2005/04/30
De: TAF - "Jornais"
- Centro materno-infantil: Ministro não paga mas admite dialogar com Rio
- Albino Aroso critica “caciques” políticos do PSD no caso do CMI
- Ministro aceita diálogo mas recusa-se a financiar bairro
- Albino Aroso defende equipamento junto ao Hospital de Santo António - «o trabalho da SRU pode também ser aproveitado para revitalizar o hospital de Santo António, situado no centro da cidade, assim como os centros de saúde próximos» - Ler também estes comentários do Francisco Rocha Antunes.
- Paulo Mendo defende saída do Túnel de Ceuta na Rua D. Manuel II
- Apelo ao ministro da Saúde contra a saída no hospital
- SRU: Arlindo Cunha anunciou a criação de uma loja
- Sociedade de Reabilitação Urbana abre loja para informar interessados
- Regulamento dos bares sem alteração
- Sede da Metro suspensa em seis pilares
- Ikea custa 60 milhões e abre no início de 2007
- Ikea de Matosinhos abrirá portas no início de 2007
- Aeroporto do Porto com mais destinos e frequências no horário de Verão
- Cada cavadela, uma minhoca - opinião de Pedro Baptista
- Dar a volta a isto - as autárquicas vistas pelo PS
- Assis quer Media Parque de Gaia a assegurar programação da RTP 2 - «Depois de ouvir as críticas do director do instituto, Pedro Guedes Oliveira, sobre a ausência de um projecto de "incubadora" para novas empresas no Campus Universitário junto ao Hospital de S.João, Assis aproveitou para referir que o seu programa eleitoral conterá propostas para "transformar a zona da Asprela num verdadeiro Campus Universitário".» - Então e o "Parque da Inovação" proposto pela SRU mais no centro da cidade? Haja coordenação!
- Na blogosfera - o blog em papel.
Curiosidade: este foi o post número 1698 desde o início do blog há um ano. :-)
- Albino Aroso critica “caciques” políticos do PSD no caso do CMI
- Ministro aceita diálogo mas recusa-se a financiar bairro
- Albino Aroso defende equipamento junto ao Hospital de Santo António - «o trabalho da SRU pode também ser aproveitado para revitalizar o hospital de Santo António, situado no centro da cidade, assim como os centros de saúde próximos» - Ler também estes comentários do Francisco Rocha Antunes.
- Paulo Mendo defende saída do Túnel de Ceuta na Rua D. Manuel II
- Apelo ao ministro da Saúde contra a saída no hospital
- SRU: Arlindo Cunha anunciou a criação de uma loja
- Sociedade de Reabilitação Urbana abre loja para informar interessados
- Regulamento dos bares sem alteração
- Sede da Metro suspensa em seis pilares
- Ikea custa 60 milhões e abre no início de 2007
- Ikea de Matosinhos abrirá portas no início de 2007
- Aeroporto do Porto com mais destinos e frequências no horário de Verão
- Cada cavadela, uma minhoca - opinião de Pedro Baptista
- Dar a volta a isto - as autárquicas vistas pelo PS
- Assis quer Media Parque de Gaia a assegurar programação da RTP 2 - «Depois de ouvir as críticas do director do instituto, Pedro Guedes Oliveira, sobre a ausência de um projecto de "incubadora" para novas empresas no Campus Universitário junto ao Hospital de S.João, Assis aproveitou para referir que o seu programa eleitoral conterá propostas para "transformar a zona da Asprela num verdadeiro Campus Universitário".» - Então e o "Parque da Inovação" proposto pela SRU mais no centro da cidade? Haja coordenação!
- Na blogosfera - o blog em papel.
Curiosidade: este foi o post número 1698 desde o início do blog há um ano. :-)
De: Alexandre Burmester - "Atitudes e Lugares"
Caro João Paulo Peixoto,
Compreendo bem o que diz, quando se refere à preocupação do lugar e à consequente intenção de inserção de um objecto Arquitectónico. Afinal foi assim que "aprendemos" a responder ao contexto.
Só que o "contexto" da Casa da Música não se restringe à Rotunda, à Boavista, ou até ao Porto. É antes um objecto cosmopolita e de inserção internacional.
Quanto ao conceito de inserção, diria que no mínimo é bastante relativo. Porque será antes de tudo necessário identificar qual o contexto. Depois saber ajustar espaços, desenhos e funções, é um processo individual e sujeito a interpretações. A mesmo a língua que aqui falamos e escrevemos tem com certeza significado diferente para nós.
Os estádios do Euro 2004, são um bom exemplo do que refere, e estarei de acordo consigo no geral. Embora não consiga achar que dadas as dimensões de um estádio de futebol, qual de entre os que se fizeram estará melhor inserido na escala do contexto local. Se falarmos de desenho diria que não devíamos confundir as "Taveiradas" com atitudes de outro gabarito (o mau e o bom desenho também é aqui bastante relativo - embora para mim não). E se falarmos de espaços e funcionalidades, se calhar serão ao contrário, os piores aqueles que referiu como melhores, e estes melhor inseridos no contexto do "espírito" do Futebol. (Veja lá se os Benfiquistas e Sportinguistas não acham lindas as suas catedrais).
Diria finalmente que inserção é por vezes, senão na maioria delas, dado o contexto que refere, "destruíram sem pudor as paisagens urbanas e rurais, por desleixo, incúria, analfabetismo, e claro, muito oportunismo de especulação...." torna exactamente necessária a atitude de ruptura.
E afinal o que é assim tão fantástico no contexto da Boavista e da Rotunda? Uma Avenida por requalificar e que querem se torne uma linha de comboio? Ou uma rotunda recentemente requalificada, e que perdeu a oportunidade de ter e ser alguma mais valia para o local? Serão isto exemplos de "Inserção"?
A última mais valia no contexto da Boavista, da cidade, região e País, do ponto de vista cultural é mesmo a Casa da Música. Espero é que para "animar a malta", mude a sua actual Administração, que ainda não entendeu como muitos outros de cabeça "pequenina" a sua dimensão, para que se possa tirar partido do equipamento que temos. Tem sido visitada e divulgada a nível Internacional, por muitas individualidades e meios de comunicação. Na semana passada presenciei os Embaixadores da Holanda, O Secretário de Estado da Cultura Holandês, e uma Comissária Europeia, no espectáculo do Alfred Brendel. Da Casa da Música, da Câmara ou do Governo não se encontrava ninguém...
Se calhar precisamos mesmo é que alguns "Boys" voem. Cumprimentos
Alexandre Burmester
Compreendo bem o que diz, quando se refere à preocupação do lugar e à consequente intenção de inserção de um objecto Arquitectónico. Afinal foi assim que "aprendemos" a responder ao contexto.
Só que o "contexto" da Casa da Música não se restringe à Rotunda, à Boavista, ou até ao Porto. É antes um objecto cosmopolita e de inserção internacional.
Quanto ao conceito de inserção, diria que no mínimo é bastante relativo. Porque será antes de tudo necessário identificar qual o contexto. Depois saber ajustar espaços, desenhos e funções, é um processo individual e sujeito a interpretações. A mesmo a língua que aqui falamos e escrevemos tem com certeza significado diferente para nós.
Os estádios do Euro 2004, são um bom exemplo do que refere, e estarei de acordo consigo no geral. Embora não consiga achar que dadas as dimensões de um estádio de futebol, qual de entre os que se fizeram estará melhor inserido na escala do contexto local. Se falarmos de desenho diria que não devíamos confundir as "Taveiradas" com atitudes de outro gabarito (o mau e o bom desenho também é aqui bastante relativo - embora para mim não). E se falarmos de espaços e funcionalidades, se calhar serão ao contrário, os piores aqueles que referiu como melhores, e estes melhor inseridos no contexto do "espírito" do Futebol. (Veja lá se os Benfiquistas e Sportinguistas não acham lindas as suas catedrais).
Diria finalmente que inserção é por vezes, senão na maioria delas, dado o contexto que refere, "destruíram sem pudor as paisagens urbanas e rurais, por desleixo, incúria, analfabetismo, e claro, muito oportunismo de especulação...." torna exactamente necessária a atitude de ruptura.
E afinal o que é assim tão fantástico no contexto da Boavista e da Rotunda? Uma Avenida por requalificar e que querem se torne uma linha de comboio? Ou uma rotunda recentemente requalificada, e que perdeu a oportunidade de ter e ser alguma mais valia para o local? Serão isto exemplos de "Inserção"?
A última mais valia no contexto da Boavista, da cidade, região e País, do ponto de vista cultural é mesmo a Casa da Música. Espero é que para "animar a malta", mude a sua actual Administração, que ainda não entendeu como muitos outros de cabeça "pequenina" a sua dimensão, para que se possa tirar partido do equipamento que temos. Tem sido visitada e divulgada a nível Internacional, por muitas individualidades e meios de comunicação. Na semana passada presenciei os Embaixadores da Holanda, O Secretário de Estado da Cultura Holandês, e uma Comissária Europeia, no espectáculo do Alfred Brendel. Da Casa da Música, da Câmara ou do Governo não se encontrava ninguém...
Se calhar precisamos mesmo é que alguns "Boys" voem. Cumprimentos
Alexandre Burmester
De: João Paulo Peixoto - "«Atitudes» perante o lugar"
Pois bem, Alexandre Burmester, "pior seria se os bois voassem..." para continuar a rapsódia de metáforas, mas desta vez, vou tentar ser mais preciso.
O que mais me aflige, não é o "objecto" em si, mas sim a "atitude" e a "postura" de um arquitecto-profissional perante a resolução do problema que lhe é colocado, ou seja, perante as condicionantes não só técnico-construtivas como também, a interpretação do programa, e o modo de interacção com o lugar...
Já imaginaram como seria o Museu de Serralves, desenhado pelo Koolhaas? De certeza, que teria muito mais impacto visual que o existente do A.Siza...
Veja-se, por exemplo, os últimos estádios construídos para o Euro 2004 e não só, e repare-se na diferença de atitude, perante os locais de inserção:
Acho que facilmente se verifica que em Braga, Guimarães, Barcelos, Porto (Dragão e Bessa) e Coimbra a "postura" do edificado é bem mais ajustada ao lugar, do que em Aveiro, Leiria, Lisboa e Algarve... Enquanto que nuns se nota um certo diálogo e às vezes até escamoteamento da volumetria por respeito ao "locus", nos restantes verifica-se um exibicionismo que rompe propositadamente com a envolvente...
É esse tipo de comportamento de rotura com a envolvente, que eu considero prejudicial e muito pouco didáctico para este pequeno país que assistiu nos últimos 30 anos ao maior boom de betoneiras na Europa desde as reconstruções das cidades bombardeadas na 2ª guerra, que destruíram sem pudor as paisagens urbanas e rurais, por desleixo, incúria, analfabetismo, e claro, muito oportunismo de especulação....
Os "objectos" vão-se construindo aleatoriamente, enquanto o urbanismo continua ausente, ou adiado, com os reflexos evidentes na falta de qualidade de vida da maioria da população...
Sobre o "objecto" CM, visto isoladamente, apenas poderei afirmar que para o nosso meio, é uma arrojada obra de engenharia e de alta-tecnologia, mas deixarei que o Tempo, nos venha revelar, se a presente cenografia se consolidará como uma obra de referencia da arquitectura ou não...
Mas, estamos de acordo - o "objecto" do Koolhaas, já conseguiu abanar aquele unanimismo corporativista e doentio do politicamente correcto que impera no seio dos arquitectos e gerar o debate de arquitectura... aliás, foi com esse intuito de "abananço" que também eu escrevi estas "postas"...
Bem haja portanto, a CM e a globalização, pois nada melhor que o fluxo de informação que ela transporta, que ao permitir a aproximação e conhecimento entre os povos e as suas variadas identidades culturais e regionais, vai gerar, sem dúvida, uma maior dinâmica na discussão das ideias... O resultado, porém, só será positivo, caso haja uma consequente compreensão e respeito pelas diferenças... (os rojões têm que coexistir com os Macdonald's...)
De resto, não me venham com complexos elitistas, nacionalistas ou de outro "ista" qualquer, pois nunca foi minha intenção pôr em causa os vencedores do "nobel", dos "óscares" ou da "quinta das celebridades"
cumprimentos,
João Paulo Peixoto (aquiperto@netcabo.pt)
Ontem, por volta da meia-noite, "putos" em BMX e skate deliciavam-se nas dunas petrificadas da CM, enquanto visitantes sorridentes iam apreciando o novo espaço - seja pela música ou pelos "radicais", já não é mau desde que o povo se anime... pois "o que faz falta é animar a malta!..."
O que mais me aflige, não é o "objecto" em si, mas sim a "atitude" e a "postura" de um arquitecto-profissional perante a resolução do problema que lhe é colocado, ou seja, perante as condicionantes não só técnico-construtivas como também, a interpretação do programa, e o modo de interacção com o lugar...
Já imaginaram como seria o Museu de Serralves, desenhado pelo Koolhaas? De certeza, que teria muito mais impacto visual que o existente do A.Siza...
Veja-se, por exemplo, os últimos estádios construídos para o Euro 2004 e não só, e repare-se na diferença de atitude, perante os locais de inserção:
Acho que facilmente se verifica que em Braga, Guimarães, Barcelos, Porto (Dragão e Bessa) e Coimbra a "postura" do edificado é bem mais ajustada ao lugar, do que em Aveiro, Leiria, Lisboa e Algarve... Enquanto que nuns se nota um certo diálogo e às vezes até escamoteamento da volumetria por respeito ao "locus", nos restantes verifica-se um exibicionismo que rompe propositadamente com a envolvente...
É esse tipo de comportamento de rotura com a envolvente, que eu considero prejudicial e muito pouco didáctico para este pequeno país que assistiu nos últimos 30 anos ao maior boom de betoneiras na Europa desde as reconstruções das cidades bombardeadas na 2ª guerra, que destruíram sem pudor as paisagens urbanas e rurais, por desleixo, incúria, analfabetismo, e claro, muito oportunismo de especulação....
Os "objectos" vão-se construindo aleatoriamente, enquanto o urbanismo continua ausente, ou adiado, com os reflexos evidentes na falta de qualidade de vida da maioria da população...
Sobre o "objecto" CM, visto isoladamente, apenas poderei afirmar que para o nosso meio, é uma arrojada obra de engenharia e de alta-tecnologia, mas deixarei que o Tempo, nos venha revelar, se a presente cenografia se consolidará como uma obra de referencia da arquitectura ou não...
Mas, estamos de acordo - o "objecto" do Koolhaas, já conseguiu abanar aquele unanimismo corporativista e doentio do politicamente correcto que impera no seio dos arquitectos e gerar o debate de arquitectura... aliás, foi com esse intuito de "abananço" que também eu escrevi estas "postas"...
Bem haja portanto, a CM e a globalização, pois nada melhor que o fluxo de informação que ela transporta, que ao permitir a aproximação e conhecimento entre os povos e as suas variadas identidades culturais e regionais, vai gerar, sem dúvida, uma maior dinâmica na discussão das ideias... O resultado, porém, só será positivo, caso haja uma consequente compreensão e respeito pelas diferenças... (os rojões têm que coexistir com os Macdonald's...)
De resto, não me venham com complexos elitistas, nacionalistas ou de outro "ista" qualquer, pois nunca foi minha intenção pôr em causa os vencedores do "nobel", dos "óscares" ou da "quinta das celebridades"
cumprimentos,
João Paulo Peixoto (aquiperto@netcabo.pt)
Ontem, por volta da meia-noite, "putos" em BMX e skate deliciavam-se nas dunas petrificadas da CM, enquanto visitantes sorridentes iam apreciando o novo espaço - seja pela música ou pelos "radicais", já não é mau desde que o povo se anime... pois "o que faz falta é animar a malta!..."
De: Alexandre Burmester - "68"
Faltando hoje 68 dias para o grande dia da corridinhas da Boavista, dou uma vez mais conta do andamento dos trabalhos, que supostamente apenas servem para o dito.
