2004/09/11

De: TAF - "Quinta de Bonjóia" 


Notícia n'O Comércio do Porto sobre vários aspectos da Quinta de Bonjóia, em Campanhã. Sabiam que se pode ir lá tomar café e passear pelos jardins livremente?

O café, contudo, pode ser um pouco problemático dado o horário incerto de funcionamento do pequeno bar... Parece-me que a divulgação deste espaço está longe de ser adequada e que não existe ainda uma atitude "profissional" de criação de atractivos para o respectivo usufruto pela população em geral.


2004/09/10

De: F. Rocha Antunes - "A Baixa" 

Cara Cristina,

Eu não fiz nenhuma proposta nem represento mais ninguém que não eu próprio.

Eu apenas referi que não vale a pena pensarmos o futuro da Baixa como uma réplica do passado, porque tudo mudou. O que é preciso é perceber o que a Baixa vai ser como zona Central de uma Região Urbana de dimensão europeia. E não aquela que alguns habitantes do Porto, com memórias respeitáveis mas inconsequentes, quer ver reconstituída.

Uma coisa é respeitar o carácter e a escala de uma zona, outra é insistir em transformar essa zona em museu vivo.

É evidente que quem quiser construir projectos de raiz, sem qualquer compromisso com o passado, não tem lugar na zona central do Porto. Para isso há milhões de metros quadrados disponíveis em toda esta grande região urbana.

Nenhuma cidade se renova com meia dúzia de investidores mais ou menos empenhados. O que importa é a criação de condições para que esses investidores decidam aplicar aqui o seu dinheiro e não noutro sítio qualquer e que, por essa via, provoquem um efeito de arrastamento em centenas de investidores mais pequenos.

Veja-se o caso, tão pouco referido nestas conversas, do Via Catarina. Passados muitos anos da abertura desse Centro Comercial, a conclusão que se tira é a de que esse empreendimento teve um efeito fundamental na paragem do declínio comercial dessa zona. E as dezenas de marcas internacionais que se vêm instalando na zona estão a contribuir para manter a atracção dessa artéria num cenário de concorrência com as grandes superfícies comerciais que se instalaram junto à parte de fora da cidade.

O que não se percebe é como, tantos anos depois, ainda não houve a iniciativa de garantir que as lojas estejam todas abertas à hora de almoço e aos sábados, por exemplo. Mas também estamos no País que decidiu fazer um estudo aprofundado sobre as consequências que a abertura das grandes superfícies comerciais ao domingo tinham sobre o pequeno comércio, esse estudo foi feito por uma equipa dos melhores especialistas portugueses da matéria, e que conclui de forma inequívoca pelo impacto nulo que essa abertura ao Domingo tinha e a lei que proibia essa abertura manteve-se!

Mas esse investimento privado teve essa capacidade, de inverter um ciclo de desvalorização acentuada. É isso que alguns investimentos devem fazer para criar uma dinâmica de renovação da Baixa.

A maioria dos promotores imobiliários achou sempre, com carradas de razão, que investir na Baixa não era bom negócio. Não por qualquer razão ideológica ou mal intencionada mas porque, pura e simplesmente, era um mau negócio.

Só os promotores imobiliários que acreditaram que, a longo prazo, a Baixa se ia valorizar é que se aventuraram. Mas isso só é possível para aqueles que decidem criar imóveis de rendimento, porque só assim é que beneficiarão no futuro dessa valorização. Quem promove para venda vai aguardar que essa valorização seja mais evidente.

Daí a importância estratégica de uma nova lei do arrendamento. Só com novas regras é que os milhares de prédios vão ser recuperados, porque o mercado de arrendamento habitacional na zona central é, por definição, mais atraente que nas periferias.

Os investidores que agora decidirem promover na Baixa são aqueles que vão correr maiores riscos, e por isso vão de certeza escolher os produtos imobiliários que dão maior retorno ao seu investimento. De outra forma não investirão.

Para a Baixa é importante que esses investimentos tenham sucesso, para que o tal efeito de arrastamento possa aparecer. E só no fim desse efeito é que a maioria dos prédios da Baixa vai estar recuperado. Pode levar décadas. Depende das complicações ou das facilidades que forem criadas ser mais ou menos rápido.

O que é fundamental é que cada um faça o seu papel de forma consistente: os promotores imobiliários invistam, a Câmara do Porto prossiga a renovação das condições estruturais e que todos os agentes façam um esforço para fazer bem aquilo que lhes compete.

Não se pode é querer que a zona tenha elevado valor turístico e manter um esgoto a sair directamente para o rio, junto à Praça da Ribeira, por exemplo. Ou que se possa esburacar indefinidamente as ruas da zona central e o Passeio das Virtudes não ter qualquer ligação à rede de tvcabo ou outra qualquer.


Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

P.S. Eu assino sempre que sou promotor imobiliário não por representar uma profissão mas porque considero que em discussões públicas é importante saber-se o que fazem as pessoas que nela participam. Para que os interesses sejam claros. Mas só a mim me obrigo, a mais ninguém.

De: Cristina Santos - "LEI DO ARRENDAMENTO" 

Todos concordamos que a especulação imobiliária, polarizou o mercado de arrendamento, reflectindo-se actualmente que uma renda livre pode ser 1050 vezes superior a uma renda condicionada para áreas equivalentes.

Embora a nova proposta de lei do arrendamento continue no segredo dos Deuses, afirma-se que para os inquilinos com mais de 65 anos, não existirão aumentos, diz-se também que os aumentos a aplicar terão como base o rendimento declarado dos inquilinos ou agregados ocupantes.

Assim levantam-se questões sociais e económicas relevantes.

Primeiro é preciso apurar quais os casos de arrendamento anteriores a 1986, cujos os inquilinos tem actualmente idade inferior a 65 anos, depois e se os prédios estão degradados cumpre-nos apurar quais os agregados com rendimentos superiores a 1.500€, que resolveram manter-se a viver nessas condições.

Sabemos também que muitos agregados possuem casa em outros concelhos, mantendo fogos alugados no Porto, com renda condicionada para serventia temporária, e estes caso possuam menos de 65 anos e alguns rendimentos, abandonarão estes fogos deixando-os livres para o mercado imobiliário.

Mas os restantes, que parcela representam nesta liberalização?

Provavelmente os que ficarão isentos ou semi-isentos de aumento, serão a maioria.

Será justo, que por causa destes toda a Cidade sofra as consequências?

Será viável que o estado subsidie estas rendas e permita a actualização desejada, mas paga invariavelmente por impostos cada vez mais altos?

Mesmo nessas condições terão os proprietários envelhecidos dinheiro para investir, tem confiança no investimento?

E aqueles que em 1937 pagavam 100 escudos de renda ou seja quase 100% dos salários auferidos, é justo que sejam aumentados o equivalente à valorização até hoje?

Para os jovens será justo pagarem 400€ por um T1 no Porto?

Será melhor radicalizar de uma vez e impor de facto rendas justas, em habitações restauradas, congelar as rendas livres actuais e dinamizarmos de uma vez a nossa Cidade, porque o mercado há-de subsistir, aonde sempre haver clientes para todos os preços e aqueles que não podem pagar paciência, que recorram à Câmara. Será por aí o caminho?

É possível seguir o caminho da evolução sem adoptar essas medidas, que há muito são adiadas?

Será esta a prova de fogo que falta ao Porto para se tornar numa Cidade Europeia, será que outras cidades mundiais não reflectem o mesmo problema?

E se atirássemos com os que não tem recursos, não tem dignidade habitacional, não tem escolaridade, para zona periféricas restauradas a baixo custo, corríamos o risco dos guetos, ou é o preço pagar pela evolução?

E se pelo contrário optarmos restaurarmos bem e mantivermos a rendas é possível?

E se intervirmos a baixo custo, não será necessário fazer a obra novamente em breve, ou nessa altura já o proprietário não tem desculpa para não intervir, a par de uma fiscalização que nessa altura tem muita mais razão de ser e impõem a conservação dos edifícios ?

De todas estas dissertações esta dependente a Renovação da nossa Cidade… que fazer?

De: Cristina Santos - "BAIXA ESTRATÉGICA" 

Caro Francisco

Na tentativa de compreender melhor a proposta de que fala, embora depreenda que passa por um total renovação de edifícios e usos, o que concordo por exemplo para a Baixa dita comercial, solicitava que se possível descreve-se qual a visão dos promotores imobiliários para a concretização dessa renovação urbana, que de facto se pretende que viabilize os últimos investimentos públicos, e que seja de qualidade .
Para a Baixa comercial, que o grande comercio abandonou, não se vem grandes problemas e nesse campo considero que será fácil actuar e permitir a renovação urbana de qualidade.
Mas na v. óptica essa intervenção visaria essencialmente áreas comerciais de inter-acção com a área metropolitana, ou áreas Habitacionais de sedentarismo no Porto, Porto central?
Visaria o turismo ou áreas habitacionais (centralizadas) de Luxo?
Se nas zonas circundantes se continuar a reflectir a precariedade, a miséria, a salubridade, essa zona (Baixa) sendo eventualmente de Luxo será afectada no investimento, ou não?
Quanto à Baixa , zona histórica, museu intocável, tem a vossa Classe alguma visão, que transforme esta zona numa zona confinante apetecível para Habitação?
Depois de renovada a baixa comercial, projectaríamos a intervenção noutras zonas, ou o investimento de luxo no centro incentivaria o próprio mercado a intervir sem projectos e orientações publicas de base, ou a acção de todos os intervenientes cifra-se pela baixa comercial e ao fim de quatro anos, continuamos sem mercado?
Intervir onde estrategicamente é rentável, não será intervir ao nível da Ilha central, dissociando-a não da área metropolitana, mas do Porto, Porto Cidade?

