2005/07/30
De: Teófilo M. - "O rio"
Não, não é do presidente da câmara que vou escrever, é sobre o nosso Rio Douro, tão triste e abandonado que, qualquer dia, ainda passa à categoria de esgoto a céu aberto!
Muito se tem falado sobre a poluição que o aflige, mas parece que ninguém está/estará interessado na sua recuperação, pois não faz parte dos discursos eleitorais, não há associações ambientais a organizar 'manifs' a favor da sua limpeza, e, tirando os turistas, poucos utilizam as suas águas para diversão nos seus tempos livres, tirando uma meia-dúzia de inveterados pescadores, que teimam em pôr a minhoca de molho, na esperança de fisgarem alguma coisa para dar ao gato, pois comê-la, será acto de coragem que há muito anda arredada destas paragens, salvo alguns fogachos esporádicos, como agora no Bolhão, mas a que o grosso da população, cansada, ou preocupada com as férias, não ligou muita importância.
Nos idos de sessenta, faziam-se excursões pelo rio acima, em barcos ingleses de recreio, pertença do Fluvial Portuense e do Sport Club, com paragem obrigatória nos areinhos para uns mergulhos e 'trincar' qualquer coisa; pescava-se o bom sável que era comprado pelos portuenses, dado o seu preço convidativo, à saída dos saveiros, ali na zona da Arrábida e em frente, na Afurada; aprendia-se a nadar nas desaparecidas praias fluviais do Borras e do Aurélia, junto ao Sr. D'Álem a ver passar os rabelos, valboeiros, rabões brancos e negros, caíques, lanchas e outros barcos desportivos que davam vida ao verde profundo estival daquelas águas.
E agora?
O rio mudou de cor, enegreceu, acastanhou-se, com estranhos objectos (abjectos), que flutuam um pouco por todo o lado, inchado de taínhas que se criam na babugem e deserto de barbos, trutas, sáveis, lampreias e escalos, que faziam a delícia de muitos, e eram mercadoria ganha-pão de outros.
Dizem-nos que a actual seca poderá agravar a sua contaminação. Que no passado dia 21 de Junho, já excedia 122 vezes os limites permitidos na lei, chegando-se ao ponto dos coliformes fecais, na zona do Freixo, ultrapassarem a fasquia da dezena de milhão, quando o recomendado para zonas para banhos não excede o valor de 1000/ml e para contacto directo 2000/ml. Tomar banho em semelhante caldo de cultura bacteriológica é candidatura certa a conta calada em dermatologista, isto se levarmos óculo de protecção e tivermos a capacidade de não engolir nenhuma, pois aí o caso será com certeza muito mais grave.
Mas não é só na zona do Freixo, na zona da Cantareira em Maio do corrente ano, segundo o JN, o valor era 552 superior e na Ribeira 456 vezes... daí até agora as condições pioraram, e nada se vê fazer no sentido de uma melhoria a curto/médio prazo.
E que fazem as Câmaras do Porto, Gaia, Gondomar e por aí fora? Licenciam apenas os prédios que estão conectados à rede de saneamento, ou olham para o lado e vão pactuando com habilidades que levam a que as águas acabem por ir parar a ribeiras e linhas de água que desaguam no Douro, ou timidamente avançam com propostas para quem se voluntarie a ligar-se comparticipando com mais alguns cobres do erário municipal, quando deveria o município atempadamente colocar os colectores nas zonas onde aprova a construcção, ou abster-se de licenciar se não encontrar alternativa à criação de mais poluição.
Parece-me bem, que as atitudes que tem destruído e continuarão a destruir um rio que teima em não morrer, mal-grado os actos de vandalismo que lhe caem em cima diariamente e a que, impotente, não se pode furtar, terminem de vez, sob pena de perdermos algo que não mais poderemos substituir.
Terão os candidatos à Câmara do Porto alguma proposta para nós ouvirmos?
Duvido... mas certamente irei perguntar.
Cumprimentos
Teófilo M.
Muito se tem falado sobre a poluição que o aflige, mas parece que ninguém está/estará interessado na sua recuperação, pois não faz parte dos discursos eleitorais, não há associações ambientais a organizar 'manifs' a favor da sua limpeza, e, tirando os turistas, poucos utilizam as suas águas para diversão nos seus tempos livres, tirando uma meia-dúzia de inveterados pescadores, que teimam em pôr a minhoca de molho, na esperança de fisgarem alguma coisa para dar ao gato, pois comê-la, será acto de coragem que há muito anda arredada destas paragens, salvo alguns fogachos esporádicos, como agora no Bolhão, mas a que o grosso da população, cansada, ou preocupada com as férias, não ligou muita importância.
Nos idos de sessenta, faziam-se excursões pelo rio acima, em barcos ingleses de recreio, pertença do Fluvial Portuense e do Sport Club, com paragem obrigatória nos areinhos para uns mergulhos e 'trincar' qualquer coisa; pescava-se o bom sável que era comprado pelos portuenses, dado o seu preço convidativo, à saída dos saveiros, ali na zona da Arrábida e em frente, na Afurada; aprendia-se a nadar nas desaparecidas praias fluviais do Borras e do Aurélia, junto ao Sr. D'Álem a ver passar os rabelos, valboeiros, rabões brancos e negros, caíques, lanchas e outros barcos desportivos que davam vida ao verde profundo estival daquelas águas.
E agora?
O rio mudou de cor, enegreceu, acastanhou-se, com estranhos objectos (abjectos), que flutuam um pouco por todo o lado, inchado de taínhas que se criam na babugem e deserto de barbos, trutas, sáveis, lampreias e escalos, que faziam a delícia de muitos, e eram mercadoria ganha-pão de outros.
Dizem-nos que a actual seca poderá agravar a sua contaminação. Que no passado dia 21 de Junho, já excedia 122 vezes os limites permitidos na lei, chegando-se ao ponto dos coliformes fecais, na zona do Freixo, ultrapassarem a fasquia da dezena de milhão, quando o recomendado para zonas para banhos não excede o valor de 1000/ml e para contacto directo 2000/ml. Tomar banho em semelhante caldo de cultura bacteriológica é candidatura certa a conta calada em dermatologista, isto se levarmos óculo de protecção e tivermos a capacidade de não engolir nenhuma, pois aí o caso será com certeza muito mais grave.
Mas não é só na zona do Freixo, na zona da Cantareira em Maio do corrente ano, segundo o JN, o valor era 552 superior e na Ribeira 456 vezes... daí até agora as condições pioraram, e nada se vê fazer no sentido de uma melhoria a curto/médio prazo.
E que fazem as Câmaras do Porto, Gaia, Gondomar e por aí fora? Licenciam apenas os prédios que estão conectados à rede de saneamento, ou olham para o lado e vão pactuando com habilidades que levam a que as águas acabem por ir parar a ribeiras e linhas de água que desaguam no Douro, ou timidamente avançam com propostas para quem se voluntarie a ligar-se comparticipando com mais alguns cobres do erário municipal, quando deveria o município atempadamente colocar os colectores nas zonas onde aprova a construcção, ou abster-se de licenciar se não encontrar alternativa à criação de mais poluição.
Parece-me bem, que as atitudes que tem destruído e continuarão a destruir um rio que teima em não morrer, mal-grado os actos de vandalismo que lhe caem em cima diariamente e a que, impotente, não se pode furtar, terminem de vez, sob pena de perdermos algo que não mais poderemos substituir.
Terão os candidatos à Câmara do Porto alguma proposta para nós ouvirmos?
Duvido... mas certamente irei perguntar.
Cumprimentos
Teófilo M.
De: António Sousa Pereira - "Vamos salvar..."
"... O Comércio do Porto"
ACORDEM, PORTUENSES
ACORDEM, GENTES DO NORTE
Estamos todos a assistir ao assassinato, às mãos dos espanhóis, do "O Comércio do Porto" que, com 151 anos é o jornal mais antigo do Continente.
Nas suas páginas se tem escrito parte importante da História da Cidade do Porto, do Norte e, até, do País.
Não nos limitemos a lamentar a perda.
Não pactuemos com o cinismo vesgo e provinciano do Presidente da Câmara Municipal do Porto que admite "que se trata de um dos títulos mais prestigiados da Invicta" e, ao mesmo tempo, (qual Miguel de Vasconcelos), pactuando com os espanhóis, proprietários do jornal, critica "as opções editoriais seguidas, com uma forte partidarização e alguma tendência para o sensacionalismo no noticiário político".
O Dr. Rui Rio, acolitado por um antigo director do jornal, Sr. Manuel Teixeira, sabe bem da sua parte de responsabilidade na suspensão de "O Comércio do Porto".
Sigamos, antes, o caminho apontado pelas palavras da Drª Iva Delgado (filha do General Humberto Delgado que, também, foi colaborador do "O Comércio do Porto") que, sobre a suspensão da publicação do jornal, afirma: "Devia haver um grande movimento de solidariedade. O Comércio do Porto é uma espécie de honra da consciência nacional".
Sejamos capazes de, por todos os meios ao nosso alcance, fazer ouvir o nosso protesto e apelar ao sentido empreendedor dos Portuenses e dos Nortenhos para que este jornal volte a aparecer nas bancas, ainda mais pujante, como resposta ao mercantilismo de um grupo espanhol que, desprezando 150 anos de parte da História de Portugal, viu no lucro a única razão para a sua presença em Portugal.
Fomos capazes de salvar o Coliseu !
Salvemos o "O Comércio do Porto" !
Estamos todos a ser testemunhas deste assassinato. Não sejamos cúmplices !
António Sousa Pereira
ex-deputado à Assembleia da República
ACORDEM, PORTUENSES
ACORDEM, GENTES DO NORTE
Estamos todos a assistir ao assassinato, às mãos dos espanhóis, do "O Comércio do Porto" que, com 151 anos é o jornal mais antigo do Continente.
Nas suas páginas se tem escrito parte importante da História da Cidade do Porto, do Norte e, até, do País.
Não nos limitemos a lamentar a perda.
Não pactuemos com o cinismo vesgo e provinciano do Presidente da Câmara Municipal do Porto que admite "que se trata de um dos títulos mais prestigiados da Invicta" e, ao mesmo tempo, (qual Miguel de Vasconcelos), pactuando com os espanhóis, proprietários do jornal, critica "as opções editoriais seguidas, com uma forte partidarização e alguma tendência para o sensacionalismo no noticiário político".
O Dr. Rui Rio, acolitado por um antigo director do jornal, Sr. Manuel Teixeira, sabe bem da sua parte de responsabilidade na suspensão de "O Comércio do Porto".
Sigamos, antes, o caminho apontado pelas palavras da Drª Iva Delgado (filha do General Humberto Delgado que, também, foi colaborador do "O Comércio do Porto") que, sobre a suspensão da publicação do jornal, afirma: "Devia haver um grande movimento de solidariedade. O Comércio do Porto é uma espécie de honra da consciência nacional".
Sejamos capazes de, por todos os meios ao nosso alcance, fazer ouvir o nosso protesto e apelar ao sentido empreendedor dos Portuenses e dos Nortenhos para que este jornal volte a aparecer nas bancas, ainda mais pujante, como resposta ao mercantilismo de um grupo espanhol que, desprezando 150 anos de parte da História de Portugal, viu no lucro a única razão para a sua presença em Portugal.
Fomos capazes de salvar o Coliseu !
Salvemos o "O Comércio do Porto" !
Estamos todos a ser testemunhas deste assassinato. Não sejamos cúmplices !
António Sousa Pereira
ex-deputado à Assembleia da República
De: TAF - "Micro-causas"
Pelo carácter exemplar da iniciativa de Pacheco Pereira e pelo impacto que a tolice da OTA teria no Porto, apoio naturalmente esta campanha:
Também n'A Baixa do Porto, por inúmeras vezes, se tem insistido na importância (e no dever) de se disponibilizar para consulta pública este tipo de estudos. Por exemplo aqui, aqui e aqui. Não faltam exemplos de defesa de uma política "open source"...
«MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»
Também n'A Baixa do Porto, por inúmeras vezes, se tem insistido na importância (e no dever) de se disponibilizar para consulta pública este tipo de estudos. Por exemplo aqui, aqui e aqui. Não faltam exemplos de defesa de uma política "open source"...
De: David Afonso - "Rui Rio: O Anti-Midas"
Ao contrário do lendário Rei Midas, que transformava em ouro tudo em que tocava, Rui Rio parece ter o misterioso condão de transformar em problema tudo em que toca. Túnel de Ceuta, Avenida dos Aliados, El Corte Inglès, Metro na Boavista e agora Mercado do Bolhão. Há ainda quem gabe a coragem política do Presidente da Câmara ao afrontar desta maneira os comerciantes do Bolhão. Eu, pela minha parte, não confundo coragem com inconsciência. Existem óbvias condicionantes de segurança que representam um perigo para os próprios comerciantes e clientes, às quais a autarquia enquanto proprietária e entidade responsável não poderia ficar indiferente. O que ninguém consegue compreender é esta forma abrupta e prepotente de abordar o problema! Ninguém compreende como é que a Câmara deixou o imóvel se degradar daquela maneira, sem fazer as obras de manutenção a que a lei obriga, e vem agora exigir que os comerciantes libertem o espaço em tempo recorde. Para piorar a situação Rui Rio em vez de acalmar as pessoas, resolve, qual Nero, atiçar ainda mais o fogo: comete a imprudência de declarar que nem todos os comerciantes vão poder voltar ao Bolhão depois das obras e, à socapa, durante a noite, interdita parte do Mercado! O resultado só poderia ser a revolta.
Para aqueles que dizem que o Bolhão morreu e que no seu lugar devia nascer uma espécie de centro comercial, ou um mercado snob e de recuerdos para turista ver e comprar, talvez fosse bom visitarem a um Sábado, pelo menos uma vez na vida, o mercado. Eu, apesar de morar mais perto do Bom Sucesso, prefiro apanhar o metro para o Bolhão, onde compro fruta e legumes que não consigo encontrar nas grandes superfícies, aproveito para me abastecer de várias variedades de azeitonas e de ervas aromáticas e, às vezes, quando vale a pena, compro algum peixe. Aproveito ainda para fazer algumas compras de mercearia fina nas mercearias que situam por ali à volta. Depois é só apanhar o metro de volta a casa. É claro que o Bolhão está decadente, é claro que tem problemas de higiene e de acondicionamento dos produtos, é claro que tem espaços desocupados, mas não morreu ainda! Todas as cidades europeias que conheço têm mercados de frescos: são mais arrumados, mais acolhedores, com oferta mais variada que o Bolhão, mas não tão bonitos e animados como o Bolhão. Há muito a melhorar: trazer mais comerciantes, variar ainda mais a oferta (uma loja de vinho era, de facto, excelente ideia, tal como outra de produtos africanos, ucranianos e outros, e claro, produtos biológicos), adaptar os horários às actuais exigências. E tudo isto é compatível com a manutenção dos actuais comerciantes, que merecem todo o nosso respeito e solidariedade.
