2005/03/19
De: TAF - "Almoço no Ateneu"
Hoje fui almoçar ao Ateneu Comercial, em Passos Manuel. Nunca pensei que encontrasse tanta gente lá! Almoço "buffet" a 5 euros, está explicado. ;-)
O local merece visita. Os clientes eram nitidamente portuenses: comerciantes e moradores na zona, certamente.
À tarde estive a ler as notícias do dia:
- Rui Rio solicitou ao IPPAR que reconsidere pedido de suspensão
- Rio pede ao Ippar que reconsidere suspensão da obra
- Rio quer que IPPAR reconsidere pedido para parar túnel de Ceuta
«Numa carta de 12 páginas, o autarca explica, exaustivamente, o historial do túnel.» - Por que é que essa carta não é pública?
«(...) a referência do responsável do IPPAR, a uma possível solução de prolongamento do túnel(...) é em tudo idêntica a uma apresentada pelos próprios técnicos camarários em Dezembro de 2004 e que o IPPAR terá recusado informalmente.» - Num assunto desta importância a Câmara não teve o cuidado de fazer uma proposta formal e exigir uma resposta também formal?
- Rui Rio decidiu não parar - «[João Rodeia] considera não ser ideal a proposta que apresentou no debate sobre o túnel que decorreu, na quarta-feira, no Museu Soares dos Reis, que prevê uma saída no centro da Rua D. Manuel II, em frente ao Palácio dos Carrancas. "Coincide com a solução da Câmara, mas é a última hipótese para o IPPAR, é a mais coxa", diz. E não deve servir "como bóia de salvação" da autarquia.» - Mas afinal o IPPAR aceita ou não aceita esta solução?
- Companhia de Filipe La Féria vai estar três meses no Sá da Bandeira
- O metro na Asprela: um problema de cultura empresarial - opinião de Mário Jorge Carvalho, ex-administrador do Hospital de S. João
- Requalificação total no Bairro Rainha D. Leonor
- Monumento a Humberto Delgado está na gaveta há 26 anos - na sequência deste comentário de JPV.
- Portuenses desiludidos com projecto para a Praça
- Projecto para os Aliados agrada aos especialistas
O local merece visita. Os clientes eram nitidamente portuenses: comerciantes e moradores na zona, certamente.
À tarde estive a ler as notícias do dia:
- Rui Rio solicitou ao IPPAR que reconsidere pedido de suspensão
- Rio pede ao Ippar que reconsidere suspensão da obra
- Rio quer que IPPAR reconsidere pedido para parar túnel de Ceuta
«Numa carta de 12 páginas, o autarca explica, exaustivamente, o historial do túnel.» - Por que é que essa carta não é pública?
«(...) a referência do responsável do IPPAR, a uma possível solução de prolongamento do túnel(...) é em tudo idêntica a uma apresentada pelos próprios técnicos camarários em Dezembro de 2004 e que o IPPAR terá recusado informalmente.» - Num assunto desta importância a Câmara não teve o cuidado de fazer uma proposta formal e exigir uma resposta também formal?
- Rui Rio decidiu não parar - «[João Rodeia] considera não ser ideal a proposta que apresentou no debate sobre o túnel que decorreu, na quarta-feira, no Museu Soares dos Reis, que prevê uma saída no centro da Rua D. Manuel II, em frente ao Palácio dos Carrancas. "Coincide com a solução da Câmara, mas é a última hipótese para o IPPAR, é a mais coxa", diz. E não deve servir "como bóia de salvação" da autarquia.» - Mas afinal o IPPAR aceita ou não aceita esta solução?
- Companhia de Filipe La Féria vai estar três meses no Sá da Bandeira
- O metro na Asprela: um problema de cultura empresarial - opinião de Mário Jorge Carvalho, ex-administrador do Hospital de S. João
- Requalificação total no Bairro Rainha D. Leonor
- Monumento a Humberto Delgado está na gaveta há 26 anos - na sequência deste comentário de JPV.
