2006/02/18
De: Pedro Lessa - "Já agora mais um evento na Baixa"
No que toca a promover os eventos da Baixa, penso que toda a divulgação é preciosa.
Decorre no Mercado Ferreira Borges desde 5ª feira passada e até Domingo mais uma feira Stock-Off de Design, Mobiliario e Decoração.
Como trabalho mesmo ao lado, é impressionante o movimento gerado por este evento. Durante o dia e mesmo à noite (até às 23h) esta zona está irreconhecível. Como seria bonito que este movimento acontecesse durante todo o ano.
Seria, assim, uma Baixa viva e repleta de animação.
Continuemos a sonhar.
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
Decorre no Mercado Ferreira Borges desde 5ª feira passada e até Domingo mais uma feira Stock-Off de Design, Mobiliario e Decoração.
Como trabalho mesmo ao lado, é impressionante o movimento gerado por este evento. Durante o dia e mesmo à noite (até às 23h) esta zona está irreconhecível. Como seria bonito que este movimento acontecesse durante todo o ano.
Seria, assim, uma Baixa viva e repleta de animação.
Continuemos a sonhar.
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
De: Pedro Aroso - "A Essência do Vinho..."
"... no Palácio da Bolsa"
De 24 a 26 de Fevereiro, entre as 15:00 e as 21:00 horas, o Palácio da Bolsa recebe, pela terceira vez, o mais importante certame de vinhos do nosso país:
http://www.essenciadovinho.com/
Este é um daqueles eventos que deve ser acarinhado, não só pelo prestígio que empresta à nossa cidade, mas sobretudo por ter no lugar na baixa do Porto, num dos edifícios mais emblemáticos do seu centro histórico.
De 24 a 26 de Fevereiro, entre as 15:00 e as 21:00 horas, o Palácio da Bolsa recebe, pela terceira vez, o mais importante certame de vinhos do nosso país:
http://www.essenciadovinho.com/
Este é um daqueles eventos que deve ser acarinhado, não só pelo prestígio que empresta à nossa cidade, mas sobretudo por ter no lugar na baixa do Porto, num dos edifícios mais emblemáticos do seu centro histórico.
De: David Afonso - "A Baixa morreu. Viva a Baixa!"
[publicado no Dolo Eventual]
Ruas há que gostamos e nem sabemos lá muito bem porquê. Não são monumentais, não são limpas, não mora lá ninguém que nos seja querido. Gostamos e pronto. A Rua Mártires da Liberdade é uma dessas minhas ruas. Recomendo um passeio por lá e pelos seus arredores para verem o que lá se passa. É um escândalo! Há quem se atreva a estar vivo numa cidade moribunda!
1ª Etapa: vão ao 100+- (Sem Mais Nem Menos): misto de bar, livraria, galeria e afins. Serve vinho a copo (até que enfim!), livros e cds em primeira e segunda mão, sessões de cinema espanhol e poesia.
2ª Etapa: passem pela Livraria Académica, nunca é tarde para contrair o mal da bibliofilia. Em alternativa, podem voltar um pouco atrás e visitar a Livraria Nuno Canavez. Ninguém no seu perfeito juízo sai destes alfarrabistas de mãos a abanar.
3ª Etapa: seguindo a linha do prazer vão à novíssima mercearia fina Frutos da Terra já na esquina da Travessa de Cedofeita com a Rua das Oliveiras. Todas aquelas iguarias que nos fazem acreditar na perfeição do universo estão lá: azeite, vinagre, vinho, enchidos, compotas e por aí fora. Vale mesmo a pena.
4ª Etapa: continue na linha do prazer e vá a Casa Margaridense, na Travessa de Cedofeita, comprar um pote de marmelada caseira e um pão-de-ló que, como é sabido, são a melhor companhia que se pode ter em casa por estes dias de inverno.
5ª Etapa: já que estamos numa maré de compras vamos dar um saltinho à Collectus para dar uma satisfaçãozinha ao demónio do coleccionismo. Se mesmo assim, a pulsão coleccionadora não estiver saciada, sempre temos mesmo ali, na Rua das Oliveiras, um especialista em BD dos tempos que já não voltam. Se se trata de um caso sério de possessão coleccionista, então o melhor é ir mais abaixo, às galerias Lumière (onde jazem defuntas duas belas salas de cinema transformadas em parque privativo), aí há de tudo: postais, brinquedos, selos, calendários e etc. Com sorte ainda se apanhará a Feira de Velharias e Antiguidades que vai acontecendo todos os meses.
6ª Etapa: seria imperdoável não visitar a Poetria, a tal, a única livraria do país especializada em poesia e teatro. Aquele livro que julgava fora de mercado está lá, à espera.
7ª Etapa: se ficarmos para jantar temos na Mártires da Liberdade o Gira-Pratos para quem quer escapar à fatalidade dos rojões ou do bacalhau. Cozinha urbana acompanhada de excelente música.
8ª Etapa: vamos ver uma peça ao Teatro Carlos Alberto e depois, se ainda houver energia, que tal tomar um copo ao Café Lusitano (Rua José Falcão), no Pipa Velha (Rua das Oliveiras) ou, para acabar como começámos, no 100+-?
A Baixa morreu. Viva a Baixa!
David Afonso
attalaia@gmail.com
--
Nota de TAF: A propósito de alfarrabistas, aqui vai uma lista com vários apontadores para espaços no Porto.
Ruas há que gostamos e nem sabemos lá muito bem porquê. Não são monumentais, não são limpas, não mora lá ninguém que nos seja querido. Gostamos e pronto. A Rua Mártires da Liberdade é uma dessas minhas ruas. Recomendo um passeio por lá e pelos seus arredores para verem o que lá se passa. É um escândalo! Há quem se atreva a estar vivo numa cidade moribunda!
1ª Etapa: vão ao 100+- (Sem Mais Nem Menos): misto de bar, livraria, galeria e afins. Serve vinho a copo (até que enfim!), livros e cds em primeira e segunda mão, sessões de cinema espanhol e poesia.
2ª Etapa: passem pela Livraria Académica, nunca é tarde para contrair o mal da bibliofilia. Em alternativa, podem voltar um pouco atrás e visitar a Livraria Nuno Canavez. Ninguém no seu perfeito juízo sai destes alfarrabistas de mãos a abanar.
3ª Etapa: seguindo a linha do prazer vão à novíssima mercearia fina Frutos da Terra já na esquina da Travessa de Cedofeita com a Rua das Oliveiras. Todas aquelas iguarias que nos fazem acreditar na perfeição do universo estão lá: azeite, vinagre, vinho, enchidos, compotas e por aí fora. Vale mesmo a pena.
4ª Etapa: continue na linha do prazer e vá a Casa Margaridense, na Travessa de Cedofeita, comprar um pote de marmelada caseira e um pão-de-ló que, como é sabido, são a melhor companhia que se pode ter em casa por estes dias de inverno.
5ª Etapa: já que estamos numa maré de compras vamos dar um saltinho à Collectus para dar uma satisfaçãozinha ao demónio do coleccionismo. Se mesmo assim, a pulsão coleccionadora não estiver saciada, sempre temos mesmo ali, na Rua das Oliveiras, um especialista em BD dos tempos que já não voltam. Se se trata de um caso sério de possessão coleccionista, então o melhor é ir mais abaixo, às galerias Lumière (onde jazem defuntas duas belas salas de cinema transformadas em parque privativo), aí há de tudo: postais, brinquedos, selos, calendários e etc. Com sorte ainda se apanhará a Feira de Velharias e Antiguidades que vai acontecendo todos os meses.
6ª Etapa: seria imperdoável não visitar a Poetria, a tal, a única livraria do país especializada em poesia e teatro. Aquele livro que julgava fora de mercado está lá, à espera.
7ª Etapa: se ficarmos para jantar temos na Mártires da Liberdade o Gira-Pratos para quem quer escapar à fatalidade dos rojões ou do bacalhau. Cozinha urbana acompanhada de excelente música.
8ª Etapa: vamos ver uma peça ao Teatro Carlos Alberto e depois, se ainda houver energia, que tal tomar um copo ao Café Lusitano (Rua José Falcão), no Pipa Velha (Rua das Oliveiras) ou, para acabar como começámos, no 100+-?
A Baixa morreu. Viva a Baixa!
David Afonso
attalaia@gmail.com
--
Nota de TAF: A propósito de alfarrabistas, aqui vai uma lista com vários apontadores para espaços no Porto.
2006/02/17
De: Collectus - "Vai um passeio pela história dos Aliados?"
Vai um passeio pela história dos Aliados?
http://coleccionar-collectus.blogspot.com/
--
COLLECTUS-LOJA DE COLECÇÕES
TRV. CEDOFEITA 8A/8D — 4050-183 PORTO
9:30H-12:30H / 14H-18:30H - SÁBADO:9:30H-13H
COLLECTUS@GMAIL.COM
http://coleccionar-collectus.blogspot.com/
http://coleccionar-collectus.blogspot.com/
--
COLLECTUS-LOJA DE COLECÇÕES
TRV. CEDOFEITA 8A/8D — 4050-183 PORTO
9:30H-12:30H / 14H-18:30H - SÁBADO:9:30H-13H
COLLECTUS@GMAIL.COM
http://coleccionar-collectus.blogspot.com/
De: Pedro Aroso - "O novo sistema operativo da Microsoft"
Porque nem só de coisas sérias vive o homem.
(Autor desconhecido)
De: Teófilo M. - "Falta de Respeito"
(publicado no Akiagato)
O presidente da JMP, pede uma audiência à RAVE.
Até aqui nada de novo, pois são duas entidades que devem dialogar entre si, cada uma defendendo os seus interesses, sendo que o interesse da JMP é servir o País e o da RAVE é gerir uma empresa.
Mandam as regras da boa educação, que quando um presidente de uma entidade da importância da JMP se dirige a uma empresa pública, a resposta seja dada pelo seu homólogo e nunca por qualquer outro órgão de categoria inferior.
Pelos vistos, na RAVE, desconhece-se esse basilar princípio, o que é lamentável, pois trata-se de uma empresa com deveres acrescidos de diálogo com as autarquias da nossa terra.
Estranhamente, o presidente Pardal, que é engenheiro, e também presidente da REFER, estará de tal modo ocupado, que não terá tempo para assinar uma carta de resposta, escrita por um mandarete qualquer a quem se distribui este tipo de trabalhos.
Mas a arrogância não fica por aqui, pois em resposta aconselha a JMP a deslocar-se ao Ateneu Comercial do Porto, para ouvir o que tem a dizer o vogal do CA da RAVE, engº Castanho Ribeiro, e aí, se o entender, numa sessão pública, esclarecer-se!!!!
Espero que Rui Rio não se esqueça que é portuense, e que para além disso está a representar toda uma região, pelo que a resposta deverá ser adequada e firme, embora elegante.
O senhor ministro das Obras Públicas e o senhor primeiro-ministro, deverão acautelar-se na escolha de pessoas para colocar à frente de projectos complexos, pois nem só a experiência e competência são bastantes para o preenchimento de lugares desse tipo, também será preciso indagar se são habitualmente consumidores de chá, pois nestes assuntos, o consumo dessa planta tão singela é de extremo interesse.
Cumprimentos
Teofilo M.
O presidente da JMP, pede uma audiência à RAVE.
Até aqui nada de novo, pois são duas entidades que devem dialogar entre si, cada uma defendendo os seus interesses, sendo que o interesse da JMP é servir o País e o da RAVE é gerir uma empresa.
Mandam as regras da boa educação, que quando um presidente de uma entidade da importância da JMP se dirige a uma empresa pública, a resposta seja dada pelo seu homólogo e nunca por qualquer outro órgão de categoria inferior.
Pelos vistos, na RAVE, desconhece-se esse basilar princípio, o que é lamentável, pois trata-se de uma empresa com deveres acrescidos de diálogo com as autarquias da nossa terra.
Estranhamente, o presidente Pardal, que é engenheiro, e também presidente da REFER, estará de tal modo ocupado, que não terá tempo para assinar uma carta de resposta, escrita por um mandarete qualquer a quem se distribui este tipo de trabalhos.
Mas a arrogância não fica por aqui, pois em resposta aconselha a JMP a deslocar-se ao Ateneu Comercial do Porto, para ouvir o que tem a dizer o vogal do CA da RAVE, engº Castanho Ribeiro, e aí, se o entender, numa sessão pública, esclarecer-se!!!!
Espero que Rui Rio não se esqueça que é portuense, e que para além disso está a representar toda uma região, pelo que a resposta deverá ser adequada e firme, embora elegante.
O senhor ministro das Obras Públicas e o senhor primeiro-ministro, deverão acautelar-se na escolha de pessoas para colocar à frente de projectos complexos, pois nem só a experiência e competência são bastantes para o preenchimento de lugares desse tipo, também será preciso indagar se são habitualmente consumidores de chá, pois nestes assuntos, o consumo dessa planta tão singela é de extremo interesse.
Cumprimentos
Teofilo M.
De: Frutos da Terra - "Na Baixa do Porto"
Vimos convidar-vos a conhecer a loja gourmet Frutos da Terra - sabores que não se esquecem. Um espaço recente, aberto desde 10 de Dezembro de 2005, localizado no gaveto da Rua das Oliveiras com a Travessa de Cedofeita, onde durante muitos anos esteve a famosa "Casa dos Plásticos". Acreditamos que é no coração da nossa cidade que está o futuro, pois é nele que se vive o quotidiano de grande parte dos habitantes do Grande Porto.
Quanto ao que a loja tem para oferecer, bom, digamos que apreciamos as coisas boas da vida. Visitem-nos e, entretanto, descubram um pouco de nós através do nosso blog: http://frutosdaterra.blogspot.com.
Até breve!