(Pode consultar este post com fotos da manifestação de 28 de Julho no http://odoloeventual.blogspot.com: aqui e aqui.)
David Afonso
attalaia@gmail.com
Para aqueles que dizem que o Bolhão morreu e que no seu lugar devia nascer uma espécie de centro comercial, ou um mercado snob e de recuerdos para turista ver e comprar, talvez fosse bom visitarem a um Sábado, pelo menos uma vez na vida, o mercado. Eu, apesar de morar mais perto do Bom Sucesso, prefiro apanhar o metro para o Bolhão, onde compro fruta e legumes que não consigo encontrar nas grandes superfícies, aproveito para me abastecer de várias variedades de azeitonas e de ervas aromáticas e, às vezes, quando vale a pena, compro algum peixe. Aproveito ainda para fazer algumas compras de mercearia fina nas mercearias que situam por ali à volta. Depois é só apanhar o metro de volta a casa. É claro que o Bolhão está decadente, é claro que tem problemas de higiene e de acondicionamento dos produtos, é claro que tem espaços desocupados, mas não morreu ainda! Todas as cidades europeias que conheço têm mercados de frescos: são mais arrumados, mais acolhedores, com oferta mais variada que o Bolhão, mas não tão bonitos e animados como o Bolhão. Há muito a melhorar: trazer mais comerciantes, variar ainda mais a oferta (uma loja de vinho era, de facto, excelente ideia, tal como outra de produtos africanos, ucranianos e outros, e claro, produtos biológicos), adaptar os horários às actuais exigências. E tudo isto é compatível com a manutenção dos actuais comerciantes, que merecem todo o nosso respeito e solidariedade.
(Pode consultar este post com fotos da manifestação de 28 de Julho no http://odoloeventual.blogspot.com: aqui e aqui.)
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: Paulo Alves - "Candidatura à Câmara do Porto"
COMUNICADO À IMPRENSA
No dia 29 de Julho de 2005, na Sede Nacional do Partido da Nova Democracia, no Porto, reuniram as delegações do Partido da Nova Democracia - PND e do Partido Popular Monarquico - PPM, e decidiram a constituição de uma coligação eleitoral com a apresentação de listas conjuntas à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal do Porto.
Mais ainda, acordaram que o Cabeça de Lista da coligação à Câmara Municipal do Porto será o Dr. João de Almeida Garrett.
Asssinaram o documento,
Pelo Partido da Nova Democracia:
João de Almeida Garrett ( Vice-Presidente da Direcção)
Nuno Montenegro ( Vice-Presidente da Direcção)
Raul Lopes ( Vice-Presidente do Conselho Fiscal)
Pelo Partido Popular Monárquico:
Paulo Correia Alves ( Presidente do Conselho Nacional)
Luis Correia de Sá ( Membro do Conselho Nacional)
José Amadeu Carvalho ( Membro do Conselho Nacional)
No dia 29 de Julho de 2005, na Sede Nacional do Partido da Nova Democracia, no Porto, reuniram as delegações do Partido da Nova Democracia - PND e do Partido Popular Monarquico - PPM, e decidiram a constituição de uma coligação eleitoral com a apresentação de listas conjuntas à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal do Porto.
Mais ainda, acordaram que o Cabeça de Lista da coligação à Câmara Municipal do Porto será o Dr. João de Almeida Garrett.
Asssinaram o documento,
Pelo Partido da Nova Democracia:
João de Almeida Garrett ( Vice-Presidente da Direcção)
Nuno Montenegro ( Vice-Presidente da Direcção)
Raul Lopes ( Vice-Presidente do Conselho Fiscal)
Pelo Partido Popular Monárquico:
Paulo Correia Alves ( Presidente do Conselho Nacional)
Luis Correia de Sá ( Membro do Conselho Nacional)
José Amadeu Carvalho ( Membro do Conselho Nacional)
De: TAF - "2005/07/30"
2005/07/29
De: TAF - "Alguns apontadores"
- Imprensa: O ponto final
- "A Capital" e "O Comércio do Porto" já não saem amanhã - Esta informação está errada pelo menos quanto ao Comércio, que amanhã ainda vai ser publicado.
- A Folha Cultural reivindica propriedade de "O Comércio do Porto"
- Últimas edições de A Capital e O Comércio do Porto
- Sindicato dos Jornalistas acusa Prensa Ibérica de "irresponsabilidade"
- Invicta TV acusa Prensa Ibérica de violar acordo para venda de “O Comércio do Porto”
- Túnel de Ceuta: Rui Rio admite enviar nova proposta à ministra da Cultura
- Porto: Meio túnel já aberto ao trânsito
- Inaugurado 1º troço do Túnel de Ceuta
- "A Capital" e "O Comércio do Porto" já não saem amanhã - Esta informação está errada pelo menos quanto ao Comércio, que amanhã ainda vai ser publicado.
- A Folha Cultural reivindica propriedade de "O Comércio do Porto"
- Últimas edições de A Capital e O Comércio do Porto
- Sindicato dos Jornalistas acusa Prensa Ibérica de "irresponsabilidade"
- Invicta TV acusa Prensa Ibérica de violar acordo para venda de “O Comércio do Porto”
- Túnel de Ceuta: Rui Rio admite enviar nova proposta à ministra da Cultura
- Porto: Meio túnel já aberto ao trânsito
- Inaugurado 1º troço do Túnel de Ceuta
De: Paulo Espinha - "O Comércio do Porto"
O direito de propriedade e o direito que assiste a cada um de gerir o seu património legitimam a decisão. O dever de responsabilidade para com a equipa que confiava na alta direcção obriga ao respeito de muitos outros direitos. Logo, antes de mais, um empate.
Independentemente disso, estamos a assistir a um acto de desistência.
Cabe agora à equipa, agora que outros desistiram, reagir.
A EQUIPA VAI DESISTIR TAMBÉM? OU VAI REAGIR? VAI UM MBO?
DE QUE MODO PODEMOS AJUDAR?
Independentemente disso, estamos a assistir a um acto de desistência.
Cabe agora à equipa, agora que outros desistiram, reagir.
A EQUIPA VAI DESISTIR TAMBÉM? OU VAI REAGIR? VAI UM MBO?
DE QUE MODO PODEMOS AJUDAR?
De: Teófilo M. - "Os jornais do Porto"
Hoje em dia, é moda, quando qualquer coisa dá para o torto, verterem-se as habituais lágrimas de crocodilo sobre a desgraça que ali vai, mas não parece existir alguém com vontade de atalhar caminho para a impedir!
O TAF já nos deu algumas pistas, em esclarecedor 'post' escrito em 26 de Julho, que eu subscrevo na íntegra, e que toca num ponto fundamental... é necessária mudança!
O Comércio terá de sair do seu cantinho habitual e explorar novas áreas, sair de casa, ir até mais longe, dar notícias de outras regiões nortenhas, que o façam apetecível para as populações locais, onde certamente arranjará clientela.
Informar do que aconteceu ou irá acontecer nas áreas das artes e espectáculo, atrever-se a entrar na ciência, na educação, na economia; fomentar a discussão de temas que se afastem do enjoativo atoleiro do diz-que-diz político e tentar o jornalismo de investigação; abraçar causas importantes como, por exemplo, a despoluição do Douro, a mobilidade na cidade, a saúde no Norte do País; ousar questionar os ditos 'amantes' da cidade e saber o que têm feito por ela, estou por exemplo a lembrar-me do Santos Silva, do Miguel Veiga, do Pacheco Pereira, do Rui Sá, do José Lello, do Belmiro de Azevedo e tantos outros que gostam de puxar dos galões para dizer que tanto amam este Porto, mas que mais me parece servirem-se dele para os seus intentos pessoais.
Lançar concursos, que levem a população a cultivar-se e dando-lhes a ganhar prémios, que seriam oferecidos pelos que agora lamentam o seu encerramento, e que têm possibilidades financeiras de o evitar; criar parcerias com os comerciantes que fariam descontos nos seus produtos contra a entrega de uma vinheta a colocar no jornal, criando assim um meio em que os comerciantes e jornal se ajudassem entre si; explorar outras áreas desportivas, que não se fiquem pelo futebol ou o ciclismo em época de volta à França ou a Portugal, criando assim nichos de leitores e publicitando modalidades que agonizam por falta de divulgação; chamar a atenção da pequenada quer com jogos, quer com concursos que podem envolver escolas e/ou regiões, não desprezando as opiniões sobre computação e jogos que eles tanto gostam.
O jornal, para além dos seus editoriais, deverá deixar de ser mais um debitador de notícias e transformar-se num motor de desenvolvimento. Não faltará gente de qualidade que queira escrever sem necessidade de remuneração, pois pretenderá fazer passar a sua mensagem ou angariar entusiastas para a sua causa, ou apenas emitir a sua opinião sobre assuntos que nos passam ao lado por falta de uma boa cobertura informativa.
Se conseguirem apresentar um plano válido à cidade e ao Norte, não optando por soluções que passem por um jornalismo especulativo e brejeiro, talvez alguma coisa se arranje, senão será apenas mais um encerramento a que outros seguirão, pois a asfixia não fica por aqui.
Cumprimentos
Teófilo M.
--
Nota de TAF: Dizem-me do Comércio que amanhã ainda sai o jornal, mas a partir daí fica suspenso.
O TAF já nos deu algumas pistas, em esclarecedor 'post' escrito em 26 de Julho, que eu subscrevo na íntegra, e que toca num ponto fundamental... é necessária mudança!
O Comércio terá de sair do seu cantinho habitual e explorar novas áreas, sair de casa, ir até mais longe, dar notícias de outras regiões nortenhas, que o façam apetecível para as populações locais, onde certamente arranjará clientela.
Informar do que aconteceu ou irá acontecer nas áreas das artes e espectáculo, atrever-se a entrar na ciência, na educação, na economia; fomentar a discussão de temas que se afastem do enjoativo atoleiro do diz-que-diz político e tentar o jornalismo de investigação; abraçar causas importantes como, por exemplo, a despoluição do Douro, a mobilidade na cidade, a saúde no Norte do País; ousar questionar os ditos 'amantes' da cidade e saber o que têm feito por ela, estou por exemplo a lembrar-me do Santos Silva, do Miguel Veiga, do Pacheco Pereira, do Rui Sá, do José Lello, do Belmiro de Azevedo e tantos outros que gostam de puxar dos galões para dizer que tanto amam este Porto, mas que mais me parece servirem-se dele para os seus intentos pessoais.
Lançar concursos, que levem a população a cultivar-se e dando-lhes a ganhar prémios, que seriam oferecidos pelos que agora lamentam o seu encerramento, e que têm possibilidades financeiras de o evitar; criar parcerias com os comerciantes que fariam descontos nos seus produtos contra a entrega de uma vinheta a colocar no jornal, criando assim um meio em que os comerciantes e jornal se ajudassem entre si; explorar outras áreas desportivas, que não se fiquem pelo futebol ou o ciclismo em época de volta à França ou a Portugal, criando assim nichos de leitores e publicitando modalidades que agonizam por falta de divulgação; chamar a atenção da pequenada quer com jogos, quer com concursos que podem envolver escolas e/ou regiões, não desprezando as opiniões sobre computação e jogos que eles tanto gostam.
O jornal, para além dos seus editoriais, deverá deixar de ser mais um debitador de notícias e transformar-se num motor de desenvolvimento. Não faltará gente de qualidade que queira escrever sem necessidade de remuneração, pois pretenderá fazer passar a sua mensagem ou angariar entusiastas para a sua causa, ou apenas emitir a sua opinião sobre assuntos que nos passam ao lado por falta de uma boa cobertura informativa.
Se conseguirem apresentar um plano válido à cidade e ao Norte, não optando por soluções que passem por um jornalismo especulativo e brejeiro, talvez alguma coisa se arranje, senão será apenas mais um encerramento a que outros seguirão, pois a asfixia não fica por aqui.
Cumprimentos
Teófilo M.
--
Nota de TAF: Dizem-me do Comércio que amanhã ainda sai o jornal, mas a partir daí fica suspenso.
De: João C. Costa - "Há dias assim..."
Acabei de saber que hoje foi a última edição d'O Comércio do Porto!
Há dias assim...
Como cidadão do Porto tenho no mesmo dia duas notícias que me entristeceram mais do que me revoltaram...
O mercado do Bolhão e O Comércio do Porto.
Confesso que me vieram as lágrimas aos olhos ao ver a tristeza dos olhos inchados das vendedoras do Bolhão...
Custa-me a mim, bastante... e a elas?
Porque é que têm de passar por isto?
Será assim tão difícil procurar soluções e dialogar com os cidadãos da cidade de forma pacífica?
Parece-me que tal como aconteceu aquando da tentativa de compra do Coliseu do Porto pela IURD, o coração manda que nos reunamos mais uma vez para defender o que é nosso, mostrando que os tripeiros com toda a honra que daí advém e que são bairristas levados ao extremo, nestas questões conseguem defender-se espontaneamente guardando e triunfando no que é seu.
O Comércio do Porto que eu leio diariamente e onde alguns posts deste blog são publicados, teve hoje a sua última edição segundo comunicado da Administração.
Dói-me pelos amigos que lá tenho e por situações semelhantes por que passaram noutros orgãos de Comunicação Social.
Triste porque amanhã não vai lá estar a edição de sábado... há dois anos aconteceu-me o mesmo com a "Grande Reportagem" ...
Custa-me pelo peso da própria instituição.
Há mesmo dias complicados ...
João C. Costa
Há dias assim...
Como cidadão do Porto tenho no mesmo dia duas notícias que me entristeceram mais do que me revoltaram...
O mercado do Bolhão e O Comércio do Porto.
Confesso que me vieram as lágrimas aos olhos ao ver a tristeza dos olhos inchados das vendedoras do Bolhão...
Custa-me a mim, bastante... e a elas?
Porque é que têm de passar por isto?
Será assim tão difícil procurar soluções e dialogar com os cidadãos da cidade de forma pacífica?
Parece-me que tal como aconteceu aquando da tentativa de compra do Coliseu do Porto pela IURD, o coração manda que nos reunamos mais uma vez para defender o que é nosso, mostrando que os tripeiros com toda a honra que daí advém e que são bairristas levados ao extremo, nestas questões conseguem defender-se espontaneamente guardando e triunfando no que é seu.
O Comércio do Porto que eu leio diariamente e onde alguns posts deste blog são publicados, teve hoje a sua última edição segundo comunicado da Administração.
