2005/01/08

De: TAF - "A sessão solene e a tertúlia" 

Fui hoje à sessão solene comemorativa dos 3 anos do executivo, aceitando o convite que simpaticamente me tinha sido dirigido pela Câmara. Dois breves comentários.

O primeiro para lamentar a ausência (pelo menos tanto quanto me apercebi) da Oposição nessa sessão. Teria sido elegante ter comparecido. O simples facto de ouvir o discurso de Rui Rio não significa que se concorda com ele, traduz apenas respeito pela escolha feita por quem votou. Além disso nesta cerimónia houve ocasião para apreciar uma peça de Bach executada no violoncelo de Guilhermina Suggia (que é propriedade da autarquia) e de ouvir João Lobo Antunes falar sobre Ciência. Nem que fosse só por isso teria valido a pena.

A segunda nota diz respeito ao discurso de Rui Rio. Foi um bom discurso, virado tanto para a cidade como para o país, como Rui Rio tem regularmente defendido. Sublinhou a degradação do nível dos políticos e da Política em Portugal, relatou aquilo que o executivo tem realizado no Porto, explicou as prioridades que seleccionou. Contudo, há um aspecto que merece "contraditório". Rui Rio critica quem diz que "a cidade está parada", justificando com a extensa lista de obras a decorrer e com o inédito volume de investimento público no concelho. Parece-me haver aqui um mal-entendido. Quem fala de "cidade parada" refere-se normalmente à iniciativa privada! Não há portanto contradição. E a iniciativa privada está parada em parte significativa por causa das dificuldades que o Estado (administração central e administração local) lhe coloca.


Entretanto, quanto à tertúlia sobre o Metro na Boavista, o Alexandre Burmester informa que quem está a explorar o novo espaço do cinema Passos Manuel se mostrou interessado em ceder o local ao debate sobre este assunto. Diz ele que: "Eventualmente tem melhores condições que qualquer café, podendo acolher mais gente, e podendo promover um local de encontro para muita gente. Isto é apenas uma sugestão, porque na verdade, o importante é haver a reunião, e mais importante será que quem se dispõe a debater este assunto (o Metro), vá munido do projecto da reconversão da Boavista, e dos trajectos sobre o Parque da cidade. Isto para não referir nos números de passageiros, custos, etc..."

Não conheço ainda o novo Passos Manuel, e até por isso poderá ser uma boa opção. :-)
Nessas condições, inclino-me para sugerir a sexta-feira como a data mais conveniente, para haver algum tempo de preparação e divulgação. Receio que a próxima terça-feira seja próxima demais. O que me dizem?

De: TAF - "Notícias de Sábado" 

- Balanço e prospectiva do mandato Rio
- Mandato de rupturas que escapa ao consenso
- Rui Rio assinala terceiro ano de mandato com piscadela de olho à Baixa

- A lancha entre Lordelo e a Afurada
- Metro altera projecto junto ao Instituto Politécnico

- Tarde de arte contemporânea a partir de Miguel Bombarda
- Inaugurações hoje

2005/01/07

De: Miguel Barbot - "Terra Queimada" 

Aquilo que aqui se lê:
"A Associação de Comerciantes do Porto (ACP) vai propor aos partidos políticos medidas para travar “cinco anos de queda consecutiva” no comércio tradicional, designadamente a suspensão de autorizações de grandes superfícies."

Aquilo que a ACP gostaria que se lêsse:
"A Associação de Comerciantes do Porto (ACP) vai propor aos partidos políticos a aquisição de uma máquina do tempo para trazer os velhos anos de glória"

Aquilo que seria bom ler:
"A Associação de Comerciantes do Porto (ACP) vai propor aos partidos políticos medidas para apoiar o comércio tradicional, no sentido de este se modernizar e assim competir com as mesmas armas das grandes superfícies, tendo em conta as necessidades de consumo actuais"

A propósito, aconselho a todos vocês e em especial à D. Laura, se já tiver Net, este post.

De: Carlos Gilbert : "Tertúlia... " 

"... sobre o Metro na Boavista"

Independentemente do local da dita, entendo ser de louvar publicamente a atitude! Afinal parece que sempre há bom-senso, e não digo isto por ter sido este o grupo de cidadãos portuenses contactado, diria o mesmo qq que fosse a audiência, passe o termo. Debater assuntos de relevante interesse público sempre foi positivo, desde que de haja debate sério, aberto e objectivo. Coisa que em Portugal raras vezes há por parte das entidades públicas. Daí dar nas vistas quando acontece.

C. Gilbert

PS: Da minha parte, é-me igual o local escolhido. Importante é o facto.

De: TAF - "Tertúlia sobre o Metro na Boavista" 

Fui agora contactado pela Vice-presidência da Câmara para marcarmos a tertúlia sobre o Metro na Boavista com a presença do Dr. Paulo Morais e da Administração do Metro (presumo que seja o Prof. Oliveira Marques, mas esqueci-me de confirmar).

As datas propostas são o próximo dia 11 (terça-feira), ou dia 14 (sexta-feira), pelas 21:30. O local seria um café como o Guarany ou o Majestic.

Agradeço por isso que me enviem mail para pdm@etc.pt a informar qual a preferência. Em função da moda que se verificar, eu combino então definitivamente com a Câmara.

De: João Medina - "sexta ao fim da tarde..." 

Chateiam-me posts como o anterior.
Escritos em forma de ataque pessoal.
Daquele tipo que já foi pedido neste blog repetidas vezes para não se fazerem.
Afinal onde é que se quer chegar?
Simplesmente denegrir a imagem de alguém?
Ainda por cima quando em vez do nome atacado poderia estar outro qualquer nosso Sr. Edil ou um qualquer anterior, actual ou futuro responsável da câmara ou dos SMAS.
Também me chateiam os buracos mal fechados. E as tampas de saneamento. E não sei o que mais...
Cabe a este Blog denunciar.
Na melhor das hipóteses até apresentar propostas.
Nada disso foi feito. É pena...

Fiquei sem perceber qual era a parte do artigo do Comércio a que CS se refere que era assim tão chocante.
Acrescento ainda que não me parece que algum dos argumentos usados por CS coubesse lá com o mínimo de sentido.
Sei lá quantas pesoas são precisas para fazer um buraco!
E para colocar um contador, alguém sabe?