Ana Cláudia Gonçalves
Paulo Rebelo Gonçalves
De: TAF - "Notícias e comentários"
- OTA e TGV vão estar em destaque num Debate no Ateneu - hoje, às 21:30
- TGV: A alta velocidade e a reunião que ainda não aconteceu - (áudio com Rui Rio)
- Revolta na Junta contra a RAVE
- Rio acusa RAVE de desrespeito - É de facto desrespeito e não se admite mas, por outro lado, a atitude da RAVE é também ao "estilo Rui Rio" ;-)
- Casa da Música
- Um túnel sinuoso - "De facto, olha-se e quase não se acredita! Diria mesmo que se me pedissem um catálogo do que, a meu ver - ali ou em qualquer outra situação idêntica -, não devia, nunca, ser feito, teria a maior dificuldade em ir tão longe quanto, aparentemente, ali se vai." - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Eurodeputados aprovam liberalização dos serviços - com vídeo
- Directiva põe fim às barreiras proteccionistas - com vídeo
- Directiva Bolkestein aprovada sem o polémico princípio do "país de origem"
- Aprovada versão "light" da directiva dos serviços
- Metro na mira da Transdev
- Cedência do Bolhão pode chegar aos 50 anos
- Participada da Sonae investe 56M€ em clínica e hospital
- TGV: A alta velocidade e a reunião que ainda não aconteceu - (áudio com Rui Rio)
- Revolta na Junta contra a RAVE
- Rio acusa RAVE de desrespeito - É de facto desrespeito e não se admite mas, por outro lado, a atitude da RAVE é também ao "estilo Rui Rio" ;-)
- Casa da Música
- Um túnel sinuoso - "De facto, olha-se e quase não se acredita! Diria mesmo que se me pedissem um catálogo do que, a meu ver - ali ou em qualquer outra situação idêntica -, não devia, nunca, ser feito, teria a maior dificuldade em ir tão longe quanto, aparentemente, ali se vai." - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Eurodeputados aprovam liberalização dos serviços - com vídeo
- Directiva põe fim às barreiras proteccionistas - com vídeo
- Directiva Bolkestein aprovada sem o polémico princípio do "país de origem"
- Aprovada versão "light" da directiva dos serviços
- Metro na mira da Transdev
- Cedência do Bolhão pode chegar aos 50 anos
- Participada da Sonae investe 56M€ em clínica e hospital
2006/02/16
De: TAF - "Optimismo"
Deixem-me partilhar convosco o meu espanto e contentamento pelo facto de por uma vez o Estado ter funcionado bem!
Hoje soube que ia precisar, sem estar a contar, de declarações de situação contributiva regularizada da cooperativa a que presido. Pois bem, fui às Finanças (3º Bairro do Porto) e o caso ficou resolvido imediatamente, após uns minutos de espera. Na Segurança Social (Centro Distrital do Porto), apresentei por fax um pedido de urgência excepcional, confirmei o pedido logo a seguir por telefone com a Directora do serviço em causa, e vou agora levantar o documento.
Tudo isto em 3 horas.
Extraordinário! :-)
PS: Já voltei! Já sei que o que faria sentido era nem sequer serem precisas estas declarações, mas ao que parece elas vão mesmo desaparecer em breve. O que me interessa focar aqui é que desta vez os serviços funcionaram bem com as regras que têm de seguir.
Hoje soube que ia precisar, sem estar a contar, de declarações de situação contributiva regularizada da cooperativa a que presido. Pois bem, fui às Finanças (3º Bairro do Porto) e o caso ficou resolvido imediatamente, após uns minutos de espera. Na Segurança Social (Centro Distrital do Porto), apresentei por fax um pedido de urgência excepcional, confirmei o pedido logo a seguir por telefone com a Directora do serviço em causa, e vou agora levantar o documento.
Tudo isto em 3 horas.
Extraordinário! :-)
PS: Já voltei! Já sei que o que faria sentido era nem sequer serem precisas estas declarações, mas ao que parece elas vão mesmo desaparecer em breve. O que me interessa focar aqui é que desta vez os serviços funcionaram bem com as regras que têm de seguir.
De: António Alves - "Renascimento económico"
A Sonae inaugurou uma clínica privada no complexo do Estádio do Dragão. Ainda este ano, este mesmo grupo empresarial, pretende investir 50 milhões de euros num grande hospital privado a construir junto ao Magalhães Lemos. No primeiro caso, duas entidades privadas desta cidade - FC Porto e Sonae - juntam-se num investimento de qualidade e alta tecnologia. Ainda bem que assim é.
O renascimento económico desta região passa muito mais pela iniciativa privada do que pelas (in)acções desta Câmara ou qualquer outra. Seria bom que esta colaborasse e envidasse esforços para criar um bom ambiente para os negócios. Assim não é, e é pena. Tal como TAF já aqui o frisou, a reanimação e a recuperação do Porto passa muito mais por aqui do que processos dirigidos pela Câmara ou pelo Governo. E é este o caminho mais rápido para que se consiga instituir o nosso próprio governo. Não sei se já repararam, mas é irónico que este turnover no clima económico nacional tenha a sua origem em gente e capital nortenho. Para os que leram alguma história económica de Portugal tal não constitui novidade nenhuma: pelo menos desde a expedição a Ceuta que este fenómeno se repete ciclicamente. Bem-haja quem assim age.
António Alves
O renascimento económico desta região passa muito mais pela iniciativa privada do que pelas (in)acções desta Câmara ou qualquer outra. Seria bom que esta colaborasse e envidasse esforços para criar um bom ambiente para os negócios. Assim não é, e é pena. Tal como TAF já aqui o frisou, a reanimação e a recuperação do Porto passa muito mais por aqui do que processos dirigidos pela Câmara ou pelo Governo. E é este o caminho mais rápido para que se consiga instituir o nosso próprio governo. Não sei se já repararam, mas é irónico que este turnover no clima económico nacional tenha a sua origem em gente e capital nortenho. Para os que leram alguma história económica de Portugal tal não constitui novidade nenhuma: pelo menos desde a expedição a Ceuta que este fenómeno se repete ciclicamente. Bem-haja quem assim age.
António Alves
De: F. Rocha Antunes - "Ilustre desconhecido"
Meus Caros,
Não percam a oportunidade de conhecerem melhor Augusto Leal de Gouveia Pinto no imprescindível dias-com-árvores.
Um campeão reconhecido internacionalmente e nascido no Porto em 1953.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Não percam a oportunidade de conhecerem melhor Augusto Leal de Gouveia Pinto no imprescindível dias-com-árvores.
Um campeão reconhecido internacionalmente e nascido no Porto em 1953.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: F. Rocha Antunes - "Os cafés estão de volta"
Meus Caros,
Uma das mudanças mais importantes para a revitalização da Baixa já está a acontecer: o regresso cada vez mais em força dos cafés. Depois de termos assistido nos anos 80 à morte dos cafés às mãos da expansão das redes bancárias, este movimento é muito significativo da nova Baixa que começa aqui e ali a despontar.
O pioneirismo do dono do Majestic, e a sua aposta na reabilitação desse espaço magnífico, a que se seguiu a recuperação do Guarany, tem finalmente seguidores: o café Progresso foi completamente renovado, o Piolho está em obras de reabilitação, e o café Sical na Praça Filipa de Lencastre reabriu renovado esta semana. Há mais cafés em obras de remodelação por toda a Baixa.
A seguir aos cafés virão os restaurantes, como é costume. Convido todos os que dizem que nada tem acontecido na Baixa a irem tomar lá café. Vão notar diferenças, para melhor. E não tenham medo de ser assaltados. Evitem passear de máquina fotográfica em sítios que não ofereçam confiança, sejam eles a Sé, o Bairro S. João de Deus ou o Aleixo. E saboreiem os excelentes cafés que a Baixa voltou a oferecer.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Uma das mudanças mais importantes para a revitalização da Baixa já está a acontecer: o regresso cada vez mais em força dos cafés. Depois de termos assistido nos anos 80 à morte dos cafés às mãos da expansão das redes bancárias, este movimento é muito significativo da nova Baixa que começa aqui e ali a despontar.
O pioneirismo do dono do Majestic, e a sua aposta na reabilitação desse espaço magnífico, a que se seguiu a recuperação do Guarany, tem finalmente seguidores: o café Progresso foi completamente renovado, o Piolho está em obras de reabilitação, e o café Sical na Praça Filipa de Lencastre reabriu renovado esta semana. Há mais cafés em obras de remodelação por toda a Baixa.
A seguir aos cafés virão os restaurantes, como é costume. Convido todos os que dizem que nada tem acontecido na Baixa a irem tomar lá café. Vão notar diferenças, para melhor. E não tenham medo de ser assaltados. Evitem passear de máquina fotográfica em sítios que não ofereçam confiança, sejam eles a Sé, o Bairro S. João de Deus ou o Aleixo. E saboreiem os excelentes cafés que a Baixa voltou a oferecer.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
2006/02/15
De: Tiago Oliveira - "Pequenos passos com grandes meios"
Confesso que não consigo olhar para a primeira obra concluída pela SRU com felicidade.
Não sou portuense mas aqui vivo desde 1994. Ao longo destes anos, diversos amigos e eu próprio fomos contribuindo para a recuperação do edificado da baixa. Uns compararam casas para recuperar e nelas habitarem, outros montaram os seus modestos escritórios, e outros ainda nelas abriram diversos espaços dedicados a actividades culturais.
Diversas características unem estas propostas:
Simultaneamente à conclusão da 1ºobra da SRU o presidente de todos os portuenses mas não o meu, vem anunciar em mais uma conferência de imprensa recheada de jornalistas que só vêm um lado da noticia, a realização de um Concurso Público Internacional para o Bolhão. O Internacional dá definitivamente a esta cidade um cosmopolitismo que se aproxima perigosamente do parolo. As grandes obras que enchem as grandes cidades têm sempre associadas processos de construção demorados, caros e polémicos, não sendo sempre assim a verdade é que estas características estão fortemente associadas às obras que ficaram e que hoje reconhecemos como marcos. Todos os pressupostos de um concurso internacional concepção construção contrariam este cenário. Projectistas e arquitectos unem-se num objectivo comum ganhar dinheiro, esse nunca será posto em causa mas a qualidade da obra talvez. Infelizmente a qualidade do projecto nestes concursos tem sido fortemente posta em causa no acto de construir. Se é a melhor solução arquitectónica que se procura faça-se um concurso de arquitectura e não fechado a três arquitectos em que dois estão prontos para desistir. Um concurso aberto a todos os arquitectos. De que terá medo o presidente? Eu não mordo.
Cumprimentos
Tiago Oliveira
Não sou portuense mas aqui vivo desde 1994. Ao longo destes anos, diversos amigos e eu próprio fomos contribuindo para a recuperação do edificado da baixa. Uns compararam casas para recuperar e nelas habitarem, outros montaram os seus modestos escritórios, e outros ainda nelas abriram diversos espaços dedicados a actividades culturais.
Diversas características unem estas propostas:
- A aposta individual na recuperação de edifícios preservando aquilo que é a sua espacialidade interna (pé direito, caixas de escada centrais e maravilhosamente iluminadas pelos seus belos lanternins, varandas para logradouros que fazem o Porto respirar).
- A realização destes projectos através de dolorosas operações financeiras individuais e não através de fundos que deveriam servir uma mais vasta população.
- Nenhuma destas operações para ser feita necessitou de gabinetes cheios de funcionários trajados, televisões planas, pretensiosos sofás, mil e um engenheiros com altos salários, muitas conferências de imprensa com jornalistas acríticos…… enfim….qual será o real preço por metro quadrado (quando incluídas todas estas despesas) destes miseráveis apartamentos com uma fachada colada a um interior de betão banal.
- Os processos de reocupação dos territórios abandonados do centro da cidade para se fazerem solidamente têm que partir do estabelecimento de dinâmicas culturais, económicas e sociais verdadeiramente cosmopolitas e não através de operações que preservam saudosas fachadas que escondem interiores que neste caso estão no centro do Porto mas que também poderiam estar em qualquer periferia.
Simultaneamente à conclusão da 1ºobra da SRU o presidente de todos os portuenses mas não o meu, vem anunciar em mais uma conferência de imprensa recheada de jornalistas que só vêm um lado da noticia, a realização de um Concurso Público Internacional para o Bolhão. O Internacional dá definitivamente a esta cidade um cosmopolitismo que se aproxima perigosamente do parolo. As grandes obras que enchem as grandes cidades têm sempre associadas processos de construção demorados, caros e polémicos, não sendo sempre assim a verdade é que estas características estão fortemente associadas às obras que ficaram e que hoje reconhecemos como marcos. Todos os pressupostos de um concurso internacional concepção construção contrariam este cenário. Projectistas e arquitectos unem-se num objectivo comum ganhar dinheiro, esse nunca será posto em causa mas a qualidade da obra talvez. Infelizmente a qualidade do projecto nestes concursos tem sido fortemente posta em causa no acto de construir. Se é a melhor solução arquitectónica que se procura faça-se um concurso de arquitectura e não fechado a três arquitectos em que dois estão prontos para desistir. Um concurso aberto a todos os arquitectos. De que terá medo o presidente? Eu não mordo.
Cumprimentos
Tiago Oliveira
De: Rui Valente - "Homenagem a..."
"... José Paulo Andrade"
Agradeço a Pedro Aroso a informação que me conduziu a esta magnífico exemplo de arte e beleza que são as fotos do Porto antigo da autoria de José Paulo Andrade, a quem aproveito para dirigir as minhas sinceras felicitações. É simplesmente soberbo!
Curiosidade:
A imagem da Rua do Coronel Almeida Valente tem a particularidade de me ser familiar...
Ah, quando o bom gosto existe, é tudo tão mais agradável. Como é lindo o nosso Porto!
Rui Valente
--
Nota de TAF: já agora, aqui ficam alguns outros exemplos de blogs que, de diversas formas, dão destaque ao Porto: não sei pra mais, Portuense, akiagato, Dias com árvores, Nortugal, Campo Aberto, Aliados, O Porto em Fotografia, além d'A Cidade Surpreendente que já tinha referido hoje.
Agradeço a Pedro Aroso a informação que me conduziu a esta magnífico exemplo de arte e beleza que são as fotos do Porto antigo da autoria de José Paulo Andrade, a quem aproveito para dirigir as minhas sinceras felicitações. É simplesmente soberbo!
Curiosidade:
A imagem da Rua do Coronel Almeida Valente tem a particularidade de me ser familiar...
Ah, quando o bom gosto existe, é tudo tão mais agradável. Como é lindo o nosso Porto!
Rui Valente
--
Nota de TAF: já agora, aqui ficam alguns outros exemplos de blogs que, de diversas formas, dão destaque ao Porto: não sei pra mais, Portuense, akiagato, Dias com árvores, Nortugal, Campo Aberto, Aliados, O Porto em Fotografia, além d'A Cidade Surpreendente que já tinha referido hoje.
