2005/02/26
De: TAF - "Pelos jornais de Sábado"
- PS/Porto insiste no chumbo à Linha da Boavista e Governo deve travá-la
- CTT vão deixar o Palácio dos Correios até ao dia 15 do próximo mês
- AM/Porto tomou conhecimento do relatório de reclamações ao PDM
- Marginal vai ser requalificada
Estas hortas são uma óptima iniciativa! A procura excede largamente a oferta, são precisos mais terrenos:
- Segunda horta municipal inaugurada nas Condominhas
- Agricultores citadinos sem medo das enxadas
- Rui Sá quer mais hortas
- Porto já tem a segunda horta municipal comunitária
- Sete mil árvores podadas até Abril
- Câmara do Porto intervém em árvores
- Empresário procura solução que impeça o fecho de lojas históricas nos Clérigos
- "Haja quem tenha vontade em manter portas abertas"
- «Porto Chique» começa hoje
- Empresários da Ribeira queixam-se de "asfixia"
- Linha 2 na Resende depois de amanhã
- Luís Figo ao lado de Rui Rio promoveu em Madrid o Grande Prémio do Porto
- Região Norte tem quase metade dos desempregados do país
- CCDRN aprova investimentos de 122 milhões de euros na Zona Norte
- Politécnico continua à espera - Se fazem falta novas instalações, por que não na Baixa?
- CTT vão deixar o Palácio dos Correios até ao dia 15 do próximo mês
- AM/Porto tomou conhecimento do relatório de reclamações ao PDM
- Marginal vai ser requalificada
Estas hortas são uma óptima iniciativa! A procura excede largamente a oferta, são precisos mais terrenos:
- Segunda horta municipal inaugurada nas Condominhas
- Agricultores citadinos sem medo das enxadas
- Rui Sá quer mais hortas
- Porto já tem a segunda horta municipal comunitária
- Sete mil árvores podadas até Abril
- Câmara do Porto intervém em árvores
- Empresário procura solução que impeça o fecho de lojas históricas nos Clérigos
- "Haja quem tenha vontade em manter portas abertas"
- «Porto Chique» começa hoje
- Empresários da Ribeira queixam-se de "asfixia"
- Linha 2 na Resende depois de amanhã
- Luís Figo ao lado de Rui Rio promoveu em Madrid o Grande Prémio do Porto
- Região Norte tem quase metade dos desempregados do país
- CCDRN aprova investimentos de 122 milhões de euros na Zona Norte
- Politécnico continua à espera - Se fazem falta novas instalações, por que não na Baixa?
De: TAF - "Comunidades virtuais"
O Paulo Vaz fez hoje algumas sugestões. Aqui vai a minha opinião.
Um eventual parlamento virtual não seria especialmente útil e, principalmente, é de quase impossível concretização. Passo a explicar.
A sociedade em que vivemos criou estruturas formais através das quais os cidadãos regem a comunidade em que se integram. Interessam-me neste caso particular a Assembleia Municipal e os partidos políticos. Não faz sentido criar réplicas “virtuais” dessas estruturas pois, além de ser uma sobreposição de funções/esforços, desvia a atenção das “reais” (as que possuem legitimidade jurídica para actuar). Iniciativas como “A Baixa do Porto” não pretendem substituir os mecanismos “normais” de participação dos cidadãos, mas sim fornecer-lhes ferramentas complementares para que a sua intervenção “normal” possa ser mais profícua.
Sei também por experiência própria que um fórum online onde não exista moderador acaba por se tornar um local de discussão estéril, com imenso “ruído” que impede uma troca civilizada de argumentos. Se mesmo na Assembleia Municipal o debate é frequentemente de uma pobreza confrangedora (e são os nossos eleitos!), que fará na Internet… Este facto torna impossível o bom funcionamento de um “parlamento virtual” com regras equivalentes.
Também não é boa ideia a criação de um partido regional, muito menos como uma transformação d’A Baixa do Porto. Este blog é por definição um local onde se expressam opiniões diversas e muitas vezes divergentes; nunca seria “transformável” num partido. E para que serve um novo partido regional? Que vantagens traria por comparação com a participação dos cidadãos através dos partidos nacionais? Sou em geral a favor da cooperação, evolução, correcção, complementaridade quanto ao que já existe, em vez da “reinvenção da roda”.
Por fim, quanto a questões financeiras: um modelo de financiamento baseado na participação dos utilizadores/clientes/sócios é actualmente irrealista em Portugal, especialmente para um serviço que apenas abrangeria uma região. Não há massa crítica. As pessoas não estão habituadas a pagar por este tipo de serviços e, além disso, a ma$$a é crítica para elas… Eu tenho larga experiência disso no 7arte.net, onde tivemos que deixar de fornecer a programação diária de cerca de 500 salas de cinema em todo o país por falta de receitas (por essa via ou por outra) que suportassem os custos dessa componente do serviço. Já uma solução em que existam à partida mecenas/patrocinadores é um caso diferente.
Isto que escrevi acima foi um pouco pela negativa.
Agora pela positiva.
É importante expandir este trabalho que até agora temos feito e que tem provado ser útil e eficaz. Já nos meus comentários «A Política "Open Source"» e «A voz do Porto» defendi isso.
Proponho a coordenação de esforços com quem já tem actuado nesta área também fora da blogosfera. Com jornais, rádios ou televisões. Com associações, partidos, movimentos, autarquias. Todos os que quiserem contribuir. Trata-se de criar uma rede de participação cívica e de comunicação, voluntarista mas profissional, leve mas abrangente, informal qb mas com visibilidade assegurada, com objectivos bem claros e resultados sujeitos a avaliação.
Vou pensar melhor como é que isto poderia ser concretizado. Os primeiros passos já foram dados. :-)
Vejo o meu papel como um "gestor de informação e comunicação", membro de um grupo de "catalizadores".
Venham mais sugestões!
Um eventual parlamento virtual não seria especialmente útil e, principalmente, é de quase impossível concretização. Passo a explicar.
A sociedade em que vivemos criou estruturas formais através das quais os cidadãos regem a comunidade em que se integram. Interessam-me neste caso particular a Assembleia Municipal e os partidos políticos. Não faz sentido criar réplicas “virtuais” dessas estruturas pois, além de ser uma sobreposição de funções/esforços, desvia a atenção das “reais” (as que possuem legitimidade jurídica para actuar). Iniciativas como “A Baixa do Porto” não pretendem substituir os mecanismos “normais” de participação dos cidadãos, mas sim fornecer-lhes ferramentas complementares para que a sua intervenção “normal” possa ser mais profícua.
Sei também por experiência própria que um fórum online onde não exista moderador acaba por se tornar um local de discussão estéril, com imenso “ruído” que impede uma troca civilizada de argumentos. Se mesmo na Assembleia Municipal o debate é frequentemente de uma pobreza confrangedora (e são os nossos eleitos!), que fará na Internet… Este facto torna impossível o bom funcionamento de um “parlamento virtual” com regras equivalentes.
Também não é boa ideia a criação de um partido regional, muito menos como uma transformação d’A Baixa do Porto. Este blog é por definição um local onde se expressam opiniões diversas e muitas vezes divergentes; nunca seria “transformável” num partido. E para que serve um novo partido regional? Que vantagens traria por comparação com a participação dos cidadãos através dos partidos nacionais? Sou em geral a favor da cooperação, evolução, correcção, complementaridade quanto ao que já existe, em vez da “reinvenção da roda”.
Por fim, quanto a questões financeiras: um modelo de financiamento baseado na participação dos utilizadores/clientes/sócios é actualmente irrealista em Portugal, especialmente para um serviço que apenas abrangeria uma região. Não há massa crítica. As pessoas não estão habituadas a pagar por este tipo de serviços e, além disso, a ma$$a é crítica para elas… Eu tenho larga experiência disso no 7arte.net, onde tivemos que deixar de fornecer a programação diária de cerca de 500 salas de cinema em todo o país por falta de receitas (por essa via ou por outra) que suportassem os custos dessa componente do serviço. Já uma solução em que existam à partida mecenas/patrocinadores é um caso diferente.
Isto que escrevi acima foi um pouco pela negativa.
Agora pela positiva.
É importante expandir este trabalho que até agora temos feito e que tem provado ser útil e eficaz. Já nos meus comentários «A Política "Open Source"» e «A voz do Porto» defendi isso.
Proponho a coordenação de esforços com quem já tem actuado nesta área também fora da blogosfera. Com jornais, rádios ou televisões. Com associações, partidos, movimentos, autarquias. Todos os que quiserem contribuir. Trata-se de criar uma rede de participação cívica e de comunicação, voluntarista mas profissional, leve mas abrangente, informal qb mas com visibilidade assegurada, com objectivos bem claros e resultados sujeitos a avaliação.
Vou pensar melhor como é que isto poderia ser concretizado. Os primeiros passos já foram dados. :-)
Vejo o meu papel como um "gestor de informação e comunicação", membro de um grupo de "catalizadores".
Venham mais sugestões!
De: Alexandre Burmester - "Virtualidades"
Fazer com que os cidadãos participem nas decisões da sua cidade, região ou até do próprio País, é sem duvida o ideal, não só para a sua gestão, como para o desenvolvimento de estratégias, e principalmente pela capacidade de envolvimento para a sua consequente aplicação.
Nada de novo neste ideal, aliás sempre foram esses os princípios dialécticos das sociedades marxistas, mas com os resultados que todos conhecemos.
Mas por outro lado existem diferentes níveis de decisão, e muitos deles não podem e não devem cair na Praça pública, haveria que distingui-los. Muitos outros sem dúvida deviam ser sempre colocados à população na forma de referendos. Obrigaria aos responsáveis a apresentação de projectos e da sua defesa fora do âmbito normal dos Parlamentos e das Assembleias, e poderia trazer para a discussão muitas opiniões sem interesse, mas traria também muita gente que alheada do processo poderia contribuir sobremaneira para as tomadas de decisão.
Na ideia, está tudo certo, agora a pergunta é como?
A utilização das novas tecnologias para o efeito é tão óbvio, como sabemos hoje que podemos controlar as nossas contas bancárias pela net, que podemos votar pela mesma via, ou utilizando a rede ATM, ou serviços normais de comunicações telefónicas.
Se devia existir um sistema de consulta? Claro que sim.
Muitas políticos já entenderam a necessidade de buscar maior participação fora dos seus círculos partidários, em face do esvaziamento de ideias no seio dos partidos, e da sua constante instrumentalização e burocracia.
As instituições governamentais e políticas, prometem há anos a alteração do simples sistema eleitoral, criando os círculos uninominais. Onde estão? Quem no poder quer sentir esvaziada a sua (pouca) capacidade de decisão? Quem quer perder os seus trajectos ascensionais nos partidos?
Por esta razão não acredito que nem nas instituições nem no seio dos partidos, seja o lugar correcto da sua implantação.
Seria a sociedade capaz?
Com mais naturalidade a sociedade se organiza, na forma das Instituições e partidos. Mas logo e automaticamente se instrumentaliza. Passa a acreditar em ideais, em estratégias e em objectivos. Tornando-se pesadas e desajustadas, levam muitos anos, para que depois mudem de sentido.
Esta é sem dúvida a via que não interessa. Poderia um sistema destes funcionar? Flexível?
Particularmente, e porque não me faz qualquer confusão gosto da confusão dos Blogs, das tertúlias, ou das informações e interesses soltos que conflituando entre si, acabam por se neutralizar e controlar. Actualmente a sociedade não precisa de um objectivo, nem de um ideal, como não precisa de direitas e esquerdas. Na verdade cada qual na sociedade precisa de coisas soltas, e que mudam com bastante rapidez.
Pergunta-se - levará a algum lado? Leva sempre, mas não a um, e sim a vários lados.
Pessoalmente uso daquela máxima "Não pertenço a nenhum clube que me aceite como sócio".
Se não for obrigado a participar, mas houver um projecto consistente que permita fazê-lo, pago para ver e até ajudo...
Alexandre Burmester
Nada de novo neste ideal, aliás sempre foram esses os princípios dialécticos das sociedades marxistas, mas com os resultados que todos conhecemos.
Mas por outro lado existem diferentes níveis de decisão, e muitos deles não podem e não devem cair na Praça pública, haveria que distingui-los. Muitos outros sem dúvida deviam ser sempre colocados à população na forma de referendos. Obrigaria aos responsáveis a apresentação de projectos e da sua defesa fora do âmbito normal dos Parlamentos e das Assembleias, e poderia trazer para a discussão muitas opiniões sem interesse, mas traria também muita gente que alheada do processo poderia contribuir sobremaneira para as tomadas de decisão.
Na ideia, está tudo certo, agora a pergunta é como?
A utilização das novas tecnologias para o efeito é tão óbvio, como sabemos hoje que podemos controlar as nossas contas bancárias pela net, que podemos votar pela mesma via, ou utilizando a rede ATM, ou serviços normais de comunicações telefónicas.
Se devia existir um sistema de consulta? Claro que sim.
Muitas políticos já entenderam a necessidade de buscar maior participação fora dos seus círculos partidários, em face do esvaziamento de ideias no seio dos partidos, e da sua constante instrumentalização e burocracia.
As instituições governamentais e políticas, prometem há anos a alteração do simples sistema eleitoral, criando os círculos uninominais. Onde estão? Quem no poder quer sentir esvaziada a sua (pouca) capacidade de decisão? Quem quer perder os seus trajectos ascensionais nos partidos?
Por esta razão não acredito que nem nas instituições nem no seio dos partidos, seja o lugar correcto da sua implantação.
Seria a sociedade capaz?
Com mais naturalidade a sociedade se organiza, na forma das Instituições e partidos. Mas logo e automaticamente se instrumentaliza. Passa a acreditar em ideais, em estratégias e em objectivos. Tornando-se pesadas e desajustadas, levam muitos anos, para que depois mudem de sentido.
Esta é sem dúvida a via que não interessa. Poderia um sistema destes funcionar? Flexível?
Particularmente, e porque não me faz qualquer confusão gosto da confusão dos Blogs, das tertúlias, ou das informações e interesses soltos que conflituando entre si, acabam por se neutralizar e controlar. Actualmente a sociedade não precisa de um objectivo, nem de um ideal, como não precisa de direitas e esquerdas. Na verdade cada qual na sociedade precisa de coisas soltas, e que mudam com bastante rapidez.
Pergunta-se - levará a algum lado? Leva sempre, mas não a um, e sim a vários lados.
Pessoalmente uso daquela máxima "Não pertenço a nenhum clube que me aceite como sócio".
Se não for obrigado a participar, mas houver um projecto consistente que permita fazê-lo, pago para ver e até ajudo...
Alexandre Burmester
De: F. Rocha Antunes - "Quero saber mais"
Meus Caros,
Na sequência do post de Paulo Vaz, que costumo ler no Nortugal, fico com muita vontade de perceber melhor quais os contornos possíveis de tal solução.
A ideia de dar escala de debate a toda a região, unificando o efeito de crítica e vigilância, de proposta e de apoio, é atraente. A inovação que tal seria, também.
Para já apenas posso dizer que pago para ver. Invisto nisso.
Desde que não haja qualquer ligação com qualquer partido.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Na sequência do post de Paulo Vaz, que costumo ler no Nortugal, fico com muita vontade de perceber melhor quais os contornos possíveis de tal solução.
A ideia de dar escala de debate a toda a região, unificando o efeito de crítica e vigilância, de proposta e de apoio, é atraente. A inovação que tal seria, também.
Para já apenas posso dizer que pago para ver. Invisto nisso.
Desde que não haja qualquer ligação com qualquer partido.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Paulo Vaz (Nortugal) - "Movimento..."
"... cívico regional"
Como todos os leitores do Nortugal e da Baixa do Porto se apercebem, existe uma genuína vontade de mudar o futuro da nossa região. Avalia-se inclusive a transformação da «Baixa do Porto» em associação cívica ou até partido regional. Gostaria de apresentar a minha opinião.
Montar e manter um blogue é custoso. TAF e eu próprio confirmamos. Organizar uma associação cívica com realidade física ainda mais. Os lideres teriam que ser «remunerados» ou ter a expectativa de serem eleitos para um cargo público formal para os poder cativar a longo prazo. Proponho alternativamente a criação de um movimento cívico permanente, de geometria variável, assente nas facilidades do software de redes sociais como sejam o Tribe (já possui uma secção dedicada ao Porto). Adicionalmente, proponho que se construa um Parlamento Regional Virtual. Seria uma mera aplicação web alojada num servidor onde os residentes registados poderiam propor medidas de governação da AMPorto, votar nas medidas propostas por outros, argumentar e contra-argumentar, delegar o voto em «partidos virtuais» que eventualmente se constituam. A inovação e pedrada no charco iria influenciar/transformar, de certeza, a política real. Este sistema poderia ser suportado por um micro-pagamento anual, via Pay-Pal de todos os «eleitores» registados.
Assim, usando a tecnologia à nossa disposição, inovando, podemos efectivamente controlar o destino da região Porto e da metade norte de Portugal (e já agora de Portugal). Não teríamos as desvantagens de uma organização formal, onde seria necessário consensualizar opiniões de vários elementos. A flexibilidade e facilidade seriam a marca distintiva. Deixo o desafio. Aguardo comentários.
PS: Como TAF dizia e bem, «O Porto começa a estar na moda», apenas é mais um sinal do fim da Neo-Colonização do Porto, exercida pelo Sistema de interesses político-económico-mediático de Lisboa. Finalmente a sociedade civíl desperta para a necessidade de defender os seus próprios interesses.
--
Nota de TAF: Já aqui e aqui me pronunciei sobre alguns aspectos que são referidos neste post. Mais tarde escreverei um novo comentário completando os anteriores.
Como todos os leitores do Nortugal e da Baixa do Porto se apercebem, existe uma genuína vontade de mudar o futuro da nossa região. Avalia-se inclusive a transformação da «Baixa do Porto» em associação cívica ou até partido regional. Gostaria de apresentar a minha opinião.
Montar e manter um blogue é custoso. TAF e eu próprio confirmamos. Organizar uma associação cívica com realidade física ainda mais. Os lideres teriam que ser «remunerados» ou ter a expectativa de serem eleitos para um cargo público formal para os poder cativar a longo prazo. Proponho alternativamente a criação de um movimento cívico permanente, de geometria variável, assente nas facilidades do software de redes sociais como sejam o Tribe (já possui uma secção dedicada ao Porto). Adicionalmente, proponho que se construa um Parlamento Regional Virtual. Seria uma mera aplicação web alojada num servidor onde os residentes registados poderiam propor medidas de governação da AMPorto, votar nas medidas propostas por outros, argumentar e contra-argumentar, delegar o voto em «partidos virtuais» que eventualmente se constituam. A inovação e pedrada no charco iria influenciar/transformar, de certeza, a política real. Este sistema poderia ser suportado por um micro-pagamento anual, via Pay-Pal de todos os «eleitores» registados.
Assim, usando a tecnologia à nossa disposição, inovando, podemos efectivamente controlar o destino da região Porto e da metade norte de Portugal (e já agora de Portugal). Não teríamos as desvantagens de uma organização formal, onde seria necessário consensualizar opiniões de vários elementos. A flexibilidade e facilidade seriam a marca distintiva. Deixo o desafio. Aguardo comentários.
PS: Como TAF dizia e bem, «O Porto começa a estar na moda», apenas é mais um sinal do fim da Neo-Colonização do Porto, exercida pelo Sistema de interesses político-económico-mediático de Lisboa. Finalmente a sociedade civíl desperta para a necessidade de defender os seus próprios interesses.
--
Nota de TAF: Já aqui e aqui me pronunciei sobre alguns aspectos que são referidos neste post. Mais tarde escreverei um novo comentário completando os anteriores.
De: Carlos Gilbert - "Ser «chique»..."
Eu já há estava à espera desta... pois de facto acho espantoso essa do "chique" para promover um evento que em si até poderia ser de grande interesse para o Porto: isto dos automóveis clássicos. Eu adoro tudo o que é clássico, desde a música, a literatura, a decoração, a arquitectura e, obivamente, os "aspectos técnicos": os combóios a vapor, os fabulosos veleiros antigos, os aviões de antigamente e... os automóveis, claro! E não entendo como é que a Câmara não tenta promover o Porto como uma espécie de "capital da técnica clássica" quando esta cidade foi durante décadas servida por tudo o que acima descrevo, e mais ainda!
Não é bonito pretender-se "ser chique"... mas sê-lo fica tremendamente bem a uma região!
C. Gilbert
- Teve dentro de si e à sua volta um fabuloso parque industrial de todo o tipo.
- Teve um transporte marítimo e fluvial com uma expressão que não será necessário descrever em pormenor.
- Tem um aeroporto que existe não digo desde o início da aviação, mas pelo menos há tempo que chegue para poder ser considerado dos mais antigos da Europa (e que pena foi a antiga aerogare não ter podido ser integrada no novo aeroporto para servir de museu! E que museu ali poderia ter sido feito...)
- A nível ferroviário, nem é preciso falar, temos uma das mais bonitas pontes de serviço ferroviário DO MUNDO e construída por um dos mais prestigiados engenheiros de todos os tempos!
- A nível automobilístico, também nem é preciso enumerar a importância que a nossa cidade teve em tempos, pois isso encontra-se documentado de forma suficiente.
- a) Fazer do Porto um ponto de referência para grandes regatas de barcos à vela, desde os pequenos ao grandes "tall ships" como a nossa Sagres. Obrigava à construção de uma marina adequada, o que seria relativamente fácil. Daria um fabuloso colorido à zona ribeirinha do Porto (e Gaia) que vimos por ocasião em que a regata "Cutty Sark" veio cá uma vez.
- b) Fazer sair da zona da Alfândega combóios puxados por antigas locomotivas a vapor que iriam pelo Douro acima, com tudo o que a nível turístico isto traria de benéfico. Até para a História do Vinho do Porto, negócio em queda acentuada como sabemos.
- c) Reactivar o "Circuito da Boavista" sim, mas dentro de uma estratégia de fazer do Porto algo como a "capital do automobilismo clássico" da península ibérica. Com um museu apropriado e ventos espalhados durante o ano. A hotelaria e a restauração esfregariam as mãos de contentes...
- d) Tentar com que a nível aeronáutico algo acontecesse. Se p.ex. a Lufthansa tem um antigo Ju 52 sediado em Berlim para vôos turísticos já viram o que seria se a nossa TAP promovesse vôos num DC-3 "Dakota" entre o Porto e Lisboa (e vice-versa) dentro de um "pacote turístico" apropriado? Com jantar e pernoita num hotel "belle epoque" e animação da época?
- e) Com isto tudo a funcionar, colocar o porto de Leixões nas rotas dos grandes cruzeiros - como já esteve - e fazer um "cross link" turístico com as actividades que atrás enumerei?
- f) Com a "Casa da Música" (mas já se poderia ter feito há muito com o Coliseu e o S. João...) festivais anuais de música e teatro!
Não é bonito pretender-se "ser chique"... mas sê-lo fica tremendamente bem a uma região!
C. Gilbert
De: Alexandre Burmester - "Demagogias..."
A propósito das "Demagogias", que li num escrito por aqui, passo a dar a minha versão, do que entendo por Demagogia:
Nota:
Ó Pedro isto não é muro de lamentações, mas sim de reclamações, por mau governo da cidade e por esta demagogia primária.
Eu não sou avestruz.
Alexandre Burmester
- Querer mostrar, esta Câmara, serviço à força no final de um mandato no qual não há obra que se apresente;
- Apresentar um projecto destinado à "população", ao "transporte colectivo", encapotado na forma de pagamento de promessas eleitorais impossíveis de cumprir;
- Iniciar obras logo após as eleições para que apanhe a todos distraídos, e com outros assuntos para tratar;
- Iniciar as obras de rompante, demolindo tudo num ápice, não dando tempo de contestação;
- Começar a obra de requalificação da avenida no local onde será menos implicativa para vir a conseguir maior apoio. Aqui a avenida é mais larga, a ausência de árvores é colmatada com a frente do Parque da cidade, e não terá implicações no trânsito;
- Em Coincidência vir o Pelouro do Ambiente após o derrube das 137 arvores, apresentar um estudo de reabilitação de árvores da cidade. Aliás o Partido Comunista, está muito calado, não dá opinião sobre este assunto, e o seu Vereador, que por acaso até é do Ambiente, parece que não lhe diz respeito;
- Andar a "vender" imagem de umas corridinhas pelas Associações desportivas, e por Espanha. Mas a cidade a sua imagem e os seus Ícones, não cabem na mala desta Presidência. (Basta seguir o exemplo que fez com o FCP);
- Introduzir uma suposta corrida histórica de automóveis, para atrair muita gente, num circuito que antigamente a ninguém incomodava, uma vez que por ali pouco existia, e onde hoje para além de um Parque Urbano, existem inúmeras zonas residenciais, e um eixo fundamental de ligação entre duas cidades. Existe algum estudo de Impacto Ambiental para as supostas corridas? Ou só porque é "giro e chique" que não valerá a pena fazê-lo?
Nota:
Ó Pedro isto não é muro de lamentações, mas sim de reclamações, por mau governo da cidade e por esta demagogia primária.
Eu não sou avestruz.
Alexandre Burmester
De: Carlos Gilbert - "Sinal menos..."
"... para Pres. da Metro do Porto..."
Amigos,
Não posso deixar de vir aqui transpor o que o "Público" hoje diz sobre os resultados da passagem do metro pela principal artéria comercial de Matosinhos. Digo desde já que o faço não com "espírito revanchista" ou "esfregando as mãos de contente"; não, faço-o só com um único objectivo: tentar provar o porquê da nossa defesa acérrima do ponto-de-vista de que em determinadas artérias citadinas o tipo de metro que temos simplesmente não traz bons resultados, e que é por isso que alguns de nós tanto nos temos batido por um tipo de eléctrico diferente (moderno mas mais ligeiro).
Diz o "Público" na rubrica "Sobe e Desce" do Local Porto sobre Oliveira Marques:
"Desce" : Esta semana os comerciantes da Baixa de Matosinhos perderam a paciência. É certo que a empresa Metro do Porto fez um trabalho meritório de requalificação e inserção urbana numa boa parte do percurso da Linha Azul ( sobretudo na Senhora da Hora), mas a zona de Brito Capelo (nada menos que o coração comercial matosinhense) parece ter ficado esquecida. Promessas que permanecem por cumprir há três anos, como a colocação de uma pala para cobrir a rua, fizeram que há dias os lojistas viessem à rua manifestar a sua indignação. E o caso não é para menos: o metro, em vez de contribuir para revitalizar a rua, foi um factor de definhamento do comércio local".
Talvez ao contrário do que alguns possam pensar, não rejubilo de forma alguma ao transcrever isto. Não, sinto pena. Porque há anos que me tenho debruçado como observador atento sobre a inserção deste transporte na área do Grande Porto, e ler isto não pode alegrar ninguém! Que me adianta eu poder dizer: "Vejam, razão têm aqueles que sempre disseram que o tipo de metro escolhido (o EuroTram) só serve para grandes espaços, onde possa conviver com o buliço do dia-a-dia, em vez de o afastar como é o caso!"; ou aqueles que dizem que o metro tal como o estamos a implantar em certos locais "é como uma VCI"? Vejo que há outros analistas, profissionalmente bem mais qualificados que grande parte de nós aqui, que já hoje vêm dar razão ao que temos vindo a apontar. É pena, mas sinto que não seja mal que não se possa remediar. Fazendo circular o EuroTram nas vias para os quais está talhado, e outro tipo de transporte público mais adequado nas artérias urbanas nos quais o nosso metro pura- e simplesmente não cabe. É que há um conceito que não poderemos nunca perder de vista: o metro não pode ser exclusivamente um meio de transporte de "n" pessoas de A para B, tem igualmente de se inserir de forma harmoniosa no espaço urbano que atravessa. E é disto basicamente que temos vindo a debater aqui até à exaustão.