Por favor não confundam o meu texto como um elogio à qualidade do trabalho dos SMAS (ou de algum dos seus dirigentes), ou à sua eficiência.
Seguramente não o é.
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João Medina

De: Cristina Santos - "Os SMAS" 

Fala-nos o Sr. Eng.º Rui Sá de perdas de água aparentes, que exigem a substituição de 25 mil contadores, devido a que estes têm um prazo de vida de 8 anos.
Diz-nos ainda que tem conhecimento de tal defeito nos contadores.
Ora tal defeito poderá ser entendido como «perdas», que em qualquer empresa é contabilizado e previsto no preço do fornecimento de qualquer produto.

Esquece-se Rui Sá de referir as enormes perdas financeiras que os funcionários dos SMAS motivam.
Não justifica Rui Sá como são necessários quatro homens para abrir e fechar um buraco de 1m2 quadrado, e ainda assim despenderem 2/3 dias em tal serviço.
Rui Sá não nos justifica como são precisos 2 Homens para montar um contador.
Esquece-se ainda de referir porque é que tantos homens não são competentes ao ponto de, cada vez que fazem um buraco conseguirem restabelecer a planimetria das vias, porque é que de cada vez que a SMAS intervêm temos uma lomba, um rebaixamento ou fitas a taparem os serviços inconcluidos.

Mais grave que isso é o Sr. Director dos SMAS não ter controle efectivo sobre estes senhores, que descobrem falta de acessórios nas ligações aos contadores, e cobram aos particulares essas aplicações sem emitirem qualquer tipo de recibo, sendo que doutra forma não encontram maneira de aplicar os ditos contadores.

Isto sim são perdas significativas e talvez não contabilizadas no custo, as restantes com certeza há muito são tidas como margem..

Cristina Santos

De: TAF - "3 anos" 

Passam amanhã, dia 8, três anos desde que este executivo iniciou o trabalho na Câmara. O Primeiro de Janeiro faz um balanço através da recolha de algumas opiniões.

Outras notícias:
- Porto veste-se de ciência - o Projecto Vivacidade
- Porto Cidade da Ciência pode ter financiamento europeu
- A Associação de "Comerciantes" ataca de novo
- Antas/Parque das Nações - opinião de Rui Sá
- Esclarecimentos sobre os SMAS - também de Rui Sá
- Trabalhos no Metro
- Dança, música, novo circo e muito teatro para ver até Julho no TNSJ
- Nova loja-galeria na Baixa do Porto explora o universo da fotografia

Este tipo de "micro-acção" é muito importante:
- Escolas mais perto do desporto
- Escolas com recreios abertos à comunidade
- Mais seis escolas da Invicta abrem instalações desportivas à população

- "A Criação de Novos Empregos Científicos Não Pode Ser Só em Lisboa" - é interessante ler esta entrevista onde Pedro Guedes de Oliveira começa com o discurso habitual contra Lisboa mas depois acaba por fazer um relato impressionante de erros cometidos aqui no Porto e cuja culpa só ao Porto é imputável.

2005/01/06

De: Pulido Valente - "Escândalo" 

From: Pulido Valente
To: Dr. Lino Dias - IPPAR
Sent: Thursday, January 06, 2005 3:24 PM

Dr. Lino Dias, com desejos de bom 2005 aqui lhe envío foto daquilo que se está a fazer nas ruas do Montebelo,frente, e do Padre Xavier Coutinho, traseiras, sob a alçada do IPPAR que teve o cuidado de exigir que a armação do telhado fosse EM MADEIRA.. O cedro, grande, que existia já desapareceu. É para isto que serve conservar a fachada? É essa a função do IPPAR? Conservar fachadas? Um edifício tem história não tem fachada. A fachada não existe se não existir edifício. É cenário POSTIÇO. É uma pena que o IPPAR não sirva para proteger o património.

Já agora: porque será que a zona da Beneditina, lado poente, e da r. Pe. Xavier Coutinho estão fora da área protegida e nem sequer são abrangidas pelas zona de protecção? Será que se podem fazer ilhas numa zona protegida? é um disparate - mesmo que essas construções sejam más vão durar e se estiverem em zona protegidas as alterações ou substituições serão livres e sem as exigências que cobrem a parte protegida. Como está será sempre impossível dominar aquelas construções. O que, no estado de coisas vigente, lhes aumenta o valor comercial. Dá para perceber?

Um abraço do José Pulido Valente

De: Cristina Santos - "Arqueologias IV" 

Em complemento à última mensagem, existem alguns apoios susceptíveis de serem atribuídos pelos INH a particulares proprietários de prédios classificados como património, contudo são raros e requerem uma série de performances implicando limitações graves ao uso futuro do edifício.

Quanto à arqueologia gostaria de saber qual a responsabilidade pública ou os estudos prévios feitos por exemplo para as injecções de betão, destinadas às fundações das obras que por aí decorrem, que diga-se de passagem, por vezes expandem-se pelo sub solo acabando até por sair em locais impróprios...
Não haverá o risco de betumar ruínas enterradas a largas dezenas de metros por exemplo em Campanha ou no Bonfim?!
E a «Micas» será que detectou por aí alguma ruína circular que o povo não saiba e se a detectasse a obra do metro parava, para permitir aos arqueólogos, varrerem o sub-solo, as pedrinhas uma a uma, será que parava?

Sim por que de resto as escavações no Porto são muito à superfície, tirando grandes empreendimentos, mas nas zonas históricas praticamente nem são permitidos.
São os achados à superfície que exigem peritagens minuciosas como são as arqueológicas, podemos falar de arqueologia a 10 metros de profundidade?!
Pode um caco dos fins do Sec. XIX ser indício arqueológico?!
Quem paga a delonga e honorários de tais investigações?!

De facto quem legisla este tipo de obrigatoriedade tem bolso pobre e boca de rico!!

Cristina Santos

De: F. Rocha Antunes - "Arqueologias III" 

Caro Tiago,

Porque a comunidade é pobre e tem manias de rica. E é sempre mais fácil mandar os custos para cima de quem tem dinheiro. Como se já não se pagasse impostos, etc. etc.