Obrigado

Cristina

De: F. Rocha Antunes - "A Baixa não se perde" 

Caro Tiago,

Ao segundo post, não resisto a comentar a sua opinião sobre que Baixa afinal se quer.

Estou completamente de acordo com PMF quando diz que a Baixa de que se fala com uma nostalgia mais ou menos forte já se perdeu. Mas na minha opinião isso não é nada de estranho. O tempo passa, e passa sobre tudo. Nós, por muito que queiramos, já nunca mais vamos estar na fase do Liceu, por mais doces que sejam as nossas memórias desse tempo. Com os sítios é igual e, digo eu, ainda bem.

O problema específico da Baixa do Porto é que, com uma conjugação especial de falta de visão estratégica da sua elite durante décadas, de leis absurdas que ainda hoje vigoram e excesso de voluntarismo em algumas intervenções, a renovação normal do tecido urbano foi impedida. E o que acontece em todos os tecidos urbanos, que é a sua lenta mas contínua renovação, não aconteceu.

E o pior é que muitos dos problemas que impediram essa renovação natural ainda se mantêm, apesar de existirem dados novos que podem vir a alterar a situação.

Um dos problemas que perduram é a incapacidade de se perceber o contexto mais vasto em que a Baixa do Porto está inserida.

Durante décadas achou-se normal deslocar as universidades para a periferia da cidade, viabilizando imediatamente os concelhos limítrofes que, aproveitando a revolução viária iniciada pelos Governos de Cavaco Silva, não perderam essa oportunidade. A que se seguiram as grandes superfícies e a criação de condições de vida urbana que ainda hoje não existem no centro do Porto. Ou seja, ainda se vivia numa ideia de que o Porto era a cidade e o resto era paisagem.

Esse problema ainda hoje existe. Se consultar toda a informação oficial, nomeadamente a que a APOR, agência de desenvolvimento do Porto divulga a quem queira conhecer a região do Porto, vê-se que ainda se considera que uma divisão político-administrativa chamada Área Metropolitana do Porto, com 1.400.000 habitantes, que a ninguém diz nada mas que tem bizarrias como não incluir a Trofa, Santo Tirso, Paredes e os restantes concelhos que são a nova primeira coroa suburbana, é a região urbana do Grande Porto.

Basta consultar os vários sites da administração central que publicam estudos credíveis sobre o que é, de facto, a Área Metropolitana do Porto, e rapidamente se conclui que estamos a falar de uma área urbana policêntrica que tem, no mínimo, 2.600.000 habitantes, portanto da dimensão da Grande Lisboa. Uma diferença de 1.200.000 habitantes!

Qualquer operador de serviços ou de comércio confirma imediatamente que esta é a dimensão da região e até essa companhia pública que não prima pela vanguarda das suas acções chamada CP apresenta uma Unidade de Suburbanos do Grande Porto que, pacificamente, liga Aveiro, Braga, Guimarães e Marco de Canavezes à Invicta. Nenhum destes concelhos faz parte da tal criação artificial chamada Área Metropolitana do Porto.

Enquanto isto não for percebido por todos, agentes económicos, universitários, cidadãos e, quem sabe, um dia até pelos políticos, estaremos sempre a trabalhar com uma noção de escala errada. Mais uma vez.

É nesse contexto de Grande Região Urbana de 2.600.000 habitantes que a Baixa vai renascer, quer se goste quer não. E tal só não acontece melhor ou mais cedo se se persistir em recriar o Porto do Aniki BóBó.

Nada disto impede que se reabilite com qualidade, até porque de falta de qualidade urbana está a região cheia e isso é uma vantagem que a Baixa tem. Agora, enquanto se insistir em lógicas paternalistas de manter o habitat de quem apenas não conseguiu fugir, só se adia, talvez por mais uma década, essa reabilitação.

O que é importante é que os enormes investimentos públicos na rede do metro, na renovação dos comboios suburbanos (alguém já deu por essa alteração fundamental para a Baixa?), nos espaços públicos da 2001, na rede de eléctricos e na mobilidade da Baixa comecem um dia a produzir os seus resultados. Seria o primeiro País do mundo em que tal conjugação de investimentos não produzia resultados estruturais no centro. (eu não falei da eficiência desses investimentos de propósito).

O tempo não se pára. Impediu-se que a renovação urbana se fizesse durante demasiado tempo. Cabe-nos a nós permitir que se continue a impedir essa renovação ou termos a visão para percebermos que essa renovação deve acontecer mais cedo e não mais tarde.


Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

Nota de TAF:
Caro Francisco
Concordo com o que escreve, excepto eu não estar contra "manter o habitat de quem apenas não conseguiu fugir". Não vejo em que é que isso impede a renovação. Pelo contrário, acho que só valoriza as "novas gentes", novos empreendimentos e novos negócios que venham para a Baixa. Não encontro nenhum conflito de interesses. Mas estou disposto a mudar de opinião se me explicarem qual é esse problema :-)


De: Cristina Santos - "UMA BOA IDEIA..." 