Bom fim-de-semana!
Carlos Gilbert
Amigos,
Não posso deixar de vir aqui transpor o que o "Público" hoje diz sobre os resultados da passagem do metro pela principal artéria comercial de Matosinhos. Digo desde já que o faço não com "espírito revanchista" ou "esfregando as mãos de contente"; não, faço-o só com um único objectivo: tentar provar o porquê da nossa defesa acérrima do ponto-de-vista de que em determinadas artérias citadinas o tipo de metro que temos simplesmente não traz bons resultados, e que é por isso que alguns de nós tanto nos temos batido por um tipo de eléctrico diferente (moderno mas mais ligeiro).
Diz o "Público" na rubrica "Sobe e Desce" do Local Porto sobre Oliveira Marques:
"Desce" : Esta semana os comerciantes da Baixa de Matosinhos perderam a paciência. É certo que a empresa Metro do Porto fez um trabalho meritório de requalificação e inserção urbana numa boa parte do percurso da Linha Azul ( sobretudo na Senhora da Hora), mas a zona de Brito Capelo (nada menos que o coração comercial matosinhense) parece ter ficado esquecida. Promessas que permanecem por cumprir há três anos, como a colocação de uma pala para cobrir a rua, fizeram que há dias os lojistas viessem à rua manifestar a sua indignação. E o caso não é para menos: o metro, em vez de contribuir para revitalizar a rua, foi um factor de definhamento do comércio local".
Talvez ao contrário do que alguns possam pensar, não rejubilo de forma alguma ao transcrever isto. Não, sinto pena. Porque há anos que me tenho debruçado como observador atento sobre a inserção deste transporte na área do Grande Porto, e ler isto não pode alegrar ninguém! Que me adianta eu poder dizer: "Vejam, razão têm aqueles que sempre disseram que o tipo de metro escolhido (o EuroTram) só serve para grandes espaços, onde possa conviver com o buliço do dia-a-dia, em vez de o afastar como é o caso!"; ou aqueles que dizem que o metro tal como o estamos a implantar em certos locais "é como uma VCI"? Vejo que há outros analistas, profissionalmente bem mais qualificados que grande parte de nós aqui, que já hoje vêm dar razão ao que temos vindo a apontar. É pena, mas sinto que não seja mal que não se possa remediar. Fazendo circular o EuroTram nas vias para os quais está talhado, e outro tipo de transporte público mais adequado nas artérias urbanas nos quais o nosso metro pura- e simplesmente não cabe. É que há um conceito que não poderemos nunca perder de vista: o metro não pode ser exclusivamente um meio de transporte de "n" pessoas de A para B, tem igualmente de se inserir de forma harmoniosa no espaço urbano que atravessa. E é disto basicamente que temos vindo a debater aqui até à exaustão.
Bom fim-de-semana!
Carlos Gilbert
2005/02/25
De: Carlos Gilbert - "Blogue..."
"... ou Associação Cívica?"
Amigos,
Este assunto tem-me andado às voltas na cabeça e, apesar de já ter feito uma resposta sobre este assunto, volto ao mesmo pois sinto que não ficou tudo dito. E aviso desde já que vou emitir opiniões que poderão ser um tanto polémicas, mas não vou esconder os factos.
Referi-me já em resposta anterior ao que J. Pacheco Pereira escreveu na sua última crónica no "Público" sobre a realidade interna no seu partido, o PSD como é sabido. Diz este reputado intelectual que o grande problema é as pessoas que actualmente "mandam" no partido são indivíduos sem "curriculum" e, pior que isso, sem credibilidade na sociedade. Exceptua nomes como a a Drª Manuela Ferreira Leite, o Prof. Marcelo R. de Sousa, o Dr. Rui Rio (aqui tenho dúvidas, mas enfim), o Prof. Cavaco Silva, entre outros. E diz que o partido nunca se conseguirá recompor, sem pessoas com competência mas também com "credibilidade na sociedade" assumirem os destinos do mesmo.
É o que acontece de igual forma com as ditas "Associações Cívicas". Quem nas mesmas compõe a "direcção", ou chamemos-lhe o que quisermos, necessita de ser reconhecido não só pelo seu valor mas também pela "imagem" que transmite cá para fora. Ao passo que aqui no blogue só conta o que escrevemos. Aqui ninguém sabe se eu uso cabelo bem penteado e unhas bem cortadas, se mudo de camisa todos os dias e quais as minhas maneiras à mesa... o que conta - se contar - é o que escrevo e Vocês lêem. Agora, se me virem "ao vivo" numa Tertúlia ou, pior ainda, numa "Associação Cívica", aí já conta o meu porte, o meu falar, a minha maneira de compor as frases e de reagir a opiniões contrárias. E sem tempo para corrigir frases! Ao passo que aqui tenho todo o tempo para ler e reler o que escrevi antes de carregar no botão "enviar"... a minha "credibilidade" assenta em bases completamente diferentes num ou noutro "locais" (em aspas, pois este aqui não é propriamente um local...). Por isso aceito de bom grado o conceito de que os blogues são o que em inglês se chama de "wallpaper", onde por vezes surgem conceitos que fazem escola... Aqui não há doutores nem engenheiros, há o fulano e o sicrano, e só poucos saberão a real ocupação de quem escreve e o seu "background" educacional. O que conta é só uma coisa: o que fica escrito! E depois, é como os melões...
Sobre o conceito que também foi escrito àcerca de um "braço" que a referida Associação (teórica) deveria ter para obrigar o Poder Político a tomar as decisões que melhor servem os eleitores, só tenho a dizer que tal é inexequível. A não ser que a Lei consagre uma espécie de "Senado", de consulta prévia obrigatória, e nós nos podermos candidatar a "Senadores"... mas aí voltamos aos "lobbies" e coisas do género, que é precisamente o que aqui não temos (e dispensamos...).
Carlos Gilbert
PS: Um esclarecimento só. Se acima digo que tenho dúvidas da "credibilidade na sociedade" do Dr. Rui Rio, é obviamente no sentido político do termo. Que não haja confusões. Uma coisa é o homem, outra o político.
Amigos,
Este assunto tem-me andado às voltas na cabeça e, apesar de já ter feito uma resposta sobre este assunto, volto ao mesmo pois sinto que não ficou tudo dito. E aviso desde já que vou emitir opiniões que poderão ser um tanto polémicas, mas não vou esconder os factos.
Referi-me já em resposta anterior ao que J. Pacheco Pereira escreveu na sua última crónica no "Público" sobre a realidade interna no seu partido, o PSD como é sabido. Diz este reputado intelectual que o grande problema é as pessoas que actualmente "mandam" no partido são indivíduos sem "curriculum" e, pior que isso, sem credibilidade na sociedade. Exceptua nomes como a a Drª Manuela Ferreira Leite, o Prof. Marcelo R. de Sousa, o Dr. Rui Rio (aqui tenho dúvidas, mas enfim), o Prof. Cavaco Silva, entre outros. E diz que o partido nunca se conseguirá recompor, sem pessoas com competência mas também com "credibilidade na sociedade" assumirem os destinos do mesmo.
É o que acontece de igual forma com as ditas "Associações Cívicas". Quem nas mesmas compõe a "direcção", ou chamemos-lhe o que quisermos, necessita de ser reconhecido não só pelo seu valor mas também pela "imagem" que transmite cá para fora. Ao passo que aqui no blogue só conta o que escrevemos. Aqui ninguém sabe se eu uso cabelo bem penteado e unhas bem cortadas, se mudo de camisa todos os dias e quais as minhas maneiras à mesa... o que conta - se contar - é o que escrevo e Vocês lêem. Agora, se me virem "ao vivo" numa Tertúlia ou, pior ainda, numa "Associação Cívica", aí já conta o meu porte, o meu falar, a minha maneira de compor as frases e de reagir a opiniões contrárias. E sem tempo para corrigir frases! Ao passo que aqui tenho todo o tempo para ler e reler o que escrevi antes de carregar no botão "enviar"... a minha "credibilidade" assenta em bases completamente diferentes num ou noutro "locais" (em aspas, pois este aqui não é propriamente um local...). Por isso aceito de bom grado o conceito de que os blogues são o que em inglês se chama de "wallpaper", onde por vezes surgem conceitos que fazem escola... Aqui não há doutores nem engenheiros, há o fulano e o sicrano, e só poucos saberão a real ocupação de quem escreve e o seu "background" educacional. O que conta é só uma coisa: o que fica escrito! E depois, é como os melões...
Sobre o conceito que também foi escrito àcerca de um "braço" que a referida Associação (teórica) deveria ter para obrigar o Poder Político a tomar as decisões que melhor servem os eleitores, só tenho a dizer que tal é inexequível. A não ser que a Lei consagre uma espécie de "Senado", de consulta prévia obrigatória, e nós nos podermos candidatar a "Senadores"... mas aí voltamos aos "lobbies" e coisas do género, que é precisamente o que aqui não temos (e dispensamos...).
Carlos Gilbert
PS: Um esclarecimento só. Se acima digo que tenho dúvidas da "credibilidade na sociedade" do Dr. Rui Rio, é obviamente no sentido político do termo. Que não haja confusões. Uma coisa é o homem, outra o político.
De: Fernando Pereira - "Proposta..."
Apesar de participar há pouco tempo no blog com contributos, tenho acompanhado a evolução e, apesar de repetir algo que já foi dito várias vezes, quero também dar uma palavra de admiração e reconhecimento pela iniciativa e esforço do Tiago Azevedo Fernandes, pel’A Baixa do Porto.
De maneira a manter o espírito que me parece estar na origem deste projecto quero manifestar total apoio à proposta de Jorge Mayer de apostar em reforçar a intervenção com a realização de tertúlias.
Juntaríamos assim a visibilidade pública ao esforço de debate que já se verifica neste espaço virtual.
A melhoria global da vida de todos depende fundamentalmente destes pequenos/grandes passos.
Espero que a ideia ganhe apoio e seja uma realidade, e se não evitar erros passados, que sirva para prevenir repetições futuras...
Fernando Miguel Pereira
Economista
De maneira a manter o espírito que me parece estar na origem deste projecto quero manifestar total apoio à proposta de Jorge Mayer de apostar em reforçar a intervenção com a realização de tertúlias.
Juntaríamos assim a visibilidade pública ao esforço de debate que já se verifica neste espaço virtual.
A melhoria global da vida de todos depende fundamentalmente destes pequenos/grandes passos.
Espero que a ideia ganhe apoio e seja uma realidade, e se não evitar erros passados, que sirva para prevenir repetições futuras...
Fernando Miguel Pereira
Economista
De: Lino Cabral - "Sobre as árvores:"
- As árvores não tem só valor económico. As Árvores não são objectos.
- As árvores são conciliáveis com o metro ou outro.
- Diz-me como tratas as árvores, dir-te-ei quem és.
- É um projecto de engenharia não é um projecto de mobilidade
- É um projecto que acrescenta o Metro e mantem tudo na mesma, logo pior.
- É um projecto que tem pés e cabeça, só que ninguém sabe onde estão.
- É um projecto tipo: agora fazemos isto, o resto logo se verá.
De: Carlos Gilbert - "Autocarros..."
"... na Boavista a prazo??"
"Nota de TAF: Não compreendo como será possível eliminar os autocarros da Avenida da Boavista com o Metro. O Metro apenas serve directamente a própria avenida, mas os autocarros fazem a "entrega porta-a-porta" numa zona muito mais vasta e não podem evitar utilizar a própria avenida para circular também. Basta consultar o mapa disponibilizado pela STCP. Contudo, se aparecer alguma solução viável, estou pronto para mudar de opinião. ;-)"
É exactamente isto que eu não entendo, como é que pessoas inteligentes vêm defender que o Metro (na Avenida) irá substituir o autocarro! Mesmo sem consultar o referido mapa todos nós sabemos (saberemos??) que a grande maioria dos autocarros percorrem só parte da avenida no seu trajecto de (e para) locais como os conjuntos habitacionais da zona da Marechal Gomes da Costa, a Foz, Pereiró, Aldoar, etc.
Se houvesse um corredor central para (até ver) se fazerem circular autocarros nos percursos:
E se houvesse autocarros com boa frequência nocturna nestas linhas nas noites de sexta e sábado (aí até às três da manhã), mesmo que cobrassem uma taxa extra, também seria um sucesso (em detrimento dos taxistas que fazem um dinheirão com os jovens que vão aos restaurantes e às discotecas).
"Nota de TAF: Não compreendo como será possível eliminar os autocarros da Avenida da Boavista com o Metro. O Metro apenas serve directamente a própria avenida, mas os autocarros fazem a "entrega porta-a-porta" numa zona muito mais vasta e não podem evitar utilizar a própria avenida para circular também. Basta consultar o mapa disponibilizado pela STCP. Contudo, se aparecer alguma solução viável, estou pronto para mudar de opinião. ;-)"
É exactamente isto que eu não entendo, como é que pessoas inteligentes vêm defender que o Metro (na Avenida) irá substituir o autocarro! Mesmo sem consultar o referido mapa todos nós sabemos (saberemos??) que a grande maioria dos autocarros percorrem só parte da avenida no seu trajecto de (e para) locais como os conjuntos habitacionais da zona da Marechal Gomes da Costa, a Foz, Pereiró, Aldoar, etc.
Se houvesse um corredor central para (até ver) se fazerem circular autocarros nos percursos:
- Matosinhos-Sul/Castelo do Queijo/Avenida da Boavista/Rotunda e volta
- Rotunda/Avenida da Boavista/Castelo do Queijo/Castelo da Foz/Passeio Alegre e volta
E se houvesse autocarros com boa frequência nocturna nestas linhas nas noites de sexta e sábado (aí até às três da manhã), mesmo que cobrassem uma taxa extra, também seria um sucesso (em detrimento dos taxistas que fazem um dinheirão com os jovens que vão aos restaurantes e às discotecas).
De: F. Rocha Antunes - "A Lei do Funil"
Meus Caros,
Uma das características mais importantes de um Estado de Direito é o respeito pela Lei. Definem-se as regras colectivas, e regulam-se os interesses naturais de forma a criar uma harmonia colectiva.
Tal como se aprende na gestão, há comportamentos formais e comportamentos informais. Cada um deles tem a sua importância. O que não pode acontecer é que a regra seja a dos comportamentos informais e a excepção a dos comportamentos formais. Aí os sistemas, sejam eles quais forem, entram em rotura. E produzem enormes dificuldades a todos os agentes.
Há uma Lei, não escrita mas omnipresente, que importa combater: A Lei do Funil.
Essa Lei, talvez a mais utilizada em Portugal, diz o seguinte:
“Há sempre dois grupos de destinatários da Lei, o primeiro somos Nós e o segundo são os Outros. Embora as leis gerais se apliquem a todos, quando se chega à interpretação em concreto, Nós temos direito a uma interpretação tão lata quanto formos capazes de imaginar, e os Outros têm a interpretação tão restrita quanto for possível. Daí que, perante a mesma situação, se considere que, conforme se trate de aplicar a Lei a Nós ou aos Outros, se utilize a parte mais larga do funil ou a mais estreita.”
Vou exemplificar.
Primeiro, o caso das regras de impermeabilização dos solos. Quem quiser fazer qualquer projecto na cidade do Porto tem, por razões de preservação da qualidade do ambiente, de respeitar níveis máximos de impermeabilização dos solos. Até aqui tudo bem. Agora, aplicando a Lei do Funil, temos: se for um equipamento do Estado, por causa da dispensa de aprovação camarária das respectivas edificações, já pode ocupar o terreno todo. Se for um promotor imobiliário, já tem direito a ver o seu projecto reprovado por não cumprir, nem que seja em 3%, esses mesmos limites. É o caso, exemplar, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Quem conhece o terreno que havia e lá for agora, pode constatar que o nível de impermeabilização dos solos não foi respeitado. É claro que me podem dizer que a Lei foi cumprida, tal é o número de excepções que sempre existem. Agora, que as águas da chuva não sabem que o que as impede de escoar é o local de estudo das Letras da Universidade, não sabem.
Segundo exemplo. O novo PDM classifica a Avenida da Boavista, na Planta que hierarquiza a rede rodoviária, como “um Eixo Urbano Estruturante e de Articulação Intermunicipal, que tem como função principal estabelecer a ligação entre os principais sectores da cidade, e desses à rede nacional que estrutura o território metropolitano e regional, segundo uma lógica de concentração de fluxos e de grande eficácia de desempenho, com recurso a tecnologias avançadas de apoio à gestão do congestionamento”. Para aí se fazerem as obras do Metro, ainda não se aplica? Ou a Câmara e o Metro não têm, elas próprias de respeitar o novo PDM? Esta situação passa a ser ainda mais grave quando o mesmo PDM já está a ser utilizado para chumbar projectos que já tinham começado a ser aprovados antes do mesmo estar concluído.
O que não se pode é manter a utilização da Lei do Funil. A igualdade perante a Lei tem de ser um objectivo comum de todos os cidadãos. E as excepções têm obrigatoriamente de ser explicadas. A todos, não apenas a quem circula nos gabinetes. Esta é uma das razões que leva à desconfiança nos políticos.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Uma das características mais importantes de um Estado de Direito é o respeito pela Lei. Definem-se as regras colectivas, e regulam-se os interesses naturais de forma a criar uma harmonia colectiva.
Tal como se aprende na gestão, há comportamentos formais e comportamentos informais. Cada um deles tem a sua importância. O que não pode acontecer é que a regra seja a dos comportamentos informais e a excepção a dos comportamentos formais. Aí os sistemas, sejam eles quais forem, entram em rotura. E produzem enormes dificuldades a todos os agentes.
Há uma Lei, não escrita mas omnipresente, que importa combater: A Lei do Funil.
Essa Lei, talvez a mais utilizada em Portugal, diz o seguinte:
“Há sempre dois grupos de destinatários da Lei, o primeiro somos Nós e o segundo são os Outros. Embora as leis gerais se apliquem a todos, quando se chega à interpretação em concreto, Nós temos direito a uma interpretação tão lata quanto formos capazes de imaginar, e os Outros têm a interpretação tão restrita quanto for possível. Daí que, perante a mesma situação, se considere que, conforme se trate de aplicar a Lei a Nós ou aos Outros, se utilize a parte mais larga do funil ou a mais estreita.”
Vou exemplificar.
Primeiro, o caso das regras de impermeabilização dos solos. Quem quiser fazer qualquer projecto na cidade do Porto tem, por razões de preservação da qualidade do ambiente, de respeitar níveis máximos de impermeabilização dos solos. Até aqui tudo bem. Agora, aplicando a Lei do Funil, temos: se for um equipamento do Estado, por causa da dispensa de aprovação camarária das respectivas edificações, já pode ocupar o terreno todo. Se for um promotor imobiliário, já tem direito a ver o seu projecto reprovado por não cumprir, nem que seja em 3%, esses mesmos limites. É o caso, exemplar, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Quem conhece o terreno que havia e lá for agora, pode constatar que o nível de impermeabilização dos solos não foi respeitado. É claro que me podem dizer que a Lei foi cumprida, tal é o número de excepções que sempre existem. Agora, que as águas da chuva não sabem que o que as impede de escoar é o local de estudo das Letras da Universidade, não sabem.
Segundo exemplo. O novo PDM classifica a Avenida da Boavista, na Planta que hierarquiza a rede rodoviária, como “um Eixo Urbano Estruturante e de Articulação Intermunicipal, que tem como função principal estabelecer a ligação entre os principais sectores da cidade, e desses à rede nacional que estrutura o território metropolitano e regional, segundo uma lógica de concentração de fluxos e de grande eficácia de desempenho, com recurso a tecnologias avançadas de apoio à gestão do congestionamento”. Para aí se fazerem as obras do Metro, ainda não se aplica? Ou a Câmara e o Metro não têm, elas próprias de respeitar o novo PDM? Esta situação passa a ser ainda mais grave quando o mesmo PDM já está a ser utilizado para chumbar projectos que já tinham começado a ser aprovados antes do mesmo estar concluído.
O que não se pode é manter a utilização da Lei do Funil. A igualdade perante a Lei tem de ser um objectivo comum de todos os cidadãos. E as excepções têm obrigatoriamente de ser explicadas. A todos, não apenas a quem circula nos gabinetes. Esta é uma das razões que leva à desconfiança nos políticos.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: F. Rocha Antunes - "O Jornal de Parede"
Meus Caros,
Eu, ao contrário do Pedro Aroso, acho que este blogue não tem sido local de desânimo e muro de lamentações. Desânimo é mesmo o que não tem havido, uma vez que são muitas as participações interessadas, que é o contrário de desânimo. Lamentações há algumas, mas porque se lamenta a falta de razões para celebrar, não que não se goste de celebrar. Basta reler alguns posts que aqui apareceram desde Janeiro para ver que há muitas coisas positivas que têm aparecido. Não têm é aparecido muitas do lado donde se esperava, mas isso já nos ultrapassa a todos.
Acho que, mais do que um muro de lamentações, a Baixa do Porto tem sido uma versão moderna de um Jornal de Parede.
Eu vou continuar a participar activamente da mesma maneira que sempre fiz, sem alinhar em movimentos de qualquer espécie e reivindicando o meu direito individual de cidadão com direito a opinião.
Ontem participei num “workshop” em Aveiro sobre Zonas Industriais de Nova Geração e fiquei impressionado com a capacidade de uma associação de municípios, a AMRia, e de uma associação empresarial, a AIDA, se aliarem com a Universidade de Aveiro para definirem os parâmetros de instalação de novas zonas industriais, como forma de revitalização do tecido económico da região. Com o olhar interessado quer da CCDR Centro quer do IAPMEI. A sala esteve cheia e as comunicações tiveram um nível de qualidade e de objectividade invulgar. Foi inclusivamente apresentado um caso de sucesso de um projecto no País Basco, com uma comunicação da responsável desse projecto.
Fiquei com a sensação que na parte sul da região do Grande Porto as coisas estão a ser feitas com sentido estratégico.
Como se aprende na gestão, quem está fora da linha da frente esforça-se mais. O clássico “We try harder”
Recordo aqui uma das ideias mais fortes da Porto 2001, as pontes que devemos criar para ganhar o futuro. E precisamos de criar muitas pontes, de todo o tipo, e acabar com o excesso de atitude paroquial que nos tem caracterizado.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Eu, ao contrário do Pedro Aroso, acho que este blogue não tem sido local de desânimo e muro de lamentações. Desânimo é mesmo o que não tem havido, uma vez que são muitas as participações interessadas, que é o contrário de desânimo. Lamentações há algumas, mas porque se lamenta a falta de razões para celebrar, não que não se goste de celebrar. Basta reler alguns posts que aqui apareceram desde Janeiro para ver que há muitas coisas positivas que têm aparecido. Não têm é aparecido muitas do lado donde se esperava, mas isso já nos ultrapassa a todos.
Acho que, mais do que um muro de lamentações, a Baixa do Porto tem sido uma versão moderna de um Jornal de Parede.
Eu vou continuar a participar activamente da mesma maneira que sempre fiz, sem alinhar em movimentos de qualquer espécie e reivindicando o meu direito individual de cidadão com direito a opinião.
Ontem participei num “workshop” em Aveiro sobre Zonas Industriais de Nova Geração e fiquei impressionado com a capacidade de uma associação de municípios, a AMRia, e de uma associação empresarial, a AIDA, se aliarem com a Universidade de Aveiro para definirem os parâmetros de instalação de novas zonas industriais, como forma de revitalização do tecido económico da região. Com o olhar interessado quer da CCDR Centro quer do IAPMEI. A sala esteve cheia e as comunicações tiveram um nível de qualidade e de objectividade invulgar. Foi inclusivamente apresentado um caso de sucesso de um projecto no País Basco, com uma comunicação da responsável desse projecto.
Fiquei com a sensação que na parte sul da região do Grande Porto as coisas estão a ser feitas com sentido estratégico.
Como se aprende na gestão, quem está fora da linha da frente esforça-se mais. O clássico “We try harder”
Recordo aqui uma das ideias mais fortes da Porto 2001, as pontes que devemos criar para ganhar o futuro. E precisamos de criar muitas pontes, de todo o tipo, e acabar com o excesso de atitude paroquial que nos tem caracterizado.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: António Lopes Dias - "Avenida..."
"... da Boavista, "dia da árvore" e meio de transporte colectivo"
Caros intervenientes no Blog! Três pequenas notas:
A 1ª para responder cordialmente a TAF, dizendo que o seu "Em resumo" me parece um conjunto (respeitável, embora) de simples afirmações ou opiniões, tão válidas como as contrárias. A falta de planeamento da rede do Metro de superfície é o seu (da Metro) "pecado original", como bem escreveu o Arquitecto Correia Fernandes, mas isso não deve impedir que agora se pense a médio e longo prazo. É ou não importante uma linha de metro Nascente-Poente, na área metropolitana do Porto? Penso que sim, que esse eixo será fundamental para uma maior mobilidade dos cidadãos, e para o futuro alargamento integrado da rede de transporte colectivo.
Depois, a instalação do Metro na Avenida retirará da mesma, obviamente, os autocarros; estes farão apenas o interface com o metro. Seria absurdo duplicar transportes colectivos, subindo e descendo a Avenida...
A 2ª nota vai para o Arquitecto A. Burmester. E é uma nota pessoal negativa (pese embora a consideração que me merece), e vale o que vale. É que me parece pura demagogia utilizar como bandeira o abate das árvores existentes, quando se sabe que as mesmas serão substituídas, vantajosamente, por outras. Digo vantajosamente porque as novas serão colocadas nos passeios, de forma a dar sombra aos peões, enquanto as actuais só dão sombra aos automóveis que estacionam na placa central... Quer melhor VCI do que esta?
Depois, a nova ordenação do trânsito não é assim uma engenharia tão arrevezada, porque não basta mostrar os esquemas: é preciso "fazer a legenda". E isso está explicado no "sítio" de onde saíram as fotos...
Eu não gosto é do actual caos do trânsito na Avenida e suas adjacências. A propósito: já passou às horas de ponta junto do Colégio do Rosário? E o percurso (linha 19) do Castelo do Queijo à Rotunda da Boavista? Uma autêntica gincana de cerca de 30 minutos! Verdadeira qualidade de vida que, na sua perspectiva, todos iremos perder...
A 3ª e última nota, para dar a minha total concordância ao escrito de Fernando M. Pereira, e afirmar que não me importo nada de substituir a palavra metro por "meio de transporte colectivo", como propõe António Moreira. Saudações do
António Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
--
Nota de TAF: Não compreendo como será possível eliminar os autocarros da Avenida da Boavista com o Metro. O Metro apenas serve directamente a própria avenida, mas os autocarros fazem a "entrega porta-a-porta" numa zona muito mais vasta e não podem evitar utilizar a própria avenida para circular também. Basta consultar o mapa disponibilizado pela STCP. Contudo, se aparecer alguma solução viável, estou pronto para mudar de opinião. ;-)
Caros intervenientes no Blog! Três pequenas notas:
A 1ª para responder cordialmente a TAF, dizendo que o seu "Em resumo" me parece um conjunto (respeitável, embora) de simples afirmações ou opiniões, tão válidas como as contrárias. A falta de planeamento da rede do Metro de superfície é o seu (da Metro) "pecado original", como bem escreveu o Arquitecto Correia Fernandes, mas isso não deve impedir que agora se pense a médio e longo prazo. É ou não importante uma linha de metro Nascente-Poente, na área metropolitana do Porto? Penso que sim, que esse eixo será fundamental para uma maior mobilidade dos cidadãos, e para o futuro alargamento integrado da rede de transporte colectivo.