- Portuenses desiludidos com projecto para a Praça
- Projecto para os Aliados agrada aos especialistas
De: Pedro Aroso - "O «Sá da Bandeira»..."
"... ressuscitou!"
Ontem desloquei-me ao teatro Sá da Bandeira para assistir à estreia da "A Rainha do Ferro Velho".
Receando a confusão habitual da chegada em cima da hora, o meu grupo de amigos resolveu ir um pouco mais cedo e jantar no restaurante "Regaleira", onde eu já não entrava há mais de 20 anos. Rapidamente pude constatar que a maioria dos clientes estava lá pela mesma razão, o mesmo acontecendo na "Brasileira". A rua registava, por isso, uma animação como há muito tempo não se via naquele local.
A emoção de ver a sala do Sá da Bandeira restaurada (e cheia de gente de todas as idades) estava bem estampada no rosto de todos os presentes. Como se isso não bastasse, a escolha da peça não podia ter sido mais feliz... Foram duas horas de boa disposição, a fazerem-nos esquecer as más notícias com que os telejornais nos bombardeiam diariamente.
No final, o Filipe La Féria apareceu no palco para enaltecer o empenhamento do Dr. Rui Rio na recuperação deste teatro, e agradecer à Câmara Municipal do Porto as facilidades concedidas, factos que eu desconhecia por completo.
Cá fora, esperava-nos mais uma surpresa: uma dúzia de Rolls-Royces e Jaguares dos anos 50, com a intenção óbvia de recriar o glamour da época em que decorre a peça "A Rainha do Ferro Velho".
Acreditem que foi uma noite memorável!
Pedro Aroso
Ontem desloquei-me ao teatro Sá da Bandeira para assistir à estreia da "A Rainha do Ferro Velho".
Receando a confusão habitual da chegada em cima da hora, o meu grupo de amigos resolveu ir um pouco mais cedo e jantar no restaurante "Regaleira", onde eu já não entrava há mais de 20 anos. Rapidamente pude constatar que a maioria dos clientes estava lá pela mesma razão, o mesmo acontecendo na "Brasileira". A rua registava, por isso, uma animação como há muito tempo não se via naquele local.
A emoção de ver a sala do Sá da Bandeira restaurada (e cheia de gente de todas as idades) estava bem estampada no rosto de todos os presentes. Como se isso não bastasse, a escolha da peça não podia ter sido mais feliz... Foram duas horas de boa disposição, a fazerem-nos esquecer as más notícias com que os telejornais nos bombardeiam diariamente.
No final, o Filipe La Féria apareceu no palco para enaltecer o empenhamento do Dr. Rui Rio na recuperação deste teatro, e agradecer à Câmara Municipal do Porto as facilidades concedidas, factos que eu desconhecia por completo.
Cá fora, esperava-nos mais uma surpresa: uma dúzia de Rolls-Royces e Jaguares dos anos 50, com a intenção óbvia de recriar o glamour da época em que decorre a peça "A Rainha do Ferro Velho".
Acreditem que foi uma noite memorável!
Pedro Aroso
De: Alexandre Burmester - "Subscrição"
Exmo Sr. Alberto Lima
Sabe eu conheço 3 ou 4 pessoas que escrevem neste Blog, a maioria não faço ideia de quem sejam.
Não sei se pertencem a cores políticas, defendem interesses próprios ou alheios, na verdade não faço qualquer ideia, e nem estou muito interessado em saber.
Este Sr. David Afonso que lhe respondeu, não faço qualquer ideia de quem seja (peço desculpa se devia, mas também sou bastante distraído).
Mas faço neste caso das suas palavras as minhas.
Subscrevo e assino em baixo.
Aproveito ainda para em tom aconselhador a leitura de um velho provérbio chinês:
信息包含在这电子邮件, 和任一附件和反应串,机要和也 许是合法特许的和意欲至于对以上命名收信人的专属使用。如果你 接受这通信
Alexandre Burmester
Sabe eu conheço 3 ou 4 pessoas que escrevem neste Blog, a maioria não faço ideia de quem sejam.