Estão já a colocar as guias de acordo com o projecto do Metro, como ilustra a imagem em anexo:
Foram realmente retiradas todas as arvores em frente do Parque da Cidade, tal como referiu o António Moreira, para permitir a diminuição dos passeios:
As imagens que se anexam demonstram bem a qualidade e a preocupação pelos 3.500.000... de utentes dos transportes desta área, a que o Metro faz referência para suporte da futura linha. Senão veja-se o dimensionamento e a localização das respectivas paragens dos transportes públicos (click para ampliar):
Finalmente e para contabilização dos custos inerentes a este Grande Prémio, que se cifram em:
Alexandre Burmester
Estão já a colocar as guias de acordo com o projecto do Metro, como ilustra a imagem em anexo:
Foram realmente retiradas todas as arvores em frente do Parque da Cidade, tal como referiu o António Moreira, para permitir a diminuição dos passeios:
As imagens que se anexam demonstram bem a qualidade e a preocupação pelos 3.500.000... de utentes dos transportes desta área, a que o Metro faz referência para suporte da futura linha. Senão veja-se o dimensionamento e a localização das respectivas paragens dos transportes públicos (click para ampliar):
Finalmente e para contabilização dos custos inerentes a este Grande Prémio, que se cifram em:
- 6 milhões de euros de obras,
- 500 mil euros a pagar aos STCP pelos trilhos,
- 3 milhões para reposição e requalificação futura do trecho da Boavista,
- Mais uns milhões de indemnização pelo incomodo causado e pela vigarice em curso.
Alexandre Burmester
De: Mário G. Fernandes - "INATEL"
Contrariamente a outras situações, neste caso do Inatel e salvo alguma impossibilidade, por insuficiência de espaço (para já, insuficiência de informação da minha parte), de construção de um novo estádio, parece-me que existe solução facilmente conciliadora.
Elimine-se o projecto na parte entre a Av. Antunes Guimarães e a Rua da Fonte da Moura, o qual não faz, de facto, nenhum sentido e termine-se a nova via na Av. Antunes Guimarães. Assegure-se a construção de um novo estádio do Inatel, no espaço sobrante a Norte e encontrem-se soluções de articulação pedonal da área do novo estádio com a área (também de equipamento) que lhe ficará a Sul. Resolve-se a questão funcional de articulação da paralela à Av. da Boavista com a Antunes Guimarães; assegura-se a preservação de património e a viabilidade do projecto do Arqº Edgar Soares, mantem-se o equipamento de lazer e extensão pedagógica das escolas das proximidades e ainda se pode promover imobiliariamente a área que restará a Norte do novo estádio do Inatel.
Além de conciliadora, parece-me a solução mais sensata.
Cumprimentos.
Mário G. Fernandes
NOTA: não havendo dinheiro ou espaço para o novo estádio, perfilho a opinião de António Moreira, ou seja, gastemos mais "alguns minutos até ao próximo semáforo", contorne-se, na melhor forma, o actual estádio.
Mário G. Fernandes
Elimine-se o projecto na parte entre a Av. Antunes Guimarães e a Rua da Fonte da Moura, o qual não faz, de facto, nenhum sentido e termine-se a nova via na Av. Antunes Guimarães. Assegure-se a construção de um novo estádio do Inatel, no espaço sobrante a Norte e encontrem-se soluções de articulação pedonal da área do novo estádio com a área (também de equipamento) que lhe ficará a Sul. Resolve-se a questão funcional de articulação da paralela à Av. da Boavista com a Antunes Guimarães; assegura-se a preservação de património e a viabilidade do projecto do Arqº Edgar Soares, mantem-se o equipamento de lazer e extensão pedagógica das escolas das proximidades e ainda se pode promover imobiliariamente a área que restará a Norte do novo estádio do Inatel.
Além de conciliadora, parece-me a solução mais sensata.
Cumprimentos.
Mário G. Fernandes
NOTA: não havendo dinheiro ou espaço para o novo estádio, perfilho a opinião de António Moreira, ou seja, gastemos mais "alguns minutos até ao próximo semáforo", contorne-se, na melhor forma, o actual estádio.
Mário G. Fernandes
2005/04/29
De: F. Rocha Antunes - "Adorador de betão"
Meus Caros,
A eterna questão do verde e do betão é recorrente, e não vou entrar nessa outra vez. Presumo que todos os que defendem o verde em vez do betão vivem em casas que não são de betão, ou então estamos perante delírios que só se aplicam aos outros, e não a nós.
O que precisamos todos de perceber é que a cidade é feita por todos, os que adoram betão, os que adoram árvores, os que acham sensato equilibrar as duas coisas e uma imensa maioria que quer é que não os chateiem com este tipo de assuntos.
O que eu disse, e foi a propósito do Estádio do Inatel, e não a propósito da destruição da Quinta da Fonte da Moura, é que o atravessamento, conforme o que vem no PDM, não iria criar manchas generalizadas de especulação imobiliária (os tais sítios onde até os que detestam betão vivem) mas que a parte mais significativa do espaço se mantém como equipamento. E que, ao contrário do que aqui foi insinuado, essa classificação de uso não desaparece. Mania de ser rigoroso.
Eu sou sempre mau em processos de intenções, é um caminho que não percorro facilmente, por isso se no PDM está equipamento e a actual ocupação é zona verde e estádio, nada me permite presumir que o uso seja diferente. É certo que a classificação de equipamento permite tudo, como se viu com a expansão da Faculdade de Letras, em que as regras de impermeabilização foram ignoradas, ou até fazer estacionamento debaixo das traseiras do Museu Soares dos Reis, como foi projectado pelo Arq. Távora e só não foi feito porque não houve dinheiro para isso. Mas isso são coisas que se permitem ao Estado e organismos equiparados, nunca aos malandros dos promotores imobiliários.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A eterna questão do verde e do betão é recorrente, e não vou entrar nessa outra vez. Presumo que todos os que defendem o verde em vez do betão vivem em casas que não são de betão, ou então estamos perante delírios que só se aplicam aos outros, e não a nós.
O que precisamos todos de perceber é que a cidade é feita por todos, os que adoram betão, os que adoram árvores, os que acham sensato equilibrar as duas coisas e uma imensa maioria que quer é que não os chateiem com este tipo de assuntos.
O que eu disse, e foi a propósito do Estádio do Inatel, e não a propósito da destruição da Quinta da Fonte da Moura, é que o atravessamento, conforme o que vem no PDM, não iria criar manchas generalizadas de especulação imobiliária (os tais sítios onde até os que detestam betão vivem) mas que a parte mais significativa do espaço se mantém como equipamento. E que, ao contrário do que aqui foi insinuado, essa classificação de uso não desaparece. Mania de ser rigoroso.
Eu sou sempre mau em processos de intenções, é um caminho que não percorro facilmente, por isso se no PDM está equipamento e a actual ocupação é zona verde e estádio, nada me permite presumir que o uso seja diferente. É certo que a classificação de equipamento permite tudo, como se viu com a expansão da Faculdade de Letras, em que as regras de impermeabilização foram ignoradas, ou até fazer estacionamento debaixo das traseiras do Museu Soares dos Reis, como foi projectado pelo Arq. Távora e só não foi feito porque não houve dinheiro para isso. Mas isso são coisas que se permitem ao Estado e organismos equiparados, nunca aos malandros dos promotores imobiliários.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: TAF - "Esperança... :-)"
No site da Porto Vivo, SRU:
"A partir de terça-feira (03/05), o MASTERPLAN (versão completa) encontra-se disponível em formato CD-Rom na sede da Porto Vivo, SRU, para todos os interessados.
Rua Mouzinho da Silveira, nº 212"
Rua Mouzinho da Silveira, nº 212"
De: Alexandre Burmester - "INATEL"
A propósito da via paralela à Boavista que romperá o Inatel, acrescento que não lhe vejo grande ganho do ponto de vista de trânsito, ainda mais que rompe zonas residenciais de habitações unifamiliares, e lhe acarretarão a transitoriedades correspondentes.
O estádio do Inatel, servirá não só às populações locais, como tem servido ao Liceu Garcia de Orta, que o tem usado nas aulas de Educação física ao longo de todo o ano. As áreas verdes adjacentes rematam e bem, um dos poucos bairros sociais com alguma qualidade que existe no Porto, e esta via também não lhe trará nenhuma mais valia.
Ao contrário e para isso sugiro a leitura de um post colocado pelo Arq. Edgar Soares, culmina esta avenida com a demolição de uma antiga Quinta.
Cumprimentos
Alexandre Burmester, Arqto.
x@aburmester.com
O estádio do Inatel, servirá não só às populações locais, como tem servido ao Liceu Garcia de Orta, que o tem usado nas aulas de Educação física ao longo de todo o ano. As áreas verdes adjacentes rematam e bem, um dos poucos bairros sociais com alguma qualidade que existe no Porto, e esta via também não lhe trará nenhuma mais valia.
Ao contrário e para isso sugiro a leitura de um post colocado pelo Arq. Edgar Soares, culmina esta avenida com a demolição de uma antiga Quinta.
Cumprimentos
Alexandre Burmester, Arqto.
x@aburmester.com
De: Edgar Soares - "Inatel e os Inaptos"
Caro J. Corte Real,
Como já expliquei num post meu em Janeiro deste ano sobre o mesmo assunto, reafirmo a minha opinião que, urbanisticamente, a continuidade da avenida que vem do viaduto das Andresas, tem todo o sentido. No entanto, as razões que levaram os técnicos da CMP a propor o último troço entre Av. Antunes Guimarães e a R. da Fonte da Moura, escapam-me! Fazer desaguar uma via estruturante como essa numa estrutura viária secundária como a da Fonte da Moura não tem lógica viária. Esta opção é agravada pelo total desrespeito pelo contexto Histórico da Antiga Quinta da Fonte Moura, que a CMP, tão levianamente, propõe desbravar.
Em relação ao post de F. Rocha Antunes deixe-me relembra-lo que esses desenhos do PDM são absolutamente enganadores, não representando os verdadeiros dimensionamentos das vias propostas e sendo do desconhecimento público as implicações já previstas "nos bastidores".
Será que os proprietários das casas da Rua Eduardo Allen (cruzamento com Av. Antunes Guimarães) já sabem que irão ser expropriados porque a rua prevista é bem mais larga do aparece desenhado no PDM? Duvido. É a politica urbana do silêncio, propomos pequeno, fazemos grande, o que interessa é não levantar muita poeira.
Depois da Casa da Quinta da Fonte da Moura ir abaixo, quem se lembrará da importância patrimonial dela?
Deixo estas perguntas no ar, juntamente com um extracto da Planta do Porto de 1892 do Telles Ferreira e uma foto incrível da História da Cidade, no dia do comício do Norton de Matos na Fonte da Moura. A casa é a que aparece no fundo.
--
Nota de TAF: imagens "clicáveis".
Como já expliquei num post meu em Janeiro deste ano sobre o mesmo assunto, reafirmo a minha opinião que, urbanisticamente, a continuidade da avenida que vem do viaduto das Andresas, tem todo o sentido. No entanto, as razões que levaram os técnicos da CMP a propor o último troço entre Av. Antunes Guimarães e a R. da Fonte da Moura, escapam-me! Fazer desaguar uma via estruturante como essa numa estrutura viária secundária como a da Fonte da Moura não tem lógica viária. Esta opção é agravada pelo total desrespeito pelo contexto Histórico da Antiga Quinta da Fonte Moura, que a CMP, tão levianamente, propõe desbravar.
Em relação ao post de F. Rocha Antunes deixe-me relembra-lo que esses desenhos do PDM são absolutamente enganadores, não representando os verdadeiros dimensionamentos das vias propostas e sendo do desconhecimento público as implicações já previstas "nos bastidores".
Será que os proprietários das casas da Rua Eduardo Allen (cruzamento com Av. Antunes Guimarães) já sabem que irão ser expropriados porque a rua prevista é bem mais larga do aparece desenhado no PDM? Duvido. É a politica urbana do silêncio, propomos pequeno, fazemos grande, o que interessa é não levantar muita poeira.
Depois da Casa da Quinta da Fonte da Moura ir abaixo, quem se lembrará da importância patrimonial dela?
Deixo estas perguntas no ar, juntamente com um extracto da Planta do Porto de 1892 do Telles Ferreira e uma foto incrível da História da Cidade, no dia do comício do Norton de Matos na Fonte da Moura. A casa é a que aparece no fundo.
--
Nota de TAF: imagens "clicáveis".
De: António Moreira - "O Estádio do Inatel"
Felizmente J. Corte-Real torna a este assunto.
Na realidade, penso que estamos ainda a tempo de evitar mais este atentado contra a Cidade e, mais do que isso, que devemos fazer o que estiver ao nosso alcance, nesse sentido.
O facto de tal constar do PDM tem o valor que tem (veja-se o exemplo do "Túnel de Ceuta").
Qualquer projecto para esta cidade só é irreversível depois de estar feito (e mesmo assim….)
Não vejo qualquer vantagem significativa que se sobreponha às, evidentes, desvantagens.
Iríamos perder:
Mais um "pulmão da cidade"
O Polo Desportivo de Ramalde, do Inatel, utilizado por um grande número de Cidadãos e de Associações populares que não dispõe de instalações desportivas próprias.
Mais uma "pipa de massa"
Iríamos ganhar:
Alguns minutos até ao próximo semáforo.
Mais especulação imobiliária.
O Francisco Rocha Antunes é de opinião que "não vai ser cometido nenhum atentado irreversível".
De certo também acredita, piamente, que, após a destruição do estádio, se calhar vão aproveitar os terrenos libertos para plantar mais árvores.
Naturalmente que, para parar de vez com estes atentados, teremos que encontrar a forma de garantir que a cidade deixe de ser comandada pelos "adoradores do betão" a passe a ser dirigida por quem respeite os cidadãos e a sua qualidade de vida.
Como?
Cumprimentos
António Moreira
Na realidade, penso que estamos ainda a tempo de evitar mais este atentado contra a Cidade e, mais do que isso, que devemos fazer o que estiver ao nosso alcance, nesse sentido.
O facto de tal constar do PDM tem o valor que tem (veja-se o exemplo do "Túnel de Ceuta").
Qualquer projecto para esta cidade só é irreversível depois de estar feito (e mesmo assim….)
Não vejo qualquer vantagem significativa que se sobreponha às, evidentes, desvantagens.
Iríamos perder:
Mais um "pulmão da cidade"
O Polo Desportivo de Ramalde, do Inatel, utilizado por um grande número de Cidadãos e de Associações populares que não dispõe de instalações desportivas próprias.
Mais uma "pipa de massa"
Iríamos ganhar:
Alguns minutos até ao próximo semáforo.
Mais especulação imobiliária.
O Francisco Rocha Antunes é de opinião que "não vai ser cometido nenhum atentado irreversível".
De certo também acredita, piamente, que, após a destruição do estádio, se calhar vão aproveitar os terrenos libertos para plantar mais árvores.
Naturalmente que, para parar de vez com estes atentados, teremos que encontrar a forma de garantir que a cidade deixe de ser comandada pelos "adoradores do betão" a passe a ser dirigida por quem respeite os cidadãos e a sua qualidade de vida.
Como?
Cumprimentos
António Moreira
De: António Moreira - "69"
É esta a mensagem com que o presidente da CMP recebe os cidadãos e os visitantes que hoje entrem na cidade, vindos do Sul, atravessando a Ponte da Arrábida.
A exemplo do que se passou com a EXPO98, com PORTO2001 e com o EURO2004, um pilão, situado junto ao antigo posto da BT na Ponte da Arrábida, vai informando os dias que faltam para a grande realização deste mandato autárquico.
Exactamente, 69, hoje, os dias que faltam para o Grande Prémio do Porto. Já diversas vezes se falou aqui sobre este evento, mas penso que não é ainda suficiente.
O Alexandre Burmester informou-nos, há dias, que "de cada quatro árvores, plantadas no passeio anexo ao Parque da Cidade, estavam a ser arrancadas três, possivelmente para criar estacionamento aos bólidos.
Não é verdade, acabei de passar na zona, e verifiquei que estão a ser arrancadas TODAS as árvores que foram plantadas (há quantos anos?) no passeio anexo ao Parque da Cidade.
Com efeito as obras para a construção do "autódromo da Boavista" continuam a todo o vapor, com a destruição inerente do NOSSO património, o desrespeito por todos os planos e projectos existentes para o local e o continuado esbanjamento dos NOSSOS recursos financeiros.
Não hajam dúvidas, NÓS é que vamos pagar os caprichos de Rui Rio, NÓS é que vamos pagar esta obra que nada tem a ver com uma qualquer requalificação da Av. da Boavista (para a qual não existe aliás qualquer projecto sério), esta obra que nada tem a ver com a construção de uma putativa linha do Metro (para a qual ainda não existe sequer Estudo de Impacto Ambiental) e que, caso se venha a concretizar, terá, necessariamente, que destruir o que agora está a ser feito.