Depois, a instalação do Metro na Avenida retirará da mesma, obviamente, os autocarros; estes farão apenas o interface com o metro. Seria absurdo duplicar transportes colectivos, subindo e descendo a Avenida...
A 2ª nota vai para o Arquitecto A. Burmester. E é uma nota pessoal negativa (pese embora a consideração que me merece), e vale o que vale. É que me parece pura demagogia utilizar como bandeira o abate das árvores existentes, quando se sabe que as mesmas serão substituídas, vantajosamente, por outras. Digo vantajosamente porque as novas serão colocadas nos passeios, de forma a dar sombra aos peões, enquanto as actuais só dão sombra aos automóveis que estacionam na placa central... Quer melhor VCI do que esta?
Depois, a nova ordenação do trânsito não é assim uma engenharia tão arrevezada, porque não basta mostrar os esquemas: é preciso "fazer a legenda". E isso está explicado no "sítio" de onde saíram as fotos...
Eu não gosto é do actual caos do trânsito na Avenida e suas adjacências. A propósito: já passou às horas de ponta junto do Colégio do Rosário? E o percurso (linha 19) do Castelo do Queijo à Rotunda da Boavista? Uma autêntica gincana de cerca de 30 minutos! Verdadeira qualidade de vida que, na sua perspectiva, todos iremos perder...
A 3ª e última nota, para dar a minha total concordância ao escrito de Fernando M. Pereira, e afirmar que não me importo nada de substituir a palavra metro por "meio de transporte colectivo", como propõe António Moreira. Saudações do
António Lopes Dias
amvldias@hotmail.com
--
Nota de TAF: Não compreendo como será possível eliminar os autocarros da Avenida da Boavista com o Metro. O Metro apenas serve directamente a própria avenida, mas os autocarros fazem a "entrega porta-a-porta" numa zona muito mais vasta e não podem evitar utilizar a própria avenida para circular também. Basta consultar o mapa disponibilizado pela STCP. Contudo, se aparecer alguma solução viável, estou pronto para mudar de opinião. ;-)
De: António Moreira - "Dia da Árvore"
Obrigado ao Sr. Alexandre Burmester por continuar a ilustrar a "requalificação" Tive ontem a oportunidade de ir ver com os meus olhos. Fantástico !!!!
Apenas umas seis árvores restavam ainda de pé, no troço em "requalificação". Ao fim do dia por certo a "obra" estava concluída, ou seja:
Entre o Castelo do Queijo e a entrada nascente do Parque da Cidade, foram derrubadas todas as árvores do corredor central !!!!!
Os principais obstáculos que se levantavam às "corridinhas do Sr. presidente" foram derrubados em 4 dias, fantástico !!!!!
As "Associações Ambientalistas" mantém uma posição de absoluta discrição, fantástico !!!!
Querem apostar que pouco mais iremos ouvir falar, por parte da CMP e da Empresa do Metro, sobre a linha da Boavista, no decorrer deste mandato autárquico?
Querem apostar que, caso a discussão continue, a sua posição vai ser muito mais flexível e de "procura de consensos"?
Abaixo Assinado:
Apesar de não concordar a 100% com o texto, e de descrer absolutamente na eficácia (penso até que poderá ter o efeito contrário, ou seja, demonstrar que, apenas um punhado dos tais "profissionais do contra" se opõe ao projecto) fui, anteontem, assinar o abaixo-assinado, na loja "Kilo Americano" em Antunes Guimarães. Após as duas assinaturas iniciais (suponho que das proprietárias da loja) a minha assinatura ficou em terceiro lugar. Não creio que a lista cresça muito mais :-(
Quanto às "movimentações para a liderança do PSD" a que se refere a breve referência, feita pelo Sr. Tiago Fernandes,
Apenas isto
Triste país
Um abraço
António Moreira
Apenas umas seis árvores restavam ainda de pé, no troço em "requalificação". Ao fim do dia por certo a "obra" estava concluída, ou seja:
Entre o Castelo do Queijo e a entrada nascente do Parque da Cidade, foram derrubadas todas as árvores do corredor central !!!!!
Os principais obstáculos que se levantavam às "corridinhas do Sr. presidente" foram derrubados em 4 dias, fantástico !!!!!
As "Associações Ambientalistas" mantém uma posição de absoluta discrição, fantástico !!!!
Querem apostar que pouco mais iremos ouvir falar, por parte da CMP e da Empresa do Metro, sobre a linha da Boavista, no decorrer deste mandato autárquico?
Querem apostar que, caso a discussão continue, a sua posição vai ser muito mais flexível e de "procura de consensos"?
Abaixo Assinado:
Apesar de não concordar a 100% com o texto, e de descrer absolutamente na eficácia (penso até que poderá ter o efeito contrário, ou seja, demonstrar que, apenas um punhado dos tais "profissionais do contra" se opõe ao projecto) fui, anteontem, assinar o abaixo-assinado, na loja "Kilo Americano" em Antunes Guimarães. Após as duas assinaturas iniciais (suponho que das proprietárias da loja) a minha assinatura ficou em terceiro lugar. Não creio que a lista cresça muito mais :-(
Quanto às "movimentações para a liderança do PSD" a que se refere a breve referência, feita pelo Sr. Tiago Fernandes,
Apenas isto
Triste país
Um abraço
António Moreira
De: Pedro Aroso - "O Muro das Lamentações"
Como já devem ter reparado, nas últimas semanas tenho participado muito pouco neste blog...
A explicação é simples: estou cansado de tanto pessimismo e desânimo!
Apesar do Tiago Azevedo Fernandes ter a preocupação de também divulgar as iniciativas e factos positivos que a nossa cidade vai registando, este espaço parece estar a transformar-se num site de carpideiras...
Está na altura de mudarmos de atitude!
Pedro Aroso
A explicação é simples: estou cansado de tanto pessimismo e desânimo!
Apesar do Tiago Azevedo Fernandes ter a preocupação de também divulgar as iniciativas e factos positivos que a nossa cidade vai registando, este espaço parece estar a transformar-se num site de carpideiras...
Está na altura de mudarmos de atitude!
Pedro Aroso
De: Jorge Mayer - "Proposta..."
"... de modelo de acção"
Depois de ler os outros posts e de olhar para os modelos de acção, suas vantagens e desvantagens, e para a importância que estes espaços de discussão poderão ter para uma melhor cidade, tenho a ousadia de apresentar uma proposta. Os fundamentos são:
Com ousadia, Jorge Mayer jorge.mayer@netcabo.pt
Depois de ler os outros posts e de olhar para os modelos de acção, suas vantagens e desvantagens, e para a importância que estes espaços de discussão poderão ter para uma melhor cidade, tenho a ousadia de apresentar uma proposta. Os fundamentos são:
- Manter e aumentar a enorme diversidade de opiniões e não reduzi-las,
- Abrir cada vez mais à cidade o debate crítico e fundamentado sobre ela,
- Não reduzir a liberdade de orientação do movimento através duma política e de uns representantes,
- Agir em tempo útil quando se antevêem situações e decisões infundamentadas em termos técnicos e económicos, que vão contra o bom senso.
Com ousadia, Jorge Mayer jorge.mayer@netcabo.pt
De: TAF - "À sexta"
- Túnel de Ceuta
- "Santo António" ameaça embargar solução para o Túnel de Ceuta
- Transplante de 80 tílias da Boavista para outros locais - ao menos isso...
- Porto supera expectativas da Air-Berlim
- Air Berlin aposta na localização "estratégica" do aeroporto do Porto
- Ryanair já transportou 20 mil passageiros
- Máquina arrasa casas da velha Ilha da Caçoila
- Ilha do Caçoila desapareceu depois de um longo processo de negociações
- Marques da Silva: Um "Mestre" da cidade
- Histórias da Rua da Restauração através de exposição fotográfica
- Rui Rio e Luís Figo promovem Grande Prémio do Porto
- Porto foi a cidade mais beneficiada em acessos devido ao Euro´2004
- Duas décadas não chegaram para o Instituto Politécnico do Porto "se afirmar"
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Um breve comentário para meditação no fim de semana: nos últimos dias tenho ficado com a sensação de que, pouco a pouco, o Porto começa a estar na moda! Tem havido vários pequenos sinais de que já nem me recordo bem. Saliento contudo o esforço do Expresso em crescer a Norte (edição gratuita há dias, novos colunistas), o debate ontem à noite da SIC Notícias no Palácio da Bolsa (com Belmiro de Azevedo, Artur Santos Silva, Manuel Ferreira de Oliveira, Ludgero Marques e Daniel Bessa), algumas movimentações para a liderança do PSD, a Ryanair e a Air Berlin em Pedras Rubras, etc., etc. Será?
- "Santo António" ameaça embargar solução para o Túnel de Ceuta
- Transplante de 80 tílias da Boavista para outros locais - ao menos isso...
- Porto supera expectativas da Air-Berlim
- Air Berlin aposta na localização "estratégica" do aeroporto do Porto
- Ryanair já transportou 20 mil passageiros
- Máquina arrasa casas da velha Ilha da Caçoila
- Ilha do Caçoila desapareceu depois de um longo processo de negociações
- Marques da Silva: Um "Mestre" da cidade
- Histórias da Rua da Restauração através de exposição fotográfica
- Rui Rio e Luís Figo promovem Grande Prémio do Porto
- Porto foi a cidade mais beneficiada em acessos devido ao Euro´2004
- Duas décadas não chegaram para o Instituto Politécnico do Porto "se afirmar"
--
Um breve comentário para meditação no fim de semana: nos últimos dias tenho ficado com a sensação de que, pouco a pouco, o Porto começa a estar na moda! Tem havido vários pequenos sinais de que já nem me recordo bem. Saliento contudo o esforço do Expresso em crescer a Norte (edição gratuita há dias, novos colunistas), o debate ontem à noite da SIC Notícias no Palácio da Bolsa (com Belmiro de Azevedo, Artur Santos Silva, Manuel Ferreira de Oliveira, Ludgero Marques e Daniel Bessa), algumas movimentações para a liderança do PSD, a Ryanair e a Air Berlin em Pedras Rubras, etc., etc. Será?
2005/02/24
De: Alexandre Burmester - " Engenharias à solta"
E porque uma imagem vale mais do que muitas palavras, aqui seguem algumas, com as soluções do Metro para os cruzamentos da Boavista.
Experimente-se seguir os trajectos a fazer pelos veículos ligeiros e pelos Autocarros, no interior das zonas residenciais, em particular no Liceu Garcia de Orta, Colégio do Rosário, Gomes da Costa, etc...
Cruzamentos:
António Aroso / Garcia de Orta
Fonte da Moura
Gomes da Costa
Pinheiro Manso
Bessa
Engenharias à solta pela cidade....
Alexandre Burmester
Experimente-se seguir os trajectos a fazer pelos veículos ligeiros e pelos Autocarros, no interior das zonas residenciais, em particular no Liceu Garcia de Orta, Colégio do Rosário, Gomes da Costa, etc...
Cruzamentos:
António Aroso / Garcia de Orta
Fonte da Moura
Gomes da Costa
Pinheiro Manso
Bessa
Engenharias à solta pela cidade....
Alexandre Burmester
De: Alexandre Burmester - "Dia da Árvore 2"
E da construção da VCI
Nota:
É importante que se assine o Abaixo-assinado, e que não se espere que os outros o façam por nós.
Na dificuladade de o fazerem sugiro que transcrevam o texto que se encontra aqui transcrito, acrescentem por baixo o nome, numero de BI, data de emissão e arquivo de identificação.
Juntem mais assinaturas, e o entreguem nos locais assinalados para recolha.
Muitos pareceremos mais...
Alexandre Burmester
Nota:
É importante que se assine o Abaixo-assinado, e que não se espere que os outros o façam por nós.
Na dificuladade de o fazerem sugiro que transcrevam o texto que se encontra aqui transcrito, acrescentem por baixo o nome, numero de BI, data de emissão e arquivo de identificação.
Juntem mais assinaturas, e o entreguem nos locais assinalados para recolha.
Muitos pareceremos mais...
Alexandre Burmester
De: António Moreira - "A participação cívica"
Pedindo desculpas por ter, eventualmente, tornado a levantar questões que terão, em devido tempo, sido encerradas, não era minha intenção voltar a este tema, após ter constatado (embora lamentando): "não ser este o espaço, não ser ainda este o tempo".
Gostaria apenas de esclarecer que, quando subscrevi a opinião do Sr. Jorge Mayer, de, para além deste espaço de discussão, ser, eventualmente, tempo de dar um outro passo. citando novamente: "Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."
Estava, naturalmente, de acordo em que seria este o melhor meio de acrescentar eficácia ao(s) processo(s) de discussão aqui em curso.
O objectivo claro seria o de prevenir a repetição de situações como a presente, na Av.ª da Boavista, em que, independentemente de todas as opiniões expressas, neste ou naquele sentido, neste ou noutros foruns, o "poder democrático" decidiu, eventualmente ilegalmente, de certeza iligitimamente, avançar com a sua decisão e os resultados, conforme o Sr. Alexandre Burmester ilustrou em toda a sua crueza, estão à vista. (Vem-me à ideia a imagem sorridente dos Srs Rui Rio e Oliveira Marques citando "Os cães ladram, mas a caravana passa")
De forma alguma estava a pensar em qualquer tipo de "associação/movimento" formatada "à partido", como parece ter sido entendido, gostaria que isso ficasse bem claro, para isso já existem partidos mais que suficientes.
Queria agradecer ao Sr. Tiago Fernandes o imenso trabalho e dedicação, inerente à criação e manutenção deste espaço, e, acima de tudo, o exemplo de abertura às mais diversas opiniões que tem demonstrado.
É este exemplo, a meu ver, o responsável pelo inegável sucesso deste espaço, tendo como contrapartida, naturalmente, o inevitável acréscimo no trabalho (não remunerado) necessário à sua manutenção.
Por isso
Mais uma vez, muito obrigado
António Moreira
Gostaria apenas de esclarecer que, quando subscrevi a opinião do Sr. Jorge Mayer, de, para além deste espaço de discussão, ser, eventualmente, tempo de dar um outro passo. citando novamente: "Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."
Estava, naturalmente, de acordo em que seria este o melhor meio de acrescentar eficácia ao(s) processo(s) de discussão aqui em curso.
O objectivo claro seria o de prevenir a repetição de situações como a presente, na Av.ª da Boavista, em que, independentemente de todas as opiniões expressas, neste ou naquele sentido, neste ou noutros foruns, o "poder democrático" decidiu, eventualmente ilegalmente, de certeza iligitimamente, avançar com a sua decisão e os resultados, conforme o Sr. Alexandre Burmester ilustrou em toda a sua crueza, estão à vista. (Vem-me à ideia a imagem sorridente dos Srs Rui Rio e Oliveira Marques citando "Os cães ladram, mas a caravana passa")
De forma alguma estava a pensar em qualquer tipo de "associação/movimento" formatada "à partido", como parece ter sido entendido, gostaria que isso ficasse bem claro, para isso já existem partidos mais que suficientes.
Queria agradecer ao Sr. Tiago Fernandes o imenso trabalho e dedicação, inerente à criação e manutenção deste espaço, e, acima de tudo, o exemplo de abertura às mais diversas opiniões que tem demonstrado.
É este exemplo, a meu ver, o responsável pelo inegável sucesso deste espaço, tendo como contrapartida, naturalmente, o inevitável acréscimo no trabalho (não remunerado) necessário à sua manutenção.
Por isso
Mais uma vez, muito obrigado
António Moreira
De: Cristina Santos - "O Objectivo deste Blog"
Realmente este espaço não é um movimento, ou a defesa de uma só posição politica.
É mais a convergência de pareceres de Civis interessados no desenvolvimento da Cidade.
A diversidade de pessoas, de diferentes áreas e posições permitiu que este Blog transformasse num relatório diário às medidas propostas para a nossa cidade.
Invulgarmente e talvez devido à qualidade de algumas participações, a Baixa despertou o interesse daqueles que gerem os projectos para a Cidade.
Inquestionável é a abertura da Autarquia aos novos meios de comunicação e ao feedback da população civil, representada neste espaço.
Ficou algumas vezes provado que não é necessário ser uma Associação limitada e objectiva nos interesses, para se conseguir demonstrar o parecer civil face ao parecer governamental.
Mas continuo a achar que é impossível no panorama actual existir uma Associação ou entidade que defenda interesses diversificados, uma Associação que não obedeça a critérios de contestação ou opinião, que não delimite os seus campos de acção e não unifique os pareceres defendidos.
É talvez por esses motivos que transformar a A Baixa numa Associação anula os interesses diversos que aqui são apresentados.
Se António Moreira está correcto quanto ao partidarismo, devo acrescentar que os mesmos métodos se aplicam às mais diversas Associações, que fazem parte desse ciclo de interesses sociais/partidários.
À luz da sugestão do Francisco Rocha Antunes revi sugestões, ideias, pareceres dos participantes deste Blog, conclui que tal abertura e conteúdo exigiu de todos, um esforço depreendido de interesses que não fossem a melhoria das condições observadas na nossa Cidade. Uma Associação obriga à definição de objectivos claros e a uma causa quase sempre única, a parâmetros, a regras que vão muito para alem.
A transformação deste Blog numa associação dependeria de uma renovação do ideal político, do fim dele, uma defesa nacional que congregasse independentemente os melhores de cada partido, cujo objectivo partidário e governamental fosse tão abrangente, que se limitasse apenas a fazer convergir várias temáticas e necessidades nacionais.
A realidade é que nos tempos modernos a especialização abrangeu também o mercado Politico e associativo, é impossível gerir as situações por pura militância e interesse social.
O nosso vencimento não depende deste blog directamente, nem sequer a curto prazo, contudo o nosso investimento/emprego/qualidade de vida na cidade dependem directamente de melhores medidas globais.
Penso que é por isto que continuamos por cá é só esse o interesse.- Este é o movimento.
Cristina Santos
É mais a convergência de pareceres de Civis interessados no desenvolvimento da Cidade.
A diversidade de pessoas, de diferentes áreas e posições permitiu que este Blog transformasse num relatório diário às medidas propostas para a nossa cidade.
Invulgarmente e talvez devido à qualidade de algumas participações, a Baixa despertou o interesse daqueles que gerem os projectos para a Cidade.
Inquestionável é a abertura da Autarquia aos novos meios de comunicação e ao feedback da população civil, representada neste espaço.
Ficou algumas vezes provado que não é necessário ser uma Associação limitada e objectiva nos interesses, para se conseguir demonstrar o parecer civil face ao parecer governamental.
Mas continuo a achar que é impossível no panorama actual existir uma Associação ou entidade que defenda interesses diversificados, uma Associação que não obedeça a critérios de contestação ou opinião, que não delimite os seus campos de acção e não unifique os pareceres defendidos.
É talvez por esses motivos que transformar a A Baixa numa Associação anula os interesses diversos que aqui são apresentados.
Se António Moreira está correcto quanto ao partidarismo, devo acrescentar que os mesmos métodos se aplicam às mais diversas Associações, que fazem parte desse ciclo de interesses sociais/partidários.
À luz da sugestão do Francisco Rocha Antunes revi sugestões, ideias, pareceres dos participantes deste Blog, conclui que tal abertura e conteúdo exigiu de todos, um esforço depreendido de interesses que não fossem a melhoria das condições observadas na nossa Cidade. Uma Associação obriga à definição de objectivos claros e a uma causa quase sempre única, a parâmetros, a regras que vão muito para alem.
A transformação deste Blog numa associação dependeria de uma renovação do ideal político, do fim dele, uma defesa nacional que congregasse independentemente os melhores de cada partido, cujo objectivo partidário e governamental fosse tão abrangente, que se limitasse apenas a fazer convergir várias temáticas e necessidades nacionais.
A realidade é que nos tempos modernos a especialização abrangeu também o mercado Politico e associativo, é impossível gerir as situações por pura militância e interesse social.
O nosso vencimento não depende deste blog directamente, nem sequer a curto prazo, contudo o nosso investimento/emprego/qualidade de vida na cidade dependem directamente de melhores medidas globais.
Penso que é por isto que continuamos por cá é só esse o interesse.- Este é o movimento.
Cristina Santos
De: Carlos Gilbert - "A participação cívica"
António Moreira:
"Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam: (...)"
Um breve "off-topic", mas permitam-mo por este assunto ter vindo a ser debatido com alguma regularidade aqui. Hoje, na sua rubrica semanal no "Público", Pacheco Pereira escreve exactamente sobre as mudanças que tem havido dentro do PSD, o que antigamente eram as "bases" e os "barões", o peso que uns e outros tinham na vida partidária, e o que é a realidade de hoje... Está lá "tudinho" para explicar porque motivo a sugestão que o TAF tem feito repetidas vezes não pode resultar! Ao indivíduo está vedado o caminho da participação cívica nos partidos, sejam eles quais forem. Quem é militante ou arranja um "grupinho" e faz com este ganhe força e se alie a quem tiver perfil de vencedor, ou então vegeta sem hipótese alguma... até que a desilusão leve à resignação e o faça abandonar (estas linhas são minhas, não do J.P.P.).
Por este motivo eu sou cem por cento a favor de "tertúlias", nos tempos de hoje feitas online (e, o que entendo salutar, de quando em vez num café "a sério", sendo no nosso caso o "Guarany" já um espaço "com história"...) em que as ideias fluem ao sabor dos acontecimentos e em que sobressai a tal "teoria dos melões" já anteriormente aqui descrita pelo F. Rocha Antunes. Não vejo outra saída, e também não vejo que vantagens (para o debate) poderia advir de uma hipotética transformação em "associação cívica". Pelo contrário, uma associação estaria sempre vinculada a ideias-base e a quem decide sobre as mesmas, ao passo que um espaço livre como este é isso mesmo: livre...
Carlos Gilbert
--
Nota de TAF: Citando JPP - «Há "bases", mas essas "bases" são os militantes, os simpatizantes, os eleitores que apoiam o seu partido por razões de escolha política e pouco frequentam as secções. (...) É também por isto que é necessário caminhar para eleições directas, para mecanismos que favoreçam a maior participação dos militantes nas escolhas decisivas, diminuindo o peso dos sindicatos de votos.» ;-)
"Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam: (...)"
Um breve "off-topic", mas permitam-mo por este assunto ter vindo a ser debatido com alguma regularidade aqui. Hoje, na sua rubrica semanal no "Público", Pacheco Pereira escreve exactamente sobre as mudanças que tem havido dentro do PSD, o que antigamente eram as "bases" e os "barões", o peso que uns e outros tinham na vida partidária, e o que é a realidade de hoje... Está lá "tudinho" para explicar porque motivo a sugestão que o TAF tem feito repetidas vezes não pode resultar! Ao indivíduo está vedado o caminho da participação cívica nos partidos, sejam eles quais forem. Quem é militante ou arranja um "grupinho" e faz com este ganhe força e se alie a quem tiver perfil de vencedor, ou então vegeta sem hipótese alguma... até que a desilusão leve à resignação e o faça abandonar (estas linhas são minhas, não do J.P.P.).
Por este motivo eu sou cem por cento a favor de "tertúlias", nos tempos de hoje feitas online (e, o que entendo salutar, de quando em vez num café "a sério", sendo no nosso caso o "Guarany" já um espaço "com história"...) em que as ideias fluem ao sabor dos acontecimentos e em que sobressai a tal "teoria dos melões" já anteriormente aqui descrita pelo F. Rocha Antunes. Não vejo outra saída, e também não vejo que vantagens (para o debate) poderia advir de uma hipotética transformação em "associação cívica". Pelo contrário, uma associação estaria sempre vinculada a ideias-base e a quem decide sobre as mesmas, ao passo que um espaço livre como este é isso mesmo: livre...
Carlos Gilbert
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Nota de TAF: Citando JPP - «Há "bases", mas essas "bases" são os militantes, os simpatizantes, os eleitores que apoiam o seu partido por razões de escolha política e pouco frequentam as secções. (...) É também por isto que é necessário caminhar para eleições directas, para mecanismos que favoreçam a maior participação dos militantes nas escolhas decisivas, diminuindo o peso dos sindicatos de votos.» ;-)
De: TAF - "Jornais de quinta-feira"
- Metro até Pedras Rubras
- Metro até Pedras Rubras a partir de 12 de Março
- Metro inicia operação comercial até Pedras Rubras a 12 de Março
- Metro barrado na Rua Brito Capelo durante alguns minutos pelos comerciantes
- Comerciantes de Matosinhos manifestaram-se contra a Metro
- Câmara do Porto limpou escarpa da Arrábida
- Pneus, vegetação e resíduos retirados da escarpa da Arrábida
- Da Baixa, por Helder Pacheco
- "O festival no ´Carlos Alberto´ tinha um sabor muito especial"
- A perda de população para os concelhos vizinhos - n'O Vilacondense, via Cabo Raso
- Segredos da campanha eleitoral - o povo é quem mais ordena...
- Metro até Pedras Rubras a partir de 12 de Março
- Metro inicia operação comercial até Pedras Rubras a 12 de Março
- Metro barrado na Rua Brito Capelo durante alguns minutos pelos comerciantes
- Comerciantes de Matosinhos manifestaram-se contra a Metro
- Câmara do Porto limpou escarpa da Arrábida
- Pneus, vegetação e resíduos retirados da escarpa da Arrábida
- Da Baixa, por Helder Pacheco
- "O festival no ´Carlos Alberto´ tinha um sabor muito especial"
- A perda de população para os concelhos vizinhos - n'O Vilacondense, via Cabo Raso
- Segredos da campanha eleitoral - o povo é quem mais ordena...
2005/02/23
De: TAF - "Linha Laranja - os argumentos"
A popularidade d'A Baixa do Porto tem a desvantagem de me fazer gastar imenso tempo...
De cada vez que aparecem novos participantes (que são sempre bem vindos) repetem-se os argumentos, como o Francisco acabou de escrever.
Sobre o Metro na Boavista acho que já está tudo dito. Eu resolvi colocar no meu blog pessoal dois posts que resumem o que julgo ser mais relevante:
Quem chegar de novo, por favor leia! ;-)
De cada vez que aparecem novos participantes (que são sempre bem vindos) repetem-se os argumentos, como o Francisco acabou de escrever.
Sobre o Metro na Boavista acho que já está tudo dito. Eu resolvi colocar no meu blog pessoal dois posts que resumem o que julgo ser mais relevante:
Quem chegar de novo, por favor leia! ;-)
De: F. Rocha Antunes - "Viagem para onde?"
Meus Caros,
A mais recente sequência de post’s sugerem ou propõem formas mais activas de participação. É um assunto que já aqui foi objecto de reflexão e, sem querer ser antipático, poderia ter sido percebido se fossem lidos post’s mais antigos.
Eu estive a ler os meus últimos post’s e a maioria deles é para repetir, de uma maneira ou de outra, coisas que aqui já se tinham escrito.
Assim, sugiro a quem entrou mais tarde nesta discussão que perca algum tempo a ler o que outros já disseram. Se queremos participar em alguma coisa temos que perceber que isso significa sempre mais esforço do que se imagina.
Não existe uma opinião neste blogue. Existem tantas quantos os seus participantes e, às vezes, algumas dessas opiniões convergem. Mais nada.