Não sei se pertencem a cores políticas, defendem interesses próprios ou alheios, na verdade não faço qualquer ideia, e nem estou muito interessado em saber.
Este Sr. David Afonso que lhe respondeu, não faço qualquer ideia de quem seja (peço desculpa se devia, mas também sou bastante distraído).
Mas faço neste caso das suas palavras as minhas.
Subscrevo e assino em baixo.
Aproveito ainda para em tom aconselhador a leitura de um velho provérbio chinês:
信息包含在这电子邮件, 和任一附件和反应串,机要和也 许是合法特许的和意欲至于对以上命名收信人的专属使用。如果你 接受这通信
Alexandre Burmester
De: David Afonso - "A Alberto Lima"
Caro Alberto Lima
1. Quem me conhece sabe que sou «pacato como uma couve» (Obrigadinho, ó Eça!), pelo que lhe posso assegurar, desde já, que me sinto incapaz de atentar contra a honra do seu amigo. Na verdade, mesmo considerando a remota possibilidade de ser essa a minha intenção, a agilidade demonstrada pelo seu rapaz não me daria tempo para tal. Bom, mas devo dizer que fiquei esmagado pelo impressionante currículo de tão promissor jovem. Resta-me aguardar ardentemente pelo messias por si anunciado, até que se digne de se candidatar à Assembleia da República. Que digo eu? Ao Olimpo! Melhor ainda: à presidência do FCP!
2. Julgava eu que o meu caro vinha pedir humildes desculpas pelo comportamento impróprio dos outros membros da Assembleia Municipal, o qual não passou despercebido a ninguém, incluindo à imprensa presente. Sabe, é que, neste caso, todos somos ofendidos, mas – Ai, de nós! - que Sua Exc.ª não se digna de nos defender.
3. Quanto à ausência dos representantes dos outros partidos, só posso dizer: ainda bem que não apareceram. Era o que mais faltava! Transformar um debate civilizado numa réplica da Assembleia Municipal! De resto, a qualidade dos excelentíssimos representantes da oposição é tão boa quanto à dos representantes da maioria. O que é digno de reflexão e de consequente depressão.
4. Mas numa coisa estamos de acordo (como vê, nem tudo está perdido): se alguma coisa devemos ao Rui Rio é o facto de nos ter posto a pensar na cidade. Pudera! Quando se comporta como dono da cidade é natural que indigne os seus legítimos proprietários que somos todos nós. E aqui, se me permitir, não resisto a uma pequena inconfidência: eu festejei a vitória eleitoral do Rui Rio. A sério. Fiquei genuinamente feliz (pelo menos tão feliz quanto é permitido ao um não militante do PSD...). Só que o nosso presidente rapidamente tratou de me fazer cair em mim. E aqui estou. Mas concordo: Rui Rio é o grão de areia intruso que obriga a ostra a segregar a pérola. Obrigado por nos ter despertado do nosso sono dogmático.
5. Para finalizar: a cidade é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos. Se, por acaso, vê a política como uma praxe que se cumpre de quatro em quatro anos, como uma campanha do género "vou ali apanhar uns votos e volto já" está muito enganado, meu caro. O escrutínio é diário e a sociedade civil evoluiu e já está a reinventar a democracia. Ou ainda não reparou nisso?
David Afonso
attalaia@gmail.com
1. Quem me conhece sabe que sou «pacato como uma couve» (Obrigadinho, ó Eça!), pelo que lhe posso assegurar, desde já, que me sinto incapaz de atentar contra a honra do seu amigo. Na verdade, mesmo considerando a remota possibilidade de ser essa a minha intenção, a agilidade demonstrada pelo seu rapaz não me daria tempo para tal. Bom, mas devo dizer que fiquei esmagado pelo impressionante currículo de tão promissor jovem. Resta-me aguardar ardentemente pelo messias por si anunciado, até que se digne de se candidatar à Assembleia da República. Que digo eu? Ao Olimpo! Melhor ainda: à presidência do FCP!