Mais, NÓS é que iremos pagar a reconstrução daquele troço da Av. da Boavista, para corrigir o "aborto" que ali está a ser implementado e NÓS é que iremos pagar a correcção de todos os defeitos desta obra, que, naturalmente irão, assim o prazo aperte, ser cobertos da faixa de asfalto necessária à passagem dos Popós.
Não tenho a mais pequena dúvida que nada existe de legal, correcto ou moral, à volta daquela obra, mas, aparentemente, muito poucos são os que se preocupam com essas minudências.
Referia o Pedro Aroso que "Reeditar a Fórmula 1 no Circuito da Boavista era um sonho......" pois meu caro, vai continuar a ser um sonho, pois não vai ser reeditada a Fórmula 1 no circuito da Boavista.
(como, lamentavelmente, uma percentagem significativa da população foi levada (inocentemente (?)) a acreditar.)
A Fórmula 1 disputa-se, actualmente, em autódromos com condições adequadas para tal (com a óbvia excepção do Mónaco).
O trajecto que vai ser utilizado nada tem a ver com o Circuito da Boavista, para além de alguns metros na Av. da Boavista e no final da Circunvalação.
Os pópós que vem "passear" ao Porto, nada tem a ver com os verdadeiros Fórmula 1 que aqui correram em 1958 e 1960 (talvez com uma ou duas excepções, no máximo).
Este evento é apenas e tão só, isso sim, de uma forma de alguns abastados reformados fingirem que estão a realizar o seu sonho de criança, enquanto dão algum uso aos pópós que, de outra forma estariam em museus ou na sucata.
De qualquer forma sempre é mais "chique" que jogar a sueca nos jardins públicos.
Não venham, por favor, argumentar que esta minha posição se deve a eu não gostar de corridas de popós ou do Rio.
Por acaso gosto e muito (das corridas de popós, naturalmente)
Um abraço
António Moreira
A exemplo do que se passou com a EXPO98, com PORTO2001 e com o EURO2004, um pilão, situado junto ao antigo posto da BT na Ponte da Arrábida, vai informando os dias que faltam para a grande realização deste mandato autárquico.
Exactamente, 69, hoje, os dias que faltam para o Grande Prémio do Porto. Já diversas vezes se falou aqui sobre este evento, mas penso que não é ainda suficiente.
O Alexandre Burmester informou-nos, há dias, que "de cada quatro árvores, plantadas no passeio anexo ao Parque da Cidade, estavam a ser arrancadas três, possivelmente para criar estacionamento aos bólidos.
Não é verdade, acabei de passar na zona, e verifiquei que estão a ser arrancadas TODAS as árvores que foram plantadas (há quantos anos?) no passeio anexo ao Parque da Cidade.
Com efeito as obras para a construção do "autódromo da Boavista" continuam a todo o vapor, com a destruição inerente do NOSSO património, o desrespeito por todos os planos e projectos existentes para o local e o continuado esbanjamento dos NOSSOS recursos financeiros.
Não hajam dúvidas, NÓS é que vamos pagar os caprichos de Rui Rio, NÓS é que vamos pagar esta obra que nada tem a ver com uma qualquer requalificação da Av. da Boavista (para a qual não existe aliás qualquer projecto sério), esta obra que nada tem a ver com a construção de uma putativa linha do Metro (para a qual ainda não existe sequer Estudo de Impacto Ambiental) e que, caso se venha a concretizar, terá, necessariamente, que destruir o que agora está a ser feito.
Mais, NÓS é que iremos pagar a reconstrução daquele troço da Av. da Boavista, para corrigir o "aborto" que ali está a ser implementado e NÓS é que iremos pagar a correcção de todos os defeitos desta obra, que, naturalmente irão, assim o prazo aperte, ser cobertos da faixa de asfalto necessária à passagem dos Popós.
Não tenho a mais pequena dúvida que nada existe de legal, correcto ou moral, à volta daquela obra, mas, aparentemente, muito poucos são os que se preocupam com essas minudências.
Referia o Pedro Aroso que "Reeditar a Fórmula 1 no Circuito da Boavista era um sonho......" pois meu caro, vai continuar a ser um sonho, pois não vai ser reeditada a Fórmula 1 no circuito da Boavista.
(como, lamentavelmente, uma percentagem significativa da população foi levada (inocentemente (?)) a acreditar.)
A Fórmula 1 disputa-se, actualmente, em autódromos com condições adequadas para tal (com a óbvia excepção do Mónaco).
O trajecto que vai ser utilizado nada tem a ver com o Circuito da Boavista, para além de alguns metros na Av. da Boavista e no final da Circunvalação.
Os pópós que vem "passear" ao Porto, nada tem a ver com os verdadeiros Fórmula 1 que aqui correram em 1958 e 1960 (talvez com uma ou duas excepções, no máximo).
Este evento é apenas e tão só, isso sim, de uma forma de alguns abastados reformados fingirem que estão a realizar o seu sonho de criança, enquanto dão algum uso aos pópós que, de outra forma estariam em museus ou na sucata.
De qualquer forma sempre é mais "chique" que jogar a sueca nos jardins públicos.
Não venham, por favor, argumentar que esta minha posição se deve a eu não gostar de corridas de popós ou do Rio.
Por acaso gosto e muito (das corridas de popós, naturalmente)
Um abraço
António Moreira
De: Jorge Mayer - "Debate..."
"... "Sobre o Futuro da linha Amarela do Metro no Pólo da Asprela", dia 2 de Maio, pelas 21h30, na FEUP"
Reencaminho este e-mail que recebi da FEUP. Jorge Mayer
------------------------------------------------------------------
Informamos que o debate "Sobre o Futuro da linha Amarela do Metro no Pólo da Asprela", da organização da Comissão "ad hoc" para o enterramento da linha do Metro junto ao Hospital de S. João, se realiza no próximo dia 2 de Maio de 2005, às 21h30, na Sala B001 da FEUP.
Este debate surge na sequência da interrupção das obras na frente do Hospital de S. João, ordenada pelo Governo, com a finalidade de possibilitar a realização de estudos de alternativas ao actual projecto.
Para mais informações contactar: sugestoes@muss.org
Informação divulgada por:
Cristina Soares Pereira FEUP/SICC DCI - Divisão de Comunicação e Imagem
Reencaminho este e-mail que recebi da FEUP. Jorge Mayer
------------------------------------------------------------------
Informamos que o debate "Sobre o Futuro da linha Amarela do Metro no Pólo da Asprela", da organização da Comissão "ad hoc" para o enterramento da linha do Metro junto ao Hospital de S. João, se realiza no próximo dia 2 de Maio de 2005, às 21h30, na Sala B001 da FEUP.
Este debate surge na sequência da interrupção das obras na frente do Hospital de S. João, ordenada pelo Governo, com a finalidade de possibilitar a realização de estudos de alternativas ao actual projecto.
Para mais informações contactar: sugestoes@muss.org
Informação divulgada por:
Cristina Soares Pereira FEUP/SICC DCI - Divisão de Comunicação e Imagem
De: F. Rocha Antunes - "Inatel"
Meus Caros,
Na sequência do post de J. Corte-Real consultei o que está previsto no PDM.
Há um ajustamento na localização do Estádio do Inatel mas o grosso da área verde mantêm-se.
Na minha opinião, não vai ser cometido nenhum atentado irreversível nem se vai criar uma nova estrutura viária estranha à que já existe na zona. O essencial, que é garantir aquele espaço com espaço verde, parece assegurado. A única mancha nova de capacidade de construção é a que fica entre a extensão da nova rua que vem do viaduto das andresas e o bairro social já existente. Se o terreno continuar propriedade do Inatel, não vislumbro nenhuma especulação imobiliária à vista.
Claro que se levantam outras questões: Primeiro, que tipo de equipamento vai substituir o existente que, convenhamos, não é dos melhores que a cidade tem. Segundo, isto está dependente da aprovação, pela Assembleia Municipal, do PDM na sua 3ª versão. Parece que está para breve, mas falta saber se é aprovado…
Agora, neste caso, e com 3 discussões públicas, o tempo de apresentar sugestões e alterações já passou. Como já disse muitas vezes, convém estarmos atentos…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Na sequência do post de J. Corte-Real consultei o que está previsto no PDM.
Há um ajustamento na localização do Estádio do Inatel mas o grosso da área verde mantêm-se.
Na minha opinião, não vai ser cometido nenhum atentado irreversível nem se vai criar uma nova estrutura viária estranha à que já existe na zona. O essencial, que é garantir aquele espaço com espaço verde, parece assegurado. A única mancha nova de capacidade de construção é a que fica entre a extensão da nova rua que vem do viaduto das andresas e o bairro social já existente. Se o terreno continuar propriedade do Inatel, não vislumbro nenhuma especulação imobiliária à vista.
Claro que se levantam outras questões: Primeiro, que tipo de equipamento vai substituir o existente que, convenhamos, não é dos melhores que a cidade tem. Segundo, isto está dependente da aprovação, pela Assembleia Municipal, do PDM na sua 3ª versão. Parece que está para breve, mas falta saber se é aprovado…
Agora, neste caso, e com 3 discussões públicas, o tempo de apresentar sugestões e alterações já passou. Como já disse muitas vezes, convém estarmos atentos…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: TAF - "Referências simpáticas"
Depois da referência d'O Primeiro de Janeiro, também hoje o Público, no "Local Porto" impresso, assinala o primeiro aniversário do blog. Uma pequena correcção, contudo: o meu post inicial foi no próprio dia 24 de Abril; o que chegou no dia 28, e que constituiu o primeiro verdadeiro comentário, foi do Alexandre Burmester.
De: J. Côrte-Real - "Nova rua Inatel"
Sei que este assunto já foi abordado neste site, mas como entretanto foram passando os dias, as semanas e os meses, sem que tenha visto novos desenvolvimentos, gostaria de o voltar a “puxar” para cima.
Refiro-me ao projecto de atravessar o campo de jogos do Inatel (e respectivo parque), por uma nova rua para ligar o viaduto das Andresas à Av Antunes Guimarães e a Aldoar. Será que esta decisão já está tomada de uma forma irreversível?
Será que a necessidade de evitar uma rua com duas curvas a contornar o campo de jogos, como está a funcionar hoje em dia, e quanto a mim bem, justifica dar cabo de um espaço verde e de lazer utilizado por tanta gente? E depois de a rua estar aberta, vão ser construídos novos prédios na restante área do Inatel? Estaremos perante alguma especulação imobiliária? A quem interessa?
O Porto pode dar-se ao luxo de perder um espaço como este? Acho que não, e por isso gostaria de fazer algo para o impedir...
Um abraço
J. Côrte-Real
jcortereal@casadamusica.com
Refiro-me ao projecto de atravessar o campo de jogos do Inatel (e respectivo parque), por uma nova rua para ligar o viaduto das Andresas à Av Antunes Guimarães e a Aldoar. Será que esta decisão já está tomada de uma forma irreversível?
Será que a necessidade de evitar uma rua com duas curvas a contornar o campo de jogos, como está a funcionar hoje em dia, e quanto a mim bem, justifica dar cabo de um espaço verde e de lazer utilizado por tanta gente? E depois de a rua estar aberta, vão ser construídos novos prédios na restante área do Inatel? Estaremos perante alguma especulação imobiliária? A quem interessa?
O Porto pode dar-se ao luxo de perder um espaço como este? Acho que não, e por isso gostaria de fazer algo para o impedir...
Um abraço
J. Côrte-Real
jcortereal@casadamusica.com
De: TAF - "De volta a casa..."
- Parceria e Antunes: Rui Rio garante que tem direito ao pagamento
- Centro Materno-Infantil longe de ser consensual - Opiniões
- Centro Materno-Infantil do Norte: Rui Rio mostrou documentos
- Rio acredita que Parceria e Antunes será pago pelo Ministério da Saúde
- Instituto contesta crítica aos molhes
- Rui Rio à espera de resposta da ministra sobre túnel de Ceuta
Vim há pouco do jantar no Rivoli. :-) Depois, quando tiver mais tempo, hei-de fazer um relato sucinto e uma reflexão adicional sobre o papel d'A Baixa do Porto.
Fui agora verificar se o site da Porto Vivo SRU tinha novidades. Continua na mesma, só com o documento síntese do Masterplan. Como é que podemos ter uma participação mais activa sem conhecermos os pormenores que foram recolhidos pelo estudo que levou ao Masterplan? Quando é que afinal vai ser publicada a versão completa do famigerado plano?
- Centro Materno-Infantil longe de ser consensual - Opiniões
- Centro Materno-Infantil do Norte: Rui Rio mostrou documentos
- Rio acredita que Parceria e Antunes será pago pelo Ministério da Saúde
- Instituto contesta crítica aos molhes
- Rui Rio à espera de resposta da ministra sobre túnel de Ceuta
Vim há pouco do jantar no Rivoli. :-) Depois, quando tiver mais tempo, hei-de fazer um relato sucinto e uma reflexão adicional sobre o papel d'A Baixa do Porto.
Fui agora verificar se o site da Porto Vivo SRU tinha novidades. Continua na mesma, só com o documento síntese do Masterplan. Como é que podemos ter uma participação mais activa sem conhecermos os pormenores que foram recolhidos pelo estudo que levou ao Masterplan? Quando é que afinal vai ser publicada a versão completa do famigerado plano?
2005/04/28
De: Alexandre Burmester - "Mais Música..."
Confesso que não queria voltar ao assunto da Casa da Música, mas dadas as últimas argumentações, do Pulido e do J.P. Peixoto, lá terá que ser.
Caro Pulido, "aquilo não é Arquitectura" (?), mas afinal o que será Arquitectura? Algo que se vê de onde veio e para onde vai? Algo que importa identificar as raízes e apontar caminhos? De onde se vem, sabemos um pouco, para onde se vai apenas temos uma ideia. Acho que com esses princípios, nada será nada e pouca coisa será alguma coisa.
Se fazer Arquitectura depende de códigos de continuidade de raízes historicistas, o que seria de tantas obras que optaram por criarem ruptura e fazer História. Se calhar não teríamos muitas das Igrejas, dos Teatros e cinemas, das pontes e de tantos ex-libris da cidade, que se o são foi porque romperam com algum tradicionalismo. E afinal onde estão hoje as nossas raízes? Na Mesopotâmia? Egipto? Grécia? Nos Romanos? Renascimento? ...Na cultura Francesa? Estão hoje e cada vez mais em todo o lado, deste mundo cada dia mais globalizado. Já nem somos só Portugueses, somos Europeus.
Ou será como diz o J.P. Peixoto, que "nós por cá nunca cheiramos o Modernismo", em parte tem razão. Por cá, e porque somos "pequeninos", cheiramos poucas coisas. Passamos a vida a dizer mal do que é diferente, e a valorizar tanto o nosso produto e acharmo-nos tão especiais, e tão próprios a falar para a "populaça", que na maioria das vezes ficamos a falar sozinhos, e ficamos a ver passar ao lado os "Mestres de Obras" e tantos outros a quem supostamente demos autorização para fazer Arquitectura. Afinal fomos e somos os intelectuais de profissão, que nem entendemos os "beirais, cornijas, arcos e arquinhos", nem o discurso globalista da C.M.
Depois tenho que te dizer que fazer este tipo de projectos faz depender a nossa produção dos computadores. Sem dúvida, mas qual é o problema? São apenas instrumentos como o lápis e o papel. Afinal nem trabalham sozinhos, e nem tem ideias por si só. E mais nem precisam de ser muito potentes. A maior parte do projecto da Casa da Música foi feita cá em Portugal, e não foi preciso sequer trocar de computadores. Não é preciso ser-se abastado para o efeito, basta algum domínio de hardware e software. Tenho a dizer-te que no meu escritório não há estiradores há 10 anos e ninguém lhe sente a falta.
Espero bem que o "Meteorito" que aterrou bem no meio da cidade, e não em nenhum prado, provoque "ondas" de agitação capazes de colocar algumas dúvidas em cabeças cheias de certezas.
E porque as polémicas não ferem susceptibilidades, haverá alguém por aí que se arrisca a virar boi e a levantar a perna, ou a ser cão e ficar a olhar para o palácio. Afinal as pérolas nunca foram para os porcos.
