2004/07/16

De: Cristina Santos - "Custos não compensam" 

Caro Tiago

As exigências são muitas e as contrapartidas não podem ser asseguradas ao empregador, com uma lei que não se adapta às novas formas de trabalho.
Vejamos:
(para os trabalhadores já contratados)
Entende-se por período de funcionamento o intervalo de tempo diário durante o qual o estabelecimento pode exercer sua actividade, nos estabelecimento de venda ao publico o funcionamento determina-se por período de abertura.
O período normal não pode exceder as 8 horas diárias e as 40 semanais.
Pode ser eventualmente aumentado mas nunca pode exceder as 50 horas semanais.
É garantido ao trabalhador um período mínimo de descanso semanal de 11 horas seguidas.
O trabalho suplementar só pode ser prestado quando a empresa tenha de fazer face a acréscimos eventuais e transitórios, dá direito a folga remunerada, e quando prestado em dia efectivo de descanso a remuneração não inferior a 100%.
(para eventuais contratos)
Considera-se trabalho a tempo parcial o que corresponde a período semanal não inferior a 75% do tempo praticado, tem direito à remuneração prevista na lei.

Assim e considerando o que se diz por aí que o nosso salário é o mais baixo, e esclareçamos de uma vez por todas que atendendo à remuneração ilíquida (+34.75%) , e ao facto de possuirmos o mais baixo nível de produção, o nosso salário é sem duvida o mais alto da Europa.
Claro que o trabalhador não tem culpa da carga fiscal e de descontos, que proporcionam mais tarde um pensão mísera, contudo temos que fazer conta a esses impostos, a seguros, segurança medicina no trabalho, subsídios de alimentação e transporte, baixas médicas e afins, subsidio de férias/natal etc...Também não tem culpa de não ter formação e equipamento, mas beneficiam de uma Lei que premeia a efeciencia.
Nestes termos será com certeza difícil para quem vende artigos de 5 Euros, acrescer a todos os seus custos a remuneração extra para trabalho ao fim de semana ou trabalho a tempo parcial.
No passado ano de crise, interroguei muitos comerciantes do porque de nos mês de Agosto, os restaurantes estarem fechados ao turismo e aos clientes habituais, bem como pequenas lojas mercearias, a resposta foi ó menina, para que ficarmos abertos gastamos mais luz (caríssima), de água, e sabe Deus para pagar as férias aos trabalhadores, ficar aqui só significa acréscimo de despesas.
Posso pecar, mas os nossos trabalhadores principalmente os indiferenciados, são pouco efecientes, pouco produtivos, gozam de direitos inigualáveis na Europa, e não estão dispostos a sacrificar nada pelo bem do empregador.
Quantas vezes trouxe o meu trabalho para casa, sai do gabinete às 10 da noite, só para deixar o trabalho bem feito, e por considerar que deveria te-lo conseguido no horário normal, como não o consegui tenho que me despender do meu tempo, quantas vezes?
Sabem muito bem os seus direitos e desconhecem os seus deveres, apoiados por uma politica sindical que quer chegar ao poder fazem manifestações, só para faltar ao trabalho, os Sindicatos são ao momento responsáveis pela maior crise de desemprego que já se viu, não premeiam as suas intervenções pela compatibilização, exigem tudo do empregador , não retribuindo nos sacrifícios que as actividades exigem para se desenvolverem na actualidade.
Os custos com um trabalhador, faltoso incompetente, a segurança social, tudo é caríssimo desde a Luz, e não pode o empregador solicitar que trabalhem ao fim de semana?, tem que contratar novas pessoas (com custos elevadíssimos), se não, não tem hipótese de salvar a sua lojinha????, então mais vale manter enquanto vai dando, porque o rendimento do fim de semana, seria para pagar ao novo trabalhador.
É nesta perspectiva que as Leis do 25 de Abril, prejudicam todo o desenvolvimento que Portugal poderia ter... Para por um trabalhador incompetente na Rua é o cabo dos trabalhos e alucinação total nas indemenizações... Já nem falo das regulações (melhores agora) do contrato a termo, será que o contrato a termo e a polivalência não faz parte da tão anunciada evolução salarial?
é incompatível a exigência actual, com a forma que se permite para o trabalho se desenvolver.
É por isso bem natural que se encerrem as empresas e se abram outras com novos trabalhaadores num shopping proximo, é por isso necessário propostas como a apresentada (e logo contrariada) para que ao Vender mais o empregdor possa então aumentar os salarios dos trabalhadores, uma coisa não é possivel sem outra.

Cristina Santos

De: Cristina Santos - "Comentários" 

Cara Rosa

Na verdade, recordamos os factos de acordo com a visão que deles tivemos, e eu deturpei a Bela canção, tens razão porque recordo as caravelas e o infante. Obrigado Rosa Bjs

Quanto ao Arq. Pulido Valente, devo contestar a sua opinião alegando que era imoral, cansativo e burocrático, a decisão da instrução do processo era adiada pela falta de qualquer declaração ou documento, e Técnico responsável pelo projecto convocado só porque faltava um documento. Se agora ao balcão verificam se o processo esta completo (o que não significa que esteja bem instruído) é um acto anti burocrático e não confusão de funções.
Era também muito triste quando um civil qualquer pretendia efectuar um requerimento, e por este se encontrar mal instruído, recebia como resposta do funcionário, «Isto não está bem, isto não é assim...» então como é , não sei o Sr. é que tem que saber.
Considero também que não vai ser por essa atitude ao balcão que os nossos técnicos vão deixar de compor o processo com todos os documentos, na medida em só ele perderia tempo e efeciencia.