Cada um dedica o tempo que achar melhor e puder a escrever aqui, de preferência dentro do tema geral do blogue.
É importante que o estilo que até agora se praticou em geral se mantenha, e a simples participação aqui, pelo menos a mim, já é suficientemente trabalhosa. Nem imagino o trabalho que o Tiago tem.
Já é suficientemente valioso para a cidade que existam pessoas que acompanham interessadamente o que aqui se passa. Mas, como já disse muitas vezes, as opiniões aqui expressas serão tão mais valiosas quanto melhores forem.
Dá trabalho. Mas sem trabalho não se consegue melhorar nada.
Como sempre, é apenas mais uma opinião.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A mais recente sequência de post’s sugerem ou propõem formas mais activas de participação. É um assunto que já aqui foi objecto de reflexão e, sem querer ser antipático, poderia ter sido percebido se fossem lidos post’s mais antigos.
Eu estive a ler os meus últimos post’s e a maioria deles é para repetir, de uma maneira ou de outra, coisas que aqui já se tinham escrito.
Assim, sugiro a quem entrou mais tarde nesta discussão que perca algum tempo a ler o que outros já disseram. Se queremos participar em alguma coisa temos que perceber que isso significa sempre mais esforço do que se imagina.
Não existe uma opinião neste blogue. Existem tantas quantos os seus participantes e, às vezes, algumas dessas opiniões convergem. Mais nada.
Cada um dedica o tempo que achar melhor e puder a escrever aqui, de preferência dentro do tema geral do blogue.
É importante que o estilo que até agora se praticou em geral se mantenha, e a simples participação aqui, pelo menos a mim, já é suficientemente trabalhosa. Nem imagino o trabalho que o Tiago tem.
Já é suficientemente valioso para a cidade que existam pessoas que acompanham interessadamente o que aqui se passa. Mas, como já disse muitas vezes, as opiniões aqui expressas serão tão mais valiosas quanto melhores forem.
Dá trabalho. Mas sem trabalho não se consegue melhorar nada.
Como sempre, é apenas mais uma opinião.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Lino Cabral - "batemos no fundo"
As duas fotos Alexandre Burmester valem mil palavras e mil exemplos.
Tamanha grosseria é de bradar aos céus ! Já não é a questão do metro ou do eléctrico, é a empreitada.
Que selvajaria chegamos.
Que dia horrível. Passei por Azevedo (Campanhã) e nem quis acreditar no que via.
Mais uma empreitada. O vale de Pêgo Negro está quase destruído. A brutalidade não tem limites. Estas máquinas colossais nas mãos de certas pessoas são um perigo.
Batemos no fundo.
Lino Cabral
Tamanha grosseria é de bradar aos céus ! Já não é a questão do metro ou do eléctrico, é a empreitada.
Que selvajaria chegamos.
Que dia horrível. Passei por Azevedo (Campanhã) e nem quis acreditar no que via.
Mais uma empreitada. O vale de Pêgo Negro está quase destruído. A brutalidade não tem limites. Estas máquinas colossais nas mãos de certas pessoas são um perigo.
Batemos no fundo.
Lino Cabral
De: António Moreira - "Sr. António Lopes Dias"
Não estando de acordo, com parte significativa do seu "post", estou contudo, quase plenamente, de acordo com o último parágrafo:
"Não seria melhor responsabilizar as entidades competentes, através de um estudo de impacto ambiental, e lançar um concurso de ideias sobre o projecto de inserção do Metro na Avenida, de forma a compatibilizar os aspectos técnicos, ambientais e financeiros, e depois tomar as decisões, em prol do colectivo?"
No qual, provavelmente, apenas substituindo a palavra "Metro", por "Meio de Transporte Colectivo" se poderia resumir o que a maioria, aqui, tem defendido, em contraponto com o que, na prática a "parceria CMP/Metro do Porto" tem feito.
Melhores cumprimentos
António Moreira
"Não seria melhor responsabilizar as entidades competentes, através de um estudo de impacto ambiental, e lançar um concurso de ideias sobre o projecto de inserção do Metro na Avenida, de forma a compatibilizar os aspectos técnicos, ambientais e financeiros, e depois tomar as decisões, em prol do colectivo?"
No qual, provavelmente, apenas substituindo a palavra "Metro", por "Meio de Transporte Colectivo" se poderia resumir o que a maioria, aqui, tem defendido, em contraponto com o que, na prática a "parceria CMP/Metro do Porto" tem feito.
Melhores cumprimentos
António Moreira
De: António Moreira - "A participação cívica"
Registo com respeito, mas desilusão, a opinião do Sr. Tiago Fernandes sobre este desafio. Lamento discordar completamente da sua opinião quanto ao papel dos partidos.
Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam:
A – Votam no partido com o qual se identifiquem ideologicamente, cujo programa lhes pareça mais acertado, cujos dirigentes lhe pareçam mais competentes, ou mais sérios, ou mais bem vestidos, ou , ou, … bem, resumindo, no partido que lhe apeteça.
Vão tratar das suas vidinhas, que já tem quem decida por eles durante os próximos quatro anos.
Entretanto, para se entreterem, sempre podem ver as notícias, indignarem-se e escrever neste ou noutros "Blogs".
Passados quatro anos, sempre podem corrigir a pontaria e votar no mesmo partido, esperando que o partido se "reforme internamente", ou, pode optar por castigá-los, votando no outro (sim, porque, entretanto, já se esqueceu do que disse do outro à quatro (ou menos) anos).
Poderá ainda decidir, desta vez, tomar uma atitude radical, tipo "agora é que eles vão ver" e vai votar num partido dos "outros", podendo então escolher, conforme o lado para onde lhe "fuja a chinela" entre um da direita e dois da esquerda.
Tirando isso, pode votar nos muito pequeninos ou em branco, que é igual, ou então…
acha melhor mandá-los todos…… e não pôr lá os pés (que é o que eu faço há mais de 20 anos).
B – Inscreverem-se como militantes de um partido, tendo o cuidado de não se deixar levar pelos programas ou ideologias, mas sim escolhendo um dos que tem regularmente acesso ao poder.
Seguidamente escolher qual das facções internas lhe parece que desfruta de melhores condições para chegar ao poder no interior do partido em que se tenha inscrito.
Então, partindo do princípio que escolheu a facção acertada, deverá utilizar as ferramentas à sua disposição (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) de forma a, com tempo e sem precipitações, ascender ao círculo restrito dos que tem direito a emitir opiniões e tentar influenciar as decisões.
Após atingido esse objectivo, não pode esquecer que as ferramentas que utilizou (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) estão à disposição também dos seu correligionários, de facção e de partido, que foram ultrapassados por si e sentem, com toda a justiça, que devem utilizar todos os meios para recuperar a posição a que tem direito. Por isso, deve evitar a todo o custo ser apanhado com uma ideia original, reservando toda e qualquer opinião, apenas para aquelas alturas em que não possa, de todo, safar-se com uma qualquer generalidade, tendo o máximo cuidado de enquadrar a opinião que tenha que revelar no que lhe pareça a tendência mais consensual e segura.
Continuo a entender que os Cidadãos podem, e devem, reclamar o Direito a Decidir que lhes foi, passo a passo, "roubado" pelos partidos.
Entendo que os actuais meios de comunicação (ler Internet) permitirão potenciar as formas de intervenção que tenderão a "devolver o poder" aos Cidadãos, não se limitando a ser a versão "high tech" de um qualquer "muro das lamentações".
Lamento não ser este o espaço, não ser ainda este o tempo.
Um abraço
António Moreira
Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam:
A – Votam no partido com o qual se identifiquem ideologicamente, cujo programa lhes pareça mais acertado, cujos dirigentes lhe pareçam mais competentes, ou mais sérios, ou mais bem vestidos, ou , ou, … bem, resumindo, no partido que lhe apeteça.
Vão tratar das suas vidinhas, que já tem quem decida por eles durante os próximos quatro anos.
Entretanto, para se entreterem, sempre podem ver as notícias, indignarem-se e escrever neste ou noutros "Blogs".
Passados quatro anos, sempre podem corrigir a pontaria e votar no mesmo partido, esperando que o partido se "reforme internamente", ou, pode optar por castigá-los, votando no outro (sim, porque, entretanto, já se esqueceu do que disse do outro à quatro (ou menos) anos).
Poderá ainda decidir, desta vez, tomar uma atitude radical, tipo "agora é que eles vão ver" e vai votar num partido dos "outros", podendo então escolher, conforme o lado para onde lhe "fuja a chinela" entre um da direita e dois da esquerda.
Tirando isso, pode votar nos muito pequeninos ou em branco, que é igual, ou então…
acha melhor mandá-los todos…… e não pôr lá os pés (que é o que eu faço há mais de 20 anos).
B – Inscreverem-se como militantes de um partido, tendo o cuidado de não se deixar levar pelos programas ou ideologias, mas sim escolhendo um dos que tem regularmente acesso ao poder.
Seguidamente escolher qual das facções internas lhe parece que desfruta de melhores condições para chegar ao poder no interior do partido em que se tenha inscrito.
Então, partindo do princípio que escolheu a facção acertada, deverá utilizar as ferramentas à sua disposição (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) de forma a, com tempo e sem precipitações, ascender ao círculo restrito dos que tem direito a emitir opiniões e tentar influenciar as decisões.
Após atingido esse objectivo, não pode esquecer que as ferramentas que utilizou (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) estão à disposição também dos seu correligionários, de facção e de partido, que foram ultrapassados por si e sentem, com toda a justiça, que devem utilizar todos os meios para recuperar a posição a que tem direito. Por isso, deve evitar a todo o custo ser apanhado com uma ideia original, reservando toda e qualquer opinião, apenas para aquelas alturas em que não possa, de todo, safar-se com uma qualquer generalidade, tendo o máximo cuidado de enquadrar a opinião que tenha que revelar no que lhe pareça a tendência mais consensual e segura.
Continuo a entender que os Cidadãos podem, e devem, reclamar o Direito a Decidir que lhes foi, passo a passo, "roubado" pelos partidos.
Entendo que os actuais meios de comunicação (ler Internet) permitirão potenciar as formas de intervenção que tenderão a "devolver o poder" aos Cidadãos, não se limitando a ser a versão "high tech" de um qualquer "muro das lamentações".
Lamento não ser este o espaço, não ser ainda este o tempo.
Um abraço
António Moreira
De: Fernando Pereira - "Ainda o Metro..."
"... na Avenida..."
A interessantíssima discussão que se trava neste blog ao longo dos últimos tempos sobre a circulação do Metro na Avenida da Boavista relaciona-se, na minha opinião, com algo bem mais fundamental e que só em alguns posts tem sido referido: a convivência do transporte privado com o transporte público.
De facto, é impressionante constatar que nos é muitas vezes difícil analisar as diversas propostas que vão sendo feitas sem que se comece por definir melhor que tipo de cidade queremos: uma em que o primado é dos automóveis ou outra em que se dá a prioridade ao transporte público como forma de transportar pessoas de uma forma eficiente e económica e ambientalmente sustentável dentro do perímetro urbano das cidades.
Assim, na minha opinião há 3 princípios a implementar o quanto antes:
Quanto à Avenida da Boavista, não consigo ver qual a diferença significativa entre o Metro e os eléctricos rápidos (aceitaria qualquer uma das hipóteses), acho necessário contribuir para resolver o estrangulamento do troço Senhora da Hora-Trindade, a Avenida necessita urgentemente de uma intervenção, a politica de comunicação da Metro do Porto e da CMP tem sido muito ineficaz, muitos dos argumentos avançados contra o Metro na Boavista que tenho lido parecem-me pouco consistentes e portanto não me choca essa solução que só espero que seja apenas mais um passo no sentido de uma revolução nos serviços de mobilidade e transportes na cidade do Porto que acabe com o primado absoluto do automóvel e assim melhore a qualidade de vida da cidade.
Não me parece é que se ganhe seja o que for com uma de duas atitudes: 1 - não (ao Metro na Boavista) porque não, que transparece em alguns dos opositores da medida; 2 – sim porque sim, ao estilo Oliveira Marques.
Temos assim, parece-me, uma incapacidade de parte a parte de aceitar como possíveis opiniões que não sejam a de cada um dos intervenientes. E depois ainda se diz mal dos partidos políticos...
Fernando Miguel Pereira
--
Nota de TAF: Meu caro, algumas das afirmações que aqui faz só se explicam porque não teve certamente oportunidade de ler as centenas de comentários que se escreveram neste blog. Estive por isso a fazer um resumo dos argumentos que me parecem mais fortes a este propósito e coloquei-os aqui. Leia por favor também isto.
A interessantíssima discussão que se trava neste blog ao longo dos últimos tempos sobre a circulação do Metro na Avenida da Boavista relaciona-se, na minha opinião, com algo bem mais fundamental e que só em alguns posts tem sido referido: a convivência do transporte privado com o transporte público.
De facto, é impressionante constatar que nos é muitas vezes difícil analisar as diversas propostas que vão sendo feitas sem que se comece por definir melhor que tipo de cidade queremos: uma em que o primado é dos automóveis ou outra em que se dá a prioridade ao transporte público como forma de transportar pessoas de uma forma eficiente e económica e ambientalmente sustentável dentro do perímetro urbano das cidades.
Assim, na minha opinião há 3 princípios a implementar o quanto antes:
- Estender o mais possível a rede de Metro uma vez que me parece o mais eficiente meio de transporte de massas na cidade.
- Articular toda a rede de transportes públicos na cidade de maneira a reduzir tempos de espera e de viagem, diminuir número de pontos de transição entre meios de transporte e tornar os transportes públicos os mais atraentes para os utilizadores
- Dificultar o trânsito automóvel, de maneira a incentivar a utilização dos transportes individuais. Criando corredores BUS em muito mais locais do que hoje, reduzindo assim a possibilidade de os automóveis serem mais rápidos a chegar aos sítios; fiscalizar efectivamente todos os prevaricadores (estacionamentos em 2ª fila ou nos corredores BUS, etc.); dando apenas aos moradores e aos utilizadores de curta duração a possibilidade de estacionamento a preços reduzidos (que são os actuais, na minha opinião).
Quanto à Avenida da Boavista, não consigo ver qual a diferença significativa entre o Metro e os eléctricos rápidos (aceitaria qualquer uma das hipóteses), acho necessário contribuir para resolver o estrangulamento do troço Senhora da Hora-Trindade, a Avenida necessita urgentemente de uma intervenção, a politica de comunicação da Metro do Porto e da CMP tem sido muito ineficaz, muitos dos argumentos avançados contra o Metro na Boavista que tenho lido parecem-me pouco consistentes e portanto não me choca essa solução que só espero que seja apenas mais um passo no sentido de uma revolução nos serviços de mobilidade e transportes na cidade do Porto que acabe com o primado absoluto do automóvel e assim melhore a qualidade de vida da cidade.
Não me parece é que se ganhe seja o que for com uma de duas atitudes: 1 - não (ao Metro na Boavista) porque não, que transparece em alguns dos opositores da medida; 2 – sim porque sim, ao estilo Oliveira Marques.
Temos assim, parece-me, uma incapacidade de parte a parte de aceitar como possíveis opiniões que não sejam a de cada um dos intervenientes. E depois ainda se diz mal dos partidos políticos...
Fernando Miguel Pereira
--
Nota de TAF: Meu caro, algumas das afirmações que aqui faz só se explicam porque não teve certamente oportunidade de ler as centenas de comentários que se escreveram neste blog. Estive por isso a fazer um resumo dos argumentos que me parecem mais fortes a este propósito e coloquei-os aqui. Leia por favor também isto.
De: António Lopes Dias - "Metro da Boavista, ..."
"... abaixo-assinado, e Governo PS..."
Caros bloguistas:
Desculpem a insistência, mas as notícias sobre o assunto continuam em catadupa, pelo que se torna indispensável clarificar algumas questões.
Primeiro, os "fundamentos" do abaixo-assinado: então o metro de superfície, agora é "um veículo pesado"? E vai "perturbar gravemente o trânsito" (suponho que se subentende "trânsito automóvel", nada poluente...) e "põe de fora do canal central os autocarros"? (que, pelos vistos, são "veículos ligeiros")!
Sejamos sérios. É perfeitamente legítimo avançar com uma abaixo-assinado, mas argumentar (?) assim é puro "non sense" e populismo. De facto, o metro de superfície foi pensado como um veículo ligeiro que, ou à superfície ou enterrado (nalgumas situações mais complexas), viria a constituir uma rede de mobilidade na área metropolitana do Porto, alternativa aos eléctricos e autocarros. Estes serviriam de mero complemento do metro. Por isso a Linha Laranja há-de, necessariamente, reequacionar a circulação de autocarros na Avenida. De resto, em quantos metros da Avenida é que eles circulam no canal central? E confundidos, intercalados, paralisados, entre o trânsito automóvel? Isto não é, para o(s) promotor(es) do abaixo-assinado, uma "barreira" para os cidadãos!
Em que sítio da Europa existe assim uma Avenida, caóticamente utilizada por veículos automóveis, cortada por milhentos cruzamentos, e sem um transporte colectivo inserido no tecido urbano e paisagístico, e que sirva a mobilidade dos cidadãos da área metropolitana? Neste aspecto, confesso que não entendo a visão do vereador Manuel Diogo, até porque ela não é fundamentada, nem responde aos argumentos do Presidente do Metro do Porto.
E aqui entra o Governo PS. Alguns responsáveis do PS Porto (vereadores da CMP e o cabeça de lista do PS pelo Porto) veem afirmando que o PS tem, sobre isto, uma "posição clara". Eu não sei onde a foram buscar (a que decisão colectiva do Partido, quero eu dizer).
Até porque a competência na matéria cabe à Junta Metropolitana, à Autoridade Metropolitana de Transportes, à CMP, mas não ao Governo, e menos ainda a um Partido.Não foi já autorizada em Conselho de Ministros (Durão Barroso) a Linha da Boavista, em termos de financiamento?
E lembro até que partiram de autarcas do PS as "decisões" sobre criação do metro de superfície, e a eliminação da rede de eléctricos no Porto. Querem reconstituir esta rede? Ou perderam a memória? E o discurso do Engenheiro Braga da Cruz sobre a eventual revisão do processo por parte do futuro Governo (PS) não é contraditório com o seu reconhecido apego à causa da regionalização?
Que cada um possa ter sobre este assunto uma "opinião" não a transforma, sem mais, em "verdade" a impor a todos os cidadãos da área meteropolitana. Que sobre o assunto não se pronunciaram e, como boa regra que é, o silêncio não tem significado.
Não seria melhor responsabilizar as entidades competentes, através de um estudo de impacto ambiental, e lançar um concurso de ideias sobre o projecto de inserção do Metro na Avenida, de forma a compatibilizar os aspectos técnicos, ambientais e financeiros, e depois tomar as decisões, em prol do colectivo?
Desculpem a extensão da prosa. Saudações do
António Lopes Dias
(amvldias@hotmail.com)
--
Nota de TAF: Não compreendo um argumento seu. O actual projecto da Linha Laranja impede efectivamente que os autocarros circulem no corredor central onde, a meu ver, eles deveriam passar a estar. Este é aliás um dos argumentos mais fortes contra este projecto (além dos outros que eu resumo aqui.)
Cada vez mais fico com a impressão de que nos estamos a desviar de uma análise desapaixonada e rigorosa deste assunto. A mim, perdoem-me a presunção, parece-me de decisão muito simples.
Caros bloguistas:
Desculpem a insistência, mas as notícias sobre o assunto continuam em catadupa, pelo que se torna indispensável clarificar algumas questões.
Primeiro, os "fundamentos" do abaixo-assinado: então o metro de superfície, agora é "um veículo pesado"? E vai "perturbar gravemente o trânsito" (suponho que se subentende "trânsito automóvel", nada poluente...) e "põe de fora do canal central os autocarros"? (que, pelos vistos, são "veículos ligeiros")!
Sejamos sérios. É perfeitamente legítimo avançar com uma abaixo-assinado, mas argumentar (?) assim é puro "non sense" e populismo. De facto, o metro de superfície foi pensado como um veículo ligeiro que, ou à superfície ou enterrado (nalgumas situações mais complexas), viria a constituir uma rede de mobilidade na área metropolitana do Porto, alternativa aos eléctricos e autocarros. Estes serviriam de mero complemento do metro. Por isso a Linha Laranja há-de, necessariamente, reequacionar a circulação de autocarros na Avenida. De resto, em quantos metros da Avenida é que eles circulam no canal central? E confundidos, intercalados, paralisados, entre o trânsito automóvel? Isto não é, para o(s) promotor(es) do abaixo-assinado, uma "barreira" para os cidadãos!
Em que sítio da Europa existe assim uma Avenida, caóticamente utilizada por veículos automóveis, cortada por milhentos cruzamentos, e sem um transporte colectivo inserido no tecido urbano e paisagístico, e que sirva a mobilidade dos cidadãos da área metropolitana? Neste aspecto, confesso que não entendo a visão do vereador Manuel Diogo, até porque ela não é fundamentada, nem responde aos argumentos do Presidente do Metro do Porto.
E aqui entra o Governo PS. Alguns responsáveis do PS Porto (vereadores da CMP e o cabeça de lista do PS pelo Porto) veem afirmando que o PS tem, sobre isto, uma "posição clara". Eu não sei onde a foram buscar (a que decisão colectiva do Partido, quero eu dizer).
Até porque a competência na matéria cabe à Junta Metropolitana, à Autoridade Metropolitana de Transportes, à CMP, mas não ao Governo, e menos ainda a um Partido.Não foi já autorizada em Conselho de Ministros (Durão Barroso) a Linha da Boavista, em termos de financiamento?
E lembro até que partiram de autarcas do PS as "decisões" sobre criação do metro de superfície, e a eliminação da rede de eléctricos no Porto. Querem reconstituir esta rede? Ou perderam a memória? E o discurso do Engenheiro Braga da Cruz sobre a eventual revisão do processo por parte do futuro Governo (PS) não é contraditório com o seu reconhecido apego à causa da regionalização?
Que cada um possa ter sobre este assunto uma "opinião" não a transforma, sem mais, em "verdade" a impor a todos os cidadãos da área meteropolitana. Que sobre o assunto não se pronunciaram e, como boa regra que é, o silêncio não tem significado.
Não seria melhor responsabilizar as entidades competentes, através de um estudo de impacto ambiental, e lançar um concurso de ideias sobre o projecto de inserção do Metro na Avenida, de forma a compatibilizar os aspectos técnicos, ambientais e financeiros, e depois tomar as decisões, em prol do colectivo?
Desculpem a extensão da prosa. Saudações do
António Lopes Dias
(amvldias@hotmail.com)
--
Nota de TAF: Não compreendo um argumento seu. O actual projecto da Linha Laranja impede efectivamente que os autocarros circulem no corredor central onde, a meu ver, eles deveriam passar a estar. Este é aliás um dos argumentos mais fortes contra este projecto (além dos outros que eu resumo aqui.)
Cada vez mais fico com a impressão de que nos estamos a desviar de uma análise desapaixonada e rigorosa deste assunto. A mim, perdoem-me a presunção, parece-me de decisão muito simples.
De: TAF - "A participação cívica"
A propósito do último post de António Moreira e de um anterior de Jorge Mayer, já em tempos aqui exprimi a minha opinião.
Não vejo vantagem em formalizar numa associação (ou semelhante) aquilo que temos vindo a fazer na cidade através de blogs e tertúlias. Que ferramentas adicionais nos proporcionaria essa "institucionalização"?
Prefiro incentivar a participação dos cidadãos na vida interna dos partidos. Para isso é que os partidos foram criados. Se estão mal (e ninguém duvida que estão!), cabe a nós mudá-los.
Não vejo vantagem em formalizar numa associação (ou semelhante) aquilo que temos vindo a fazer na cidade através de blogs e tertúlias. Que ferramentas adicionais nos proporcionaria essa "institucionalização"?
Prefiro incentivar a participação dos cidadãos na vida interna dos partidos. Para isso é que os partidos foram criados. Se estão mal (e ninguém duvida que estão!), cabe a nós mudá-los.
De: António Moreira - "Onde está a Autoridade?"
Em meu entender a autoridade deverá estar "aqui"!
Quando digo "aqui", não me refiro naturalmente a este, e/ou outros "Blogs", mas sim ao conjunto de pessoas que pensam, se informam, debatem, discutem, participam, em suma, se preocupam com a Cidade.
A grande vantagem da Internet, neste caso por meio de "Blogs", como poderia ser por meio de "forums" (mais directo), foi permitir dar voz e estabelecer o contacto entre muitos que, de outra forma, estariam reduzidos a "desabafar" em família ou entre amigos, sem saber que outros partilhavam as suas preocupações e, como eu, não tinham qualquer forma de participar e tentar intervir na sociedade, neste caso, na Cidade.
Anteriormente (e, infelizmente, ainda agora) a única forma de participação cívica era (ainda é) por intermédio de partidos. Alguns, como eu, recusaram, pelas mais diversas razões, enveredar por essa via. Outros terão tentado esse caminho, mas, pelas mais diversas razões, terão concluído que esse não era o caminho correcto e, muito menos eficaz, para uma participação cívica séria e não condicionada aos mesquinhos e voláteis interesses das direcções ou facções partidárias.
Estou plenamente de acordo com o Sr. Jorge Mayer, quando afirma: "Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."
Penso que é tempo de se pensar na criação de uma associação/movimento cívico (sob qualquer forma) que tenha por objectivo congregar aqueles que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado que a discussão sobre todos os assuntos da Cidade não é indiferente a um grande número dos seus Cidadãos, que há quem não entenda como suficiente delegar, de quatro em quatro anos, o seu direito de intervir e decidir, naqueles que os Partidos entendem como mais aptos (ou mais convenientes) para pensar e decidir por eles.
Estou convicto que essa iniciativa congregaria muitos dos Cidadãos que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado essa vontade. Estou convicto que, em muito pouco tempo, seria possível congregar as vontades de muitos mais, permitindo criar um grupo de pressão com a força suficiente para obrigar os poderes eleitos desta "partidocracia" a sujeitar as suas decisões à real discussão e decisão pública, remetendo-se ao seu real papel de "administradores de condomínio" sujeitos à decisão dos "condóminos" e não mandatados para exercer o poder discricionário de quem não tem que prestar contas, senão aos dirigentes do seu partido.
Faço daqui o desafio directo ao Sr. Tiago Fernandes, não o conhecendo, pessoalmente, caso esteja de acordo e disponível, para liderar este processo.
Este "Blog" (e outros) já iniciaram o caminho, penso que é tempo de seguir viagem.
Fica o desafio (e o apoio)
António Moreira
Quando digo "aqui", não me refiro naturalmente a este, e/ou outros "Blogs", mas sim ao conjunto de pessoas que pensam, se informam, debatem, discutem, participam, em suma, se preocupam com a Cidade.
A grande vantagem da Internet, neste caso por meio de "Blogs", como poderia ser por meio de "forums" (mais directo), foi permitir dar voz e estabelecer o contacto entre muitos que, de outra forma, estariam reduzidos a "desabafar" em família ou entre amigos, sem saber que outros partilhavam as suas preocupações e, como eu, não tinham qualquer forma de participar e tentar intervir na sociedade, neste caso, na Cidade.
Anteriormente (e, infelizmente, ainda agora) a única forma de participação cívica era (ainda é) por intermédio de partidos. Alguns, como eu, recusaram, pelas mais diversas razões, enveredar por essa via. Outros terão tentado esse caminho, mas, pelas mais diversas razões, terão concluído que esse não era o caminho correcto e, muito menos eficaz, para uma participação cívica séria e não condicionada aos mesquinhos e voláteis interesses das direcções ou facções partidárias.