2. Julgava eu que o meu caro vinha pedir humildes desculpas pelo comportamento impróprio dos outros membros da Assembleia Municipal, o qual não passou despercebido a ninguém, incluindo à imprensa presente. Sabe, é que, neste caso, todos somos ofendidos, mas – Ai, de nós! - que Sua Exc.ª não se digna de nos defender.
3. Quanto à ausência dos representantes dos outros partidos, só posso dizer: ainda bem que não apareceram. Era o que mais faltava! Transformar um debate civilizado numa réplica da Assembleia Municipal! De resto, a qualidade dos excelentíssimos representantes da oposição é tão boa quanto à dos representantes da maioria. O que é digno de reflexão e de consequente depressão.
4. Mas numa coisa estamos de acordo (como vê, nem tudo está perdido): se alguma coisa devemos ao Rui Rio é o facto de nos ter posto a pensar na cidade. Pudera! Quando se comporta como dono da cidade é natural que indigne os seus legítimos proprietários que somos todos nós. E aqui, se me permitir, não resisto a uma pequena inconfidência: eu festejei a vitória eleitoral do Rui Rio. A sério. Fiquei genuinamente feliz (pelo menos tão feliz quanto é permitido ao um não militante do PSD...). Só que o nosso presidente rapidamente tratou de me fazer cair em mim. E aqui estou. Mas concordo: Rui Rio é o grão de areia intruso que obriga a ostra a segregar a pérola. Obrigado por nos ter despertado do nosso sono dogmático.
5. Para finalizar: a cidade é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos. Se, por acaso, vê a política como uma praxe que se cumpre de quatro em quatro anos, como uma campanha do género "vou ali apanhar uns votos e volto já" está muito enganado, meu caro. O escrutínio é diário e a sociedade civil evoluiu e já está a reinventar a democracia. Ou ainda não reparou nisso?
David Afonso
attalaia@gmail.com
2005/03/18
De: Alberto Lima - "Blog «a Baixa do Porto»"
Caro TAF,
Sou, como sabe, um leitor assíduo do blog. Deixei de ser participante a partir do momento em que, legitimamente, não publicou uma opinião minha sobre o Metro na Avenida da Boavista. Não resisti a voltar a comentar e permita-me que deixe esta mensagem de "defesa da honra" de um amigo, do Partido a que pertenço e da Assembleia Municipal do Porto.
Sou autarca (bem hajam os que ainda se disponibilizam a essa "tarefa") e um pouco mais velho do que o membro da AM que foi aqui referenciado no seguinte comentário:
"Pelo menos um ficou-me na retina: um jovem membro de tão excelente Assembleia chegou-se ao micro, falou bem e bonito (o rapaz quer ir longe), colocou questões que julgaria pertinentes e pirou-se dali para fora o mais rápido possível, abandonando o auditório sem sequer esperar pelas respostas às questões que ele próprio havia colocado."
Quanto a esse jovem membro (28 anos), posso adiantar que, após término com distinção do seu curso superior na FEUP é um alto quadro de uma empresa multinacional, apesar de membro da AM há 8 anos, que se desloca regularmente ao estrangeiro para colaborar em equipas de projecto multinacionais. Foi, ainda muito novo, um dos melhores Presidentes da JSD do Distrito do Porto e poderia ser desde 1999, muito facilmente, e caso tivesse unicamente esse objectivo de vida, Deputado à Assembleia da República.
A qualidade é um factor de distinção da bancada do PSD na Assembleia Municipal. Temos Médicos, Gestores, Economistas, Empresários e Advogados, muitos trabalham por conta própria e com desempenhos profissionais irrepreensíveis.
Apenas dois membros da bancada PSD na AM falaram no debate (onde eu estive mas, manifestamente, me pareceu inócuo intervir para uma mesa de autistas). Os dois, na minha parcial opinião, com grande qualidade e objectividade e colocando o dedo na ferida, nomeadamente quanto ao calendário (suspeito) da decisão.