No que diz respeito ao trabalho no comercio tradicional, e como todos bem sabem, a lei do trabalho apesar de corrigida tem gafes incríveis, nomeadamente o facto de um trabalhador efectivo com horário definido no contrato de trabalho poder negar-se à prestação do serviço durante o fim de semana, primeiro porque não foi contratado para o efeito, segundo porque tem filhos e a vida organizada nesse sentido, conheço vários casos em Cedofeita desse genero.
Depois o trabalho ao fim de semana (Domingo) é remunerado a 200% , dá direito a mais uma folga independente das 40 Horas semanais que eventualmente continuem a ser cumpridas, e nunca pode no total exceder um certo numero de horas.
Perante todas essas obrigações, alguns dos nossos Comerciantes , não dispõem de meios para investir, na contratação de outros funcionários para o fim de semana, ou para remunerar os existentes de acordo com essas politicas.
Note-se que até as grandes superfícies (Jumbo/Continente) perante a reivindicação sindical , do trabalho ao fim de semana, da remuneração a 200% etc... actualmente encerram ao Domingo e tem horário limitado ao sabado.
Em Portugal as Leis são amorfas e contrarias à evolução e ao desenvolvimento, enquanto não existir uma consciencialização geral, pouco há´a fazer.

Cristina Santos
 
Nota de TAF: Cara Cristina, eu não conheço com detalhe a lei que regula o trabalho que refere, mas parece-me perfeitamente normal que o trabalhador exija que o patrão cumpra também o que acordou com ele ao empregá-lo. A solução não passará por obrigar a trabalhar "fora de horas" quem não quer, mas sim em criar condições para que quem quer o possa fazer.


De: Rosa Soares - "Fado do Porto tripeiro" 

Querida Cristina:

Também eu recordo esse belo fado tripeiro, que a minha mãe cantava para me
adormecer...

Aqui vai a letra de que me lembro (tal como a minha mãe ma cantava, mas
talvez um pouco deturpada pelo seu amor ao Porto, vincando a origem tripeira
do nome de Portugal - Portus+Cale):

"Este meu Porto tripeiro
Berço de tantos heróis
Nasceu o Porto primeiro
E veio a Pátria depois...
Foi daqui deste cantinho que partiram as caravelas
Abriu no mar o caminho
Lá vão ela, lá vão elas.
Lá vão elas,
Naus do Infante a navegar,
E as estrelas brilham mais para as guiar"

P.S: Vou tentar descobrir a letra correcta, mas não resisti a enviar esta
versão por revelar bem o verdadeiro amor tripeiro... ;-)

2004/07/15

De: Pedro Aroso - "Atendimento dos munícipes II" 

Caro Amigos

Hoje de manhã encontrei o Zé Pulido Valente no novo Gabinete do Munícipe da CMP, onde me desloquei para juntar uma certidão que faltava num processo.
Expliquei-lhe que já lá tinha estado na terça-feira e que o funcionário que me atendeu teve a gentileza de me organizar todo o processo.
O JPV ficou muito escandalizado, porque entende que esta papel cabe aos arquitectos que elaboram os projectos e, caso o processo não esteja em ordem, devem ser os técnicos da Divisão do Urbanismo a comunicar ao requerente os documentos em falta.
Devo dizer que estou em total desacordo com esta leitura do JVP, o que não significa que não continue solidário com ele noutras matérias, designadamente no que diz respeito à Ordem dos Arquitectos, que tem revelado uma atitude inadmissível face à forma como os seus associados são tratados pela CMP.


Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt

De: Miguel Barbot - "E depois são os chópingues" 

Ora aqui está uma bela notícia que ilustra o meu post anterior.

Pelos vistos nem os trabalhadores nem os patrões querem ir ao encontro do mercado, pois os primeiros dizem:

"Jorge Pinto, presidente do Cernorte, afirmou à Lusa que a proposta da direcção da ACP pretende utilizar os trabalhadores do comércio retalhista como cobaias do Código do Trabalho.

"A proposta introduz profundas alterações que nada tem a ver com as necessidades do sector", disse, apontando como exemplo a possibilidade de se trabalhar ao domingo e o facto de promover a mobilidade geográfica dos trabalhadores."


e os segundos:

"Laura Rodrigues garantiu à Lusa que a ACP está contra a abertura dos estabelecimentos comerciais ao domingo (...)".

E o que dirão estes senhores, quando aos primeiros restar a solução de ir trabalhar para um shopping e aos segundos fechar a loja e abrir outra no... shopping?

De: Pulido Valente - "Atendimento dos munícipes" 