Francisco Rocha Antunes
Promotor Imobiliário
--
Nota de TAF: Pois...
Uma pequena correcção: "de quem se parte do princípio que tem dinheiro". ;-)


De: Cristina Santos - "Retirem-se as cornijas" 

Quanto à classificação ou à proposta de classificação de imóvel de interesse patrimonial, quando é devidamente fundamentada tem que ser comunicada por meio de notificação ao proprietário do imóvel, que pode assim contestar essa classificação.
Ora, como não existem contrapartidas, na maioria das vezes o que acontece é que no entretanto alguns dos aspectos exteriores que garantiam a classificação do Prédio, são retirados apressadamente, há casos em que por mera casualidade e envelhecimento caem cachorros de prédios, cornijas, ferros forjados, cobrem-se a esmalte os granitos, retiram-se fiadas de azulejo etc...
Uma coisa é certa é quase impossível comprovar que há um ano atrás o edifício era composto por esses elementos, que lhe garantiam uma espécie de personalidade histórica, o que causa perdas a ambos os lados e não só o lado do proprietário.

Depois temos o caso em algumas freguesias, de imóveis implantados com capelas assessorias, que são alvo de classificação juntamente com o terreno envolvente ao edifício, veja-se a perda deste proprietários, que perante tal situação e não sendo estas capelas usadas ou sequer conservadas, resta-lhes apenas retirar cruzes, pias e telhado, contestar a classificação, isto no exercício do seu direito à propriedade.

Quanto à arqueologia, que por exemplo por um caco de um prato, impediu o normal funcionamento das obras de recuperação de uma junta de freguesia, por um período de 6 meses sem que mais nada tivesse sido descoberto, ou pelo menos assim consta, no sector de recuperação de imóveis particulares certamente a opção vai ser pelo encaixilho dos achados.
Tudo porque este tipo de obrigatoriedades implica na maioria das vezes uma fuga à lei, não pelo desprezo aos achados, mas sim pela falta de comparticipação estatal neste interesse de conservação, que deve ser da sua responsabilidade e não dos particulares.

Cristina Santos

De: F. Rocha Antunes - "Arqueologias II" 

Caro Tiago,

Não concordo com a equivalência porque isso é um risco de promoção imobiliária que deverá ser devidamente incorporado na decisão de investir. E não resulta de uma descriminação de uso introduzida por um Plano mas sim pela necessidade de respeitar a lei geral quanto ao património arqueológico.

É evidente que sendo mais um risco quanto ao tempo de licenciamento isso se vai reflectir no prémio que o promotor imobiliário pretende ao fazer esse investimento, e que vai ter de ser incorporado na equação de valor que esse imóvel tem.

O maior problema é o do tempo que demora até se saber quais as consequências dos achados e como eles terão que ser registados para memória futura, pois a regra já não é a preservação tal qual está mas o necessário registo do achado. Mas estamos a falar de tempo, não de impossibilidade de edificação ou recuperação.

A ajuda da SRU deverá ser na mobilização das entidades responsáveis para uma resposta eficaz e rápida às questões que eventualmente apareçam. Como facilitador de processos, não como tomadora de risco.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: O meu ponto é que este interesse arqueológico é da comunidade e não do investidor. Não se trata de um risco equivalente ao risco de mercado, por exemplo. Por que razão há-de o investidor suportar os custos de algo que é obrigado a fazer em nome do interesse da comunidade e não do dele? O tempo aqui vale muito dinheiro, como sabe melhor do que eu. ;-)


De: Cristina Santos - "Investimento Espanhol" 

Em complemento às informações de Carlos Gilbert, esse tipo de sondagem feita por investidores Espanhóis, tem ramificações às Juntas de Freguesia da nossa Cidade e outros centros de informação.
Nomeadamente a Junta de Freguesia de Massarelos.
Na altura já no início do ano passado, os investidores Espanhóis manifestaram interesse na compra de alguns edifícios históricos, com o pretexto de criar uma espécie de residenciais para jovens Espanhóis, que eventualmente tivessem interesse em frequentar o núcleo universitário da zona.
Estas propostas foram ainda expandidas a Ruas da Sé, como Rua do Loureiro ou Cimo de Vila, o objecto do investimento era o mesmo.
A escolha das zonas levanta suspeitas quantos aos fins a que se destinavam efectivamente os imóveis.

Na verdade estas propostas surgiram após os últimos acordos Galicia/Norte de Portugal, o que sugere que a compra de tais imóveis se destinava a investimento Turístico, na medida em que os edifícios em questão se encontram plantados em zonas de interesse (como caminhos do romântico), são de proporção considerável, de uma valia histórica considerável e encontram-se semi-devolutos.

Outros interesses não podiam ter. Os Espanhóis conhecem bem as limitações à edificação em Portugal, para alem de que factores como a lei do arrendamento ou as SRU não são uma experiência positiva para Espanha.
O interesse poderia ser ainda o da instalação comercial, mas nesse ramo têm preferido outros concelhos da zona metropolitana, que não tinham superfícies comerciais (Shoppings).
Pelo que certamente o interesse era criar espaços de alojamento para turistas interessados na visita ao Centro Histórico do Porto, apostando em pacotes de viagens interessantes Galiza/Porto.

Cristina Santos

De: TAF - "Arqueologias" 

Na sequência do post abaixo do Francisco, eu acrescentaria que um problema semelhante se coloca quando se torna obrigatório proceder a investigações arquelógicas se nas obras acontece o "azar" de encontrar algum vestígio.

Talvez valesse a pena haver algum tipo de seguro (suportado pelo Estado!) que protegesse o investimento que encontra este tipo de imprevistos. No caso específico da Baixa do Porto seria aliás muito interessante que a SRU pudesse assumir esse papel "segurador", inspirando assim mais confiança em quem pretende construir/reconstruir no centro do Porto.

De: F. Rocha Antunes - "Classificação de património" 

Meus caros,

A leveza com que se classifica, e já agora com que se desclassifica, património privado como imóvel de interesse municipal é uma coisa que sempre me arrepiou.

A fronteira entre o direito à propriedade privada e o interesse colectivo é tratada da pior maneira: atribui-se, sem mais, ao proprietário de um imóvel o ónus de preservar um imóvel em nome da comunidade.