Respeitosos cumprimentos,
Alexandre Burmester
Caro Pulido, "aquilo não é Arquitectura" (?), mas afinal o que será Arquitectura? Algo que se vê de onde veio e para onde vai? Algo que importa identificar as raízes e apontar caminhos? De onde se vem, sabemos um pouco, para onde se vai apenas temos uma ideia. Acho que com esses princípios, nada será nada e pouca coisa será alguma coisa.
Se fazer Arquitectura depende de códigos de continuidade de raízes historicistas, o que seria de tantas obras que optaram por criarem ruptura e fazer História. Se calhar não teríamos muitas das Igrejas, dos Teatros e cinemas, das pontes e de tantos ex-libris da cidade, que se o são foi porque romperam com algum tradicionalismo. E afinal onde estão hoje as nossas raízes? Na Mesopotâmia? Egipto? Grécia? Nos Romanos? Renascimento? ...Na cultura Francesa? Estão hoje e cada vez mais em todo o lado, deste mundo cada dia mais globalizado. Já nem somos só Portugueses, somos Europeus.
Ou será como diz o J.P. Peixoto, que "nós por cá nunca cheiramos o Modernismo", em parte tem razão. Por cá, e porque somos "pequeninos", cheiramos poucas coisas. Passamos a vida a dizer mal do que é diferente, e a valorizar tanto o nosso produto e acharmo-nos tão especiais, e tão próprios a falar para a "populaça", que na maioria das vezes ficamos a falar sozinhos, e ficamos a ver passar ao lado os "Mestres de Obras" e tantos outros a quem supostamente demos autorização para fazer Arquitectura. Afinal fomos e somos os intelectuais de profissão, que nem entendemos os "beirais, cornijas, arcos e arquinhos", nem o discurso globalista da C.M.
Depois tenho que te dizer que fazer este tipo de projectos faz depender a nossa produção dos computadores. Sem dúvida, mas qual é o problema? São apenas instrumentos como o lápis e o papel. Afinal nem trabalham sozinhos, e nem tem ideias por si só. E mais nem precisam de ser muito potentes. A maior parte do projecto da Casa da Música foi feita cá em Portugal, e não foi preciso sequer trocar de computadores. Não é preciso ser-se abastado para o efeito, basta algum domínio de hardware e software. Tenho a dizer-te que no meu escritório não há estiradores há 10 anos e ninguém lhe sente a falta.
Espero bem que o "Meteorito" que aterrou bem no meio da cidade, e não em nenhum prado, provoque "ondas" de agitação capazes de colocar algumas dúvidas em cabeças cheias de certezas.
E porque as polémicas não ferem susceptibilidades, haverá alguém por aí que se arrisca a virar boi e a levantar a perna, ou a ser cão e ficar a olhar para o palácio. Afinal as pérolas nunca foram para os porcos.
Respeitosos cumprimentos,
Alexandre Burmester
De: Filipe Araújo - "Petição a favor do Porto ..."
"... - Conferência de Imprensa"
Amanhã, dia 29 de Abril, às 11h30m, o grupo de promotores da "Petição a Favor do Porto", que conta com mais de 650 subscrições, identificadas com o número de Bilhete de Identidade, em http://tuneldeceuta.blogspot.com, vai dar uma conferência de imprensa sobre o problema do Túnel de Ceuta.
A conferência, que terá lugar no Café Schurmann (Centro Cristal Parque, na Rua D. Manuel II), contará com a participação e testemunhos do ex-director do Hospital de Santo António e ex-Ministro da Saúde, Dr. Paulo Mendo e ainda de um representante dos Comerciantes locais, Sr. Sérgio Pinto.
Filipe Araújo
Amanhã, dia 29 de Abril, às 11h30m, o grupo de promotores da "Petição a Favor do Porto", que conta com mais de 650 subscrições, identificadas com o número de Bilhete de Identidade, em http://tuneldeceuta.blogspot.com, vai dar uma conferência de imprensa sobre o problema do Túnel de Ceuta.
A conferência, que terá lugar no Café Schurmann (Centro Cristal Parque, na Rua D. Manuel II), contará com a participação e testemunhos do ex-director do Hospital de Santo António e ex-Ministro da Saúde, Dr. Paulo Mendo e ainda de um representante dos Comerciantes locais, Sr. Sérgio Pinto.
Filipe Araújo
De: Cristina Santos - "Mestres de Obras..."
"... há muitos"
A nossa Casa da Música fruto ou não das novas valências do Autocad é uma obra que só pela invulgaridade merece respeito.
A dimensão, a geometria, pode ser calculada em Autocad, mas não se pode calcular nesse programa as técnicas, os materiais, a experiência, o tecido.
De facto, nos últimos tempos habituamos-nos a que a nova geração informática planeie no PC aquilo que na prática não pode realizar.
Na Casa da Música foram testados betões e componentes moleculares, pela primeira vez na Europa, na Casa da Música até os parafusos são certificados para um efeito específico, isto já para não falar em fundações, sustentabilidade etc…
Acabem com a história do autocad, porque este programa não pode ser executado por qualquer hábil manuseador de escalas, deve ser usado por técnicos experientes que não se reduzam à informação dada pelo PC.
Seguindo em frente, que este assunto só tem servido para denegrir a nossa imagem, principalmente quando se fala dele com o único propósito de contestar o consumado, porque não falar do jardim da Cordoaria e dos trilhos que o atravessam?
Qual foi o programa informático que deu como válida a passagem de um suposto eléctrico pelo meio de um Jardim?
Os Portuenses foram defraudados a ponto de não reconhecerem a envolvente do Palácio da Justiça, a Fonte ou Chafariz encontra-se à data enlameada, os passadiços estão quebrados e desaderidos, os tais trilhos servem apenas para prender tacões, o mobiliário urbano é feito em granito, que de resto é muito convidativo ao repouso.
As escavações do túnel de Ceuta pararam e a Autarquia não removeu o entulho, o Museu está emporcalhado, as ruas intransitáveis, os acessos ao hospital condicionados.
Para mal da nossa Cidade entramos de novo em Campanha Política, o que significa que haverá muita discussão e poucos actos, paralelamente a nossa Câmara no seu executivo não apresenta qualquer sintonia na acção entre os pelouros, as medidas são avulso, projecto e resoluções parece não existirem.
Isto é de qualquer portuense ir às lágrimas, ou então às corridas dos carritos, assim meus amigos não dá, não discuto que a Casa da Música venha a ter o mesmo efeito negativo que tiveram outra obras da Porto 2001, ainda mais com um metro à superfície na Avenida, concordo que é urgente acabar com toda a gestão danosa, que tem levado a nossa Cidade à penúria e ao abandono, mas ainda assim a Casa da Música é único investimento dos últimos anos, que pode trazer algum movimento e prestigio à nossa Cidade.
Cristina Santos
A nossa Casa da Música fruto ou não das novas valências do Autocad é uma obra que só pela invulgaridade merece respeito.
A dimensão, a geometria, pode ser calculada em Autocad, mas não se pode calcular nesse programa as técnicas, os materiais, a experiência, o tecido.
De facto, nos últimos tempos habituamos-nos a que a nova geração informática planeie no PC aquilo que na prática não pode realizar.
Na Casa da Música foram testados betões e componentes moleculares, pela primeira vez na Europa, na Casa da Música até os parafusos são certificados para um efeito específico, isto já para não falar em fundações, sustentabilidade etc…
Acabem com a história do autocad, porque este programa não pode ser executado por qualquer hábil manuseador de escalas, deve ser usado por técnicos experientes que não se reduzam à informação dada pelo PC.
Seguindo em frente, que este assunto só tem servido para denegrir a nossa imagem, principalmente quando se fala dele com o único propósito de contestar o consumado, porque não falar do jardim da Cordoaria e dos trilhos que o atravessam?
Qual foi o programa informático que deu como válida a passagem de um suposto eléctrico pelo meio de um Jardim?
Os Portuenses foram defraudados a ponto de não reconhecerem a envolvente do Palácio da Justiça, a Fonte ou Chafariz encontra-se à data enlameada, os passadiços estão quebrados e desaderidos, os tais trilhos servem apenas para prender tacões, o mobiliário urbano é feito em granito, que de resto é muito convidativo ao repouso.
As escavações do túnel de Ceuta pararam e a Autarquia não removeu o entulho, o Museu está emporcalhado, as ruas intransitáveis, os acessos ao hospital condicionados.
Para mal da nossa Cidade entramos de novo em Campanha Política, o que significa que haverá muita discussão e poucos actos, paralelamente a nossa Câmara no seu executivo não apresenta qualquer sintonia na acção entre os pelouros, as medidas são avulso, projecto e resoluções parece não existirem.
Isto é de qualquer portuense ir às lágrimas, ou então às corridas dos carritos, assim meus amigos não dá, não discuto que a Casa da Música venha a ter o mesmo efeito negativo que tiveram outra obras da Porto 2001, ainda mais com um metro à superfície na Avenida, concordo que é urgente acabar com toda a gestão danosa, que tem levado a nossa Cidade à penúria e ao abandono, mas ainda assim a Casa da Música é único investimento dos últimos anos, que pode trazer algum movimento e prestigio à nossa Cidade.
Cristina Santos
De: Avelino Oliveira - "Música"
O mito do “eterno retorno” não se desliga de uma tradicional tendência portuguesa em desempenharmos o papel daquele velhote que do Restelo resmungava sobre os aventureiros. Uma coisa não vive sem a outra.
Confesso que os últimos textos de três colegas no Taf, tendo alguns textos sido publicados em “O Comércio do Porto”, despertaram em mim a necessidade de dizer qualquer “coisa” sobre a Casa da Música, nomeadamente para impedir que a crítica fácil impeça a apreciação de uma obra difícil, mas marcante.
Vou, portanto, evitar repetir as ideias do Alexandre Burmester, pois concordo com a generalidade delas, em especial sobre o conflito geracional evidente.
Em primeiro lugar devo dizer que uma coisa é criticar o objecto arquitectónico, outra bem diferente é dissertar sobre as opções políticas e culturais da Cidade e do Ministério. Se o concurso foi correcto, se o Koolhaas recebeu muito, ou muito pouco, se se gastou bastante ou ainda qual o “break even” do investimento são matérias pertinentes mas que não devem ser misturadas com a apreciação da obra. Parece-me que se está a criticar um quadro pelo preço das tintas.
Então, sobre as criticas à peça de arquitectura devo acrescentar que as acho mais legítimas do que aqueles que elogiam a Casa da Música só porque ouviram dizer bem, e nós, pobres mortais, vamos a casa deles e vemos o mais conservador mau gosto. Ou seja, a arquitectura moderna (ou contemporânea, como eu acho melhor referir neste caso), está bem ali, mas “aqui em casa” preferem-se telhados, beiradas, falsas cantarias, socos em granito bujardado e caixilhos de alumínio a imitar madeira.
Agrada-me a referência heideggeriana de Pulido Valente que designa a CM de “Coisa” ou “Coiso”. Agrada-me porque acho mesmo que aquela nova forma urbana busca uma identidade própria. Deste modo quando o meu ilustre colega a compara um conjunto de objectos tradicionais e diz que ela resulta da sociedade de consumo tem toda a razão. Na verdade, penso que Débord não diria melhor e se essa condição pós-moderna não existisse aqui, este edifício não seria tão importante quanto o dizem ser. A diferença é o tom e o dele é tradicionalmente crítico e soa-me parecido ao do Raul Lino a falar do “Corbusier”. Nesses tempos, dizia o autor da Casa Portuguesa, que a Arquitectura moderna queria trazer casas sobre rodas e clamava em nome da estética.
As críticas mais ferozes ao Koolhaas e neste caso à CM incidem também sobre o seu desprendimento ao sítio, à cultura e ao contexto construído envolvente. Nada mais falso! Sinceramente acho que a Casa da Música realiza um diálogo urbano com a sua área envolvente mais forte do que o Gugenheim de Bilbau, com a vantagem de ser plasticamente mais sólido e recorrer a menos artefactos ou dispositivos de composição que não são mais do que “marcas” de enquadramento visual.
O “efeito Bilbau”, provocado pelo famoso museu, pode realizar-se no Porto e felizmente esse efeito não é ocasional pois reside numa obra que dignifica o espaço central da Rotunda, assinala o início da maior avenida da cidade e foi construído com materialidade. Até os seus caixilhos, cuidadosamente colocados na face exterior das paredes parece resultar de um estudo aprumado das tecnologias construtivas portuenses.
Quero acreditar portanto que a integração deste edifício ultrapassa a básica percepção dos janelões direccionados sobre as árvores.
Finalmente apetece-me defender a Casa da Música como sempre defendi a “Viúva Negra”, conhecido edifício localizado no Campo Alegre desenhado por um polémico arquitecto do Porto, porque apesar das diferenças formais (e de honorários), acho que existem muitas premissas de projecto coincidentes, embora assinale-se em nome da verdade que um será ex-libris da cidade (quer gostem ou não) e o outro desvanece-se até surgir maior interesse imobiliário.
Assim o tempo, o nosso tempo assinalará a CM como o edifício que marcou o início do século XXI no Porto e em Portugal, questionando as novas formas urbanas dos edifícios públicos e alimentando quentes polémicas sobre a sua real dimensão e valor cultural. Mal-grado os vinte e tal milhões, valeu mesmo a pena!
Avelino Oliveira
Confesso que os últimos textos de três colegas no Taf, tendo alguns textos sido publicados em “O Comércio do Porto”, despertaram em mim a necessidade de dizer qualquer “coisa” sobre a Casa da Música, nomeadamente para impedir que a crítica fácil impeça a apreciação de uma obra difícil, mas marcante.
Vou, portanto, evitar repetir as ideias do Alexandre Burmester, pois concordo com a generalidade delas, em especial sobre o conflito geracional evidente.
Em primeiro lugar devo dizer que uma coisa é criticar o objecto arquitectónico, outra bem diferente é dissertar sobre as opções políticas e culturais da Cidade e do Ministério. Se o concurso foi correcto, se o Koolhaas recebeu muito, ou muito pouco, se se gastou bastante ou ainda qual o “break even” do investimento são matérias pertinentes mas que não devem ser misturadas com a apreciação da obra. Parece-me que se está a criticar um quadro pelo preço das tintas.
Então, sobre as criticas à peça de arquitectura devo acrescentar que as acho mais legítimas do que aqueles que elogiam a Casa da Música só porque ouviram dizer bem, e nós, pobres mortais, vamos a casa deles e vemos o mais conservador mau gosto. Ou seja, a arquitectura moderna (ou contemporânea, como eu acho melhor referir neste caso), está bem ali, mas “aqui em casa” preferem-se telhados, beiradas, falsas cantarias, socos em granito bujardado e caixilhos de alumínio a imitar madeira.
Agrada-me a referência heideggeriana de Pulido Valente que designa a CM de “Coisa” ou “Coiso”. Agrada-me porque acho mesmo que aquela nova forma urbana busca uma identidade própria. Deste modo quando o meu ilustre colega a compara um conjunto de objectos tradicionais e diz que ela resulta da sociedade de consumo tem toda a razão. Na verdade, penso que Débord não diria melhor e se essa condição pós-moderna não existisse aqui, este edifício não seria tão importante quanto o dizem ser. A diferença é o tom e o dele é tradicionalmente crítico e soa-me parecido ao do Raul Lino a falar do “Corbusier”. Nesses tempos, dizia o autor da Casa Portuguesa, que a Arquitectura moderna queria trazer casas sobre rodas e clamava em nome da estética.
As críticas mais ferozes ao Koolhaas e neste caso à CM incidem também sobre o seu desprendimento ao sítio, à cultura e ao contexto construído envolvente. Nada mais falso! Sinceramente acho que a Casa da Música realiza um diálogo urbano com a sua área envolvente mais forte do que o Gugenheim de Bilbau, com a vantagem de ser plasticamente mais sólido e recorrer a menos artefactos ou dispositivos de composição que não são mais do que “marcas” de enquadramento visual.
O “efeito Bilbau”, provocado pelo famoso museu, pode realizar-se no Porto e felizmente esse efeito não é ocasional pois reside numa obra que dignifica o espaço central da Rotunda, assinala o início da maior avenida da cidade e foi construído com materialidade. Até os seus caixilhos, cuidadosamente colocados na face exterior das paredes parece resultar de um estudo aprumado das tecnologias construtivas portuenses.
Quero acreditar portanto que a integração deste edifício ultrapassa a básica percepção dos janelões direccionados sobre as árvores.