"... E PRINCIPALMENTE EXEQUÍVEL"

A sugestão do Armando Peixoto assim em termos gerais, parece-me uma grande ideia.
A animação das tunas, a cultura estudantil, a interacção, traria com certeza à zona, iniciativas de outros jovens, como por exemplo pequenas bibliotecas, alfarrabistas, um quiosque internacional, uma loja da Levis, um ciber café, o jogo da sueca na esplanada.
As Universidades ou Politécnicos, como entidades interessadas na Cultura, no Património, na Historia etc., patrocinavam elas próprias a criação dessas Residencias.
As residências passariam pela desocupação de alguns edifícios germinados e semi-devolutos, restaurados sem grandes transformações por não se justificar grandes tipologias, (ou seja poderiam seguir o exemplo de um edifício na Sé, que aloja provisoriamente alguns residentes da zona , salvo erro chama-se Casa Amarela, que possui uma pequena Cantina, uma Casa de Banho em cada piso e quartos com pia, etc.
O alojamento dos antigos residentes ficaria a cargo da C.M.Porto, restaurando fogos ou comparticipando o restauro de alguns fogos devolutos em outros prédios.
Bastariam duas Residências mesmo que pequenas, para que os Proprietários se sentissem incentivados a restaurar e a dar manutenção aos seus fogos devolutos, para assim dar alojamento a estudantes que não encontrassem lugar na Residência, mas que por questões de proximidade preferiam ficar perto das mesmas.
O preço dos edifícios provavelmente é apetecível, embora exista a salvaguarda dos inquilinos.
Beneficiavam as Universidades pela sua participação na conservação e dinamização do Centro Histórico do Porto, podendo até acolher projectos dos seus próprios estudantes. Beneficiava a Câmara pela divisão de despesas. Beneficiavam os bares.
Beneficiavam os estudantes pelo isolamento da zona, e pela exclusividade que esta adquiriria. Beneficiava o Turismo pela animação, beneficiava toda a Cultura Tripeira, o Cinema batalha, o via Catarina, o comercio tradicional.
Para os gastos serem proporcionais, começariam por uma só residência que compreende-se dois edifícios germinados, a C.M Porto promoveria o alojamento disponibilizando no máximo 12 Casas, e nos média ficaria responsável pela divulgação da iniciativa elogiando o valor da Universidade promotora.
Mesmo que a inicio os estudantes demonstrassem alguma relutância por serem em menor numero, as entidades policiais promoveriam a Segurança, e os próprios estudantes com a criatividade própria promoveriam o local e encontrariam nele, ocupações tradicionalistas e recriariam ambientes de confraternização óptimos para uma zona povoada por gente festeira e acolhedora.

Assim de momento não detecto nenhum entrave à aplicação desta ideia. Claro que não serve os imobiliários, mas serve a Cultura Tripeira.

Cristina

2004/09/09

De: Armando Peixoto - "Zona Histórica" 

Parece-me notório que ninguém sabe bem o que há-de fazer à Zona Histórica. Isso notou-se bem no impasse criado aquando do problema entre os proprietários dos bares da Ribeira e os moradores. Obviamente que não se chegou a soluçao nenhuma porque, nesta questão, ou se decide por uns ou por outros. A camara quis agradar a todos e acabou por nao agradar a ninguem, o que demonstra que nao há política nenhuma para a zona. Aliás, andando pela zona nota-se o desleixo que tem havido por parte da camara.. É o mercado da ribeira que esteve pronto, mas parece que ninguem quer fazer nada com ele e por isso já precisa de obras outra vez. É a falta de policiamento e de limpeza, os edifícios a cair...

Acho que é óbvio que a maior parte da Zona Histórica não tem competitividade para atrair moradores. É o barulho ao fim de semana por causa dos bares da ribeira, é o declive acentuado da zona e o facto de a maior parte das ruas ter sido pensada para a época medieval, e não para a actual, é a degradação do edificado e a protecção por ser uma zona classificada, é a falta de equipamentos básicos, etc...

Se é verdade que alguns destes problemas se podem resolver, outros há que não é aconselhável, para não descaracterizar uma zona única como é o centro histórico do Porto. A demolição de blocos de casas para criar novas ruas, praças ou espaços verdes é uma má solução por isso mesmo.

A zona histórica é, também, um local de eleição para o turismo e animação, especialmente nocturna. Por isso deviam ser incentivados investimentos nestas áreas, e não limitar a hora de fecho de bares, restaurantes e discotecas.

Depois disso, acho que era necessário definir um "morador alvo" para a zona. Parece-me muito difícil conseguir que qualquer família queira ir morar para uma zona com estas características. O único "público alvo" que me parece viável numa zona em que há barulho ao fim de semana, subidas e descidas acentuadas, sem garagens, casas com limitações estruturais, mas com uma mística própria, animação, bares e restaurantes próximos, são os estudantes.