Estes processos, que deveriam ser tratados com a maior transparência e rigor, são normalmente opacos.

Vem isto a propósito da actual polémica sobre a classificação do Bairro da Fábrica da Areosa como imóvel de interesse municipal.

As perguntas são simples:
  1. Um imóvel é classificado como imóvel de interesse municipal com base em que critérios e dando que direitos de contestação legítima aos seus proprietários?
  2. Esses critérios são gerais e abstractos, conhecidos de todos e aplicados em todos os casos ou apenas se aplicam nos casos em que alguém se lembra de os fazer?
  3. Quais são as compensações que estão previstas para que alguém veja sacrificado o seu património privado em nome de uma classificação que interessa a toda a colectividade e que a essa colectividade vai beneficiar?
Isto não é tão utópico como se possa pensar.

Uma das alterações de fundo da Lei de Bases do Ordenamento do Território é a introdução de regras de perequação obrigatórias em todos os Planos, ou seja, também no PDM do Porto. E o princípio geral é o de que os Planos têm de prever, obrigatoriamente e sob pena de serem inconstitucionais, mecanismos que compensem os desequilíbrios que o próprio Plano introduz na esfera privada dos cidadãos.

Parece-me pacífico que quando uma Câmara classifica uma casa velha como imóvel de interesse municipal em vez de a considerar um futuro terreno para construção nova ao mesmo tempo que noutros imóveis atribui direitos para construção nova está a descriminar entre proprietários. O que é perfeitamente legítimo desde que crie os tais mecanismos de perequação que permita equilibrar esses mesmos direitos. E a lista de imóveis que são pela primeira vez classificados como imóveis de interesse municipal é imensa. Basta ver a extensão do Anexo I com a lista dos imóveis com interesse patrimonial.

Ora, a CMP, na proposta de regulamento que está em discussão pública, ao não criar mecanismos de perequação para estes casos, uma vez que limita a aplicação desses mecanismos às futuras UOPG, não permite que os proprietários afectados por esta classificação e que não estejam dentro de uma UOPG sejam compensados pela perda de valor comparativo dos seus imóveis em resultado da classificação no PDM.

Provavelmente, só a remoção dos imóveis que são classificados pela primeira vez na lista anexa ao PDM é que pode repor a sua constitucionalidade. Mas isso só um especialista em direito é que o pode garantir, não eu. Agora, que em Portugal parece ser fácil invocar a inconstitucionalidade de qualquer coisa, parece. Para a CMP meditar...

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Carlos Gilbert : "Imobiliário apetecido na Baixa??" 

Soube hoje por fonte de um banco internacional com balcões aqui no Porto que grande parte dos imóveis devolutos na Baixa estarão a ser avidamente comprados por grupos espanhóis. Perguntei frontalmente ao meu interlocutor da origem dessa informação. "Porque aqui no banco somos constantemente inquiridos por esses grupos se sabemos de prédios à venda na Baixa", foi a pronta resposta.
Aqui deixo a informação, que acho curiosa. Porque raio de motivo vêem os espanhóis interesse num tema (a rehabilitação dos imóveis da nossa Baixa) que a nós, portugueses e portuenses, tanta dor de cabeça está a criar? Alguém sabe mais?

C. Gilbert

PS: Não é que eu tenha algo contra os espanhóis adquirirem prédios na Baixa, acho só interessante o facto. Se eu quiser ser mais frontal, diria "antes os espanhóis que os chineses"...

2005/01/05

De: F. Rocha Antunes - "Comerciantes?" 

Meus caros,

A realidade ultrapassa sempre a mais delirante das ficções.

A afirmação da Presidente da Associação de Comerciantes do Porto, transcrita oportunamente pelo Tiago, é reveladora do problema que temos quando falamos do comércio tradicional.

Alguém precisa de mais alguma prova, se ainda faltava alguma, sobre a qualidade da gestão do comércio tradicional?

O que é pena é que não haja outra associação de comerciantes, que junte os que não lhes passa pela cabeça fazer negócio sem ser orientado pelo mercado. E que os nossos políticos locais insistam em sujeitar decisões fundamentais para a cidade ao que esta gente pensa e acha. É governar favorecendo o que de mais retrógrado há na cidade. Espero que os chineses mostrem que comércio é outra coisa. Quando tivermos lojas abertas 24 horas, aonde se possa comprar comida e outros géneros, como eles fazem em todo o mundo, vão ver a campanha que esta associação vai fazer. É só esperar. Vão morrer a fazer abaixo-assinados contra tudo o que é diferente da sua ideia de comércio, criada nos anos 50 do século passado.

Só quero ver quem vai ter a lata na próxima campanha eleitoral de defender estes comerciantes.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: TAF - "Citações" 

Actualizado às 12:35

Escreve o Público hoje:
- Morais Desafiado a Clarificar Área de Construção do Boavista

Cito parte do texto: «Em causa está o facto de a planta de qualificação dos solos que acompanha a proposta de PDM (em fase de discussão pública até ao dia 20) não reflectir a deliberação dos deputados municipais: estes atribuíram capacidade construtiva a uma faixa de terreno de 1500 metros quadrados, situada a norte do estádio, mas, na referida planta, a área susceptível de construção aumentou para 17 mil metros quadrados.
Confrontado com esta discrepância, o presidente da Assembleia Municipal do Porto, Álvaro Castello-Branco, alegou que a deliberação daquele órgão prevalecerá sobre o PDM.»


Será possível que o presidente da Assembleia Municipal continue a insistir no mesmo erro? Agora já não pode invocar ignorância, já lhe explicaram...


- Grupo Amorim Inclina-se para Dar Parecer Negativo ao Projecto para o Batalha

Cito: «a presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Laura Rodrigues, comentou: "Se quiserem um estudo de mercado, nós fazemo-lo! Não há-de ser pela falta dele que o projecto não vai para a frente"»

Por outras palavras: "o projecto vai ser o mesmo, mas estamos disponíveis para esbanjar dinheiro fazendo a posteriori um estudo de mercado a que não vamos ligar".
Típico.