De: Rui Valente - "Resposta a Teófilo M."
Caro Teófilo M.,
Há pessoas que têm muitas certezas, eu, sou daqueles pobres diabos que a única certeza que tem é que, para já estou vivo, e a outra é que um dia hei-de morrer. De resto, tenho apenas convicções.
Uma das minhas dúvidas, é não saber se atingi (como refere) a maturidade democrática para fazer algo mais do que depositar o meu voto em acto eleitoral, mas aquilo que sei, é que o partidarismo político, ao contrário do que alguns políticos defendem, está bem mais longe de corresponder às expectativas que o justificam e legitimam do que distante de constituir oportuníssimos trampolins de acesso ao poder, aos tachos e aos compadrios. A explicá-lo, está a manutenção mórbida do nosso atraso, praticamente a todos os níveis, na razão exacta como podia contrariá-lo, se o nosso desenvolvimento económico e qualidade de vida fossem uma realidade pela positiva.
Sucede que, quando um país se destaca por baixo, os conformistas do regime tendem a moderar os ânimos e a mascarar-se de grandes patriotas saindo rapidamente a terreiro em defesa do optimismo ou da auto-estima nacionais, como aconteceu recentemente. Na oposição, prometem tratar da regionalização, ou da descentralização (conforme a maré do momento), chegados ao governo, desprezam-na de imediato, com a mesma naturalidade com que respiram. E, meu caro, nestes casos em que me senti enganado, a minha capacidade de tolerância para com esses politiqueiros de meia tigela só podia encontrar satisfação quando me fosse possível metê-los na cadeia! O sentido que tenho da democracia, confesso-lhe, não comporta este tipo de permissividade para com aqueles que disfrutam de tanto poder e responsabilidade e disso se aproveitam impunemente.
Além disso, é verdade que, no meio destas avalanches contínuas de mediocridade moral e política, também vão por arrasto aqueles casos isolados de pessoas empenhadas e capazes que apesar de tudo vão remando contra a maré, construindo algumas coisas positivas. Por esses (e só por esses), é que temos a dívida de gratidão pelo esforço, e a consideração de lhes relevar a excepção, mas sem nunca cairmos na tentação de branquear a vulgaridade dos demais.
Quanto à incapacidade das nossas gentes se mobilizarem em defesa dos seus interesses comuns, estou de acordo consigo, mas, se por acaso me leu, defendi várias vezes neste blog, logo nas minhas primeiras participações, a premência de uma grande mobilização popular e fui bastante crítico, face ao "bloqueio" quase geral de muitos outros portuenses que aqui costumam opinar. Todos achavam que se devia fazer qualquer coisa, mas poucos por essa via.
Também é verdade, ser muito complicado mobilizar multidões, sem uma figura representativa para lhe emprestar dinâmica e arrastar outras personalidades de múltiplas áreas da sociedade, como aconteceu por exemplo com o Coliseu do Porto a que Fernado Gomes deu lastro, tendo sido acompanhado por muitas e conhecidas figuras do burgo e da sua vida cultural. E, como sabe, Rui Rio não fica bem neste quadro, não gosta, nem sabe aliar-se às causas da cidade com a naturalidade dos simples, porque ele só se identifica com o seu gabinete camarário, lá nas alturas da sua divina sapiência. É por isso e outras coisas mais que não gosto nem sinto qualquer identificação com esse homem, nem dele com a cidade. É um corpo estranho, mas ganhou a Câmara. Que fazer?
Como lhe disse de início, não sei como se mede a maturidade de cidadania. O que sei, com alguma segurança, é que a liberdade de expressão e opinião sendo um direito democrático precioso, está longe de ser a chave mestra para ultrapassar a prepotência dos poderes instituídos. Este sistema de democracia está enfermo e as pessoas parecem não ter percebido a necessidade de o revigorar. Contentam-se com a ideia de imaginar consequentes as suas propostas e soluções para os problemas como se daí resultassem efeitos concretos. É como tocar um instrumento qualquer, no meio de outros músicos sem repararem que a orquestra não tem maestro, ou se tem, anda surdo.
Com os meus cumprimentos,
Rui Valente
Há pessoas que têm muitas certezas, eu, sou daqueles pobres diabos que a única certeza que tem é que, para já estou vivo, e a outra é que um dia hei-de morrer. De resto, tenho apenas convicções.
Uma das minhas dúvidas, é não saber se atingi (como refere) a maturidade democrática para fazer algo mais do que depositar o meu voto em acto eleitoral, mas aquilo que sei, é que o partidarismo político, ao contrário do que alguns políticos defendem, está bem mais longe de corresponder às expectativas que o justificam e legitimam do que distante de constituir oportuníssimos trampolins de acesso ao poder, aos tachos e aos compadrios. A explicá-lo, está a manutenção mórbida do nosso atraso, praticamente a todos os níveis, na razão exacta como podia contrariá-lo, se o nosso desenvolvimento económico e qualidade de vida fossem uma realidade pela positiva.
Sucede que, quando um país se destaca por baixo, os conformistas do regime tendem a moderar os ânimos e a mascarar-se de grandes patriotas saindo rapidamente a terreiro em defesa do optimismo ou da auto-estima nacionais, como aconteceu recentemente. Na oposição, prometem tratar da regionalização, ou da descentralização (conforme a maré do momento), chegados ao governo, desprezam-na de imediato, com a mesma naturalidade com que respiram. E, meu caro, nestes casos em que me senti enganado, a minha capacidade de tolerância para com esses politiqueiros de meia tigela só podia encontrar satisfação quando me fosse possível metê-los na cadeia! O sentido que tenho da democracia, confesso-lhe, não comporta este tipo de permissividade para com aqueles que disfrutam de tanto poder e responsabilidade e disso se aproveitam impunemente.
Além disso, é verdade que, no meio destas avalanches contínuas de mediocridade moral e política, também vão por arrasto aqueles casos isolados de pessoas empenhadas e capazes que apesar de tudo vão remando contra a maré, construindo algumas coisas positivas. Por esses (e só por esses), é que temos a dívida de gratidão pelo esforço, e a consideração de lhes relevar a excepção, mas sem nunca cairmos na tentação de branquear a vulgaridade dos demais.
Quanto à incapacidade das nossas gentes se mobilizarem em defesa dos seus interesses comuns, estou de acordo consigo, mas, se por acaso me leu, defendi várias vezes neste blog, logo nas minhas primeiras participações, a premência de uma grande mobilização popular e fui bastante crítico, face ao "bloqueio" quase geral de muitos outros portuenses que aqui costumam opinar. Todos achavam que se devia fazer qualquer coisa, mas poucos por essa via.
Também é verdade, ser muito complicado mobilizar multidões, sem uma figura representativa para lhe emprestar dinâmica e arrastar outras personalidades de múltiplas áreas da sociedade, como aconteceu por exemplo com o Coliseu do Porto a que Fernado Gomes deu lastro, tendo sido acompanhado por muitas e conhecidas figuras do burgo e da sua vida cultural. E, como sabe, Rui Rio não fica bem neste quadro, não gosta, nem sabe aliar-se às causas da cidade com a naturalidade dos simples, porque ele só se identifica com o seu gabinete camarário, lá nas alturas da sua divina sapiência. É por isso e outras coisas mais que não gosto nem sinto qualquer identificação com esse homem, nem dele com a cidade. É um corpo estranho, mas ganhou a Câmara. Que fazer?
Como lhe disse de início, não sei como se mede a maturidade de cidadania. O que sei, com alguma segurança, é que a liberdade de expressão e opinião sendo um direito democrático precioso, está longe de ser a chave mestra para ultrapassar a prepotência dos poderes instituídos. Este sistema de democracia está enfermo e as pessoas parecem não ter percebido a necessidade de o revigorar. Contentam-se com a ideia de imaginar consequentes as suas propostas e soluções para os problemas como se daí resultassem efeitos concretos. É como tocar um instrumento qualquer, no meio de outros músicos sem repararem que a orquestra não tem maestro, ou se tem, anda surdo.
Com os meus cumprimentos,
Rui Valente
De: TAF - "Pequenos passos"
- Primeira obra da Porto Vivo, SRU em fase de conclusão
- Parceiros do Programa Viv’A Baixa participam na reabilitação da primeira obra da SRU
- Rui Rio apresentou linhas-mestras do concurso para o novo Bolhão
Em paralelo:
- Deslocalização da Exponor levanta receios na AMP
- Metro com vista sobre a cidade
- Vale sempre a pena ver A Cidade Surpreendente
- E já conhecem o site do Alexandre Burmester?
- Parceiros do Programa Viv’A Baixa participam na reabilitação da primeira obra da SRU
- Rui Rio apresentou linhas-mestras do concurso para o novo Bolhão
Em paralelo:
- Deslocalização da Exponor levanta receios na AMP
- Metro com vista sobre a cidade
- Vale sempre a pena ver A Cidade Surpreendente
- E já conhecem o site do Alexandre Burmester?
De: Pedro Lessa - "Responsabilidades partilhadas"
Caro Daniel Rodrigues:
Não tendo por hábito fomentar o diálogo para não monopolizar um espaço que se quer de opinião (julgo eu), respondo-lhe, categoricamente, com todo o gosto. Longe de mim querer que fique perturbado.
O que afirmei, e mantenho, é que para se discutir as responsabilidades, no caso, da trapalhada do Túnel, não adianta assacar essas responsabilidades só por um lado. Quando assim se faz, então a responsabilidade primeira é do presidente da Câmara que foi quem despoletou a situação. Como bem diz a Cristina "a imparcialidade não nos leva a lado nenhum", mas no post em questão foi parcial ao responsabilizar a Ministra e só a Ministra. Concordo com o Tiago no p.s. ao seu post que, neste caso, a responsabilidade é partilhada, daí o título que dei a este meu post. Quando se radicaliza ao pedir indemnizações só para um lado, eu radicalizei a pedi-las para o outro.
Ou o Daniel terá dúvidas de que o presidente da Câmara do Porto, se tivesse conduzido este processo de outro modo, o desfecho teria sido outro? Não concorda que se se tivesse pedido parecer ao IPPAR se evitaria esta trapalhada? Ou que mesmo não pedindo o parecer, e após ser chamado à atenção da falta dele, se Rui Rio recuasse e tivesse feito o pedido, o IPPAR teria tido uma postura mais dialogante e não teria de ter batido o pé pela aplicação da Lei? Estou a falar da aplicação da Lei, não de uma birra. Ou já não nos regemos pela Lei? Não concorda que o argumento dado na altura por Rui Rio é completamente rídiculo, para não dizer estúpido, de que se o parecer não foi exigido à Câmara PS antes, então também não teria de o pedir? A arrogância e a teimosia começou aqui.
Ou Rui Rio pensa que é diferente dos outros cidadãos e não precisa de cumprir a lei?
Como aqui me insurgi num post na altura, quem como eu se dirige à C.M. do Porto regularmente e vê os processos emperrarem em regulamentos obsoletos e em posturas de funcionários camarários no mínimo suspeitas e com um excesso de zelo questionável, vem o seu representante máximo e não respeita a Lei? Que exemplo é este?
Finalizando, neste processo, a culpa é de todos e quando se continua a insistir que a culpa foi das birras, não esqueçamos quem as provocou desnecessariamente.
Bastava ter cumprido a Lei e ser menos arrogante e prepotente, porque quem o elegeu (na altura, como eu) exige-lhe respeito e abdica dessas posturas em favor da nossa cidade.
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
Não tendo por hábito fomentar o diálogo para não monopolizar um espaço que se quer de opinião (julgo eu), respondo-lhe, categoricamente, com todo o gosto. Longe de mim querer que fique perturbado.
O que afirmei, e mantenho, é que para se discutir as responsabilidades, no caso, da trapalhada do Túnel, não adianta assacar essas responsabilidades só por um lado. Quando assim se faz, então a responsabilidade primeira é do presidente da Câmara que foi quem despoletou a situação. Como bem diz a Cristina "a imparcialidade não nos leva a lado nenhum", mas no post em questão foi parcial ao responsabilizar a Ministra e só a Ministra. Concordo com o Tiago no p.s. ao seu post que, neste caso, a responsabilidade é partilhada, daí o título que dei a este meu post. Quando se radicaliza ao pedir indemnizações só para um lado, eu radicalizei a pedi-las para o outro.
Ou o Daniel terá dúvidas de que o presidente da Câmara do Porto, se tivesse conduzido este processo de outro modo, o desfecho teria sido outro? Não concorda que se se tivesse pedido parecer ao IPPAR se evitaria esta trapalhada? Ou que mesmo não pedindo o parecer, e após ser chamado à atenção da falta dele, se Rui Rio recuasse e tivesse feito o pedido, o IPPAR teria tido uma postura mais dialogante e não teria de ter batido o pé pela aplicação da Lei? Estou a falar da aplicação da Lei, não de uma birra. Ou já não nos regemos pela Lei? Não concorda que o argumento dado na altura por Rui Rio é completamente rídiculo, para não dizer estúpido, de que se o parecer não foi exigido à Câmara PS antes, então também não teria de o pedir? A arrogância e a teimosia começou aqui.
Ou Rui Rio pensa que é diferente dos outros cidadãos e não precisa de cumprir a lei?
Como aqui me insurgi num post na altura, quem como eu se dirige à C.M. do Porto regularmente e vê os processos emperrarem em regulamentos obsoletos e em posturas de funcionários camarários no mínimo suspeitas e com um excesso de zelo questionável, vem o seu representante máximo e não respeita a Lei? Que exemplo é este?
Finalizando, neste processo, a culpa é de todos e quando se continua a insistir que a culpa foi das birras, não esqueçamos quem as provocou desnecessariamente.
Bastava ter cumprido a Lei e ser menos arrogante e prepotente, porque quem o elegeu (na altura, como eu) exige-lhe respeito e abdica dessas posturas em favor da nossa cidade.