O barulho ao fim de semana não é problema porque os estudantes vão para as suas terras ao fim de semana, e a maior parte das vezes, são eles próprios que fazem o barulho e que vão aos bares e discotecas. São os que melhor aguentam com o declive da zona. O tipo de urbanização da zona é do agrado dos estudantes, porque favorece a proximidade e interacção. Quanto a mobilidade, bem, acho que toda a gente sabe para onde vão os estudantes... Para as faculdades! Não seria complicado certamente para os STCP criar duas linhas dedicadas para os polos da Asprela e Campo Alegre...

Por isto defendo a adaptação de boa parte dos edifícios da zona histórica em residencias universitárias, em vez de as andar a dispersar em zonas que são muito mais propícias a habitação familiar! Os estudantes gostam da zona histórica, desde que haja bons transportes públicos para as respectivas faculdades. Com os estudantes, a zona ia também ficar muito mais segura e animada (durante todo o dia...), atraindo também jovens em início de carreira, ou mesmo casais jovens.
Para mim, parece-me a melhor opção para a zona histórica...

Armando Peixoto

De: Cristina Santos - "Qual Baixa?..." 

..."Centro Historico ou Baixa Comercial?"

Primeiro é preciso saber de que Baixa se está a Falar.

Distinguir Baixa como Centro Urbano Comercial (Avenida dos Aliados, Sá da Bandeira, etc) ou Baixa centro histórico, (Sé, Miragaia ).

Caso o objectivo vise a conservação e actualização do Património da humanidade, bastante degradado por sinal, temos questões importantíssimas:

Como que destino dar a uma zona, que apesar de histórica e protegida, é densa no edificado atípico, não possui espaços verdes, tem problemas de mobilidade e socialmente irreverente e precária. Que interesse para habitação tem uma zona com estas condições?

Haverá gente interessada em residir em Blocos de pedra, semelhantes em tudo aos novos edifícios, mas sem garagem, numa área íngreme, sem supermercados, e com valores de rendas ou venda iguais aos edifícios modernos?

De facto o único interesse que pode ter é para os seus moradores efectivos, para o turismo…

Falo na zona habitacional e não na zona Ribeirinha, dado que essa não apresenta salubridade comparável ao interior das Freguesias da Sé, Victoria, Miragaia.


Face a isto considero que seria possível dinamizar por exemplo a Sé, demolindo parte de frentes urbanas devolutas, abrindo espaço para áreas verdes, descongestionar o edificado criando logradouros, aumentar a visibilidade da zona ribeirinha, reabitando os edifícios de forma profunda e actualizada. Criando Escolas privadas com bom ensino.

Contudo este investimento só é possível com financiamento público e garantia de retorno com ocupação por novos habitantes.

Mas será que diminuindo aos espaços disponíveis, restarão fogos para novos habitantes, serão em número suficiente para permitir o retorno que não é possível com os moradores actuais.

Os novos habitantes por si só conseguirão cobrir tal despesa?

E cobrindo tal despesa os preços serão apetecíveis e equiparados ás condições oferecidas?


Paralelamente é importantíssimo preservar os valores históricos, manter o edificado, as ingrimidades, os acessos, as calçadas e aí a única solução passa por reabilitar as condições de habitabilidade dos residentes e a preservação do Património e do Turismo.

Assim e no edificado a intervenção teria de ser simultânea e na escala mais alargada possível, para evitar o erro Cruarb de restaurar um edifício em cada dois /quatro anos.

O alojamento provisório dos ocupantes desses edifícios, teria de ser em número capaz de albergar muitos agregados em simultâneo.

O levantamento das responsabilidades dos proprietários, e o assegurar o retorno do investimento a efectuar era uma medida previa, de difícil negociação. A criação de infra-estruturas de mobilidade quase exclusivamente pedonais e ambiente urbano de qualidade, competiria às entidades públicas.

Contas feitas a todo este investimento em prol da conservação do Património, retomo a velha questão quem está interessado?

Resta talvez deixar o mercado dividir-se por si só, deixar que se reabilite de forma média para o mercado de rendas a baixas e assim se ocupem os fogos devolutos, (as casas atípicas por exemplo as Ilhas com rendas de 200€, estão sempre ocupadas por famílias jovens ou de parcos recursos, que quando podem procuram novas casas, mas com certeza há muita mais gente a poder pagar 200€ do que 400€ por um fogo mais ó menos actualizado.)

Muitos dos edifícios possuem fogos desocupados, bem, os senhorios podiam reabilita-los e aluga-los mesmo que por rendas de 200€, só que essa reabilitação exige também obras nos telhados, nas fachadas, nas caixilharias e o resto dos fogos ocupados rende 100€.