Dói-me pelos amigos que lá tenho e por situações semelhantes por que passaram noutros orgãos de Comunicação Social.
Triste porque amanhã não vai lá estar a edição de sábado... há dois anos aconteceu-me o mesmo com a "Grande Reportagem" ...
Custa-me pelo peso da própria instituição.
Há mesmo dias complicados ...
João C. Costa
De: TAF - "O debate de ontem"
Fui ontem assistir ao debate sobre reabilitação urbana promovido pela candidatura de Rui Rio. Algumas notas muito sucintas, sem serem um resumo do que lá se passou. O FRA, que também foi um dos oradores, poderá eventualmente completar alguma coisa mais importante de que eu me tenha esquecido.
1) Muito pouco público, como resultado de uma divulgação prévia quase “confidencial” do evento (tanto quanto me apercebi). Tenho pena que nestas ocasiões não apareça também a “concorrência”, como deveriam também ter estado simpatizantes de Rui Rio nos debates anteriores promovidos por Francisco Assis. Falta cultura democrática.
2) Continuo sem perceber a aposta no “Parque de Inovação” previsto para a zona do Campo 24 de Agosto. Para mim, o verdadeiro Parque de Inovação é a Baixa toda. Não se vê ainda uma real coordenação de esforços com a iniciativa semelhante anunciada pela Universidade do Porto para a Asprela. Parece que há intenções de compatibilizar projectos, mas está ainda tudo numa fase muito “platónica”.
3) Foi referida com oportunidade por uma pessoa da assistência a conveniência de ser fomentada a indústria (não poluente) na Baixa, retomando uma velha tradição portuense. Devia ser dada mais atenção a esta ideia.
4) Tão cedo não vai haver “gestores de área urbana”. Péssima notícia. Segundo Joaquim Branco, é a própria SRU que vai assumir por agora essa função de gestão do espaço urbano, coordenando esforços de entidades externas que possam ter intervenção. Não se percebe. De que é que a SRU/autarquia tem medo?
PS: Já agora, quanto ao ponto 3) - Um uso provavelmente mais útil da estação de Metro dos Aliados seria para abastecimento ferroviário (nocturno?) de mercadorias à Baixa, eventualmente concretizando também a ligação subterrânea ao Palácio dos Correios, que por sua vez poderia ser reconvertido para actividades comerciais.
1) Muito pouco público, como resultado de uma divulgação prévia quase “confidencial” do evento (tanto quanto me apercebi). Tenho pena que nestas ocasiões não apareça também a “concorrência”, como deveriam também ter estado simpatizantes de Rui Rio nos debates anteriores promovidos por Francisco Assis. Falta cultura democrática.
2) Continuo sem perceber a aposta no “Parque de Inovação” previsto para a zona do Campo 24 de Agosto. Para mim, o verdadeiro Parque de Inovação é a Baixa toda. Não se vê ainda uma real coordenação de esforços com a iniciativa semelhante anunciada pela Universidade do Porto para a Asprela. Parece que há intenções de compatibilizar projectos, mas está ainda tudo numa fase muito “platónica”.
3) Foi referida com oportunidade por uma pessoa da assistência a conveniência de ser fomentada a indústria (não poluente) na Baixa, retomando uma velha tradição portuense. Devia ser dada mais atenção a esta ideia.
4) Tão cedo não vai haver “gestores de área urbana”. Péssima notícia. Segundo Joaquim Branco, é a própria SRU que vai assumir por agora essa função de gestão do espaço urbano, coordenando esforços de entidades externas que possam ter intervenção. Não se percebe. De que é que a SRU/autarquia tem medo?
- A SRU não tem gente suficiente (nem competente, julgo eu) para isso. Se já agora se nota falta de recursos com poucos quarteirões, como é que se vai ganhar escala?
- Este tipo de actividade só tem eficácia quando os gestores (indivíduos ou empresas) são remunerados em função dos resultados. Era preciso estabelecer um conjunto de metas, com regras claras de actuação, e firmar um contrato com os interessados em gerir uma determinada área da cidade. E fazer disso um bom negócio, se trabalharem bem. À SRU caberia fiscalizar o cumprimento dos objectivos.
PS: Já agora, quanto ao ponto 3) - Um uso provavelmente mais útil da estação de Metro dos Aliados seria para abastecimento ferroviário (nocturno?) de mercadorias à Baixa, eventualmente concretizando também a ligação subterrânea ao Palácio dos Correios, que por sua vez poderia ser reconvertido para actividades comerciais.
De: TAF - "A crise d'O Comércio do Porto"
- "Forças nortenhas defendem manutenção do Comércio"
Também me parece negativo que o Comércio eventualmente feche ou, pior, se transforme num jornal sem qualquer interesse. Mas suspeito serem "lágrimas de crocodilo" as manifestações de pesar e indignação que apareceram nos últimos dias, com origem muitas delas em pessoas que certamente não compram o jornal...
O que falta nos portuenses é normalmente organização e trabalho em rede. Por isso fica aqui o desafio a essas "forças nortenhas" que se manifestaram: escrevam aqui no blog, ou se preferirem informem-me particularmente por email, aquilo em que poderiam ajudar o jornal. Coisas concretas e sustentáveis. Ou tudo isto não passa de conversa de café?
Também me parece negativo que o Comércio eventualmente feche ou, pior, se transforme num jornal sem qualquer interesse. Mas suspeito serem "lágrimas de crocodilo" as manifestações de pesar e indignação que apareceram nos últimos dias, com origem muitas delas em pessoas que certamente não compram o jornal...
O que falta nos portuenses é normalmente organização e trabalho em rede. Por isso fica aqui o desafio a essas "forças nortenhas" que se manifestaram: escrevam aqui no blog, ou se preferirem informem-me particularmente por email, aquilo em que poderiam ajudar o jornal. Coisas concretas e sustentáveis. Ou tudo isto não passa de conversa de café?
2005/07/28
De: João Lemos - "Um Bolhão sem Tempo..."
Com a presença de um Bolhão envelhecido, cheio de bengalas a suportar a sua actual indignidade, resta-nos agir de uma forma rápida, eficiente e com grande profundidade para o futuro do Mercado. O que se tem publicado revela a existência de um projecto elogiado pelas diversas forças da cidade, bem como aprovado pelo IPPAR. O projecto do autor Joaquim Massena, não só revela uma reabilitação do Mercado como a sua modernização. É necessário manter o Mercado Tradicional.
A Câmara Municipal do Porto, faz-se camuflar na SRU para fazer um possível concurso para um projecto fantasma, que ninguém sabe as concretas direcções, um concurso que a Câmara quer lançar, para um projecto que de certo, se vai realizar sem tempo de amadurecimento, com muitos encargos para todos nós e nas mãos de investidores públicos e privados, arriscamo-nos a ter um Centro Comercial, sem características. Foi gasto muito dinheiro no projecto já realizado e pago, é preciso esquecer guerras partidárias e avançar com o projecto já feito.
Com todas estas contra-partidas do Dr. Rui Rio, em relação ao football Clube do Porto, com o Túnel de Ceuta e agora com o Mercado do Bolhão, este senhor só pode pretender a destruição da Identidade do Porto.
A Câmara Municipal do Porto, faz-se camuflar na SRU para fazer um possível concurso para um projecto fantasma, que ninguém sabe as concretas direcções, um concurso que a Câmara quer lançar, para um projecto que de certo, se vai realizar sem tempo de amadurecimento, com muitos encargos para todos nós e nas mãos de investidores públicos e privados, arriscamo-nos a ter um Centro Comercial, sem características. Foi gasto muito dinheiro no projecto já realizado e pago, é preciso esquecer guerras partidárias e avançar com o projecto já feito.
Com todas estas contra-partidas do Dr. Rui Rio, em relação ao football Clube do Porto, com o Túnel de Ceuta e agora com o Mercado do Bolhão, este senhor só pode pretender a destruição da Identidade do Porto.
De: TAF - "Debate"
Enquanto não faço a revista de imprensa de hoje fica aqui apenas o apontador para a notícia sobre um debate logo à noite, às 21:15:
- Joaquim Branco debate reabilitação da Baixa
Tal como no caso da candidatura de Francisco Assis, vou tentar arranjar tempo para assistir também às iniciativas deste tipo promovidas por Rui Rio. É impressão minha, ou as candidaturas divulgam muito mal estes eventos?
- Joaquim Branco debate reabilitação da Baixa
Tal como no caso da candidatura de Francisco Assis, vou tentar arranjar tempo para assistir também às iniciativas deste tipo promovidas por Rui Rio. É impressão minha, ou as candidaturas divulgam muito mal estes eventos?
De: Manuela DL Ramos - "Entregue à bicharada"
Post no blogue Aliados.
«Enquanto que na parte superior da plataforma ajardinada da Avenida dos Aliados que ainda não foi destruída, dá gosto passar e até descansar nos seus bancos, mais em baixo, todo o espaço circundante de uma das estátuas mais emblemáticas do Porto, a Menina Nua de Henrique Moreira, está literalmente entregue à bicharada.
É confrangedor ver este espaço todo invadido e conspurcado por uma população de pombos completamente fora de controle. Sabendo o perigo para a saúde pública que estas aves em número assim elevado podem provocar, sentindo-me chocada e envergonhada pelo que tal espectáculo significa de desleixo e desrespeito pela cidade e pelos cidadãos, pergunto: quem são os responsáveis? Porque tardam em tomar medidas? Se é assim que tratam a chamada "sala de visitas" da cidade como cuidarão do resto?
Não são precisos projectos megalómanos para "chamar as pessoas" à Avenida! Comecem pelo asseio! Beleza já ela tem, e história! Só não tem quem cuide dela por mais que apregoem aos quatro ventos que a amam!»
Cordialmente
Manuela D.L.Ramos
«Enquanto que na parte superior da plataforma ajardinada da Avenida dos Aliados que ainda não foi destruída, dá gosto passar e até descansar nos seus bancos, mais em baixo, todo o espaço circundante de uma das estátuas mais emblemáticas do Porto, a Menina Nua de Henrique Moreira, está literalmente entregue à bicharada.
É confrangedor ver este espaço todo invadido e conspurcado por uma população de pombos completamente fora de controle. Sabendo o perigo para a saúde pública que estas aves em número assim elevado podem provocar, sentindo-me chocada e envergonhada pelo que tal espectáculo significa de desleixo e desrespeito pela cidade e pelos cidadãos, pergunto: quem são os responsáveis? Porque tardam em tomar medidas? Se é assim que tratam a chamada "sala de visitas" da cidade como cuidarão do resto?
Não são precisos projectos megalómanos para "chamar as pessoas" à Avenida! Comecem pelo asseio! Beleza já ela tem, e história! Só não tem quem cuide dela por mais que apregoem aos quatro ventos que a amam!»
Cordialmente
Manuela D.L.Ramos
2005/07/27
De: Paulo Espinha - "Ponte D. Maria..."
"... - A PONTE É, A PONTE ESTÁ!"
Caros Bloguistas
A Ponte é património nacional. E atenção que a Ponte pode não servir para mais nada que estar pura e simplesmente parada, quieta a fazer de cenário, de ex-libris. Coloca-se uma placa a contar a história da Ponte desde o ínicio da criação, quantos trabalhadores morreram na sua construção, uma réplica da assinaturas dos projectistas, quem decidiu a sua construção, quem pagou ou ajudou a pagar, quem foi expropriado, integração técnica e tecnológica, estética, etc... Não precisamos de contratar animação cultural para "revitalizar" a Ponte! Isto é, não precisamos de criar nenhuma função para justificar a sua conservação. A PONTE É! A PONTE ESTÁ!
Se se conseguir fazer alguma coisa para além da sua conservação obrigatória, tanto melhor. Que tal um circuito turístico com umas meninas de mini-saia a falar inglês e a servirem de guias à Ponte Profunda. Podemos inventar que aí se suicidou "Lucinda" a fresca, roliça e rosada lavandeira de Miragaia, por amor a Manel desaparecido em combate com as mulheres de cama incerta da Cantareira. Podemos sempre inventar a "pesca de altitude" com todos os pormenores técnicos daí decorrentes. Ou podemos, inventar um novo desporto radical - a fuga à locomotiva a vapor ao longo do comprimento da Ponte (tinha que ser dado um adianto à locomotiva relativamente ao desportista radical).
O problema é que neste país de tesos, junta-se o país de estúpidos e o país de querer fazer de nós estúpidos. AH, porque não há dinheiro, a sociedade civil não..., nem sai de cima, os outros também não saem de baixo, etc... BASTA! Não compete à Refer ou à CP a sua preservação para as gerações vindouras. Como empresas de transporte, existem para prestar um serviço. A Ponte tem hoje um valor nulo para esse efeito. A Ponte está hoje à venda por valor 0€. O estado, seja o governo central, sejam as autarquias, já devia ter tomado posse da Ponte. É ao estado que compete a sua conservação.
A outra alternativa é fazer o enterro da Ponte. Mas não da forma presente, por desleixo. Mas à grande. Grande implosão, num dia ao fim da tarde, seguida de grande fogo de artifício. "Aqui jazem os restos daquela que outrora se mostrou airosa e gaiteira num piscar de olhos permanente com o "Luís", o primeiro". Tudo acompanhado por grande sardinhada. Missa a encabeçar, pois Deus tem sempre uma palavra a dizer sobre as acções dos homens.
Resumindo. OU A PONTE É E A PONTE ESTÁ, COM DIGNIDADE! OU ENTÃO MATAMOS A PONTE, TAMBÉM COM DIGNIDADE! ESPEREMOS QUE OS RESPONSÁVEIS: O ESTADO, O GOVERNO E AS DUAS CÂMARAS MUNICIPAIS TENHAM DIGNIDADE!
Paulo Espinha
Caros Bloguistas
A Ponte é património nacional. E atenção que a Ponte pode não servir para mais nada que estar pura e simplesmente parada, quieta a fazer de cenário, de ex-libris. Coloca-se uma placa a contar a história da Ponte desde o ínicio da criação, quantos trabalhadores morreram na sua construção, uma réplica da assinaturas dos projectistas, quem decidiu a sua construção, quem pagou ou ajudou a pagar, quem foi expropriado, integração técnica e tecnológica, estética, etc... Não precisamos de contratar animação cultural para "revitalizar" a Ponte! Isto é, não precisamos de criar nenhuma função para justificar a sua conservação. A PONTE É! A PONTE ESTÁ!
