até quase parar, o que é que faz? Deixa tudo na mesma? Vai comprar um computador novo, mesmo que tenha de esperar 6 meses para arranjar dinheiro? Ou começa por limpar algumas coisas menos importantes para arranjar espaço e resolver as urgências do dia? E, depois, não é que tenta outras soluções, como comprar um disco suplementar para repartir informação e aliviar o sistema? (Ponha de parte a resposta de que teria planeado tudo, cientificamente, desde o início e que, portanto, o problema nem se poria.)]
Eu digo-lhe: É verdade, não resolve, mas alivia! E não é pouco... Sobre isto, que alivia, qual é a sua opinião? Acha que podemos ser tão peremptórios no "Não!"?...
2ª questão: "É a única maneira, ou a mais rápida de implantar, ou a mais barata, de desviar passageiros da Linha Azul?", você responde, 3 x NÃO! Vamos por partes.
2ª a) "É a única maneira?" Não, não é, estou de acordo.
E ainda bem! Porque, felizmente para os futuros utentes, há outras maneiras. Por exemplo, prolongar a Linha Amarela (S. Ovídio-Hosp. S. João) até à Maia.
O problema da Senhora da Hora não é só um problema com a linha de Matosinhos. É um problema também com as outras linhas que ali convergem. E, portanto, com bem disse Álvaro Costa, a linha da Boavista "...é uma parte da solução."
2ª b) "É a mais rápida de implantar?" Provavelmente, com muita certeza... Se a comparação for com a hipótese do Campo Alegre, não tenha dúvidas. Se a comparação for com o prolongamento da Linha Amarela até à Maia (outra parte, importantíssima, da solução), acha que é exequível em que prazo?
Conhece qualquer outra alternativa? (Não me fale da hipótese da Circunvalação ou da Linha de C.F. de Leixões. Isso faz parte de outro campeonato...)
2ª c) "É a mais barata?" Se a comparação for com a do Campo Alegre, tem dúvidas? Se a comparação for com o custo médio por quilómetro da restante rede, acha que é "Não"? (Já agora, é capaz de desmentir a manchete do Público, que põe na boca de Álvaro Costa a seguinte afirmação: "Não há alternativa barata ao metro na Boavista"?)
3ª questão: "É uma prioridade haver Metro nessa zona da cidade?" Você responde: "Não!" Eu não seria tão peremptório. Ora vejamos.
Se desvalorizarmos o problema da Senhora da Hora, isto é:
- se considerarmos que a não resolução daquele problema não irá afectar substancialmente os futuros utentes;
- se considerarmos que o "gargalo" não vai afectar irremediavelmente o objectivo de fundo (lembre-se: "Só o metro concorre com o automóvel", Álvaro Costa) da introdução deste novo sistema de transporte na Área Metropolitana do Porto;
- se considerarmos que as mais-valias da proposta são claramente inferiores às menos-valias,
Se, pelo contrário, considerarmos que
- o problema da Senhora da Hora é um problema crucial para o futuro da rede de Metro; [pode ser que ajude, fazer o exercício como se o "gargalo", por hipótese, sucedesse na Trindade];
- o mau funcionamento nesse ponto pode atingir profundamente a funcionalidade da rede e constituir um revés de consequências imprevisíveis para o conjunto no seu todo, em especial, para a imagem junto dos utentes;
- o baixo custo da proposta e a oportunidade da solução do problema não terão alternativa credível, no curto e médio prazos,
Caro TAF: Eu inclino-me mais para a 2ª consideração.
É capaz de me fazer ver o contrário? Você diz que não é nem engenheiro, nem arquitecto. Mas é concerteza, ou, pelo menos, tem formação como analista de sistemas. Então diga-me: os problemas são só SIM ou NÃO? Onde é que cabe um postulado condicional?...
Bom, cabe-lhe a si demonstrar que a ida ao "local do crime" não adianta nem atrasa nada para a solução do problema...
(Meus amigos bloguistas, não quero abusar da vossa paciência, não sou um "profissional do contra"! E por isso vou terminar por aqui as minhas considerações sobre este assunto)
Um abraço do
Patrício Martins. 2004-02-08
De: TAF - "O Domingo e não só"
- Movimento cívico exige que AR determine encerramento do comércio ao domingo
- Movimento Cívico angariou 15 mil assinaturas para encerrar comércio ao domingo
- Movimento Cívico Quer Lei para Fecho do Comércio ao Domingo em 2005
- Horários do comércio: Discussão Pública no Porto Termina Dia 11
- A Arma do Parecer
- A classe mais retrógrada - opinião de LR no Blasfémias
É importante distinguir dois aspectos bem diferentes desta questão:
O facto de este movimento ter entre os seus signatários quem, como Laura Rodrigues, tenha defendido posições completamente insustentáveis (e até irresponsáveis!) na suposta defesa dos pequenos comerciantes está provavelmente a prejudicar o debate. O assunto não é tão linear como à primeira vista pode parecer. A rejeição imediata, pura e simples desta proposta, sem reflexão adicional, é tão precipitada como várias sugestões anteriormente feitas por alguns comerciantes que se recusam a evoluir.
O "não só":
- Lojistas do Mercado da Ribeira esperam pelo calor para abrir
- Demora nos licenciamentos tem adiado recuperação do antigo CLIP
- Investigadores de acordo com estudo económico de Daniel Bessa
- Aquém da Regionalização - opinião de Vital Moreira
- Movimento Cívico angariou 15 mil assinaturas para encerrar comércio ao domingo
- Movimento Cívico Quer Lei para Fecho do Comércio ao Domingo em 2005
- Horários do comércio: Discussão Pública no Porto Termina Dia 11
- A Arma do Parecer
- A classe mais retrógrada - opinião de LR no Blasfémias
É importante distinguir dois aspectos bem diferentes desta questão:
- o primeiro é saber se TODO o comércio (com excepções pontuais) em TODO o país deve encerrar ao Domingo;
- o segundo são regulamentações locais de horários de abertura e de diferenças de regras entre grandes superfícies e pequeno comércio.
O facto de este movimento ter entre os seus signatários quem, como Laura Rodrigues, tenha defendido posições completamente insustentáveis (e até irresponsáveis!) na suposta defesa dos pequenos comerciantes está provavelmente a prejudicar o debate. O assunto não é tão linear como à primeira vista pode parecer. A rejeição imediata, pura e simples desta proposta, sem reflexão adicional, é tão precipitada como várias sugestões anteriormente feitas por alguns comerciantes que se recusam a evoluir.
O "não só":
- Lojistas do Mercado da Ribeira esperam pelo calor para abrir
- Demora nos licenciamentos tem adiado recuperação do antigo CLIP
- Investigadores de acordo com estudo económico de Daniel Bessa
- Aquém da Regionalização - opinião de Vital Moreira
De: Miguel Vaz - "Sugiro que..."
... como lider deste projecto proponha debater-se a perda de importância económica e de empregos mais qualificados e de remuneração mais elevada como referido pelo Professor Daniel Bessa. Qualquer dia temos todos de emigrar.
Com os melhores cumprimentos
Miguel Vaz
mmiguelvaz@sapo.pt
Com os melhores cumprimentos
Miguel Vaz
mmiguelvaz@sapo.pt
De: F. Rocha Antunes - "Um passo adiante"
Meus Caros,
Por paradoxal que possa parecer, eu estou de acordo quer com Alexandre Burmester quando diz que chega do assunto do Metro na Avenida da Boavista, porque já foram apresentados argumentos mais do que suficientes que obrigam a um repensar completo desse projecto concreto e que é preciso evoluir na discussão para outros assuntos tão importantes como os que enumerou, quer com Patrício Martins quando diz que não se deve deixar o assunto adormecer e que tem sido a capacidade de persistência das posições aqui assumidas no blogue sobre o projecto que têm mostrado a necessidade de perseverar até se obterem respostas satisfatórias num dossier tão importante com a rede de Metro.
Para justificar o aparente paradoxo, vou-me socorrer de uma indispensável, mas sempre esquecida, hierarquia no desenvolvimento dos planos de acção: as estratégias, as políticas e as tácticas.
As estratégias são as linhas de fundo das acções a empreender, que definem os grandes objectivos a atingir. As políticas são as opções que se tomam em cada campo de actuação que, num ambiente de recursos escassos, que permitem materializar no tempo as estratégias e que definem como se atingem esses objectivos. As tácticas são as opções conjunturais que, em determinados contextos de acção, permitem materializar as políticas, ultrapassando as resistências e tornando-as possíveis.
No caso do Metro, estamos todos de acordo com a estratégia: dotar a região metropolitana do grande Porto de um modo de transporte que, em complemento com outros modos de transporte, permita melhorar substancialmente a mobilidade da região.
Já no campo das políticas de desenvolvimento do Metro têm havido um verdadeiro ziguezague: primeiro, uma linha única ligava Santo Ovídio, em Gaia, a Matosinhos, através do aproveitamento parcial da linha da Póvoa, entre a Trindade e Avenida de França, descendo a Avenida da Boavista até ao Castelo do Queijo e daí junto ao mar até Matosinhos. Depois, essa via de ligação a Matosinhos foi abandonada, e decidiu-se utilizar a totalidade da linha da Póvoa, aproveitando a ligação à Senhora da Hora para se fazer a actual linha de Matosinhos através do interior do concelho.
As tácticas então utilizadas como justificação do investimento, criando o tão propagandeado Metro comprido e barato, acabaram por se transformar nas políticas a seguir, condicionando a estratégia geral do projecto.
A actual dificuldade de desenvolvimento da estratégia resulta da acumulação de erros que resultaram de se transformarem opções tácticas, justificadas com a conjuntura do momento, em políticas de crescimento da rede. Daí até chegar a uma nova táctica que reponha a obrigatoriedade da rede utilizar a Avenida da Boavista foi uma questão de tempo. É o que sempre acontece quando se baralham os níveis de desenvolvimento dos planos de acção.
A análise da táctica mais recente, a da resolução do problema de congestionamento da rede por excesso de tráfego previsto para o troço Senhora da Hora – Trindade, está esgotada.
A importância de redefinição de políticas de desenvolvimento da rede mantêm-se mais actual do que nunca, para que a estratégia base, a da criação da tal rede de Metro na região do Grande Porto, se materialize.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – E como sugeriu o Alexandre Burmester, o meu próximo post será sob o tema da abertura do comércio ao Domingo, o desenvolvimento do turismo e a protecção do nosso património. Ou de como a estratégia de base de modelo de cidade defendida pelo PDM do Porto é incompatível com o dito encerramento do comércio ao Domingo.
Por paradoxal que possa parecer, eu estou de acordo quer com Alexandre Burmester quando diz que chega do assunto do Metro na Avenida da Boavista, porque já foram apresentados argumentos mais do que suficientes que obrigam a um repensar completo desse projecto concreto e que é preciso evoluir na discussão para outros assuntos tão importantes como os que enumerou, quer com Patrício Martins quando diz que não se deve deixar o assunto adormecer e que tem sido a capacidade de persistência das posições aqui assumidas no blogue sobre o projecto que têm mostrado a necessidade de perseverar até se obterem respostas satisfatórias num dossier tão importante com a rede de Metro.
Para justificar o aparente paradoxo, vou-me socorrer de uma indispensável, mas sempre esquecida, hierarquia no desenvolvimento dos planos de acção: as estratégias, as políticas e as tácticas.
As estratégias são as linhas de fundo das acções a empreender, que definem os grandes objectivos a atingir. As políticas são as opções que se tomam em cada campo de actuação que, num ambiente de recursos escassos, que permitem materializar no tempo as estratégias e que definem como se atingem esses objectivos. As tácticas são as opções conjunturais que, em determinados contextos de acção, permitem materializar as políticas, ultrapassando as resistências e tornando-as possíveis.
No caso do Metro, estamos todos de acordo com a estratégia: dotar a região metropolitana do grande Porto de um modo de transporte que, em complemento com outros modos de transporte, permita melhorar substancialmente a mobilidade da região.
Já no campo das políticas de desenvolvimento do Metro têm havido um verdadeiro ziguezague: primeiro, uma linha única ligava Santo Ovídio, em Gaia, a Matosinhos, através do aproveitamento parcial da linha da Póvoa, entre a Trindade e Avenida de França, descendo a Avenida da Boavista até ao Castelo do Queijo e daí junto ao mar até Matosinhos. Depois, essa via de ligação a Matosinhos foi abandonada, e decidiu-se utilizar a totalidade da linha da Póvoa, aproveitando a ligação à Senhora da Hora para se fazer a actual linha de Matosinhos através do interior do concelho.