Estou plenamente de acordo com o Sr. Jorge Mayer, quando afirma: "Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."
Penso que é tempo de se pensar na criação de uma associação/movimento cívico (sob qualquer forma) que tenha por objectivo congregar aqueles que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado que a discussão sobre todos os assuntos da Cidade não é indiferente a um grande número dos seus Cidadãos, que há quem não entenda como suficiente delegar, de quatro em quatro anos, o seu direito de intervir e decidir, naqueles que os Partidos entendem como mais aptos (ou mais convenientes) para pensar e decidir por eles.
Estou convicto que essa iniciativa congregaria muitos dos Cidadãos que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado essa vontade. Estou convicto que, em muito pouco tempo, seria possível congregar as vontades de muitos mais, permitindo criar um grupo de pressão com a força suficiente para obrigar os poderes eleitos desta "partidocracia" a sujeitar as suas decisões à real discussão e decisão pública, remetendo-se ao seu real papel de "administradores de condomínio" sujeitos à decisão dos "condóminos" e não mandatados para exercer o poder discricionário de quem não tem que prestar contas, senão aos dirigentes do seu partido.
Faço daqui o desafio directo ao Sr. Tiago Fernandes, não o conhecendo, pessoalmente, caso esteja de acordo e disponível, para liderar este processo.
Este "Blog" (e outros) já iniciaram o caminho, penso que é tempo de seguir viagem.
Fica o desafio (e o apoio)
António Moreira
De: Alexandre Burmester - "Dia da árvore"
Para quem, depois de ver as imagens aqui colocadas sobre o eléctrico de Estrasburgo, está a entender o significado de:
Alexandre Burmester
- Eléctrico rápido
- Sistemas de transporte à superfície
- Convivência com a cidade
- Se calhar deixa de perceber porque se encontram linhas colocadas pela cidade sem uso e a serem retiradas.
- Se calhar percebem melhor as diferenças entre o que está a ser discutido por este projecto da Boavista, e o que se poderia fazer.
- Se calhar precisará ainda de entender as notícias sobre as transformações do transito na cidade da Maia, ontem publicadas.
- Se calhar entende a reclamação dos comerciantes da Brito Capelo em Matosinhos.
- Se calhar vai perceber Gaia, a futura transformação da triste Av. da República.
- Se calhar percebe porque haverá gente do "contra".
- Se calhar percebe quem é que é afinal do contra.
De: Carlos Gilbert - "Dúvidas..."
À Cristina Santos.
Obrigado por ter colocado aqui as minhas dúvidas... Eu também sou dos que defendem que o Porto precisa de outro sistema de transportes sobre carris, do qual o metro (com o Euro Tram) faz obviamente parte. Mas que é errado colocar aquele tipo de composição em artérias urbanas (como a Brito Capelo, em Matosinhos, que é dos exemplos mais gritantes), a Boavista, a Júlio Dinis, etc., etc.. Mas que a Baixo do Porto precisa de um transporte eléctrico adequado à realidade da nossa cidade, isso é um facto. Mas, vedando o debate público a este assunto de fulcral importância (provavelmente por os decisores julgarem os cidadãos uns ignorantes nesta matéria), ficamos sem saber o que se prevê para a cidade num futuro mais ou menos imediato, ficamos à mercê de pessoas que defendem com unhas e dentes que o transporte privado deve ser banido por completo da Baixa, enfim, andamos às voltas...
Para que fique claro: quem me dera poder deslocar-me de onde moro (zona da Fonte da Moura) à Baixa no máximo em 30 minutos, utilizando os transportes públicos! Cerca de 20 minutos foi quanto eu esperei há pouco só pelo autocarro na Boavista, junto ao cruzamento da rua de Agramonte, depois de ter saído do metro na Casa da Música (vindo de Campanhã, onde o tomei). Mas se quiser ir para a Baixa? Para a Batalha? Para o Infante? Ao Monte dos Burgos? Ou do Infante para a Batalha? Quem defende o exemplo de Estrasburgo, que solução me dá? Fazer circular o Euro Tram por essas zonas todas? Não me façam rir...
Carlos Gilbert
Obrigado por ter colocado aqui as minhas dúvidas... Eu também sou dos que defendem que o Porto precisa de outro sistema de transportes sobre carris, do qual o metro (com o Euro Tram) faz obviamente parte. Mas que é errado colocar aquele tipo de composição em artérias urbanas (como a Brito Capelo, em Matosinhos, que é dos exemplos mais gritantes), a Boavista, a Júlio Dinis, etc., etc.. Mas que a Baixo do Porto precisa de um transporte eléctrico adequado à realidade da nossa cidade, isso é um facto. Mas, vedando o debate público a este assunto de fulcral importância (provavelmente por os decisores julgarem os cidadãos uns ignorantes nesta matéria), ficamos sem saber o que se prevê para a cidade num futuro mais ou menos imediato, ficamos à mercê de pessoas que defendem com unhas e dentes que o transporte privado deve ser banido por completo da Baixa, enfim, andamos às voltas...
Para que fique claro: quem me dera poder deslocar-me de onde moro (zona da Fonte da Moura) à Baixa no máximo em 30 minutos, utilizando os transportes públicos! Cerca de 20 minutos foi quanto eu esperei há pouco só pelo autocarro na Boavista, junto ao cruzamento da rua de Agramonte, depois de ter saído do metro na Casa da Música (vindo de Campanhã, onde o tomei). Mas se quiser ir para a Baixa? Para a Batalha? Para o Infante? Ao Monte dos Burgos? Ou do Infante para a Batalha? Quem defende o exemplo de Estrasburgo, que solução me dá? Fazer circular o Euro Tram por essas zonas todas? Não me façam rir...
Carlos Gilbert
De: TAF - "O resto das leituras de hoje"
- Molhes do Douro não vão evitar encerramento da barra à navegação
- Especialistas antevêem erosão costeira nas praias de Gaia
- Bordalo e Sá diz que construção dos molhes não respeita o rio Douro
- Empreitada polémica "desencalhou" no ano passado
- Mais de trinta assinaturas contra metro na Boavista no primeiro dia
- Metro do Porto decide hoje data para abertura da Linha Vermelha
- Utentes querem semidirectos e directos até ao Viso
- Parque Oriental do Porto deverá ter plano de pormenor antes de Outubro
- Plano para o Parque Oriental do Porto pronto este Verão
- Porto de Leixões anuncia 21 medidas para aumentar competitividade
- Lucros líquidos do Porto de Leixões aumentaram 81,1 por cento em 2004
- Especialistas antevêem erosão costeira nas praias de Gaia
- Bordalo e Sá diz que construção dos molhes não respeita o rio Douro
- Empreitada polémica "desencalhou" no ano passado
- Mais de trinta assinaturas contra metro na Boavista no primeiro dia
- Metro do Porto decide hoje data para abertura da Linha Vermelha
- Utentes querem semidirectos e directos até ao Viso
- Parque Oriental do Porto deverá ter plano de pormenor antes de Outubro
- Plano para o Parque Oriental do Porto pronto este Verão
- Porto de Leixões anuncia 21 medidas para aumentar competitividade
- Lucros líquidos do Porto de Leixões aumentaram 81,1 por cento em 2004
De: Cristina Santos - "Dúvidas"
Restam umas dúvidas legitimas:
Se Estrasburgo é o exemplo Europeu ideal, porque é que na maioria das Cidades Europeias se continuam a alargar as linhas de Metropolitano, e não se termina com a maioria das faixas viárias e logo com o uso do automóvel?
Se é o exemplo ideal porque é que ainda não foi seguido em mais Cidades da Europa, que tem um desenvolvimento muito superior às Cidades de Portugal?
Estamos nós finalmente à frente e a aplicar medidas tão modernas que só se aplicam em Cidades periféricas da Europa, que claro apesar de periféricas são bastante mais desenvolvidas que as principais cidades portuguesas, será que a nossa visão estratégica já está muito à frente de outras cidades da Europa que não tiveram oportunidade de começar a suas linhas com um veículo de superfície tipo metro?
Um excelente exemplo europeu quase único aplicado na Cidade do Porto, capital do Norte de Portugal, e tudo isto com um baixo custo, não existem contra indicações?
Se o projecto é fabuloso, quais foram os critérios de opção utilizados em Lisboa para apenas usar este veiculo (ou um muito semelhante) a ligar Lisboa à periferia(mesmo assim em poucos casos), qual foi o motivo porque não se aplicou este modelo fabuloso de mobilidade, na nossa capital que continua a servir todo o tipo de transportes e alargar as suas linhas em projecto bem recentes?
Obrigado
Cristina Santos
Se Estrasburgo é o exemplo Europeu ideal, porque é que na maioria das Cidades Europeias se continuam a alargar as linhas de Metropolitano, e não se termina com a maioria das faixas viárias e logo com o uso do automóvel?
Se é o exemplo ideal porque é que ainda não foi seguido em mais Cidades da Europa, que tem um desenvolvimento muito superior às Cidades de Portugal?
Estamos nós finalmente à frente e a aplicar medidas tão modernas que só se aplicam em Cidades periféricas da Europa, que claro apesar de periféricas são bastante mais desenvolvidas que as principais cidades portuguesas, será que a nossa visão estratégica já está muito à frente de outras cidades da Europa que não tiveram oportunidade de começar a suas linhas com um veículo de superfície tipo metro?
Um excelente exemplo europeu quase único aplicado na Cidade do Porto, capital do Norte de Portugal, e tudo isto com um baixo custo, não existem contra indicações?
Se o projecto é fabuloso, quais foram os critérios de opção utilizados em Lisboa para apenas usar este veiculo (ou um muito semelhante) a ligar Lisboa à periferia(mesmo assim em poucos casos), qual foi o motivo porque não se aplicou este modelo fabuloso de mobilidade, na nossa capital que continua a servir todo o tipo de transportes e alargar as suas linhas em projecto bem recentes?
Obrigado
Cristina Santos
De: Jorge Mayer - "Onde está a Autoridade?"
Nesta questão das linhas (Boavista, Alfândega, Gaia, etc.) e do futuro do Metro e dos transportes públicos na nossa cidade existe uma instituição que devia ser fundamental em todo o processo da planeamento e gestão da rede intermodal que é a Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, cuja comissão instaladora era, ou ainda é, liderada pelo Dr. Amândio Oliveira.
Onde está a AMTP? O que pensa ela sobre estes assuntos?
Não está o planeamento de uma nova linha sujeito a parecer desta autoridade?
Estas são questões para mim muito pertinentes. Se alguém souber respostas, agradecerei muito conhecê-las.
Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor.
Cumprimentos Jorge Mayer jorge.mayer@netcabo.pt
Onde está a AMTP? O que pensa ela sobre estes assuntos?
Não está o planeamento de uma nova linha sujeito a parecer desta autoridade?
Estas são questões para mim muito pertinentes. Se alguém souber respostas, agradecerei muito conhecê-las.
Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor.
Cumprimentos Jorge Mayer jorge.mayer@netcabo.pt
De: Lino Cabral - "F. Rocha Antunes..."
"... tem toda a razão no seu post sobre Estrasburgo."
Sem a participação activa do cidadão/utente a coisa falha.
Temos estrangulamentos à moda do Porto.
Lino Cabral
Sem a participação activa do cidadão/utente a coisa falha.
Temos estrangulamentos à moda do Porto.
Lino Cabral
De: Cristina Santos - "Bom argumento"
O Sr. Lino Cabral tem razão, mas também não restava outro exemplo, este tipo de transporte à superfície, chamado Eurotram, que só mesmo no centro da Cidade tem um pequeno percurso subterrâneo, só existe nesta extensão em Estrasburgo, porque será?! Não deixa contudo de ser um bom exemplo, não conheço infelizmente a Cidade, o numero de habitantes, mas tenho uma ideia de que quando surgiu o plano europeu de tentar acabar com o uso da viatura particular poluente, esta cidade foi uma espécie de experiência piloto em que inclusive as entidades Patronais foram incentivadas a criar parques resguardados para bicicletas, a reembolsar o dinheiro dos bilhetes de transporte publico.
Não posso é deixar de considerar que o exemplo seguido se prende mais com questões económicas, que tem movido a acção Autárquica nos últimos anos, que com a mobilidade e configuração da Cidade em si.
Talvez olhando às verbas do PIDACC bastante difíceis de conseguir nos últimos tempos e à economia das finanças da Autarquia, realmente este é o plano perfeito, que permitirá poupara verbas, criar um meio de transporte de massas, etc…
Enfim, Estrasburgo é mesmo o exemplo ideal, fica na Europa, e cumpre exactamente os requisitos, que a Metro do Porto precisa para justificar a opção tomada para colocar este monstro na nossa Avenida. Bom trabalho de argumentação.
Assim e estando explicada a fonte de inspiração, deixo-vos um exemplo do Eurotram, que se adapta bem ao futuro aspecto da nossa Avenida.
Não posso é deixar de considerar que o exemplo seguido se prende mais com questões económicas, que tem movido a acção Autárquica nos últimos anos, que com a mobilidade e configuração da Cidade em si.
Talvez olhando às verbas do PIDACC bastante difíceis de conseguir nos últimos tempos e à economia das finanças da Autarquia, realmente este é o plano perfeito, que permitirá poupara verbas, criar um meio de transporte de massas, etc…
Enfim, Estrasburgo é mesmo o exemplo ideal, fica na Europa, e cumpre exactamente os requisitos, que a Metro do Porto precisa para justificar a opção tomada para colocar este monstro na nossa Avenida. Bom trabalho de argumentação.
Assim e estando explicada a fonte de inspiração, deixo-vos um exemplo do Eurotram, que se adapta bem ao futuro aspecto da nossa Avenida.
De: Lino Cabral - "think global, act local"
Grande exemplo, Curitiba. Uma das cidades mais prósperas e organizadas. As soluções de urbanismo e mobilidade de Curitiba são premiadas internacionalmente e claro, exportam tecnologia (e soluções) de transporte urbano para cidades de todo o mundo. Um bom investimento para um grande negócio.
Curitiba tem ...0% de analfabetismo e uma perfeita rede de transportes.
“Eleita três vezes pela revista Exame (2000, 2001 e 2002) como a melhor cidade do Brasil para se fazer negócios, com destaque especial para o potencial de consumo de seus 1,6 milhões de habitantes: 3852 dólares per capita por ano. Em 1999, Curitiba foi apontada pelo Banco Mundial como a capital brasileira de melhor qualidade de vida no País. Com tantos atributos, Curitiba torna-se uma das principais opções para novos empreendimentos na América do Sul.”
Um case-study para os nossos empreendedores.
O desenvolvimento sustentável não é um chavão que utilizamos de vez em quando para colorir uma ideia ou uma conversa, é o negócio do futuro. Há muitos problemas e poucas soluções. Boas soluções tem procura.
São os “poços de petróleo” do futuro.
O Porto não é só bom de bola,
ou é?
Vale a pena ver o site.
http://www.curitiba-parana.com/
Lino Cabral
Curitiba tem ...0% de analfabetismo e uma perfeita rede de transportes.
“Eleita três vezes pela revista Exame (2000, 2001 e 2002) como a melhor cidade do Brasil para se fazer negócios, com destaque especial para o potencial de consumo de seus 1,6 milhões de habitantes: 3852 dólares per capita por ano. Em 1999, Curitiba foi apontada pelo Banco Mundial como a capital brasileira de melhor qualidade de vida no País. Com tantos atributos, Curitiba torna-se uma das principais opções para novos empreendimentos na América do Sul.”
Um case-study para os nossos empreendedores.
O desenvolvimento sustentável não é um chavão que utilizamos de vez em quando para colorir uma ideia ou uma conversa, é o negócio do futuro. Há muitos problemas e poucas soluções. Boas soluções tem procura.
São os “poços de petróleo” do futuro.
O Porto não é só bom de bola,
ou é?
Vale a pena ver o site.
http://www.curitiba-parana.com/
Lino Cabral
De: F. Rocha Antunes - "Estrasburgo"
Meus Caros,
Venho concordar com Lino Cabral, quando considera o caso do Metro Ligeiro de Estrasburgo como um exemplo a seguir.
Consultei demoradamente a página da cidade de Estrasburgo na net e fiquei de facto impressionado. É este o Metro que inspira a nossa Metro do Porto.
E descobri algumas coisas muito interessantes.
Primeiro, que as novas linhas propostas raramente utilizam as ruas existentes como canal, mas quando as utilizam não impedem as viragens à esquerda, sujeitando-se ao desenho viário normal, nunca criando um canal exclusivo em forma de barreira.
Depois, e muito interessante mesmo, é o método de aprovação das novas linhas. Então não é que aqueles senhores decidem as novas linhas depois de um demorado processo de consulta pública? E põem à disposição de todos os cidadãos não só os projectos mas todas as justificações técnicas que definiram cada linha nova?
Podem consultar o Dossier Tram, com um link directo logo na primeira página, e o longo desenvolvimento de um processo em tribunal por não se ter respeitado o processo de consulta pública…
Curioso é ver um dos documentos, que explica claramente o contexto de decisão e consulta pública.
Portanto, não são os cidadãos do Porto que têm que aprender como é que se desenvolve um projecto desta importância para a comunidade. É a Metro do Porto. Sigam o exemplo de Estrasbourgo, ainda recentemente apontado pelo Senhor Prof. Dr. Oliveira Marques como um dos “crimes” a repetir cá na região. A propósito, a única pessoa que falou em “crime” no projecto do Metro na Avenida foi o Dr. Luis Filipe Meneses, em entrevista a um jornal da cidade, e nunca neste blogue. A única coisa que a esse propósito aqui se fez foi transcrever essa notícia de jornal.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Venho concordar com Lino Cabral, quando considera o caso do Metro Ligeiro de Estrasburgo como um exemplo a seguir.
Consultei demoradamente a página da cidade de Estrasburgo na net e fiquei de facto impressionado. É este o Metro que inspira a nossa Metro do Porto.
E descobri algumas coisas muito interessantes.
Primeiro, que as novas linhas propostas raramente utilizam as ruas existentes como canal, mas quando as utilizam não impedem as viragens à esquerda, sujeitando-se ao desenho viário normal, nunca criando um canal exclusivo em forma de barreira.
Depois, e muito interessante mesmo, é o método de aprovação das novas linhas. Então não é que aqueles senhores decidem as novas linhas depois de um demorado processo de consulta pública? E põem à disposição de todos os cidadãos não só os projectos mas todas as justificações técnicas que definiram cada linha nova?
Podem consultar o Dossier Tram, com um link directo logo na primeira página, e o longo desenvolvimento de um processo em tribunal por não se ter respeitado o processo de consulta pública…
Curioso é ver um dos documentos, que explica claramente o contexto de decisão e consulta pública.
Portanto, não são os cidadãos do Porto que têm que aprender como é que se desenvolve um projecto desta importância para a comunidade. É a Metro do Porto. Sigam o exemplo de Estrasbourgo, ainda recentemente apontado pelo Senhor Prof. Dr. Oliveira Marques como um dos “crimes” a repetir cá na região. A propósito, a única pessoa que falou em “crime” no projecto do Metro na Avenida foi o Dr. Luis Filipe Meneses, em entrevista a um jornal da cidade, e nunca neste blogue. A única coisa que a esse propósito aqui se fez foi transcrever essa notícia de jornal.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: TAF - "Leituras"
- Euro 2004: Porto foi a que mais lucrou
- Porto foi o mais beneficiado
- O Porto de Leixões e os lucros
- Fantasporto garante apoio continuado por três anos
- À espera que Governo rosa "apague" a Linha Laranja
- Brito Capelo: Protesto pode ser cancelado
- Plano de Pormenor para o Parque Oriental
- Adiado despejo do Horto Belafoz - Já tinha lido sobre este caso antes. Não há por aqui ninguém com um terreno adequado que queira propor uma parceria a esta jovem empresária?
- Porto foi o mais beneficiado
- O Porto de Leixões e os lucros
- Fantasporto garante apoio continuado por três anos
- À espera que Governo rosa "apague" a Linha Laranja
- Brito Capelo: Protesto pode ser cancelado
- Plano de Pormenor para o Parque Oriental
- Adiado despejo do Horto Belafoz - Já tinha lido sobre este caso antes. Não há por aqui ninguém com um terreno adequado que queira propor uma parceria a esta jovem empresária?
2005/02/22
De: Lino Cabral - "Lino Cabral - ei-lo! (sem ironia)"
O metro que mudou a cidade. Permitiu a Estrasburgo a aproximação do centro da cidade aos locais de grande densidade populacional. Paralelamente, um plano exemplar erradicou totalmente os carros do centro. Perfeito.
De: Alexandre Burmester - "Más lembranças..."
"... e más memórias."
"Se agora protestam contra a requalificação da Avenida da Boavista, porque não protestaram também contra a requalificação da rotunda?"
Afirmação do Pr. Rui Rio
Caro Sr. Presidente
Não faltou contestação ao arranjo da Rotunda da Boavista, apenas com menos veemência. Para isso bastará ler as inúmeras intervenções, de muita gente, nas páginas deste Blog. Mas a contestação é sem dúvida menor que a do Metro da Boavista, porque só pudemos realmente ver o produto final após a conclusão da obra. Estava-se confiante que dado o autor do projecto ser um famoso Arqº, houvesse um maior rasgo na solução apresentada. Mas imagino que tenha sido condicionado o projecto, pelos custos de obra, e aqui mais uma vez tivesse sido usado o seu nome para evitar contestação. (O que aliás foi bem conseguido)
Mas vejamos realmente o que restou do arranjo da Rotunda:
Lembrando o seu gosto pelas "Lareiras de imitação", gostaria de sugerir em tom "de profissional do contra", que bem podia ir brincar com os carrinhos de corridas para outro local mais apropriado, e deixar para destruir o património alheio, quando estivesse mandato para o efeito.
Agora que há "Presidentes do contra", há.
Alexandre Burmester
"Se agora protestam contra a requalificação da Avenida da Boavista, porque não protestaram também contra a requalificação da rotunda?"
Afirmação do Pr. Rui Rio
Caro Sr. Presidente
Não faltou contestação ao arranjo da Rotunda da Boavista, apenas com menos veemência. Para isso bastará ler as inúmeras intervenções, de muita gente, nas páginas deste Blog. Mas a contestação é sem dúvida menor que a do Metro da Boavista, porque só pudemos realmente ver o produto final após a conclusão da obra. Estava-se confiante que dado o autor do projecto ser um famoso Arqº, houvesse um maior rasgo na solução apresentada. Mas imagino que tenha sido condicionado o projecto, pelos custos de obra, e aqui mais uma vez tivesse sido usado o seu nome para evitar contestação. (O que aliás foi bem conseguido)
Mas vejamos realmente o que restou do arranjo da Rotunda:
- Se o seu desenho não se enquadrava ao uso que tinha, em nada se alterou, porque se manteve. Continua a ter uma estrutura viária interior, apenas nas vias foi excluído o alcatrão. Apresenta um jardim interior sem qualquer uso que não seja o de atravessamento e passagem.
- Cortaram-se as raízes de muitas das árvores, para colocação de guias de granito, e que se mantêm teimosamente em pé por conta do excelente inverno que temos tido.
- Redesenharam o trânsito de forma tão criativa, que foram capazes de pejar uma rotunda cheia de semáforos, ao ponto de provocar enormes filas à entrada, uma vez que no interior circula-se à vontade. Adoptaram-se nas vias de acesso, a mesma e famosa solução do Presidente Samora Machel - carros em mão única e autocarros em duas mãos.
- Perdemos a possibilidade de alargamento dos passeios externos, da fixação de esplanadas e de locais de eventos.
- Ganharemos uma "Casa de chá", com vista para o trânsito, e com um índice sonoro em decibeis do tipo "ZEN".
Lembrando o seu gosto pelas "Lareiras de imitação", gostaria de sugerir em tom "de profissional do contra", que bem podia ir brincar com os carrinhos de corridas para outro local mais apropriado, e deixar para destruir o património alheio, quando estivesse mandato para o efeito.
Agora que há "Presidentes do contra", há.
Alexandre Burmester
De: F. Rocha Antunes - "Entrevista a Rui Rio"
Meus Caros,
Temos que ser mais “profissionais” nisto de sermos do “contra”.
Estive a ver as imagens da reportagem das obras na Avenida, na RTP1, no Jornal da Tarde, às 14h07 (www.rtp.pt)
O Presidente da CMP e (não tenho a certeza neste momento) da Metro do Porto disse coisas acertadas e omitiu algumas questões mais difíceis.
Disse, acertadamente, que se deveria requalificar a Avenida e aproveitar para resolver vários problemas ao mesmo tempo, entre os quais os problemas de drenagem do Parque de Estacionamento do Castelo do Queijo. Muito bem, nisso estamos todos de acordo e é bem feito.
Aqui ninguém escreveu nada contra a requalificação da Avenida da Boavista. Sejamos claros.
O que se disse é que o Metro não deve utilizar a Avenida, por todas as razões já expostas. Agora, requalificar a Avenida tem todo o nosso apoio. Não se esteve contra nenhuma requalificação com sentido, portanto não se estaria contra a requalificação, por si só, da Avenida.
O problema é que nessas obras irão para o lixo os carris dos eléctricos que nunca chegaram a ser utilizados. E portanto, uma obra de reimplantação de carris vai ser feita no futuro: ou estes serão reinstalados, ou serão instalados os carris do Metro. Ainda não é desta que deixa de haver obras que depois terão de ser corrigidas.
Registei também a afirmação de que “se o Metro vier a ser feito a Avenida já estará preparada”. Bem como a importância da participação cívica. Já fomos despromovidos de “profissionais do contra”.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Temos que ser mais “profissionais” nisto de sermos do “contra”.
Estive a ver as imagens da reportagem das obras na Avenida, na RTP1, no Jornal da Tarde, às 14h07 (www.rtp.pt)
O Presidente da CMP e (não tenho a certeza neste momento) da Metro do Porto disse coisas acertadas e omitiu algumas questões mais difíceis.
Disse, acertadamente, que se deveria requalificar a Avenida e aproveitar para resolver vários problemas ao mesmo tempo, entre os quais os problemas de drenagem do Parque de Estacionamento do Castelo do Queijo. Muito bem, nisso estamos todos de acordo e é bem feito.
Aqui ninguém escreveu nada contra a requalificação da Avenida da Boavista. Sejamos claros.
O que se disse é que o Metro não deve utilizar a Avenida, por todas as razões já expostas. Agora, requalificar a Avenida tem todo o nosso apoio. Não se esteve contra nenhuma requalificação com sentido, portanto não se estaria contra a requalificação, por si só, da Avenida.
O problema é que nessas obras irão para o lixo os carris dos eléctricos que nunca chegaram a ser utilizados. E portanto, uma obra de reimplantação de carris vai ser feita no futuro: ou estes serão reinstalados, ou serão instalados os carris do Metro. Ainda não é desta que deixa de haver obras que depois terão de ser corrigidas.
Registei também a afirmação de que “se o Metro vier a ser feito a Avenida já estará preparada”. Bem como a importância da participação cívica. Já fomos despromovidos de “profissionais do contra”.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Carlos Gilbert - "Argumento?"