Mas afinal porque não terão aparecido (identificados) mais membros e de outras bancadas da AM? Todos sabemos a resposta. A posição da CMP é inatacável. É sabido que o IPPAR não quis resolver este problema e quer agora, na praça pública, um técnico de património nomeado, debater com o Presidente da 2ª maior Câmara do País cujo número de telefone possui mas a quem não atende as chamadas? Os técnicos do IPPAR que se entendam com os técnicos da CMP. Todos já percebemos as "curvas" que o IPPAR deu neste processo e esperamos que passe, agora, a caminhar em linha recta.
Quanto ao facto de discutir a Cidade. Glória a Rui Rio que fomentou o aparecimento de críticos e interessados por todos os temas e mais alguns. Lembro que, na próxima Campanha eleitoral, alguns que se queixam da reduzida discussão dos temas poderão observar ou participar nas diferentes discussões entre candidaturas sobre os seus projectos para a Cidade.
Por exemplo, estou certo que haverão candidaturas a favor do Metro na Avenida da Boavista e outras contra. A população decidirá.
Depois das eleições há que aprender a deixar os eleitos trabalhar. O seu trabalho é, regra geral, avaliado no fim do mandato!
--
Nota de TAF: Caro Alberto Lima, registo com agrado que volta a uma participação activa ao blog. Quanto a este seu comentário para "defesa da honra de um amigo", não percebo como é que as suas afirmações o defendem. Afinal, não desmente o facto aqui relatado por David Afonso: a pessoa em causa terá colocado a pergunta e abandonado a sala sem esperar pela resposta. Conclui-se daqui que a mesa é que é "autista"?!
Sou, como sabe, um leitor assíduo do blog. Deixei de ser participante a partir do momento em que, legitimamente, não publicou uma opinião minha sobre o Metro na Avenida da Boavista. Não resisti a voltar a comentar e permita-me que deixe esta mensagem de "defesa da honra" de um amigo, do Partido a que pertenço e da Assembleia Municipal do Porto.
Sou autarca (bem hajam os que ainda se disponibilizam a essa "tarefa") e um pouco mais velho do que o membro da AM que foi aqui referenciado no seguinte comentário:
"Pelo menos um ficou-me na retina: um jovem membro de tão excelente Assembleia chegou-se ao micro, falou bem e bonito (o rapaz quer ir longe), colocou questões que julgaria pertinentes e pirou-se dali para fora o mais rápido possível, abandonando o auditório sem sequer esperar pelas respostas às questões que ele próprio havia colocado."
Quanto a esse jovem membro (28 anos), posso adiantar que, após término com distinção do seu curso superior na FEUP é um alto quadro de uma empresa multinacional, apesar de membro da AM há 8 anos, que se desloca regularmente ao estrangeiro para colaborar em equipas de projecto multinacionais. Foi, ainda muito novo, um dos melhores Presidentes da JSD do Distrito do Porto e poderia ser desde 1999, muito facilmente, e caso tivesse unicamente esse objectivo de vida, Deputado à Assembleia da República.
A qualidade é um factor de distinção da bancada do PSD na Assembleia Municipal. Temos Médicos, Gestores, Economistas, Empresários e Advogados, muitos trabalham por conta própria e com desempenhos profissionais irrepreensíveis.
Apenas dois membros da bancada PSD na AM falaram no debate (onde eu estive mas, manifestamente, me pareceu inócuo intervir para uma mesa de autistas). Os dois, na minha parcial opinião, com grande qualidade e objectividade e colocando o dedo na ferida, nomeadamente quanto ao calendário (suspeito) da decisão.
Mas afinal porque não terão aparecido (identificados) mais membros e de outras bancadas da AM? Todos sabemos a resposta. A posição da CMP é inatacável. É sabido que o IPPAR não quis resolver este problema e quer agora, na praça pública, um técnico de património nomeado, debater com o Presidente da 2ª maior Câmara do País cujo número de telefone possui mas a quem não atende as chamadas? Os técnicos do IPPAR que se entendam com os técnicos da CMP. Todos já percebemos as "curvas" que o IPPAR deu neste processo e esperamos que passe, agora, a caminhar em linha recta.