As tácticas então utilizadas como justificação do investimento, criando o tão propagandeado Metro comprido e barato, acabaram por se transformar nas políticas a seguir, condicionando a estratégia geral do projecto.
A actual dificuldade de desenvolvimento da estratégia resulta da acumulação de erros que resultaram de se transformarem opções tácticas, justificadas com a conjuntura do momento, em políticas de crescimento da rede. Daí até chegar a uma nova táctica que reponha a obrigatoriedade da rede utilizar a Avenida da Boavista foi uma questão de tempo. É o que sempre acontece quando se baralham os níveis de desenvolvimento dos planos de acção.
A análise da táctica mais recente, a da resolução do problema de congestionamento da rede por excesso de tráfego previsto para o troço Senhora da Hora – Trindade, está esgotada.
A importância de redefinição de políticas de desenvolvimento da rede mantêm-se mais actual do que nunca, para que a estratégia base, a da criação da tal rede de Metro na região do Grande Porto, se materialize.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – E como sugeriu o Alexandre Burmester, o meu próximo post será sob o tema da abertura do comércio ao Domingo, o desenvolvimento do turismo e a protecção do nosso património. Ou de como a estratégia de base de modelo de cidade defendida pelo PDM do Porto é incompatível com o dito encerramento do comércio ao Domingo.
De: José Patrício Martins - "Na sequência..."
"... do anterior apontamento..."
Caro TAF,
Hoje, ao fim da manhã, fui ver, com os meus próprios olhos, o canal de eléctrico da Avenida da Boavista, em boa parte do seu trajecto.
Penitenciei-me, na ocasião, por não ter lá ido ainda, armado de fita métrica e desenhos do perfil da proposta do Metro, para verificar "in loco", o resultado previsível da execução do projecto. E analisar, com algum detalhe, o problema dos cruzamentos.
Aí, lembrei-me de não o fazer sozinho. Desafiar para a experiência os nossos amigos de A Baixa do Porto...
Que diz?
Além do mais permitia-nos trocar opiniões face a face, etc., etc.
Deixo à sua consideração.
Cumprimentos,
Patrício Martins
--
Nota de TAF: A análise do problema no local por quem percebe do assunto é sempre interessante. Não me considero pessoalmente habilitado a fazer esse estudo (até porque a minha formação académica é em Engenharia Electrotécnica e não Civil, ou Arquitectura), mas parece-me de incentivar a iniciativa.
Contudo, independentemente do resultado dessa análise, é para mim claro que a construção imediata do Metro na Boavista é um erro.
Caro TAF,
Hoje, ao fim da manhã, fui ver, com os meus próprios olhos, o canal de eléctrico da Avenida da Boavista, em boa parte do seu trajecto.
Penitenciei-me, na ocasião, por não ter lá ido ainda, armado de fita métrica e desenhos do perfil da proposta do Metro, para verificar "in loco", o resultado previsível da execução do projecto. E analisar, com algum detalhe, o problema dos cruzamentos.
Aí, lembrei-me de não o fazer sozinho. Desafiar para a experiência os nossos amigos de A Baixa do Porto...
Que diz?
Além do mais permitia-nos trocar opiniões face a face, etc., etc.
Deixo à sua consideração.
Cumprimentos,
Patrício Martins
--
Nota de TAF: A análise do problema no local por quem percebe do assunto é sempre interessante. Não me considero pessoalmente habilitado a fazer esse estudo (até porque a minha formação académica é em Engenharia Electrotécnica e não Civil, ou Arquitectura), mas parece-me de incentivar a iniciativa.
Contudo, independentemente do resultado dessa análise, é para mim claro que a construção imediata do Metro na Boavista é um erro.
- Resolve o estrangulamento Senhora da Hora / Trindade? - Não.
- É a única maneira, ou a mais rápida de implantar, ou a mais barata, de desviar passageiros da Linha Azul? - Não, não e não.
- É uma prioridade haver Metro nessa zona da cidade? - Não.
De: José Patrício Martins - "Chega de Metro..."
"... na Boavista?"
Caro Alexandre Burmester,
Estou em desacordo consigo. "Chega de Metro na Boavista"? Pode crer que não! E sabe porquê?
Porque esse debate que aqui tem sido travado credibiliza muito A Baixa do Porto. Ou, por outras palavras, credibiliza muito a participação cívica!
Quando alguém tem a veleidade de dizer de que isto é uma espécie de "ninho" dos profissionais do contra, basta ter dois olhos na testa para ver que isso não passa de uma atoarda de mau gosto e de resultado duvidoso. O meu amigo Rio Fernandes dizia, noutro apontamento, que "Não me parece muito bem entrar em diálogo no A Baixa do Porto..."
Pois bem, eu penso o contrário. Pode e deve-se entrar em diálogo, polemizar, exercer, como hoje se diz, o contraditório... É isso a vida. E é essa vida que dá corpo à Baixa do Porto.
Se estivéssemos todos de acordo, isto era tudo muito aborrecido. Nós, a falarmos uns com os outros... Nós, a vociferarmos, de um lado. Do outro, a barreira do silêncio. Não tinha piada nenhuma, em primeiro lugar. Não era estimulante, em segundo lugar. E, não contribuía para exercer a cidadania activa, crítica, exigente e criativa, a que todos nós, pelo menos nas palavras, desejamos aderir e desejamos estimular...
O exercício do diálogo e da polémica faz apurar os argumentos, exige mais de nós, e, em consequência, dá-nos maior convicção e autoridade para opinar.
Por exemplo, eu concordo com Rocha Antunes quando, num recente apontamento, diz: "...o problema é que quem não se preparou para a discussão pública foi a própria Metro do Porto."
Certo! E agora perguntemo-nos porquê? Como é que uma organização que tem dado mostras de profissionalismo, pôs em cheque, neste processo, alguma da sua credibilidade?
Eu interpreto da seguinte maneira: porque, se tudo isto tivesse acontecido um ano antes, talvez não houvesse a actual polémica. Não existia o veículo (blog), não havia o ambiente (a nossa discussão vivaz). E ninguém, repito, ninguém estava preparado para esta maré!...
Felizmente, as coisas mudaram! E, por isso, há um antes e há um depois de A Baixa do Porto...
Por isso, Rocha Antunes, noutro apontamento, pode concluir, aliás com todo o acerto, que "Deixar passar o assunto à espera que a polémica arrefeça já não é estratégia que resolva este tipo de problemas".
Meu caro Burmester, Não deixemos este assunto adormecer. A sua discussão tem um alcance muito para além do Metro na Boavista. Quer ver?
No seu último apontamento você diz: "Chega do Metro na Boavista, porque naturalmente o próximo governo do PS, não vai aprovar o projecto." Infelizmente, talvez seja verdade, e pelos piores motivos... Tal como nas SCUT's, tal como em dezenas de outras questões vitais para o nosso país, há uma enorme tentação em conquistar o eleitorado apelando ao interesse imediato e, mandando às urtigas, o que é decisivo para o futuro.
Mal de nós se viermos a embarcar nessa aventura! Que nos deixemos calar com rebuçados!
O que nós exigimos é um debate sério e transparente sobre o assunto do Metro da Avenida. As razões expostas com toda a clareza, à luz do dia. Os prós e os contras em cima da mesa. O estudo de alternativas. A opção pelas mais vantajosas e menos lesivas do bem público. A rendibilização do investimento a curto e longo prazo. O respeito pelos contribuintes...
Cá por mim, e glosando o seu post "Chega...", eu, ao contrário, vou continuar a gastar o meu "latim" nestes assuntos. Você, caro Alexandre, desculpe a impertinência, deve fazer o mesmo...
P.S. - mais logo vou desafiar o Tiago para uma iniciativa.
Cumprimentos,
Patrício Martins, 2005-02-08
Caro Alexandre Burmester,
Estou em desacordo consigo. "Chega de Metro na Boavista"? Pode crer que não! E sabe porquê?
Porque esse debate que aqui tem sido travado credibiliza muito A Baixa do Porto. Ou, por outras palavras, credibiliza muito a participação cívica!
Quando alguém tem a veleidade de dizer de que isto é uma espécie de "ninho" dos profissionais do contra, basta ter dois olhos na testa para ver que isso não passa de uma atoarda de mau gosto e de resultado duvidoso. O meu amigo Rio Fernandes dizia, noutro apontamento, que "Não me parece muito bem entrar em diálogo no A Baixa do Porto..."
Pois bem, eu penso o contrário. Pode e deve-se entrar em diálogo, polemizar, exercer, como hoje se diz, o contraditório... É isso a vida. E é essa vida que dá corpo à Baixa do Porto.
Se estivéssemos todos de acordo, isto era tudo muito aborrecido. Nós, a falarmos uns com os outros... Nós, a vociferarmos, de um lado. Do outro, a barreira do silêncio. Não tinha piada nenhuma, em primeiro lugar. Não era estimulante, em segundo lugar. E, não contribuía para exercer a cidadania activa, crítica, exigente e criativa, a que todos nós, pelo menos nas palavras, desejamos aderir e desejamos estimular...
O exercício do diálogo e da polémica faz apurar os argumentos, exige mais de nós, e, em consequência, dá-nos maior convicção e autoridade para opinar.
Por exemplo, eu concordo com Rocha Antunes quando, num recente apontamento, diz: "...o problema é que quem não se preparou para a discussão pública foi a própria Metro do Porto."
Certo! E agora perguntemo-nos porquê? Como é que uma organização que tem dado mostras de profissionalismo, pôs em cheque, neste processo, alguma da sua credibilidade?
Eu interpreto da seguinte maneira: porque, se tudo isto tivesse acontecido um ano antes, talvez não houvesse a actual polémica. Não existia o veículo (blog), não havia o ambiente (a nossa discussão vivaz). E ninguém, repito, ninguém estava preparado para esta maré!...
Felizmente, as coisas mudaram! E, por isso, há um antes e há um depois de A Baixa do Porto...
Por isso, Rocha Antunes, noutro apontamento, pode concluir, aliás com todo o acerto, que "Deixar passar o assunto à espera que a polémica arrefeça já não é estratégia que resolva este tipo de problemas".
Meu caro Burmester, Não deixemos este assunto adormecer. A sua discussão tem um alcance muito para além do Metro na Boavista. Quer ver?
No seu último apontamento você diz: "Chega do Metro na Boavista, porque naturalmente o próximo governo do PS, não vai aprovar o projecto." Infelizmente, talvez seja verdade, e pelos piores motivos... Tal como nas SCUT's, tal como em dezenas de outras questões vitais para o nosso país, há uma enorme tentação em conquistar o eleitorado apelando ao interesse imediato e, mandando às urtigas, o que é decisivo para o futuro.
Mal de nós se viermos a embarcar nessa aventura! Que nos deixemos calar com rebuçados!
O que nós exigimos é um debate sério e transparente sobre o assunto do Metro da Avenida. As razões expostas com toda a clareza, à luz do dia. Os prós e os contras em cima da mesa. O estudo de alternativas. A opção pelas mais vantajosas e menos lesivas do bem público. A rendibilização do investimento a curto e longo prazo. O respeito pelos contribuintes...
Cá por mim, e glosando o seu post "Chega...", eu, ao contrário, vou continuar a gastar o meu "latim" nestes assuntos. Você, caro Alexandre, desculpe a impertinência, deve fazer o mesmo...
P.S. - mais logo vou desafiar o Tiago para uma iniciativa.
Cumprimentos,
Patrício Martins, 2005-02-08
De: Paulo Vaz (Nortugal) - "Evitar o Metro..."
"... na Boavista e as ligações Leste-Oeste a norte do concelho"
Do que tenho lido no «A Baixa do Porto» a propósito do Metro da Boavista e não só, concluo o seguinte:
1. É necessário ter em atenção que o Metro é um investimento caro e que para haver verbas do PIDDAC para o Metro na AMPorto foi necessário corta-las noutras zonas do distrito do Porto. É necessário racionalizar as decisões de investimento.