Se se conseguir fazer alguma coisa para além da sua conservação obrigatória, tanto melhor. Que tal um circuito turístico com umas meninas de mini-saia a falar inglês e a servirem de guias à Ponte Profunda. Podemos inventar que aí se suicidou "Lucinda" a fresca, roliça e rosada lavandeira de Miragaia, por amor a Manel desaparecido em combate com as mulheres de cama incerta da Cantareira. Podemos sempre inventar a "pesca de altitude" com todos os pormenores técnicos daí decorrentes. Ou podemos, inventar um novo desporto radical - a fuga à locomotiva a vapor ao longo do comprimento da Ponte (tinha que ser dado um adianto à locomotiva relativamente ao desportista radical).
O problema é que neste país de tesos, junta-se o país de estúpidos e o país de querer fazer de nós estúpidos. AH, porque não há dinheiro, a sociedade civil não..., nem sai de cima, os outros também não saem de baixo, etc... BASTA! Não compete à Refer ou à CP a sua preservação para as gerações vindouras. Como empresas de transporte, existem para prestar um serviço. A Ponte tem hoje um valor nulo para esse efeito. A Ponte está hoje à venda por valor 0€. O estado, seja o governo central, sejam as autarquias, já devia ter tomado posse da Ponte. É ao estado que compete a sua conservação.
A outra alternativa é fazer o enterro da Ponte. Mas não da forma presente, por desleixo. Mas à grande. Grande implosão, num dia ao fim da tarde, seguida de grande fogo de artifício. "Aqui jazem os restos daquela que outrora se mostrou airosa e gaiteira num piscar de olhos permanente com o "Luís", o primeiro". Tudo acompanhado por grande sardinhada. Missa a encabeçar, pois Deus tem sempre uma palavra a dizer sobre as acções dos homens.
Resumindo. OU A PONTE É E A PONTE ESTÁ, COM DIGNIDADE! OU ENTÃO MATAMOS A PONTE, TAMBÉM COM DIGNIDADE! ESPEREMOS QUE OS RESPONSÁVEIS: O ESTADO, O GOVERNO E AS DUAS CÂMARAS MUNICIPAIS TENHAM DIGNIDADE!
Paulo Espinha
De: Teófilo M. - "Ponte de D. Maria"
Fala-se novamente desta degradada ponte, 'ex-libris' da cidade, e cuja manutenção os poderes públicos se entretêm a empurrar entre si, esperando que entretanto não caia, pois quando acontecer, não faltarão excursões de políticos ao local, com as estafadas declarações do costume, e com a fauna habitual de repórteres e comentadores, cada um a ver se supera o seguinte em bacoquice, com os seus raciocínios circulares, com lágrimas de crocodilo a puxar pelo sentimento do 'povão' sedento de dramas e de culpados sobre quem possam descarregar as suas frustrações existenciais.
Desta vez, veio à baila porque parece quererem fazer cá pelo burgo uma mini-cópia das 'docas' alfacinhas, e vai daí já arranjaram até um eléctrico (ou será comboio), que poderá vir a fazer um circuito turistíco englobando aquela ponte.
Dando de barato que as hipotéticas 'docas' funcionarão privilegiadamente a partir das 21H00, não vejo como é que o eléctrico (ou comboio) se poderá servir turisticamente da ponte D. Maria Pia, a não ser que se esteja a pensar em iluminar feéricamente as encostas do Douro, ou a criar jogos de água nocturnos que atraiam utentes para aquela passeata.
Gostaria mais de ver, a sociedade civil, a perguntar aos candidatos ao cadeirão presidencial da CMP, o que pensam fazer quanto a este património, e o que vão fazer para o reabilitar e rentabilizar, pois parece ser assunto de que fogem como gato escaldado, e que só aparece à baila em alturas de eleições, para depois passar para a pasta dos projectos a rever na véspera de eleições.
Cumprimentos
Teófilo M.
Desta vez, veio à baila porque parece quererem fazer cá pelo burgo uma mini-cópia das 'docas' alfacinhas, e vai daí já arranjaram até um eléctrico (ou será comboio), que poderá vir a fazer um circuito turistíco englobando aquela ponte.
Dando de barato que as hipotéticas 'docas' funcionarão privilegiadamente a partir das 21H00, não vejo como é que o eléctrico (ou comboio) se poderá servir turisticamente da ponte D. Maria Pia, a não ser que se esteja a pensar em iluminar feéricamente as encostas do Douro, ou a criar jogos de água nocturnos que atraiam utentes para aquela passeata.
Gostaria mais de ver, a sociedade civil, a perguntar aos candidatos ao cadeirão presidencial da CMP, o que pensam fazer quanto a este património, e o que vão fazer para o reabilitar e rentabilizar, pois parece ser assunto de que fogem como gato escaldado, e que só aparece à baila em alturas de eleições, para depois passar para a pasta dos projectos a rever na véspera de eleições.
Cumprimentos
Teófilo M.
De: Cristina Santos - "O Sr. António, ..."
"... os Espanhóis e o Comércio"
Como habitualmente, no Domingo passado fui ao quiosque do Sr. António para comprar informação escrita.
O Sr. António é o único que abre ao Domingo, desde há 26 anos atrás.
No seu quiosque há um pouco de tudo, desde brinquedos dos anos cinquenta, cobertos de pó, a um soalho que levanta nas pontas.
Costumo brincar com o Sr. António, pergunto-lhe sempre porque não contrata o Maradona, mas ele ainda não percebeu a piada.
Queixa-se sempre do frio, dos Governantes e antes que tenha tempo de escolher uma edição de uma Jornal qualquer, o Sr. António informa-me sempre dos temas mais relevantes, é que à hora de almoço ele já devorou toda a imprensa escrita.
Neste último Domingo o Sr. António indignado informou-me que o Comércio do Porto ia fechar.
Há uns meses atrás o Sr. António tinha-me dito que o Comércio tinha sido comprado pelos Espanhóis e que agora vendia muito mais que o Primeiro de Janeiro.
Por isso sugeri ao Sr. António que deixasse de ler os diários Lisboetas, que deveria ser com certeza um equívoco, afinal o Jornal vendia mais nos últimos tempos, era um diário da Região e restam muito poucos diários à Cidade do Porto, parecia-me um boato.
Mas o Senhor António insistia, que no Porto tudo se está a perder, que não há actores, nem produtores de novelas, que no Porto chega-se rico e morre-se pobre, pela falta de oportunidades, insistia que em Lisboa tudo era melhor, mais limpo, mais culto.
Até me disse que nas finanças em Lisboa os funcionários têm mais formação, e que portanto esclarecem melhor os empresários. Concluiu que se fechar o Comércio do Porto, em breve o Janeiro fecha também porque não tem forma de competir com a imprensa escrita que se faz na Capital - não há meios aqui que possam produzir notícias ou jornalismo – dizia – eu se tivesse este quiosque em Lisboa já estava rico. Aqui todos vivem num meio pequeno e limitado, vai a qualquer sítio leva logo com um monte de queixas e falta de vontade de trabalhar...
Como sempre defendi a Cidade, neguei a notícia, não me parecia que pudesse ser verdade que perdêssemos mais um meio de informação, de sedentarização - não acreditei e usei os Espanhóis como argumento.
Mas o Sr. António, que vai muito bem nos seus oitenta e tal anos, ficou ainda mais indignado, segundo ele os Espanhóis compram as empresas Portuguesas para as fechar logo a seguir, para ele é uma forma dos espanhóis eliminarem concorrência, não se justificava que em tão pouco tempo de investimento considerassem o Comércio falido, afinal o Janeiro vende muito menos.
Ainda estive para perguntar se o Sr. António vendia o Diario da Galiza, mas como não acreditei que se pudesse encerrar um dos últimos meios de informação Portuense, não disse mais nada e só ontem confirmei aqui no blog esta triste noticia.
Se assim for vou passar a concordar com o Sr. António, vou passar a ter uma má imagem do investimento espanhol no nosso Pais, se isto se confirmar - doravante empresário Português que se digne não cede à tentação de deixar que sejam os Espanhóis a encerrar as suas firmas, doravante e se as firmas vão más, então ficam em mãos Portuguesas e é por nossas mãos que deverão ser encerradas, é que agora e em mãos espanholas os possíveis apoios e negociações serão bem mais difíceis.
Não se pode deixar que o Porto perca mais um posto de informação sem pelo menos ganhar outro, chega de perder bons profissionais, ao contrário do Tiago acho que a Câmara do Porto e outras entidades deviam intervir, menos subsídios a colectividades de recreio falidas e um pequeno apoio à imprensa regional, afinal dependemos dela para fazer chegar a todos, a voz dos Portuenses. Os espanhóis deviam ser ameaçados, sim, deviam, a Câmara deveria dizer-lhes que assim a sua imagem comercial fica denegrida - um pouco de pressão podia resultar.
Cristina Santos
Como habitualmente, no Domingo passado fui ao quiosque do Sr. António para comprar informação escrita.
O Sr. António é o único que abre ao Domingo, desde há 26 anos atrás.
No seu quiosque há um pouco de tudo, desde brinquedos dos anos cinquenta, cobertos de pó, a um soalho que levanta nas pontas.
Costumo brincar com o Sr. António, pergunto-lhe sempre porque não contrata o Maradona, mas ele ainda não percebeu a piada.
Queixa-se sempre do frio, dos Governantes e antes que tenha tempo de escolher uma edição de uma Jornal qualquer, o Sr. António informa-me sempre dos temas mais relevantes, é que à hora de almoço ele já devorou toda a imprensa escrita.
Neste último Domingo o Sr. António indignado informou-me que o Comércio do Porto ia fechar.
Há uns meses atrás o Sr. António tinha-me dito que o Comércio tinha sido comprado pelos Espanhóis e que agora vendia muito mais que o Primeiro de Janeiro.
Por isso sugeri ao Sr. António que deixasse de ler os diários Lisboetas, que deveria ser com certeza um equívoco, afinal o Jornal vendia mais nos últimos tempos, era um diário da Região e restam muito poucos diários à Cidade do Porto, parecia-me um boato.
Mas o Senhor António insistia, que no Porto tudo se está a perder, que não há actores, nem produtores de novelas, que no Porto chega-se rico e morre-se pobre, pela falta de oportunidades, insistia que em Lisboa tudo era melhor, mais limpo, mais culto.
Até me disse que nas finanças em Lisboa os funcionários têm mais formação, e que portanto esclarecem melhor os empresários. Concluiu que se fechar o Comércio do Porto, em breve o Janeiro fecha também porque não tem forma de competir com a imprensa escrita que se faz na Capital - não há meios aqui que possam produzir notícias ou jornalismo – dizia – eu se tivesse este quiosque em Lisboa já estava rico. Aqui todos vivem num meio pequeno e limitado, vai a qualquer sítio leva logo com um monte de queixas e falta de vontade de trabalhar...
Como sempre defendi a Cidade, neguei a notícia, não me parecia que pudesse ser verdade que perdêssemos mais um meio de informação, de sedentarização - não acreditei e usei os Espanhóis como argumento.
Mas o Sr. António, que vai muito bem nos seus oitenta e tal anos, ficou ainda mais indignado, segundo ele os Espanhóis compram as empresas Portuguesas para as fechar logo a seguir, para ele é uma forma dos espanhóis eliminarem concorrência, não se justificava que em tão pouco tempo de investimento considerassem o Comércio falido, afinal o Janeiro vende muito menos.
Ainda estive para perguntar se o Sr. António vendia o Diario da Galiza, mas como não acreditei que se pudesse encerrar um dos últimos meios de informação Portuense, não disse mais nada e só ontem confirmei aqui no blog esta triste noticia.
Se assim for vou passar a concordar com o Sr. António, vou passar a ter uma má imagem do investimento espanhol no nosso Pais, se isto se confirmar - doravante empresário Português que se digne não cede à tentação de deixar que sejam os Espanhóis a encerrar as suas firmas, doravante e se as firmas vão más, então ficam em mãos Portuguesas e é por nossas mãos que deverão ser encerradas, é que agora e em mãos espanholas os possíveis apoios e negociações serão bem mais difíceis.
Não se pode deixar que o Porto perca mais um posto de informação sem pelo menos ganhar outro, chega de perder bons profissionais, ao contrário do Tiago acho que a Câmara do Porto e outras entidades deviam intervir, menos subsídios a colectividades de recreio falidas e um pequeno apoio à imprensa regional, afinal dependemos dela para fazer chegar a todos, a voz dos Portuenses. Os espanhóis deviam ser ameaçados, sim, deviam, a Câmara deveria dizer-lhes que assim a sua imagem comercial fica denegrida - um pouco de pressão podia resultar.
Cristina Santos
De: TAF - "Jornais da manhã"
- Ala sul do Bolhão interdita amanhã mas comerciantes recusam sair
- Obras no Bolhão por 15 dias
- Comerciantes do Bolhão aceitam "meter férias"
- Rio defende que privados não querem projecto
- O Parque Oriental
- Construir Parque Oriental custará 28 milhões de euros
- Parque Oriental custará pelo menos 65 milhões à Câmara
- Remate urbano do Parque da Cidade "está por resolver"
O nível a que as pessoas se deixam descer! Leiam-se os relatos da Assembleia Municipal e constate-se como ela precisa urgentemente de renovação para acabar com a vergonha do "debate" que lá existe:
- PS diz que Rui Rio "agravou falha" no negócio com a Adicais
- A Assembleia Municipal do Porto
- Aprovado pedido sobre Quinta do Covelo
- Requalificação na agenda da CDU
- Assis quer reconverter Bairro de S. João de Deus
- Assis acusa Rio de "insensibilidade" no caso do bairro S. João de Deus
- Metro chega no sábado ao Centro da Maia
- Relatório sobre explosão na Baixa só em Outubro
- Gestão pode comprar Comércio
- Empresa garante “Comércio” - Estranho, muito estranho, aguardam-se mais notícias...
- Câmara do Porto solidária com os trabalhadores do COMÉRCIO...
- ... E Bloco de Esquerda quer corrida às bancas pelo jornal - Isto é que é demagogia! Então o mesmo público que não compra normalmente o Comércio, e que por isso o colocou em dificuldades, vai agora ter um rebate de consciência apenas por um dia?!
- Imprensa: Dois jornais na expectativa - «o deputado do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes apelou para que sexta-feira se esgote o jornal "O Comércio do Porto", dando uma "lição de civismo" aos "investidores-predadores" que querem encerrar o matutino.» - Patético! Sobre isto eu já disse o que tinha a dizer.