Para: Presidência da Câmara Municipal do Porto

Senhor Presidente, na primeira vez que tive de me deslocar ao atendimento da CMP verifiquei que se está a proceder do seguinte modo:
o técnico que entrega um processo tem de estar muitos minutos, mais de meia hora, sentado em frente ao funcionário que verifica, folha por folha, se o processo está bem instruído.
Esta prática é incorrecta, ilegal e atentatória da dignidade da CMP, dos seus funcionários e dos técnicos. Explico: a lei determina que o funcionário recebe os processos e que a CMP tem um prazo de dez dias para decidir se o processo está bem instruído. Não estando notifica o requerente para que junte os elementos em falta. Como se vê há dois tempos e duas responsabilidades: o tempo para receber e o tempo para verificar a boa instrução do processo. Cada uma desta funções deve ser executada por funcionários diferentes com competências e preparação diferente; a primeira é mero acto burocrático, receber os documentos, registá-los e dar o recibo; a segunda requer conhecimentos mais alargados e, eventualmente, técnicos - para além da verificação de que todos os documentos exigidos burocraticamente existem no processo-
Ora esta última verificação sanciona um acto que é da inteira responsabilidade do técnico que é obrigado a exercer a sua profissão correctamente. Agindo como está a agir a CMP assume responsabilidades dos técnicos e retira-lhes a obrigação de saber o que estão a fazer e se o que estão a fazer está correcto. Só técnicos sem dignidade e sem pundonor e respeito próprio aceitam que o seu trabalho seja verificado logo no balcão de entrada por funcionários que não estão integrados nos serviços competentes. Para além disso ao assumir este comportamento a CMP está a desvincular os técnicos de cumprir com o seu dever de apresentar convenientemente os processo de modo a que eles possam ser devidamente verificados. Passam a transmitir as suas responsabilidades neste aspecto para os funcionários da CMP que não trabalham para eles.Está-se a degradar a actividade dos técnicos e a fazer-lhes o favor de agir por eles. Mas há mais: deste modo, verificando se os processos estão bem instruídos logo na entrada, a CMP está a recusar que os serviços competentes cumpram com a sua obrigação no prazo legal estabelecido. Ora é um facto que não cumprem pelo que deste modo se mantêm os serviços de fora de responsabilidades que lhes competem. O mais grave,ainda, é que se evita deste modo que os prazos funcionem a favor do requerente. Assim a CMP foge à responsabilidade e faz, indevidamente, serviço para fora na continuidade da prática de há anos a esta parte, de maneira ilegal, errada e atentatória da dignidade quer da CMP quer dos técnicos de dentro e de fora. Por outro lado todos os munícipes não devem pagar a funcionários da CMP para que façam o trabalho da competência e responsabilidade dos técnicos de alguns deles. Nestes termos solicito a imediata correcção desta grave ilegalidade para bem da cidade, da CMP e para evitar que a CMP seja cada vez mais provinciana, atabalhoada e com os serviços menos cumpridores dos seus deveres nos quais se inclui a obrigação de cumprir prazos.

José Pulido Valente

De: Cristina Santos - "Desabafo do Porto" 

(Permiti-me um desabafo, que não é poético é sentido, que não é lutador é fadista, que de nada serve ao que pretendemos, mas é um pouco daquilo que sinto por aquilo que não conseguimos fazer )

«adeus Meu Porto Tripeiro,
Terra de tantos Heróis,
Nasces Pátria primeiro
E o mundo vem depois...»

Era uma pequena melodia, cantada em tom comovente, que me atirava às lágrimas, cujo só esta parte recordo....
Mas desde sempre senti que o Porto era entoado com saudade, com um carisma qualquer de união nacional, que hoje não consigo perceber.
Havia quem o descreve-se como terra suja, de revoltados e imorais, idos os Tempos da «água vai» na Sé, dos seus bordeis, da sua animação e concelhia proclamada, fica uma réstia da imitação daquilo que já não somos.
Sintonizo de manhã a rádio e só ouço falar Tripeiro, fico contente porque alem da graça, a critica quando dita em tom tripeiro é irónica e verdadeira.
Quantas vezes dou por mim com um sotaque, que na verdade não quero ter, como eu há muitos que não querem ser conotados com o ênfase que se dá ao timbre.
Terra de toda a gente, onde os aldeãos fizeram historia, Porto de lutadores, Porto da ironia, da mensagem metaforizada que todos dão aos seus discursos, Porto passado, historia daqueles a quem já não restam forças para lutar.
Majestic comprado pelas ideologias VIP´s, por modas que queremos adoptar.
Porto és que já não reivindicas, que já não dizes de Lisboa que te ocupou ilegal, Porto que Hoje é difícil retratar na luta e no acontecimento.
Não me ocorre justificação, que não seja centenária, para ensinar o meu filho a amar-te, é difícil para os que estão compreenderem aquilo que foste e já não és.
Nem os sítios existem para testemunhar, nem o coração de D. Pedro garante a mordomia, a cultura, o socorrismo que quero partilhar.
Pergunto-me vezes sem conta, o que terei do Porto para ensinar quando a força já me faltar, que lutas que avanços vou descrever mais tarde, que vistorias teve a minha geração, que é que conseguimos fazer .
Parece que foste tão perfeito que nos deixaste tudo feito, e hoje nem te sabemos conservar.
O que direi não sei ... talvez um lamento.

Cristina Santos

De: Miguel Barbot - "Horas" 

O Pedro lançou no seu blog uma adivinha.

Pelo cenário, tudo levava a crer que estávamos perante mais um dia de febre futebolística, com ruas desertas e lojas fechadas e a malta de Carlsberg na mão concentrada em frente aos ecrãs gigantes. Mas, para meu espanto (ou não), recebo um e-mail do autor do Blog que me diz:

"As fotografias foram tiradas na passada 5ª feira, numa tentativa honesta de fazer compras no tão falado comércio tradicional, mas tive a infelicidade de ir em horas impróprias: 19h20!" (Pedro, espero que não leve a mal ter publicado parte do e-mail).

Após ter recebido o e-mail em causa, li também este artigo sobre a recuperação do Bolhão onde podemos ler:

"Alcino Sousa acredita que o prolongamento do horário de abertura do mercado até às 19h00 - horário das restantes lojas comerciais da baixa - será uma mais-valia para o negócio.
Actualmente, o Bolhão abre às 7h00 e encerra às 17h00.