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
De: David Afonso - "Apontamentos da Baixa"
[publicado no Dolo Eventual]
Temo que a Cristina não tenha percebido nada do meu post. Culpa minha. São toscos os meus argumentos e por isso peço desculpa. Vamos lá ver se, em curtas palavras, nos entendemos:
1º) A propósito do quimérico inquérito diz: «Escolhíamos como público alvo jovens da mesma faixa etária dos inquiridos. Dávamos uma ideia maravilhosa da cidade e até os mais maduros acreditavam em nós.» Mas não! Longe de mim propor uma manobra de propaganda deste calibre! Tomo a liberdade de recorrer a uma imagem da Medicina: A cidade do Porto é um organismo urbano doente (em estado de coma dizem os pessimistas e fadistas do costume). Os sintomas são claros: tecido urbano morto, circulação vascular rodoviária entupida, incapacidade de reagir aos estímulos externos e internos, focos de infecção social (por todo o lado, minha senhora, por todo o lado) e, para piorar as coisas, viciada no novo ópio do povo, o futebol. A coisa está tão má que o electroencefalourbanograma já só regista actividade residual (um brilhozinho no fundo do túnel de Ceuta, dizem uns) e que os espasmos populistas não são afinal, como de resto seria de esperar, resultado de actividade consciente do Sistema Nervosinho Central (leia-se CMP). No entanto, descobriu-se a existência de micro-organismos multi-resistentes que têm a inesperada capacidade de regenerar o tecido urbano moribundo. Jovens e outros menos jovens (como sabe, o conceito de jovem foi pulverizado, de modo a que um quarentão pode hoje em dia afirmar-se com toda a impunidade jovem :) têm estado bastante activos pela Baixa. Uns residem, outros têm gabinetes (existem centenas, senão milhares, de escritórios à espera de quem os ocupe), outros exploram pequenos/grandes negócios. Exemplos? Maus Hábitos, Artes em Partes, Contagiarte, 100 +, Gira-Pratos e muitos outros (um dia destes ainda prometo um roteiro da Baixa com futuro). Há que estudar o fenómeno a ver se aí se encontra um antídoto para esta morte anunciada ou não. Era mais ou menos isto que queria dizer a propósito do inquérito à nova fauna urbana.
2.º) Concordo, sem qualquer tipo de reserva, com a necessidade de melhorar a iluminação pública, de renovar as condutas e esgotos, de aperfeiçoar a limpeza urbana (de lixos, entenda-se) e com tudo o resto (com excepção do licenciamento de mais garagens, mas isso é outra questão). E como poderia eu não concordar? Não devem ser essas as preocupações de gestão corrente de qualquer município? Mas para além disto, é urgente pensar estrategicamente a cidade no contexto nacional/ibérico e europeu. É necessário estabelecer objectivos e agir de acordo com os mesmos. Acontece que já investimos muito num determinado trajecto com a Porto2001, Serralves e a Casa da Música. A cultura foi até ao advento de Rui Rio, considerado um sector estratégico. Na minha opinião, este era um bom caminho. Barcelona, Londres, Berlim, Bilbau e outras cidades europeias, demonstraram o poder regenerador que a cultura pode ter sobre os centros urbanos decadentes. Devemos quanto antes retomar este caminho que deixámos a meio, até porque o mais difícil já está feito. Aliás, corrijo: o mais dispendioso já está feito. Agora é só unir as pontas.
David Afonso
attalaia@gmail.com
Temo que a Cristina não tenha percebido nada do meu post. Culpa minha. São toscos os meus argumentos e por isso peço desculpa. Vamos lá ver se, em curtas palavras, nos entendemos:
1º) A propósito do quimérico inquérito diz: «Escolhíamos como público alvo jovens da mesma faixa etária dos inquiridos. Dávamos uma ideia maravilhosa da cidade e até os mais maduros acreditavam em nós.» Mas não! Longe de mim propor uma manobra de propaganda deste calibre! Tomo a liberdade de recorrer a uma imagem da Medicina: A cidade do Porto é um organismo urbano doente (em estado de coma dizem os pessimistas e fadistas do costume). Os sintomas são claros: tecido urbano morto, circulação vascular rodoviária entupida, incapacidade de reagir aos estímulos externos e internos, focos de infecção social (por todo o lado, minha senhora, por todo o lado) e, para piorar as coisas, viciada no novo ópio do povo, o futebol. A coisa está tão má que o electroencefalourbanograma já só regista actividade residual (um brilhozinho no fundo do túnel de Ceuta, dizem uns) e que os espasmos populistas não são afinal, como de resto seria de esperar, resultado de actividade consciente do Sistema Nervosinho Central (leia-se CMP). No entanto, descobriu-se a existência de micro-organismos multi-resistentes que têm a inesperada capacidade de regenerar o tecido urbano moribundo. Jovens e outros menos jovens (como sabe, o conceito de jovem foi pulverizado, de modo a que um quarentão pode hoje em dia afirmar-se com toda a impunidade jovem :) têm estado bastante activos pela Baixa. Uns residem, outros têm gabinetes (existem centenas, senão milhares, de escritórios à espera de quem os ocupe), outros exploram pequenos/grandes negócios. Exemplos? Maus Hábitos, Artes em Partes, Contagiarte, 100 +, Gira-Pratos e muitos outros (um dia destes ainda prometo um roteiro da Baixa com futuro). Há que estudar o fenómeno a ver se aí se encontra um antídoto para esta morte anunciada ou não. Era mais ou menos isto que queria dizer a propósito do inquérito à nova fauna urbana.
2.º) Concordo, sem qualquer tipo de reserva, com a necessidade de melhorar a iluminação pública, de renovar as condutas e esgotos, de aperfeiçoar a limpeza urbana (de lixos, entenda-se) e com tudo o resto (com excepção do licenciamento de mais garagens, mas isso é outra questão). E como poderia eu não concordar? Não devem ser essas as preocupações de gestão corrente de qualquer município? Mas para além disto, é urgente pensar estrategicamente a cidade no contexto nacional/ibérico e europeu. É necessário estabelecer objectivos e agir de acordo com os mesmos. Acontece que já investimos muito num determinado trajecto com a Porto2001, Serralves e a Casa da Música. A cultura foi até ao advento de Rui Rio, considerado um sector estratégico. Na minha opinião, este era um bom caminho. Barcelona, Londres, Berlim, Bilbau e outras cidades europeias, demonstraram o poder regenerador que a cultura pode ter sobre os centros urbanos decadentes. Devemos quanto antes retomar este caminho que deixámos a meio, até porque o mais difícil já está feito. Aliás, corrijo: o mais dispendioso já está feito. Agora é só unir as pontas.
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: Cristina Santos - "As medidas certas"
Muito sinceramente a imparcialidade não nos leva a lado nenhum.
Os que reclamam de um metro passar em frente a um Hospital com bons acessos, reclamam de um túnel não sair em frente a outro Hospital antiguinho velhinho…
O que está sempre em causa é criticar Rui Rio, parecem a oposição do mandato anterior.
Assim não vamos lá, amigos, não vamos, enquanto continuarmos a avaliar as situações de forma pessoal, este blog não nos serve para mais nada que não seja entretenimento. Querem matéria concreta para criticar a Autarquia, coisas reais em que só a Autarquia tem responsabilidade acrescida, não precisam de a inventar.
E com questões estúpidas perdemos a nossa razão, perdemos o direito de ajudar e colaborar, perdemos o crédito.
É preciso dar tempo para que este executivo encontre os interruptores dos gabinetes, mas meus amigos, se querem factos concretos eles aí estão, a partir de Março podemos começar a desenvolver.
Quanto a indemnizações temos que as pedir e incentivá-las, não as vamos pedir à autarquia.
Mas que hierarquia é essa, o IPPAR tem obrigações nacionais, que tem que ultrapassar em muito a competência dos agentes locais.
Todos os outros factos, o Daniel Rodrigues e Francisco Antunes já responderam e eu concordo plenamente com o que ambos escreveram. Gostava de falar e de incentivar um pedido de indemnização a quem de direito.
Os que reclamam de um metro passar em frente a um Hospital com bons acessos, reclamam de um túnel não sair em frente a outro Hospital antiguinho velhinho…
O que está sempre em causa é criticar Rui Rio, parecem a oposição do mandato anterior.
Assim não vamos lá, amigos, não vamos, enquanto continuarmos a avaliar as situações de forma pessoal, este blog não nos serve para mais nada que não seja entretenimento. Querem matéria concreta para criticar a Autarquia, coisas reais em que só a Autarquia tem responsabilidade acrescida, não precisam de a inventar.
- O Bairro São João de Deus – a sua demolição não foi terminada não foi dado fim à questão, e já se iniciam demolições de outros bairros. As ruínas deste bairro alojam famílias, alojam doentes em estado terminal, alojam toxicodependentes, alojam sem abrigo e é no momento um surto perigosíssimo para a saúde pública.
- O projecto de venda e imputação de responsabilidades aos moradores de bairros- está parado se é que já não morreu.
- A ciência e o projecto bombástico não deu frutos, não dará tão cedo.
- Em matéria de Educação o trabalho excelente desenvolvido por Paulo Cutileiro está em banho-maria.
- A macro-estrutura e a reorganização dos serviços de Urbanismo continua inacabada, embora continuamos com o que conseguimos no anterior mandato e atenção que se nada for feito, não tarda estamos outra vez no mesmo ponto.
- Os serviços dos SMAS e do Ambiente voltaram à desorganização de há 7 anos atrás.
E com questões estúpidas perdemos a nossa razão, perdemos o direito de ajudar e colaborar, perdemos o crédito.
É preciso dar tempo para que este executivo encontre os interruptores dos gabinetes, mas meus amigos, se querem factos concretos eles aí estão, a partir de Março podemos começar a desenvolver.
Quanto a indemnizações temos que as pedir e incentivá-las, não as vamos pedir à autarquia.
Mas que hierarquia é essa, o IPPAR tem obrigações nacionais, que tem que ultrapassar em muito a competência dos agentes locais.
Todos os outros factos, o Daniel Rodrigues e Francisco Antunes já responderam e eu concordo plenamente com o que ambos escreveram. Gostava de falar e de incentivar um pedido de indemnização a quem de direito.
De: Teófilo M. - "Esclarecimento"
Caro Rui Valente,
compreendo que não consiga descobrir a sua quota-parte da responsabilidade pela mediocridade da solução encontrada para o diferendo CMP-IPPAR-Governo, até porque, conforme diz, crê que a sua única acção política se resume à colocação do voto na respectiva urna nos actos eleitorais, o que até já é bastante, se o compararmos com os mais de 40% que se abstiveram de opinar sobre quem queriam para comandar a Câmara onde estão recenseados.
Mas, como neste assunto não existiram apenas votantes, mas também manifestações espontâneas contra os engenheiros do IPPAR, "jornalistas" cujas opiniões geralmente tendiam para a defesa ou para o ataque à obra, segundo o ponto de vista das cores partidárias que apoiam ou que dizem apoiar, responsáveis partidários que nem sequer discutiam a bondade da solução, mas que facilmente apoiavam o presidente da CMP ou criticavam o IPPAR pelas mesmíssimas razões ou ainda, notícias publicadas manipuladas conforme os interesses de uma das facções, poderia o bom povo do Porto ter feito mais alguma coisa, da mesma maneira que o fez em relação ao Coliseu do Porto, ou ao projecto da ponte sobre o Douro à cota baixa e em frente à Luís I.
Quanto aos partidos, eles são apenas o resultado da influência que os seus inscritos conseguem imprimir-lhe. Infelizmente, e para nosso mal, a militância partidária é vista pelo nosso povo como uma corrida aos tachos, e a alguns - como é o meu caso - já lhes falta a disposição para continuar a remar contra a maré, pois os braços estão cansados de tanta lide, e a idade não perdoa, e, nem sequer o exemplo do patriarca Soares foi suficiente para lhes dar novo fôlego.
Por isso, é que eu me sinto responsável pela solução encontrada, pois poderia ter feito mais, para além de o ter escrito e ter questionado a CMP directamente e por escrito sobre o assunto, estando ainda hoje a aguardar resposta sobre questões entretanto levantadas.
Creia que os nossos poderes de cidadania vão muito para além do depósito do voto nas urnas, queiramos nós fazê-lo e a disponibilidade e o tempo aparecerão certamente, o problema geralmente reside em nós mesmos, talvez porque ainda não tenhamos atingido a maturidade necessária, afinal a democracia só fez a sua aparição há apenas 30 anos, e muitos de nós - falo por mim - ainda não tem criados os mecanismos participativos necessários para a utilizar devidamente.
Cumprimentos
Teofilo M.
compreendo que não consiga descobrir a sua quota-parte da responsabilidade pela mediocridade da solução encontrada para o diferendo CMP-IPPAR-Governo, até porque, conforme diz, crê que a sua única acção política se resume à colocação do voto na respectiva urna nos actos eleitorais, o que até já é bastante, se o compararmos com os mais de 40% que se abstiveram de opinar sobre quem queriam para comandar a Câmara onde estão recenseados.
Mas, como neste assunto não existiram apenas votantes, mas também manifestações espontâneas contra os engenheiros do IPPAR, "jornalistas" cujas opiniões geralmente tendiam para a defesa ou para o ataque à obra, segundo o ponto de vista das cores partidárias que apoiam ou que dizem apoiar, responsáveis partidários que nem sequer discutiam a bondade da solução, mas que facilmente apoiavam o presidente da CMP ou criticavam o IPPAR pelas mesmíssimas razões ou ainda, notícias publicadas manipuladas conforme os interesses de uma das facções, poderia o bom povo do Porto ter feito mais alguma coisa, da mesma maneira que o fez em relação ao Coliseu do Porto, ou ao projecto da ponte sobre o Douro à cota baixa e em frente à Luís I.
Quanto aos partidos, eles são apenas o resultado da influência que os seus inscritos conseguem imprimir-lhe. Infelizmente, e para nosso mal, a militância partidária é vista pelo nosso povo como uma corrida aos tachos, e a alguns - como é o meu caso - já lhes falta a disposição para continuar a remar contra a maré, pois os braços estão cansados de tanta lide, e a idade não perdoa, e, nem sequer o exemplo do patriarca Soares foi suficiente para lhes dar novo fôlego.
Por isso, é que eu me sinto responsável pela solução encontrada, pois poderia ter feito mais, para além de o ter escrito e ter questionado a CMP directamente e por escrito sobre o assunto, estando ainda hoje a aguardar resposta sobre questões entretanto levantadas.