2. Já todos perceberam que o Metro na Boavista, sem túneis nos cruzamentos e com ligação pelo Parque da Cidade serve apenas para a Metro do Porto pagar à Imoloc as decisões/indecisões/incompetências/negociatas da CMPorto, executivo actual e anterior. É um Metro para justificar despesas. É preferível deixar a Avenida como está, nada fazer e apurar os responsáveis políticos. É preferível esperar pelos tribunais, do que à custa da má utilização do dinheiro de alemães, permitirmos mais este branqueamento das responsabilidades de políticos portugueses e portuenses.
3. O Metro não pode ser visto como um instrumento de valorização das propriedades dos autarcas ou dos amigos destes. Assim mais investimento na zona ocidental da AMPorto não é justificável. Lá não habitam utilizadores de Metro ou transportes públicos. É preciso sim na zona oriental. Gondomar, Valongo, Gaia central.
4. Para assegurar as ligações Leste-Oeste a norte do concelho do Porto não é necessário inventar ou desperdiçar fundos numa linha pela Circunvalação. Já existe uma linha de comboio que faz o percurso transversal entre Campanhã, Rio Tinto, Ermesinde, Hospital de São João, Araújo, Leixões, cruzando-se com 3 linhas de Metro (Amarela, Verde e Vermelha). Não vale a pena inventar, diagnosticar ou introduzir a argumentação teórica do professor Rio Fernandes. A linha existe e a CP Porto vai começar a operar em Agosto. É preciso sim integrar essa linha no território, criando acessibilidades.
5. O Metro é para transportar pessoas em ambiente urbano e não suburbano. As linhas de Metro para a Póvoa e para a Trofa apenas se justificaram para «vender» o projecto em Lisboa e Bruxelas. Agora deveria haver coragem para não colocar o Metro ligeiro a servir longas distâncias lenta e penosamente. Assim a linha de comboio da CPPorto, Campanhã - Leixões deveria entroncar no canal para a Póvoa e seguir para lá em vez do Metro. Como vantagens, aponto: Não seria necessário comprar novas composições; Os utilizadores ficariam melhor servidos em termos de rapidez e de comodidade; Os residentes em Vila do Conde/Póvoa não veriam as suas expectativas goradas dado que não há diferenças entre as atraentes composições do Metro e os atraentes comboios amarelos da CPPorto; A AMPorto ganharia uma nova circunvalação ferroviária suburbano a norte, tal como existe em Lisboa (ligação Gare do Oriente-Alcantara Terra); A Metro do Porto teria menos custos de operação e libertaria meios de investimento para outras linhas em meio urbano.
Conclusão: Com algum voluntarismo, com uma campanha «1-to-1», com medidas simples e sensatas conseguiremos convencer os restantes cidadãos da AMPorto provocando alterações nas decisões dos nossos eleitos. A médio prazo, obteremos um melhor aproveitamento dos investimentos europeus e nacionais, tornando mais competitivo o nosso território, permitindo uma maior atracção de investidores, residentes e turistas, permitindo aumentar o nível de desenvolvimento económico e social de todos, inevitavelmente melhorando as nossas próprias oportunidades de realização e valorizando os nossos activos imobiliários.
Cump.
--
Nota de TAF: Publicado também no Nortugal.
Do que tenho lido no «A Baixa do Porto» a propósito do Metro da Boavista e não só, concluo o seguinte:
1. É necessário ter em atenção que o Metro é um investimento caro e que para haver verbas do PIDDAC para o Metro na AMPorto foi necessário corta-las noutras zonas do distrito do Porto. É necessário racionalizar as decisões de investimento.
2. Já todos perceberam que o Metro na Boavista, sem túneis nos cruzamentos e com ligação pelo Parque da Cidade serve apenas para a Metro do Porto pagar à Imoloc as decisões/indecisões/incompetências/negociatas da CMPorto, executivo actual e anterior. É um Metro para justificar despesas. É preferível deixar a Avenida como está, nada fazer e apurar os responsáveis políticos. É preferível esperar pelos tribunais, do que à custa da má utilização do dinheiro de alemães, permitirmos mais este branqueamento das responsabilidades de políticos portugueses e portuenses.
3. O Metro não pode ser visto como um instrumento de valorização das propriedades dos autarcas ou dos amigos destes. Assim mais investimento na zona ocidental da AMPorto não é justificável. Lá não habitam utilizadores de Metro ou transportes públicos. É preciso sim na zona oriental. Gondomar, Valongo, Gaia central.
4. Para assegurar as ligações Leste-Oeste a norte do concelho do Porto não é necessário inventar ou desperdiçar fundos numa linha pela Circunvalação. Já existe uma linha de comboio que faz o percurso transversal entre Campanhã, Rio Tinto, Ermesinde, Hospital de São João, Araújo, Leixões, cruzando-se com 3 linhas de Metro (Amarela, Verde e Vermelha). Não vale a pena inventar, diagnosticar ou introduzir a argumentação teórica do professor Rio Fernandes. A linha existe e a CP Porto vai começar a operar em Agosto. É preciso sim integrar essa linha no território, criando acessibilidades.
5. O Metro é para transportar pessoas em ambiente urbano e não suburbano. As linhas de Metro para a Póvoa e para a Trofa apenas se justificaram para «vender» o projecto em Lisboa e Bruxelas. Agora deveria haver coragem para não colocar o Metro ligeiro a servir longas distâncias lenta e penosamente. Assim a linha de comboio da CPPorto, Campanhã - Leixões deveria entroncar no canal para a Póvoa e seguir para lá em vez do Metro. Como vantagens, aponto: Não seria necessário comprar novas composições; Os utilizadores ficariam melhor servidos em termos de rapidez e de comodidade; Os residentes em Vila do Conde/Póvoa não veriam as suas expectativas goradas dado que não há diferenças entre as atraentes composições do Metro e os atraentes comboios amarelos da CPPorto; A AMPorto ganharia uma nova circunvalação ferroviária suburbano a norte, tal como existe em Lisboa (ligação Gare do Oriente-Alcantara Terra); A Metro do Porto teria menos custos de operação e libertaria meios de investimento para outras linhas em meio urbano.
Conclusão: Com algum voluntarismo, com uma campanha «1-to-1», com medidas simples e sensatas conseguiremos convencer os restantes cidadãos da AMPorto provocando alterações nas decisões dos nossos eleitos. A médio prazo, obteremos um melhor aproveitamento dos investimentos europeus e nacionais, tornando mais competitivo o nosso território, permitindo uma maior atracção de investidores, residentes e turistas, permitindo aumentar o nível de desenvolvimento económico e social de todos, inevitavelmente melhorando as nossas próprias oportunidades de realização e valorizando os nossos activos imobiliários.
Cump.
--
Nota de TAF: Publicado também no Nortugal.
2005/02/07
De: Alexandre Burmester - "Chega, mas não basta..."
Chega do Metro na Boavista, porque naturalmente o próximo governo do PS, não vai aprovar o projecto.
Não basta, porque pelo facto de não ser aprovado poderá haver razão para que as entidades envolvidas não venham a estudar atempadamente alternativas e soluções para a requalificação da Boavista e para o nó da Srª da Hora (Eles tem essa obrigação, não os participantes do Blog), por isso vamos ter que cobrar, estar atento às soluções e consequentemente, voltar a este assunto.
Chega do Metro, porque existem imensos temas que deveriam também ser discutidos.
Não basta, reclamar pela falta de soluções para o Túnel de Ceuta, para o Palácio do Freixo, para o atravessamento do campo do Inatel, para a infeliz ideia de fechar o comércio ao Domingo, para a contínua degradação da Baixa, etc... Infelizmente é preciso continuar a provocar as entidades para que sejam responsáveis e dêem respostas.
Chega de Metro porque de transportes existem imensos assuntos a tratar.
Não basta reclamar é preciso conhecer os projectos e as soluções a adoptar, por exemplo:
Não basta continuarmos a reclamar falta de planeamento e de estratégia, é preciso que surjam condições para que se façam.
Chega de supostas democracias.
Não basta, por votarmos que nos convençam que vivemos numa.
Reinventemos antes os processos de participação na vida da cidades, para que as decisões de quem se nomeia tenha realmente capacidade de decisão e forma de fazer pressão, e para que quem não governa e faz oposição, tenha a dignidade de não ser sempre "do contra". E para que todos nós ...
A forma deste Blog tem sido um bom exemplo. Mas é preciso inventar mais.
Alexandre Burmester
Não basta, porque pelo facto de não ser aprovado poderá haver razão para que as entidades envolvidas não venham a estudar atempadamente alternativas e soluções para a requalificação da Boavista e para o nó da Srª da Hora (Eles tem essa obrigação, não os participantes do Blog), por isso vamos ter que cobrar, estar atento às soluções e consequentemente, voltar a este assunto.
Chega do Metro, porque existem imensos temas que deveriam também ser discutidos.
Não basta, reclamar pela falta de soluções para o Túnel de Ceuta, para o Palácio do Freixo, para o atravessamento do campo do Inatel, para a infeliz ideia de fechar o comércio ao Domingo, para a contínua degradação da Baixa, etc... Infelizmente é preciso continuar a provocar as entidades para que sejam responsáveis e dêem respostas.
Chega de Metro porque de transportes existem imensos assuntos a tratar.
Não basta reclamar é preciso conhecer os projectos e as soluções a adoptar, por exemplo:
- Quais são os projectos para as linhas existentes na cidade de eléctricos? Vão afinal colocá-los ou vão disfarçadamente começar a retirá-los?
- Afinal onde passará o TGV? Campanhã / Boavista?
- Onde vamos colocar mais pontes? E porquê sempre à cota alta? E pontes baixas?
- E a relação do Rio com a cidade, vamos ver a Ribeira amordaçar, e a assistir ao movimento em Gaia?
- Teremos ou não uma Marina, como deve ser, ou vamos continuar à espera?
- Alguém conhece ou sabe o que vai acontecer à ponta da areia do Foz do Douro, e com as praias de Gaia e Foz, com os futuros molhes do Douro?
Não basta continuarmos a reclamar falta de planeamento e de estratégia, é preciso que surjam condições para que se façam.
Chega de supostas democracias.
Não basta, por votarmos que nos convençam que vivemos numa.
Reinventemos antes os processos de participação na vida da cidades, para que as decisões de quem se nomeia tenha realmente capacidade de decisão e forma de fazer pressão, e para que quem não governa e faz oposição, tenha a dignidade de não ser sempre "do contra". E para que todos nós ...
A forma deste Blog tem sido um bom exemplo. Mas é preciso inventar mais.
Alexandre Burmester
De: Carlos Gilbert - "Chega de Metro??"
No fundo, Vocês têm razão. Este assunto já foi dissecado em todas as suas vertentes, já toda a gente sabe das nossas opiniões, e deveríamos "partir para outra". Só que é impossível ficarmos calados quando há pessoas profundamente envolvidas na matéria (como Álvaro Costa, conselheiro da "Metro do Porto") que vêm remexer no assunto e nos dão mais que motivos para demonstrarmos as fragilidades de certas argumentações!... Volto a frisar (há sempre tanta gente distraída...) que aqui não somos contra uma linha na Boavista, somos sim é contra o que até agora tem sido apresentado! E sempre que alguém vem a público com argumentação que prova que até estamos correctos, vamos ficar calados??
Somos a favor do Metro, como rede global de transporte urbano, mas também a favor de outras soluções complementares (umas a médio prazo, como a implementação de uma rede de eléctricos modernos que aproveitem as infra-estruturas colocadas por ocasião das obras da "Porto C.C. 2001"; outras a curto prazo, como fazer circular para já os autocarros pela Avenida da Boavista de cima a baixo em corredor dedicado: se assim se fizesse, como que uma requalificação passo-a-passo da avenida, os utentes deste meio de transporte disparavam, inclusivé os de Matosinhos-Sul!...).
Isto da rede global de transportes urbanos é fundamental para a cidade. Há boas ideias no meio de tudo o que foi até agora debatido, mas entendemos que falta debater de forma aberta e construtiva o futuro (para se evitar a tal "dificuldade de comunicação" de que o TAF falava há dias), incluindo a cidade saber dos constrangimentos de ordem política e financeira com que lutam os nossos decisores! Que adianta manter "no segredo dos deuses" os entraves que tem havido, as lutas de bastidores que são necessárias para que o Grande Porto receba "luz verde" de Lisboa para isto ou para aquilo? Ou até as decisões mais polémicas "intra-muros" como o ainda não resolvido assunto CMP vs. Imoloc no que ao "Parque da Cidade" diz respeito? Porque é que estes assuntos de vital importância para a cidade não podem ser debatidos "ao ar livre"? Isto não é "governar na praça pública", é "governar depois de informar os cidadãos e eleitores", o que é um pouco diferente! E não pretendam que os cidadãos têm a liberdade de se manterem informados se exercerem o direito de assistir às sessões da Assembleia Municipal (em teoria o local para se debaterem estes assuntos). A informação importante deve circular por este órgão de soberania autárquica, mas também por outros canais, em minha modesta opinião! Gostava de saber outras opiniões, se possível.