Nunca vão render muito mais até à morte dos ocupantes, e nessa altura serão necessárias obras profundas.

O que fazer, exigir financiamento público, para alem de infra-estruturas e acessos?

Programas como a Recria serão adequados para Prédios com rendas condicionadas, embora permitam obras de manutenção e estabelecimento de níveis de conforto médio-baixo?

Tem os promotres imobili´rios outras soluções, ou só tem para alguns edifícios de posição estratégica?

Deve a zona da Sé ser finalmente toda adquirida pela C.M.Porto, a luz de programas como o PER ou outros, deve a C.M.Porto ao invés de criar novos Bairros sociais, aproveitar o edificado e destiná-lo à habitação social?


No entanto e se falamos noutras «Baixas» , por exemplo a baixa comercial (Carlos Alberto, Avenida dos Aliados, Sá da Bandeira, Santa Catarina), essa sim tem interesse para o investidor privado, a desocupação do comercio, permite que o edificado volte à sua condição de área habitacional de qualidade, tem praças, tem mobilidade, tem centralidade, tem tudo para absorver o interesse e tem muitos poucos inquilinos.

Com essa ocupação habitacional o Comercio encontrará sua posição e rendimentos.

A SRU nessas áreas não encontrará grandes problemas a não ser a dos preços especulativos dos imóveis. Não se admitirá no entanto financiamento público para essas áreas.


O problema esta nas zonas densificadas, degradadas, sem espaços livres ou recursos naturais de qualidade, o problema esta em zonas centrais densamente ocupadas, por população envelhecida, sem recursos.

E nestes caso considero que os proprietários terão de ser subsidiados e impulsionados a intervir conforme a ocupação previstas para os edifícios, conforme tenha inquilinos antigos ou não.

Nestes casos acho preferível conservar o edifício, com obras na cobertura, fachadas, caixilharias e níveis médios baixos de conforto, com rendas compatíveis mas baixas, do que optar por condicionar a expropriação, a apropriação do edifício, a realização de obras profundas e o aumento de rendas para tectos incomportáveis.

Ou seja passar de um «8» para um «80».

Nunca o interesse particular se pode sobrepor ao interesse social, temos que prever e contar com todos, os ricos, os pobres ou os remediados, temos que criar mercado para todos, e garantir o enquadramento de todos.

Cristina Santos

2004/09/08

De: TAF - "Perdemos a Baixa?" 


Pedro Madeira Froufe escreveu no Blasfémias um texto sobre o Porto que merece alguns comentários. Vão ser breves, estou com pressa, infelizmente. Mas aqui ficam de qualquer modo.
Afirma então PMF: "Aquela Baixa que todos querem recuperar, ou melhor, reencontrar, fora do tempo, in nillo tempore, é uma Baixa tão longuínqua, como mítica. Desligamo-nos da Baixa, de alguma forma perdemo-la".

Quando se fala em recuperar, ou reabilitar, a Baixa do Porto, há três aspectos a considerar.

1) O edificado. É preciso decidir o que deve ser mantido e o que vem abaixo. É quase consensual que o "aspecto geral" da Baixa não deve ser perdido, embora haja interpretações mais "liberais" ou mais "fundamentalistas" sobre o que isso significa. Valorizar o "património" no sentido mais estrito habitual.

2) As pessoas. Eu tentaria fortemente manter na Baixa quem lá vive e/ou trabalha agora. E também que para lá fosse/voltasse quem tem raízes que de algum modo o liguem à Baixa. Esse é "património humano", que também deve ser preservado e valorizado.

3) A "vida", o "movimento".

Se não conseguirmos ter sucesso nestes três aspectos, a Baixa de facto foi perdida. Mas ainda não está perdida. Muitos edifícios estão perfeitamente recuperáveis, ainda há habitantes, comércio e movimento suficientemente longe do ponto de não-retorno. Junte-se agora mais gente nova, mais gente velha, novos espaços de comércio e de serviços, edifícios que permitam ter simultaneamente habitação e escritórios para profissionais liberais (não precisar de carro para ir para o trabalho!).

O importante é deixar a cidade evoluir. Não empatar com burocracia e má gestão autárquica. Não tentar planear demais. Resolver de vez os "pequenos problemas" que nunca mais nos largam: estacionamento irregular, poluição, arrumadores, falta de policiamento, etc. Acabar com as obras na via pública. O resto virá por acréscimo.

A Baixa é um símbolo, um catalizador, um bom pretexto para nos sentirmos "do Porto" e "no Porto". Tem história, tem alma, tem cheiro. É aquilo que nos identifica junto de quem é "de fora". Vale a pena continuar a apostar nela.

PS: Aproveito para deixar 2 apontadores d'O Primeiro de Janeiro:
- Área Metropolitana do Porto cresce
- Articular aeroportos com a Galiza

De: TAF - "O Porto em foco..." 