Finalmente apetece-me defender a Casa da Música como sempre defendi a “Viúva Negra”, conhecido edifício localizado no Campo Alegre desenhado por um polémico arquitecto do Porto, porque apesar das diferenças formais (e de honorários), acho que existem muitas premissas de projecto coincidentes, embora assinale-se em nome da verdade que um será ex-libris da cidade (quer gostem ou não) e o outro desvanece-se até surgir maior interesse imobiliário.
Assim o tempo, o nosso tempo assinalará a CM como o edifício que marcou o início do século XXI no Porto e em Portugal, questionando as novas formas urbanas dos edifícios públicos e alimentando quentes polémicas sobre a sua real dimensão e valor cultural. Mal-grado os vinte e tal milhões, valeu mesmo a pena!
Avelino Oliveira
De: Pedro Aroso - "Afinal quem é que..."
"... nos dá música?"
Depois de ler o post do João Paulo Peixoto, a única conclusão que podemos tirar é a de que o arquitecto Rem Koolhaas é um bluff completo e que tem andado a enganar meio mundo. Isso mesmo pode ser comprovado através de uma rápida pesquisa no Google.
Resta-nos a consolação de não termos sido apenas nós as vítimas: os americanos, os alemães, os franceses, os ingleses, os italianos e tantos outros continuam, ingenuamente, a distinguir esse safado do Rem Koolhaus. O mais recente desses prémios foi o "Mies van der Rohe", por muitos considerado o Nobel da Arquitectura, pelo projecto da Embaixada da Holanda em Berlim!
Que o cidadão comum tenha alguma dificuldade em absorver obras de vanguarda, ainda vá que não vá... O que me assusta é ver arquitectos com um discurso tão básico e populista.
Pedro Aroso
Depois de ler o post do João Paulo Peixoto, a única conclusão que podemos tirar é a de que o arquitecto Rem Koolhaas é um bluff completo e que tem andado a enganar meio mundo. Isso mesmo pode ser comprovado através de uma rápida pesquisa no Google.
Resta-nos a consolação de não termos sido apenas nós as vítimas: os americanos, os alemães, os franceses, os ingleses, os italianos e tantos outros continuam, ingenuamente, a distinguir esse safado do Rem Koolhaus. O mais recente desses prémios foi o "Mies van der Rohe", por muitos considerado o Nobel da Arquitectura, pelo projecto da Embaixada da Holanda em Berlim!
Que o cidadão comum tenha alguma dificuldade em absorver obras de vanguarda, ainda vá que não vá... O que me assusta é ver arquitectos com um discurso tão básico e populista.
Pedro Aroso
De: Carlos Ribeiro - "Queixas arquivadas..."
"... contra Rio"
Reportando-me aos comentários sobre o arquivamento das queixas contra o Dr. R Rio, se houve alguma deliberação da A.M. favorável ao recurso dispendioso a advogados exteriores à CMP e se os deputados municipais socialistas votaram a favor desse recurso,não devo ter participado nessa reunião. Não votei nada disso e desconheço que a Assembleia tenha deliberado o que quer que seja sobre essa matéria, que até não constitui competência sua. Se não erro. Em conversa com a então vereadora Isabel Oneto, na altura em que se reflectia sobre a eventualidade de participação ao IGAT, entendi que o R Rio não tinha incorrido em ilegalidade, mas tinha cometido uma imoralidade. Se a Câmara tem juristas, devia ter recorrido a eles para se defender, evitando gastar um balúrdio de dinheiro (público) para contratar estrelas. Se procedesse assim em todas as questões jurídicas da autarquia, não havia dinheiro que chegasse para pagar os patrocínios judiciários.
De resto, considero que os meus colegas vereadores andaram bem ao participar ao IGAT o caso. Com efeito, se o procedimento em causa - a autorização para a contratação de um ilustre causídico a um valor de avença pouco habitual para a bolsa da autarquia para defender o Sr. Presidente - lhes mereceu dúvidas sobre a sua regularidade, mais do andarem a especular inconsequente e malevolamente sobre o assunto, suscitaram a decisão de quem de direito. Parece-me bem. A decisão do IGAT coloca assim um ponto final no assunto, ao menos no que repeita à questão da legalidade.
Um abraço e felicitações sinceras pelo aniversário da Baixa. Faço votos para que a Baixa se converta pela sua persistência e pela qualidade das suas orientações cívicas, uma verdadeira Baixa Histórica e que os vossos fieis visitantes, entre os quais me incluo, mantenham o hábito salutar de dar pelo blog a matutina passeata, que tão bem nos dispõe para o resto do dia.
Carlos Ribeiro
--
Nota de TAF: Carlos Ribeiro tem razão num ponto - foram os vereadores do PS, e não os seus deputados municipais, quem votou favoravelmente a proposta de Rui Rio. Já corrigi no texto em causa, com as minhas desculpas. Quanto ao resto, comentários para quê? Leiam-se as notícias de Junho passado:
- PS reclama perda de mandato de Rui Rio
- Vereadores socialistas pedem retirada de mandato a Rui Rio
- PS pede perda de mandato para Rui Rio
Post scriptum: e, já agora, a versão da Câmara
Reportando-me aos comentários sobre o arquivamento das queixas contra o Dr. R Rio, se houve alguma deliberação da A.M. favorável ao recurso dispendioso a advogados exteriores à CMP e se os deputados municipais socialistas votaram a favor desse recurso,não devo ter participado nessa reunião. Não votei nada disso e desconheço que a Assembleia tenha deliberado o que quer que seja sobre essa matéria, que até não constitui competência sua. Se não erro. Em conversa com a então vereadora Isabel Oneto, na altura em que se reflectia sobre a eventualidade de participação ao IGAT, entendi que o R Rio não tinha incorrido em ilegalidade, mas tinha cometido uma imoralidade. Se a Câmara tem juristas, devia ter recorrido a eles para se defender, evitando gastar um balúrdio de dinheiro (público) para contratar estrelas. Se procedesse assim em todas as questões jurídicas da autarquia, não havia dinheiro que chegasse para pagar os patrocínios judiciários.
De resto, considero que os meus colegas vereadores andaram bem ao participar ao IGAT o caso. Com efeito, se o procedimento em causa - a autorização para a contratação de um ilustre causídico a um valor de avença pouco habitual para a bolsa da autarquia para defender o Sr. Presidente - lhes mereceu dúvidas sobre a sua regularidade, mais do andarem a especular inconsequente e malevolamente sobre o assunto, suscitaram a decisão de quem de direito. Parece-me bem. A decisão do IGAT coloca assim um ponto final no assunto, ao menos no que repeita à questão da legalidade.
Um abraço e felicitações sinceras pelo aniversário da Baixa. Faço votos para que a Baixa se converta pela sua persistência e pela qualidade das suas orientações cívicas, uma verdadeira Baixa Histórica e que os vossos fieis visitantes, entre os quais me incluo, mantenham o hábito salutar de dar pelo blog a matutina passeata, que tão bem nos dispõe para o resto do dia.
Carlos Ribeiro
--
Nota de TAF: Carlos Ribeiro tem razão num ponto - foram os vereadores do PS, e não os seus deputados municipais, quem votou favoravelmente a proposta de Rui Rio. Já corrigi no texto em causa, com as minhas desculpas. Quanto ao resto, comentários para quê? Leiam-se as notícias de Junho passado:
- PS reclama perda de mandato de Rui Rio
- Vereadores socialistas pedem retirada de mandato a Rui Rio
- PS pede perda de mandato para Rui Rio
Post scriptum: e, já agora, a versão da Câmara
De: João Paulo Peixoto - "Quem é que afinal..."
"... nos dá música?"
Rem nasceu naquelas terras baixas mantidas abaixo do nível do mar, através de engenhosos artifícios regulando os canais... - terras sagradas, conquistadas tão penosamente ao mar e laboriosamente anexadas, formando um amplo horizonte, onde não há um palmo que não esteja "arrumado", planeado, organizado....
O jovem Rem, que deve ter dedicado longas horas da infância ao Lego e ao Mecano, começando aí a desenvolver a sua criatividade, vai evidenciar-se, mais tarde, ao assumir-se como um profissional da rotura com aquela harmonia hipócrita do modernismo que o rodeava, "como se a redenção do proletariado fosse habitar num transatlântico encalhado na relva", servido por galerias que o conduzem ao silo-auto e às paragens de autocarro nas bordas das auto-estradas que o conduzirão todos os dias ao trabalho insano .
Na véspera do fim do milénio, o nosso herói teve um convite daquela cidade do Port wine, do FC Porto, e também famosa no "milieu" por ser a terra de uns "cracks" da arquitectura de autor, editados nas revistas de "modas&betão" para fazer uma coisa chamada Casa da Música, ideia introduzida à pressa por um iluminado, exterior ao aparelho do poder. (só podia!...)
Era tal a urgência, pois o calendário político é preponderante, que ele não viu outra solução senão aproveitar a oportunidade para desenvolver aquele objecto tridimensional que andava a congeminar para uma habitação...
Com uns "Scale" e "Strecht" do auto-cad vai-se ajustando o programa-base que por sua se vai alargando de acordo com os humores dos vários decisores passantes...
Só que o nosso caro Rem, nem teve tempo para descobrir, que "nós por cá" nunca cheiramos o modernismo - salvo nas Barragens ou no Ultramar, pois a "Arquitectura Portuguesa" era composta por beirais, cornijas e arcos e arquinhos!!!...
A seguir, com a prosperidade e chico-espertismo do pós 25 abril a paisagem transfigurou-se catastróficamente numa sucessão de loteamentos avulsos e aleatórios... e o tecido urbano que até aí vinha a ser construído paulatinamente, foi bruscamente destabilizado com a destruição indiscriminada de campos e matas e de soberbos exemplos de edificios, substituídos por armários com gavetas recuados aos 45º, evocando-se o progresso em negócios especulativos milionários...
Pois é Sr. Koolhaas,... roturas?!... nós já tivemos que chegasse nos últimos 30 anos, e não foram precisos grandes mestres da arquitectura, bastaram os nossos mestres de obras, entretanto promovidos a "grandes empresários" e mais uns rapazes com jeito pra riscar umas plantas e de preferencia que trabalhem nas entidades (que aqui são mais que as mães) para agilizar o processo...
O seu monumento Sr. Koolhaas, em vez de um tributo à cidade que lhe pagou principescamente, é mais um monumento ao seu alter-ego (é certo que é bem melhor que aqueles monumentos que o Taveira costuma fazer pró ego dele...) mas convenhamos!... e o respeito pela Cidade, my friend ? não importa, não é? Para si, é tudo um exercício de estilo... seja no Porto ou em Pekim...
Pena que os pacóvios cá da terra lhe tenham mostrado o sítio errado para "bocemecê botar o seu poio" (como se diz por estas bandas)... mais valia terem-lhe arranjado um prado de um parque para aterrar o seu ovni...
Agora que a obra parece que acabou, podemos avaliar o impacto cénico do meteorito que atingiu a Boavista e a suas ondas de impacto onduladaram os pavimentos em ondas petrificadas que pudicamente escondem os pisos térreos das ruas à volta... A arquitectura de autor não se mistura com a da populaça! será isso sr. Koolhaas? Mas será isto arquitectura ou pura cenografia?
Desculpem as eminências, se feri algumas susceptibilidades, e oxalá a cidade fique a ganhar com o simbolismo da obra, e eu esteja enganado, mas eu não tenho emenda... hei-de ser sempre o cão que levanta a perna em vez do boi a olhar para o palácio...
João Paulo Peixoto (arq)
Com um grande abraço especial para o Zé Pulido, e as maiores felicitações para o TAF que nos proporciona este espaço de diálogo que eu já não perco de visitar quase diariamente...
Rem nasceu naquelas terras baixas mantidas abaixo do nível do mar, através de engenhosos artifícios regulando os canais... - terras sagradas, conquistadas tão penosamente ao mar e laboriosamente anexadas, formando um amplo horizonte, onde não há um palmo que não esteja "arrumado", planeado, organizado....
O jovem Rem, que deve ter dedicado longas horas da infância ao Lego e ao Mecano, começando aí a desenvolver a sua criatividade, vai evidenciar-se, mais tarde, ao assumir-se como um profissional da rotura com aquela harmonia hipócrita do modernismo que o rodeava, "como se a redenção do proletariado fosse habitar num transatlântico encalhado na relva", servido por galerias que o conduzem ao silo-auto e às paragens de autocarro nas bordas das auto-estradas que o conduzirão todos os dias ao trabalho insano .
Na véspera do fim do milénio, o nosso herói teve um convite daquela cidade do Port wine, do FC Porto, e também famosa no "milieu" por ser a terra de uns "cracks" da arquitectura de autor, editados nas revistas de "modas&betão" para fazer uma coisa chamada Casa da Música, ideia introduzida à pressa por um iluminado, exterior ao aparelho do poder. (só podia!...)
Era tal a urgência, pois o calendário político é preponderante, que ele não viu outra solução senão aproveitar a oportunidade para desenvolver aquele objecto tridimensional que andava a congeminar para uma habitação...
Com uns "Scale" e "Strecht" do auto-cad vai-se ajustando o programa-base que por sua se vai alargando de acordo com os humores dos vários decisores passantes...
Só que o nosso caro Rem, nem teve tempo para descobrir, que "nós por cá" nunca cheiramos o modernismo - salvo nas Barragens ou no Ultramar, pois a "Arquitectura Portuguesa" era composta por beirais, cornijas e arcos e arquinhos!!!...
A seguir, com a prosperidade e chico-espertismo do pós 25 abril a paisagem transfigurou-se catastróficamente numa sucessão de loteamentos avulsos e aleatórios... e o tecido urbano que até aí vinha a ser construído paulatinamente, foi bruscamente destabilizado com a destruição indiscriminada de campos e matas e de soberbos exemplos de edificios, substituídos por armários com gavetas recuados aos 45º, evocando-se o progresso em negócios especulativos milionários...
Pois é Sr. Koolhaas,... roturas?!... nós já tivemos que chegasse nos últimos 30 anos, e não foram precisos grandes mestres da arquitectura, bastaram os nossos mestres de obras, entretanto promovidos a "grandes empresários" e mais uns rapazes com jeito pra riscar umas plantas e de preferencia que trabalhem nas entidades (que aqui são mais que as mães) para agilizar o processo...
O seu monumento Sr. Koolhaas, em vez de um tributo à cidade que lhe pagou principescamente, é mais um monumento ao seu alter-ego (é certo que é bem melhor que aqueles monumentos que o Taveira costuma fazer pró ego dele...) mas convenhamos!... e o respeito pela Cidade, my friend ? não importa, não é? Para si, é tudo um exercício de estilo... seja no Porto ou em Pekim...
Pena que os pacóvios cá da terra lhe tenham mostrado o sítio errado para "bocemecê botar o seu poio" (como se diz por estas bandas)... mais valia terem-lhe arranjado um prado de um parque para aterrar o seu ovni...
Agora que a obra parece que acabou, podemos avaliar o impacto cénico do meteorito que atingiu a Boavista e a suas ondas de impacto onduladaram os pavimentos em ondas petrificadas que pudicamente escondem os pisos térreos das ruas à volta... A arquitectura de autor não se mistura com a da populaça! será isso sr. Koolhaas? Mas será isto arquitectura ou pura cenografia?
Desculpem as eminências, se feri algumas susceptibilidades, e oxalá a cidade fique a ganhar com o simbolismo da obra, e eu esteja enganado, mas eu não tenho emenda... hei-de ser sempre o cão que levanta a perna em vez do boi a olhar para o palácio...
João Paulo Peixoto (arq)
Com um grande abraço especial para o Zé Pulido, e as maiores felicitações para o TAF que nos proporciona este espaço de diálogo que eu já não perco de visitar quase diariamente...
De: TAF - "Hoje há jantar..."
... no Rivoli.