Mas este "acompanhamento do horário do comércio tradicional" é algo que não é pacífico. Pelo menos "enquanto trabalharem no mercado funcionários públicos", como fiscais e varredores, que não "aceitam estas alterações"."


Tendo passado várias vezes na Ribeira nos últimos tempos, constatei uma nova dinâmica bastante engraçada: encontrei lojas que não conhecia, orientadas para um público-alvo jovem e abertas até tarde, destacando-se claramente por uma nova filosofia que não foi ainda adoptada pela maioria dos comerciantes que se queixam da concorrência dos centros comerciais.

Caros amigos, os tempos mudaram, e quem quer sobreviver tem que se adaptar. As lamúrias não servem de nada se não existirem políticas empresariais modernas orientadas para o mercado. E enquanto não houver esta adaptação, não haverá clientes, mesmo que no futuro venham a existir todas as lojas e marcas de referência na Mouzinho da Silveira. Ninguém vai sair do seu emprego a correr para ir aos saldos, se o puder fazer confortavelmente depois do jantar. Por favor adaptem-se, abram antes das 9h00, não encerrem à hora do almoço e não vão para casa ao mesmo tempo que os clientes.

A CMP também devia contribuir. Confesso que desconheço a lei relativamente a este ponto, mas se esse for o impedimento, não custa mudar em nome da revitalização.

De: Cristina Santos - "HOSPEDAGEM - CASOS" 

O projecto de acolhimento e intersocialidade parece-me uma medida extraordinária.
Isto porque ao contrario destes idosos de Santo Ildefonso outros há, que pagam de renda ao Senhorio a modesta quantia de 70/100Euros por um edifício atípico, e sub-alugam os quartos aos estudantes pelas quantias de 150/200Euros.
Essas hospedagens, que conheci através de jovens universitários, não prevêem o uso da cozinha, impõem horas de entrada e uso de certos compartimentos, é um alojamento precário, mas o único que alguns estudantes podiam pagar.
A algum tempo a esta parte os estudantes optaram por alugar espaços em conjunto, assim esses Idosos alugam agora os quartos, muitos sem ventilação onde as pessoas cozinham e dormem, a pessoas co-apoiadas pela segurança social, é verdade, muitos carenciados alugam esses quartos que a Segurança Social paga por serem mais baratos que os das Pensões/ Hospedarias.
Nesses edifícios são partilhadas as faltas de condições, as imposições de um senhorio explorador que cobra 200Euros mês pela Hospedagem.
Bem, na Rua da Boavista há um edifício que agora é património, alugado por um casal de idosos ao verdadeiro senhorio, que hospeda Brasileiros, um Casal muitos carenciado que recebe os filhos ao fim-de-semana, duas jovens . Contudo estes inquilinos consideram que apesar de comerem e cozinharem nos quartos, pedirem autorização para lavar as suas roupas, ouvirem enormes represálias sobre o uso e o consumo da água, até é barato e bom porque já inclui agua e luz, e por esse preço não encontravam lugar para residir.
Poderia continuar a relatar casos, por exemplo o da Senhora idosa que em tempos consegui alugar todos os pisos da casa , uma Casa na margem do Rio, com um enorme quintal, com várias entradas, chegou a hospedar pessoas até debaixo do vão da escada.
Hoje não permite ao Senhorio a realização de obras, ela vai zelando pela conservação, nega que os jovens que lá se encontram paguem alguma coisa, não cede o 3º piso ao Senhorio, embora hoje a senhora seja sozinha sem marido e os filhos residem noutros concelhos, e faz ali uma boa quantia com os Universitários do Campo Alegre, uma vez que paga de renda apenas 39 Euros.

Mas seria injusto não divulgar outro tipo de alojamento também gratuito muito usual na Freguesia da Sé, trata-se de uma Senhora Idosa sem filhos com enormes dificuldades de locomoção, há alguns anos alojou um casal com duas filhas gratuitamente, como a fracção que a idosa ocupa vai sofrer obras de recuperação que exigem o abandono temporário, esta Senhora está preocupadíssima que não arranjem alojamento para os seus acompanhantes, e que eles acabem por abandona-la, então a pés juntos assegura que a Senhora que com ela reside é sua afilhada. A fracção esta sub dividida, a Varanda fechada para quarto, sobrelotada etc., para a idosa não é relevante toda aquela salubridade por excesso de lotação, o que pretende apenas é companhia e não ir para um Lar. Nega qualquer reposição de tipologia que retire algum dos quartos criados.
Por sua vez sua dita «afilhada» diz ter direito a ocupar a casa, se arranjarem outra casa para idosa tem que contar com a sua família, que a casa deve ser recuperada com vista à provisão de divisões suficientes para toda a família, alega ter todos os direitos desta ocupação, porque reside lá a algum tempo e é mesmo afilhada da Idosa.


Cristina Santos

De: TAF - "Excelente ideia!" 

No JN: O "aconchego" que faltava a estudantes universitários.

"inovador: Idosos de Santo Ildefonso hospedarão gratuitamente 20 alunos forasteiros, durante o ano lectivo Intenção é alargar o programa a habitações de todo o centro da cidade."

N'O Comércio do Porto:
Vinte idosos de Santo Ildefonso vão alojar estudantes universitários

2004/07/14

De: Rosa Soares - "História do PORTO e das suas ÁRVORES!" 

Caros amigos:

Permitam-me uma agradável sugestão leitura para férias sobre o Porto e as suas árvores notáveis!