Creia que os nossos poderes de cidadania vão muito para além do depósito do voto nas urnas, queiramos nós fazê-lo e a disponibilidade e o tempo aparecerão certamente, o problema geralmente reside em nós mesmos, talvez porque ainda não tenhamos atingido a maturidade necessária, afinal a democracia só fez a sua aparição há apenas 30 anos, e muitos de nós - falo por mim - ainda não tem criados os mecanismos participativos necessários para a utilizar devidamente.
Cumprimentos
Teofilo M.
De: Rui Valente - "Anexo ao comentário de Pedro Lessa"
Nem de propósito, num jornal desportivo de hoje "O JOGO", um jornalista escrevia: "Futebol Clube do Porto dá música a Rui Rio!"
Isto, para ironizar, sobre a apatia do nosso Presidente da Câmara - desta feita na área cultural -, dado ter sido um clube de futebol (que ele tanto tem maltratado) a promover um espectáculo musical com os Rolling Stones a realizar no estádio do Dragão no mês de Agosto. E esta, hem?
Que Rui Rio não gosta de Pedro Burmester já todos sabemos, mas será que nem Rolling Stones (um grupo fantástico da sua geração) o motiva? Talvez Bach ou Vivaldi?
Devem ser as grandes obras de carácter social em curso que ocupam totalmente a sua agenda que o impedem de ver mais largo ou o esforço dispendido na busca de soluções para baixar os preços das casas camarárias degradadas já aqui apontadas pelo TAF. Só pode ser isso...
Rui Valente
Isto, para ironizar, sobre a apatia do nosso Presidente da Câmara - desta feita na área cultural -, dado ter sido um clube de futebol (que ele tanto tem maltratado) a promover um espectáculo musical com os Rolling Stones a realizar no estádio do Dragão no mês de Agosto. E esta, hem?
Que Rui Rio não gosta de Pedro Burmester já todos sabemos, mas será que nem Rolling Stones (um grupo fantástico da sua geração) o motiva? Talvez Bach ou Vivaldi?
Devem ser as grandes obras de carácter social em curso que ocupam totalmente a sua agenda que o impedem de ver mais largo ou o esforço dispendido na busca de soluções para baixar os preços das casas camarárias degradadas já aqui apontadas pelo TAF. Só pode ser isso...
Rui Valente
De: Daniel Rodrigues - "Desafio a Pedro Lessa"
Confesso-me perturbado pelo modo categórico como Pedro Lessa culpa principalmente o Presidente da Câmara Municipal do Porto pelo atraso de 7 meses (em 8 anos) no caso do Túnel de Ceuta.
Para me convencer, como sugere, que é o primeiro responsável, que foi o 'provocador' nesta situação, gostava que fosse mais concreto. Que apresentasse um argumento, uma situação, uma ideia, que suportasse as suas afirmações gratuitas.
Os factos estão aí:
Cumprimentos,
Daniel Rodrigues
--
Nota de TAF: neste caso o que me parece importante constatar é, infelizmente, isto que escreveu e com o qual eu concordo - "Creio já ter ficado por demais evidente, para todos, que houve responsabilidade partilhada entre todos". Parece ser consensual que nenhum dos intervenientes se mostrou à altura das suas responsabilidades, independentemente do grau de culpa.
Para me convencer, como sugere, que é o primeiro responsável, que foi o 'provocador' nesta situação, gostava que fosse mais concreto. Que apresentasse um argumento, uma situação, uma ideia, que suportasse as suas afirmações gratuitas.
Os factos estão aí:
- O Ippar impugnou as obras de construção do Túnel de Ceuta por supostamente desrespeitarem a lei. Inicialmente, queixou-se da falta de apresentação do Projecto, veio a concluir-se que foi perdido nos meandros do Instituto.
- O Ippar garantiu ter respondido à Câmara do Porto. Mais um documento que nunca viu a luz do dia...
- O Presidente da Câmara Municipal do Porto comprometeu-se a fazer os arranjos urbanísticos que fossem considerados necessários, a colocar a saída do túnel mais afastado, saindo em terceira faixa, mas recusando fazer a saída exclusivamente em frente das entradas da Urgência do Hospital de Santo António. O Ippar e a Sra. Ministra da Cultura entenderam recusar sem discutir, sem responder às propostas.
- Alicerçado nas suas posições desrespeitadoras, os cidadãos eleitores da cidade do Porto julgaram a actuação do Dr. Rui Rio nos últimos anos: deram-lhe maioria absoluta para exercer o seu mandato nos próximos 4 anos. Ninguém nega que o Túnel de Ceuta foi um dos pontos fulcrais em discussão durante a campanha eleitoral.
- Hoje, a solução é a defendida desde o início pela Câmara Municipal do Porto. Hoje, é legal. Hoje, não conta com impugnações por parte do Ippar, ou da Sra. Ministra da Cultura. Hoje foi ultrapassado o imbróglio, sem propaganda exacerbada da câmara (possivelmente, um compromisso tácito).
- O Museu Nacional de Soares dos Reis vai deixar de ter carros estacionados à sua porta, permitindo o alargamento do actual minúsculo passeio.
- Os automóveis vindos da Avenida dos Aliados vão evitar os semáforos na rua de Ceuta, na entrada da Praça dos Leões, junto ao Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, junto à entrada para a urgência do Hospital Santo António. São 4 dores de cabeça a menos. 8 anos depois.
- Os turistas que decidam visitar a praça dos Leões podem finalmente usufruir de um espaço liberto de trânsito, onde os autocarros e eléctricos percorrerão um percurso sinuoso de forma fluida. 8 anos depois.
- As ambulâncias terão acesso às urgências do hospital de Santo António sem um importante volume de trânsito a atravessar-se no seu percurso.
- A cidade ganhou. O Dr. Rui Rio fez bem em mostrar-se intransigente na ideia de realizar a saída na D. Manuel II. A anterior direcção do Ippar demonstrou incongruência e incompetência. A ministra da Cultura devia ter seguido o mesmo caminho da anterior direcção do Ippar.
- A cidade perdeu. 10 anos de obras, avanços, recuos. 7 meses por causa do Ippar, da ministra, da Câmara Municipal do Porto (por esta ordem), 10 anos apesar deles.
- Nada será como dantes: Há agora uma exigência muito maior, uma atenção redobrada, aos pareceres do Ippar. Serão exigidos documentos preto no branco, será maior a cautela antes de avançar para obras. Esperemos que assim seja!!
Cumprimentos,
Daniel Rodrigues
--
Nota de TAF: neste caso o que me parece importante constatar é, infelizmente, isto que escreveu e com o qual eu concordo - "Creio já ter ficado por demais evidente, para todos, que houve responsabilidade partilhada entre todos". Parece ser consensual que nenhum dos intervenientes se mostrou à altura das suas responsabilidades, independentemente do grau de culpa.
De: Pedro Aroso - "Se o ridículo pagasse imposto?"
Um bom artigo sobre o túnel de Ceuta no Jornal de Notícias.
Pedro Aroso
PS: Não menciono o nome do autor, para não ferir certas susceptibilidades...
Pedro Aroso
PS: Não menciono o nome do autor, para não ferir certas susceptibilidades...
2006/02/14
De: Pedro Lessa - "Indemnizações já!!"
É curioso como as pessoas se continuam a iludir em relação ao episódio anedótico do Túnel de Ceuta. Concordo com os pedidos de indemnizações, mas desenganem-se de uma vez por todas.
Cara Cristina, o primeiro responsável desta embrulhada é o presidente da Câmara. Foi ele que provocou esta situação.
Convença-se disso.
Por isso peçam-se as indemnizações. Mas ao sr presidente.
E se começamos a procurar motivos para tal, encontramos muitos mais por aí. Não faltam exemplos no mandato anterior.
Não concorda que deviamos pedir uma indemnização por em quatro anos se ter iniciado um(!!) processo de Reabilitação?
E a letargia a que esteve votada a Casa da Música na sua Direcção Artística quando o sr presidente ostracizou o director de então? E agora nem uma palavra após a nomeação do mesmo director? Não lhe parece coincidência a decisão do Túnel e o silêncio nesta nova nomeação?
E muito mais, mais...
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
Cara Cristina, o primeiro responsável desta embrulhada é o presidente da Câmara. Foi ele que provocou esta situação.
Convença-se disso.
Por isso peçam-se as indemnizações. Mas ao sr presidente.
E se começamos a procurar motivos para tal, encontramos muitos mais por aí. Não faltam exemplos no mandato anterior.
Não concorda que deviamos pedir uma indemnização por em quatro anos se ter iniciado um(!!) processo de Reabilitação?
E a letargia a que esteve votada a Casa da Música na sua Direcção Artística quando o sr presidente ostracizou o director de então? E agora nem uma palavra após a nomeação do mesmo director? Não lhe parece coincidência a decisão do Túnel e o silêncio nesta nova nomeação?
E muito mais, mais...
Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
De: Cristina Santos - "A lei das rendas"
Depois da intervenção do Francisco Rocha Antunes pouco há a acrescentar relativamente à importância da Nova Lei do Arrendamento para as cidades.
De facto e sendo o congelamento de rendas uma das causas principais da insalubridade da massa edificada, a sua liberalização vai incentivar a conservação e baixar as tendências de especulação imobiliária, até porque se define como tecto de rendimento anual o valor percentual de 4% calculado sobre o valor do imóvel. Ora isto é bom para o equilíbrio de mercado.
Contudo o diploma continua a ser desequilibrado para o proprietário de prédios antigos sem propriedade horizontal, porque o reduz a 2 soluções:
Se o programa RECRIA continuar, atenua-se a questão e a lei motivará de facto uma renovação urbana em escala. (Repare-se que este tipo de programa possibilita a obtenção de uma comparticipação a fundo perdido sobre o custo das obras, o que reduz para metade o esforço do investimento e o prazo de reembolso, e nesse caso o aumento controlado das rendas deixa de ser problemático.)
A não existir esse tipo de apoio, os efeitos da lei serão morosos ou até injustos para os proprietários de prédios urbanos não constituídos em propriedade horizontal.
Mas acima de tudo esta Lei é um dado positivo e altera o prazo médio de recuperação de índice habitacional dos grandes centros urbanos.
Cristina Santos
Ps. Questão democrática: - para quem tem mais que 65 anos a actualização da nova renda é feita num prazo de 10 anos - tem-se em conta a idade do inquilino e não se tem em conta a idade do proprietário???
De facto e sendo o congelamento de rendas uma das causas principais da insalubridade da massa edificada, a sua liberalização vai incentivar a conservação e baixar as tendências de especulação imobiliária, até porque se define como tecto de rendimento anual o valor percentual de 4% calculado sobre o valor do imóvel. Ora isto é bom para o equilíbrio de mercado.
Contudo o diploma continua a ser desequilibrado para o proprietário de prédios antigos sem propriedade horizontal, porque o reduz a 2 soluções:
- realizar obras e aumentar a renda aos soluços,
- ou não as realizar e arriscar-se a perder a propriedade.
Se o programa RECRIA continuar, atenua-se a questão e a lei motivará de facto uma renovação urbana em escala. (Repare-se que este tipo de programa possibilita a obtenção de uma comparticipação a fundo perdido sobre o custo das obras, o que reduz para metade o esforço do investimento e o prazo de reembolso, e nesse caso o aumento controlado das rendas deixa de ser problemático.)
A não existir esse tipo de apoio, os efeitos da lei serão morosos ou até injustos para os proprietários de prédios urbanos não constituídos em propriedade horizontal.
Mas acima de tudo esta Lei é um dado positivo e altera o prazo médio de recuperação de índice habitacional dos grandes centros urbanos.
Cristina Santos
Ps. Questão democrática: - para quem tem mais que 65 anos a actualização da nova renda é feita num prazo de 10 anos - tem-se em conta a idade do inquilino e não se tem em conta a idade do proprietário???
De: Pedro Aroso - "As Ruas do Centro Histórico"
Este site do José Paulo Andrade é verdadeiramente notável e está ser objecto de grande atenção por parte de muitos fotógrafos amadores estrangeiros.
O fim do CRUARB terá contribuído fortemente para o desleixo a que tem sido votado o Centro Histórico do Porto, por isso a Câmara Municipal já devia ter preenchido esse vazio... Por outro lado, também a PSP tem que reflectir sobre as medidas a tomar para travar a progressiva insegurança que se começa a fazer sentir naquela zona.
Aproveito para indicar mais um site com imagens do Porto, da autoria de um fotógrafo australiano.
Pedro Aroso
O fim do CRUARB terá contribuído fortemente para o desleixo a que tem sido votado o Centro Histórico do Porto, por isso a Câmara Municipal já devia ter preenchido esse vazio... Por outro lado, também a PSP tem que reflectir sobre as medidas a tomar para travar a progressiva insegurança que se começa a fazer sentir naquela zona.
Aproveito para indicar mais um site com imagens do Porto, da autoria de um fotógrafo australiano.
Pedro Aroso
De: José Paulo Andrade - "As Ruas do Centro Histórico..."
"... - a Degradação Continuada"
Escrevo este email porque como fotógrafo amador tenho fotografado as Ruas do Porto nestes dois últimos anos (ver em http://www.pbase.com/jandrade/ruas_do_porto).
Ora, neste espaço de tempo tenho observado uma degradação constante das ruas do Centro Histórico. No Domingo de manhã passado foi o culminar desta constatação pois as ruas estavam todas sujas, com o lixo acumulado e muito espalhado pelas ruas. Além deste aspecto lamentável, verifiquei também um aumento da insegurança - fui ameaçado fisicamente pela primeira vez e avisado para não tirar fotografias de uma certa rua.
Como é possível fazer uma promoção turística baseada no Centro Histórico e depois observar isto? No próximo fim de semana, vem um fotógrafo amador espanhol encontrar-se comigo pois gostou das minhas fotografias das ruas do Porto. Pelos vistos, terei que o levar apenas à Ribeira e os Arcos de Miragaia. O Bairro da Sé está a ficar perigoso.
Os meus cumprimentos
José Paulo Andrade
Médico
Escrevo este email porque como fotógrafo amador tenho fotografado as Ruas do Porto nestes dois últimos anos (ver em http://www.pbase.com/jandrade/ruas_do_porto).