- Rui Rio considera que Governo está mal informado sobre Centro Materno-Infantil
- Centro Materno-Infantil: Strecht Monteiro defende proximidade à maternidade
- Rio considera que falta informação ao ministro sobre Materno-Infantil - ler também as restantes notícias para as quais esta aponta
- SRU na Bonjóia
- Comerciantes da Baixa fartos de tantos assaltos
- O túnel de Ceuta - opinião de Paulo Mendo
- Comissão ad-hoc contesta ritmo acelerado do metro junto ao S. João
- Casa da Música ainda não trouxe mais população à zona circundante
- Nós n'O Comércio do Porto
- Assis lamenta falhanço de aliança para o Porto
- PS "repesca" regionalização
- IGAT arquiva queixa do PS contra presidente da Câmara do Porto
- Queixas contra Rio arquivadas - «Na mesma altura, os socialistas solicitaram ainda a perda de mandato de Rui Rio, pelo facto do autarca ter votado, em reunião do executivo municipal, uma proposta segundo a qual a câmara deveria suportar os honorários e custas do processo que a Imoloc interpôs sobre as mesmas matérias, responsabilizando não apenas o município, mas também individualmente o presidente da autarquia pelos alegados prejuízos que a empresa sofreu com aquelas decisões. Também sobre este ponto, esclarece o comunicado, a IGAT considerou o pedido “improcedente e sem qualquer efeito”.» - Vale a pena recordar que os vereadores do PS tinham votado favoravelmente a proposta de Rui Rio, vindo depois exigir a perda de mandato precisamente por causa dessa proposta! Isto não são questões partidárias, são assuntos de decência pessoal. É bom lembrá-las a quem nos representa e aos seus superiores hierárquicos nas estruturas partidárias quando escolherem os colaboradores para as próximas autárquicas. Diga-se também que os exemplos de má conduta estão longe de ser exclusivo dos vereadores do PS, e nem toda a gente tem a memória curta.
PS: Tinha escrito erradamente "deputados municipais" em vez de "vereadores". Já está corrigido, com as minhas desculpas.
- Rui Rio considera que Governo está mal informado sobre Centro Materno-Infantil
- Centro Materno-Infantil: Strecht Monteiro defende proximidade à maternidade
- Rio considera que falta informação ao ministro sobre Materno-Infantil - ler também as restantes notícias para as quais esta aponta
- SRU na Bonjóia
- Comerciantes da Baixa fartos de tantos assaltos
- O túnel de Ceuta - opinião de Paulo Mendo
- Comissão ad-hoc contesta ritmo acelerado do metro junto ao S. João
- Casa da Música ainda não trouxe mais população à zona circundante
- Nós n'O Comércio do Porto
- Assis lamenta falhanço de aliança para o Porto
- PS "repesca" regionalização
- IGAT arquiva queixa do PS contra presidente da Câmara do Porto
- Queixas contra Rio arquivadas - «Na mesma altura, os socialistas solicitaram ainda a perda de mandato de Rui Rio, pelo facto do autarca ter votado, em reunião do executivo municipal, uma proposta segundo a qual a câmara deveria suportar os honorários e custas do processo que a Imoloc interpôs sobre as mesmas matérias, responsabilizando não apenas o município, mas também individualmente o presidente da autarquia pelos alegados prejuízos que a empresa sofreu com aquelas decisões. Também sobre este ponto, esclarece o comunicado, a IGAT considerou o pedido “improcedente e sem qualquer efeito”.» - Vale a pena recordar que os vereadores do PS tinham votado favoravelmente a proposta de Rui Rio, vindo depois exigir a perda de mandato precisamente por causa dessa proposta! Isto não são questões partidárias, são assuntos de decência pessoal. É bom lembrá-las a quem nos representa e aos seus superiores hierárquicos nas estruturas partidárias quando escolherem os colaboradores para as próximas autárquicas. Diga-se também que os exemplos de má conduta estão longe de ser exclusivo dos vereadores do PS, e nem toda a gente tem a memória curta.
PS: Tinha escrito erradamente "deputados municipais" em vez de "vereadores". Já está corrigido, com as minhas desculpas.
2005/04/27
De: TAF - "Já vive! :-)"
De: F. Rocha Antunes - "CMIN"
Meus Caros,
Temos novos episódios de uma novela já bem antiga, a questão da localização do Centro Materno-Infantil do Norte. O Ministro da Saúde, Correia de Campos, fez ontem uma comunicação ao País, na Assembleia da República, que é no mínimo invulgar. E que levanta questões sérias.
A primeira é a de se saber quantos custam os zigue-zagues do Estado em tantos dos seus investimentos. Não apenas em custos directos, que não são pequenos, mas no adiamento da concretização desses investimentos. Não sei o suficiente sobre o assunto para poder emitir uma opinião qualificada, portanto não vou entrar na já muito longa discussão sobre as vantagens e desvantagens de se ter um Centro completamente autónomo de um Hospital Central ou não. Nem sei o suficiente para perceber como é que um assunto destes, que me parece de natureza eminentemente técnica, apresenta clivagens partidárias tão claras.
A segunda é a questão da legitimidade que indiscutivelmente existe em qualquer político eleito de inverter o rumo da política seguida pelos seus antecessores. Embora suspeite que isto não vai ser lembrado pelo actual presidente da CMP, que foi o político autárquico que mais inverteu, e nalguns casos bem, a política dos seus antecessores.
A terceira é ver como é que se faz a articulação de uma nova política com os compromissos que entretanto foram celebrados. A clareza com que forem apresentados os custos das diferentes opções comparativamente com as respectivas vantagens é fundamental para que todos possamos entender o que significa esta alteração de rumo. Convém pôr mesmo tudo, e não apenas a parte da história que a cada parte mais interessa realçar, tudo devidamente publicado, na internet de preferência. Talvez não fosse mau começar a recorrer a pareceres independentes, por exemplo de professores universitários de gestão que permitam conhecer uma opinião autónoma das partes. Sempre se valorizava, no concreto, a ideia do Porto Cidade da Ciência, porque sabem os que me lêem que a Gestão também é uma ciência, embora muitos gestores não a usem.
A quarta é relevante para nós, aqui da Baixa. O novo CMIN deve ser parte do “cluster” da saúde localizado na zona central na área do HGSA. Valeria a pena relembrar aqui o que em tempos sugeri a propósito das diferentes unidades de saúde existentes na Baixa.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Alguns apontadores sobre temas relacionados:
- os comentários do Francisco em 2005/02/11, já "linkados" acima
- Ministro da Saúde inviabiliza Materno-Infantil junto ao "S. João"
- Ministro suspende Centro Materno-Infantil no "S. João"
- a minha opinião em 2005/02/11
Temos novos episódios de uma novela já bem antiga, a questão da localização do Centro Materno-Infantil do Norte. O Ministro da Saúde, Correia de Campos, fez ontem uma comunicação ao País, na Assembleia da República, que é no mínimo invulgar. E que levanta questões sérias.
A primeira é a de se saber quantos custam os zigue-zagues do Estado em tantos dos seus investimentos. Não apenas em custos directos, que não são pequenos, mas no adiamento da concretização desses investimentos. Não sei o suficiente sobre o assunto para poder emitir uma opinião qualificada, portanto não vou entrar na já muito longa discussão sobre as vantagens e desvantagens de se ter um Centro completamente autónomo de um Hospital Central ou não. Nem sei o suficiente para perceber como é que um assunto destes, que me parece de natureza eminentemente técnica, apresenta clivagens partidárias tão claras.
A segunda é a questão da legitimidade que indiscutivelmente existe em qualquer político eleito de inverter o rumo da política seguida pelos seus antecessores. Embora suspeite que isto não vai ser lembrado pelo actual presidente da CMP, que foi o político autárquico que mais inverteu, e nalguns casos bem, a política dos seus antecessores.
A terceira é ver como é que se faz a articulação de uma nova política com os compromissos que entretanto foram celebrados. A clareza com que forem apresentados os custos das diferentes opções comparativamente com as respectivas vantagens é fundamental para que todos possamos entender o que significa esta alteração de rumo. Convém pôr mesmo tudo, e não apenas a parte da história que a cada parte mais interessa realçar, tudo devidamente publicado, na internet de preferência. Talvez não fosse mau começar a recorrer a pareceres independentes, por exemplo de professores universitários de gestão que permitam conhecer uma opinião autónoma das partes. Sempre se valorizava, no concreto, a ideia do Porto Cidade da Ciência, porque sabem os que me lêem que a Gestão também é uma ciência, embora muitos gestores não a usem.
A quarta é relevante para nós, aqui da Baixa. O novo CMIN deve ser parte do “cluster” da saúde localizado na zona central na área do HGSA. Valeria a pena relembrar aqui o que em tempos sugeri a propósito das diferentes unidades de saúde existentes na Baixa.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Alguns apontadores sobre temas relacionados:
- os comentários do Francisco em 2005/02/11, já "linkados" acima
- Ministro da Saúde inviabiliza Materno-Infantil junto ao "S. João"
- Ministro suspende Centro Materno-Infantil no "S. João"
- a minha opinião em 2005/02/11
De: TAF - "Ai a imprensa..."
- Blogue «A Baixa do Porto» comemora no Rivoli - Eu ainda estava a ponderar, mas parece que o Janeiro já decidiu por mim... :-) De qualquer modo obrigado ao jornal pela referência. Devemos ser mesmo muito poucos no evento, como é habitual nestas ocasiões, o que simplifica a logística e favorece a conversa. Quem pretender ir por favor avise-me por email, se ainda não o fez.
- 45.000 pessoas na Casa da Música
- Potencial da Casa da Música só está a ser utilizado a 50%
- Balanço de 10 dias
- Visitas guiadas começam na próxima semana
- Casa da Música: 45 mil pessoas nos primeiros dez dias de funcionamento
- Pedida demolição de fábrica em Campanhã
- Não há dinheiro para a reabilitação urbana
- Mais de 200 arquitectos obrigados a deixar a profissão devido à crise
- "Kasa da Praia" num impasse
- Instalação da IKEA em Matosinhos aprovada por unanimidade
- História: Ponte Luís I, Travessa de Sant´Ana e Rio Douro, Afurada
- http://www.portovivosru.pt/ - Pelo menos o domínio já foi registado e, a esta hora, o site tem uma página inicial. :-) Aguardemos um pouco mais por algum conteúdo... Custa assim tanto colocar online nem que seja só meia dúzia de PDFs com mais detalhes do Masterplan? Para quê complicar o que é tão simples? A SRU que me envie os ficheiros que eu publico-os aqui no blog em 10 minutos! ;-)
- Aproveito o post para agradecer os parabéns que têm dado pelo primeiro aniversário d'A Baixa do Porto. Espero que ele consiga manter-se à altura das expectativas que foram sendo criadas ao longo deste tempo. :-)
- 45.000 pessoas na Casa da Música
- Potencial da Casa da Música só está a ser utilizado a 50%
- Balanço de 10 dias
- Visitas guiadas começam na próxima semana
- Casa da Música: 45 mil pessoas nos primeiros dez dias de funcionamento
- Pedida demolição de fábrica em Campanhã
- Não há dinheiro para a reabilitação urbana
- Mais de 200 arquitectos obrigados a deixar a profissão devido à crise
- "Kasa da Praia" num impasse
- Instalação da IKEA em Matosinhos aprovada por unanimidade
- História: Ponte Luís I, Travessa de Sant´Ana e Rio Douro, Afurada
- http://www.portovivosru.pt/ - Pelo menos o domínio já foi registado e, a esta hora, o site tem uma página inicial. :-) Aguardemos um pouco mais por algum conteúdo... Custa assim tanto colocar online nem que seja só meia dúzia de PDFs com mais detalhes do Masterplan? Para quê complicar o que é tão simples? A SRU que me envie os ficheiros que eu publico-os aqui no blog em 10 minutos! ;-)
- Aproveito o post para agradecer os parabéns que têm dado pelo primeiro aniversário d'A Baixa do Porto. Espero que ele consiga manter-se à altura das expectativas que foram sendo criadas ao longo deste tempo. :-)
2005/04/26
De: Pulido Valente - "Alexandre Burmester; ..."
"... F. Rocha Antunes"
Caro AB, tens razão no teu enunciado, a CM é um produto da sociedade de consumo e da competitividade entre arquitectos para arranjar clientes. Mas não é arquitectura. Tu próprio descreves um processo de criação da coisa desligado da cultura anterior (mesmo a de hoje aqui na cidade) e sem portas abertas para o futuro. Aquilo é uma coisa ou um coiso. Não se vê de onde veio nem para onde pode ir a arquitectura passando por ali. É um elefante, um centro de mesa. Um coiso. O mesmo se diga de Guggenheim de Bilbau com a diferença de que esse é bonito e dá pistas para novos caminhos que serão difíceis de percorrer para quem não tenha computadores tão potentes quanto o necessário. Portanto só para malta muito abastada. Não é esse o nosso meio cá na terra pelo que se, por ali e acolá, se podem fazer centros de mesa não devemos permitir que cá na terra sejam feitos também; dada a penúria económica, técnica e cultural das nossas empresas e gentes. Até a magnífica ópera de Sidney poderia ser incluída no rol não fora ser colocada em sítio muito especial de um país novo e sem história da arquitectura com milhares de anos (como a Europa e o Norte de Africa - Mesopotâmia). Mas dá-se o caso de ser perfeitamente legítimo que naquele local daquele país e daquela maneira se faça ali o que se fez. Portanto verás que não obrigo a que a arquitectura seja todinha resultado da cultura de um país. Há excepções poucas mas sempre vai havendo. Ver abaixo outras razões para a ópera ser arquitectura já que cumpre com o processo criativo descrito.
Caro FRA, o facto de a CM ter saído de um estudo anterior não tem nada de especial. Quem tem um percurso dentro de uma profissão artística tem necessariamente de integrar o que aprendeu, e aquilo que inventou, para alicerçar o que está a fazer. É cultura. Será discutível que aquele modelo tenha sido aproveitado da forma que foi para um concurso público pelas razões que dou ao Alexandre. Não houve esforço para responder ao local, à cidade, ao país e às gentes e pespegou-se com aquela coisa ali como se poderia ter pespegado com uma outra qualquer. É este "qualquer" que destrói as eventuais qualidades da CM pois mostra que não foi feita para ali, para aquele programa e para a nossa cultura. Veja V. o Nasoni. Será que o acha muito italiano nas obras que fez por cá? Não terá ele, em primeiro lugar, estudado as técnicas correntes para depois projectar? Não terá seguido desde o início as indicações técnicas que as estruturas das suas obras exigiam, para serem feitas aqui, naquela altura? Não deu ele resposta cabal e completa aos programas que lhe foram propostos para os seus projectos? Na CM nada disso aconteceu. É sopa de pedra que começou com estrutura de aço e revestimento de vidro e deu naquilo. É um "bluff".
Abraços
Caro AB, tens razão no teu enunciado, a CM é um produto da sociedade de consumo e da competitividade entre arquitectos para arranjar clientes. Mas não é arquitectura. Tu próprio descreves um processo de criação da coisa desligado da cultura anterior (mesmo a de hoje aqui na cidade) e sem portas abertas para o futuro. Aquilo é uma coisa ou um coiso. Não se vê de onde veio nem para onde pode ir a arquitectura passando por ali. É um elefante, um centro de mesa. Um coiso. O mesmo se diga de Guggenheim de Bilbau com a diferença de que esse é bonito e dá pistas para novos caminhos que serão difíceis de percorrer para quem não tenha computadores tão potentes quanto o necessário. Portanto só para malta muito abastada. Não é esse o nosso meio cá na terra pelo que se, por ali e acolá, se podem fazer centros de mesa não devemos permitir que cá na terra sejam feitos também; dada a penúria económica, técnica e cultural das nossas empresas e gentes. Até a magnífica ópera de Sidney poderia ser incluída no rol não fora ser colocada em sítio muito especial de um país novo e sem história da arquitectura com milhares de anos (como a Europa e o Norte de Africa - Mesopotâmia). Mas dá-se o caso de ser perfeitamente legítimo que naquele local daquele país e daquela maneira se faça ali o que se fez. Portanto verás que não obrigo a que a arquitectura seja todinha resultado da cultura de um país. Há excepções poucas mas sempre vai havendo. Ver abaixo outras razões para a ópera ser arquitectura já que cumpre com o processo criativo descrito.