Trata-se do livro que Luis Miguel Queiroz, no suplemento "Porto Local - Público", e Manuel António Pina, na revista "Visão", consideraram notável quer do ponto de vista técnico quer literário: intitula-se "À SOMBRA DE ÁRVORES COM HISTÓRIA", e é de autoria de Paulo Ventura Araújo, Maria Pires de Carvalho e Manuela Delgado Leão Ramos, tendo sido editado pela Campo Aberto.

Com cerca de 150 páginas de texto e numerosas fotografias a cores, o livro revela uma visão pouco conhecida e fascinante da história do Porto em conexão com a história das suas árvores e do seu gosto pela jardinagem, dos seus paisagistas e "jardineiros" e das publicações que incentivaram no século XIX o gosto pela árvore e pelo jardim.

Saudações cordiais,

Rosa Soares
P.S.: Eis os contactos dos três autores:
mpcarval@fc.up.pt
mdlr@sapo.pt
paraujo@fc.up.pt

De: Cristina Santos - "arranjos em Cedofeita" 

Caros amigos

A Rua de Cedofeita esta mais bonita, naturalmente já sabiam , mas a Rua está enfeitada por pendurais com lindos arranjos, que a Câmara cuida com carinho, regando-os diariamente através de um pequeno tractor.
Movimento, o movimento pedonal era escasso, mas o movimento viário nas ruas circundantes é de pasmar, aliás é de parar por meia hora.
Mas enfim... à falta de grandes medidas é agradável ver os arranjos a pender dos Prédios, como estão ao nível da cota do rês-chão lá vão dispersando a atenção daqueles que olham para lojas muito bonitas, cimadas por habitações devolutas, beirais a cair, caleiras sem suporte...
Os arranjos foram uma boa iniciativa
Cristina

De: Armando Peixoto - "Considerações..." 

Fui ontem dar uma volta pela Boavista e decidi ver como tinham ficado as recentes obras de remodelação da rotunda. Embora não tenham havido (até agora) alterações de vulto, pode-se dizer que a rotunda ficou mais "airosa". Agora, o que mais me chamou a atenção, foi o facto de se ter reabilitado a rotunda e não se ter reabilitado também o monumento central! Uma rotunda "nova", arranjadinha, e um monumento sujo e com grafittis! Será que não havia dinheiro para dar pelo menos uma limpeza ao dito??? Aumentou-se o redondo central para dar mais visibilidade ao monumento, mas não se deu um jeito ao mesmo para ser digno de ser visto! Bem, espero que a câmara dê pelo deslize...

Já que estava a falar de grafittis, acho uma autêntica vergonha a quantidade de rabiscos que enfeitam a maior parte das paredes (e nao só) da cidade. Será que alguma vez, algum executivo se vai empenhar, à séria, a resolver esta situação?? Será que depois dos trabalhos de reabilitação efectuados pelas SRUs, vamos ter os acrescentos artísticos usuais dos "artistas" da rua? Para que as reabilitações, nomeadamente das fachadas, sejam efectivas, convém achar também uma solução para impedir os vandalismos. Eu propunha uma maior vigilância da polícia e punir os infractores com várias (muitas) horas de trabalho comunitário a apagar das paredes os ditos rabiscos. E penas muito mais pesadas para reincidentes. Também seria uma ideia fazer uma acção tipo "Porto Feliz" que incentivasse e sensibilizasse as colectividades da cidade, que são muitas, a criar grupos cívicos para limpeza das paredes, nos seus bairros ou freguesias. Outra coisa que seria interessante, até porque além dos rabiscos também se encontram graffitis com muita qualidade, seria criar uma espécie de "galeria" de grafitti, em que as pessoas podiam fazer os seus desenhos à vontade, e os melhores eram aproveitados para exposições. Além de ser algo que ficava barato (só precisava de um espaço e algumas paredes), seria um espaço vivo em que as obras de arte, depois de serem criadas e postas em exposição, podiam simplesmente ser apagadas e criadas outras diferentes. Além disso, também dava a possibilidade aos viciados do rabisco de riscarem paredes que apenas têm esse objectivo - serem riscadas... Mas isto é só uma ideia:)

Quanto à polémica dos Aliados, tenho de dizer que concordo com a posição do Rui Sá. Embora seja a favor de mais áreas apenas para peões/transportes públicos, depois de pensar melhor tenho de dar alguma razão à Cristina Santos e ao Miguel Barbot, e concordar que será difícil encontrar alternativas viárias à Avenida dos Aliados. No entanto, se o executivo tiver encontrado alguma solução que nos tem escapado a todos, deverá apresentar primeiro o estudo e o projecto de mobilidade de toda a zona. Há que justificar a viabilidade do projecto, para não dar ar de ser tudo feito "à martelada".

Quanto ao último post do Miguel Barbot, e como já o tinha dito, também sou da opinião que é fundamental, para o futuro e reabilitação do Porto, a criação de uma zona empresarial/industrial de qualidade. É imperativo a existência de grupos empresariais fortes, industrias tecnológicas e desenvolvimento na cidade. Quer para fixar população, criar empregos de qualidade e trazer capital para o Porto. Volto a dizer que o investimento nesta zona deve ser forte e deve ser um projecto que se destaque, e não uma coisa tímida e com pouca ambição. Fala-se num índice de construção de 1,6. Não percebendo eu muito dessa área, gostava de perguntar se esse é um índice que permita a tal "construção em altura". E de que altura estamos a falar?

Os meus cumprimentos

Armando Peixoto

De: Miguel Barbot - "Digam o que disserem..." 

Gosto muito desta ideia.