- A Câmara do Porto pelos vistos agora faz press releases com mensagens aparentemente pessoais e incompreensíveis por quem não segue os meandros da pequena política.

2005/01/04

De: F. Rocha Antunes - "Comparação dos regulamentos" 

Aqui vai uma cópia de um trabalho feito aqui no escritório, em que foi feita a comparação entre os textos dos Regulamentos do PDM na versão de Maio, a segunda, e a actual, a terceira. Apenas a comparação dos anexos não foi revista.
-> Ficheiro para "download"

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: L F Vieira - "Balanços" 

Bom ano 2005!

Blog: Cabo Raso
Post: Balanços

De: F. Rocha Antunes - "AMT?" 

Meus caros,

Quanto mais se sabe sobre o projecto do Metro na Avenida da Boavista, sempre à custa de muito questionar (devemos estar a ficar mesmo profissionais disto) começam a aparecer as razões porque alguém acha normal rebentar com aquela artéria importante e criar um inferno à circulação naquela zona.

1 – O erro de concepção primário da ainda incipiente rede de Metro que foi decidir passar 4 linhas, as da Póvoa, da Trofa, do Aeroporto e de Matosinhos, todas pelo mesmo canal Senhora da Hora – Trindade. Decidiu-se aproveitar um canal ferroviário existente, porque sai mais barato, e agora vá de atafulhar o dito canal com tudo o que é preciso para agradar aos autarcas dessa criação fantástica que é a Junta Metropolitana do Porto. Para isso misturam-se linhas urbanas com linhas claramente suburbanas e faz-se que o mesmo equipamento, desenhado para circular em ambiente urbano também faça de comboio. É tão ridículo como querer levar os autocarros dos STCP a fazer a ligação Porto – Braga. Daí ter-se concluído que se teria de comprar um outro tipo de equipamento para fazer as distâncias mais longas. Como se não fizesse mais sentido entregar esses troços à CP que finalmente tem uma unidade de suburbanos do Grande Porto a funcionar como deve de ser e que poderia utilizar as novas composições suburbanas (o tal desconto de quantidade aplicava-se aqui).

2 – Para corrigir esse erro, volta-se a jogar pelo barato e aproveitar um canal dos STCP para instalar uma linha de Metro Avenida da Boavista abaixo que não resolve em nada o problema, pois ninguém que more em Matosinhos vai achar melhor vir pela Avenida até à Rotunda e fazer um passeio a pé quando pode ir directo à Baixa sem transbordo. E das duas uma: ou ainda falta anunciar a ligação do topo do ramal da Avenida da Boavista à rede enterrada, sem passar pelo canal da Senhora da Hora – Trindade, ou ainda não se teve a coragem de dizer que se vai acabar com a linha que liga a Senhora da Hora a Matosinhos. De outra forma não se resolve o problema de base.
O facto de os STCP terem um canal que não utilizam parece ser coisa pacífica, que não merece uma linha de justificação. Como é possível existir uma obrigação que não é cumprida, a de servir com transporte eléctrico a Avenida da Boavista, é coisa que não incomoda ninguém.

3 - No meio disto tudo, ficámos também a saber que se quisermos saber qual o futuro dos eléctricos na cidade, como parte de um sistema de transportes públicos diversificado, temos que descobrir quem é que na Porto 2001 teve a ideia e que compromissos existiram que permitiu gastar esse dinheiro no centro da cidade.

4 – O PDM, que está em fase de discussão pública, classifica a Avenida da Boavista como Eixo Urbano Estruturante e de Ligação Intermunicipal, na Carta da Hierarquia da Rede Viária. Vou só transcrever a parte em que se define o que isto é: “..têm como função principal estabelecer a ligação entre os principais sectores da cidade, e desses à rede nacional que estrutura o território metropolitano e regional, segundo uma lógica de concentração de fluxos e de grande eficácia de desempenho, com recurso a tecnologias avançadas de apoio à gestão do congestionamento;”
Quem diz isto é o documento que regula o ordenamento da cidade para os próximos 10 anos e que é da responsabilidade da CMP. Não sou eu. Agora, como se compatibiliza isto com os cruzamentos à espanhola, não se sabe.

5- Nem vou acreditar que a explicação que o Alexandre Burmester sugeriu seja a razão desta trapalhada. Era mau demais pagar um erro com outro ainda maior.

Por isso, só pergunto: é impressão minha ou já foi criada uma Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto? Ou, como é nosso apanágio, só vai estar pronta a funcionar quando nada houver por decidir?

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Pulido Valente - "o programa..." 

"... do novo governo da cidade/concelho"

Não sei nada de nada e tenho o direito ao disparate como q.q. outro sem que me ostracizem por isso vou alinhar alguns raciocínios a sair do forno pela 1ª vez. Palavra.

Síntese do que já se sabe na Baixa:
a cidade está morta porque se quis "ver em grande" sem enchergar um palmo à frente do nariz; é necessário remediar ou reduzir o mal; a baixa não vive isolada; a cidade deve viver da e com a baixa; não há infraestruturais sanitárias, de equipamentos, de estacionamento, de bom desenho urbano; os cidadãos têm pouco dinheiro para gastar naquilo que iria dar vida à cidade; a câmara não tem dinheiro e não sabe gastar o que ainda vai tendo; a câmara não dialoga com o cidadão e, como todo o primitivo, desconfia e agride sempre que é abordada; a câmara está mal organizada e tem maus funcionários; a câmara não sabe fazer bons funcionários;os políticos não sabem nada de nada, mesmo os que dizem ter boa vontade ( esta de ressuscitar o gabinete de atendimento prioritário e privilegiado é a melhor prova; troca clientelas e fica-se por aí; no essencial e sob o ponto de vista da correcção a situação é exactamente igual, i.e., errada);

Proposta(s):

o programa de governo deve assentar no compromisso de se instalar o dialogo a todos os níveis. indiscriminadamente. igualdade. não há grandes e pequenos, bons e maus. há bonitos e feios.sérios e não sérios. e isso vai ver-se com o tempo e vai dar o seu a seu dono. Portanto o PDM deve ser discutido por toda a gente para o que se tem de arranjar maneira de comprometer todos. As juntas de freguesia e os moradores (alguns até são proprietários) têm de responder porque passaram a vida a queixar-se e não se pode permitir que voltem as costas. os clubes de sueca, columbófilos, pesca, filatelistas, e por aí fora têm de ser chamados e participar. as televisões, das casas, ficarão com menos uso. Os "shoppigns" serão menos frequentados para lamber montras. Quer dizer a nova gerência tem de provocar reuniões ( a começar pelas que deve ter com todos os funcionários da câmara - como fazer isso? -) de e com. Daí sairá o PDM do Porto não do à, do eiras, do abo.Vai demorar? E depois? porventura alguma coisa foi feita bem sem levar tempo? O tempo que as coisas levam para ser bem feitas é o estritamente necessário. Quando são mal feitas demoram muito mais. Bem, penso que dois anitos e teremos PDM pronto.