Caro FRA, o facto de a CM ter saído de um estudo anterior não tem nada de especial. Quem tem um percurso dentro de uma profissão artística tem necessariamente de integrar o que aprendeu, e aquilo que inventou, para alicerçar o que está a fazer. É cultura. Será discutível que aquele modelo tenha sido aproveitado da forma que foi para um concurso público pelas razões que dou ao Alexandre. Não houve esforço para responder ao local, à cidade, ao país e às gentes e pespegou-se com aquela coisa ali como se poderia ter pespegado com uma outra qualquer. É este "qualquer" que destrói as eventuais qualidades da CM pois mostra que não foi feita para ali, para aquele programa e para a nossa cultura. Veja V. o Nasoni. Será que o acha muito italiano nas obras que fez por cá? Não terá ele, em primeiro lugar, estudado as técnicas correntes para depois projectar? Não terá seguido desde o início as indicações técnicas que as estruturas das suas obras exigiam, para serem feitas aqui, naquela altura? Não deu ele resposta cabal e completa aos programas que lhe foram propostos para os seus projectos? Na CM nada disso aconteceu. É sopa de pedra que começou com estrutura de aço e revestimento de vidro e deu naquilo. É um "bluff".
Abraços
De: Carlos Romão - "Agradecimento e parabéns"
Queria agradecer a Jorge Mayer pelo apreço que demonstrou publicamente pela “Cidade Surpreendente”, e pela divulgação do blogue.
Ao “Baixa do Porto”, os meus parabéns, não tanto pelo aniversário que completou há dias, mas pelos passos concretos que tem sabido dar, para acabar – se é que isso é possível – com o ocultismo em decisões que a todos nós dizem respeito.
Como cidadão sinto algum optimismo - agora que se inicia o segundo ano de vida do “Baixa do Porto” - com o resultado da publicação de algumas entradas do blogue, num media considerado “mais sério”, o jornal “O Comércio do Porto”.
Saudações
Carlos Romão
http://cidadesurpreendente.blogspot.com
Ao “Baixa do Porto”, os meus parabéns, não tanto pelo aniversário que completou há dias, mas pelos passos concretos que tem sabido dar, para acabar – se é que isso é possível – com o ocultismo em decisões que a todos nós dizem respeito.
Como cidadão sinto algum optimismo - agora que se inicia o segundo ano de vida do “Baixa do Porto” - com o resultado da publicação de algumas entradas do blogue, num media considerado “mais sério”, o jornal “O Comércio do Porto”.
Saudações
Carlos Romão
http://cidadesurpreendente.blogspot.com
De: F. Rocha Antunes - "Afinal já é o Masterplan?"
Meus Caros,
Ou eu fiz confusão ou o que está disponível para já é um documento simplificado do tal Masterplan, necessariamente resumido.
A ideia que eu tenho é que vai ser disponibilizada a versão completa, numa página da Internet, www.portovivosru.pt, que já tarda em aparecer.
Eu pelo menos estou a aguardar que assim seja para me poder pronunciar.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: O domínio "portovivosru.pt" ainda nem sequer está registado na FCCN. :-( Se é pela falta de domínio, eu disponibilizo o "portovivo.net" que a SRU me tinha pedido para registar mas depois mudou de ideias...
Ou eu fiz confusão ou o que está disponível para já é um documento simplificado do tal Masterplan, necessariamente resumido.
A ideia que eu tenho é que vai ser disponibilizada a versão completa, numa página da Internet, www.portovivosru.pt, que já tarda em aparecer.
Eu pelo menos estou a aguardar que assim seja para me poder pronunciar.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: O domínio "portovivosru.pt" ainda nem sequer está registado na FCCN. :-( Se é pela falta de domínio, eu disponibilizo o "portovivo.net" que a SRU me tinha pedido para registar mas depois mudou de ideias...
De: Mário G. Fernandes - "O Plano Mestre"
Também já li o Plano Mestre, Principal, Director ou como queiram. Também acho que é um plano com "forte componente conceptual", pretendendo ser um plano estratégico.
O problema é que não opta por nenhuma(s) estratégia(s): todas as opções são consideradas e não se clarifica o privilégio por nenhuma(s), parecendo querer congregar tudo e a todos agradar.
O problema é que deveria ter sido elaborado antes do "sinal de arranque da intervenção global".
O problema é que os "critérios de selecção utilizados" (pág. 27) para definir as 5 Unidades de Intervenção foram elaborados à posteriori, não decorrem da definição de qualquer AOR/AIP e parecem confirmar o que se suspeita: o último critério, "identificação de promotores interessados em investir", foi o primeiro e único. É um critério legítimo e pragmático, mas assumam-no.
O problema é que se caricaturiza a utilização da cartografia, quando esta deveria ser instrumento de análise e compreensão dos levantamentos adequados, que estão por fazer, de forma a apoiar a definição de estratégias.
O problema é que, não se conhecendo a realidade em pormenor, não se compreende porque é que são estas as estimativas orçamentais e não outras.
O problema é que se demorou demasiado tempo para se elaborar um documento que parece apressado, como as frases repetidas (pág. 24) e a paupérrima ilustração (que inclui fantasmas de automóveis: foto da esquerda na pág. 10) o patenteiam.
Apesar de tudo, algo se fará, pelo menos se existirem promotores interessados e se se agilizarem os processos, mas para isso não era necessário fazer de conta, nem possuir um Master.
Mário G. Fernandes
O problema é que não opta por nenhuma(s) estratégia(s): todas as opções são consideradas e não se clarifica o privilégio por nenhuma(s), parecendo querer congregar tudo e a todos agradar.
O problema é que deveria ter sido elaborado antes do "sinal de arranque da intervenção global".
O problema é que os "critérios de selecção utilizados" (pág. 27) para definir as 5 Unidades de Intervenção foram elaborados à posteriori, não decorrem da definição de qualquer AOR/AIP e parecem confirmar o que se suspeita: o último critério, "identificação de promotores interessados em investir", foi o primeiro e único. É um critério legítimo e pragmático, mas assumam-no.
O problema é que se caricaturiza a utilização da cartografia, quando esta deveria ser instrumento de análise e compreensão dos levantamentos adequados, que estão por fazer, de forma a apoiar a definição de estratégias.
O problema é que, não se conhecendo a realidade em pormenor, não se compreende porque é que são estas as estimativas orçamentais e não outras.
O problema é que se demorou demasiado tempo para se elaborar um documento que parece apressado, como as frases repetidas (pág. 24) e a paupérrima ilustração (que inclui fantasmas de automóveis: foto da esquerda na pág. 10) o patenteiam.
Apesar de tudo, algo se fará, pelo menos se existirem promotores interessados e se se agilizarem os processos, mas para isso não era necessário fazer de conta, nem possuir um Master.
Mário G. Fernandes
De: António Moreira - "O Museu Nacional..."
"... Soares dos Reis e a Cidade"
O Museu Nacional Soares dos Reis foi alvo de notícias no JN, quer no passado domingo, quer hoje.
Costuma dizer-se que não existe "má" publicidade, apenas publicidade, e, neste caso, precisa-se é de publicidade e quanto pior for, melhor.
Talvez a malfadada polémica do "Túnel de Ceuta" tenha tido, ao menos, o condão de lembrar aos portuenses que este Museu existe.
É triste, com efeito, constatar que vivemos numa cidade que gosta de se afirmar pelos seus valores, nomeadamente culturais, quando a triste realidade é que para a generalidade dos cidadãos e, infelizmente, para os políticos que tem desgovernado a Cidade, a cultura do Porto não vai além do futebol, do S. João, das tripas e da francezinha.
Nada tenho contra o futebol, o S. João, as tripas e, muito menos, a francezinha, mas entendo que com só com estes quatro pilares não há cultura que se aguente.
Muitas vezes (até neste "blog") se cita o exemplo da Fundação de Serralves, e do seu Museu de Arte Contemporânea.
Pretende-se apontar Serralves como um bom exemplo de acção cultural.
Pretende-se apontar Serralves como a demonstração de que, até na Cultura, a gestão privada é superior à pública.
Certamente Serralves é um excelente exemplo, mas um excelente exemplo de como, usando as melhores técnicas de "marketing", se consegue criar e trazer públicos a manifestações artísticas que, apesar de serem, para a maioria dos cidadãos, herméticas e desinteressantes, por falta de uma base estruturada que facilite a sua leitura, enquanto escasseiam os públicos a outros museus (como o MNSR) onde se conservam e expõem as manifestações artísticas que, mais directamente, são percebidas, assumidas e apreciadas pela maioria dos portuenses.
Interessa é que haja a consciência clara que isto é feito, não à custa do engenho e dos fundos da tal "sociedade civil" (vulgo "os privados"), mas sim à custa de enormíssimos capitais públicos (NOSSOS), sendo por isso muito positivo (para quem tinha dúvidas) que venha realçado na notícia publicada a 24/04/05 que:
"Só para dar uma ideia, aquilo que o Estado investe em Serralves, e bem, é mais do que gasta com todos os museus do Instituto".
Ficamos assim a saber que o Estado (nós) investimos em Serralves mais do que nos 29 (sim vinte e nove) Museus dependentes do Instituto Português de Museus.
Não ficamos a saber, mas era interessante, qual o passivo da Fundação de Serralves, apesar do volume imenso do NOSSO dinheiro que para lá ié canalizado (nem temos nada com isso, já que a gestão é "privada").
O Museu Nacional de Soares dos Reis é o único Museu Nacional localizado na NOSSA CIDADE.
Alberga o que de melhor foi feito pelos artistas plásticos (mas não só) da nossa cidade e da nossa região até meados do século XX.
O seu valiosíssimo espólio é constantemente requisitado para ser exposto em Museus de todo o mundo, mas....
É ignorado (e desprezado) na sua (nossa) cidade.
Por falta de meios (canalizados para serem utilizados pelos "privados"), as suas colecções não podem ser divulgadas nem publicitadas e, agora, nem sequer expostas (por falta de pessoal de guardaria e outro), mas a cidade não se importa, não reage, não reclama.
Talvez seja altura de avançar com um abaixo-assinado a exigir ao Ministério da Cultura que encerre o Museu, transfira as suas colecções para Lisboa (onde seriam de certo apreciadas), desclassifique o Palácio dos Carrancas (onde se poderiam, por exemplo, fazer eventos de moda) e deixe então fazer a saída do túnel onde o Sr. Rio teima e o "povo" quer.
Ou, se entendemos que o Museu pertence e deve continuar a pertencer à NOSSA CIDADE, então talvez.....
Cumprimentos
António Moreira
--
Nota de TAF: Valia a pena tentarmos confirmar a informação acima referida sobre o investimento do Estado em Serralves, em comparação com o orçamento destinado aos outros museus via Instituto Português de Museus. Não haverá aqui confusão com a contribuição dos privados para Serralves?
O Museu Nacional Soares dos Reis foi alvo de notícias no JN, quer no passado domingo, quer hoje.
Costuma dizer-se que não existe "má" publicidade, apenas publicidade, e, neste caso, precisa-se é de publicidade e quanto pior for, melhor.
Talvez a malfadada polémica do "Túnel de Ceuta" tenha tido, ao menos, o condão de lembrar aos portuenses que este Museu existe.
É triste, com efeito, constatar que vivemos numa cidade que gosta de se afirmar pelos seus valores, nomeadamente culturais, quando a triste realidade é que para a generalidade dos cidadãos e, infelizmente, para os políticos que tem desgovernado a Cidade, a cultura do Porto não vai além do futebol, do S. João, das tripas e da francezinha.
Nada tenho contra o futebol, o S. João, as tripas e, muito menos, a francezinha, mas entendo que com só com estes quatro pilares não há cultura que se aguente.
Muitas vezes (até neste "blog") se cita o exemplo da Fundação de Serralves, e do seu Museu de Arte Contemporânea.
Pretende-se apontar Serralves como um bom exemplo de acção cultural.
Pretende-se apontar Serralves como a demonstração de que, até na Cultura, a gestão privada é superior à pública.
Certamente Serralves é um excelente exemplo, mas um excelente exemplo de como, usando as melhores técnicas de "marketing", se consegue criar e trazer públicos a manifestações artísticas que, apesar de serem, para a maioria dos cidadãos, herméticas e desinteressantes, por falta de uma base estruturada que facilite a sua leitura, enquanto escasseiam os públicos a outros museus (como o MNSR) onde se conservam e expõem as manifestações artísticas que, mais directamente, são percebidas, assumidas e apreciadas pela maioria dos portuenses.
Interessa é que haja a consciência clara que isto é feito, não à custa do engenho e dos fundos da tal "sociedade civil" (vulgo "os privados"), mas sim à custa de enormíssimos capitais públicos (NOSSOS), sendo por isso muito positivo (para quem tinha dúvidas) que venha realçado na notícia publicada a 24/04/05 que:
"Só para dar uma ideia, aquilo que o Estado investe em Serralves, e bem, é mais do que gasta com todos os museus do Instituto".
Ficamos assim a saber que o Estado (nós) investimos em Serralves mais do que nos 29 (sim vinte e nove) Museus dependentes do Instituto Português de Museus.
Não ficamos a saber, mas era interessante, qual o passivo da Fundação de Serralves, apesar do volume imenso do NOSSO dinheiro que para lá ié canalizado (nem temos nada com isso, já que a gestão é "privada").
O Museu Nacional de Soares dos Reis é o único Museu Nacional localizado na NOSSA CIDADE.
Alberga o que de melhor foi feito pelos artistas plásticos (mas não só) da nossa cidade e da nossa região até meados do século XX.
O seu valiosíssimo espólio é constantemente requisitado para ser exposto em Museus de todo o mundo, mas....
É ignorado (e desprezado) na sua (nossa) cidade.
Por falta de meios (canalizados para serem utilizados pelos "privados"), as suas colecções não podem ser divulgadas nem publicitadas e, agora, nem sequer expostas (por falta de pessoal de guardaria e outro), mas a cidade não se importa, não reage, não reclama.
Talvez seja altura de avançar com um abaixo-assinado a exigir ao Ministério da Cultura que encerre o Museu, transfira as suas colecções para Lisboa (onde seriam de certo apreciadas), desclassifique o Palácio dos Carrancas (onde se poderiam, por exemplo, fazer eventos de moda) e deixe então fazer a saída do túnel onde o Sr. Rio teima e o "povo" quer.
Ou, se entendemos que o Museu pertence e deve continuar a pertencer à NOSSA CIDADE, então talvez.....
Cumprimentos
António Moreira
--
Nota de TAF: Valia a pena tentarmos confirmar a informação acima referida sobre o investimento do Estado em Serralves, em comparação com o orçamento destinado aos outros museus via Instituto Português de Museus. Não haverá aqui confusão com a contribuição dos privados para Serralves?
De: Pedro Aroso - "SRU - Masterplan"
Com muita pena minha, cheguei à Alfândega do Porto mesmo no fim da apresentação do "SRU - Masterplan" pelo que, só através do pdf tive oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido, entre outros, pelos arquitectos Rui Losa e José Patrício. De referir ainda a participação do engenheiro António Batista, uma escolha que me apraz registar.
Como muito bem sublinhou o Xano Burmester, trata-se de um "documento bem estruturado, sério e com forte componente conceptual", facto que não me surpreende, atendendo à qualidade dos seus autores. Para eles, um grande abraço de parabéns.
Pedro Aroso
Como muito bem sublinhou o Xano Burmester, trata-se de um "documento bem estruturado, sério e com forte componente conceptual", facto que não me surpreende, atendendo à qualidade dos seus autores. Para eles, um grande abraço de parabéns.
Pedro Aroso
De: TAF - "Atenção ao jantar!"
Quem pretender ir ao jantar por favor não se esqueça de me avisar rapidamente.
- Porto Vivo propõe seis áreas temáticas
- Soares do Reis: O museu está doente
- Ministra diz que é a CMP que tem de resolver problema do túnel de Ceuta
- União Romani contesta declarações de vereadora sobre despejos no Porto
- União Romani rejeita afirmações da CMP sobre acções de despejo
- A Ministra da Cultura sobre a CdM e o Túnel de Ceuta
- Ministra garante que está a ser estudada uma forma de gestão da Casa da Música
- Inaugurado o novo Auditório de Campanhã
- Segunda loja do IKEA em Portugal nasce em Matosinhos
- Projecto de implantação da Ikea inclui um hotel
- Multinacional IKEA prepara-se para abrir loja em Leça da Palmeira
- O Guia PortoIn desta semana no 'O Comércio do Porto (em PDF de 4,7MB)
- A Baixa do Porto em papel
- Porto Vivo propõe seis áreas temáticas
- Soares do Reis: O museu está doente
- Ministra diz que é a CMP que tem de resolver problema do túnel de Ceuta
- União Romani contesta declarações de vereadora sobre despejos no Porto
- União Romani rejeita afirmações da CMP sobre acções de despejo
- A Ministra da Cultura sobre a CdM e o Túnel de Ceuta
- Ministra garante que está a ser estudada uma forma de gestão da Casa da Música
- Inaugurado o novo Auditório de Campanhã
- Segunda loja do IKEA em Portugal nasce em Matosinhos
- Projecto de implantação da Ikea inclui um hotel
- Multinacional IKEA prepara-se para abrir loja em Leça da Palmeira
- O Guia PortoIn desta semana no 'O Comércio do Porto (em PDF de 4,7MB)
- A Baixa do Porto em papel
2005/04/25
De: Alexandre Burmester - "SRU - Masterplan"
Tive finalmente a oportunidade de ler o "Masterplan" da Reabilitação Urbana e Social da Baixa do Porto, que descarreguei do site da CMP.