Bom feriado de Carnaval!
Somos a favor do Metro, como rede global de transporte urbano, mas também a favor de outras soluções complementares (umas a médio prazo, como a implementação de uma rede de eléctricos modernos que aproveitem as infra-estruturas colocadas por ocasião das obras da "Porto C.C. 2001"; outras a curto prazo, como fazer circular para já os autocarros pela Avenida da Boavista de cima a baixo em corredor dedicado: se assim se fizesse, como que uma requalificação passo-a-passo da avenida, os utentes deste meio de transporte disparavam, inclusivé os de Matosinhos-Sul!...).
Isto da rede global de transportes urbanos é fundamental para a cidade. Há boas ideias no meio de tudo o que foi até agora debatido, mas entendemos que falta debater de forma aberta e construtiva o futuro (para se evitar a tal "dificuldade de comunicação" de que o TAF falava há dias), incluindo a cidade saber dos constrangimentos de ordem política e financeira com que lutam os nossos decisores! Que adianta manter "no segredo dos deuses" os entraves que tem havido, as lutas de bastidores que são necessárias para que o Grande Porto receba "luz verde" de Lisboa para isto ou para aquilo? Ou até as decisões mais polémicas "intra-muros" como o ainda não resolvido assunto CMP vs. Imoloc no que ao "Parque da Cidade" diz respeito? Porque é que estes assuntos de vital importância para a cidade não podem ser debatidos "ao ar livre"? Isto não é "governar na praça pública", é "governar depois de informar os cidadãos e eleitores", o que é um pouco diferente! E não pretendam que os cidadãos têm a liberdade de se manterem informados se exercerem o direito de assistir às sessões da Assembleia Municipal (em teoria o local para se debaterem estes assuntos). A informação importante deve circular por este órgão de soberania autárquica, mas também por outros canais, em minha modesta opinião! Gostava de saber outras opiniões, se possível.
Bom feriado de Carnaval!
De: João Paulo Peixoto - "basta..."
"... de medidas avulso!..."
O Porto da minha infância, deixou de ser aquele conjunto de bairros delimitados pela Circunvalação, tornando-se um pólo urbano que alberga cerca de 2 milhões habitantes que se expandiu pelos concelhos limítrofes levando ao consequente e triste abandono da cidade que se vai degradando e desmoronando dia após dia.
Eu, que vivo nesta cidade desde os anos sessenta, não me conformo com a justificação da mobilidade e transportes, para implementar tantas intervenções avulso, fruto de ideias de ocasião, de negociatas obscuras e sobretudo de muito improviso e pouca meditação sobre o futuro desta urbe cuja dinâmica extravasou os seus limites administrativos...
Só a cegueira de uns e o lugar cativo de outros não permitiu até agora encontrar um novo modelo de gestão urbana redimensionado às novas realidades territoriais.
Ao longo de três décadas fui assistindo impotente a um rol de decisões extemporâneas, que alteraram o tecido urbano piorando a qualidade do seu espaço. Valerá talvez a pena recapitular algumas dessas medidas, não à procura de responsáveis pois esses são sempre "intocáveis", mas para que se evitem mais erros:
A cidade não é só veículos e mobilidade... A cidade são os seres vivos que a habitam... Respeitem-nos, por favor.
E muito obrigado TAF, por este espaço de discussão, e obrigado também, Burmester, Gilbert, Rio Fernandes, Rocha Antunes, pelas vossas opiniões, pois isso tem-me dado alento para pensar que afinal ainda há cidadãos interessados na qualidade de vida desta cidade...
João Paulo Peixoto (arquitecto)
aquiperto@netcabo.pt
O Porto da minha infância, deixou de ser aquele conjunto de bairros delimitados pela Circunvalação, tornando-se um pólo urbano que alberga cerca de 2 milhões habitantes que se expandiu pelos concelhos limítrofes levando ao consequente e triste abandono da cidade que se vai degradando e desmoronando dia após dia.
Eu, que vivo nesta cidade desde os anos sessenta, não me conformo com a justificação da mobilidade e transportes, para implementar tantas intervenções avulso, fruto de ideias de ocasião, de negociatas obscuras e sobretudo de muito improviso e pouca meditação sobre o futuro desta urbe cuja dinâmica extravasou os seus limites administrativos...
Só a cegueira de uns e o lugar cativo de outros não permitiu até agora encontrar um novo modelo de gestão urbana redimensionado às novas realidades territoriais.
Ao longo de três décadas fui assistindo impotente a um rol de decisões extemporâneas, que alteraram o tecido urbano piorando a qualidade do seu espaço. Valerá talvez a pena recapitular algumas dessas medidas, não à procura de responsáveis pois esses são sempre "intocáveis", mas para que se evitem mais erros:
- Assisti impotente ao levantamento de carris e à extinção dos eléctricos que foram vendidos e/ou guardados como relíquias em museus, substituídos por autocarros a diesel (acção indissociável da génese do sucesso empresarial do Salvador Caetano...)
- Assisti impotente à destruição da Av. de França, enterrando-a para deixar passar o comboio, para mais tarde, ser de novo refeita depois de enterrarem o metro que substituiu o comboio...
- Assisti impotente ao esventramento da antiga rotunda das Antas, interrompendo ruas antigas, para evitar a construção do túnel previsto que teria muito menos impacto e evitaria a exagerada inclinação da VCI na sua ligação à ponte do Freixo, bem como a manutenção da normalidade e qualidade urbana à superfície.
- Assisti impotente à destruição da zona das Fontainhas (primeiro por um viaduto de Duque de Loulé, depois pela Ponte)
- Assisti impotente à construção e rectificação de nós rodoviários como se não fosse desde sempre previsível que o maior e mais pesado tráfego de veículos, seria o eixo de ligação ao Porto de Leixões, ao Aeroporto, à Exponor, ao terminal TIR, e como tal deveria ter sido tratado como prioritário.
- Venho assistindo à construção daquele megalómano meteorito, que se diz para a Música (num país com educação musical insipiente e quase nula), e que irá apenas servir para as vaidades de meia-dúzia...
- Não havia um plano de reposição de linhas de eléctricos que começou a ser efectuado com o Porto2001, de acordo com estudos e um Plano de mobilidade efectuados?
- Que é feito da preocupação de preservação do Parque da Cidade? Então o viaduto destrói menos o Parque que um edifício colado à Circunvalação, como estava previsto antes?
- Porque é que para o Porto se fala sempre em alternativas baratas, enquanto na capital tal nunca é equacionado? Não é o "barato que sai caro"?
A cidade não é só veículos e mobilidade... A cidade são os seres vivos que a habitam... Respeitem-nos, por favor.
E muito obrigado TAF, por este espaço de discussão, e obrigado também, Burmester, Gilbert, Rio Fernandes, Rocha Antunes, pelas vossas opiniões, pois isso tem-me dado alento para pensar que afinal ainda há cidadãos interessados na qualidade de vida desta cidade...
João Paulo Peixoto (arquitecto)
aquiperto@netcabo.pt
De: TAF - "O comércio ao Domingo"
A propósito desta notícia, o Miguel Barbot enviou o seguinte comentário que eu não coloquei imediatamente online: «Quando é dada a hipótese de se abrirem as lojas ao fim-de-semana a todos aqueles que se queiram modernizar e ir ao encontro das necessidades dos seus clientes, há ainda quem pateticamente insista na solução “máquina do tempo”, como podem ver neste artigo do Janeiro».
Eu tentei perceber qual era concretamente a proposta deste movimento, mas a informação é escassa e pouco clara. Não sei, por exemplo, se defendem o fecho ao Domingo para todo o país ou só para alguns concelhos, se é para todo o tipo de estabelecimentos ou só para parte deles, etc. Isto faz toda a diferença.
Não tendo estudado suficientemente o assunto, a minha impressão preliminar é a de que a proposta, se bem estruturada, é pelo menos defensável. Há aliás, ao que me dizem, exemplos de vários outros países na Europa que adoptam regras de fecho ao Domingo. Já em Novembro eu tinha escrito sobre isto também: "O que não pode acontecer é o centro da cidade estar fechado e os shoppings abertos! Ou tudo, ou nada. Se se mantiverem os shoppings a funcionar ao Domingo, então que se abra a Baixa."
Aqui ficam apontadores para alguns comentários anteriores sobre este assunto:
do Francisco, da Cristina, do Miguel, do Zé Pedro, do Alexandre Areias.
Para meditar e esperar informações adicionais, que começam a aparecer.
PS: Já agora, aqui ficam mais notícias sobre a vitalidade pretendida para o Porto:
- Renascimento Económico do Grande Porto Deve Passar pela Saúde
- Concentração de Serviços em Lisboa Contribui para o Aumento do Desemprego no Porto
- Quatro perguntas a Daniel Bessa
Eu tentei perceber qual era concretamente a proposta deste movimento, mas a informação é escassa e pouco clara. Não sei, por exemplo, se defendem o fecho ao Domingo para todo o país ou só para alguns concelhos, se é para todo o tipo de estabelecimentos ou só para parte deles, etc. Isto faz toda a diferença.
Não tendo estudado suficientemente o assunto, a minha impressão preliminar é a de que a proposta, se bem estruturada, é pelo menos defensável. Há aliás, ao que me dizem, exemplos de vários outros países na Europa que adoptam regras de fecho ao Domingo. Já em Novembro eu tinha escrito sobre isto também: "O que não pode acontecer é o centro da cidade estar fechado e os shoppings abertos! Ou tudo, ou nada. Se se mantiverem os shoppings a funcionar ao Domingo, então que se abra a Baixa."
Aqui ficam apontadores para alguns comentários anteriores sobre este assunto:
do Francisco, da Cristina, do Miguel, do Zé Pedro, do Alexandre Areias.
Para meditar e esperar informações adicionais, que começam a aparecer.
PS: Já agora, aqui ficam mais notícias sobre a vitalidade pretendida para o Porto:
- Renascimento Económico do Grande Porto Deve Passar pela Saúde
- Concentração de Serviços em Lisboa Contribui para o Aumento do Desemprego no Porto
- Quatro perguntas a Daniel Bessa
De: Nuno Cruz - "Ainda o metro"
Muito boa tarde,
Antes de mais peço desculpa pela falta de acentos e pelo portugues enferrujado, escrevo num teclado frances.
A linha de metro proposta pelo PS para a Circunvalaçao prevê alguma articulaçao com a linha azul? Julgo haver uma proposta que vai de encontro às necessidades de reformulaçao das linhas de metro aqui ja discutidas, e que é bastante obvia olhando para o mapa disponibilizado pelo Metro do Porto. Primeiramente, a minha solucao prevê uma estruturaçao classica de uma rede de metro. Linhas convergentes para o centro e uma ou duas linhas radiais.
O grande erro do Metro do Porto é o desenho da linha azul no troço Senhora da Hora/Senhor de Matosinhos. Sem esse troço nao haveria agora o debate ao torno da asfixia da rede. Pegando na proposta de uma linha na Circunvalaçao, porque nao reformular a linha azul na Senhora da Hora, continuando-a para Este em direcçao à Circunvalaçao e Areosa, corrigindo um erro antes de ser tarde demais, e fazendo desta linha uma ligaçao entre os aglomerados urbanos fronteiros ao Porto e assim uma forma de articulaçao entre linhas? Ao mesmo tempo matariam-se 2 coelhos de uma so cajadada: o fim da asfixia da linha entre Senhora da Hora e Estadio do Dragao e o fim do pretexto para uma linha da Boavista sem pés nem cabeça, substituindo-se esta por uma linha do Campo Alegre enterrada.
Cumprimentos,
Nuno Cruz
the_karmacoma@hotmail.com
Antes de mais peço desculpa pela falta de acentos e pelo portugues enferrujado, escrevo num teclado frances.