Entretanto a discussão nas juntas e nos bairros e nas ruas e nos largos e nas travessas sobre o que é que se vai passar para o PDM mobilizam de certeza as pessoas e permitem despachar os processos pendentes que devem estar na origem do arranque do processo. O PDM não pode ser encaminhado para negar as pretensões mas para as aceitar. Corrigidas quando for caso disso após conversas nos locais referidos. As juntas devem centralizar o processo das ruas, travessas, praças etc.

Com PDM a gestão do espaço da cidade passa a ser transparente, eficiente e oportuna. Os serviços vão na onda e ficam escorreitos (sou tão optimista que até admito que os funcionários compreendam, se motivem e passem a funcionar). Isto se não se for para a grande metrópole. Se formos por aí só temos que dividir a metrópole em freguesias - uma seria o Porto - e subdividir estas em freguesiazinhas: Paranhos, Neovegilde; Bonfim; Sé, Miragaia, Foz etc.

Com isto até se vai conseguir mais dinheiro para os cofres da câmara. Ou da freguesia. Claro que teremos de ensinar a universidade a participar, os industriais a compreender, os comerciantes a colaborar e por aí fora. Nada resiste a uma grande onda. JPV

De: Pulido Valente - "Futuro sustentável quéisso?" 

"Quais são os cinco principais problemas ambientais do Grande Porto?"

1.viaturas a mais
não se pode ter uma cidade ou uma região sem controle das máquinas que circulam nas estradas e nas ruas. Tema: coragem para diminuir a circulação automóvel/etc.

2.irresponsabilidade do cidadão
sem cidadania não há cidade com bom ambiente. Tema: educação cívica e promoção cultural dos cidadãos

3.a má qualidade da arquitectura e do que passa por ser arquitectura
sem arquitectos com o direito exclusivo de projectar arquitectura e sem arquitectos sérios e civicamente comprometidos não há bom ambiente.
Tema: tratar dos arquitectos e da arquitectura

4.acabar com os politicos
os políticos não gerem o património; gerem os interesses do partido e dos lobies Tema: fazer a revolução

5.virar do avesso a universidade; Tema: acabar com os falsos doutores e com a incompetência - aprender a ensinar.

José Pulido Valente arq. 03.01.05
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Nota de TAF: Vem isto a propósito de um inquérito sobre futuro sustentável.

De TAF: "A Desertificação de Lisboa" 

A ler no Jaquinzinhos.

De: Carlos Gilbert : "Transportes" 

Muito pertinente o texto de Paulo Vaz, com o título acima. Sobretudo a sugestão de fazer circular composições semi-urbanas entre a Srª da Hora/Maia/Trofa e Srª da Hora/Póvoa (para não falar da inter-ligação das composições do ramal de Leixões com o Metro, como refere). Aliás até podiam manter a mesma bitola do Metro, mas em minha modesta opinião as composições deste último são viáveis (= com conforto) para trajectos de uns 20 minutos, não muito mais. Quem vai do Porto até à Trofa e/ou até à Póvoa tem obrigatoriamente de ter direito a fazer o trajecto sentado e não de pé! Vejam-se as composições que em Lisboa atravessam o Tejo pela Ponte 25 de Abril: não era de usar composições semelhantes cá também? Afinal a função é a mesma, servir utentes de uma vasta rede sub-urbana. Por este motivo eu tenho vindo a defender há muito a convivência de quatro meios diferentes de transportes urbanos: autocarro, eléctrico, Metro e comboio-ligeiro. O que exige planeamento adequado e concordância de critérios por parte de quem decide. O que entre nós (em Portugal) é quase impossível de se conseguir, e entre nós aqui (no Porto) mais ainda...

C. Gilbert

De: TAF - "+ notícias" 

Actualizado às 10:10

- Atraso na revisão do PDM de Matosinhos - Faz algum sentido que obras importantes para todo o Grande Porto como "o projecto da ampliação do aeroporto Francisco Sá Carneiro e a requalificação do porto de Leixões" estejam dependentes do PDM de Matosinhos? Não seria melhor um "Porto" bem maior?

- Bairro da Fábrica da Areosa prepara contestação ao PDM
- Classificação não impedirá concretização de projectos
- Moradores do bairro da Fábrica recolhem assinaturas até domingo
- Moradores Querem Classificação do Bairro da Fábrica

- Em tempo de balanço - opinião de Manuel Teixeira

- "É preciso mais do que a SRU para inverter rumo de abandono da Baixa"
- "A possibilidade de expulsar os mais pobres é elevada"
- Associação de Comerciantes faz balanço negativo do Natal
- Saldos só começam sexta-feira mas cresce a moda das promoções
- Guardas-nocturnos do Porto não querem ser "pedintes fardados"

2005/01/03

De: Paulo Vaz (Nortugal) - "TRANSPORTES: ..." 