- Obras no Bolhão por 15 dias
- Comerciantes do Bolhão aceitam "meter férias"
- Rio defende que privados não querem projecto
- O Parque Oriental
- Construir Parque Oriental custará 28 milhões de euros
- Parque Oriental custará pelo menos 65 milhões à Câmara
- Remate urbano do Parque da Cidade "está por resolver"
O nível a que as pessoas se deixam descer! Leiam-se os relatos da Assembleia Municipal e constate-se como ela precisa urgentemente de renovação para acabar com a vergonha do "debate" que lá existe:
- PS diz que Rui Rio "agravou falha" no negócio com a Adicais
- A Assembleia Municipal do Porto
- Aprovado pedido sobre Quinta do Covelo
- Requalificação na agenda da CDU
- Assis quer reconverter Bairro de S. João de Deus
- Assis acusa Rio de "insensibilidade" no caso do bairro S. João de Deus
- Metro chega no sábado ao Centro da Maia
- Relatório sobre explosão na Baixa só em Outubro
- Gestão pode comprar Comércio
- Empresa garante “Comércio” - Estranho, muito estranho, aguardam-se mais notícias...
- Câmara do Porto solidária com os trabalhadores do COMÉRCIO...
- ... E Bloco de Esquerda quer corrida às bancas pelo jornal - Isto é que é demagogia! Então o mesmo público que não compra normalmente o Comércio, e que por isso o colocou em dificuldades, vai agora ter um rebate de consciência apenas por um dia?!
- Imprensa: Dois jornais na expectativa - «o deputado do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes apelou para que sexta-feira se esgote o jornal "O Comércio do Porto", dando uma "lição de civismo" aos "investidores-predadores" que querem encerrar o matutino.» - Patético! Sobre isto eu já disse o que tinha a dizer.
2005/07/26
De: Teófilo M. - "O aeroPORTO"
Embora não sendo um equipamento da cidade, o aeroporto de Pedras Rubras, rebaptizado de Sá Carneiro, continua longe de todas as conversas, sejam elas de políticos, de defensores da cidade, de associações comerciais, industriais e outras que tais, parecendo já se ter adquirido a certeza de que não valerá a pena lutar pela sua evolução.
Depois de assistirmos, a obras que se arrastam e que começam a parecer-se com as de Sta. Engrácia, a promessas de rápidos acessos, a dinheiros públicos desbaratados em opções desastrosas, a ampliações sucessivas que para além de um grande estardalhaço visual pouco trazem para a sua funcionalidade, nos discursos pré-campanha autárquica ninguém se refere a este assunto.
Para além dos interesses ligados às obras públicas, e ao intenso desejo que os políticos têm de deixarem obras de rico em País pobre, ainda ninguém se explicou porque é necessário criar no centro-sul do País, mais uma infra-estrutura inadaptada ao País real pelo menos durante os próximos 50 anos.
O metro, que há muito deveria ter chegado ao aeroporto, possibilitando assim um rápido acesso ao centro das cidades (Matosinhos-Porto-Gaia), continua longe de chegar ao aeroporto, estando prevista a sua chegada, se tudo correr de feição, lá para o fim deste ano.
Quanto às obras de remodelação que deveriam estar prontas a tempo do Euro, parece que, segundo os responsáveis, ficarão agora concluídas também no final deste ano, só não sabemos é se valeu a pena serem feitas, uma vez que o trânsito de aeronaves há muito que está a ser deslocado para Lisboa para poderem justificar o excesso de movimento na Portela.
Por outro lado, os bilhetes adquiridos junto de agências de viagem, na maior parte dos casos, tem preços mais elevados se o destino/chegada se realizar no Francisco Sá Carneiro, comparando com Lisboa ou Faro, para além do encerramento de carreiras provenientes da Holanda e Áustria que foram desviadas para a Portela e que foram responsáveis pela perda de mais de 110.000 passageiros num total de 1.8 milhões movimentados.
Mas nem só os custos dos bilhetes servem para tornarem o aeroporto Francisco Sá Carneiro desaconselhado para quem nos visita, os próprios poderes internos fazem com que certo tipo de serviços deixem de ser canalizados através desse aeroporto, como por exemplo o correio doméstico e internacional, guardando para a Portela o centro de distribuição nacional que depois acaba por utilizar outros meios de transporte mais morosos e por vezes economicamente mais caros.
A criação de um HUB que serviria o norte da Península Ibérica revela-se como um passo que deveria ter sido já dado há muito tempo, não fosse o provincianismo nacional apostar contínuamente num crescimento macrocéfalo e artificial a Sul.
No meio de todo este imbróglio, não vemos ninguém a remar contra a maré, e parece que o tão famigerado turismo só pode ser desenvolvido junto do Algarve, ou na costa do Estoril, esquecendo que o resto do País, nomeadamente a zona a Norte do Mondego tem potencialidades suficientes para servir uma indústria que não é apenas feita de praias, bom tempo e neve...
Gostaria de sentir mais interesse por estas questões, pois os elefantes brancos, muitas das vezes não nascem brancos, criam é condições para que eles branqueiem, e o silêncio cúmplice ou não, é um dos instrumentos que ajuda ao aparecimento destes estranhos bichos.
Cumprimentos
Teofilo M.
Depois de assistirmos, a obras que se arrastam e que começam a parecer-se com as de Sta. Engrácia, a promessas de rápidos acessos, a dinheiros públicos desbaratados em opções desastrosas, a ampliações sucessivas que para além de um grande estardalhaço visual pouco trazem para a sua funcionalidade, nos discursos pré-campanha autárquica ninguém se refere a este assunto.
Para além dos interesses ligados às obras públicas, e ao intenso desejo que os políticos têm de deixarem obras de rico em País pobre, ainda ninguém se explicou porque é necessário criar no centro-sul do País, mais uma infra-estrutura inadaptada ao País real pelo menos durante os próximos 50 anos.
O metro, que há muito deveria ter chegado ao aeroporto, possibilitando assim um rápido acesso ao centro das cidades (Matosinhos-Porto-Gaia), continua longe de chegar ao aeroporto, estando prevista a sua chegada, se tudo correr de feição, lá para o fim deste ano.
Quanto às obras de remodelação que deveriam estar prontas a tempo do Euro, parece que, segundo os responsáveis, ficarão agora concluídas também no final deste ano, só não sabemos é se valeu a pena serem feitas, uma vez que o trânsito de aeronaves há muito que está a ser deslocado para Lisboa para poderem justificar o excesso de movimento na Portela.
Por outro lado, os bilhetes adquiridos junto de agências de viagem, na maior parte dos casos, tem preços mais elevados se o destino/chegada se realizar no Francisco Sá Carneiro, comparando com Lisboa ou Faro, para além do encerramento de carreiras provenientes da Holanda e Áustria que foram desviadas para a Portela e que foram responsáveis pela perda de mais de 110.000 passageiros num total de 1.8 milhões movimentados.
Mas nem só os custos dos bilhetes servem para tornarem o aeroporto Francisco Sá Carneiro desaconselhado para quem nos visita, os próprios poderes internos fazem com que certo tipo de serviços deixem de ser canalizados através desse aeroporto, como por exemplo o correio doméstico e internacional, guardando para a Portela o centro de distribuição nacional que depois acaba por utilizar outros meios de transporte mais morosos e por vezes economicamente mais caros.
A criação de um HUB que serviria o norte da Península Ibérica revela-se como um passo que deveria ter sido já dado há muito tempo, não fosse o provincianismo nacional apostar contínuamente num crescimento macrocéfalo e artificial a Sul.
No meio de todo este imbróglio, não vemos ninguém a remar contra a maré, e parece que o tão famigerado turismo só pode ser desenvolvido junto do Algarve, ou na costa do Estoril, esquecendo que o resto do País, nomeadamente a zona a Norte do Mondego tem potencialidades suficientes para servir uma indústria que não é apenas feita de praias, bom tempo e neve...
Gostaria de sentir mais interesse por estas questões, pois os elefantes brancos, muitas das vezes não nascem brancos, criam é condições para que eles branqueiem, e o silêncio cúmplice ou não, é um dos instrumentos que ajuda ao aparecimento destes estranhos bichos.
Cumprimentos
Teofilo M.
De: TAF - "O Comércio do Porto"
As notícias do eventual encerramento de dois jornais com tradição em Portugal, entre os quais aquele com o qual A Baixa do Porto tem uma interessante colaboração, e as negociações por causa da TVI lembram-me um texto que escrevi em 15 de Fevereiro passado, “A Voz do Porto”.
Vamos por partes.
1) Uma empresa que não é viável deve ser encerrada. Prolongar artificialmente a sua vida é apenas criar ilusões aos seus trabalhadores e frustrar expectativas dos clientes.
2) Não é legítimo exigir aos proprietários de meios de comunicação social que os mantenham em funcionamento apenas em nome do património que representam ou do interesse para o público. Essas funções de “mecenato” ou cabem ao Estado ou têm de ser vistas como isso mesmo: mecenato.
3) Não estando em causa valores como a liberdade de expressão ou a visibilidade de assuntos que não tenham outras vias alternativas para serem veiculados, o “interesse público” de um meio de comunicação social tem que se traduzir num “interesse do público”: receitas suficientes. O público terá apenas o que merece ter.
4) Posto isto, parece-me que vale a pena aproveitar o que O Comércio do Porto representa. Vale a pena do ponto de vista económico e no do interesse da região. Mas provavelmente com bastantes modificações. E, principalmente, com uma estratégia mais coordenada com outros meios de comunicação social (se calhar com outros jornais, até) e com o “mundo virtual” dos blogs. Apostando na complementaridade, mais do que na concorrência directa.
5) No Porto não se justifica haver quatro jornais “convencionais”: Público, JN, Janeiro e Comércio. Talvez se deva pensar no Comércio como um jornal do Noroeste Peninsular, integrado num plano de produção multimédia de conteúdos para serem (re)utilizados em várias formas. Em termos técnicos, importa separar o problema em duas componentes: a criação de um “feed XML” de conteúdos multimédia, e a preparação das suas várias transformações adaptadas aos meios que alimenta.
6) Suspeito que a viabilização de um projecto destes não irá passar pelos actuais proprietários. Pelo menos não neste modelo actual do jornal. A movimentação da sociedade civil que o próprio Comércio foi fomentando poderá induzir o aparecimento de uma solução mais vanguardista e, nesse sentido, mais adaptada às necessidades do mercado. A Baixa do Porto cá estará para colaborar naquilo em que for útil.
PS:
- Rui Rio recusa fazer pressões para impedir fecho de "O Comércio do Porto" - Conforme se deduz do que escrevi acima, neste caso concordo completamente com Rui Rio.
- O grupo de investimento LP- Brothers Venture Capital diz estar a desenvolver contactos
- «A Capital» e «O Comércio do Porto» à venda
Vamos por partes.
1) Uma empresa que não é viável deve ser encerrada. Prolongar artificialmente a sua vida é apenas criar ilusões aos seus trabalhadores e frustrar expectativas dos clientes.
2) Não é legítimo exigir aos proprietários de meios de comunicação social que os mantenham em funcionamento apenas em nome do património que representam ou do interesse para o público. Essas funções de “mecenato” ou cabem ao Estado ou têm de ser vistas como isso mesmo: mecenato.
3) Não estando em causa valores como a liberdade de expressão ou a visibilidade de assuntos que não tenham outras vias alternativas para serem veiculados, o “interesse público” de um meio de comunicação social tem que se traduzir num “interesse do público”: receitas suficientes. O público terá apenas o que merece ter.
4) Posto isto, parece-me que vale a pena aproveitar o que O Comércio do Porto representa. Vale a pena do ponto de vista económico e no do interesse da região. Mas provavelmente com bastantes modificações. E, principalmente, com uma estratégia mais coordenada com outros meios de comunicação social (se calhar com outros jornais, até) e com o “mundo virtual” dos blogs. Apostando na complementaridade, mais do que na concorrência directa.
5) No Porto não se justifica haver quatro jornais “convencionais”: Público, JN, Janeiro e Comércio. Talvez se deva pensar no Comércio como um jornal do Noroeste Peninsular, integrado num plano de produção multimédia de conteúdos para serem (re)utilizados em várias formas. Em termos técnicos, importa separar o problema em duas componentes: a criação de um “feed XML” de conteúdos multimédia, e a preparação das suas várias transformações adaptadas aos meios que alimenta.
6) Suspeito que a viabilização de um projecto destes não irá passar pelos actuais proprietários. Pelo menos não neste modelo actual do jornal. A movimentação da sociedade civil que o próprio Comércio foi fomentando poderá induzir o aparecimento de uma solução mais vanguardista e, nesse sentido, mais adaptada às necessidades do mercado. A Baixa do Porto cá estará para colaborar naquilo em que for útil.
PS:
- Rui Rio recusa fazer pressões para impedir fecho de "O Comércio do Porto" - Conforme se deduz do que escrevi acima, neste caso concordo completamente com Rui Rio.
- O grupo de investimento LP- Brothers Venture Capital diz estar a desenvolver contactos
- «A Capital» e «O Comércio do Porto» à venda
De: TAF - "Apontadores ao princípio do dia"
- Projecto das docas do Porto arranca até ao final do ano
- Obra das Docas para o fim do ano
- TGV na mira de Francisco Assis
- Francisco Assis promete privilegiar transportes públicos e quer TGV
- Nova dinâmica para Campanhã
- Interface de Campanhã com hotel e residências em 2008
- Novo campo Ruy Navega em risco de não ser construído
- Primeira parte do Interface de Campanhã pronta até Dezembro
- Câmara do Porto já tentou comprar Quinta do Covelo
- Rui Sá quer pedir a Sócrates cedência da parte estatal da Quinta do Covelo
- Despoluição das ribeiras no topo das preocupações
- Hospital de S. João reforça denúncia das obras do metro ao ministro da Saúde
- Vendedores do Bolhão à espera das mudanças
- Comerciantes do Bolhão já não são obrigados a sair até amanhã
- Comércio e Capital decididos até sexta
- Entretanto vamos estando também em papel
- Obra das Docas para o fim do ano
- TGV na mira de Francisco Assis
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2005/07/25
De: TAF - "Apontadores ao fim do dia"
- Túnel de Ceuta abre na sexta-feira
- Túnel de Ceuta é inaugurado na sexta-feira e abriu ontem aos peões
- Música clássica animou visitas ao túnel de Ceuta
- Cedência de terreno à Adicais discutida hoje na Assembleia Municipal do Porto
- Fundação da zona histórica do Porto e SRU criam sinergias
- Rui Sá desafia Francisco Assis a esclarecer propostas para Covelo e "Corredor Verde"
- Parque Oriental em debate
- Ouvi hoje na RTP que o grupo espanhol proprietário d'O Comércio do Porto e d'A Capital ponderava encerrar estes jornais a muito curto prazo, a menos que se encontrasse um comprador para eles. A ver vamos. Estas notícias sabem-se normalmente pela concorrência...
PS: A notícia segundo o Público e segundo o DN. Soube também agora que já no passado Domingo o Correio da Manhã referia o assunto.