A linha de metro proposta pelo PS para a Circunvalaçao prevê alguma articulaçao com a linha azul? Julgo haver uma proposta que vai de encontro às necessidades de reformulaçao das linhas de metro aqui ja discutidas, e que é bastante obvia olhando para o mapa disponibilizado pelo Metro do Porto. Primeiramente, a minha solucao prevê uma estruturaçao classica de uma rede de metro. Linhas convergentes para o centro e uma ou duas linhas radiais.
O grande erro do Metro do Porto é o desenho da linha azul no troço Senhora da Hora/Senhor de Matosinhos. Sem esse troço nao haveria agora o debate ao torno da asfixia da rede. Pegando na proposta de uma linha na Circunvalaçao, porque nao reformular a linha azul na Senhora da Hora, continuando-a para Este em direcçao à Circunvalaçao e Areosa, corrigindo um erro antes de ser tarde demais, e fazendo desta linha uma ligaçao entre os aglomerados urbanos fronteiros ao Porto e assim uma forma de articulaçao entre linhas? Ao mesmo tempo matariam-se 2 coelhos de uma so cajadada: o fim da asfixia da linha entre Senhora da Hora e Estadio do Dragao e o fim do pretexto para uma linha da Boavista sem pés nem cabeça, substituindo-se esta por uma linha do Campo Alegre enterrada.
Cumprimentos,
Nuno Cruz
the_karmacoma@hotmail.com
De: Paulo Vaz - "debate no Palácio da Bolsa"
Irá ter lugar um debate no Palácio da Bolsa, no próximo dia 9 de Fevereiro, pelas 21h30m.
Neste debate sobre as próximas eleições legislativas, estarão presentes os cabeças de lista pelo Distrito do Porto, representantes dos partidos com assento na Assembleia da República.
As inscrições são gratuitas, estando no entanto sujeitas a pré-marcação através do número de telefone 22 3399099.
Paulo Vaz
www.cciporto.com / www.palaciodabolsa.pt
--
Nota de TAF: Este Paulo Vaz não é o Paulo Vaz do Nortugal, já referido aqui no blog. Vou passar a usar identificações mais claras em próximas ocasiões. :-)
Neste debate sobre as próximas eleições legislativas, estarão presentes os cabeças de lista pelo Distrito do Porto, representantes dos partidos com assento na Assembleia da República.
As inscrições são gratuitas, estando no entanto sujeitas a pré-marcação através do número de telefone 22 3399099.
Paulo Vaz
www.cciporto.com / www.palaciodabolsa.pt
--
Nota de TAF: Este Paulo Vaz não é o Paulo Vaz do Nortugal, já referido aqui no blog. Vou passar a usar identificações mais claras em próximas ocasiões. :-)
De: JA Rio Fernandes - "puxar pelo metro..."
"... para leste"
Mais umas curtas frases, ainda e sempre para o metro pouco metropolitano!
Não me parece muito bem entrar em diálogo no A Baixa do Porto, mas que me perdoem, porque fui desafiado pelo meu amigo Zé Manel.
E a ele – mas também a todos – gostava de deixar muito claro que:
1. Parece que estamos quase todos de acordo (e desde logo eu e ele) que se não pode comparar a prioridade de Gondomar com a da Boavista, Foz e Matosinhos Sul ou eventuais futuras Leças ou Agudas, relativamente à rede do metro… Logo, que se faça quanto antes a ligação a Valbom-Gondomar e a Rio Tinto. Porque, com essas linhas, chegados à Casa da Música, será um prazer para os meus vizinhos ou os do Zé Manel, apanhar o futuro eléctrico da Boavista até ao Parque da Cidade.
2. Que as opções que o José Manuel Patrício Martins coloca estão incorrectas. A escolha não é entre a assunção da asneirada no troço Senhora da Hora-Boavista e atacar o estrangulamento. Claro que, face à asneirada e só por existir a asneirada é que é preciso atacá-la. A opção é entre resolver a asneirada com outra, ou encontrar aqui a oportunidade para criar uma rede no lugar de um conjunto de linhas desconexas e servir o lado oriental da metrópole (o que implica uma ligação Este-Oeste entre Senhora da Hora e o Hospital de S. João (ligando à linha Norte-Sul), com prolongamento pela Areosa a Rio Tinto. O que permitiria ainda aproveitar-se a oportunidade para fazer da Circunvalação uma avenida: que precisa tanto ou mais do que a Avenida da Boavista (e nem precisará de viadutos transparentes nem negócios de terrenos complicados).
Rio Fernandes
Mais umas curtas frases, ainda e sempre para o metro pouco metropolitano!
Não me parece muito bem entrar em diálogo no A Baixa do Porto, mas que me perdoem, porque fui desafiado pelo meu amigo Zé Manel.
E a ele – mas também a todos – gostava de deixar muito claro que:
1. Parece que estamos quase todos de acordo (e desde logo eu e ele) que se não pode comparar a prioridade de Gondomar com a da Boavista, Foz e Matosinhos Sul ou eventuais futuras Leças ou Agudas, relativamente à rede do metro… Logo, que se faça quanto antes a ligação a Valbom-Gondomar e a Rio Tinto. Porque, com essas linhas, chegados à Casa da Música, será um prazer para os meus vizinhos ou os do Zé Manel, apanhar o futuro eléctrico da Boavista até ao Parque da Cidade.
2. Que as opções que o José Manuel Patrício Martins coloca estão incorrectas. A escolha não é entre a assunção da asneirada no troço Senhora da Hora-Boavista e atacar o estrangulamento. Claro que, face à asneirada e só por existir a asneirada é que é preciso atacá-la. A opção é entre resolver a asneirada com outra, ou encontrar aqui a oportunidade para criar uma rede no lugar de um conjunto de linhas desconexas e servir o lado oriental da metrópole (o que implica uma ligação Este-Oeste entre Senhora da Hora e o Hospital de S. João (ligando à linha Norte-Sul), com prolongamento pela Areosa a Rio Tinto. O que permitiria ainda aproveitar-se a oportunidade para fazer da Circunvalação uma avenida: que precisa tanto ou mais do que a Avenida da Boavista (e nem precisará de viadutos transparentes nem negócios de terrenos complicados).
Rio Fernandes
De: Alexandre Burmester - "Chega..."
A entrevista de Domingo com o Álvaro Costa do jornal "O Público", é bem exemplo da desconcertante realidade do planeamento urbano subjugado aos técnicos (especialistas) à solta pelo espaço que habitamos, e cujo resultado é bem patente na implantação de construções de escalas erradas, de periferias de densidade populacional excessiva, das políticas de Habitação social, à subjugação da política rodoviária e de transportes, e ainda à implantação "Cultural" das nossas rotundas.
São bem patentes os exercícios de menoridade, e os complexos de grandeza que se encontram no espaço público urbano.
Chega.
E chega, deste assunto do Metro, porque pela Boavista com este projecto, não vai passar de certeza. Esperemos que passe outro projecto, que requalifique a Avenida com mais consistência e com outros princípios, e de preferência rapidamente.
Do Metro e da Câmara, devemos apenas ficar à espera de novas propostas, e de outras soluções para o erro da Srª da Hora. Não me compete sugerir.
Vou começar a gastar o meu "latim" noutros assuntos.
Alexandre Burmester
São bem patentes os exercícios de menoridade, e os complexos de grandeza que se encontram no espaço público urbano.
Chega.
E chega, deste assunto do Metro, porque pela Boavista com este projecto, não vai passar de certeza. Esperemos que passe outro projecto, que requalifique a Avenida com mais consistência e com outros princípios, e de preferência rapidamente.
Do Metro e da Câmara, devemos apenas ficar à espera de novas propostas, e de outras soluções para o erro da Srª da Hora. Não me compete sugerir.
Vou começar a gastar o meu "latim" noutros assuntos.
Alexandre Burmester
De: Carlos Gilbert - "O Metro visto de leste..."
Caro J. Patrício Martins:
Adicione mais uma alternativa nas suas propostas:
- terceira, que ela faz sentido, mas que seria desejável introduzir-lhe modificações para melhorar a sua "performance" futura.
Cumprimentos,
Carlos Gilbert
Adicione mais uma alternativa nas suas propostas:
- terceira, que ela faz sentido, mas que seria desejável introduzir-lhe modificações para melhorar a sua "performance" futura.
Cumprimentos,
Carlos Gilbert
De: F. Rocha Antunes - "O que fica"
Meus Caros,
Como o Tiago já sublinhou, a entrevista do Prof. Álvaro Costa ao Público sobre a questão de instalação do Metro na Avenida da Boavista é um exemplo notável de como as opiniões de um técnico qualificadíssimo são contraditórias com o sentido da sua opinião. E este assunto, que tanto incomoda alguns, é um exemplo do que ainda se considera entre nós uma discussão pública.
Quem colocou a questão na praça pública foi o Prof. Oliveira Marques, ao pedir em 23 de Novembro do ano passado o “consenso da cidade” para o referido projecto. E o problema é que quem não se preparou para a discussão pública foi a própria Metro do Porto. Se a ideia não era que o projecto fosse discutido e assumido como bom, então não se percebe o porquê do desafio.
Agora, quando se desafia os cidadãos a terem opinião, não se pode vir a seguir, só porque muitas das opiniões são desfavoráveis, dizer-se que há um bando de “profissionais do contra” que estão sempre contra qualquer coisa que implique mudanças.
Quem diz que a solução do Metro pela Avenida não resolve o problema é um técnico reputado na matéria. Ou seja, que aquilo que pareceu a alguns desde o princípio, que a solução não resolvia o problema que lhe servia de justificação, é agora taxativamente afirmada por um especialista na matéria.
O exemplo sistematicamente utilizado do convívio do Metro com a cidade, que é o percurso Senhor de Matosinhos – Senhora da Hora, é precisamente o troço da rede que se quer “desincentivar”. Ninguém assume com frontalidade mas, pelo que já se percebeu até hoje, o congestionamento do troço Senhora da Hora – Trindade iria ser resolvido com o sacrifício dos utilizadores desse troço. Provavelmente, com a redução da oferta, mas sempre tendo com objectivo a redução da utilização. E é aqui que, ao contrário do que já foi sugerido por outros, que este problema mostra a sua dimensão metropolitana. As linhas da Trofa e da Póvoa, mais a linha do Aeroporto, irão ocupar em exclusivo o canal existente.
E é aqui que as minhas interrogações estão: prefere-se manter essas linhas por esse canal em vez de acelerar a ligação à linha Amarela, que liga o Hospital de S. João a Gaia, em nome da velocidade de criação de um remendo urgente? Já se percebeu que os passageiros de Matosinhos irão ser largados na Rotunda?
A ideia de, imediatamente, se fazer terminar as linhas da Póvoa e da Trofa na Senhora da Hora é contestada por não resolver o problema, uma vez que se tratava de transbordo entre composições num mesmo ponto. Então, se assim é, como se resolve o problema deixando os passageiros que vem de Matosinhos na Rotunda? Espera-se que metade não continue no Metro?
Também não se percebe a crítica sistemática aos que estão contra esta solução. Em todos os países estes investimentos são alvo de discussões públicas. São é muito melhor organizadas por quem tem a responsabilidade de as promover. Até porque dessa forma se pode controlar o tempo das discussões e depois de fazer a síntese das opiniões recolhidas e assumir o desenvolvimento do projecto. Já aqui se disse repetidamente que isso não é governar na praça pública, é apenas ter respeito pelos cidadãos que são os destinatários últimos dos investimentos e que pagam a factura quer dos investimentos quer sobretudo das suas insuficiências.
Não se pode apenas dizer que há “profissionais do contra” quando o que falta é que os tais “amadores a favor” deixem de ser amadores e passem a tratar de forma também profissional a obrigação de explicarem os investimentos que gerem em nome da comunidade.
O que fica é que meia dúzia de “amadores” que levantaram dúvidas de bom senso não encontraram nenhum argumento (e um projecto destes deveria ter muitos) que justifiquem o investimento. Os argumentos a favor, a velocidade do Metro e a requalificação da Avenida, são incongruentes. A velocidade serve para deixar as pessoas na Rotunda, para mudarem de meio de transporte ou para irem a pé 320 metros até à Estação da Casa da Música. A requalificação urbana da Avenida, que todos concordam que é urgente, não pode ser definida pela Metro do Porto, mas sim pela CMP.