"... Linha Campanhã - Leixões"

Como é do conhecimento, o governo está a estudar a hipótese de reactivar a linha ferroviária de Leixões para o transporte de passageiros. Há muito tempo que defendo esta decisão. A linha está subaproveitada e tem um trajecto de iminentemente urbano, Desde Campanhã, Rio Tinto, Ermesinde, Pedrouços(Hospital de S.João-UP), S Mamede Infesta, Araújo-Custóias, Gueifães e Leixões. Serve os concelhos do Porto, Gondomar, Valongo, Maia e Matosinhos. É uma linha ferroviária urbana, a ser integrada na CP Porto, mas que pelo seu perfil mais valia fazer parte do Metro do Porto. Paradoxalmente o trajecto da linha Vermelha para a Póvoa e da linha Verde para a Trofa não deveriam ser metro mas sim sub-urbano CP Porto... Uma prova adicional do difícil parto do Metro do Porto... Mas os problemas não ficam por aqui. É que o Metro do Porto orgulha-se e bem de prever interfaces com outros meios de transporte: Campanha e as ligações com os STCP são disso prova. Porém a reactivação da linha Campanhã-Leixões trás novos pontos de intersecção não previstos e para os quais é necessário encontrar soluções:

1. Hospital de S.João: A «nova linha» passa a menos de 100 metros de distância do ponto terminal da linha Amarela em frente ao hospital. Estão previstas obras de reordenamento urbano. Extendem-se à parte exterior da circunvalação, concelho de Matosinhos ? Espero que sim, mas acho que não. Infelizmente não há Junta Metropolitana do Porto para tratar destes assuntos, a CCDRN anda estabilizar presidentes, Regionalização não há, a Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto está instalação e o presidente da CM de Matosinhos apenas se preocupa com projectos imobiliários com efeitos «colaterais»...

2. Araújo/Custóias: Neste ponto, a linha Campanhã - Leixões cruza-se com a linha Verde a caminho da Maia. Este ponto com reduzida densidade urbanística, tem nas proximidades existe o estabelecimento prisional de Custóias e irá passar o troço final da A4, unindo o centro de Matosinhos e Aguas Santas. Será que o Metro vai passar por baixo da linha de comboio sem parar ? Narciso Miranda sempre tão eficaz na urbanização de zonas com potencial esqueceu este nó com Metro, Comboio e Auto-estrada?

3. Gueifães: Nas proximidades do complexo ferroviário com o mesmo nome, onde se situam as oficinas do Metro do Porto e da CP norte, a linha Campanhã - Leixões volta-se a cruzar com o Metro, desta vez com a linha Vermelha a caminho da Póvoa do Varzim. Novamente coloco a questão: Há ou não interface?
E questões ainda mais pertinentes: Não deveria terminar por ai a linha de Metro ou dirigir-se apenas até ao Aeroporto ? Não deveria o comboio sub-urbano seguir pelo canal ferroviário até à Póvoa-Estela-Barcelos-Viana ? Dado a recente polémica sobre a aquisição de novas locomotivas para o Metro, capazes de assegurarem com rapidez a ligação entre a Póvoa e o Porto, não seria perferível evitar essa aquisição e usar as composições já detidas pela CP Porto ? O traçado do Metro do Porto não deveria excluir a ligação para Vila do Conde/Póvoa do Varzim e para a Trofa ? Se este troço voltar a ser ser destinado a comboios, poderá ser usado pelo TGV ? O Metro do Porto não teria mais apetência para linha iminentemente urbanas, isto é linhas que não atravessem campos de milho e bouças, tal como ocorre nos trajectos para a Póvoa e Trofa ? Não seria perferível o Metro dirigir-se apenas até ao Aeroporto, se possível por um canal mais rápido e urbano ? Não seria preferível criar, antecipar linhas sobre eixos densamente povoados, como seja o centro de S.Mamede Infesta - Circunvalação - Stª Luzia - Prelada - Carvalhido - Avenida de França - Rua Gonçalo Sampaio - nova ponte sobre o Douro - Estação das Devesas (Gaia) ? Havendo Regionalização ou Fusão de Autarquias, estes assuntos não seriam acautelados com maior antecipação, aparecendo vantagens competitivas do nosso território, propiciadoras de maior nível e qualidade de vida ? O que esperamos para exigir dos políticos que nos governam uma maior previdência ? Porque é que Rui Rio não fala deste assunto ? Porque é que João Sá da CCRDN apenas se entretem a fazer fretes a Lisboa ao criticar Cadilhe sobre os atrasos na reformulação da administração pública regional ? Quando é que a Faculdade de Economia do Porto, os departamentos de Engenharia Civil (FEUP) e de Geografia (FLUP) passam a ter maior protagonismo nestes assuntos ?

Paulo Vaz
Nortugal@clix.pt

De: Alexandre Burmester - "O Metro, a Boavista,..." 

"... o Parque da Cidade, a Imoloc - e o cozido do cozinheiro"

Depois da promessa eleitoral de não deixar construir no Parque da Cidade, e em face da eventual indemnização à IMOLOC, de 20 milhões de contos, comprometendo a gestão urbana para as próximas décadas, será que:
Será?
Se fôr dou os parabéns a quem engendrou tal plano..., está bem feito.

Alexandre Burmester

De: Cristina Santos - "O Jornal de Notícias" 

O Jornal de Noticias é um importante pilar na informação escrita do Norte, lido por milhares de Portuenses nas tascas e cafés, onde é diariamente disponibilizado aos clientes destes espaços, tem uma influência abrangente sobre a opinião pública dos seus leitores.

No entanto este poder tem sido utilizado pelo JN, sem cuidado ou primazia.
Embora as noticias sejam aparentemente isentas, o JN tende a rebaixar o Porto, a contribuir, para este estado público de derrota e degradação.
O Jornal de Noticias deveria ter a responsabilidade de incentivar o orgulho Portuense, as festividades e os bons acontecimentos.

O que não acontece quando os Jornalista apelidam a Festa de Passagem de Ano, que deveria ser um evento de união e convívio na Cidade, como uma festa para tesos, não pela qualidade da animação, mas sim porque é démodé comemorar a passagem de ano na Praça da Cidade.

Para além de que a ênfase dada ao resto das notícias tende sempre a assumir a negatividade, não são questionadas pelos Jornalistas as iniciativas, mas são tratadas como pouco relevantes.
A comunidade de empresários, associações e outros activos da cidade, não tem qualquer referência no JN.

A cobertura da Cidade do Porto, que se pensa Cidade mãe ou madrinha do JN, é feita em duas páginas, como se no Porto nada se passasse, acontecimentos que poderiam ter desenvolvimento jornalístico e simultaneamente incentivar o orgulho na Cidade, são atirados para caixas de mensagens, de importância menor.