- Túnel de Ceuta é inaugurado na sexta-feira e abriu ontem aos peões
- Música clássica animou visitas ao túnel de Ceuta
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- Rui Sá desafia Francisco Assis a esclarecer propostas para Covelo e "Corredor Verde"
- Parque Oriental em debate
- Ouvi hoje na RTP que o grupo espanhol proprietário d'O Comércio do Porto e d'A Capital ponderava encerrar estes jornais a muito curto prazo, a menos que se encontrasse um comprador para eles. A ver vamos. Estas notícias sabem-se normalmente pela concorrência...
PS: A notícia segundo o Público e segundo o DN. Soube também agora que já no passado Domingo o Correio da Manhã referia o assunto.
De: TAF - "Blasfémias..."
RAF e FRA têm estado a debater nos comentários a este post do Blasfémias qual a acção da SRU no Porto.
Parece-me que o problema base é a diferença de escala entre aquilo que o Porto precisa e aquilo que a SRU pode fazer ou está a fazer.
Há um défice claro de esforço de envolvimento da sociedade civil e, em particular, dos potenciais investidores privados. A SRU não percebeu ainda completamente que deve incluir os privados na própria especificação preliminar do que se pretende para a Baixa. Essa especificação tem que ser feita em conjunto com quem vai efectivamente investir.
E, além disso, prometeu muito mais do que aquilo que tem meios para fazer, especialmente quanto a recursos humanos qualificados para a gestão de um processo destes.
Parece-me que o problema base é a diferença de escala entre aquilo que o Porto precisa e aquilo que a SRU pode fazer ou está a fazer.
Há um défice claro de esforço de envolvimento da sociedade civil e, em particular, dos potenciais investidores privados. A SRU não percebeu ainda completamente que deve incluir os privados na própria especificação preliminar do que se pretende para a Baixa. Essa especificação tem que ser feita em conjunto com quem vai efectivamente investir.
E, além disso, prometeu muito mais do que aquilo que tem meios para fazer, especialmente quanto a recursos humanos qualificados para a gestão de um processo destes.
De: Cristina Santos - "Mercados"
Se o Teofilo me disser que a população das redondezas é cliente assídua do Bolhão, acredito de imediato, basta olhar o numero de mercearias e pomares nesta zona.
Mas o Bolhão já foi o Mercado de toda a cidade, não se pode hoje pensar em investir no Bolhão olhando apenas à clientela das imediações.
Não podemos fingir que o Bolhão vai muito bem, o Bolhão nem sequer gera dividendos para a sua manutenção.
Será culpa da estratégia feirante dos comerciantes, da diversidade que eles próprios criaram para poder competir com outros mercados?
Será culpa das campanhas políticas que se fazem nesse local?
Existem pela Cidade inúmeras mercearias e pomares que oferecem a frescura que o Bolhão oferece, temos que tratar o Bolhão como o nosso ícone, investir nele para receber a população, o turismo e o investimento.
Francisco Rocha Antunes referiu quase tudo o que se pode considerar essencial à recuperação do edifício e da zona.
Discordo apenas da preferencia pela agricultura biológica, pois considero que uma maneira de minimizar os efeitos sociais, será manter os comerciantes actuais que possuem bons pomares, talhos e peixarias, estes são na maioria aproveitáveis e era uma maneira de manter parte da clientela actual.
Em termos turísticos e modernizadores devíamos instalar no mercado e de forma permanente uma loja de artesanato, um alfarrabista dedicado ao tema Porto, uma tabaqueira de eleição e boas lojas de vinhos regionais.
Tudo isto completado com uma área de lazer, com cafeteira, donde fosse possível contemplar as magnificas arcadas e varandins, acessoriada por um mini posto de turismo.
O problema da ampliação das lojas, do investimento e da reconversão comercial implica aumentos de renda, despejos e selecção de comerciante.
Mas, tenho que insistir embora me pareça que não é do V. interesse, mas será que o projecto de 1998 contempla ou não estas alterações?
Vamos deitar 1.1 milhoes de euros ao lixo, esse dinheiro não daria pelo menos para a montagem dos andaimes?!
Não V. entendo.
Cristina Santos
Mas o Bolhão já foi o Mercado de toda a cidade, não se pode hoje pensar em investir no Bolhão olhando apenas à clientela das imediações.
Não podemos fingir que o Bolhão vai muito bem, o Bolhão nem sequer gera dividendos para a sua manutenção.
Será culpa da estratégia feirante dos comerciantes, da diversidade que eles próprios criaram para poder competir com outros mercados?
Será culpa das campanhas políticas que se fazem nesse local?
Existem pela Cidade inúmeras mercearias e pomares que oferecem a frescura que o Bolhão oferece, temos que tratar o Bolhão como o nosso ícone, investir nele para receber a população, o turismo e o investimento.
Francisco Rocha Antunes referiu quase tudo o que se pode considerar essencial à recuperação do edifício e da zona.
Discordo apenas da preferencia pela agricultura biológica, pois considero que uma maneira de minimizar os efeitos sociais, será manter os comerciantes actuais que possuem bons pomares, talhos e peixarias, estes são na maioria aproveitáveis e era uma maneira de manter parte da clientela actual.
Em termos turísticos e modernizadores devíamos instalar no mercado e de forma permanente uma loja de artesanato, um alfarrabista dedicado ao tema Porto, uma tabaqueira de eleição e boas lojas de vinhos regionais.
Tudo isto completado com uma área de lazer, com cafeteira, donde fosse possível contemplar as magnificas arcadas e varandins, acessoriada por um mini posto de turismo.
O problema da ampliação das lojas, do investimento e da reconversão comercial implica aumentos de renda, despejos e selecção de comerciante.
Mas, tenho que insistir embora me pareça que não é do V. interesse, mas será que o projecto de 1998 contempla ou não estas alterações?
Vamos deitar 1.1 milhoes de euros ao lixo, esse dinheiro não daria pelo menos para a montagem dos andaimes?!
Não V. entendo.
Cristina Santos
De: António Alves - "Os mercados hoje"
Desejo apenas manifestar a minha total concordância com o "post" de F. Rocha Antunes sobre o Mercado do Bolhão, intitulado "Os mercados hoje".
O autor enumera um conjunto de soluções simples, baratas e práticas. São tão simples e baratas que chegam, podemos considerá-lo, a ser geniais. Anda-se aqui neste blogue e noutros fóruns a discutir este assunto há já vários dias e ainda ninguém tinha apresentado uma solução tão escorreita. Nem mesmo o candidato desafiador do actual presidente apresentou algo interessante. Limitou-se a correr atrás da ideia que lhe pareceu, ou que lhe disseram, ser melhor. Como se prova, não são precisos projectos complexos e dispendiosos para resolver um problema. Um conjunto de boas ideias, aliadas a boa vontade e tudo poderá resolver-se satisfatoriamente. O que é preciso é desligar o "complicómetro", algo que muitos de nós tem sempre muita dificuldade em fazer.
Às ideias apresentadas por F. Rocha Antunes apenas acrescento a abertura de espaço para os sabores, cores e odores das comidas africanas, orientais e leste-europeias, já que, nos últimos anos, a nossa cidade tem visto estas comunidades crescer significativamente. Seria assim acrescentado um toque cosmopolita que só engrandeceria tão tradicional mercado. Isto tudo sem "eliminar" do Bolhão as tão tripeiras "bendedeiras" e o seu característico "bernáculo" que lhe moldam a alma. Em contraste com o "pátio das nações" burguês do Palácio da Bolsa, teríamos no Bolhão um "pátio das nações" de cariz popular. Este bem mais vivo e colorido.
Se o homem (F. Rocha Antunes) se candidatar prometo que voto nele sem pestanejar :-)
antónio alves
O autor enumera um conjunto de soluções simples, baratas e práticas. São tão simples e baratas que chegam, podemos considerá-lo, a ser geniais. Anda-se aqui neste blogue e noutros fóruns a discutir este assunto há já vários dias e ainda ninguém tinha apresentado uma solução tão escorreita. Nem mesmo o candidato desafiador do actual presidente apresentou algo interessante. Limitou-se a correr atrás da ideia que lhe pareceu, ou que lhe disseram, ser melhor. Como se prova, não são precisos projectos complexos e dispendiosos para resolver um problema. Um conjunto de boas ideias, aliadas a boa vontade e tudo poderá resolver-se satisfatoriamente. O que é preciso é desligar o "complicómetro", algo que muitos de nós tem sempre muita dificuldade em fazer.
Às ideias apresentadas por F. Rocha Antunes apenas acrescento a abertura de espaço para os sabores, cores e odores das comidas africanas, orientais e leste-europeias, já que, nos últimos anos, a nossa cidade tem visto estas comunidades crescer significativamente. Seria assim acrescentado um toque cosmopolita que só engrandeceria tão tradicional mercado. Isto tudo sem "eliminar" do Bolhão as tão tripeiras "bendedeiras" e o seu característico "bernáculo" que lhe moldam a alma. Em contraste com o "pátio das nações" burguês do Palácio da Bolsa, teríamos no Bolhão um "pátio das nações" de cariz popular. Este bem mais vivo e colorido.
Se o homem (F. Rocha Antunes) se candidatar prometo que voto nele sem pestanejar :-)
antónio alves
De: Teófilo M. - "Mercados públicos"
Segundo Pedro Aroso, os mercados tradicionais, como o do Bolhão, estão em vias de extinção.
Até acredito, mas quais são as razões para esse facto?
A falta de clientes? A falta de acessibilidades? O excesso de trânsito envolvente? A desertificação do espaço envolvente? A falta de vendedores com produtos de qualidade? A falta de cadeias de distribuição com horários compatíveis com o dos utilizadores? A falta de higiene? A falta de vendedores? A política camarária que veda os trespasses e a emissão de novas licenças? A falta de infraestruturas básicas?
Afinal quais serão os problemas?
A Cristina Santos, por outro lado, crê, embora erradamente, que os utilizadores dos mercados do Bolhão e Bom Sucesso, são na sua maioria, reformados e empregadas domésticas, e que o Bom Sucesso até terá um bom parque de estacionamento !
Do Pedro, fico à espera de algum esclarecimento que ele tenha a bondade de me facultar, para a Cristina tenho alguns esclarecimentos que lhe posso fornecer.
Tanto no mercado do Bolhão, como no do Bom Sucesso, para além dos ditos reformados e das empregadas domésticas - estas cada vez mais raras - há toda uma camada de população que utiliza ambos os mercados.
Durante a semana, para além da população residente, que não é apenas composta por reformados e empregadas domésticas, considere os trabalhadores por conta de outrém, ou não, que diariamente se abastecem nos dois mercados, conforme os horários que praticam.
Sou habitual cliente dos mercados diários - Foz, Matosinhos, Afurada - e de outros de fim-de-semana - Angeiras, Póvoa, Esposende, etc. e, felizmente, conheço e vejo muita gente, que lá vai, quer na hora de almoço - que sendo para alguns de apenas uma hora, para outros ultrapassa as duas horas - quer no restante horário, como por exemplo os que trabalham em regime de turnos e/ou horários diferenciados, e que usam aqueles mercados como ponto de abastecimento de frescos.
De qualquer modo, e uma vez que a tendência é para os reformados serem cada vez mais, os mercados ficam com um potencial de novos clientes e não o contrário, não é verdade?
Aos fins-de-semana, a clientela diversifica-se, e se se der ao trabalho de os visitar, encontrará muita gente jovem, proveniente de cidades vizinhas a fazer as suas compras nesses mercados, para além de cidadãos de todas as classes sociais e que desempenham as mais variadas profissões.
Infelizmente, o mercado do Bom Sucesso, já não tem o parque de estacionamento que tinha antigamente, pois foi usurpado pelos STCP na sua maioria, servindo agora de estacionamento de autocarros e de paragem/zona para muitas das carreiras daquela instituição, mas logo ao lado, no polémico edifício do Centro Comercial "Cidade do Porto", existe estacionamento farto para quem pretenda ir ao mercado e de rajada vai também ao Supermercado existente naquele espaço, o que já não acontece no Mercado do Bolhão, e que o projecto do Arq. Joaquim Massena contempla.
Quanto ao cheiro a peixe, ele já é difícil de se notar, pois a maioria dos lugares está devoluta por causa de decisão camarária no que respeita a trespasses e licenças, e se nada se fizer nesse aspecto, certamente o fim está anunciado, como já por aqui referi.
Posto isto, continuo a defender a existência de mercados tradicionais, muito embora também entenda que devem funcionar noutros moldes, nomeadamente no que respeita a higiene, apresentação e diversidade.
Se ao mesmo tempo, conseguirmos um melhor aproveitamento do espaço e um maior horário de funcionamento... melhor para todos nós, a cidade agradece.
Cumprimentos
Teofilo M.
Até acredito, mas quais são as razões para esse facto?
A falta de clientes? A falta de acessibilidades? O excesso de trânsito envolvente? A desertificação do espaço envolvente? A falta de vendedores com produtos de qualidade? A falta de cadeias de distribuição com horários compatíveis com o dos utilizadores? A falta de higiene? A falta de vendedores? A política camarária que veda os trespasses e a emissão de novas licenças? A falta de infraestruturas básicas?
Afinal quais serão os problemas?
A Cristina Santos, por outro lado, crê, embora erradamente, que os utilizadores dos mercados do Bolhão e Bom Sucesso, são na sua maioria, reformados e empregadas domésticas, e que o Bom Sucesso até terá um bom parque de estacionamento !
Do Pedro, fico à espera de algum esclarecimento que ele tenha a bondade de me facultar, para a Cristina tenho alguns esclarecimentos que lhe posso fornecer.
Tanto no mercado do Bolhão, como no do Bom Sucesso, para além dos ditos reformados e das empregadas domésticas - estas cada vez mais raras - há toda uma camada de população que utiliza ambos os mercados.
Durante a semana, para além da população residente, que não é apenas composta por reformados e empregadas domésticas, considere os trabalhadores por conta de outrém, ou não, que diariamente se abastecem nos dois mercados, conforme os horários que praticam.
Sou habitual cliente dos mercados diários - Foz, Matosinhos, Afurada - e de outros de fim-de-semana - Angeiras, Póvoa, Esposende, etc. e, felizmente, conheço e vejo muita gente, que lá vai, quer na hora de almoço - que sendo para alguns de apenas uma hora, para outros ultrapassa as duas horas - quer no restante horário, como por exemplo os que trabalham em regime de turnos e/ou horários diferenciados, e que usam aqueles mercados como ponto de abastecimento de frescos.
De qualquer modo, e uma vez que a tendência é para os reformados serem cada vez mais, os mercados ficam com um potencial de novos clientes e não o contrário, não é verdade?