Cara Cristina,
As perguntas que coloca quanto às soluções adoptadas noutras cidades europeias são de complexa análise e resposta. Muitas cidades (Lisboa incluída) têm o transporte urbano em carril há muito tempo, e por conseguinte as melhorias graduais que nelas com o decorrer do tempo têm sido feitas vão sempre mais ou menos ao encontro da solução "metro/eléctrico rápido". O Porto é que optou há relativamente pouco tempo pelo abandono desta solução e agora de repente resolveu (e bem, diga-se) "fazer marcha-atrás", o que tem motivado toda a barafunda a que temos assistido. Barafunda tal que o próprio Prof. Oliveira Marques, que hoje podia reclinar-se na sua poltrona e gozar de um estatuto de "herói dos transportes" a nível de área urbana do Grande Porto, se vê num fogo cruzado devido às tropelias que ultimamente tem cometido em defesa de uma solução colateral que lhe está a estragar por completo a sua imagem...
É óbvio que uma rede de metro é positiva para a cidade, mas é como o José Pulido Valente diz com o seu humor único, em vez de a autarquia ter optado por uma "lareira a sério" resolveu pela solução de uma "lareira de imitir"... passe o exagero da metáfora... Todos nós teríamos entendido se a autarquia viesse com um plano ambicioso por fases e nos dissesse: "isto é o que podemos construir já, isto já está estudado e falta obtermos financiamento e aquilo é o que planeamos e estamos abertos a discussão até uma decisão final". Há muito que se sabe que o Grande Porto vai ser uma enorme "meia laranja" desde a Póvoa até Espinho, e passando por Penafiel a nascente, pelo que é bom (BOM mesmo!) que se vá planeando desde já como resolver os fluxos diários de pessoas e mercadorias, para o bem de todos. Assim como o novo aeroporto que vamos ter faz parte de um plano feito a longo prazo e que (presumo) engloba fluxos trans-fronteiriços com a vizinha Galiza, a rede de transportes urbanos e sub-urbanos deve obedecer ao mesmo tipo de planeamento. Só que o planeamento deve ser feito sem constrangimentos que não sejam o seu objectivo final e a sua exequibilidade (incluindo aqui o financiamento), e aqui é que começamos, nesta fase em que estamos, a ter problemas... é demasiado evidente que há "gato escondido com rabo de fora", se bem me faço entender... e o Alexandre já aqui colocou de forma explícita.
Carlos Gilbert
As perguntas que coloca quanto às soluções adoptadas noutras cidades europeias são de complexa análise e resposta. Muitas cidades (Lisboa incluída) têm o transporte urbano em carril há muito tempo, e por conseguinte as melhorias graduais que nelas com o decorrer do tempo têm sido feitas vão sempre mais ou menos ao encontro da solução "metro/eléctrico rápido". O Porto é que optou há relativamente pouco tempo pelo abandono desta solução e agora de repente resolveu (e bem, diga-se) "fazer marcha-atrás", o que tem motivado toda a barafunda a que temos assistido. Barafunda tal que o próprio Prof. Oliveira Marques, que hoje podia reclinar-se na sua poltrona e gozar de um estatuto de "herói dos transportes" a nível de área urbana do Grande Porto, se vê num fogo cruzado devido às tropelias que ultimamente tem cometido em defesa de uma solução colateral que lhe está a estragar por completo a sua imagem...
É óbvio que uma rede de metro é positiva para a cidade, mas é como o José Pulido Valente diz com o seu humor único, em vez de a autarquia ter optado por uma "lareira a sério" resolveu pela solução de uma "lareira de imitir"... passe o exagero da metáfora... Todos nós teríamos entendido se a autarquia viesse com um plano ambicioso por fases e nos dissesse: "isto é o que podemos construir já, isto já está estudado e falta obtermos financiamento e aquilo é o que planeamos e estamos abertos a discussão até uma decisão final". Há muito que se sabe que o Grande Porto vai ser uma enorme "meia laranja" desde a Póvoa até Espinho, e passando por Penafiel a nascente, pelo que é bom (BOM mesmo!) que se vá planeando desde já como resolver os fluxos diários de pessoas e mercadorias, para o bem de todos. Assim como o novo aeroporto que vamos ter faz parte de um plano feito a longo prazo e que (presumo) engloba fluxos trans-fronteiriços com a vizinha Galiza, a rede de transportes urbanos e sub-urbanos deve obedecer ao mesmo tipo de planeamento. Só que o planeamento deve ser feito sem constrangimentos que não sejam o seu objectivo final e a sua exequibilidade (incluindo aqui o financiamento), e aqui é que começamos, nesta fase em que estamos, a ter problemas... é demasiado evidente que há "gato escondido com rabo de fora", se bem me faço entender... e o Alexandre já aqui colocou de forma explícita.
Carlos Gilbert
De: Carlos Gilbert - "Metro? Automóvel?"
Diz Lino Cabral na sua mais recente intervenção:
"Afinal os inimigos do Metro na Av. da Boavista são os amigos do mais poderoso instrumento de alienação social jamais inventado, o Automóvel.
Curioso o argumento dominante : o Metro de superfície na Av. da Boavista é uma espécie de estorvo ao trânsito… automóvel.
Reivindique-se urgentemente o arranjo urbanístico da avenida à medida do automóvel, as árvores são boas desde que não dificultem o trânsito automóvel.
Quer queiramos quer não, este “instrumento poderoso de alienação social” tomou conta das nossas vidas, e de que maneira!"
Estranha leitura esta. Depois de perdermos horas a fio a argumentar sobre os "pontos fracos" dos actuais planos da autarquia para a requalificação da Av. da Boavista, vem este nosso concidadão dizer que afinal o que no fundo queremos é a defesa do automóvel, ou seja, do transporte privado e pessoal em detrimento do público e de massas! Muito rapidamente gostava de a este respeito lembrar ao Sr. Lino Cabral que
Será que não é possível desenhar uma linha de Metro de superfície (opção + económica e +rápida) enquadrada na respectiva via, de tal forma que substitua progressivamente a viatura própria como transporte prioritário?
Será que foram analisados e ponderados todos os cenários tendo em conta os recursos disponíveis, máxima eficiência, múltiplos impactes, ordenamento, etc, etc?
Será que não nos safamos dos eternos estrangulamentos ?"
A pergunta que formula foi aqui colocada e debatida inúmeras vezes e apresentadas respostas e alternativas. É só ir ler os textos onde as mesmas vêm descritas.
Eu é que aproveito para perguntar quando nos dão resposta às questões de base que são:
A Av. da Boavista é uma caótica semi-recta, ladeada por um conjunto de edifícios de difícil classificação urbana/arquitectónica, inspirado por alguns construtores/promotores imobiliários provavelmente nas grandes cidades da África subsariana."
Ponto um: recusa categórica do metro de superfície sim, mas não do transporte de massas em canal dedicado! Que este ponto fique bem claro, Sr. Lino Cabral!
Ponto dois: se a lucidez de V. Exª fica turvada por este motivo, pergunto-lhe frontalmente:
Acha que as obras de requalificação da avenida vão alterar uma pedrinha que seja no dito conjunto de edifícios que enumera na sua argumentação? Essa para mim é nova!...
O Prof. Oliveira Marques é citado nos jornais de hoje como tendo proferido mais uma vez afirmações que me levam a perder de vez o respeito por este administrador da empresa "Metro do Porto". Mostrou aos jornalistas uma avenida de Estrasburgo (requalificada na sequência da implementação do metro na mesma) e afirmou algo como: "se é "crime" pôr o metro na Boavista, vejam, é este o "crime" que vamos cometer" e "se a cidade se pronunciar contra, fica então a avenida como está".
O mesmo afirmo com respeito ao Dr. Rui Rio, que hoje vi na televisão (em peça emitida na RTP1 cerca das 14.05h) produzir a seguinte afirmação (e cito de memória): "Se agora protestam contra a requalificação da Avenida da Boavista, porque não protestaram também contra a requalificação da rotunda?"
É espantoso. É triste verificarmos como se batem sucessivamente os limites da demagogia e da deturpação de argumentos por parte de indivíduos que estão em lugares de grande poder decisório, que fazem opções que vão mexer com dezenas de milhares de cidadãos todos os dias, que vão influenciar uma cidade para todo o sempre e que são financiadas com dinheiros públicos. Talvez nas próximas autárquicas mereçam a mesma resposta por parte da população como agora vimos a nível nacional. É a esperança que me resta.
Carlos Gilbert
"Afinal os inimigos do Metro na Av. da Boavista são os amigos do mais poderoso instrumento de alienação social jamais inventado, o Automóvel.
Curioso o argumento dominante : o Metro de superfície na Av. da Boavista é uma espécie de estorvo ao trânsito… automóvel.
Reivindique-se urgentemente o arranjo urbanístico da avenida à medida do automóvel, as árvores são boas desde que não dificultem o trânsito automóvel.
Quer queiramos quer não, este “instrumento poderoso de alienação social” tomou conta das nossas vidas, e de que maneira!"
Estranha leitura esta. Depois de perdermos horas a fio a argumentar sobre os "pontos fracos" dos actuais planos da autarquia para a requalificação da Av. da Boavista, vem este nosso concidadão dizer que afinal o que no fundo queremos é a defesa do automóvel, ou seja, do transporte privado e pessoal em detrimento do público e de massas! Muito rapidamente gostava de a este respeito lembrar ao Sr. Lino Cabral que
- Não é possível banir por completo o transporte privado das cidades, seja o automóvel, a "scooter" ou a bicicleta, e a Av. da Boavista tem características que a tornam uma das artérias estruturantes mais importantes da cidade do Porto. Por esta artéria passam não só pessoas com destino ao centro da cidade (que, essas sim, podem deixar o transporte próprio em casa e utilizar o transporte público, desde que este seja alternativa válida) mas milhares cujo destino fica em pontos em que o transporte público nem lá chega, a maior parte destes fora da cidade. Que sugestão dá a estes cidadãos, caro Sr. Lino Cabral?
- Se o automóvel é um "instrumento poderoso de alienação social" é assunto para debate académico noutro tópico, não aqui neste, por manifesta falta de enquadramento. Não vale a pena tentar "tapar o sol com uma peneira" e vamos a ser realistas e pragmáticos, caso contrário não chegamos a lado nenhum.
Será que não é possível desenhar uma linha de Metro de superfície (opção + económica e +rápida) enquadrada na respectiva via, de tal forma que substitua progressivamente a viatura própria como transporte prioritário?
Será que foram analisados e ponderados todos os cenários tendo em conta os recursos disponíveis, máxima eficiência, múltiplos impactes, ordenamento, etc, etc?
Será que não nos safamos dos eternos estrangulamentos ?"
A pergunta que formula foi aqui colocada e debatida inúmeras vezes e apresentadas respostas e alternativas. É só ir ler os textos onde as mesmas vêm descritas.
Eu é que aproveito para perguntar quando nos dão resposta às questões de base que são:
- Qual o destino que a autarquia pretende dar aos milhares de futuros utentes do metro da Boavista que irão desembarcar no "términus" junto à Rotunda? Esta pergunta não o apoquenta, Sr. Lino Cabral? E não me venha responder que deverão ir apanhar o metro na estação da Casa da Música, pois esse já vai estar sobrelotado, como estamos já fartos de ser informados.
- Como pretende a autarquia minorar os inconvenientes dos milhares de moradores das zonas vizinhas da Avenida da Boavista quando o trânsito de automóveis for invadir de forma substancial as apertadas artérias dos diversos bairros?
A Av. da Boavista é uma caótica semi-recta, ladeada por um conjunto de edifícios de difícil classificação urbana/arquitectónica, inspirado por alguns construtores/promotores imobiliários provavelmente nas grandes cidades da África subsariana."
Ponto um: recusa categórica do metro de superfície sim, mas não do transporte de massas em canal dedicado! Que este ponto fique bem claro, Sr. Lino Cabral!
Ponto dois: se a lucidez de V. Exª fica turvada por este motivo, pergunto-lhe frontalmente:
Acha que as obras de requalificação da avenida vão alterar uma pedrinha que seja no dito conjunto de edifícios que enumera na sua argumentação? Essa para mim é nova!...
O Prof. Oliveira Marques é citado nos jornais de hoje como tendo proferido mais uma vez afirmações que me levam a perder de vez o respeito por este administrador da empresa "Metro do Porto". Mostrou aos jornalistas uma avenida de Estrasburgo (requalificada na sequência da implementação do metro na mesma) e afirmou algo como: "se é "crime" pôr o metro na Boavista, vejam, é este o "crime" que vamos cometer" e "se a cidade se pronunciar contra, fica então a avenida como está".
O mesmo afirmo com respeito ao Dr. Rui Rio, que hoje vi na televisão (em peça emitida na RTP1 cerca das 14.05h) produzir a seguinte afirmação (e cito de memória): "Se agora protestam contra a requalificação da Avenida da Boavista, porque não protestaram também contra a requalificação da rotunda?"
É espantoso. É triste verificarmos como se batem sucessivamente os limites da demagogia e da deturpação de argumentos por parte de indivíduos que estão em lugares de grande poder decisório, que fazem opções que vão mexer com dezenas de milhares de cidadãos todos os dias, que vão influenciar uma cidade para todo o sempre e que são financiadas com dinheiros públicos. Talvez nas próximas autárquicas mereçam a mesma resposta por parte da população como agora vimos a nível nacional. É a esperança que me resta.
Carlos Gilbert
De: Pulido Valente - "+1x a boavista"
Só para dizer que isto do "metro" na av. da Boavista me parece aqueles casais que não tendo condições técnicas ou económicas, para instalar uma lareira fazem colocar no local da lareira uma imitação em plástico com luzinhas a "imitir" (como se diz lá nas obras).
Dr. Rio: se não tem dinheiro para a lareira, que seria o metro enterrado, não compre plástico a fingir. É piroso, gasta dinheiro e dá muito má ideia de quem decide. jpv
Dr. Rio: se não tem dinheiro para a lareira, que seria o metro enterrado, não compre plástico a fingir. É piroso, gasta dinheiro e dá muito má ideia de quem decide. jpv
De: Diogo Barbosa - "Baixa"
Boa tarde,
Tentando ultrapassar pessimismos, penso que já se está a fazer alguma coisa para recuperar a baixa e lhe devolver toda a sua importância. Passeando hoje em dia por lá, vemos já muitas casas recuperadas e outras tantas com placas de aviso, ou mesmo já obras de recuperação em curso.
No entanto, temos ainda um entrave ao desenvolvimento mais veloz, que é a falta de informação. Sabemos que a CMP é proprietária de centenas de imóveis abandonados e que pretende encontrar compradores e investidores. Não se sabe é quais são esses imóveis, nem onde se situam nem os preços. Depois de contacto com a CMP continuo sem resposta neste sentido. Será que alguém sabe onde posso aceder a esta informação?
Já agora e aproveitando esta oportunidade, qual é a opinião dos participantes acerca do reordenamento do território do Porto, e da união administrativa das cidades que o compõem, especialmente Gaia e Matosinhos?
Obrigado
Abraços
Diogo Melo Barbosa
diogo.fluxodata@somelos.pt
--
Nota de TAF: A propósito dos temas que foca, recomendo a leitura destes posts anteriores. (A CMP ainda não disse mais nada sobre o seu património.)
Tentando ultrapassar pessimismos, penso que já se está a fazer alguma coisa para recuperar a baixa e lhe devolver toda a sua importância. Passeando hoje em dia por lá, vemos já muitas casas recuperadas e outras tantas com placas de aviso, ou mesmo já obras de recuperação em curso.
No entanto, temos ainda um entrave ao desenvolvimento mais veloz, que é a falta de informação. Sabemos que a CMP é proprietária de centenas de imóveis abandonados e que pretende encontrar compradores e investidores. Não se sabe é quais são esses imóveis, nem onde se situam nem os preços. Depois de contacto com a CMP continuo sem resposta neste sentido. Será que alguém sabe onde posso aceder a esta informação?
Já agora e aproveitando esta oportunidade, qual é a opinião dos participantes acerca do reordenamento do território do Porto, e da união administrativa das cidades que o compõem, especialmente Gaia e Matosinhos?
Obrigado
Abraços
Diogo Melo Barbosa
diogo.fluxodata@somelos.pt
--
Nota de TAF: A propósito dos temas que foca, recomendo a leitura destes posts anteriores. (A CMP ainda não disse mais nada sobre o seu património.)
De: António Moreira - "Amigos do Automóvel :-)"
Caro Sr. Lino Cabral
Não tenho nenhuma oposição, de fundo, quanto ao Metro. (nem ética, nem política nem religiosa :) ), antes pelo contrário.
Quanto ao Metro enquanto meio colectivo de transporte, rápido, eficaz, não poluente e devidamente enquadrado com a Cidade e os restantes meios de transporte.
Posso até acrescentar que a implementação da linha da Boavista, com uma estação praticamente à minha porta, iria (irá?) particularmente trazer-me benefícios acrescidos pois irá permitir uma melhoria significativa das condições em que a minha mulher se desloca diariamente para o seu local de trabalho (em frente à prevista bocarra do "Túnel de Ceuta").
Mas, quando verifico (como o caro Sr. Lino Cabral poderá também verificar pesquisando simplesmente neste "Blog" e em muitas opiniões já publicadas em diferentes meios):
Que a implementação da linha de Metro na Av. da Boavista vai acarretar mais problemas que soluções.
Que a implementação obriga a obras que implicam atentados ambientais e urbanísticos muito graves e alguns irreversíveis.
Que existem alternativas viáveis, mais económicas e que apresentam as mesmas soluções sem acrescentar os problemas inerentes ao Metro, nem implicam os atentados ambientais e urbanísticos referidos.
Que a "teimosia" em avançar com esta solução obedecerá, sem sombra de dúvida, a objectivos que nada tem a ver com os problemas que se proclama estar a tentar resolver…
Então, claramente, sou contra esta solução e a favor de soluções alternativas.
Sou a favor, claramente, da alternativa "eléctricos rápidos", contra a qual o único argumento que vi até agora apresentado, o facto de ter que se sujeitar às regras gerais de trânsito, respeitando sinais e prioridades, o que não aconteceria com o metro, me parece uma objecção absolutamente ridícula, que uma simples portaria municipal permite solucionar.
Esta solução permitiria aliás a partilha do corredor central com o trânsito de autocarros não os paralisando como sucederá quando forem "corridos"pelo Metro, para as faixas laterais (ou o Sr. Lino Cabral imagina que, havendo o Metro, deixa de haver necessidade de as diversas linhas de autocarros transitarem na Avª da Boavista?)
Naturalmente concordo que um eficaz "corredor BUS", nomeadamente no trajecto em que não existe o corredor central, no qual fosse devidamente policiado o comportamento inqualificável da maioria dos utilizadores do AUTOMÓVEL, deveria e poderia ser implementado de imediato e, por si só, resolveria grande parte dos problemas de mobilidade de e para esta(s) zona(s), pelo que penso ser esta a segunda alternativa mais desejável, mas a de mais fácil e rápida implementação.
Concluindo, não enfio o "chapéu" de"Amigo do Automóvel", no contexto da mobilidade urbana, com que pretende catalogar os que questionam esta solução.
Pelo contrário, condeno vivamente a inércia das forças da autoridade (PSP e Polícia Municipal), como responsabilidades claríssimas deste e dos anteriores executivos municipais, na criação de um ambiente de completa impunidade que permite e incentiva o comportamento egoísta, abusivo e completamente incivilizado de uma enorme percentagem dos utilizadores do Automóvel.
Obrigado pela sua contribuição para este debate.
Cumprimentos
António Moreira
Não tenho nenhuma oposição, de fundo, quanto ao Metro. (nem ética, nem política nem religiosa :) ), antes pelo contrário.
Quanto ao Metro enquanto meio colectivo de transporte, rápido, eficaz, não poluente e devidamente enquadrado com a Cidade e os restantes meios de transporte.
Posso até acrescentar que a implementação da linha da Boavista, com uma estação praticamente à minha porta, iria (irá?) particularmente trazer-me benefícios acrescidos pois irá permitir uma melhoria significativa das condições em que a minha mulher se desloca diariamente para o seu local de trabalho (em frente à prevista bocarra do "Túnel de Ceuta").
Mas, quando verifico (como o caro Sr. Lino Cabral poderá também verificar pesquisando simplesmente neste "Blog" e em muitas opiniões já publicadas em diferentes meios):
Que a implementação da linha de Metro na Av. da Boavista vai acarretar mais problemas que soluções.
Que a implementação obriga a obras que implicam atentados ambientais e urbanísticos muito graves e alguns irreversíveis.
Que existem alternativas viáveis, mais económicas e que apresentam as mesmas soluções sem acrescentar os problemas inerentes ao Metro, nem implicam os atentados ambientais e urbanísticos referidos.
Que a "teimosia" em avançar com esta solução obedecerá, sem sombra de dúvida, a objectivos que nada tem a ver com os problemas que se proclama estar a tentar resolver…
Então, claramente, sou contra esta solução e a favor de soluções alternativas.
Sou a favor, claramente, da alternativa "eléctricos rápidos", contra a qual o único argumento que vi até agora apresentado, o facto de ter que se sujeitar às regras gerais de trânsito, respeitando sinais e prioridades, o que não aconteceria com o metro, me parece uma objecção absolutamente ridícula, que uma simples portaria municipal permite solucionar.
Esta solução permitiria aliás a partilha do corredor central com o trânsito de autocarros não os paralisando como sucederá quando forem "corridos"pelo Metro, para as faixas laterais (ou o Sr. Lino Cabral imagina que, havendo o Metro, deixa de haver necessidade de as diversas linhas de autocarros transitarem na Avª da Boavista?)
Naturalmente concordo que um eficaz "corredor BUS", nomeadamente no trajecto em que não existe o corredor central, no qual fosse devidamente policiado o comportamento inqualificável da maioria dos utilizadores do AUTOMÓVEL, deveria e poderia ser implementado de imediato e, por si só, resolveria grande parte dos problemas de mobilidade de e para esta(s) zona(s), pelo que penso ser esta a segunda alternativa mais desejável, mas a de mais fácil e rápida implementação.
Concluindo, não enfio o "chapéu" de"Amigo do Automóvel", no contexto da mobilidade urbana, com que pretende catalogar os que questionam esta solução.
Pelo contrário, condeno vivamente a inércia das forças da autoridade (PSP e Polícia Municipal), como responsabilidades claríssimas deste e dos anteriores executivos municipais, na criação de um ambiente de completa impunidade que permite e incentiva o comportamento egoísta, abusivo e completamente incivilizado de uma enorme percentagem dos utilizadores do Automóvel.
Obrigado pela sua contribuição para este debate.
Cumprimentos
António Moreira
De: Cristina Santos - "argumento???"
Não percebo se o Sr. Lino Cabral defende a linha à superfície para o metro ou para o eléctrico rápido, na verdade escapa-me o sentido da sua mensagem, depreendo no entanto que se dirige a sua critica à possibilidade de uma linha enterrada.
Uma simples pergunta, no google, em pesquisa, aparecem capitais ou segundas cidades de países Europeus, com avenidas rasgadas a meio ou essas imagens correspondem a periferias, cidades dormitório, com áreas geográficas consideráveis, onde um transporte subterrâneo nunca seria compensador?
Esses meios de transporte fazem percursos de 7 km ou de 30Km, aparecem em complemento ou em exclusivo, penso sinceramente que essas opções que refere vem muito depois de uma eficiente linha de metro, vias , comboios, autocarros, nascem por aumento de necessidade de deslocação, ou estou enganada?
No google não aparecem os meios de mobilidade de Lisboa, e das suas periferias, não aparece o eléctrico complementar e rápido (de superfície) de Lisboa?
As cidades Europeias tem por costume trocar meios de transporte, ou já estão munidas de todos os meios de transporte, que inclusive rasgam estados de lés a lés?!
Nessa Cidades onde eléctricos rasgam as Avenidas, de que avenida se está a falar, qual é o fluxo de trânsito diário?
Eu chego da Maia ao Porto em 10 minuto, rasgo a cidade da Maia em minutos, coisa que não acontece no Porto….
Perdoem a minha extrema ignorância, o meu rasgo para opiniões descabidas, eu pergunto isto porque sinceramente acho, que se tem vindo a baralhar as situações a obedecer a índices de receita disponíveis, para o investimento na mobilidade da nossa Cidade.
Devo ser mesmo ignorante, mas ainda não percebi, porque é que a linha não serve o núcleo urbano de forma independente, eu sinceramente não entendo nos dias de hoje, os projectos de edificação com garagens no Rês do Chão, quando o sub solo é penetrável, quando o espaço é tão importante e caro.
Até compreenderia uma rede de circulação quase exclusivamente pública, se a Cidade do Porto estivesse tão concentrada, que para qualquer exercício comercial, fosse suficiente deixar o carro num parque e movimentar-me dentro da cidade a pé de um fornecedor para outro, ou de transportes públicos. Enquanto isso não está garantido, não tenho direito de menosprezar uma via ampla e torna-la numa via do centro Histórico…
Podemos dizer que se o tráfego automóvel diminuir por causa do Eléctrico, os autocarros também circularão melhor no resto da cidade, que os comboios terão mais clientes, que a deslocação em massa será mais efe ciente, podemos dizer isso tudo, mas não é suficiente. Nem se pode obrigar uma população a optar pelo transporte publico, cortando-lhe as alternativa, isso tem outro nome...
Defendo a linha enterrada não pelo tráfego automóvel, mas pelo respeito pelo espaço, pela amplitude que há muito sinto falta no Porto.
A edificação em massa da nossa Cidade é um exemplo da herança pesada que deixaremos aos nossos sucessores, quanto a mim deve evitar-se ao máximo ocupar o espaço útil da cidade, nunca sabemos quando poderemos vir a precisar dele.
Se temos oportunidade de investir num transporte de massas, que seja feito correctamente que não hipoteque situações e necessidades futuras.
Uma simples pergunta, no google, em pesquisa, aparecem capitais ou segundas cidades de países Europeus, com avenidas rasgadas a meio ou essas imagens correspondem a periferias, cidades dormitório, com áreas geográficas consideráveis, onde um transporte subterrâneo nunca seria compensador?
Esses meios de transporte fazem percursos de 7 km ou de 30Km, aparecem em complemento ou em exclusivo, penso sinceramente que essas opções que refere vem muito depois de uma eficiente linha de metro, vias , comboios, autocarros, nascem por aumento de necessidade de deslocação, ou estou enganada?
No google não aparecem os meios de mobilidade de Lisboa, e das suas periferias, não aparece o eléctrico complementar e rápido (de superfície) de Lisboa?
As cidades Europeias tem por costume trocar meios de transporte, ou já estão munidas de todos os meios de transporte, que inclusive rasgam estados de lés a lés?!
Nessa Cidades onde eléctricos rasgam as Avenidas, de que avenida se está a falar, qual é o fluxo de trânsito diário?
Eu chego da Maia ao Porto em 10 minuto, rasgo a cidade da Maia em minutos, coisa que não acontece no Porto….
Perdoem a minha extrema ignorância, o meu rasgo para opiniões descabidas, eu pergunto isto porque sinceramente acho, que se tem vindo a baralhar as situações a obedecer a índices de receita disponíveis, para o investimento na mobilidade da nossa Cidade.
Devo ser mesmo ignorante, mas ainda não percebi, porque é que a linha não serve o núcleo urbano de forma independente, eu sinceramente não entendo nos dias de hoje, os projectos de edificação com garagens no Rês do Chão, quando o sub solo é penetrável, quando o espaço é tão importante e caro.