Ora, neste espaço de tempo tenho observado uma degradação constante das ruas do Centro Histórico. No Domingo de manhã passado foi o culminar desta constatação pois as ruas estavam todas sujas, com o lixo acumulado e muito espalhado pelas ruas. Além deste aspecto lamentável, verifiquei também um aumento da insegurança - fui ameaçado fisicamente pela primeira vez e avisado para não tirar fotografias de uma certa rua.
Como é possível fazer uma promoção turística baseada no Centro Histórico e depois observar isto? No próximo fim de semana, vem um fotógrafo amador espanhol encontrar-se comigo pois gostou das minhas fotografias das ruas do Porto. Pelos vistos, terei que o levar apenas à Ribeira e os Arcos de Miragaia. O Bairro da Sé está a ficar perigoso.
Os meus cumprimentos
José Paulo Andrade
Médico
De: F. Rocha Antunes - "Preços das casas na Baixa"
Meus Caros,
Uma das afirmações mais correntes é a de que a nova Baixa vai ser só para ricos. Mesmo quem diz que a nova Baixa não vai acontecer, que não tem hipótese de sair do papel e das cartas de intenções, imediatamente garante de seguida que, se por qualquer razão improvável isso acontecer, a nova Baixa vai ser só para ricos. Vale a pena reflectir neste espaço sobre isso.
Os preços das casas são, felizmente, livres. E as rendas das casas vão ser também cada vez mais livres. E ninguém vai obrigar ninguém a vir viver para a Baixa. Apenas virão viver para a Baixa as pessoas que gostarem e puderem vir para a Baixa. Como para qualquer outro sítio, entenda-se. Serve isto para dizer que vai ser o mercado a determinar os preços. E a dimensão do mercado garante que nenhum proprietário, por si só, tem capacidade de influenciar o preço.
Então porque as casas serão só para os ricos? Será que esta afirmação tem sustentabilidade? As casas serão caras ou baratas conforme sejam mais ou menos atraentes para os futuros compradores ou inquilinos. E os proprietários e promotores imobiliários sabem, e se não sabem o mercado encarrega-se de lhes mostrar, que terão de concorrer com concelhos vizinhos em que a oferta já é muito qualificada.
Penso que vai haver de tudo, como em qualquer mercado: casas caras se tiverem argumentos que os sustentem, casas a preço médio se não forem capazes de oferecer muito mais do que a localização central e casas baratas, sempre que as condições que oferecem sejam igualmente pouco atraentes.
Todos sabemos que a primeira grande expulsão de habitantes da Baixa foi feita pela utilização de tudo quanto era apartamento por empresas e profissões liberais para aí se instalarem. Esses utilizadores serão, provavelmente, os que mais depressa serão influenciados pela nova Lei das Rendas. E os espaços que ocuparam poderão voltar à ocupação inicial com pequenos investimentos de readaptação. E podem aparecer no mercado a preços de venda ou, ainda melhor, de arrendamento bastante acessíveis. Isto porque já não podem aspirar a preços elevados, por não terem características que convençam alguém a pagar preços elevados pela sua utilização. Mas as rendas mesmo não sendo muito altas serão sempre superiores às actuais rendas congeladas. O mercado, quando funciona, resolve eficientemente a questão dos preços. E as condições para que funcione estão, finalmente, criadas.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Uma das afirmações mais correntes é a de que a nova Baixa vai ser só para ricos. Mesmo quem diz que a nova Baixa não vai acontecer, que não tem hipótese de sair do papel e das cartas de intenções, imediatamente garante de seguida que, se por qualquer razão improvável isso acontecer, a nova Baixa vai ser só para ricos. Vale a pena reflectir neste espaço sobre isso.
Os preços das casas são, felizmente, livres. E as rendas das casas vão ser também cada vez mais livres. E ninguém vai obrigar ninguém a vir viver para a Baixa. Apenas virão viver para a Baixa as pessoas que gostarem e puderem vir para a Baixa. Como para qualquer outro sítio, entenda-se. Serve isto para dizer que vai ser o mercado a determinar os preços. E a dimensão do mercado garante que nenhum proprietário, por si só, tem capacidade de influenciar o preço.
Então porque as casas serão só para os ricos? Será que esta afirmação tem sustentabilidade? As casas serão caras ou baratas conforme sejam mais ou menos atraentes para os futuros compradores ou inquilinos. E os proprietários e promotores imobiliários sabem, e se não sabem o mercado encarrega-se de lhes mostrar, que terão de concorrer com concelhos vizinhos em que a oferta já é muito qualificada.
Penso que vai haver de tudo, como em qualquer mercado: casas caras se tiverem argumentos que os sustentem, casas a preço médio se não forem capazes de oferecer muito mais do que a localização central e casas baratas, sempre que as condições que oferecem sejam igualmente pouco atraentes.
Todos sabemos que a primeira grande expulsão de habitantes da Baixa foi feita pela utilização de tudo quanto era apartamento por empresas e profissões liberais para aí se instalarem. Esses utilizadores serão, provavelmente, os que mais depressa serão influenciados pela nova Lei das Rendas. E os espaços que ocuparam poderão voltar à ocupação inicial com pequenos investimentos de readaptação. E podem aparecer no mercado a preços de venda ou, ainda melhor, de arrendamento bastante acessíveis. Isto porque já não podem aspirar a preços elevados, por não terem características que convençam alguém a pagar preços elevados pela sua utilização. Mas as rendas mesmo não sendo muito altas serão sempre superiores às actuais rendas congeladas. O mercado, quando funciona, resolve eficientemente a questão dos preços. E as condições para que funcione estão, finalmente, criadas.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Cristina Santos - "E a indemnização?"
Agora que já desabafaram quanto à resolução dada ao Túnel de Ceuta é hora de passar à prática. Cumpre-nos incentivar os lesados a exigirem uma indemnização ao IPPAR, só os erros pagos servem de lição.
Por conseguinte é hora de dizer aos comerciantes, aos visitantes e trabalhadores do museu, aos doentes e aos médicos, às agências de viagens e aos seus clientes, aos transeuntes e aos automobilistas – Apresentem a V. factura!
O IPPAR tem obrigação de indemnizar a nossa cidade, pelo lapso de tempo, pelo partidarismo.
Façam-se já cartazes com contas de somar em letras garrafais, afixem-se junto ao túnel, publiquem-se nos sites, mas o IPPAR tem que nos indemnizar. Com contas saldadas não haverá lugar para mais especulações.
Depois o governo tem que nos indemnizar pelos danos do Túnel e por tudo o que rodeia Ceuta, multiplicado pelos anos de interregno... é muito dinheiro.
Quanto à Senhora ministra da Cultura, esse digno pilar da hipocrisia governamental, tem que vir agora à televisão falar em directo para o País, no seu tom eloquente, tem que divulgar as ideias promissoras da Autarquia Portuense, tem que falar de multidões e de bairrismos, de quanto esta Senhora aprecia a nossa Cidade e a nossa moral cultural. Tem que o fazer antes dos dois primeiros anos de mandato, depois será tarde demais.
E aproveitando esta divulgação de indemnizações devidas à cidade do Porto, penso que os direitos sobre a ressarcimento dos danos provocados pela Porto 2001 ainda não prescreveram, estes senhores estejam onde estiverem hoje, deviam pagar com 30% do seu vencimento a desertificação do comércio da Baixa do Porto.
Foram muitos anos sem poder calcar a Baixa, foram os anos suficientes para nada ficar como dantes.
Posto isto, caros co-bloguistas, são 7 anos pelo Túnel, + 9 meses pelo IPPAR, + 6 anos pela Porto 2001 e antecessoras, subtraindo-se deste montante os benefícios que daí retiramos, encontramos um valor justo e mesmo assim um montante razoável e necessário ao restauro da Cidade.
Este ano vamos receber uns milhares, é horinha das instituições porem a cabeça no mocho, como todos nós pomos o cheque no balcão das Finanças e repomos de cada vez que nos enganamos numa declaração, mesmo que a nossa rua esteja toda esburacada e não vendamos sequer para pagar o «especial por conta».
É hora de o povo ser justo com o Governo e com a democracia em geral.
E claro que não podemos abdicar, nem com negociação, do pedido de desculpas da intransigente Sr.ª Ministra da Cultura, faz-nos falta um elogio público da parte do governo, a Sr. Isabel Pires de Lima é sem dúvida a pessoa mais indicada, fala alto e perceptível.
Reunam-se as contas,sem medo, há que apurar responsabilidades.
Por conseguinte é hora de dizer aos comerciantes, aos visitantes e trabalhadores do museu, aos doentes e aos médicos, às agências de viagens e aos seus clientes, aos transeuntes e aos automobilistas – Apresentem a V. factura!
O IPPAR tem obrigação de indemnizar a nossa cidade, pelo lapso de tempo, pelo partidarismo.
Façam-se já cartazes com contas de somar em letras garrafais, afixem-se junto ao túnel, publiquem-se nos sites, mas o IPPAR tem que nos indemnizar. Com contas saldadas não haverá lugar para mais especulações.
Depois o governo tem que nos indemnizar pelos danos do Túnel e por tudo o que rodeia Ceuta, multiplicado pelos anos de interregno... é muito dinheiro.
Quanto à Senhora ministra da Cultura, esse digno pilar da hipocrisia governamental, tem que vir agora à televisão falar em directo para o País, no seu tom eloquente, tem que divulgar as ideias promissoras da Autarquia Portuense, tem que falar de multidões e de bairrismos, de quanto esta Senhora aprecia a nossa Cidade e a nossa moral cultural. Tem que o fazer antes dos dois primeiros anos de mandato, depois será tarde demais.
E aproveitando esta divulgação de indemnizações devidas à cidade do Porto, penso que os direitos sobre a ressarcimento dos danos provocados pela Porto 2001 ainda não prescreveram, estes senhores estejam onde estiverem hoje, deviam pagar com 30% do seu vencimento a desertificação do comércio da Baixa do Porto.
Foram muitos anos sem poder calcar a Baixa, foram os anos suficientes para nada ficar como dantes.
Posto isto, caros co-bloguistas, são 7 anos pelo Túnel, + 9 meses pelo IPPAR, + 6 anos pela Porto 2001 e antecessoras, subtraindo-se deste montante os benefícios que daí retiramos, encontramos um valor justo e mesmo assim um montante razoável e necessário ao restauro da Cidade.
Este ano vamos receber uns milhares, é horinha das instituições porem a cabeça no mocho, como todos nós pomos o cheque no balcão das Finanças e repomos de cada vez que nos enganamos numa declaração, mesmo que a nossa rua esteja toda esburacada e não vendamos sequer para pagar o «especial por conta».
É hora de o povo ser justo com o Governo e com a democracia em geral.
E claro que não podemos abdicar, nem com negociação, do pedido de desculpas da intransigente Sr.ª Ministra da Cultura, faz-nos falta um elogio público da parte do governo, a Sr. Isabel Pires de Lima é sem dúvida a pessoa mais indicada, fala alto e perceptível.
Reunam-se as contas,sem medo, há que apurar responsabilidades.
De: F. Rocha Antunes - "Lei das Rendas"
Meus Caros,
A promulgação da Lei das Rendas por parte do Presidente Jorge Sampaio tornou irreversível a sua aplicação, embora acompanhado de um coro de protestos quer de proprietários quer de inquilinos. Os efeitos desta Lei nas cidades, particularmente em Lisboa e no Porto, é tão importante para a economia portuguesa como a recente OPA da Sonae sobre a Portugal Telecom.
Não há diagnóstico sério sobre os problemas dos centros destas duas cidades que não conclua que a principal causa do declínio das mesmas foi o congelamento das Rendas. Por isso, independentemente do texto da Lei em si, é de registar que o Governo, ainda que fora dos 100 dias que prometeu, tenha conseguido o que nenhum outro governo tinha feito. Esta é uma reforma estrutural do mercado imobiliário.
Como todas as reformas estruturais, esta tem a capacidade de mudar sobretudo os raciocínios de todos os agentes, uma vez que altera o quadro de relações entre eles. O que vai mudar tudo na Baixa, porque é a zona da cidade em que mais se faz sentir o efeito do congelamento das rendas.
O interesse que todos os proprietários e inquilinos passam a ter na redefinição ou manutenção das relações contratuais que estavam até agora adormecidas vai ser efectivo. O interesse na Baixa vai subir exponencialmente, porque agora passa a ser do interesse de cada um dos envolvidos perceber como se vão desbloquear as situações antigas. O efeito deste interesse é superior ao que se conseguiria com 100 campanhas de publicidade sobre a Baixa.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A promulgação da Lei das Rendas por parte do Presidente Jorge Sampaio tornou irreversível a sua aplicação, embora acompanhado de um coro de protestos quer de proprietários quer de inquilinos. Os efeitos desta Lei nas cidades, particularmente em Lisboa e no Porto, é tão importante para a economia portuguesa como a recente OPA da Sonae sobre a Portugal Telecom.
Não há diagnóstico sério sobre os problemas dos centros destas duas cidades que não conclua que a principal causa do declínio das mesmas foi o congelamento das Rendas. Por isso, independentemente do texto da Lei em si, é de registar que o Governo, ainda que fora dos 100 dias que prometeu, tenha conseguido o que nenhum outro governo tinha feito. Esta é uma reforma estrutural do mercado imobiliário.
Como todas as reformas estruturais, esta tem a capacidade de mudar sobretudo os raciocínios de todos os agentes, uma vez que altera o quadro de relações entre eles. O que vai mudar tudo na Baixa, porque é a zona da cidade em que mais se faz sentir o efeito do congelamento das rendas.
O interesse que todos os proprietários e inquilinos passam a ter na redefinição ou manutenção das relações contratuais que estavam até agora adormecidas vai ser efectivo. O interesse na Baixa vai subir exponencialmente, porque agora passa a ser do interesse de cada um dos envolvidos perceber como se vão desbloquear as situações antigas. O efeito deste interesse é superior ao que se conseguiria com 100 campanhas de publicidade sobre a Baixa.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Cristina Santos - "Resposta a David Afonso"
Compreendo a intenção do seu post.
Invertíamos a acção, na tentativa de inverter a tendência.
Escolhíamos como público alvo jovens da mesma faixa etária dos inquiridos.
Dávamos uma ideia maravilhosa da cidade e até os mais maduros acreditavam em nós.