Ficam muitas interrogações e sobretudo fica pouco profissionalismo de quem defende o investimento. Ou por que se acha que meia dúzia de “gatos-pingados” não merece tal resposta ou, o que já seria mais sério, porque não existem razões claras que justifiquem esse investimento. Deixar passar o tempo à espera que a polémica arrefeça já não é estratégia que resolva este tipo de problemas.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Como o Tiago já sublinhou, a entrevista do Prof. Álvaro Costa ao Público sobre a questão de instalação do Metro na Avenida da Boavista é um exemplo notável de como as opiniões de um técnico qualificadíssimo são contraditórias com o sentido da sua opinião. E este assunto, que tanto incomoda alguns, é um exemplo do que ainda se considera entre nós uma discussão pública.
Quem colocou a questão na praça pública foi o Prof. Oliveira Marques, ao pedir em 23 de Novembro do ano passado o “consenso da cidade” para o referido projecto. E o problema é que quem não se preparou para a discussão pública foi a própria Metro do Porto. Se a ideia não era que o projecto fosse discutido e assumido como bom, então não se percebe o porquê do desafio.
Agora, quando se desafia os cidadãos a terem opinião, não se pode vir a seguir, só porque muitas das opiniões são desfavoráveis, dizer-se que há um bando de “profissionais do contra” que estão sempre contra qualquer coisa que implique mudanças.
Quem diz que a solução do Metro pela Avenida não resolve o problema é um técnico reputado na matéria. Ou seja, que aquilo que pareceu a alguns desde o princípio, que a solução não resolvia o problema que lhe servia de justificação, é agora taxativamente afirmada por um especialista na matéria.
O exemplo sistematicamente utilizado do convívio do Metro com a cidade, que é o percurso Senhor de Matosinhos – Senhora da Hora, é precisamente o troço da rede que se quer “desincentivar”. Ninguém assume com frontalidade mas, pelo que já se percebeu até hoje, o congestionamento do troço Senhora da Hora – Trindade iria ser resolvido com o sacrifício dos utilizadores desse troço. Provavelmente, com a redução da oferta, mas sempre tendo com objectivo a redução da utilização. E é aqui que, ao contrário do que já foi sugerido por outros, que este problema mostra a sua dimensão metropolitana. As linhas da Trofa e da Póvoa, mais a linha do Aeroporto, irão ocupar em exclusivo o canal existente.
E é aqui que as minhas interrogações estão: prefere-se manter essas linhas por esse canal em vez de acelerar a ligação à linha Amarela, que liga o Hospital de S. João a Gaia, em nome da velocidade de criação de um remendo urgente? Já se percebeu que os passageiros de Matosinhos irão ser largados na Rotunda?
A ideia de, imediatamente, se fazer terminar as linhas da Póvoa e da Trofa na Senhora da Hora é contestada por não resolver o problema, uma vez que se tratava de transbordo entre composições num mesmo ponto. Então, se assim é, como se resolve o problema deixando os passageiros que vem de Matosinhos na Rotunda? Espera-se que metade não continue no Metro?
Também não se percebe a crítica sistemática aos que estão contra esta solução. Em todos os países estes investimentos são alvo de discussões públicas. São é muito melhor organizadas por quem tem a responsabilidade de as promover. Até porque dessa forma se pode controlar o tempo das discussões e depois de fazer a síntese das opiniões recolhidas e assumir o desenvolvimento do projecto. Já aqui se disse repetidamente que isso não é governar na praça pública, é apenas ter respeito pelos cidadãos que são os destinatários últimos dos investimentos e que pagam a factura quer dos investimentos quer sobretudo das suas insuficiências.
Não se pode apenas dizer que há “profissionais do contra” quando o que falta é que os tais “amadores a favor” deixem de ser amadores e passem a tratar de forma também profissional a obrigação de explicarem os investimentos que gerem em nome da comunidade.
O que fica é que meia dúzia de “amadores” que levantaram dúvidas de bom senso não encontraram nenhum argumento (e um projecto destes deveria ter muitos) que justifiquem o investimento. Os argumentos a favor, a velocidade do Metro e a requalificação da Avenida, são incongruentes. A velocidade serve para deixar as pessoas na Rotunda, para mudarem de meio de transporte ou para irem a pé 320 metros até à Estação da Casa da Música. A requalificação urbana da Avenida, que todos concordam que é urgente, não pode ser definida pela Metro do Porto, mas sim pela CMP.
Ficam muitas interrogações e sobretudo fica pouco profissionalismo de quem defende o investimento. Ou por que se acha que meia dúzia de “gatos-pingados” não merece tal resposta ou, o que já seria mais sério, porque não existem razões claras que justifiquem esse investimento. Deixar passar o tempo à espera que a polémica arrefeça já não é estratégia que resolva este tipo de problemas.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Carlos Gilbert - "A entrevista..."
"... de Álvaro Costa ao Público sobre o Metro na Boavista"
O TAF disse que não tinha tempo para analisar em profundidade a dita entrevista, portanto aqui vai uma achega que acho importante. Vamos primeiro a pormenores de índole técnica:
A meu ver, a grande contradição cometida por este consultor da empresa Metro do Porto está patente no seguinte: Logo na resposta à primeira pergunta afirma o que todos já sabemos, que o troço Senhora da Hora/Trindade é "o gargalo do sistema", que para fazer a rede do Metro funcionar é preciso aliviar o congestionamento desse gargalo, criar alternativas para o movimento de pessoas que circulem naquele troço. E na segunda resposta diz que "a linha da Boavista é uma solução, ou uma parte da solução" (outra será uma futura utilização do ramal de Leixões da CP, com o que parece estar toda a gente de acordo). E durante o resto da entrevista, este especialista que confessa não ter estudado os "pormenores técnicos" mas sim e só os "movimentos de rede", à pergunta concreta do jornalista: "A distância entre a estação da Rotunda e a da Casa da Música não prejudica essa integração da linha (da Boavista) na rede?", responde o entrevistado textualmente o seguinte: " A localização do término na Rotunda (em frente à Casa da Música, acrescento eu) é a melhor para o rebatimento com a futura segunda linha de Gaia. No curto prazo, há ali uma distância entre as duas estações. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia.
Senhores e amigos, leiam e releiam esta resposta!! O que é que este especialista na matéria nos está a dizer em concreto? Que os passageiros de Matosinhos-Sul que irão ser "convidados" a não usar a linha azul (Matosinhos/Campanhã) mas sim o Metro pela Avenida da Boavista, irão um dia ter de apanhar outra composição (a da futura segunda linha de Gaia, como referido) até à estação da Casa da Música, para aí fazerem novo transbordo para as composições que vêm da Senhora da Hora!... Já o perguntei em ocasião anterior (com "honras" de transcrição no "Público" em artigo dedicado ao problema), mas volto a fazê-lo: acham que os passageiros de Matosinhos vão "engolir" esta "alternativa"?? E julgam V. Exªs que esta o é mesmo (uma alternativa)? Apanhar as mesmas composições três paragens mais à frente é alternativa?
Senhores: eu não sou profissional do contra, não me considero é mentalmente menos apto ao ponto de engolir este tipo de argumentação! A não ser que essa "segunda linha de Gaia", quando implementada, seja independente do troço Casa-da-Música/Trindade, que o não vai ser pelo que tem vindo a público! Mas em contribuição separada irei dar a conhecer a minha visão pessoal para este problema. O que contesto já, é a afirmação de Álvaro Costa quando diz na sua resposta que "no curto prazo há ali uma distância entre as duas estações". Curto prazo?? Quando prevê V. Exª que esta "segunda linha de Gaia" esteja pronta, com nova ponte sobre o Douro e tudo?? Até lá, os utentes que saiam no términus da linha da Boavista e queiram apanhar o metro na estação "Casa-da-Música" têm de se deslocar a pé por túnel subterrâneo de umas duas centenaas de metros, o que - convenhamos - não é lá muito motivador...
Outro motivo de interesse é que nas entrelinhas este consultor veio-nos dar a conhecer a mais que provável razão para o recente "chumbo" do concurso do "tram-train" para a linha da Póvoa. À pergunta do jornalista "Se o problema é o estrangulamento do troço Senhora da Hora-Trindade, porque é que não se pondera fazer para os "tram-train" da linha da Póvoa e da Trofa na Senhora da Hora, onde se faria o transbordo de passageiros para o Metro? Isso não aliviaria aquele troço? o entrevistado responde: Continuaria a haver problemas de capacidade, porque as composições param, mas as pessoas teriam de passar do "tram-train" para o Metro (...) Sob o ponto-de-vista operacional, se calhar é mais fácil utilizar um só tipo de equipamento, mas também é mau impor uma ruptura às pessoas que têm de aceder ao Porto. Voilá, aqui temos a resposta... Óbvio meu caro Watson...
Se assim é (e acredito que quanto menos transbordos houver, mais cómodo e apelativo é um transporte colectivo) espero é que os decisores da CP leiam esta entrevista e não continuem com a bizarra ideia de "por questões de rentabilidade" fazerem no futuro transbordos na periferia do Grande Porto entre composições sub-urbanas e as regionais. Ou será que aqui o argumento já não colhe?
O TAF disse que não tinha tempo para analisar em profundidade a dita entrevista, portanto aqui vai uma achega que acho importante. Vamos primeiro a pormenores de índole técnica:
A meu ver, a grande contradição cometida por este consultor da empresa Metro do Porto está patente no seguinte: Logo na resposta à primeira pergunta afirma o que todos já sabemos, que o troço Senhora da Hora/Trindade é "o gargalo do sistema", que para fazer a rede do Metro funcionar é preciso aliviar o congestionamento desse gargalo, criar alternativas para o movimento de pessoas que circulem naquele troço. E na segunda resposta diz que "a linha da Boavista é uma solução, ou uma parte da solução" (outra será uma futura utilização do ramal de Leixões da CP, com o que parece estar toda a gente de acordo). E durante o resto da entrevista, este especialista que confessa não ter estudado os "pormenores técnicos" mas sim e só os "movimentos de rede", à pergunta concreta do jornalista: "A distância entre a estação da Rotunda e a da Casa da Música não prejudica essa integração da linha (da Boavista) na rede?", responde o entrevistado textualmente o seguinte: " A localização do término na Rotunda (em frente à Casa da Música, acrescento eu) é a melhor para o rebatimento com a futura segunda linha de Gaia. No curto prazo, há ali uma distância entre as duas estações. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia.
Senhores e amigos, leiam e releiam esta resposta!! O que é que este especialista na matéria nos está a dizer em concreto? Que os passageiros de Matosinhos-Sul que irão ser "convidados" a não usar a linha azul (Matosinhos/Campanhã) mas sim o Metro pela Avenida da Boavista, irão um dia ter de apanhar outra composição (a da futura segunda linha de Gaia, como referido) até à estação da Casa da Música, para aí fazerem novo transbordo para as composições que vêm da Senhora da Hora!... Já o perguntei em ocasião anterior (com "honras" de transcrição no "Público" em artigo dedicado ao problema), mas volto a fazê-lo: acham que os passageiros de Matosinhos vão "engolir" esta "alternativa"?? E julgam V. Exªs que esta o é mesmo (uma alternativa)? Apanhar as mesmas composições três paragens mais à frente é alternativa?
Senhores: eu não sou profissional do contra, não me considero é mentalmente menos apto ao ponto de engolir este tipo de argumentação! A não ser que essa "segunda linha de Gaia", quando implementada, seja independente do troço Casa-da-Música/Trindade, que o não vai ser pelo que tem vindo a público! Mas em contribuição separada irei dar a conhecer a minha visão pessoal para este problema. O que contesto já, é a afirmação de Álvaro Costa quando diz na sua resposta que "no curto prazo há ali uma distância entre as duas estações". Curto prazo?? Quando prevê V. Exª que esta "segunda linha de Gaia" esteja pronta, com nova ponte sobre o Douro e tudo?? Até lá, os utentes que saiam no términus da linha da Boavista e queiram apanhar o metro na estação "Casa-da-Música" têm de se deslocar a pé por túnel subterrâneo de umas duas centenaas de metros, o que - convenhamos - não é lá muito motivador...