Até compreenderia uma rede de circulação quase exclusivamente pública, se a Cidade do Porto estivesse tão concentrada, que para qualquer exercício comercial, fosse suficiente deixar o carro num parque e movimentar-me dentro da cidade a pé de um fornecedor para outro, ou de transportes públicos. Enquanto isso não está garantido, não tenho direito de menosprezar uma via ampla e torna-la numa via do centro Histórico…
Podemos dizer que se o tráfego automóvel diminuir por causa do Eléctrico, os autocarros também circularão melhor no resto da cidade, que os comboios terão mais clientes, que a deslocação em massa será mais efe ciente, podemos dizer isso tudo, mas não é suficiente. Nem se pode obrigar uma população a optar pelo transporte publico, cortando-lhe as alternativa, isso tem outro nome...
Defendo a linha enterrada não pelo tráfego automóvel, mas pelo respeito pelo espaço, pela amplitude que há muito sinto falta no Porto.
A edificação em massa da nossa Cidade é um exemplo da herança pesada que deixaremos aos nossos sucessores, quanto a mim deve evitar-se ao máximo ocupar o espaço útil da cidade, nunca sabemos quando poderemos vir a precisar dele.
Se temos oportunidade de investir num transporte de massas, que seja feito correctamente que não hipoteque situações e necessidades futuras.
De: F. Rocha Antunes - "Lino Cabral"
Caro Lino Cabral,
Os seus argumentos sobre as opiniões de alguns bloguistas são confusos. Eu, que sou um inimigo deste Metro superficial nesta Avenida concreta, explico-me.
A cidade é feita para todos. Até, imagine-se, para os alienados utilizadores de automóveis.
A verdadeira questão é a da mobilidade. E qualquer definição de mobilidade hoje passa pela melhoria de circulação de todos os modos de transporte e da sua articulação eficiente e não pela simples exclusão de um desses modos a favor de outro.
Eu, que acredito que as mudanças se devem fazer de forma lenta e segura e não drástica, dou-lhe um exemplo concreto. Em nome dessa mobilidade, criaram-se parques de estacionamento na Baixa. Mas não se criaram os transportes públicos previstos que permitiriam que se estacionasse num parque e se pudesse circular dentro da Baixa. Estou a falar da rede de eléctricos que foi começada e que hoje está tão encravada que ninguém assume a sua gestão.
A rede de eléctricos, que alguns insistem em transformar numa rede de eléctricos históricos mas que não corresponde à ideia que levou a criar quilómetros de carris renovados, que era de eléctricos modernos, é fundamental para a mobilidade urbana. Porque permite limitar o tráfego automóvel em determinadas zonas da cidade que não têm condições físicas para que esse tráfego flua sem sacrificar a mobilidade. E essa rede de eléctricos iria fazer a ligação, entre outras, da zona de Matosinhos Sul à Rotunda da Boavista. Por essa razão foram implantados os carris que começaram ontem a ser arrancados no viaduto do Parque da Cidade.
Há espaço para vários tipos de ligações ferroviárias: a de canal fechado e pesado, como as linhas de comboios suburbanos da USGP da CP que, como já disse várias vezes, deveria ser o modo de ligação da Senhora da Hora à Póvoa de Varzim e à Trofa. A de canal exclusivo mas em ambiente urbano, o Metro, que deveria ter como função essencial a ligação entre os vários centros urbanos da AMP aonde as linhas pesadas não pudessem funcionar, integrando-se o melhor possível na malha urbana, e a rede de eléctricos rápidos, que convive com a malha urbana mais consolidada.
Complementada pela nova rede de autocarros dos STCP, com a criação de canais BUS e com a criação de condições de circulação ordenada dos automóveis.
Não se pode é mudar tudo a meio, deitar fora o dinheiro já investido e avançar com soluções que não resolvem nem melhoram nenhuma questão essencial da mobilidade quer supra-concelhia quer intra-concelhia.
É por isso que sou contra.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Os seus argumentos sobre as opiniões de alguns bloguistas são confusos. Eu, que sou um inimigo deste Metro superficial nesta Avenida concreta, explico-me.
A cidade é feita para todos. Até, imagine-se, para os alienados utilizadores de automóveis.
A verdadeira questão é a da mobilidade. E qualquer definição de mobilidade hoje passa pela melhoria de circulação de todos os modos de transporte e da sua articulação eficiente e não pela simples exclusão de um desses modos a favor de outro.
Eu, que acredito que as mudanças se devem fazer de forma lenta e segura e não drástica, dou-lhe um exemplo concreto. Em nome dessa mobilidade, criaram-se parques de estacionamento na Baixa. Mas não se criaram os transportes públicos previstos que permitiriam que se estacionasse num parque e se pudesse circular dentro da Baixa. Estou a falar da rede de eléctricos que foi começada e que hoje está tão encravada que ninguém assume a sua gestão.
A rede de eléctricos, que alguns insistem em transformar numa rede de eléctricos históricos mas que não corresponde à ideia que levou a criar quilómetros de carris renovados, que era de eléctricos modernos, é fundamental para a mobilidade urbana. Porque permite limitar o tráfego automóvel em determinadas zonas da cidade que não têm condições físicas para que esse tráfego flua sem sacrificar a mobilidade. E essa rede de eléctricos iria fazer a ligação, entre outras, da zona de Matosinhos Sul à Rotunda da Boavista. Por essa razão foram implantados os carris que começaram ontem a ser arrancados no viaduto do Parque da Cidade.
Há espaço para vários tipos de ligações ferroviárias: a de canal fechado e pesado, como as linhas de comboios suburbanos da USGP da CP que, como já disse várias vezes, deveria ser o modo de ligação da Senhora da Hora à Póvoa de Varzim e à Trofa. A de canal exclusivo mas em ambiente urbano, o Metro, que deveria ter como função essencial a ligação entre os vários centros urbanos da AMP aonde as linhas pesadas não pudessem funcionar, integrando-se o melhor possível na malha urbana, e a rede de eléctricos rápidos, que convive com a malha urbana mais consolidada.
Complementada pela nova rede de autocarros dos STCP, com a criação de canais BUS e com a criação de condições de circulação ordenada dos automóveis.
Não se pode é mudar tudo a meio, deitar fora o dinheiro já investido e avançar com soluções que não resolvem nem melhoram nenhuma questão essencial da mobilidade quer supra-concelhia quer intra-concelhia.
É por isso que sou contra.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: F. Rocha Antunes - "Fantasporto"
Meus Caros,
A nossa atracção por eventos como forma de impulsionar a economia é conhecida. Já antes falei aqui desta nossa “economia eventual”.
Venho hoje falar de o que é um exemplo que um evento organizado de forma sistemática deve ser. É o Fantasporto.
A persistência, a capacidade de inovação e a qualidade da organização são os elementos essenciais para a afirmação de qualquer evento no mercado internacional.
Temos um evento com escala, cosmopolita, moderno, que poderá ser muito ampliado se tiver o apoio de todos os interessados.
Eu vejo em todo o lado a publicidade que a C.M.P. faz a um evento que não tem qualquer tradição nas décadas mais recentes. Não vejo em lado nenhum o apoio, no mínimo equivalente, a um evento mais do que consolidado, o Fantasporto.
Isto, para além do mais, é um enorme desperdício de recursos. Quer do potencial económico e de divulgação, quer dos meios públicos postos à disposição da CMP.
Não tenho nada contra a promoção das novas corridas. Mas já não percebo os critérios utilizados quando não se potencia ao máximo o efeito que o Fantasporto poderia ter.
Vamos estar cá todos para medir o impacto das novas corridas, e sobretudo para apreciar a continuidade dessa estratégia em edições futuras. Tudo indica que estamos a falar de um evento que se realizará uma só vez, pois não me parece que, se a linha do Metro vier a ocupar a Avenida ele se possa alguma vez repetir.
É evidente que é desejável que o impacto das corridas seja grande, mas a questão de se saber se não seria maior com um igual apoio ao crescimento e consolidação do Fantas não seria mais importante permanece.
Os critérios de utilização dos dinheiros públicos têm de fazer sentido estratégico para o futuro. Não me parece que a ideia de futuro da cidade passe por se achar novamente Chique. Em Seteais percebo. Aqui não.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A nossa atracção por eventos como forma de impulsionar a economia é conhecida. Já antes falei aqui desta nossa “economia eventual”.
Venho hoje falar de o que é um exemplo que um evento organizado de forma sistemática deve ser. É o Fantasporto.
A persistência, a capacidade de inovação e a qualidade da organização são os elementos essenciais para a afirmação de qualquer evento no mercado internacional.
Temos um evento com escala, cosmopolita, moderno, que poderá ser muito ampliado se tiver o apoio de todos os interessados.
Eu vejo em todo o lado a publicidade que a C.M.P. faz a um evento que não tem qualquer tradição nas décadas mais recentes. Não vejo em lado nenhum o apoio, no mínimo equivalente, a um evento mais do que consolidado, o Fantasporto.
Isto, para além do mais, é um enorme desperdício de recursos. Quer do potencial económico e de divulgação, quer dos meios públicos postos à disposição da CMP.
Não tenho nada contra a promoção das novas corridas. Mas já não percebo os critérios utilizados quando não se potencia ao máximo o efeito que o Fantasporto poderia ter.
Vamos estar cá todos para medir o impacto das novas corridas, e sobretudo para apreciar a continuidade dessa estratégia em edições futuras. Tudo indica que estamos a falar de um evento que se realizará uma só vez, pois não me parece que, se a linha do Metro vier a ocupar a Avenida ele se possa alguma vez repetir.
É evidente que é desejável que o impacto das corridas seja grande, mas a questão de se saber se não seria maior com um igual apoio ao crescimento e consolidação do Fantas não seria mais importante permanece.
Os critérios de utilização dos dinheiros públicos têm de fazer sentido estratégico para o futuro. Não me parece que a ideia de futuro da cidade passe por se achar novamente Chique. Em Seteais percebo. Aqui não.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: António Moreira - "Associações Ambientalistas"
O Sr. Paulo Araújo teve a amabilidade de me fazer chegar um comunicado com a tomada de posição das Associações da "Plataforma Convergir" relativamente ao processo da "linha da Boavista" que temos vindo a discutir.
Peço assim desculpas pelo facto de as ter "acusado de omissão e, por arrasto, de cumplicidade com o actual poder autárquico".
Lamentavelmente a visibilidade e divulgação dessa tomada de posição terá sido diminuta, nomeadamente se comparada com outras acções desenvolvidas pelas "Associações Ambientalistas" (perdoe-me utilizar esta designação genérica) relativamente a anteriores ameaças ao Parque da Cidade.
Cito: "Que tais comunicados mereçam em geral pouco destaque na imprensa, correndo o risco de passar despercebidos, não é obviamente culpa das ditas associações."
Aceito o argumento de que a responsabilidade por essa menor visibilidade e divulgação será,concerteza fundamentalmente, dos orgãos de comunicação social.
Mas não se verificará também, eventualmente, um menor empenhamento dessas associações neste caso ?
O que se verifica é que, na prática, a sua mensagem, um único comunicado, não passou de forma eficaz.
Mais uma vez, comparando com anteriores ameaças ao Parque da Cidade, é de sublinhar a discrição na forma de actuar, um simples e singelo comunicado....
Note-se que estou a referir a actuação das"Associações Ambientalistas" (perdoe-me novamente utilizar esta designação genérica) enquanto tal e não, claramente, a actuação de Cidadãos isolados que possam, eventualmente, fazer parte de alguma dessas Associações.
O que é um facto, triste, é que as obras começaram, o arranque das árvores está eminente, a invasão do Parque da Cidade por milhares de espectadores que, provavelmente não o respeitarão, está planeada.
Tudo isto parece já irreversível.
A Cidade mantem-se indiferente, os poucos que se preocupam não parecem capazes de se organizar, de passar a mensagem, de encontrar formas de agir.
Um simples abaixo-assinado ou uma simples questão colocada por um deputado municipal socialista serão suficientes para parar este processo?
Para mim a resposta é clara.
Depois da Av.ª da Boavista "requalificada" o mal estará feito e, depois de o mal estar feito, terá desaparecido, em meu entender, o principal obstáculo, à implementação da linha do Metro.
O Sr. Oliveira Marques até já abriu a porta a alternativas ao viaduto sobre o Parque da Cidade (naturalmente desde que o "affair" Imoloc se mantenha, digo eu, caluniando)
Um abraço
António Moreira
Peço assim desculpas pelo facto de as ter "acusado de omissão e, por arrasto, de cumplicidade com o actual poder autárquico".
Lamentavelmente a visibilidade e divulgação dessa tomada de posição terá sido diminuta, nomeadamente se comparada com outras acções desenvolvidas pelas "Associações Ambientalistas" (perdoe-me utilizar esta designação genérica) relativamente a anteriores ameaças ao Parque da Cidade.
Cito: "Que tais comunicados mereçam em geral pouco destaque na imprensa, correndo o risco de passar despercebidos, não é obviamente culpa das ditas associações."
Aceito o argumento de que a responsabilidade por essa menor visibilidade e divulgação será,concerteza fundamentalmente, dos orgãos de comunicação social.
Mas não se verificará também, eventualmente, um menor empenhamento dessas associações neste caso ?
O que se verifica é que, na prática, a sua mensagem, um único comunicado, não passou de forma eficaz.
Mais uma vez, comparando com anteriores ameaças ao Parque da Cidade, é de sublinhar a discrição na forma de actuar, um simples e singelo comunicado....
Note-se que estou a referir a actuação das"Associações Ambientalistas" (perdoe-me novamente utilizar esta designação genérica) enquanto tal e não, claramente, a actuação de Cidadãos isolados que possam, eventualmente, fazer parte de alguma dessas Associações.
O que é um facto, triste, é que as obras começaram, o arranque das árvores está eminente, a invasão do Parque da Cidade por milhares de espectadores que, provavelmente não o respeitarão, está planeada.
Tudo isto parece já irreversível.
A Cidade mantem-se indiferente, os poucos que se preocupam não parecem capazes de se organizar, de passar a mensagem, de encontrar formas de agir.
Um simples abaixo-assinado ou uma simples questão colocada por um deputado municipal socialista serão suficientes para parar este processo?
Para mim a resposta é clara.
Depois da Av.ª da Boavista "requalificada" o mal estará feito e, depois de o mal estar feito, terá desaparecido, em meu entender, o principal obstáculo, à implementação da linha do Metro.
O Sr. Oliveira Marques até já abriu a porta a alternativas ao viaduto sobre o Parque da Cidade (naturalmente desde que o "affair" Imoloc se mantenha, digo eu, caluniando)
Um abraço
António Moreira
De: Lino Cabral - "os superficiais..."
"... inimigos do Metro"
Afinal os inimigos do Metro na Av. da Boavista são os amigos do mais poderoso instrumento de alienação social jamais inventado, o Automóvel.
Curioso o argumento dominante : o Metro de superfície na Av. da Boavista é uma espécie de estorvo ao trânsito… automóvel.
Reivindique-se urgentemente o arranjo urbanístico da avenida à medida do automóvel, as árvores são boas desde que não dificultem o trânsito automóvel.
Quer queiramos quer não, este “instrumento poderoso de alienação social” tomou conta das nossas vidas, e de que maneira!
Pergunto :
Será que não é possível desenhar uma linha de Metro de superfície (opção + económica e +rápida) enquadrada na respectiva via, de tal forma que substitua progressivamente a viatura própria como transporte prioritário?
Será que foram analisados e ponderados todos os cenários tendo em conta os recursos disponíveis, máxima eficiência, múltiplos impactes, ordenamento, etc, etc?
Será que não nos safamos dos eternos estrangulamentos ?
Estranho que tantos bloguistas que aqui opinam sejam tão adversos ao metro de superfície na Boavista. Uns sacam de argumentos tecnicamente válidos, importantes para um ignorante na matéria clarificar as suas ideias, outros, coitados, são a “voz do seu mestre”, contribuintes para a ruideira geral, contudo a percepção de uma recusa categórica do metro de superfície turva a minha lucidez porque:
A Av. da Boavista é uma caótica semi-recta, ladeada por um conjunto de edifícios de difícil classificação urbana/arquitectónica, inspirado por alguns construtores/promotores imobiliários provavelmente nas grandes cidades da África subsariana.
Perante tal cenário, o metro de superfície não poderá desordenar o que está desordenado, pelo contrário, acompanhado de outras medidas, poderá ser um factor:
O facto de a linha de superfície na avenida ser apresentada como solução de recurso de um qualquer estrangulamento numa determinada linha é inacreditável e altamente suspeito de incompetência; como é possível que tanto planificador especializado, licenciado, mestrado e devidamente remunerado acabe estrangulado? Mas tal fenómeno paranormal para muitos de nós, pobres ignorantes, não retira a importância estratégica do metro (de superfície ou outro) como um verdadeiro catalizador da tal nova cultura da mobilidade. Assim tenhamos força, engenho e lucidez, muita lucidez.
Lino Cabral
Afinal os inimigos do Metro na Av. da Boavista são os amigos do mais poderoso instrumento de alienação social jamais inventado, o Automóvel.
Curioso o argumento dominante : o Metro de superfície na Av. da Boavista é uma espécie de estorvo ao trânsito… automóvel.
Reivindique-se urgentemente o arranjo urbanístico da avenida à medida do automóvel, as árvores são boas desde que não dificultem o trânsito automóvel.
Quer queiramos quer não, este “instrumento poderoso de alienação social” tomou conta das nossas vidas, e de que maneira!
Pergunto :
Será que não é possível desenhar uma linha de Metro de superfície (opção + económica e +rápida) enquadrada na respectiva via, de tal forma que substitua progressivamente a viatura própria como transporte prioritário?
Será que foram analisados e ponderados todos os cenários tendo em conta os recursos disponíveis, máxima eficiência, múltiplos impactes, ordenamento, etc, etc?
Será que não nos safamos dos eternos estrangulamentos ?
Estranho que tantos bloguistas que aqui opinam sejam tão adversos ao metro de superfície na Boavista. Uns sacam de argumentos tecnicamente válidos, importantes para um ignorante na matéria clarificar as suas ideias, outros, coitados, são a “voz do seu mestre”, contribuintes para a ruideira geral, contudo a percepção de uma recusa categórica do metro de superfície turva a minha lucidez porque:
A Av. da Boavista é uma caótica semi-recta, ladeada por um conjunto de edifícios de difícil classificação urbana/arquitectónica, inspirado por alguns construtores/promotores imobiliários provavelmente nas grandes cidades da África subsariana.
Perante tal cenário, o metro de superfície não poderá desordenar o que está desordenado, pelo contrário, acompanhado de outras medidas, poderá ser um factor:
- de coesão social
- de inibição da utilização egoísta de viatura própria
- de poupança de energia
- de actividade física; caminhar da paragem/casa, casa/paragem
- de condenar as viaturas próprias às “catacumbas” das VCI’s, Scuts, IC’s, etc.
- de sanidade mental (não ao stress do congestionamento)
- de qualidade ambiental
- de um verdadeiro arranjo urbanístico à medida dos homens e mulheres
- de diminuição dos riscos de acidente
- de combate à viatura/dependência,
- de contribuir para um verdadeiro desenvolvimento sustentável da nossa cidade.
O facto de a linha de superfície na avenida ser apresentada como solução de recurso de um qualquer estrangulamento numa determinada linha é inacreditável e altamente suspeito de incompetência; como é possível que tanto planificador especializado, licenciado, mestrado e devidamente remunerado acabe estrangulado? Mas tal fenómeno paranormal para muitos de nós, pobres ignorantes, não retira a importância estratégica do metro (de superfície ou outro) como um verdadeiro catalizador da tal nova cultura da mobilidade. Assim tenhamos força, engenho e lucidez, muita lucidez.
Lino Cabral
De: Cristina Santos - "Movimentos Cívicos"
Os movimentos cívicos na actualidade já não são revoluções ou jogos de poder.
Hoje em dia este tipo de movimento visa a negociação, o alerta, a espontaneidade e acima de tudo a diversidade entre participantes.
Esta diversidade é importante para a coordenação dos interesses, das soluções e do entendimento global.
Em relação ao Metro do Porto a mobilização da população não será em número suficiente, para bloquear a acção só pela oposição, o Abaixo-assinado em curso, não representa só por si a vontade do povo. Se a mobilização unisse pessoas de toda a área metropolitana, ou até a nível nacional, poderia esse documento ser suficiente para impedir o curso do projecto para linha da Boavista, mas neste caso isso não acontece.
Não estamos a falar de negação total ao Metro, estamos a apresentar os inconvenientes que este projecto acarreta no futuro sustentável da nossa Cidade, devemos então procurar forças de união polifacetadas, que visem os mesmos interesses e apresentem soluções viáveis, esclarecidas e sólidas. Não podemos partir do princípio que um abaixo-assinado representa uma força bloqueadora inquestionável, partir desse princípio é brincar com a situação e dar aos mentores do Metro para a Boavista razões suficientes, para considerarem que se trata de um movimentozinho sem credibilidade.
Pretendemos eficientes meios de transporte, implementados de forma rápida, sem contudo hipotecar o desenvolvimento das gerações futuras dentro da nossa Cidade, pretendemos a revisão do processo, não a sua estagnação - devemos portanto estar abertos à negociação.
O abaixo-assinado é útil na representação cívica, mas neste caso deve servir para completar os nossos argumentos junto da assembleia Municipal, (por exemplo), deve servir de anexo a comunicações com os nossos deputados, deve ser precedido de uma recolha de alternativas, razões e procedimentos.
De facto o projecto é miserável e equiparável a um projecto de mobilidade para uma Cidade periférica, todos sabemos disso, ainda ninguém quis ouvir, na verdade existem interesses mais altos, contudo a defesa da nossa posição deve ser sempre munida de representação na Assembleia, a nós muito mais que a classe Politica, compete-nos apresentar reivindicações fundamentadas, sob pena nos considerarem uma minoria, mesmo que antes tenhamos sido a maioria suficiente para colocar certas pessoas no poder.
Isto é a realidade.
Então levanta-se uma questão, que fazemos todos os dias na Baixa do Porto, falamos por falar e não pretendemos soluções?! Não é bem isso, tentamos abordar várias temáticas, preocupações e campos de interesse, variando as ênfases conforme o contexto e a circunstância. Não há hierarquia pré-determinada de prioridades. Os temas são tão variados quanto o olhar dos cidadãos que constituem este blog.
Em relação ao Metro cumpriu-se em parte o requisito tendo chamado atenção do poder e realizado uma tertúlia de debate, a medida seguinte quanto a mim, será juntar o V. abaixo-assinado às opiniões deste Blog, e fazermos representar a nossa questão na próxima Assembleia da Câmara Municipal, depois desse passo cumprido poderemos abordar os nossos novos deputados. Nem sequer será necessária documentação se alguns dos participantes puderem vir a comparecer nessa Assembleia.
Cristina Santos
Hoje em dia este tipo de movimento visa a negociação, o alerta, a espontaneidade e acima de tudo a diversidade entre participantes.
Esta diversidade é importante para a coordenação dos interesses, das soluções e do entendimento global.
Em relação ao Metro do Porto a mobilização da população não será em número suficiente, para bloquear a acção só pela oposição, o Abaixo-assinado em curso, não representa só por si a vontade do povo. Se a mobilização unisse pessoas de toda a área metropolitana, ou até a nível nacional, poderia esse documento ser suficiente para impedir o curso do projecto para linha da Boavista, mas neste caso isso não acontece.
Não estamos a falar de negação total ao Metro, estamos a apresentar os inconvenientes que este projecto acarreta no futuro sustentável da nossa Cidade, devemos então procurar forças de união polifacetadas, que visem os mesmos interesses e apresentem soluções viáveis, esclarecidas e sólidas. Não podemos partir do princípio que um abaixo-assinado representa uma força bloqueadora inquestionável, partir desse princípio é brincar com a situação e dar aos mentores do Metro para a Boavista razões suficientes, para considerarem que se trata de um movimentozinho sem credibilidade.
Pretendemos eficientes meios de transporte, implementados de forma rápida, sem contudo hipotecar o desenvolvimento das gerações futuras dentro da nossa Cidade, pretendemos a revisão do processo, não a sua estagnação - devemos portanto estar abertos à negociação.
O abaixo-assinado é útil na representação cívica, mas neste caso deve servir para completar os nossos argumentos junto da assembleia Municipal, (por exemplo), deve servir de anexo a comunicações com os nossos deputados, deve ser precedido de uma recolha de alternativas, razões e procedimentos.
De facto o projecto é miserável e equiparável a um projecto de mobilidade para uma Cidade periférica, todos sabemos disso, ainda ninguém quis ouvir, na verdade existem interesses mais altos, contudo a defesa da nossa posição deve ser sempre munida de representação na Assembleia, a nós muito mais que a classe Politica, compete-nos apresentar reivindicações fundamentadas, sob pena nos considerarem uma minoria, mesmo que antes tenhamos sido a maioria suficiente para colocar certas pessoas no poder.
Isto é a realidade.
Então levanta-se uma questão, que fazemos todos os dias na Baixa do Porto, falamos por falar e não pretendemos soluções?! Não é bem isso, tentamos abordar várias temáticas, preocupações e campos de interesse, variando as ênfases conforme o contexto e a circunstância. Não há hierarquia pré-determinada de prioridades. Os temas são tão variados quanto o olhar dos cidadãos que constituem este blog.
Em relação ao Metro cumpriu-se em parte o requisito tendo chamado atenção do poder e realizado uma tertúlia de debate, a medida seguinte quanto a mim, será juntar o V. abaixo-assinado às opiniões deste Blog, e fazermos representar a nossa questão na próxima Assembleia da Câmara Municipal, depois desse passo cumprido poderemos abordar os nossos novos deputados. Nem sequer será necessária documentação se alguns dos participantes puderem vir a comparecer nessa Assembleia.
Cristina Santos
De: TAF - "Pela manhã"
- Obras na Boavista avançam com o futuro ainda incerto
- Começa hoje recolha de assinaturas contra o metro na Avenida da Boavista
- Movimento Contra Metro na Avenida da Boavista tenta mobilizar munícipes
- Obras na Boavista começaram ontem
- PS viabiliza Parque Oriental
- Enchente no arranque do "Fantas"
- «Porto Chique» vai animar a Baixa
- Parceria aproxima Hospital do Porto e Universidade de Aveiro - "O Hospital tenciona também tirar partido do know-how da universidade, passando a pedir-lhe trabalhos em matéria de organização e informatização que actualmente são encomendados a empresas."
Eu comento este tipo de situações aqui: «O portuense típico (...) inventa institutos, centros de prestação de serviços, pequenos negócios que recorrem à estrutura e principalmente aos recursos humanos da Universidade. O objectivo nem será o lucro pessoal mas a sincera vontade de fazer progredir a sua região, na esperança de que mais tarde haja “spin-offs” que vinguem no mercado. Contudo, não percebe que dessa forma está quase sempre a fazer concorrência desleal às empresas que tentam conquistar espaço sem a “muleta” da Universidade. E afinal mata à partida aquilo que tenta promover por meios errados.» O papel da Universidade é complementar o que existe fora dela, é estar na vanguarda. Não é fazer aquilo que as empresas já são capazes de fazer.
2005/02/21
De: L F Vieira - "Pelo Porto"
De: Jorge Mayer - "Linha Alfândega - ..."
"... - Campanhã (existente desde 1888)"
Não pretendendo de forma alguma desviar a atenção dada à linha da Boavista, escrevo por causa da Linha Campanhã-Alfândega. Talvez já a conheçam. Eu conheci-a através do Emídio Gardé e de outros amigos que me ajudaram a juntar esta informação (o meu agradecimento a eles) que penso ser muito importante que se conheça na nossa grande cidade que é o Porto.