... n'O Comércio do Porto:
- Campanhã: Painéis setecentistas da Igreja Matriz desfazem-se em pó
- Vereador da CDU obriga a adiar votação do PDM portuense + Alameda 25 de Abril + Assembleia Municipal
- Rui Rio desvaloriza critérios de realojamento no Monte S. João
- E, numa das futuras novas freguesias do Porto :-) - Nova centralidade de Gaia estará pronta dentro de sete a 10 anos

2004/09/07

De: TAF - "Votação do PDM adiada 2 semanas" 

No site da RR:
Porto: Decisão sobre PDM adiada por duas semanas

De: TAF - "O que fazer" 

Reabilitar a Baixa do Porto não é apenas reabilitar o edificado. Não concordo em fazer uma revolução e criar uma "Baixa nova". A Baixa, mais do que os edifícios, são as pessoas que lá estão e/ou estiveram. É fundamental que uma parte delas continue lá (ou volte para lá) para que a Baixa rejuvenesça sem perder as suas raízes, o que lhe dá encanto.

É possível criar vitalidade na Baixa sem os "velhos". Mas isso já não é a "Baixa do Porto", é algo novo. Prefiro manter tradições e ambientes DESDE QUE não seja à custa de apoios permanentes do Estado. Defendo uma evolução suave, de preferência juntando alguns "velhos" e alguns "novos" num ambiente mais de cooperação complementar do que de competição. Porque a sabedoria, a cultura e a tradição dos "velhos" muito ajudaria a humanizar um comércio mais "asséptico" dos "novos". Competição sim, mas com os comerciantes de fora da Baixa, das grandes superfícies. Mas os "velhos" sozinhos não conseguem recuperar. Por isso precisam de algum apoio (moderado) nem que seja para começarem a cooperar com os "novos". Devemos deixar o mercado funcionar, dando um pequeno empurrão INICIAL com apoios pontuais.

Muitas das pessoas que têm interesse em voltar a habitar na Baixa são pessoas que lá possuem raízes familiares ou outras. Perdendo-se isso...
Se o pequeno comércio fechar na Baixa do Porto, o que é que sobra? A quem interessa morar ou trabalhar na Baixa se a situação piorar ainda mais? Se não restar nada do que a distingue e lhe dá valor, qual a diferença entre estar na Baixa ou estar noutro lado qualquer?

O papel do Estado é colmatar as falhas que existam e ajudar a orientar a evolução num sentido admitido como adequado. Não é decidir como vai ser a cidade. É preciso "descomplicar": fazer pouco mas fazer bem. Cumpra-se a Lei (especialmente por parte da Câmara) e faça-se cumprir. Se estas regras de convivência em sociedade estiverem a funcionar saudavelmente, os portuenses saberão fazer evoluir o Porto.


Nós, modestos "bloguistas", poderemos dar alguma contribuição a vários níveis.

1) Incentivando a divulgação regular de toda a informação por parte da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU).
Começaria já por todos os estudos disponíveis sobre a Baixa do Porto e especialmente o recentemente contratado à Faculdade de Engenharia e coordenado pela Prof. Isabel Breda, mas que ainda não está disponível para consulta. Supostamente haverá mais estudos, por exemplo o trabalho realizado para a Porto 2001. Além disso o andamento dos trabalhos da SRU deveria ser objecto de divulgação pública obrigatória na Internet. Esta informação constitui a base para uma participação efectiva e profissional por parte de quem tem formação adequada para isso na "sociedade civil".

2) Dando sugestões supostamente competentes sobre as grandes linhas de actuação da SRU e sobre as opções estruturais a tomar. Após estarem definidas quais as zonas prioritárias (quarteirões, ruas), dando ideias e apresentando projectos concretos para as intervenções a realizar. Mesmo sabendo-se que na prática haverá poucos munícipes interessados em participar activamente nesta tarefa de reabilitação da Baixa, há todas as condições para aproveitar alguns contributos certamente melhores do que os que se obterão dos serviços de Urbanismo da Câmara Municipal.

3) Em conjunto com investidores e com actuais proprietários de edifícios na Baixa, encontrando soluções/negócios de aproveitamento dos imóveis que permitam viabilizar a sua recuperação e em simultâneo contribuir para a animação desta zona da cidade. A visibilidade que "A Baixa do Porto" tem conseguido facilitará certamente este trabalho, pois constitui um bom ponto de encontro e um bom meio de divulgação. Entre os "bloguistas" há felizmente quem queira mais do que apenas dar ideias: quer mesmo agir e gerar negócio – juntar o útil ao agradável.

4) Reunindo oferta e procura para habitação e espaços comerciais. Havendo um envolvimento directo de ambos os lados numa fase inicial da definição de cada operação urbanística, estou convencido de que será possível conhecer à partida os futuros habitantes e criar os espaços à sua medida, garantindo assim que serão efectivamente ocupados e diminuindo drasticamente o risco financeiro. Mais uma vez, o blog é um bom ponto de encontro e quem quiser poderá enviar-me informação dos seus contactos (para publicar ou manter reservada, como preferir) que poderá vir a ser muito útil em breve.