Aos fins-de-semana, a clientela diversifica-se, e se se der ao trabalho de os visitar, encontrará muita gente jovem, proveniente de cidades vizinhas a fazer as suas compras nesses mercados, para além de cidadãos de todas as classes sociais e que desempenham as mais variadas profissões.
Infelizmente, o mercado do Bom Sucesso, já não tem o parque de estacionamento que tinha antigamente, pois foi usurpado pelos STCP na sua maioria, servindo agora de estacionamento de autocarros e de paragem/zona para muitas das carreiras daquela instituição, mas logo ao lado, no polémico edifício do Centro Comercial "Cidade do Porto", existe estacionamento farto para quem pretenda ir ao mercado e de rajada vai também ao Supermercado existente naquele espaço, o que já não acontece no Mercado do Bolhão, e que o projecto do Arq. Joaquim Massena contempla.
Quanto ao cheiro a peixe, ele já é difícil de se notar, pois a maioria dos lugares está devoluta por causa de decisão camarária no que respeita a trespasses e licenças, e se nada se fizer nesse aspecto, certamente o fim está anunciado, como já por aqui referi.
Posto isto, continuo a defender a existência de mercados tradicionais, muito embora também entenda que devem funcionar noutros moldes, nomeadamente no que respeita a higiene, apresentação e diversidade.
Se ao mesmo tempo, conseguirmos um melhor aproveitamento do espaço e um maior horário de funcionamento... melhor para todos nós, a cidade agradece.
Cumprimentos
Teofilo M.
De: F. Rocha Antunes - "Os mercados hoje"
Meus Caros,
Esta polémica sobre o mercado do Bolhão tem o mérito de nos permitir pensar o que deve ser um mercado público hoje.
A actividade comercial foi das que mais progrediu em Portugal. As alterações são profundas e estruturais e vieram para ficar. Pensar o futuro do Mercado do Bolhão tem de ser feito neste novo contexto. Pensar-se de outra forma é querer segurar a evolução do mundo com as mãos: só vai dar para queimar inutilmente as mãos.
Primeiro o contexto. O Mercado do Bolhão é dos edifícios com maior notoriedade do Porto. Presumo que em qualquer ponto do País se saiba que existe o Bolhão. Esse facto é, por si só, muito importante para qualquer reconversão. Além disso é um edifício com uma arquitectura peculiar que ocupa todo um quarteirão. É um edifício notável. A sua localização no Centro da cidade é magnífica. E a sua acessibilidade, com a rede de Metro, passou a ser regional e não de conveniência.
Está numa zona da cidade em que nos últimos anos apareceram vários parques de estacionamento: para além do já antigo Silo Auto, há o Via Catarina, com mais de 700 lugares, o da Praça D. João I, com mais de 400 e a breve prazo do Camélias, com mais 600 lugares. Isto pelo seguro, porque ainda se perfilam mais parques nos quarteirões vizinhos.
Em resumo, temos um edifício com uma notoriedade excepcional, com um localização central, com uma acessibilidade regional e com milhares de lugares de estacionamento na envolvente.
Com estes ingredientes, o futuro do Mercado do Bolhão só não existe se não houver capacidade de criar as condições para que esse potencial enorme seja explorado.
Eu defendo que o Mercado do Bolhão não deve deixar de ser um mercado público. E como edifico camarário, não deve perder umas das suas principais vantagens competitivas: estar amortizado. Isso permite que possa concorrer em preço de ocupação do espaço com os equipamentos novos. Enterrar milhões de euros que não sejam estritamente necessários é arruinar essa vantagem.
O que importa então é perceber o que pode ser um mercado público no actual contexto comercial. Não pode, de certeza, concorrer com a moderna distribuição comercial. Pode seguramente é apresentar uma oferta complementar capaz de potenciar os ingredientes novos que o caracterizam, nomadamente a nova acessibilidade regional.
A minha ideia é a de que se deveria criar um mercado de sabores que seja capaz de atrair os melhores vendedores de produtos alimentares de vanguarda, complementado por todo o tipo de mercados especializados que se descobrirem. Vou concretizar.
O Mercado do Bolhão poderia ser o primeiro grande mercado regional especializado em agricultura biológica, como forma de estimular o encontro entre todos os produtores de produtos biológicos e o crescente número de consumidores que está disposto a pagar um prémio por esse tipo de produtos. Essa seria a base da afirmação da nova oferta comercial, provavelmente complementada por um competitivo mercado de flores. A associação do Bolhão a produtos reconhecidos pelos consumidores como sofisticados era a alavanca da reconversão e reposicionamento do mercado.
Além dessa oferta regular, deveria ser o espaço dos mercados temáticos, a realizar com uma periodicidade clara: desde o mercado dos relógios de caixa aos disco de vinil, dos modelos de miniaturas às bonecas de louça, dos rádios antigos à roupa dos anos 70, do mobiliário moderno às camas de dossel, das malas antigas às cadeiras de bebé, das caixas de porcelana às canetas de tinta permanente, dos toucadores às peças de joalharia, de tudo o que pudesse atrair os consumidores mais variados de forma regular. A gestão profissional das feiras temáticas, com a definição adequada da periodicidade de cada mercado temático, que juntavam num espaço magnífico os mais variados vendedores e compradores, permitiria recuperar a influência regional da Baixa e atrair consumidores com poder económico mais elevado.
As obras deveriam limitar-se a recuperar estruturalmente o edifício, e a criar uma cobertura leve, que respeite a traça do edifício, que permitisse a utilização confortável durante todo o ano. Qualquer ideia de criar estacionamento enterrado vai acrescentar custos enormes. Aos que acham que não é possível renovar comercialmente os espaços sem criar estacionamento relembro apenas o caso de sucesso que são os renovados Armazéns do Chiado, em Lisboa, que não tem um único lugar de estacionamento para o público.
As lojas deveriam estar abertas quer para o exterior quer para o interior, sempre que isso fosse possível, e deveriam ser ocupadas apenas por comerciantes que tivessem uma oferta de alguma forma ligada aos sabores: comida, restaurantes, produtos alimentares, etc, para reforçar a oferta de sabores que faria a diferenciação do Novo Mercado do Bolhão.
Em resumo, acho que o Mercado do Bolhão, se não for objecto de investimentos excessivos que inviabilizem a sua exploração económica, e se for dotado de uma gestão profissional, tem todas as hipóteses de reassumir um lugar central na oferta comercial da Baixa. Assim se consigam evitar os erros do costume.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Esta polémica sobre o mercado do Bolhão tem o mérito de nos permitir pensar o que deve ser um mercado público hoje.
A actividade comercial foi das que mais progrediu em Portugal. As alterações são profundas e estruturais e vieram para ficar. Pensar o futuro do Mercado do Bolhão tem de ser feito neste novo contexto. Pensar-se de outra forma é querer segurar a evolução do mundo com as mãos: só vai dar para queimar inutilmente as mãos.
Primeiro o contexto. O Mercado do Bolhão é dos edifícios com maior notoriedade do Porto. Presumo que em qualquer ponto do País se saiba que existe o Bolhão. Esse facto é, por si só, muito importante para qualquer reconversão. Além disso é um edifício com uma arquitectura peculiar que ocupa todo um quarteirão. É um edifício notável. A sua localização no Centro da cidade é magnífica. E a sua acessibilidade, com a rede de Metro, passou a ser regional e não de conveniência.
Está numa zona da cidade em que nos últimos anos apareceram vários parques de estacionamento: para além do já antigo Silo Auto, há o Via Catarina, com mais de 700 lugares, o da Praça D. João I, com mais de 400 e a breve prazo do Camélias, com mais 600 lugares. Isto pelo seguro, porque ainda se perfilam mais parques nos quarteirões vizinhos.
Em resumo, temos um edifício com uma notoriedade excepcional, com um localização central, com uma acessibilidade regional e com milhares de lugares de estacionamento na envolvente.
Com estes ingredientes, o futuro do Mercado do Bolhão só não existe se não houver capacidade de criar as condições para que esse potencial enorme seja explorado.
Eu defendo que o Mercado do Bolhão não deve deixar de ser um mercado público. E como edifico camarário, não deve perder umas das suas principais vantagens competitivas: estar amortizado. Isso permite que possa concorrer em preço de ocupação do espaço com os equipamentos novos. Enterrar milhões de euros que não sejam estritamente necessários é arruinar essa vantagem.
O que importa então é perceber o que pode ser um mercado público no actual contexto comercial. Não pode, de certeza, concorrer com a moderna distribuição comercial. Pode seguramente é apresentar uma oferta complementar capaz de potenciar os ingredientes novos que o caracterizam, nomadamente a nova acessibilidade regional.
A minha ideia é a de que se deveria criar um mercado de sabores que seja capaz de atrair os melhores vendedores de produtos alimentares de vanguarda, complementado por todo o tipo de mercados especializados que se descobrirem. Vou concretizar.
O Mercado do Bolhão poderia ser o primeiro grande mercado regional especializado em agricultura biológica, como forma de estimular o encontro entre todos os produtores de produtos biológicos e o crescente número de consumidores que está disposto a pagar um prémio por esse tipo de produtos. Essa seria a base da afirmação da nova oferta comercial, provavelmente complementada por um competitivo mercado de flores. A associação do Bolhão a produtos reconhecidos pelos consumidores como sofisticados era a alavanca da reconversão e reposicionamento do mercado.
Além dessa oferta regular, deveria ser o espaço dos mercados temáticos, a realizar com uma periodicidade clara: desde o mercado dos relógios de caixa aos disco de vinil, dos modelos de miniaturas às bonecas de louça, dos rádios antigos à roupa dos anos 70, do mobiliário moderno às camas de dossel, das malas antigas às cadeiras de bebé, das caixas de porcelana às canetas de tinta permanente, dos toucadores às peças de joalharia, de tudo o que pudesse atrair os consumidores mais variados de forma regular. A gestão profissional das feiras temáticas, com a definição adequada da periodicidade de cada mercado temático, que juntavam num espaço magnífico os mais variados vendedores e compradores, permitiria recuperar a influência regional da Baixa e atrair consumidores com poder económico mais elevado.
As obras deveriam limitar-se a recuperar estruturalmente o edifício, e a criar uma cobertura leve, que respeite a traça do edifício, que permitisse a utilização confortável durante todo o ano. Qualquer ideia de criar estacionamento enterrado vai acrescentar custos enormes. Aos que acham que não é possível renovar comercialmente os espaços sem criar estacionamento relembro apenas o caso de sucesso que são os renovados Armazéns do Chiado, em Lisboa, que não tem um único lugar de estacionamento para o público.
As lojas deveriam estar abertas quer para o exterior quer para o interior, sempre que isso fosse possível, e deveriam ser ocupadas apenas por comerciantes que tivessem uma oferta de alguma forma ligada aos sabores: comida, restaurantes, produtos alimentares, etc, para reforçar a oferta de sabores que faria a diferenciação do Novo Mercado do Bolhão.
Em resumo, acho que o Mercado do Bolhão, se não for objecto de investimentos excessivos que inviabilizem a sua exploração económica, e se for dotado de uma gestão profissional, tem todas as hipóteses de reassumir um lugar central na oferta comercial da Baixa. Assim se consigam evitar os erros do costume.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Paulo Espinha - "De uma vez por todas..."
"... - dinheiro não!"
Caros Bloguistas,
Que argumento não seja o dinheiro. Não me interessa quanto custa. E ao Presidente da CMP tão pouco, depois da "nota preta" que torrou com o Grand Prix!! O Dr.Rui Rio deixou de ter qualquer autoridade para falar de dinheiro a partir do momento em que tentou arranjar mil desculpas para não ter que dizer aos portuenses uma coisa muito simples - O GRANDE PRÉMIO VAI-SE REALIZAR COMO ACÇÃO DE PROMOÇÃO DA CIDADE NO EXTERIOR! PARA ISSO VAMOS GASTAR O QUE FOR PRECISO!! PONTO FINAL PARÁGRAFO.
No caso presente do Bolhão não sei nem me interessa quanto custa. Sei que tem que ser feito. Substituir um gabinete de arquitectura por outro. Quero lá saber. Desde a Porto 2001 Capital da Cultura, é ver gabinetes de arquitectura a ganharem dinheiro e a cidade continua a mesma "m...".
AH PADEIRA, HÁ QUE CORRER COM OS VASCONCELOS!!!
Paulo Espinha
Caros Bloguistas,
Que argumento não seja o dinheiro. Não me interessa quanto custa. E ao Presidente da CMP tão pouco, depois da "nota preta" que torrou com o Grand Prix!! O Dr.Rui Rio deixou de ter qualquer autoridade para falar de dinheiro a partir do momento em que tentou arranjar mil desculpas para não ter que dizer aos portuenses uma coisa muito simples - O GRANDE PRÉMIO VAI-SE REALIZAR COMO ACÇÃO DE PROMOÇÃO DA CIDADE NO EXTERIOR! PARA ISSO VAMOS GASTAR O QUE FOR PRECISO!! PONTO FINAL PARÁGRAFO.
No caso presente do Bolhão não sei nem me interessa quanto custa. Sei que tem que ser feito. Substituir um gabinete de arquitectura por outro. Quero lá saber. Desde a Porto 2001 Capital da Cultura, é ver gabinetes de arquitectura a ganharem dinheiro e a cidade continua a mesma "m...".
AH PADEIRA, HÁ QUE CORRER COM OS VASCONCELOS!!!
Paulo Espinha
De: Cristina Santos - "Mercados acautelados ??"
Caro Pedro
Um projecto que custa 1.1 milhões de euros é antes de tudo um projecto caro. Contudo, não posso fazer paralelos, na medida em que desconheço quanto pagou a actual Autarquia a Siza ou a Souto Moura pelos seus projectos.
Mas o que aqui é inegável é a atitude exagerada e mal pensada de Rui Rio.
Em primeiro lugar falta a apresentação de danos estruturais profundos que justifiquem a imediata evacuação da ala do Bolhão. Como se explica que apenas metade do Bolhão esteja em risco, como se pode sobreocupar outra ala dum edifício em perigo eminente?
Em segundo lugar os eventuais erros do partido socialista, na adjudicação e pagamento do projecto em questão, não justificam a rejeição total ao projecto.
A CM Porto tem que esclarecer os pormenores técnicos e financeiros que tornam o projecto inexequível.
É extremamente demagógico pretender convencer o Porto que o partido Socialista chegou ao cúmulo de pagar 1.1 milhão de euros, por um projecto que nada tem que ver com o Mercado do Bolhão. Mas, se pelo contrário o projecto é especificamente para este edifício, como não pode ser reformulado ou adaptado conforme o que agora se pretende?