"Igualmente alterados foram os índices médios de construção. Poderão oscilar entre 0,8 (significa isto que num hectare de terreno é possível construir oito mil metros quadrados) e 1,0. A única excepção é a Zona Empresarial do Porto, onde o índice sobe até aos 1,6. O projecto abrange a área industrial de Ramalde, que se quer reestruturada tendo em vista a fixação de actividades ligadas a diferentes áreas de negócios. Para tornar isso possível, Ricardo Figueiredo diz que a autarquia está a ultimar um estudo de mobilidade para a zona que, uma vez concluído, será negociado pelo Instituto de Estradas de Portugal. "Tínhamos um projecto de afundamento do IC1 que era muito caro, mas pode-se criar passagens superiores e inferiores que tornem fácil o atravessamento entre as margens nascente e poente da avenida da AEP", antecipou o vereador do Urbanismo."

Artigo completo no último link apresentado pelo TAF.


Há já algum tempo que o Porto precisa de uma área empresarial à séria, à semelhança do que se passa na maioria das cidades europeias.

Não havendo espaço para algo tipo Taguspark e existindo as já conhecidas rivalidades intermunicipais entre vizinhos que impossibilitam um planeamento estratégico adequado para a instalação de uma estrutura destas fora da Cidade, a concentração numa só zona de menor dimensão, mas com índices de construção mais elevados dentro da sua malha urbana pode ser uma solução muito interessante. Existem acessos viários e ferroviários rápidos para o centro da cidade (10 minutos de metro entre Ramalde e Trindade), existe proximidade com vias de comunicação importantes (VCI e ICI) e existe espaço suficiente para que se construa em altura sem comprometer paisagisticamente a Cidade.

Se este projecto conseguir atrair/fixar investimentos de origem diversa como as empresas, instituições do sistema científico, politécnicos, centro de congressos ou comércio, só a cidade ficará a ganhar.

De: Cristina Santos - "FALTA DE TRANSPARÊNCIA" 

Face às tomadas de posição do quadro executivo /partidário da C.M.Porto ontem , mais uma vez se reforça o estado da politica de oposição maioritária. As justificações que são dadas paras decisões tomadas face às propostas apresentadas, roçam o extraordinário demagogismo perverso, factor que condiciona as contra medidas e a qualidade das decisões.
Como já vem a ser habito o vereador Rui Sá, representante da CDU, é a verdadeira oposição e balança moderadora desta Camara.
Aprova as propostas quando estas se mostram consensuais e benéficas, e reprova tudo o que não tem assentamento nem justificação.
Isto é Governar.
Claro que as respostas ou argumentos são dados em função da linguagem da proposta apresentada, o PSD errou quando lançou para o ar um balão de ensaio, para recolher opiniões, sem consulta ou debate.
Lançou a decisão sobre uma medida isolada, não estudou os enquadramentos e como tal só podia receber chumbo e criticas niveladas ao tom das suas propostas.
Este executivo teima em requer uma confiança extraordinária nas medidas que diz benéficas, mas que não justifica, colocando sempre a discussão não num nível de debate ou melhoramento, mas sim ao nível de duas opções ou aceitam ou reprovam.
Esta fé cega que requerem, esta apresentação de ideias sem justificação faz crer realmente, que se trata de vencer, pelo protagonismo de não conseguir aprovar. Redirigir o fracasso para aqueles «que não nos deixam fazer».
Pretendiam aprovar um parque, só um parque, depois do parque aprovado, aprovariam a mobilidade e a tal ideia da Praça sem carros, mas com sabem que reduzir esta zona aos transportes públicos, é uma medida difícil, que ainda não tiveram tempo de estudar , vão só decidir sobre o parque.
Podiam até decidir sobre o que fazer com o edifício devoluto e enorme no gaveto de Alferes Malheiro, mas só apresentam uma proposta de cada vez.
Agora vejamos se o Metro garantia a custo zero a construção do Parque e da dita sala, quando as suas responsabilidades contratuais se reduziam à Praça e à Avenida, qual seria a contrapartida do Metro para tal investimento?
A garantia de que a clientela estaria condicionada única e exclusivamente aos seus serviços.
Depois a urgência requerida sobre esta decisão, manifesta uma total falta de transparência ... um negocio obscuro, caso assim não fosse a executivo teria tido o cuidado de ter argumentos , é na apresentação de argumentos que demonstramos que estudamos a proposta, parece mais uma coação, um vinculo contratual que ninguém quer revelar...
Cristina Santos.

De: TAF - "Estacionamento subterrâneo e PDM" 

No JN:
Rui Rio forçou a votação e o parque foi chumbado.

No Comércio:
Oposição chumba estacionamento na Praça Humberto Delgado.

No Público:
Vereador Garante Que PDM Não Abre Portas à Construção no Parque da Cidade.

2004/07/13

De: Miguel Barbot - "Humberto Delgado e Mobilidade" 

Rui Sá veio colocar um travão nas pretensões do Arq. Figueiredo de fazer aprovar no imediato o parque da Humberto Delgado, sem que antes seja decidido o futuro de toda a zona dos Aliados, sugerindo um estudo mais aprofundado da questão tendo como base o plano de mobilidade aprovado em 2000:

Hoje no Público:
Vereador Comunista quer Plano de Mobilidade para a Baixa do Porto

"Rui Sá entende que a restrição do trânsito automóvel no miolo da Baixa é um assunto "demasiado importante", pelo que não encontra razões para, no imediato, o executivo se pronunciar sobre o parque, primeiro porque a sua construção não é pacífica, depois porque, neste momento, a discussão ganhou uma nova dimensão com o desafio lançado por Figueiredo."