Não consigo ver a utilidade de certas megalomanias, numa cidade com ruas desertas, mal cheirosas, com degradação, com jovens delinquentes.
E lamento mesmo David não poder ajudá-lo a incentivar a malta, para mim chega de ilusões - sem os requisitos mínimos cumpridos, não há desenvolvimento sustentável para ninguém- pode agora retaliar dizendo e a China?! Pois de facto nesse exemplo o movimento põe a insalubridade a um canto.
Vamos discutindo, tendo por base 10 anos de prazo de recuperação.
--
Cristina Santos
Ps- a proposito de segurança consultar : Gangue violento apanhado em Mega-operação - já tínhamos falado disto.
Invertíamos a acção, na tentativa de inverter a tendência.
Escolhíamos como público alvo jovens da mesma faixa etária dos inquiridos.
Dávamos uma ideia maravilhosa da cidade e até os mais maduros acreditavam em nós.
- Uma grande parte da população jovem já adquiriu habitação nos concelhos vizinhos, mesmo que agora as vendessem sem perder dinheiro, o resultado do negócio nunca lhes permitiria comprar uma habitação idêntica dentro da cidade.
- Mesmo que tentados a realizar o negócio, teriam que pesar o facto de trocarem condomínios novos por condomínios velhos falidos e todas as despesas que isso acarreta (garagens, manutenção , elevadores, gás, TV Cabo, etc). Poderiam optar por restaurar que é uma das melhores hipóteses, mas as tais massas de jovens que precisamos não se podem dar a esses luxos, tanto mais que as imediações dos prédios para restauro exigem agrupamentos de investidores, sob pena de os primeiros passarem diversas amarguras até se libertarem das problemáticas das insalubridades vizinhas.
- Quanto aos investimentos dos jovens na nossa cidade, para atraírem outros jovens precisavam de ser criativos ao ponto de inventarem a roda, porque efectivamente o que se encontra no Porto para a Juventude encontra-se noutro local qualquer, basta ir à noite a Matosinhos ou ao fim de semana de dia para constatar o numero de bares abertos, os jovens estão lá e não aqui , porque vir para cá se tudo está lá?!
- É porque os jovens também estão a liderar os investimentos na zona industrial da Maia, em Matosinhos, Rio Tinto, Gondomar
- Acredite que abrem por toda a cidade lojas de jovens com bastante frequência e fecham com a mesma regularidade – de 3 /6 meses. Queixam-se de rendas demasiado altas para o movimento.
- Restava-nos talvez investir em negócios para população madura, Vinhos do Porto, Queijos, Davidoff, Ermenegildo Zegna, Montana, Nino Cerruti ou até simplesmente Gucci... de resto falta-nos muito para conseguir atingir a originalidade marcante.
- Em suma temos 10 anos e nunca menos para reabilitar isto e atrair os jovens que acompanharam os pais para fora da cidade, temos que recuperar esses e é preciso começar a trabalhar já, talvez esses jovens de que fala devam tentar aguentar-se para serem lideres de mercado quando a cidade recuperar – 10 anos passam depressa , podemos investir já, assim haja verbas.
- Os arrumadores são uma questão de segurança importante, claro que não estamos a falar dos arrumadores que nós conhecemos, os da nossa rua, mas dos arrumadores que são estranhos para aqueles que tentam estacionar a viatura para ir ao Majestic, para ir ao Batalha, para ir a qualquer lugar .
- O Porto Feliz é importante por varias razões, nas quais só por mero exemplo lhe refiro o controle da Tuberculose, tem imensas, mas não percamos mais tempo com este item, esperamos que a CMP se digne a acabar o projecto do São João de Deus e do Porto Feliz, este executivo actual tem várias falhas, uma delas é a obstinação de Paulo Morais...
- Agora para começar a restaurar isto são necessárias todas as pontes de que Vocês falam, os parques, o metro, a internacionalização, a fusão, a cultura. Acontece que talvez agora seja hora de olhar também para o que se passa a nossa volta e para o estado a que isto chegou.
- É urgente renovar o sistema de iluminação pública, com candeeiros adequados, altos e protegidos, cuja mira seja difícil para os prevaricadores.
- É preciso renovar os esgotos e condutas, que fazem aluir as ruelas e as vias, tem que ser ter em conta que estas infra-estruturas têm décadas de existência, que foram abandalhadas com as grandes construções avulso.
- É preciso tornar as ruelas transitáveis, o movimento origina conservação, zelo, propriedade e anula os guetos.
- É preciso fiscalizar a insalubridade pelo menos a evidente, o uso dos logradouros que impedem a ventilação da cidade.
- É preciso olhar pelos nossos parques – São Roque e Quinta do Covelo.
- É preciso licenciar garagens ...
Não consigo ver a utilidade de certas megalomanias, numa cidade com ruas desertas, mal cheirosas, com degradação, com jovens delinquentes.
E lamento mesmo David não poder ajudá-lo a incentivar a malta, para mim chega de ilusões - sem os requisitos mínimos cumpridos, não há desenvolvimento sustentável para ninguém- pode agora retaliar dizendo e a China?! Pois de facto nesse exemplo o movimento põe a insalubridade a um canto.
Vamos discutindo, tendo por base 10 anos de prazo de recuperação.
--
Cristina Santos
Ps- a proposito de segurança consultar : Gangue violento apanhado em Mega-operação - já tínhamos falado disto.
2006/02/13
De: Manuela DL Ramos - "Mais fotos do Porto"
Notáveis também as imagens do Porto em Relatos do Quotidiano.
Cordialmente
Manuela D.L. Ramos
--
Nota de TAF: já agora, o Parque Biológico de Gaia.
Cordialmente
Manuela D.L. Ramos
--
Nota de TAF: já agora, o Parque Biológico de Gaia.
De: Pedro Lessa - "Ganhámos um belo túnel"
Quando esperava ter tudo lido, ouvido, discutido e pensado acerca do Túnel de Ceuta, fico espantado com as reacções à dita solução.
A Câmara ganhou a contenda, a solução é a mesma, grande vitória de Rui Rio, a birra da Ministra, IPPAR incompetente, a ministra não apareceu (e Rui Rio apareceu?), 99%/1% de inclinação, etc etc....
Parece-me que, mais uma vez, se discute tudo menos o essencial: uma enorme prepotência de um presidente de câmara (a propósito, sabem dele?) que se fosse humilde e honesto com os portuenses teria tentado resolver um problema, o Túnel, como qualquer cidadão: respeitando a LEI.
Conseguiu, com a embrulhada toda que levantou, que, todos nós portuenses, recebessemos mais uma bela prenda urbanistica, digna de constar de todos os compêndios.
A Câmara e Rui Rio ganhou? NÃO..ganhámos todos nós mais um belo espaço público de que nos poderemos orgulhar....
...ía nesta fase iniciar o desenrolar de "adjectivos" que me vão na alma acerca do anterior mandato (e pelos vistos deste) mas não vou descer ao mesmo nível. Afinal, com a maioria ofertada, só temos de nos conformar.
Ainda acerca do anterior mandato, caro David A., essa famosa lista de prédios a alienar já estava disponivel há mais de um ano na Câmara e na SRU. É verdade, caro Tiago, a divulgação é a que se sabe e parece que adivinhavam a procura que (não) iria existir.
Estando na posse dessa famosa lista, fiz o itinerário que o Tiago fez, na esperança de encontrar algum imóvel capaz, onde eventualmente houvessem condições para desenvolver trabalho. O desânimo imperou. Posteriormente, dirigi-me à Câmara para me informar sobre o que fazer para me candidatar à suposta venda a preços reduzidos(!!!). Bastava deixar os meus dados que posteriormente seria contactado. Este, geralmente, é o expediente usado pelos organismos públicos quando não se sabe como agir ou quando não há directrizes superiores. Até hoje, nada. Passados uns tempos, indaguei junto da SRU, por via "não oficial" (neste país tudo funciona na via do "contacto") como estava este processo. Informaram-me que tudo estava suspenso até novas ordens. Até ao presente, com esta nova investida da famosa lista de prédios.
Já na altura me insurgi aqui no blog com esta maneira de Reabilitar centros históricos, e amplamente publicitada nos programas políticos e depois sendo bandeira na campanha eleitoral recente. Afirmei também que com este modelo de SRU não se resolveria grande coisa. É fácil dizer que se Reabilita mandando os outros fazê-la.
Temo que a Reabilitação prometida no anterior mandato seja a mesma que nos espera neste mandato. Espero estar enganado.
Daqui a 4 anos falaremos.
Tudo isto é triste. Mas a maioria dos portuenses deve aprovar ou então não sabe, quando votam maioritariamente nestas políticas e condutas.
Cumprimentos,
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
A Câmara ganhou a contenda, a solução é a mesma, grande vitória de Rui Rio, a birra da Ministra, IPPAR incompetente, a ministra não apareceu (e Rui Rio apareceu?), 99%/1% de inclinação, etc etc....
Parece-me que, mais uma vez, se discute tudo menos o essencial: uma enorme prepotência de um presidente de câmara (a propósito, sabem dele?) que se fosse humilde e honesto com os portuenses teria tentado resolver um problema, o Túnel, como qualquer cidadão: respeitando a LEI.
Conseguiu, com a embrulhada toda que levantou, que, todos nós portuenses, recebessemos mais uma bela prenda urbanistica, digna de constar de todos os compêndios.
A Câmara e Rui Rio ganhou? NÃO..ganhámos todos nós mais um belo espaço público de que nos poderemos orgulhar....
...ía nesta fase iniciar o desenrolar de "adjectivos" que me vão na alma acerca do anterior mandato (e pelos vistos deste) mas não vou descer ao mesmo nível. Afinal, com a maioria ofertada, só temos de nos conformar.
Ainda acerca do anterior mandato, caro David A., essa famosa lista de prédios a alienar já estava disponivel há mais de um ano na Câmara e na SRU. É verdade, caro Tiago, a divulgação é a que se sabe e parece que adivinhavam a procura que (não) iria existir.
Estando na posse dessa famosa lista, fiz o itinerário que o Tiago fez, na esperança de encontrar algum imóvel capaz, onde eventualmente houvessem condições para desenvolver trabalho. O desânimo imperou. Posteriormente, dirigi-me à Câmara para me informar sobre o que fazer para me candidatar à suposta venda a preços reduzidos(!!!). Bastava deixar os meus dados que posteriormente seria contactado. Este, geralmente, é o expediente usado pelos organismos públicos quando não se sabe como agir ou quando não há directrizes superiores. Até hoje, nada. Passados uns tempos, indaguei junto da SRU, por via "não oficial" (neste país tudo funciona na via do "contacto") como estava este processo. Informaram-me que tudo estava suspenso até novas ordens. Até ao presente, com esta nova investida da famosa lista de prédios.
Já na altura me insurgi aqui no blog com esta maneira de Reabilitar centros históricos, e amplamente publicitada nos programas políticos e depois sendo bandeira na campanha eleitoral recente. Afirmei também que com este modelo de SRU não se resolveria grande coisa. É fácil dizer que se Reabilita mandando os outros fazê-la.
Temo que a Reabilitação prometida no anterior mandato seja a mesma que nos espera neste mandato. Espero estar enganado.
Daqui a 4 anos falaremos.
Tudo isto é triste. Mas a maioria dos portuenses deve aprovar ou então não sabe, quando votam maioritariamente nestas políticas e condutas.
Cumprimentos,
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
De: David Afonso - "Apontamentos da Baixa"
[publicado no Dolo Eventual]
1. «Inquiriam-se os portuenses sobre os motivos pelos quais não se passeiam na Baixa do Porto à noite, como faziam na década de 80/90» . Cristina, acha mesmo que vale a pena? É que o motivo é bem óbvio: se os portuenses já não se passeiam pela Baixa como nos bons velhos tempos é porque... já não há portuenses na Baixa! O fenómeno do sentimento de insegurança resulta da desertificação urbana e não o inverso. Alinhando numa de inquéritos, parece-me que seria muito mais interessante averiguar a motivação daqueles que, apesar de tudo, escolhem a Baixa para viver e trabalhar. É que os transeuntes das ruas da minha cidade não são apenas elementos da fauna deliquente. Repare bem: há muita gente que tem vindo a se instalar por aqui, atraída por algo que compensa todas as restantes contrariedades. Gente jovem, activa, com ideias. Gente que, em muitos casos, não tinha qualquer relação anterior com o Porto. É a gente que dá o corpo ao manifesto e que faz coisas interessantíssimas. A estes é que valeria a pena perguntar o que pensam da Baixa. De certo que é desse lado que encontramos as soluções para o futuro.
Ainda a insegurança: quem olha com olhos de ver para esta cidade, facilmente perceberá que o último dos nossos problemas são os arrumadores. Anunciar como prioridade do município a sua erradicação não passa de uma extravagância eleitoral. A energia e os meios dispendidos no Projecto Porto Feliz seriam muito melhor empregues na intervenção directa sobre os focos de deliquência juvenil. Em muitas cidades europeias, este problema foi assumido como prioritário por um motivo muito simples: é muito mais racional recuperar activos do que prender criminosos. Para estes casos não precisamos de mais polícia, apenas de mais política.
2. Apesar de considerar que o valor destas coisas é quase irrelevante, fiquei surpreendido com o facto de a Loja Ponto Já (espécie de loja do cidadão para jovens...) se tenha instalado recentemente na... Boavista! Não seria mais coerente instalar este serviço na Baixa? Não é isso que a Câmara e a SRU têm vindo a pedir aos privados? Os serviços públicos não deveriam dar o exemplo? O combate à exclusão social e à desertificação urbana devia também começar por aqui....
3. Manuel Correia Fernandes alertou para um senão muito importante da instalação do Conservatório de Música do Porto dentro do recinto do Rodrigues de Freitas: o da preservação do património. Não nos podemos esquecer de que não estamos a falar de um edifício qualquer, mas de uma obra do grande Marques da Silva! Esperemos que não seja esta mais uma ocasião para mais uma má solução como as que têm vindo a saturar a paciência dos cidadãos. Esperemos que o processo seja o mais claro possível e que haja lugar para um verdadeiro concurso público de ideias. Não queremos mais soluções impostas.