Outro motivo de interesse é que nas entrelinhas este consultor veio-nos dar a conhecer a mais que provável razão para o recente "chumbo" do concurso do "tram-train" para a linha da Póvoa. À pergunta do jornalista "Se o problema é o estrangulamento do troço Senhora da Hora-Trindade, porque é que não se pondera fazer para os "tram-train" da linha da Póvoa e da Trofa na Senhora da Hora, onde se faria o transbordo de passageiros para o Metro? Isso não aliviaria aquele troço? o entrevistado responde: Continuaria a haver problemas de capacidade, porque as composições param, mas as pessoas teriam de passar do "tram-train" para o Metro (...) Sob o ponto-de-vista operacional, se calhar é mais fácil utilizar um só tipo de equipamento, mas também é mau impor uma ruptura às pessoas que têm de aceder ao Porto. Voilá, aqui temos a resposta... Óbvio meu caro Watson...
Se assim é (e acredito que quanto menos transbordos houver, mais cómodo e apelativo é um transporte colectivo) espero é que os decisores da CP leiam esta entrevista e não continuem com a bizarra ideia de "por questões de rentabilidade" fazerem no futuro transbordos na periferia do Grande Porto entre composições sub-urbanas e as regionais. Ou será que aqui o argumento já não colhe?
De: Carlos Gilbert - "O «tram-train»..."
"... na linha da Póvoa"
Eu estava de facto confuso: não havia sido tomada a decisão de afinal mudar as composições para a linha da Póvoa para as famosas "tram-train"? Eu já o tinha lido algures e até comentado aqui há umas semanas, só que hoje, no online do "Comércio do Porto" vejo que o governo acaba de "chumbar" o concurso lançado para este tipo de composições...
Como não há explicações (nem os partidos sabem o porquê desta decisão) não podemos emitir juízos de valor sobre este assunto da maior importância, como todos sabemos.
--
Nota de TAF: Esta notícia já tem alguns dias. O problema é que a data que aparece na notícia é a data do dia em que se está a ler, é uma falha no site do Comércio...
Eu estava de facto confuso: não havia sido tomada a decisão de afinal mudar as composições para a linha da Póvoa para as famosas "tram-train"? Eu já o tinha lido algures e até comentado aqui há umas semanas, só que hoje, no online do "Comércio do Porto" vejo que o governo acaba de "chumbar" o concurso lançado para este tipo de composições...
Como não há explicações (nem os partidos sabem o porquê desta decisão) não podemos emitir juízos de valor sobre este assunto da maior importância, como todos sabemos.
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Nota de TAF: Esta notícia já tem alguns dias. O problema é que a data que aparece na notícia é a data do dia em que se está a ler, é uma falha no site do Comércio...
De: Carlos Gilbert - "Eléctrico moderno..."
"... e prioridades"
João Dias: in "Ficção do Metro da Boavista"
"Também apoio o metro na avenida (...) parece-me ser o meio ideal para a artéria (o eléctrico rápido perderia a prioridade; (...)"
Por que motivo haveria o eléctrico moderno de perder a prioridade? Por que motivo não haveria de haver a mesma prioridade nos semáforos que se verifica já para as composições do Metro? Logo que uma composição do eléctrico moderno chegasse a uns 100 metros de um cruzamento, ficava a luz verde para o seu corredor para o desimpedir (nos casos de haver veículos automóveis e autocarros a co-utilizá-lo como acontece nos cruzamentos da Marechal Gomes da Costa e na Fonte da Moura). Aliás, isto das prioridades para os transportes públicos era de se incutir "a martelo" nas mentalidades dos munícipes automobilizados, não sei por que motivo há-de ser uma prerrogativa do Metro...
João Dias: in "Ficção do Metro da Boavista"
"Também apoio o metro na avenida (...) parece-me ser o meio ideal para a artéria (o eléctrico rápido perderia a prioridade; (...)"
Por que motivo haveria o eléctrico moderno de perder a prioridade? Por que motivo não haveria de haver a mesma prioridade nos semáforos que se verifica já para as composições do Metro? Logo que uma composição do eléctrico moderno chegasse a uns 100 metros de um cruzamento, ficava a luz verde para o seu corredor para o desimpedir (nos casos de haver veículos automóveis e autocarros a co-utilizá-lo como acontece nos cruzamentos da Marechal Gomes da Costa e na Fonte da Moura). Aliás, isto das prioridades para os transportes públicos era de se incutir "a martelo" nas mentalidades dos munícipes automobilizados, não sei por que motivo há-de ser uma prerrogativa do Metro...
De: TAF - "Ping-pong e outras histórias"
Palácio do Freixo: novela SRU versão 2?
- Vereação diz que "não compete" à oposição avançar com possíveis alterações
- PS acusa Rio de rejeitar candidatura para recuperar Moagens Harmonia
- Painéis desvendam tempo de espera pelos autocarros
- Equipamento a aperfeiçoar não está livre de "pecados"
- Um terço dos arrumadores inscrito no programa "Porto Feliz"
- Programa chegou a 449 arrumadores
- Área Metropolitana do Porto está maior
- Vereação diz que "não compete" à oposição avançar com possíveis alterações
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2005/02/06
De: José Patrício Martins - "O metro visto de leste"
Caro Zé Alberto,
Eu também faço parte da "malta" de Campanhã. Mais propriamente de Azevedo. E, todos os domingos de manhã, é com grande prazer que monto a bicicleta, me junto ao vizinho da frente, e rumamos, pela Marginal, a Matosinhos. Ponto de paragem obrigatório: Parque da Cidade. Aí, vamos beber a bica, esticar as pernas e estirar o corpo ao sol... Demoro cerca de 45 minutos a fazer o trajecto. Tomei-lhe o gosto e vou continuar! Não preciso do metro. Mas preciso do ar puro e do "relax" daqueles momentos.
Se eu gosto, então muitos mais, destas bandas, hão-de gostar. Têm duas hipóteses, se não forem ciclistas. Ou usar viatura própria ou usar transporte público. A pé está fora de questão.
A primeira opção não é para todos, nem sequer para a maioria. A segunda opção não discrimina ninguém. Qualquer um pode ir à paragem e apanhar o autocarro. Ou se mete no 80 em direcção à Praça da Liberdade e aí faz-se o transbordo para seguir para o Castelo do Queijo ou espera pelo 88 e percorre o rosário da Circunvalação. Num caso ou noutro, se tudo correr bem, temos trajecto para mais de uma hora, presumivelmente, hora e meia para lá, hora e meia para cá.
Meu caro, já experimentaste? Eu não, nem quero... Preferia ir às tainhas, em frente ao Areinho, como faz todos os fins-de-semana a malta de Valbom e, aqui, uns "cromos" da minha vizinhança.
Eu não disse que "é preciso fazer uns kms de metro a Oeste, na Avenida de Boavista" para que a malta destes lados, em que eu me incluo, chegue "ao Parque da Cidade com mais facilidade". O que eu disse foi que, se a linha da Avenida fosse construída, essa deslocação estaria facilitada: num quarto de hora vou de minha casa à estação de Campanhã e, com mais meia hora, estaria de certeza no Parque da Cidade! Os tais 45 minutos que, quer se queira quer não, é metade do tempo dos autocarros, com a vantagem, não negligenciável, de se fazer num transporte que é uma comodidade.
Também não pus em confronto a linha da Avenida com a continuação da linha para Gondomar. Nem sequer me passa pela cabeça colocar ao mesmo nível a necessidade da linha da Avenida com a importância de oferecer um bom transporte metropolitano às populações de Gondomar. Se o problema se colocasse em termos de opção achas que teria dúvidas? Sei bem o que é chegar de Gondomar ao Porto pelos meios habituais. E isso toca a muita gente!
Mas não vi ainda, em parte nenhuma, que o problema se colocasse nesses termos mutuamente exclusivos.
Agora que o problema da Senhora da Hora é um problema sério, disso não tenho dúvidas. É qualquer coisa do estilo do atravessamento pelo tabuleiro inferior da Ponte de Luís I que tu, tão bem quanto eu, conheces. Que, durante anos e anos, perturbou (e continua a perturbar) as ligações entre as duas margens. É um problema a que, parece-me, nem toda a gente está a dar o devido relevo.
Dizes tu que "...a linha justifica-se pela asneira feita pela Administração da Metro, entupindo o troço Senhora da Hora-Boavista." Mas será uma asneira? Ou será, antes, uma opção política, plenamente assumida para, na altura, viabilizar a existência de uma sistema de metropolitano na aglomeração do Porto? E se foi asneira..., é asneira propor uma solução para o problema? Ou não o será, pelo contrário, iludir o problema e que... "quem vier depois que feche a porta!"?
A minha opinião, "a favor", do metro na Avenida, é formulada num contexto de conhecimento que está longe de ser completo, sem dúvida! Por isso terá as suas limitações e corre um certo risco de não ter fundamento. Mas, nesse contexto, julgo tratar-se de uma boa solução.
O que não quer dizer que esteja de acordo em tudo. Já em apontamento anterior tive oportunidade de levantar algumas reticências ao projecto concreto, nomeadamente não se avançar para o enterramento do troço entre o Foco e a Rotunda da Boavista e, principalmente, deixá-la pendurada. Prever a sua ligação à linha de Gaia-Oeste (se for possível) ou, continuá-la depois, para o Centro do Porto, são duas hipóteses razoáveis e benéficas para os utentes.
No fundo, temos duas opções a considerar:
- primeira, que a linha da Boavista é uma completa asneirada e que, portanto, nem vale a pena discuti-la e o melhor é enterrar o assunto;
- segunda, que ela faz sentido para atacar um problema sério de estrangulamento na Senhora da Hora, mas que seria desejável introduzir-lhe modificações para melhorar a sua "performance" futura.
Nos termos em que o problema está neste momento, julgo que esta última será a melhor opção.
Um abraço do
Patrício Martins
Eu também faço parte da "malta" de Campanhã. Mais propriamente de Azevedo. E, todos os domingos de manhã, é com grande prazer que monto a bicicleta, me junto ao vizinho da frente, e rumamos, pela Marginal, a Matosinhos. Ponto de paragem obrigatório: Parque da Cidade. Aí, vamos beber a bica, esticar as pernas e estirar o corpo ao sol... Demoro cerca de 45 minutos a fazer o trajecto. Tomei-lhe o gosto e vou continuar! Não preciso do metro. Mas preciso do ar puro e do "relax" daqueles momentos.
Se eu gosto, então muitos mais, destas bandas, hão-de gostar. Têm duas hipóteses, se não forem ciclistas. Ou usar viatura própria ou usar transporte público. A pé está fora de questão.
A primeira opção não é para todos, nem sequer para a maioria. A segunda opção não discrimina ninguém. Qualquer um pode ir à paragem e apanhar o autocarro. Ou se mete no 80 em direcção à Praça da Liberdade e aí faz-se o transbordo para seguir para o Castelo do Queijo ou espera pelo 88 e percorre o rosário da Circunvalação. Num caso ou noutro, se tudo correr bem, temos trajecto para mais de uma hora, presumivelmente, hora e meia para lá, hora e meia para cá.
Meu caro, já experimentaste? Eu não, nem quero... Preferia ir às tainhas, em frente ao Areinho, como faz todos os fins-de-semana a malta de Valbom e, aqui, uns "cromos" da minha vizinhança.
Eu não disse que "é preciso fazer uns kms de metro a Oeste, na Avenida de Boavista" para que a malta destes lados, em que eu me incluo, chegue "ao Parque da Cidade com mais facilidade". O que eu disse foi que, se a linha da Avenida fosse construída, essa deslocação estaria facilitada: num quarto de hora vou de minha casa à estação de Campanhã e, com mais meia hora, estaria de certeza no Parque da Cidade! Os tais 45 minutos que, quer se queira quer não, é metade do tempo dos autocarros, com a vantagem, não negligenciável, de se fazer num transporte que é uma comodidade.
Também não pus em confronto a linha da Avenida com a continuação da linha para Gondomar. Nem sequer me passa pela cabeça colocar ao mesmo nível a necessidade da linha da Avenida com a importância de oferecer um bom transporte metropolitano às populações de Gondomar. Se o problema se colocasse em termos de opção achas que teria dúvidas? Sei bem o que é chegar de Gondomar ao Porto pelos meios habituais. E isso toca a muita gente!
Mas não vi ainda, em parte nenhuma, que o problema se colocasse nesses termos mutuamente exclusivos.