"O vereador deve apresentar uma proposta concreta para depois se apreciar e votar na câmara, em vez de andarmos apenas a discutir ideias inconsequentes"

"Se o presidente da câmara não for sensível aos argumento do eleito da CDU, adiando a discussão, Rui Sá responde votando contra a proposta. O PS, por seu lado, já fez saber que vai votar contra."


E no JN:
Parque de estacionamento em risco de ser chumbado

"O PS está contra a descaracterização do coração da cidade, enquanto a CDU defende que a construção do equipamento seja justificada no novo plano de mobilidade para a renovada Avenida dos Aliados e a Praça da Liberdade sem automóveis."

"A construção do parque de estacionamento não pode ser desenquadrada da discussão que se lançou, agora, de encerramento ao trânsito da Praça da Liberdade. À partida, a retirada dos automóveis pode ser bastante interessante para a cidade. É uma ideia que deve ser acarinhada, mas tem de ser aprofundada", indica Rui Sá, lembrando que as ideias para a Avenida dos Aliados e para a Praça da Liberdade não constam da proposta do Plano Director Municipal, cuja discussão termina hoje. "Existe um plano de mobilidade, aprovado pelo Executivo, que nunca foi revogado. A zona central é fulcral para as ligações de entrada e de saída da cidade. Temos de analisar as implicações na construção de vias alternativas"


No Comércio:
Parque de estacionamento na Praça Humberto Delgado com chumbo à vista

"A proposta de aprovação da abertura de concurso público para concessão da construção e exploração do parque está agendada para a reunião privada de hoje da autarquia mas deverá receber o chumbo em bloco da oposição."


No Janeiro:
Rui Sá quer inserir proposta na discussão do projecto global- Parque de novo adiado

"Não devemos separar a discussão de um parque de uma discussão mais global, como a mobilidade no centro da cidade", acrescentou. Por isso, a proposta de Rui Sá é que se retire da agenda a votação deste ponto. Porém, isto não significa que se coloque de lado o projecto."

De: TAF - "Mais um local" 

Desta vez a visita foi ao "Bibóporto", um restaurante simpático na Rua José Falcão.


Esta minha "missão de repórter" na Baixa tem a vantagem de me levar a sítios por onde passo inúmeras vezes mas que raramente visito...
Fui lá jantar com a minha mulher cerca das 20:30. Ambiente calmo, pouca gente. Tem ao fundo uma esplanada que deve ser mais utilizada à hora do almoço, julgo eu. Os pratos do dia a preços mais económicos esgotam quase todos de manhã. Desta vez fiquei-me por uma salada vegetariana. (Escolho pratos vegetarianos sempre que me parecem uma alternativa aceitável.)


Há 4 outros locais (todos muito próximos uns dos outros) que recomendo mas que ainda não fotografei para o blog.

1) O restaurante do Museu Soares dos Reis. Tem um espaço muito agradável no pátio interior. É muito sossegado, pois está protegido do ruído pelo próprio edifício do museu.

2) Quase em frente, um restaurante vegetariano no piso inferior do Crystal Park (acho que é assim que se chama o pequeno centro comercial ao lado da Reitoria da Universidade do Porto). Óptima comida, podem-se experimentar várias receitas de uma só vez pois paga-se a peso.

3) O café/restaurante do Palácio de Cristal. Vou de vez em quando lá tomar café, mais raramente do que aquilo que gostaria. Passeia-se pelo jardim e pode-se visitar a Biblioteca Almeida Garrett para ler os jornais do dia, por exemplo. Se morasse mais perto do Palácio se calhar até ia para a biblioteca uma parte do dia quando tivesse que ler alguma documentação minha ou escrever algum texto.

4) O Solar do Vinho do Porto. Não tem fumo (nunca lá vi ninguém fumar) e, naturalmente, é quase má educação ir tomar café em vez de beber um Porto. Os cálices de LBV são a preços perfeitamente acessíveis, tanto como um café em certas esplanadas. Vale a pena.
O atendimento é de qualidade variável. Tanto mostram muita simpatia e auxiliam de forma cuidadosa na escolha do vinho, como despacham quase bruscamente o cliente quando está a chegar a hora de fechar que cumprem com extremo rigor...

2004/07/12

De: Cristina Santos - "Que me interessa - não estou cá amanhã!!!" 

Li num média qualquer que Dr. Rui Rio, não se candidataria a novo cargo.
Pela forma como a reportagem se encontrava redigida, apercebi-me logo que estas afirmações denotavam duas posições claras, a primeira que Dr. Rui Rio estava farto, que o seu perfil interventivo não versava a politica instrumental e demagogica.
A Segunda caracterizo-a como uma afronta, faça o que fizer Hoje, agrade ou não agrade ao Munícipes, é pouco relevante na medida em que não me pretendo recandidatar.
Será que entendi o nosso Presidente, ou a sua orgulhosa postura de «não me interessam os votos ou as audiências», pode causar maus entendimentos?
Seja o que for o conteúdo é demitivo. Ainda não entendi até ao momento o porque do Presidente ainda não ter renovado alguns dos Edis da sua equipa, bem mas é compreensível, também o Felipão teimou até ao fim em manter na equipa muitos derrotados, em manter a mesma estratégia em qualquer circunstância. E até podia ter corrido bem..-..a teimosia e o orgulho na nossa personalidade pode ser estratégia, tanto mais quanto a colocarmos à frente da nossa capacidade de adaptação profissional.
Sim hoje tudo é estratégia de resolução,quando nos falta o profissionalismo, colocamos a nossa personalidade e simpatia, como forma de garantir o prometido.
Depois na hora da Guilhotina, como tudo é personalidade... tambem errar é humano.
Já agora gostaria de V. perguntar onde posso encontrar o programa eleitoral que levou este executivo ao Poder, é que na verdade sei que versava a «habitação, solidariedade e segurança», para além do Vale dos Leprosos (São João de Deus) , não consigo recordar as verdadeiras linhas de orientação. Gostaria também de saber se existe mais que um Programa ou se o anterior foi alterado.
Obrigada.
Cristina Santos