O canal ferroviário existe e pertence à REFER como pertencem todos os canais ferroviários das linhas desactivadas. Este canal é bem visível por exemplo qd se circula de S. Bento para Campanhã entre o 1.º e o 2.º túnel, mais abaixo na escarpa, por entre as casas degradadas que ali existem. As pessoas que ali moram usam o canal ferroviário como caminho de acesso. O Ramal de Alfândega era de bitola Ibérica (via larga), tinha 3896 m de extensão e foi aberto à exploração em 08/11/1888.
Hoje este ramal encontra-se desactivado estando abandonados os 3 túneis que faziam parte deste Ramal. A antiga estação da Alfândega já não existe. Esta linha foi desactivada em Junho de 1989, embora nessa data só houvesse um comboio esporádico. Nas notícias apareceu que a REFER concessionou aquele espaço por 25 anos, até 2014 (?)...
A linha está debaixo do alcatrão do parque de estacionamento da Alfândega. O túnel mais perto da Alfândega está tapado com uma grande chapa metálica (era local de consumo de drogas) mas é facilmente visível a partir do referido parque. O túnel tem a boca oeste por alturas da Ponte do Infante e a linha é, actuamente, um depósito de lixo a céu aberto, tendo-lhe já sido roubados vários metros de carril. Junto a Campanhã passa à porta da Fábrica de Moagem, de onde sai um pequeno ramal (uma dezena de metros) que liga à linha.
Parece-me que seria excelente aproveitar esta infraestrutura que já existe (apesar de os carris talvez já lá não estarem) para o metro. Do que apurei uma remodelação de linha da CP fica por casa de 150 000 contos / km, neste caso poderia ser pouco mais de meio milhão de contos para se ter uma linha Alfândega-Campanhã, e ligar a zona histórica à rede intermodal da CP e Metro (e um melhoramento desta zona), além de que poderá trazer o tal "anel" que se quer para o Porto. Visto de uma forma mais lata, existe uma circular ferroviária que circunda o Porto: (no sentido directo) Carro Eléctrico Infante - Massarelos - Passeio Alegre -Castelo do Queijo - Matosinhos; Metro de Matosinhos a Leixões (o fim da linha do Metro após a estação do Senhor de Matosinhos fica quase em frente à estação ferrovioária de Leixões); CP de Leixões - Contumil - Campanhã - Alfândega.
Gostava de saber a opinião de alguém da AMTP ou do Metro para saber mais sobre este assunto. Será que estão a pensar nisto? Será que existem entraves técnicos?
Jorge Mayer
jorge.mayer@netcabo.pt
PS - Em anexo envio um mapa onde a linha é claramente visível.
Não pretendendo de forma alguma desviar a atenção dada à linha da Boavista, escrevo por causa da Linha Campanhã-Alfândega. Talvez já a conheçam. Eu conheci-a através do Emídio Gardé e de outros amigos que me ajudaram a juntar esta informação (o meu agradecimento a eles) que penso ser muito importante que se conheça na nossa grande cidade que é o Porto.
O canal ferroviário existe e pertence à REFER como pertencem todos os canais ferroviários das linhas desactivadas. Este canal é bem visível por exemplo qd se circula de S. Bento para Campanhã entre o 1.º e o 2.º túnel, mais abaixo na escarpa, por entre as casas degradadas que ali existem. As pessoas que ali moram usam o canal ferroviário como caminho de acesso. O Ramal de Alfândega era de bitola Ibérica (via larga), tinha 3896 m de extensão e foi aberto à exploração em 08/11/1888.
Hoje este ramal encontra-se desactivado estando abandonados os 3 túneis que faziam parte deste Ramal. A antiga estação da Alfândega já não existe. Esta linha foi desactivada em Junho de 1989, embora nessa data só houvesse um comboio esporádico. Nas notícias apareceu que a REFER concessionou aquele espaço por 25 anos, até 2014 (?)...
A linha está debaixo do alcatrão do parque de estacionamento da Alfândega. O túnel mais perto da Alfândega está tapado com uma grande chapa metálica (era local de consumo de drogas) mas é facilmente visível a partir do referido parque. O túnel tem a boca oeste por alturas da Ponte do Infante e a linha é, actuamente, um depósito de lixo a céu aberto, tendo-lhe já sido roubados vários metros de carril. Junto a Campanhã passa à porta da Fábrica de Moagem, de onde sai um pequeno ramal (uma dezena de metros) que liga à linha.
Parece-me que seria excelente aproveitar esta infraestrutura que já existe (apesar de os carris talvez já lá não estarem) para o metro. Do que apurei uma remodelação de linha da CP fica por casa de 150 000 contos / km, neste caso poderia ser pouco mais de meio milhão de contos para se ter uma linha Alfândega-Campanhã, e ligar a zona histórica à rede intermodal da CP e Metro (e um melhoramento desta zona), além de que poderá trazer o tal "anel" que se quer para o Porto. Visto de uma forma mais lata, existe uma circular ferroviária que circunda o Porto: (no sentido directo) Carro Eléctrico Infante - Massarelos - Passeio Alegre -Castelo do Queijo - Matosinhos; Metro de Matosinhos a Leixões (o fim da linha do Metro após a estação do Senhor de Matosinhos fica quase em frente à estação ferrovioária de Leixões); CP de Leixões - Contumil - Campanhã - Alfândega.
Gostava de saber a opinião de alguém da AMTP ou do Metro para saber mais sobre este assunto. Será que estão a pensar nisto? Será que existem entraves técnicos?
Jorge Mayer
jorge.mayer@netcabo.pt
PS - Em anexo envio um mapa onde a linha é claramente visível.
De: Paulo V. Araújo - "Que é feito..."
"... dos «ambientalistas»?"
É verdade que as associações ambientalistas não acorrem a todas, e por vezes a sua selecção de prioridades suscita legítimas críticas. Mas, no que toca à linha da Boavista e à construção do novo viaduto no Parque da Cidade, o Sr. António Moreira não tem razão ao acusá-las de omissão e, por arrasto, de cumplicidade com o actual poder autárquico. Uma plataforma constituída por oito associações divulgou em 13 de Janeiro de 2005 um comunicado de imprensa em que fica clara, não só a oposição a esse projecto, mas também uma postura de independência crítica relativamente ao executivo municipal. Que tais comunicados mereçam em geral pouco destaque na imprensa, correndo o risco de passar despercebidos, não é obviamente culpa das ditas associações.
E quanto às árvores, deixe-me só acrescentar que para mim, morador no Porto, é um grande desgosto ver o tratamento a que elas estão sujeitas: apertadas em caldeiras estreitas, mutiladas por podadores sádicos, arrancadas ao menor pretexto. O que se vai fazer na Boavista é a continuação em grande escala de uma desgraçada campanha arboricida há anos iniciada no Porto. E, se é verdade que os choupos no corredor central foram uma infeliz escolha e a sua substituição gradual poderia ser ponderada em qualquer caso, a razia que se prepara (e abrange também, imperdoavelmente, as jovens tílias no passeio junto ao Parque da Cidade) tem simples motivações utilitárias: fossem quais fossem as árvores, a ordem seria sempre para cortar a direito.
Saudações,
Paulo Ventura Araújo
É verdade que as associações ambientalistas não acorrem a todas, e por vezes a sua selecção de prioridades suscita legítimas críticas. Mas, no que toca à linha da Boavista e à construção do novo viaduto no Parque da Cidade, o Sr. António Moreira não tem razão ao acusá-las de omissão e, por arrasto, de cumplicidade com o actual poder autárquico. Uma plataforma constituída por oito associações divulgou em 13 de Janeiro de 2005 um comunicado de imprensa em que fica clara, não só a oposição a esse projecto, mas também uma postura de independência crítica relativamente ao executivo municipal. Que tais comunicados mereçam em geral pouco destaque na imprensa, correndo o risco de passar despercebidos, não é obviamente culpa das ditas associações.
E quanto às árvores, deixe-me só acrescentar que para mim, morador no Porto, é um grande desgosto ver o tratamento a que elas estão sujeitas: apertadas em caldeiras estreitas, mutiladas por podadores sádicos, arrancadas ao menor pretexto. O que se vai fazer na Boavista é a continuação em grande escala de uma desgraçada campanha arboricida há anos iniciada no Porto. E, se é verdade que os choupos no corredor central foram uma infeliz escolha e a sua substituição gradual poderia ser ponderada em qualquer caso, a razia que se prepara (e abrange também, imperdoavelmente, as jovens tílias no passeio junto ao Parque da Cidade) tem simples motivações utilitárias: fossem quais fossem as árvores, a ordem seria sempre para cortar a direito.
Saudações,
Paulo Ventura Araújo
De: F. Rocha Antunes - "António Moreira"
Caro António Moreira,
Ainda bem que invocou o exemplo do Dr. Sá Fernandes. É exactamente o exemplo do que eu acho que não se deve fazer. Apenas acrescentou complicação legal ao que já estava a ser feito. Não impediu antes, e depois só contribuiu para infernizar ainda mais a vida das pessoas que sofrem com a paragem da obra.
Eu acho que a nossa participação é a de cidadãos que vigiam, questionam, apoiam e criticam.
Pela minha parte acho que se soubermos fazer isso bem, e com persistência, os políticos adaptam-se. Sempre que exagerarmos, perdemos espaço, em vez de o ganharmos.
Mas é apenas a minha opinião, já explicada em tempos e com mais inspiração.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Ainda bem que invocou o exemplo do Dr. Sá Fernandes. É exactamente o exemplo do que eu acho que não se deve fazer. Apenas acrescentou complicação legal ao que já estava a ser feito. Não impediu antes, e depois só contribuiu para infernizar ainda mais a vida das pessoas que sofrem com a paragem da obra.
Eu acho que a nossa participação é a de cidadãos que vigiam, questionam, apoiam e criticam.
Pela minha parte acho que se soubermos fazer isso bem, e com persistência, os políticos adaptam-se. Sempre que exagerarmos, perdemos espaço, em vez de o ganharmos.
Mas é apenas a minha opinião, já explicada em tempos e com mais inspiração.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: António Moreira - "Onde estão..."
"... as Associações Ambientalistas?"
Quando fazem falta?
Então vão começar hoje (se calhar já começaram) a abater as árvores da Av. da Boavista.!!!!
Pretendem ter acima de cem mil pessoas (já falam em meio milhão :O) a espezinhar toda a folha, para assistir às corridas à volta do Parque da Cidade!!!!
Querem construir outro!!!! Viaduto sobre o Parque da Cidade!!!!
Querem destruir o espaço verde do Estádio do Inatel !!!!!
Eu pergunto:
Onde estão as Associações Ambientalistas?
Ou será que isto já não lhes interessa?
Ou será que o Parque da Cidade só interessa antes de "algumas" eleições autárquicas?
Alguém já ouviu (ou leu) alguma posição desses senhores?
Ou sou eu que estou distraído outra vez?
Se assim for peço desculpa.
Quanto à proposta de acção do Sr. Francisco Rocha Antunes:
"Devemos provocar a discussão do assunto das obras que hoje supostamente começam junto dos representantes eleitos. Antes de qualquer acção popular ou pedido de providência cautelar, quem se deve pronunciar sobre o assunto são os deputados municipais do Porto, cuja lista o Alexandre Burmester já aqui colocou, e os representantes dos partidos na Junta Metropolitana, que estão aqui."
Sinceramente, estar à espera que este, ou qualquer outro, assunto possa ser positivamente resolvido por representantes de partidos, parece-me a melhor forma de nada fazer.
E quando sentencia:
"Portanto, é a vez dos Senhores Deputados à Assembleia Municipal do Porto e à Assembleia Metropolitana se pronunciarem. A cidade não perdoaria a respectiva indiferença."
Perdoaria, perdoaria…….
Mesmo a ser verdade, na melhor das hipóteses, nas próximas eleições autárquicas, a cidade votaria noutros (ou seja mais dos mesmos), o mal estaria feito, as contas ficariam para alguém (sempre nós) pagar, e os responsáveis (como sempre) impunes.
Repito:
O crime, quando conhecida, previamente, a sua intenção, previne-se !!!
A única hipótese, nesta altura, parece-me ser, repetindo-me:
"….., conforme refere o Sr. João C. Costa:
Um abraço desiludido
António Moreira
Quando fazem falta?
Então vão começar hoje (se calhar já começaram) a abater as árvores da Av. da Boavista.!!!!
Pretendem ter acima de cem mil pessoas (já falam em meio milhão :O) a espezinhar toda a folha, para assistir às corridas à volta do Parque da Cidade!!!!
Querem construir outro!!!! Viaduto sobre o Parque da Cidade!!!!
Querem destruir o espaço verde do Estádio do Inatel !!!!!
Eu pergunto:
Onde estão as Associações Ambientalistas?
Ou será que isto já não lhes interessa?
Ou será que o Parque da Cidade só interessa antes de "algumas" eleições autárquicas?
Alguém já ouviu (ou leu) alguma posição desses senhores?
Ou sou eu que estou distraído outra vez?
Se assim for peço desculpa.
Quanto à proposta de acção do Sr. Francisco Rocha Antunes:
"Devemos provocar a discussão do assunto das obras que hoje supostamente começam junto dos representantes eleitos. Antes de qualquer acção popular ou pedido de providência cautelar, quem se deve pronunciar sobre o assunto são os deputados municipais do Porto, cuja lista o Alexandre Burmester já aqui colocou, e os representantes dos partidos na Junta Metropolitana, que estão aqui."
Sinceramente, estar à espera que este, ou qualquer outro, assunto possa ser positivamente resolvido por representantes de partidos, parece-me a melhor forma de nada fazer.
E quando sentencia:
"Portanto, é a vez dos Senhores Deputados à Assembleia Municipal do Porto e à Assembleia Metropolitana se pronunciarem. A cidade não perdoaria a respectiva indiferença."
Perdoaria, perdoaria…….
Mesmo a ser verdade, na melhor das hipóteses, nas próximas eleições autárquicas, a cidade votaria noutros (ou seja mais dos mesmos), o mal estaria feito, as contas ficariam para alguém (sempre nós) pagar, e os responsáveis (como sempre) impunes.
Repito:
O crime, quando conhecida, previamente, a sua intenção, previne-se !!!
A única hipótese, nesta altura, parece-me ser, repetindo-me:
"….., conforme refere o Sr. João C. Costa:
- "Apresentação duma contestação baseada na Lei de Acção Popular, no abaixo-assinado e na falta do Estudo de Impacte Ambiental.
- Interposição duma Providência Cautelar até à decisão pelo Supremo porque irá de certeza até ao Supremo Tribunal de Justiça) da necessidade do Estudo de Impacte Ambiental"
Um abraço desiludido
António Moreira
De: Cristina Santos - "Abaixo assinado"
Não posso deixar de me referir à expressão usada no documento abaixo-assinado «tudo isto com custos muitíssimo inferiores».
É certo que tudo deve ser projectado tendo em conta os custos e os eventuais retornos, distribuídos por uma previsão temporal.
Mas, se assim é, e revendo os valores dos investimentos e as opções propostas, só podemos concluir que o Porto nos próximos anos apresentará um crescimento e um desenvolvimento comercial mínimo, face a Lisboa ou ao restante território nacional.
Só com base nessa perspectiva é que se torna aceitável que um Metro enterrado na Avenida tenha um custo excessivo face à perspectivas de retorno.
Também pode acontecer que os defensores deste investimento estejam a baralhar responsabilidades Autárquicas com desenvolvimento Nacional, e por isso não defendam esta solução, mas na verdade estão a preparar-se para ocupar a melhor avenida da Cidade, e acima de tudo estão a hipotecar soluções de acessibilidade, que o futuro pode exigir.
Expliquem-me como numa cidade destas, se opta por ocupar uma das Avenidas «escoadoras», com um Metro ou um eléctrico de superfície? Se a Cidade se expandir, se desenvolver, não haverá um congestionamento a Sul, não haverá falta de espaço amplo, falta de vias?!
E a V. solução, podem esclarecer quais as diferenças entre o nosso Metro e o eléctrico rápido de Lisboa, quais são as diferenças, os carris, as árvores, a economia… as carruagens não são iguais, o comprimento e forma não são basicamente os mesmos, também estão os cidadãos a defender a economia?! Poupam-se árvores, cruzamentos, matem-se um monstro a circular no meio de uma grande avenida urbana?
Mesmo que em 2015/2020 não venhamos a precisar de mais vias, de mais acessos, podemos necessitar de espaços livres, podemos vir a necessitar de reabilitar o aspecto de uma Avenida congestionada, saturada e talvez desocupada de moradores fixos.
A proposta do Metro do Porto vem hipotecar o futuro desenvolvimento da Cidade, vem deixar as gerações futuras sem espaço de manobra para resolver os problemas de mobilidade, mas a solução apresentada também não beneficia o desenvolvimento da região, nem tão pouco do País, é só uma proposta de redução de custos, que não vingará apenas pelo facto de não cobrir outras despesas.
O desaproveitamento do subsolo, numa cidade tão pequena e enviesada como a nossa, onde a falta de espaço é o principal impedimento ao desenvolvimento, só se justifica no âmbito de medidas temporárias, desconexas e finitas.
--
Nota de TAF: Se tivesse sido eu a redigir o texto do abaixo-assinado teria deixado em aberto a opção por várias soluções: "eléctrico", enterrado, autocarro, troleicarro, etc. Mas, principalmente, continua a não me parecer defensável que se façam imediatamente investimentos significativos na zona ocidental da cidade se não servem para resolver o problema urgente do troço Trindade / Senhora da Hora. Daí a minha preferência pelos autocarros no corredor central, com custo praticamente nulo e de implantação rapidíssima.
É certo que tudo deve ser projectado tendo em conta os custos e os eventuais retornos, distribuídos por uma previsão temporal.
Mas, se assim é, e revendo os valores dos investimentos e as opções propostas, só podemos concluir que o Porto nos próximos anos apresentará um crescimento e um desenvolvimento comercial mínimo, face a Lisboa ou ao restante território nacional.
Só com base nessa perspectiva é que se torna aceitável que um Metro enterrado na Avenida tenha um custo excessivo face à perspectivas de retorno.
Também pode acontecer que os defensores deste investimento estejam a baralhar responsabilidades Autárquicas com desenvolvimento Nacional, e por isso não defendam esta solução, mas na verdade estão a preparar-se para ocupar a melhor avenida da Cidade, e acima de tudo estão a hipotecar soluções de acessibilidade, que o futuro pode exigir.
Expliquem-me como numa cidade destas, se opta por ocupar uma das Avenidas «escoadoras», com um Metro ou um eléctrico de superfície? Se a Cidade se expandir, se desenvolver, não haverá um congestionamento a Sul, não haverá falta de espaço amplo, falta de vias?!
E a V. solução, podem esclarecer quais as diferenças entre o nosso Metro e o eléctrico rápido de Lisboa, quais são as diferenças, os carris, as árvores, a economia… as carruagens não são iguais, o comprimento e forma não são basicamente os mesmos, também estão os cidadãos a defender a economia?! Poupam-se árvores, cruzamentos, matem-se um monstro a circular no meio de uma grande avenida urbana?
Mesmo que em 2015/2020 não venhamos a precisar de mais vias, de mais acessos, podemos necessitar de espaços livres, podemos vir a necessitar de reabilitar o aspecto de uma Avenida congestionada, saturada e talvez desocupada de moradores fixos.
A proposta do Metro do Porto vem hipotecar o futuro desenvolvimento da Cidade, vem deixar as gerações futuras sem espaço de manobra para resolver os problemas de mobilidade, mas a solução apresentada também não beneficia o desenvolvimento da região, nem tão pouco do País, é só uma proposta de redução de custos, que não vingará apenas pelo facto de não cobrir outras despesas.
O desaproveitamento do subsolo, numa cidade tão pequena e enviesada como a nossa, onde a falta de espaço é o principal impedimento ao desenvolvimento, só se justifica no âmbito de medidas temporárias, desconexas e finitas.
--
Nota de TAF: Se tivesse sido eu a redigir o texto do abaixo-assinado teria deixado em aberto a opção por várias soluções: "eléctrico", enterrado, autocarro, troleicarro, etc. Mas, principalmente, continua a não me parecer defensável que se façam imediatamente investimentos significativos na zona ocidental da cidade se não servem para resolver o problema urgente do troço Trindade / Senhora da Hora. Daí a minha preferência pelos autocarros no corredor central, com custo praticamente nulo e de implantação rapidíssima.
De: Isabel Macedo Pinto - "abaixo-assinado"
Movimento cívico de Cidadãos do Porto contra a colocação do Metro de Superfície na Avenida da Boavista
Considerandos:
isabelmplima@sapo.pt
LOCAIS PARA RECOLHA DE ASSINATURAS:
Livraria Lello - Prólogo Livreiros - Rua das Carmelitas
Livraria Nunes - Av. da Boavista, 887
Livraria Esquina - Ao Foco, Rua Afonso Lopes Vieira, Galerias Nascente
Café Corcel - Rua S. João de Brito, 48
Posto de Gasolina Repsol (antiga Shell) - Av. Marechal Gomes da Costa
O Kilo Americano - Av. Antunes Guimarães, 85
Confeitaria S. João da Foz - Rua João de Barros, Pinhais da Foz.
A Minhotinha - Rua de Gondarém, 512.
Confeitaria da Foz (Pinto) - Rua do Crasto, 53.
Considerandos:
- O Metro é um veículo pesado que determinará graves perturbações no trânsito, com a agravante de lançar para fora do canal central os autocarros.
- Os desvios de trânsito para ruas laterais, a fim de efectuar os atravessamentos sem viragens à esquerda, irão ter graves repercussões negativas em toda a envolvente urbana da Avenida.
- Sendo urgente o arranjo urbanístico da Avenida, dado o mau estado em que se encontra, poderiam, em alternativa, repor-se os eléctricos ligeiros modernos no canal existente. Assim seria feita a ligação ás vias já existentes no Castelo do Queijo e no Viaduto, dispensando custos adicionais e o impacto ambiental negativo de novo viaduto sobre o Parque da Cidade. Deste modo poderá refazer-se a ligação pela Foz até ao Passeio Alegre unindo-se às vias já instaladas na beira-rio e no resto da cidade, tudo isto com custos muitíssimo inferiores
isabelmplima@sapo.pt
LOCAIS PARA RECOLHA DE ASSINATURAS:
Livraria Lello - Prólogo Livreiros - Rua das Carmelitas
Livraria Nunes - Av. da Boavista, 887
Livraria Esquina - Ao Foco, Rua Afonso Lopes Vieira, Galerias Nascente
Café Corcel - Rua S. João de Brito, 48
Posto de Gasolina Repsol (antiga Shell) - Av. Marechal Gomes da Costa
O Kilo Americano - Av. Antunes Guimarães, 85
Confeitaria S. João da Foz - Rua João de Barros, Pinhais da Foz.
A Minhotinha - Rua de Gondarém, 512.
Confeitaria da Foz (Pinto) - Rua do Crasto, 53.
De: F. Rocha Antunes - "A minha sugestão"
Meus Caros,
Devemos provocar a discussão do assunto das obras que hoje supostamente começam junto dos representantes eleitos. Antes de qualquer acção popular ou pedido de providência cautelar, quem se deve pronunciar sobre o assunto são os deputados municipais do Porto, cuja lista o Alexandre Burmester já aqui colocou, e os representantes dos partidos na Junta Metropolitana, que estão aqui.
Eu acho que o recurso a iniciativas directas, embora legítimas, deve ser apenas utilizado em último recurso. E acho que ainda não houve uma posição dos representantes eleitos. O que temos é de desafiar directamente esses representantes a tomarem uma posição. Alguns deles até participam aqui no blogue…
A questão é clara: pode o projecto da Metro de construir uma linha pela Avenida da Boavista avançar sem o tal consenso mínimo pedido pelo Prof. Oliveira Marques?
Vala a pena lembrar que esta política de factos consumados tem sido a responsável pelo enorme desperdício de dinheiros públicos nos recentes investimentos na cidade e na região.
Só nesta eventual futura linha já está construído um túnel pedonal entre a Avenida da Boavista e a Avenida de França. Que não deixou de custar dinheiro. Agora vão-se arrancar os carris do viaduto do Parque da Cidade, carris que nunca chegaram a ser utilizados. Tudo porque se decidiu em diferentes tempos avançar com obras que não têm continuidade assegurada. E o resultado é que a uma mudança de estratégia política corresponde depois um esbanjar de dinheiro dos contribuintes.
Portanto, é a vez dos Senhores Deputados à Assembleia Municipal do Porto e à Assembleia Metropolitana se pronunciarem. A cidade não perdoaria a respectiva indiferença.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Devemos provocar a discussão do assunto das obras que hoje supostamente começam junto dos representantes eleitos. Antes de qualquer acção popular ou pedido de providência cautelar, quem se deve pronunciar sobre o assunto são os deputados municipais do Porto, cuja lista o Alexandre Burmester já aqui colocou, e os representantes dos partidos na Junta Metropolitana, que estão aqui.
Eu acho que o recurso a iniciativas directas, embora legítimas, deve ser apenas utilizado em último recurso. E acho que ainda não houve uma posição dos representantes eleitos. O que temos é de desafiar directamente esses representantes a tomarem uma posição. Alguns deles até participam aqui no blogue…
A questão é clara: pode o projecto da Metro de construir uma linha pela Avenida da Boavista avançar sem o tal consenso mínimo pedido pelo Prof. Oliveira Marques?
Vala a pena lembrar que esta política de factos consumados tem sido a responsável pelo enorme desperdício de dinheiros públicos nos recentes investimentos na cidade e na região.
Só nesta eventual futura linha já está construído um túnel pedonal entre a Avenida da Boavista e a Avenida de França. Que não deixou de custar dinheiro. Agora vão-se arrancar os carris do viaduto do Parque da Cidade, carris que nunca chegaram a ser utilizados. Tudo porque se decidiu em diferentes tempos avançar com obras que não têm continuidade assegurada. E o resultado é que a uma mudança de estratégia política corresponde depois um esbanjar de dinheiro dos contribuintes.
Portanto, é a vez dos Senhores Deputados à Assembleia Municipal do Porto e à Assembleia Metropolitana se pronunciarem. A cidade não perdoaria a respectiva indiferença.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
2005/02/20
De: TAF - "Imprensa do fim de semana"
Além do trabalho já referido ontem sobre o Metro no JN:
- Um Quinto dos Clientes do Metro É das Classes Alta e Média Alta
- As promessas do Metro: Centenas de comerciantes promovem manifestação
- Comerciantes de Brito Capelo Promovem Manifestação no Dia 23
- Estações construídas depois da linha abrir
- Baixa bela e histórica perde no trânsito e insegurança
- 40% querem morar no centro
- Um sopro de vida para o Batalha
- Quem passear de carro antigo na Baixa tem descontos até ao Grande Prémio
- Porto Quer Cativar Clubes de Automóveis para Corridas da Boavista
- Cidade que te quero verde - opinião de Paulo Ventura Araújo
- STCP vai comprar mais 30 autocarros
- Câmara abriu serviço de apoio ao consumidor
- Câmara do Porto tem serviço de apoio ao consumidor
- Os 25 anos do Fantasporto
- Plano do Parque Oriental estuda reabilitação do Bairro do Lagarteiro
- Urbanismo Vertical em Exposição no Centro Comercial Colombo - Informação e inquérito em www.joseromanoarquitectos.com.pt
- Um Quinto dos Clientes do Metro É das Classes Alta e Média Alta
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- 40% querem morar no centro
- Um sopro de vida para o Batalha
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