Se o projecto foi excessivamente caro, mais cara se torna a sua anulação. O projecto estando pago pertence à Autarquia, é um valor, um património, um 1.1 milhão de euros, que Rui Rio pretende deitar para o lixo, por que razão?
Pelos investidores alvo que o projecto aprovado de 1998 contemplava? Por se ter verificado que existe outro tipo de interesse comercial para o Bolhão?
Em terceiro lugar é importante que se esclareça a data da última candidatura ao III QCA, para se verificar se este projecto poderia ou não ter sido incluído. E se eventualmente esta candidatura não tornaria elegíveis outros projectos, só assim se podem esclarecer os critérios que o partido socialista usou para definir as prioridades para a cidade nessa candidatura.
Sem todos estes dados, a atitude de Rui Rio aparenta para o povo simples mais uma guerra, mais uma quezília.
Não se compreende como Rui Rio aprova e negocia projectos vitais para a Cidade, sem proceder a nenhum concurso público e neste caso que existe um projecto, se proponha a adoptar este método transparente que tem sido esquecido até aqui.
Em termos demagógicos esta atitude é falaciosa, Rui Rio queixa-se de excesso de despesa no pagamento de um projecto, quando ele próprio se propõe aumentar esta despesa na aprovação de outro projecto, que nem que venha ser muito mais barato e exija menos obras é um solução que não anula nem rentabiliza aquilo que já foi despendido.
É que nem sequer se pode entender esta questão como uma arma na campanha eleitoral, Rui Rio ficava muito melhor na foto se viesse a público dizer que aquilo que os Socialista criaram e depois não executaram por efectiva incapacidade governativa, vai nas mãos dele tomar forma e ser reaproveitado em prol do interesse público.
Mesmo que alguém queira correr com os comerciantes mal preparados do Bolhão e com o governo Socialista, não viu os seus interesse defendidos da melhor forma – cinco pontos negativos para Rui Rio, por mim recua já três posturas no circuito.
Cristina Santos
Um projecto que custa 1.1 milhões de euros é antes de tudo um projecto caro. Contudo, não posso fazer paralelos, na medida em que desconheço quanto pagou a actual Autarquia a Siza ou a Souto Moura pelos seus projectos.
Mas o que aqui é inegável é a atitude exagerada e mal pensada de Rui Rio.
Em primeiro lugar falta a apresentação de danos estruturais profundos que justifiquem a imediata evacuação da ala do Bolhão. Como se explica que apenas metade do Bolhão esteja em risco, como se pode sobreocupar outra ala dum edifício em perigo eminente?
Em segundo lugar os eventuais erros do partido socialista, na adjudicação e pagamento do projecto em questão, não justificam a rejeição total ao projecto.
A CM Porto tem que esclarecer os pormenores técnicos e financeiros que tornam o projecto inexequível.
É extremamente demagógico pretender convencer o Porto que o partido Socialista chegou ao cúmulo de pagar 1.1 milhão de euros, por um projecto que nada tem que ver com o Mercado do Bolhão. Mas, se pelo contrário o projecto é especificamente para este edifício, como não pode ser reformulado ou adaptado conforme o que agora se pretende?
Se o projecto foi excessivamente caro, mais cara se torna a sua anulação. O projecto estando pago pertence à Autarquia, é um valor, um património, um 1.1 milhão de euros, que Rui Rio pretende deitar para o lixo, por que razão?
Pelos investidores alvo que o projecto aprovado de 1998 contemplava? Por se ter verificado que existe outro tipo de interesse comercial para o Bolhão?
Em terceiro lugar é importante que se esclareça a data da última candidatura ao III QCA, para se verificar se este projecto poderia ou não ter sido incluído. E se eventualmente esta candidatura não tornaria elegíveis outros projectos, só assim se podem esclarecer os critérios que o partido socialista usou para definir as prioridades para a cidade nessa candidatura.
Sem todos estes dados, a atitude de Rui Rio aparenta para o povo simples mais uma guerra, mais uma quezília.
Não se compreende como Rui Rio aprova e negocia projectos vitais para a Cidade, sem proceder a nenhum concurso público e neste caso que existe um projecto, se proponha a adoptar este método transparente que tem sido esquecido até aqui.
Em termos demagógicos esta atitude é falaciosa, Rui Rio queixa-se de excesso de despesa no pagamento de um projecto, quando ele próprio se propõe aumentar esta despesa na aprovação de outro projecto, que nem que venha ser muito mais barato e exija menos obras é um solução que não anula nem rentabiliza aquilo que já foi despendido.
É que nem sequer se pode entender esta questão como uma arma na campanha eleitoral, Rui Rio ficava muito melhor na foto se viesse a público dizer que aquilo que os Socialista criaram e depois não executaram por efectiva incapacidade governativa, vai nas mãos dele tomar forma e ser reaproveitado em prol do interesse público.
Mesmo que alguém queira correr com os comerciantes mal preparados do Bolhão e com o governo Socialista, não viu os seus interesse defendidos da melhor forma – cinco pontos negativos para Rui Rio, por mim recua já três posturas no circuito.
Cristina Santos
De: Paulo V. Araújo - "Regulamento Municipal..."
"... de Espaços Verdes do Porto"
1) Este regulamento esteve em discussão pública no início de 2004 e foi então sujeito a alterações. No entanto, a versão divulgada na página web da Câmara ainda não incorpora tais alterações. Ou seja, o que a Câmara aí disponibiliza não é o regulamento que está em vigor. Primeira parte da história aqui.
2) Entretanto confirmou-se que as obras realizadas na Av. da Boavista desrespeitaram o dito regulamento. Será que a Câmara não tenciona fazê-lo cumprir? Ou simplesmente os arquitectos do regime não têm que obedecer às regras que condicionam os outros? Segunda parte da história aqui.
Saudações,
Paulo Araújo
1) Este regulamento esteve em discussão pública no início de 2004 e foi então sujeito a alterações. No entanto, a versão divulgada na página web da Câmara ainda não incorpora tais alterações. Ou seja, o que a Câmara aí disponibiliza não é o regulamento que está em vigor. Primeira parte da história aqui.
2) Entretanto confirmou-se que as obras realizadas na Av. da Boavista desrespeitaram o dito regulamento. Será que a Câmara não tenciona fazê-lo cumprir? Ou simplesmente os arquitectos do regime não têm que obedecer às regras que condicionam os outros? Segunda parte da história aqui.
Saudações,
Paulo Araújo
2005/07/24
De: Pedro Aroso - "Mercados acautelados"
Caro Tiago
A resposta à tua pergunta resolve-se com uma simples regra de três: para tal, basta consultar o "Manual de Encomenda dos Serviços de Arquitectura e Urbanismo". Com efeito, a partir do valor dos honorários pagos ao Arq. Joaquim Massena pelo Executivo socialista (228.300 contos), é fácil calcular o custo da obra. Segundo a minha estimativa, esse número deveria rondar os 4.8 milhões de contos mas, de acordo com o próprio Joaquim Massena, o custo é de "apenas" 15 milhões de euros, ou seja, 3 milhões de contos. Sabendo-se que os mercados tradicionais, como o do Bolhão, estão em vias de extinção...
Parece que há gente que ainda não está satisfeita com a quantidade de elefantes brancos que temos no país.
Um abraço
Pedro Aroso
--
Nota de TAF: Ok, já percebi o teu ponto. Pensei anteriormente que te referias a aspectos técnicos.
A resposta à tua pergunta resolve-se com uma simples regra de três: para tal, basta consultar o "Manual de Encomenda dos Serviços de Arquitectura e Urbanismo". Com efeito, a partir do valor dos honorários pagos ao Arq. Joaquim Massena pelo Executivo socialista (228.300 contos), é fácil calcular o custo da obra. Segundo a minha estimativa, esse número deveria rondar os 4.8 milhões de contos mas, de acordo com o próprio Joaquim Massena, o custo é de "apenas" 15 milhões de euros, ou seja, 3 milhões de contos. Sabendo-se que os mercados tradicionais, como o do Bolhão, estão em vias de extinção...
Parece que há gente que ainda não está satisfeita com a quantidade de elefantes brancos que temos no país.
Um abraço
Pedro Aroso
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Nota de TAF: Ok, já percebi o teu ponto. Pensei anteriormente que te referias a aspectos técnicos.
De: Pedro Aroso - "Mercados acautelados"
Olá Cristina
No site da CMP encontras a resposta à tua pergunta. Em resumo:
--
Nota de TAF: Caro Pedro, eu não tenho tido tempo para seguir este caso com a devida atenção, mas por que é que o projecto é inexequível? Tanto quanto percebi pelo menos não é essa a opinião do autor, nem do PS, nem da CDU. Nem sequer li nada da CMP que referisse essa impossibilidade de execução.
No site da CMP encontras a resposta à tua pergunta. Em resumo:
- O projecto não custou 700 mil euros (140 mil contos), mas sim 1,1 milhões de euros (228.300 contos).
- Não foi o Rui Rio que abandonou o projecto, mas sim o Executivo socialista (que o encomendou).
- A razão do abandono é simples: o projecto é inexequível!
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Nota de TAF: Caro Pedro, eu não tenho tido tempo para seguir este caso com a devida atenção, mas por que é que o projecto é inexequível? Tanto quanto percebi pelo menos não é essa a opinião do autor, nem do PS, nem da CDU. Nem sequer li nada da CMP que referisse essa impossibilidade de execução.
De: Cristina Santos - "Mercados acautelados"
Relativamente ao nosso carismático Bolhão sabemos que existe um projecto de recuperação, aprovado e pago desde 1998, que orça os custos da reabilitação em 12.5 milhões de Euros.
Sabemos ainda que as obras são urgentes, necessárias à recuperação do centro da Cidade.
Ora, perante isto, no mínimo é admirável que Rui Rio, autarca distinguido pela sua conduta economiscista, venha sugerir que a Autarquia deite para o lixo 700 mil euros, sem qualquer justificação, e propor-se a ocupar funcionários da mesma instituição num concurso público, para a aprovação de um projecto que substitua o que existe.
Se outras obras novas não mereceram tal consideração, por parte do autarca, como se justifica que uma obra urgente e com projecto aprovado seja agora sujeita a novo concurso, novas despesas e perdas de tempo?
Não haverá nada mais para fazer? O projecto é o do Bolhão ou não? Será um projecto ilegal, fora do PDM? Ou é simplesmente um projecto socialista?
Bem, soma-se a isto a justificação dada para a desocupação da ala, primeiro não se fundamenta em danos profundos nas estruturas resistentes, pelo que não pode ser comparada à tragédia de Entre os Rios, até porque se assim fosse o miolo teria que ser demolido, o que não permitiria a ocupação de outras alas.
Segundo se está assim tão degradado, como suporta o excesso de ocupação noutra ala, a degradação é fraccionada, o que aconteceu falta de manutenção e só numa ala, a intempérie no Bolhão é localizada?
Por outro lado o mercado do Bom Sucesso e do Bolhão não têm futuro na concepção comercial actual.
Creio que a maioria dos clientes do Bolhão sejam reformados ou empregadas domésticas, será raro o cidadão que tem tempo para calcorrear um mercado acidentado, fazer compras dedicadas e pagar tudo em caixas independentes, ou seja é raro o cidadão que dispõe de duas horas para comprar produtos frescos e de mais uma hora para comprar todos os outros bens essenciais no supermercado, para não falar nos problemas de estacionamento.
No que diz respeito ao mercado do Bom Sucesso, é um mercado com um bom parque de estacionamento nas traseiras, de onde é possível inalar o cheiro a peixe e demais produtos, que retiram a vontade de acesso a qualquer transeunte...
Portanto, e se optamos pela prevenção, acautelemos desde já erros como o da reabilitação do mercado da Sé – novo e abandonado.
Acautelemos os excessos de despesa reaproveitando o projecto que existe.
Acautelemos o futuro do comércio tradicional elevando a sua classe através de novas exigências e certificações.
Acautelemos a situação de realizar obras num prédio degrado mantendo a sua ocupação, arranjando desde já locais adequados que possibilitem a transição quando as obras começarem.
E acima de tudo acautelemos o nosso futuro, aprendendo a fazer com aquilo que temos, aquilo que precisamos.
Cristina Santos
Sabemos ainda que as obras são urgentes, necessárias à recuperação do centro da Cidade.
Ora, perante isto, no mínimo é admirável que Rui Rio, autarca distinguido pela sua conduta economiscista, venha sugerir que a Autarquia deite para o lixo 700 mil euros, sem qualquer justificação, e propor-se a ocupar funcionários da mesma instituição num concurso público, para a aprovação de um projecto que substitua o que existe.
Se outras obras novas não mereceram tal consideração, por parte do autarca, como se justifica que uma obra urgente e com projecto aprovado seja agora sujeita a novo concurso, novas despesas e perdas de tempo?
Não haverá nada mais para fazer? O projecto é o do Bolhão ou não? Será um projecto ilegal, fora do PDM? Ou é simplesmente um projecto socialista?
Bem, soma-se a isto a justificação dada para a desocupação da ala, primeiro não se fundamenta em danos profundos nas estruturas resistentes, pelo que não pode ser comparada à tragédia de Entre os Rios, até porque se assim fosse o miolo teria que ser demolido, o que não permitiria a ocupação de outras alas.
Segundo se está assim tão degradado, como suporta o excesso de ocupação noutra ala, a degradação é fraccionada, o que aconteceu falta de manutenção e só numa ala, a intempérie no Bolhão é localizada?
Por outro lado o mercado do Bom Sucesso e do Bolhão não têm futuro na concepção comercial actual.
Creio que a maioria dos clientes do Bolhão sejam reformados ou empregadas domésticas, será raro o cidadão que tem tempo para calcorrear um mercado acidentado, fazer compras dedicadas e pagar tudo em caixas independentes, ou seja é raro o cidadão que dispõe de duas horas para comprar produtos frescos e de mais uma hora para comprar todos os outros bens essenciais no supermercado, para não falar nos problemas de estacionamento.
No que diz respeito ao mercado do Bom Sucesso, é um mercado com um bom parque de estacionamento nas traseiras, de onde é possível inalar o cheiro a peixe e demais produtos, que retiram a vontade de acesso a qualquer transeunte...
Portanto, e se optamos pela prevenção, acautelemos desde já erros como o da reabilitação do mercado da Sé – novo e abandonado.
Acautelemos os excessos de despesa reaproveitando o projecto que existe.
Acautelemos o futuro do comércio tradicional elevando a sua classe através de novas exigências e certificações.
Acautelemos a situação de realizar obras num prédio degrado mantendo a sua ocupação, arranjando desde já locais adequados que possibilitem a transição quando as obras começarem.
E acima de tudo acautelemos o nosso futuro, aprendendo a fazer com aquilo que temos, aquilo que precisamos.
Cristina Santos