De: Cristina Santos - "Democracia dos Vereadores" 

Antes demais, permito-me a homenagear o cumprimento das funções com idoneidade e isenção, por alguns dos membros do Governo do nosso Pais.
Mas, permito-me também a reflectir o actual termo democracia. Do entendimento que faço do mesmo, considero que o seu primeiro imperativo assenta nas decisões tomadas pela maioria representada (povo), mesmo que o Povo esteja errado ou induzido pelos Médias, as decisões ou inclinações maioritariíssimas tem que ser aceites e cumpridas.
No entanto, e que fique claro , a decisão recente veio ao encontro das minhas ilusões, até fui acusada de Fascista, de tudo enfim..., mas reflecti, porque de facto nós elegemos um Executivo que nem sempre tem projecto antes das eleições, nem sempre conhecemos o seu teor, é por isso normal, que cabiz-baixo aceitemos aquilo que um pequeno grupo de representantes define como melhor, mesmo que não estivesse previsto no seu projecto eleitoral, mesmo que não cumpram o prometido e troquem essas promessas por outras.
Nada mais ilustrativo que a nova proposta de Ricardo Figueiredo, embora não tenha sido requerida pelo povo, embora não fosse planeada, embora não resulte de qualquer acontecimento novo, este Sr. quer impor uma tendência ao Povo, para que ele se adapte antes de estar preparado, para uma Cidade que o Edil quer sem carros, e o Povo quer um cidade sem carros?
Aqueles que o seu meio de trabalho é viário, querem uma cidade sem carros, ou mudarão para as periferias onde os acessos são facilitados?
Aproveitar e requer do metro o embelezamento, é uma contrapartida municipal Justa, mas aqui a contrapartida parece-me ser remunerada ao contrario, o metro faz a praça e o município garante-lhe quase a exclusividade de acesso.
É bonito ver uma Praça calcetada, ocupada por esplanadas, onde curtimos, passo a expressão sem carros etc., mas é urgente?passamos assim de um projecto para outro impomos ao Povo a nossa vontade, e quanto ás soluções ainda as vamos arranjar, nem sequer podemos decidir sobre uma matéria que foi bem estudada.
Estas imposições que se pretende que o Povo aceite e adira, tem levado a Cidade à desertificação, esta teimosia departamental, de impor ao invés de propor ou adaptar, leva que o Povo nem discuta, nem se interesse ... simplesmente se mude.
Ricardo Figueiredo não vai restaurar nenhum edifício, vai fazer um parque novo e gastar muito dinheiro, Ricardo Figueiredo não vai aproximar o Centro do resto da Cidade, vai limita-lo aos utilizadores do Transporte Publico.
Ricardo Figueiredo conta que os trabalhadores dessa zona, usem esses meios de mobilidade para se deslocarem aos empregos, o que o Edil não conta é com o encerramento de mais empresas de prestação de serviços por falta de mobilidade. Vai ganhar gente ao fim de semana, e perder todo o movimento semanal.
Pensei que se tratava de um processo de distracção, agora sei que se trata de um projecto de imposição, uma garantia para o metro que teme não ter clientes para esse percurso.
Se Ricardo Figueiredo avançar terá que mudar o uso dos Edifícios circundantes, fazer novas vias, ganhará a exposição dos Paços, mas num futuro próximo e em prol de um projecto bandeira de campanha, tudo terá que retomar o seu traçado.
É que no porto já esta tudo inventado precisa é de ser renovado...

Cristina

De: Miguel Barbot - "O escadório da Câmara no JN" 

Ao que parece a ideia lançada pelo João Medina neste post aqui na Baixa do Porto relativa à reposição da escadaria do projecto inicial da CMP teve ecos fora do blog.

Em artigo no JN, Jorge Vilas:

"E, já que estamos com a mão na massa, por que não aproveitar a ideia que João Medina lançou nas colunas do jornal "Público": reconstruir o escadório da Câmara do Porto que fazia parte integrante do projecto inicial do edifício municipal e que, em meados dos anos 50 - a tempo da sua inauguração oficial - foi substituída pelas rampas de acesso dos automóveis à entrada principal do imóvel? Não é que eu queira voltar à minha infância, mas a verdade é que fui daqueles que tiveram o privilégio de nelas brincar nos verões escarolados da década de 40 do século passado..."

Onde se lê "Público" entenda-se "Baixa do Porto", a não ser que existam dois Joões Medina com as mesmas ideias.

Miguel Barbot

De: TAF - "Pão Quente" 

Defendo a teoria de que há esperança na recuperação da cidade onde exista um "Pão Quente" a funcionar. Ontem fui tomar café a um na Praça das Flores.


Às 11 da noite de um Domingo estava aberto e tinha gente. :-)

  

2004/07/11

De: TAF - "Jornais" 

- JN: Metro dá Liberdade aos peões.
- PJ: Mudanças à vista na Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados.

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