Da sua leitura, pude comprovar que se trata de um documento bem estruturado, sério e com forte componente conceptual.
Sendo como é um documento síntese, nele constam os princípios orientadores da estratégia a desenvolver no trabalho de Reabilitação Urbana. Correctamente define e procura estabelecer como principio orientador a leitura de uma região que se extrapola do centro do Porto, e à sua Baixa em particular. Chama ainda a atenção e define claramente na sua organização uma forma de gestão que não se faça depender de diferentes políticas partidárias.
Serão estes sem dúvida os pilares fundamentais da estruturação da SRU, e serão igualmente os mais difíceis de conseguir. Limitando-se a SRU, ao Porto, e não havendo nenhuma estrutura estratégica regional, com facilidade iremos perceber que no desenrolar do seu trabalho, muitas das linhas fundamentais serão comprometidas pelas pequenas políticas partidário/bairristas. Como conselho sugiro que se abra o mais possível à sociedade, dialogue para que melhor possa ser apoiada.
Apresenta um introdutório de situações generalistas, que são do conhecimento geral, e apenas aflora algumas das questões base motivadoras da presente situação. Não apresenta ainda nada de novo na leitura e nas políticas a desenvolver, os princípios orientadores são os lugares comuns do conhecimento geral que todos temos da cidade: Necessidade de implantação de habitação, reabilitação das actividades terciárias, arranjo dos espaços públicos, criação de zonas verdes, introdução de infraestruturas e equipamentos urbanos, recuperação do edificado, prioridade ao peão, e alteração de politicas de transportes públicos... Tecendo considerações generalistas e conceitos de intervenção igualmente gerais, aponta os caminhos correctos e óbvios, sendo por isso um documento realista, sério e bastante profissional sobre a actual realidade com a constatação das medidas a tomar.
Interpretei como fundamental, a criação de um Normativo na forma de intervenções. A Reabilitação do espaço construído não poderá seguir os regulamentos normais existentes, uma vez que estes não lhe conferem nem viabilidade económica, nem o respeito pela qualidade Arquitectónica.
A criação de Gestores de áreas, elementos fundamentais na implantação de medidas e na resolução de problemas, se para o efeito estiverem convenientemente habilitados. Essa é uma tarefa fundamental e difícil, pois que só interessará se por um lado lhes forem atribuídos poderes suficientes e por outro servirem a desburocratizar.
E ainda a intenção de promoção de concursos públicos. Se o que entendi disser respeito a verdadeiros concursos, que poderão ir desde os trabalhos de levantamento, aos de definição estratégica, e finalmente aos projectos concretos. (Lugar à criatividade)
Porém embora tenha consciência que será do conhecimento da Sociedade, a necessidade de um levantamento actual e rigoroso dos espaços de intervenção, não o vi expresso nos documentos. Sem o conhecimento social da população, do espaço construído, dos usos, dos cadastros e ainda das actividades económicas, em cada qual destas áreas (e que não bastam os dados do INE) não se poderá criar instrumentos de planeamento e de intervenção eficazes.
Dois pontos referidos neste Masterplan (Não se podia arranjar um nome português?) apenas me deixaram algumas duvidas. O primeiro refere a intenção de criar áreas e zonas urbanas com características vocacionadas. Este é um principio, que não gostaria de ver implantado, primeiro porque terá pouco sentido num espaço consolidado, por outro porque deverá ser a diversidade e a casualidade a melhor arma de reabilitação.
Por ultimo percebi que embora estejam descritas algumas áreas da cidade que por manterem ainda o seu fulgor, são denominadas de "Ancoras", não me parece ser esse o conceito orientador das intervenções. Por um lado estas áreas sendo fundamentais à Reabilitação, deveriam ser em primeiro objecto de apoio e de melhoramentos, segundo de estabelecimento de ligações físicas entre si, e terceiro darem o mote ao desenvolvimento de outras. Assim deveria toda a Baixa ser encarada nos seus usos, como o desenvolvimento que se faz actualmente dos centros comerciais, orientando e buscando em lugares estratégicos a implantação de ancoras. Este principio tanto se aplica ao uso comercial, como ao habitacional, de serviços e outros.
As ancoras são aquilo que se denomina em Urbanismo de "Pólos de Influência", capazes de gerar por si só mais valias capazes de serem motivadoras de alterações. Na Baixa não faltam locais e capacidades.
A implementação destas medidas implica duas consequências, a primeira uma experiência de mapeamento de usos a implantar, e a segunda o principio que a própria sociedade deveria ser ela a primeira promotora deste Pólos, como exemplo e motivação à sociedade civil.
Continuo em crer e a esperar que a SRU, seja no final o instrumento capaz de alicerçar a Reabilitação da Baixa, quer pela definição de estratégias, quer pelo uso dos instrumentos de que dispõe, sendo principalmente a entidade que possa ajudar os cidadãos ao desenvolvimento de acções que a máquina burocrática e legislativa a todos actualmente impede. Infelizmente continuaremos a aguardar a revisão da lei das rendas.
Alexandre Burmester
Da sua leitura, pude comprovar que se trata de um documento bem estruturado, sério e com forte componente conceptual.
Sendo como é um documento síntese, nele constam os princípios orientadores da estratégia a desenvolver no trabalho de Reabilitação Urbana. Correctamente define e procura estabelecer como principio orientador a leitura de uma região que se extrapola do centro do Porto, e à sua Baixa em particular. Chama ainda a atenção e define claramente na sua organização uma forma de gestão que não se faça depender de diferentes políticas partidárias.
Serão estes sem dúvida os pilares fundamentais da estruturação da SRU, e serão igualmente os mais difíceis de conseguir. Limitando-se a SRU, ao Porto, e não havendo nenhuma estrutura estratégica regional, com facilidade iremos perceber que no desenrolar do seu trabalho, muitas das linhas fundamentais serão comprometidas pelas pequenas políticas partidário/bairristas. Como conselho sugiro que se abra o mais possível à sociedade, dialogue para que melhor possa ser apoiada.
Apresenta um introdutório de situações generalistas, que são do conhecimento geral, e apenas aflora algumas das questões base motivadoras da presente situação. Não apresenta ainda nada de novo na leitura e nas políticas a desenvolver, os princípios orientadores são os lugares comuns do conhecimento geral que todos temos da cidade: Necessidade de implantação de habitação, reabilitação das actividades terciárias, arranjo dos espaços públicos, criação de zonas verdes, introdução de infraestruturas e equipamentos urbanos, recuperação do edificado, prioridade ao peão, e alteração de politicas de transportes públicos... Tecendo considerações generalistas e conceitos de intervenção igualmente gerais, aponta os caminhos correctos e óbvios, sendo por isso um documento realista, sério e bastante profissional sobre a actual realidade com a constatação das medidas a tomar.
Interpretei como fundamental, a criação de um Normativo na forma de intervenções. A Reabilitação do espaço construído não poderá seguir os regulamentos normais existentes, uma vez que estes não lhe conferem nem viabilidade económica, nem o respeito pela qualidade Arquitectónica.
A criação de Gestores de áreas, elementos fundamentais na implantação de medidas e na resolução de problemas, se para o efeito estiverem convenientemente habilitados. Essa é uma tarefa fundamental e difícil, pois que só interessará se por um lado lhes forem atribuídos poderes suficientes e por outro servirem a desburocratizar.
E ainda a intenção de promoção de concursos públicos. Se o que entendi disser respeito a verdadeiros concursos, que poderão ir desde os trabalhos de levantamento, aos de definição estratégica, e finalmente aos projectos concretos. (Lugar à criatividade)
Porém embora tenha consciência que será do conhecimento da Sociedade, a necessidade de um levantamento actual e rigoroso dos espaços de intervenção, não o vi expresso nos documentos. Sem o conhecimento social da população, do espaço construído, dos usos, dos cadastros e ainda das actividades económicas, em cada qual destas áreas (e que não bastam os dados do INE) não se poderá criar instrumentos de planeamento e de intervenção eficazes.
Dois pontos referidos neste Masterplan (Não se podia arranjar um nome português?) apenas me deixaram algumas duvidas. O primeiro refere a intenção de criar áreas e zonas urbanas com características vocacionadas. Este é um principio, que não gostaria de ver implantado, primeiro porque terá pouco sentido num espaço consolidado, por outro porque deverá ser a diversidade e a casualidade a melhor arma de reabilitação.
Por ultimo percebi que embora estejam descritas algumas áreas da cidade que por manterem ainda o seu fulgor, são denominadas de "Ancoras", não me parece ser esse o conceito orientador das intervenções. Por um lado estas áreas sendo fundamentais à Reabilitação, deveriam ser em primeiro objecto de apoio e de melhoramentos, segundo de estabelecimento de ligações físicas entre si, e terceiro darem o mote ao desenvolvimento de outras. Assim deveria toda a Baixa ser encarada nos seus usos, como o desenvolvimento que se faz actualmente dos centros comerciais, orientando e buscando em lugares estratégicos a implantação de ancoras. Este principio tanto se aplica ao uso comercial, como ao habitacional, de serviços e outros.
As ancoras são aquilo que se denomina em Urbanismo de "Pólos de Influência", capazes de gerar por si só mais valias capazes de serem motivadoras de alterações. Na Baixa não faltam locais e capacidades.
A implementação destas medidas implica duas consequências, a primeira uma experiência de mapeamento de usos a implantar, e a segunda o principio que a própria sociedade deveria ser ela a primeira promotora deste Pólos, como exemplo e motivação à sociedade civil.
Continuo em crer e a esperar que a SRU, seja no final o instrumento capaz de alicerçar a Reabilitação da Baixa, quer pela definição de estratégias, quer pelo uso dos instrumentos de que dispõe, sendo principalmente a entidade que possa ajudar os cidadãos ao desenvolvimento de acções que a máquina burocrática e legislativa a todos actualmente impede. Infelizmente continuaremos a aguardar a revisão da lei das rendas.
Alexandre Burmester
De: David Afonso - "Discutir o Masterplan"
1. A SRU Porto Vivo iniciou o processo de apresentação e discussão do «Masterplan». Durante a semana que passou por dois momentos efectuaram-se sessões de apresentação das suas linhas gerais. Na terça-feira, por motivos profissionais não me foi possível estar presente, mas pelos relatos de quem lá esteve, inclusive do TAF, aparentemente a sessão não foi lá muito esclarecedora. Na quinta-feira, na Alfândega, novamente por motivos profissionais só consegui chegar na etapa final da sessão, já na fase de perguntas e respostas. Aí ainda fui a tempo de ouvir um dos responsáveis a tentar fazer uma montypythoniana distinção entre ciência, tecnologia e inovação à laia de justificação para uma das propostas mais emblemáticas da SRU, o Parque da Inovação. Lembrei-me daquele preceito da retórica: «se não sabes o que dizes, fala o mais que puderes». Seja lá como for, os testemunhos garantem que as coisas correram um pouco melhor.
Como já foi dito aqui, uma das falhas recorrentes da Porto Vivo tem sido a sua incapacidade de estabelecer linhas de comunicação com a cidade. Profissional e tecnicamente nada posso apontar aos membros da equipa que tem levado este projecto ambicioso para a frente, mas é óbvio que não sabem ou não querem dialogar com a cidade. O episódio desta sessão é sintomático: sabia-se que iria haver uma sessão de apresentação na Alfândega, na quinta-feira, 21 de Abril. A hora é que não foi divulgada. Eu próprio tive de perder a paciência e telefonar para a sede da Porto Vivo. E se não fosse este blog a fazer o trabalho de divulgação que caberia à equipa da SRU seria mais do que certo que a sala estaria às moscas. Uma recomendação preliminar que faço à Porto Vivo é que não menosprezem a comunicação e que procedam aos ajustes necessários para corrigir o mau serviço que nesse campo têm prestado.
2. No entanto, nem tudo está perdido. Uma versão do «Masterplan» já foi disponibilizada on-line e parece que sempre vai haver um site. Ainda não tive oportunidade de estudar com a devida atenção o Plano Estratégico, mas é natural que nele venha a encontrar lacunas, imprecisões ou opções com as quais poderei não concordar e que, a seu tempo, as discutirei. Ao contrário do Dr. Rui Rio, não acho que exista uma única maneira de ver e pensar a cidade e, por isso mesmo, espero que todos se empenhem em dar o seu contributo. Neste ponto creio que seria muito positivo que, sem prejuízo das opiniões de cada um sobre este assunto, «A Baixa do Porto» apresentasse em conjunto e após discussão neste espaço, as suas próprias sugestões para aperfeiçoamento do «Masterplan». Para além das normais e saudáveis divergências, seria possível estabelecer um acordo sobre alguns pontos essenciais e apresentá-los sob a forma de um documento colectivo à apreciação da SRU. As vantagens são óbvias: se afundarmos a Porto Vivo com sugestões dispersas, repetidas e pouco amadurecidas, esta terá o alibi perfeito para as não atender. Mas se, antes pelo contrário, concentrarmos as sugestões sobre os aspectos que consideramos de maior relevância e se essas sugestões resultarem de um processo de discussão e fundamentação sérias, então a SRU não as poderá deixar de lhes dar a atenção merecida. Enfim, a ideia é velha: a união faz a força (e o debate também!).
David Afonso
attalaia@gmail.com
Como já foi dito aqui, uma das falhas recorrentes da Porto Vivo tem sido a sua incapacidade de estabelecer linhas de comunicação com a cidade. Profissional e tecnicamente nada posso apontar aos membros da equipa que tem levado este projecto ambicioso para a frente, mas é óbvio que não sabem ou não querem dialogar com a cidade. O episódio desta sessão é sintomático: sabia-se que iria haver uma sessão de apresentação na Alfândega, na quinta-feira, 21 de Abril. A hora é que não foi divulgada. Eu próprio tive de perder a paciência e telefonar para a sede da Porto Vivo. E se não fosse este blog a fazer o trabalho de divulgação que caberia à equipa da SRU seria mais do que certo que a sala estaria às moscas. Uma recomendação preliminar que faço à Porto Vivo é que não menosprezem a comunicação e que procedam aos ajustes necessários para corrigir o mau serviço que nesse campo têm prestado.
2. No entanto, nem tudo está perdido. Uma versão do «Masterplan» já foi disponibilizada on-line e parece que sempre vai haver um site. Ainda não tive oportunidade de estudar com a devida atenção o Plano Estratégico, mas é natural que nele venha a encontrar lacunas, imprecisões ou opções com as quais poderei não concordar e que, a seu tempo, as discutirei. Ao contrário do Dr. Rui Rio, não acho que exista uma única maneira de ver e pensar a cidade e, por isso mesmo, espero que todos se empenhem em dar o seu contributo. Neste ponto creio que seria muito positivo que, sem prejuízo das opiniões de cada um sobre este assunto, «A Baixa do Porto» apresentasse em conjunto e após discussão neste espaço, as suas próprias sugestões para aperfeiçoamento do «Masterplan». Para além das normais e saudáveis divergências, seria possível estabelecer um acordo sobre alguns pontos essenciais e apresentá-los sob a forma de um documento colectivo à apreciação da SRU. As vantagens são óbvias: se afundarmos a Porto Vivo com sugestões dispersas, repetidas e pouco amadurecidas, esta terá o alibi perfeito para as não atender. Mas se, antes pelo contrário, concentrarmos as sugestões sobre os aspectos que consideramos de maior relevância e se essas sugestões resultarem de um processo de discussão e fundamentação sérias, então a SRU não as poderá deixar de lhes dar a atenção merecida. Enfim, a ideia é velha: a união faz a força (e o debate também!).
David Afonso
attalaia@gmail.com
2005/04/24
De: TAF - "Hoje o blog faz..."
1 ano!
:-)
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