O JN já não cumpre a função de divulgação Portuense, cada vez mais é um Jornal Nacional, um Jornal de audiências, mesmo no que diz respeito à edição do Porto.

Era importante, para a Cidade que meios de comunicação, com o nível de audiência do JN, fossem o auxílio à governação da Cidade, que elucidassem e chamassem a atenção para o que se passa no Porto… Longe vãos os tempos de Camilo ou de outros que encontravam nestes meios de comunicação, divulgação das utilidades e das maleitas do povo.

Numa época de regresso às tertúlias e ao interesse pela Cidade, o JN não cultiva dos mesmos interesses, preferindo cada vez mais uma imagem «capital» à imagem que lhe deu o ser.
Os Portuenses continuam a lê-lo e procurar no seu interior as folhas dedicadas ao Grande Porto, diariamente e perante a frieza e o desinteresse Jornalístico demonstrado, os Portuenses vão sabendo o que passa em Lisboa, no Mundo, terminando a leitura sem saberem exactamente o que se vai passando no Porto.

O «Público» pelo contrário cada vez encontra mais leitores no Norte, contudo os nossos pequeninos Jornais continuam na sombra sem meios, tendendo a imitar o Lucro de um JN deslocalizado, geral e supérfluo.

Para quando o contraditório local a este líder da imprensa escrita?!

Cristina Santos

De: TAF - "Notícias" 

- Quatro comboios por hora na "nova" linha de Leixões
- Projecto de cinéfilos para público alternativo
- Projecto do Porto Quer Mostrar ao Público "Cinema Invisível"
- Novo Centro Regional de Sangue Ainda Este Mês - para 170 funcionários
- Pólo de Saúde na Quinta do Covelo

De: André Valente - "Metro do Porto" 

Viva,

Coloquei um post no meu blog sobre o metro do Porto que talvez se enquadre no "A baixa do Porto"
http://opinioesfacciosas.blogspot.com

Caso coloque no seu blog, se possível, deixe a referência ao meu blog...

Muito obrigado,
André Valente
a.valente@gmail.com

2005/01/02

De: Carlos Gilbert : "O Metro (e a Av. da Boavista)" 

1. Tenho lido de vez em quando aqui que a linha do Metro entre a Srª da Hora e a Baixa já está perto da saturação. Podem facilitar-me a análise dizendo-me como se chegou a esta conclusão? E, já agora, qual o intervalo temporal das composições em horas de ponta?

2. Se de facto esta linha já está perto da saturação, muito mais irá ficar quando entrarem em serviço a linhas da Póvoa e a da Maia/Trofa... Será que já tem havido por parte dos utentes muito mais utilização que o previsto, ou é mais um caso de contas e previsões mal feitas?


3. A ser verdade essa saturação, pq motivo não se fazem circular composições extra entre a Srª da Hora e a Trindade, para distribuir melhor os utentes? A vantagem do Metro sobre o caminho-de-ferro é poder circular quase "à vista", se for necessário, ou seja, em intervalos extremamente curtos.

4. Quem tomou a decisão de montar de novo carris nas principais artérias da cidade? Em que tipos de composição pensou/pensaram? Pessoalmente acho boa a ideia de restabelecer a linha Foz (Passeio Alegre)/Baixa, pelo menos até à zona da Cordoaria/Leões. Só que voltamos à mesma questão: com que tipo de composições? Decerto que não as do Metro actual!... Pq não pensar em veículos mais curtos, mais estreitos e por conseguinte mais "maneáveis" para melhor se adaptarem à sinuosidade da malha urbana? Mas garantindo de antemão um mínimo de conforto e rapidez, caso contrário temos "eléctrico" a conviver com automóveis como até agora...

5. Pq razão as composições do nosso Metro chiam de forma confrangedora em algumas curvas? Até mete dó... Falta de maneabilidade? Não se ia saber isso de antemão? Ou é "preciosismo" da minha parte e é assunto que não interessa?

6. Sou um utente muito esporádico do Metro, pq não trabalho no Porto. Até que compreendesse da primeira vez que era preciso comprar um "bilhete de plástico" e que depois era necessário validá-lo, foi obra... é que - salvo prova em contrário, que nem uma simpática senhora de uma das salas de atendimento me pôde dar - isto não está escrito em lado algum!! Já tenho andado de Metro em várias cidades e sempre tenho adquirido directamente o bilhete de que necessito. Esta de obrigatoriamente se ter de adquirir o "suporte" para depois se comprar a utilização (a tal "validação") acho um tanto bizarro... Como é com toda a gente que - como eu - só usa o Metro de forma esporádica? E os turistas?

7. Estou um tanto de acordo com a qualificação da Av. da Boavista de "terceiro-mundista". E quem autorizou que se demolissem os palacetes lindíssimos que havia? E as dezenas de casas características de uma época muito própria, em que a referida avenida era uma via com elevado grau de elgância urbanística? Se os habituais frequentadores deste espaço soubessem do espaço lindíssimo que havia onde hoje se ergue o infame edifício "Dallas", ou o palacete que se erguia em frente ao "Meridien" (cujo jardim ia desde a rua de António Cardoso até à rua de Antº Bessa Leite...), ou o emblemático "palacete do Pinheiro Manso" que deu lugar ao descaracterizado prédio da "Cufra". E agora vêm-se queixar de que a Av. da Boavista tem um aspecto "de 3º Mundo"? Ah... quem diria...
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Nota de TAF: Tanto quanto sei, o que acontece é que se prevê que o troço Trindade - Srª da Hora venha a ficar saturado quando abrirem as linhas previstas. Ou seja, mesmo a frequência máxima das composições não suportará aquilo que seria necessário.


De: TAF - "As primeiras do ano" 

- À espera de mais turistas com voos de baixo preço
- Investimentos para a Baixa serão apreciados na Câmara
- O Porto tem mais de 200 casas em ruína iminente
- Recria apoia arranjo de 400 casas
- A Festa dos Reis Magos na tradição dos portuenses
- Porto recheado de espectáculos num trimestre marcado pelo Fantasporto
- Fim-de-Ano na Avenida dos Aliados atrai romeiros habituais e os estreantes tesos
- Milhares brindaram 2005 nos Aliados

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