4. No JN: Teleférico sobre o rio custará 15 milhões. Será esta a nossa sina? Está-se mesmo a ver: o que nos estava mesmo a fazer falta era um teleférico! Quando é que os nossos autarcas se deixam de vez de «obras do regime» e passam a resolver os nossos verdadeiros problemas?
David Afonso
attalaia@gmail.com
1. «Inquiriam-se os portuenses sobre os motivos pelos quais não se passeiam na Baixa do Porto à noite, como faziam na década de 80/90» . Cristina, acha mesmo que vale a pena? É que o motivo é bem óbvio: se os portuenses já não se passeiam pela Baixa como nos bons velhos tempos é porque... já não há portuenses na Baixa! O fenómeno do sentimento de insegurança resulta da desertificação urbana e não o inverso. Alinhando numa de inquéritos, parece-me que seria muito mais interessante averiguar a motivação daqueles que, apesar de tudo, escolhem a Baixa para viver e trabalhar. É que os transeuntes das ruas da minha cidade não são apenas elementos da fauna deliquente. Repare bem: há muita gente que tem vindo a se instalar por aqui, atraída por algo que compensa todas as restantes contrariedades. Gente jovem, activa, com ideias. Gente que, em muitos casos, não tinha qualquer relação anterior com o Porto. É a gente que dá o corpo ao manifesto e que faz coisas interessantíssimas. A estes é que valeria a pena perguntar o que pensam da Baixa. De certo que é desse lado que encontramos as soluções para o futuro.
Ainda a insegurança: quem olha com olhos de ver para esta cidade, facilmente perceberá que o último dos nossos problemas são os arrumadores. Anunciar como prioridade do município a sua erradicação não passa de uma extravagância eleitoral. A energia e os meios dispendidos no Projecto Porto Feliz seriam muito melhor empregues na intervenção directa sobre os focos de deliquência juvenil. Em muitas cidades europeias, este problema foi assumido como prioritário por um motivo muito simples: é muito mais racional recuperar activos do que prender criminosos. Para estes casos não precisamos de mais polícia, apenas de mais política.
2. Apesar de considerar que o valor destas coisas é quase irrelevante, fiquei surpreendido com o facto de a Loja Ponto Já (espécie de loja do cidadão para jovens...) se tenha instalado recentemente na... Boavista! Não seria mais coerente instalar este serviço na Baixa? Não é isso que a Câmara e a SRU têm vindo a pedir aos privados? Os serviços públicos não deveriam dar o exemplo? O combate à exclusão social e à desertificação urbana devia também começar por aqui....
3. Manuel Correia Fernandes alertou para um senão muito importante da instalação do Conservatório de Música do Porto dentro do recinto do Rodrigues de Freitas: o da preservação do património. Não nos podemos esquecer de que não estamos a falar de um edifício qualquer, mas de uma obra do grande Marques da Silva! Esperemos que não seja esta mais uma ocasião para mais uma má solução como as que têm vindo a saturar a paciência dos cidadãos. Esperemos que o processo seja o mais claro possível e que haja lugar para um verdadeiro concurso público de ideias. Não queremos mais soluções impostas.
4. No JN: Teleférico sobre o rio custará 15 milhões. Será esta a nossa sina? Está-se mesmo a ver: o que nos estava mesmo a fazer falta era um teleférico! Quando é que os nossos autarcas se deixam de vez de «obras do regime» e passam a resolver os nossos verdadeiros problemas?
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: Rui Valente - "Questão a Teófilo M."
Caro Sr. Teófilo,
Concluída a leitura do seu apontamento sobre a novela do túnel de Ceuta, com o qual estou de acordo, fiquei contudo intrigado com o parágrafo dedicado aos portuenses.
É que, como portuense que sou, pessoalmente não consigo descobrir a minha cota parte de responsabilidade pela mediocridade da "solução" agora encontrada para o problema do túnel de Ceuta (e outros). Também não descortino a minha participação "cansativa" em lutas partidário-clubísticas, até porque não tenho partido político, embora tenha clube - que é uma ligação afectiva - e da qual tenho (lamentavelmente) mais razões para me orgulhar do que da acção global dos nossos partidos políticos, particularmente daqueles que desde Abril de 1974 detiveram o poder.
Talvez agora se perceba, por que é que a minha participação pontual neste blog se limita a louvar o que acho louvável e a criticar o que me merece crítica de um modo muito circunstancial. Contrariamente ao que alguns pensam, não me parece que este seja o local para apontar soluções de fundo e detalhadas para os problemas que vão surgindo, porque é uma mera perda de tempo, até mesmo uma infantilidade! Ou será que o senhor Teófilo acredita que quem de direito e de poder (porque é disso que se trata), ande a reboque de tudo o que aqui se diz e sugere? Como é que se pode crer em tal coisa, quando os próprios partidos (que dizem representar-nos) muito raramente conseguem encontrar consensos entre si relativamente a causas de interesse comum?
É verdade, que alguns participantes deste blog por vezes entram em diálogo e divergem nas ideias, o que é salutar, mas o que é grave, é divergirem nos seus conceitos e formas de luta para atingirem os objectivos, como é o caso agora em discussão do túnel de Ceuta.
Resumindo, meu amigo: a sua, a minha, a nossa única acção política de facto, limita-se a escolher quem vai decidir por nós, através do voto que, de quatro em quatro anos nos deixam colocar nas urnas. A partir daí, é mera figura de retórica, muita conversa mole, como dizem os nossos amigos brasileiros. Por isso, não entro nesse jogo politicamente correcto, de me incluir no rol de responsáveis por tudo aquilo que é decidido a nível exclusivamente político. Os meus poderes de cidadania, infelizmente não vão tão longe.
Amistosamente,
Rui Valente
Concluída a leitura do seu apontamento sobre a novela do túnel de Ceuta, com o qual estou de acordo, fiquei contudo intrigado com o parágrafo dedicado aos portuenses.
É que, como portuense que sou, pessoalmente não consigo descobrir a minha cota parte de responsabilidade pela mediocridade da "solução" agora encontrada para o problema do túnel de Ceuta (e outros). Também não descortino a minha participação "cansativa" em lutas partidário-clubísticas, até porque não tenho partido político, embora tenha clube - que é uma ligação afectiva - e da qual tenho (lamentavelmente) mais razões para me orgulhar do que da acção global dos nossos partidos políticos, particularmente daqueles que desde Abril de 1974 detiveram o poder.
Talvez agora se perceba, por que é que a minha participação pontual neste blog se limita a louvar o que acho louvável e a criticar o que me merece crítica de um modo muito circunstancial. Contrariamente ao que alguns pensam, não me parece que este seja o local para apontar soluções de fundo e detalhadas para os problemas que vão surgindo, porque é uma mera perda de tempo, até mesmo uma infantilidade! Ou será que o senhor Teófilo acredita que quem de direito e de poder (porque é disso que se trata), ande a reboque de tudo o que aqui se diz e sugere? Como é que se pode crer em tal coisa, quando os próprios partidos (que dizem representar-nos) muito raramente conseguem encontrar consensos entre si relativamente a causas de interesse comum?
É verdade, que alguns participantes deste blog por vezes entram em diálogo e divergem nas ideias, o que é salutar, mas o que é grave, é divergirem nos seus conceitos e formas de luta para atingirem os objectivos, como é o caso agora em discussão do túnel de Ceuta.
Resumindo, meu amigo: a sua, a minha, a nossa única acção política de facto, limita-se a escolher quem vai decidir por nós, através do voto que, de quatro em quatro anos nos deixam colocar nas urnas. A partir daí, é mera figura de retórica, muita conversa mole, como dizem os nossos amigos brasileiros. Por isso, não entro nesse jogo politicamente correcto, de me incluir no rol de responsáveis por tudo aquilo que é decidido a nível exclusivamente político. Os meus poderes de cidadania, infelizmente não vão tão longe.
Amistosamente,
Rui Valente
De: TAF - "Lei das rendas"
De: Ana Paula Machado - "Convite «Quartas à Capela»"
A Associação Sefarad e a Universidade Lusófona têm vindo a organizar pequenos concertos (cerca de meia hora), à hora do almoço. Realizam-se no centro da Cidade e são sobretudo destinados a quem trabalha na Baixa e arredores. São uma óptima forma de sair da rotina e fazer um almoço substancial (para o espírito). A entrada é gratuita.
A Sefarad - Associação Cultural e a Universidade Lusófona do Porto convidam V.Excia para o próximo concerto das "Quartas à Capela", dia 15Fev06, às 13h, na Capela da Universidade Lusófona (Rua Augusto Rosa, 24, à Pç Batalha - Porto).sefarad.ac@gmail.com
Programa:
Ludwig Van Beethoven
Sonata para violoncelo e piano nº4, em Dó Maior, op.102 nº1.
Franz Schubert
Sonata para arpeggione e piano, em Lá menor, D. 812 (versão para
violoncelo e piano)
Teresa Valente Pereira - violoncelo
Bruno Belthoise - piano
ENTRADA LIVRE
Seguem-se:
01Mar06 - 13h- Apresentação do álbum "SOM IBÉRICO": Artur Caldeira (guitarra; guitarra portuguesa); Firmino Neiva (baixo); Paulo Peixoto (percussão); Abel Gonçalves (flauta); Arnaldo Fonseca (acordeão).
01Abr06 - Hora a confirmar - Concerto comemorativo do Dia da Universidade: Jed Barahal (violoncelo) e Artur Caldeira (guitarra).
05Abr06 - 13h e 19h30m - GUITARRA TRIO: Rui Nabais, Pedro Rufino e Jorge Pires.
De: TAF - "Início de semana"
- Guilhermina Suggia em exposição
- Subsídio nocturno: Mais trinta dias à espera
- Teleférico sobre o rio custará 15 milhões
- Pedro Burmester: "Exagerei nas críticas pessoais a Rui Rio"
- Fundos comunitários forçam debate sobre regionalização
- Sampaio decide hoje sobre a lei das rendas
- Barcos de madeira atracam no estaleiro do Ouro em 2007 - Passado de marinheiros e caravelas
- Gaia: Restaurante escavado nas galerias do mosteiro
- Subsídio nocturno: Mais trinta dias à espera
- Teleférico sobre o rio custará 15 milhões
- Pedro Burmester: "Exagerei nas críticas pessoais a Rui Rio"
- Fundos comunitários forçam debate sobre regionalização
- Sampaio decide hoje sobre a lei das rendas
- Barcos de madeira atracam no estaleiro do Ouro em 2007 - Passado de marinheiros e caravelas
- Gaia: Restaurante escavado nas galerias do mosteiro
2006/02/12
De: TAF - "STCP - O que muda em Fevereiro"
De: Teófilo M. - "Fim"
Chegou ao fim a novela sobre o túnel de Ceuta, com uma solução de compromisso que, não sendo carne nem sendo peixe, deixa os seus intervenientes numa caricata situação.
Longe dos que dão a vitória a um em detrimento de outro(s), eu, cá por mim, só encontro derrotados.
- O IPPAR.
Não se compreende o porquê de tanta obstinação contra a saída naquele local para, finalmente e ao fim de mais de um ano, concordar com a mesma, salvo o pormenor ridículo de andar uns metros para trás e para o lado e criar uma zona de pavimento descontínua, quiçá mais barulhenta e mais perigosa.
- O presidente da autarquia.
Como entender que um político que se reclama de não populista e fiel defensor dos interesses da cidade, tenha deixado arrastar este diferendo, com todos os inconvenientes para os que por aqui labutam ou passeiam, por causa dos míseros metros referidos anteriormente e que agora concorde com a pobreza da solução encontrada, que, logo à partida, poderia ter sido apresentada como eventual solução, demorando meses a fazer estudos complexos para parir isto.
- A senhora ministra.
Pois não conseguiu explicar cabalmente qual a razão do afastamento do antigo responsável do IPPAR, eventual co-responsável com o presidente da edilidade no impasse, mostrando-se agora satisfeita com uma solução que configura uma autêntica vitória de Pirro, e que não é ilustradora de uma capacidade de diálogo capaz de rapidamente resolver os problemas com que se depara.
- Os portuenses.
Porque novamente se alhearam dos problemas da cidade, preferindo cansar-se em estapafúrdias lutas partidário-clubístas, e acabaram por perder mais uma vez qualidade e estética, em benefício de uma solução que, para além de só servir para empenachar políticamente alguém, continuará a ser mais um abcesso no rosto da cidade.
Pode ser que com tanto disparate venham a aprender alguma coisa, mas duvido bastante.
Pobre cidade!
Cumprimentos
Teofilo M.
(publicado no Akiagato)
Longe dos que dão a vitória a um em detrimento de outro(s), eu, cá por mim, só encontro derrotados.
- O IPPAR.
Não se compreende o porquê de tanta obstinação contra a saída naquele local para, finalmente e ao fim de mais de um ano, concordar com a mesma, salvo o pormenor ridículo de andar uns metros para trás e para o lado e criar uma zona de pavimento descontínua, quiçá mais barulhenta e mais perigosa.
- O presidente da autarquia.
Como entender que um político que se reclama de não populista e fiel defensor dos interesses da cidade, tenha deixado arrastar este diferendo, com todos os inconvenientes para os que por aqui labutam ou passeiam, por causa dos míseros metros referidos anteriormente e que agora concorde com a pobreza da solução encontrada, que, logo à partida, poderia ter sido apresentada como eventual solução, demorando meses a fazer estudos complexos para parir isto.
- A senhora ministra.
Pois não conseguiu explicar cabalmente qual a razão do afastamento do antigo responsável do IPPAR, eventual co-responsável com o presidente da edilidade no impasse, mostrando-se agora satisfeita com uma solução que configura uma autêntica vitória de Pirro, e que não é ilustradora de uma capacidade de diálogo capaz de rapidamente resolver os problemas com que se depara.
- Os portuenses.
Porque novamente se alhearam dos problemas da cidade, preferindo cansar-se em estapafúrdias lutas partidário-clubístas, e acabaram por perder mais uma vez qualidade e estética, em benefício de uma solução que, para além de só servir para empenachar políticamente alguém, continuará a ser mais um abcesso no rosto da cidade.
Pode ser que com tanto disparate venham a aprender alguma coisa, mas duvido bastante.
Pobre cidade!
Cumprimentos
Teofilo M.
(publicado no Akiagato)