Por sua vez a SRU deveria começar a divulgar, sem excessiva preocupação de rigor, valores preliminares de referência para avaliação de edifícios que venham eventualmente a ser expropriados num futuro próximo. Os proprietários iriam então perceber que poderão ver "desaparecer" as suas propriedades por um terço ou um quarto do preço injustificado que agora pedem. Isso faria acelerar os negócios na Baixa, influenciando positivamente o mercado mesmo antes de qualquer acção adicional. Sei que a SRU está já a avançar com a recolha dos nomes e contactos dos proprietários na sua zona de intervenção. O estabelecimento de parcerias entre proprietários de imóveis contíguos era seguramente uma das melhores formas de realizar recuperações na Baixa com alguma rapidez. O blog poderá ajudar a divulgar estas iniciativas junto do público em geral.

2004/09/06

De: Cristina Santos - "FDZH" 

Em relação ao mérito da organização CRUARB, o seu trabalho visou todo um conjunto de regras e integrações sociais que de há muito tempo se encontravam adulteradas, no Centro Historico.
Foi com certeza um excelente trabalho, que deu dignidade aos residentes, através de grandes investimentos imobiliários, infra-estruturas, Centro Atlântico, escolas e jardins infantis.
O esforço desta equipa interagiu com vários recursos, por exemplo um pequeno ATl, talvez das penúltimas intervenções desta entidade, foi adiado durante algum tempo por falta de verba publica para a sua execução, no entanto o CRUARB encontrou financiamento de uma «estrangeira» benemérita, que reconheceu na Instituição valor bastante para a criação de recursos educativos na zona, e financiou a obra e algum equipamento.
O resultado dessa «parceria» criou um espaço que raramente encontramos mesmo em colégios de luxo, desde o pormenor das casas de banho, a qualidade dos acabamentos, o cumprimento de todas as normas deste tipo de instalação, e a qualidade da intervenção em si, despertam nos visitantes do espaço uma surpresa total pelo aproveitamento feito do edificio.
A instituição comportava ainda serviços de orientação a qualquer investidor interessado na zona, provia estágios e formação com base nas suas experiencias.
Os residentes do Centro Histórico interagiam com os membros do Cruarb, reconhecendo-os na Rua com respeito pelo trabalho desenvolvido, pelo fim da salubridade, pelo fim da insegurança etc..
A ultima obra de que se teve mais o menos conhecimento publico foi a Junta de Freguesia de Miragaia.
Apesar de considerar que a médio prazo o investimento no interior dos edifícios é extremamente alto, também considero que é o melhor exemplo possível para reabilitações de qualidade.
Alias foi a evolução das suas intervenções sociais e físicas, que permitiram ao CRUARB a longevidade. No arquivo desta instituição podemos encontrar os melhores casos de reabilitação, dados históricos da degradação encontrada pós 25 de Abril., (sobre-ocupação documentada, condições de precariedade, exploração, existência de valores históricos incalculáveis, recuperação da historia da arquitectura, da engenharia, com recurso por vezes aos saberes internacionais, latrinas, fachadas em madeira centenárias e principalmente as soluções encontradas para a preservação do histórico aliado a um brilhante trabalho de recuperação etc..)
Tudo isto não implica, que a Instituição não encontre agora o seu fim, mas deve encontra-lo de forma muito digna e valorizada, deve contrastar o resultado da sua intervenção com outras instituições como o Porto 2001 embora noutros parametros.

Os seus arquivos não devem ser usurpados, mas sim transportados com valor, os profissionais do CRUARB tem meios para agilizar a intervenção da SRU, não seria justo adquirir os arquivos e destituir os seus criadores.
Se o Cruarb tem que terminar, deve terminar em forma evolutiva, com mérito... e enquadramento da sua experiência nas nossas actuais necessidades.
E isso infelizmente não está a ser feito, nas declarações publicas de tal anunciação.
concordo que o FDZH actualmente não seja tão necessário coexistindo na sua forma inicial ou no mesmo local, mas pode evoluir para outro tipo de instituição, que mantenha a interacção social e o saber adquirido, pode implantar-se noutras freguesias com valor histórico e sem valor social.
Não pode é ser apelidada de improdutiva, desnecessária , o seu encerramento só tem justificação evolutiva, como quem terminou um bom trabalho numa área e agora tem que se mudar...

Cristina Santos

2004/09/05

De: TAF - "No terreno" 

N'O Primeiro de Janeiro:
- Recuperação da Baixa portuense começa a tomar forma no terreno

No Jornal de Notícias:
- Cais das Pedras é novidade
- Moradores querem as obras mas temem as rendas altas

Já agora, aproveitem para ver imagens antigas do Porto muitíssimo interessantes no Avenida dos Aliados, especialmente esta.

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