Agora que o problema da Senhora da Hora é um problema sério, disso não tenho dúvidas. É qualquer coisa do estilo do atravessamento pelo tabuleiro inferior da Ponte de Luís I que tu, tão bem quanto eu, conheces. Que, durante anos e anos, perturbou (e continua a perturbar) as ligações entre as duas margens. É um problema a que, parece-me, nem toda a gente está a dar o devido relevo.
Dizes tu que "...a linha justifica-se pela asneira feita pela Administração da Metro, entupindo o troço Senhora da Hora-Boavista." Mas será uma asneira? Ou será, antes, uma opção política, plenamente assumida para, na altura, viabilizar a existência de uma sistema de metropolitano na aglomeração do Porto? E se foi asneira..., é asneira propor uma solução para o problema? Ou não o será, pelo contrário, iludir o problema e que... "quem vier depois que feche a porta!"?
A minha opinião, "a favor", do metro na Avenida, é formulada num contexto de conhecimento que está longe de ser completo, sem dúvida! Por isso terá as suas limitações e corre um certo risco de não ter fundamento. Mas, nesse contexto, julgo tratar-se de uma boa solução.
O que não quer dizer que esteja de acordo em tudo. Já em apontamento anterior tive oportunidade de levantar algumas reticências ao projecto concreto, nomeadamente não se avançar para o enterramento do troço entre o Foco e a Rotunda da Boavista e, principalmente, deixá-la pendurada. Prever a sua ligação à linha de Gaia-Oeste (se for possível) ou, continuá-la depois, para o Centro do Porto, são duas hipóteses razoáveis e benéficas para os utentes.
No fundo, temos duas opções a considerar:
- primeira, que a linha da Boavista é uma completa asneirada e que, portanto, nem vale a pena discuti-la e o melhor é enterrar o assunto;
- segunda, que ela faz sentido para atacar um problema sério de estrangulamento na Senhora da Hora, mas que seria desejável introduzir-lhe modificações para melhorar a sua "performance" futura.
Nos termos em que o problema está neste momento, julgo que esta última será a melhor opção.
Um abraço do
Patrício Martins
De: TAF - "A entrevista a Álvaro Costa"
O Público não tem online a sua edição de hoje, infelizmente. Mas vale a pena ler no “Local Porto” da versão impressa a entrevista a Álvaro Costa, consultor da Metro do Porto, sobre o Metro na Boavista. Vale a pena porque é um esclarecedor exemplo de como há quem se atreva a defender uma posição com base em argumentos que justificam precisamente a posição contrária! A entrevista foi bem conduzida pois foram feitas as perguntas que se impunham - o jornal conhecia bem o problema e tinha feito o seu “trabalho de casa”. :-)
Vejamos.
Segundo Álvaro Costa: “Quando eu digo que a [linha da] Boavista não é «a» solução, é porque eu não considero que ela vá resolver os problemas de circulação do metro entre aqueles dois pontos. Vai é diminuir a procura, ao criar alternativas às pessoas que estão em Matosinhos.” Para as entregar precisamente a meio do troço estrangulado…
Se realmente fosse preciso desviar passageiros da Linha Azul de Matosinhos com tanta urgência pela Boavista, então que se usassem autocarros em via exclusiva, nem que fosse provisoriamente. É baratíssimo, de implantação imediata, e os inconvenientes em relação ao Metro são desprezáveis face às vantagens nesta situação concreta.
Não tenho agora tempo para analisar um a um todos os pontos da entrevista. Chamo apenas a atenção para a fraquíssima justificação para não adoptar a solução dos “tram-trains” a partir da Senhora da Hora para a Póvoa e a Trofa, tal como o Francisco Rocha Antunes defendeu aqui que, essa sim, faria todo o sentido só por si e não apenas como ajuda à solução do estrangulamento.
Por fim, um pensamento esclarecedor de Álvaro Costa:
“(…) quando uma empresa está a tratar do bem público e está convencida de que estas soluções são as ideais, é preciso compreender que, para um decisor, é um pouco frustrante que haja pessoas que ponham em causa o seu esforço. No fundo, para além de convencer os financiadores, ainda tem de convencer o público-alvo.”
Será que ele não percebe que está a falar do nosso dinheiro, dos nossos interesses, da nossa cidade?! E que é pago por nós?!
Vejamos.
- Já é claro para todos, e assumido pela Metro do Porto, que a principal razão para a existência da Linha da Boavista é resolver o estrangulamento do troço Trindade – Senhora da Hora, que é partilhado por 4 linhas e que por erro de planeamento não suporta o tráfego que seria necessário. Atendendo a que se aproximam as datas de entrada em funcionamento das novas linhas, torna-se muito urgente resolver este problema. Diz Álvaro Costa: “Qualquer linha que se vier a construir nunca vai ser completamente aproveitada porque existe aquele estrangulamento. (…) agora, o que é vital é investir em tudo o que tenha a ver com a resolução do problema.”
- Também é consensual que, não fora esta urgência de corrigir este erro de planeamento da rede, esta linha na Boavista estava longe de ser um investimento prioritário na cidade, ainda por cima na sua zona mais rica.
Segundo Álvaro Costa: “Quando eu digo que a [linha da] Boavista não é «a» solução, é porque eu não considero que ela vá resolver os problemas de circulação do metro entre aqueles dois pontos. Vai é diminuir a procura, ao criar alternativas às pessoas que estão em Matosinhos.” Para as entregar precisamente a meio do troço estrangulado…
Se realmente fosse preciso desviar passageiros da Linha Azul de Matosinhos com tanta urgência pela Boavista, então que se usassem autocarros em via exclusiva, nem que fosse provisoriamente. É baratíssimo, de implantação imediata, e os inconvenientes em relação ao Metro são desprezáveis face às vantagens nesta situação concreta.
Não tenho agora tempo para analisar um a um todos os pontos da entrevista. Chamo apenas a atenção para a fraquíssima justificação para não adoptar a solução dos “tram-trains” a partir da Senhora da Hora para a Póvoa e a Trofa, tal como o Francisco Rocha Antunes defendeu aqui que, essa sim, faria todo o sentido só por si e não apenas como ajuda à solução do estrangulamento.
Por fim, um pensamento esclarecedor de Álvaro Costa:
“(…) quando uma empresa está a tratar do bem público e está convencida de que estas soluções são as ideais, é preciso compreender que, para um decisor, é um pouco frustrante que haja pessoas que ponham em causa o seu esforço. No fundo, para além de convencer os financiadores, ainda tem de convencer o público-alvo.”
Será que ele não percebe que está a falar do nosso dinheiro, dos nossos interesses, da nossa cidade?! E que é pago por nós?!
De: JA Rio Fernandes - "o metro visto de leste"
A "malta" de Campanhã, de Valbom, da Areosa, de Rio Tinto e de Gondomar está comovida com o último argumento para a defesa da linha da Boavista: facilitar a nossa deslocação ao Parque da Cidade!
Já antes, em Gondomar, tínhamos ficado enternecidos com a promessa de chegar ao Estádio do Dragão para o Euro 2004...
Mas, não sei porquê, o que acontece é que as linhas aparecem sempre a Oeste. Por isso desconfiamos quando agora, para que nós cheguemos ao Parque da Cidade com mais facilidade, se diz que é preciso (antes de mais) fazer mais kms de metro a Oeste, na Avenida da Boavista, o que parece que "terá de" incluir mais um viaduto "transparente" (e barato, presume-se). Será também para nós chegarmos ao Parque da Cidade?
Ou então a linha justifica-se pela asneira feita pela Administração da Metro, entupindo o troço Senhora da Hora-Boavista. E só agora é que descobriram? E quem é o culpado do erro? Ninguém? Alternativas? Não há nenhuma! O metro pela Circunvalação, da Senhora da Hora ao Hospital de S. João e pela Areosa até Rio Tinto é um disparate? Bom, tenho para mim que se for disparate, é muito menor que o da Avenida da Boavista: já repararam que na parte oriental da Circunvalação mora gente que usa transporte colectivo todos os dias? E quando se diz que isso não resolve a continuidade do percurso dos passageiros que vêm de Matosinhos, esquece-se que no Hospital de S. João podem fazer a ligação com a linha para a Baixa (sem ter de percorrer 500m a pé como junto à Rotunda da Boavista)?
Entretanto, a Leste nada de novo…
Metro para Rio Tinto: talvez um dia…. Linha para Gondomar por Valbom? Impossível, o relevo não permite…
Prioridade mesmo parece ser fazer mais linhas a Oeste: duplicar o acesso a Matosinhos, ligar ao aeroporto, mudar comboio por metro para a Póvoa, quem sabe, um dia defender como prioritário fazer chegar o metro a Leça da Palmeira???!!! Já nada me admira!
Plano estratégico para a Área Metropolitana do Porto, a falta que falta que faz! Uma Junta Metropolitana eleita pelas pessoas e sem presidentes de câmara, a falta que faz! Mas, sobretudo, falta ver a cidade como um conjunto, perceber que não estamos em competição uns com os outros, porque o mal de Gondomar ou Rio Tinto é o mal da cidade toda (a cidade de vários municípios onde vivemos). Além do mais, falta aproveitar o que foi estudado: recomenda-se leitura do Plano de Mobilidade feito para a Sociedade Porto2001; recomenda-se leitura do diagnóstico produzido nos trabalhos do PDM do Porto e das propostas também - está lá o reconhecimento da dualidade Este-Oeste e a necessidade (para ambos) de minimizar as diferenças; está lá a linha do metro de Campanhã-Gondomar por Valbom; está lá o eléctrico e não o metro pela Boavista...
Rio Fernandes
j.a.riofernandes@vianw.pt
Já antes, em Gondomar, tínhamos ficado enternecidos com a promessa de chegar ao Estádio do Dragão para o Euro 2004...
Mas, não sei porquê, o que acontece é que as linhas aparecem sempre a Oeste. Por isso desconfiamos quando agora, para que nós cheguemos ao Parque da Cidade com mais facilidade, se diz que é preciso (antes de mais) fazer mais kms de metro a Oeste, na Avenida da Boavista, o que parece que "terá de" incluir mais um viaduto "transparente" (e barato, presume-se). Será também para nós chegarmos ao Parque da Cidade?
Ou então a linha justifica-se pela asneira feita pela Administração da Metro, entupindo o troço Senhora da Hora-Boavista. E só agora é que descobriram? E quem é o culpado do erro? Ninguém? Alternativas? Não há nenhuma! O metro pela Circunvalação, da Senhora da Hora ao Hospital de S. João e pela Areosa até Rio Tinto é um disparate? Bom, tenho para mim que se for disparate, é muito menor que o da Avenida da Boavista: já repararam que na parte oriental da Circunvalação mora gente que usa transporte colectivo todos os dias? E quando se diz que isso não resolve a continuidade do percurso dos passageiros que vêm de Matosinhos, esquece-se que no Hospital de S. João podem fazer a ligação com a linha para a Baixa (sem ter de percorrer 500m a pé como junto à Rotunda da Boavista)?
Entretanto, a Leste nada de novo…
Metro para Rio Tinto: talvez um dia…. Linha para Gondomar por Valbom? Impossível, o relevo não permite…
Prioridade mesmo parece ser fazer mais linhas a Oeste: duplicar o acesso a Matosinhos, ligar ao aeroporto, mudar comboio por metro para a Póvoa, quem sabe, um dia defender como prioritário fazer chegar o metro a Leça da Palmeira???!!! Já nada me admira!
Plano estratégico para a Área Metropolitana do Porto, a falta que falta que faz! Uma Junta Metropolitana eleita pelas pessoas e sem presidentes de câmara, a falta que faz! Mas, sobretudo, falta ver a cidade como um conjunto, perceber que não estamos em competição uns com os outros, porque o mal de Gondomar ou Rio Tinto é o mal da cidade toda (a cidade de vários municípios onde vivemos). Além do mais, falta aproveitar o que foi estudado: recomenda-se leitura do Plano de Mobilidade feito para a Sociedade Porto2001; recomenda-se leitura do diagnóstico produzido nos trabalhos do PDM do Porto e das propostas também - está lá o reconhecimento da dualidade Este-Oeste e a necessidade (para ambos) de minimizar as diferenças; está lá a linha do metro de Campanhã-Gondomar por Valbom; está lá o eléctrico e não o metro pela Boavista...
Rio Fernandes
j.a.riofernandes@vianw.pt