Quanto ao facto de discutir a Cidade. Glória a Rui Rio que fomentou o aparecimento de críticos e interessados por todos os temas e mais alguns. Lembro que, na próxima Campanha eleitoral, alguns que se queixam da reduzida discussão dos temas poderão observar ou participar nas diferentes discussões entre candidaturas sobre os seus projectos para a Cidade.
Por exemplo, estou certo que haverão candidaturas a favor do Metro na Avenida da Boavista e outras contra. A população decidirá.
Depois das eleições há que aprender a deixar os eleitos trabalhar. O seu trabalho é, regra geral, avaliado no fim do mandato!
--
Nota de TAF: Caro Alberto Lima, registo com agrado que volta a uma participação activa ao blog. Quanto a este seu comentário para "defesa da honra de um amigo", não percebo como é que as suas afirmações o defendem. Afinal, não desmente o facto aqui relatado por David Afonso: a pessoa em causa terá colocado a pergunta e abandonado a sala sem esperar pela resposta. Conclui-se daqui que a mesa é que é "autista"?!
De: António Moreira - "Abaixo a Cultura, ..."
"... o Povo é que sabe"
Caro Tiago
Compreendo que tenha achado por bem não comentar o "post" do Sr. Lino Cabral.
Mas se isto é o óbvio, só merece este comentário.
Cumprimentos
António Moreira
Caro Tiago
Compreendo que tenha achado por bem não comentar o "post" do Sr. Lino Cabral.
Mas se isto é o óbvio, só merece este comentário.
Cumprimentos
António Moreira
De: Lino Cabral - "O problema do IPPAR"
é que o povo não o entende. Eu, por mais informação que obtenha não entendo a gravidade da coisa ao ponto do embargo. Admito que os homens da Casa de Ramalde tenham argumentos técnicos de peso para tal atitude, mas comparados com os outros argumentos a questão do IPPAR é irrelevante.
Isto é o óbvio. É o que o povo entende e com razão. Acabe-se o túnel e já!
Se o IPPAR dirigisse as suas energias para os problemas centrais do nosso património, contribuía positivamente para o aumento da produtividade do nosso país. Não se entende gastar tanto tempo e energia num detalhe. Isto é óbvio. É o que o povo entende e com razão.
Lino Cabral
Isto é o óbvio. É o que o povo entende e com razão. Acabe-se o túnel e já!
Se o IPPAR dirigisse as suas energias para os problemas centrais do nosso património, contribuía positivamente para o aumento da produtividade do nosso país. Não se entende gastar tanto tempo e energia num detalhe. Isto é óbvio. É o que o povo entende e com razão.
Lino Cabral
De: David Afonso - "Debate MNSR"
1. Estive presente no debate promovido pela Ordem dos Arquitectos na dupla qualidade de cidadão preocupado e de ex-vizinho do buraco em questão. Durante algum tempo vivi na Rua do Rosário, a escassos metros do Jardim do Carregal e durante todo esse tempo também sofri com o estaleiro, com o trânsito e, na fase final, com as explosões. Apesar de tudo, gostei muito de lá viver, o local tem qualidades difíceis de ultrapassar: proximidade do Soares dos Reis, da Miguel Bombarda, do Palácio de Cristal e da BMAG, bem como do Santo António e até mesmo da Cordoaria e Cedofeita. E o melhor de tudo: uma excelente vizinhança.
2. Algumas dessas pessoas, que me habituei a ver como pessoas calmas e afáveis, também lá estavam, mas visivelmente crispadas e nervosas. O caso não é para menos, convenhamos. Afinal de contas são 9 anos com um estaleiro à porta de casa. O que me causou admiração foi esta erupção súbita da revolta dos meus pacíficos ex-vizinhos. De um momento para outro tomaram consciência do buraco quando, durante todos estes anos, o foram tolerando. Apesar da total justiça da sua revolta, creio que houve aqui um factor extra, algo que catalisou a revolta.
3. É óbvio que o comportamento do Rui Rio na gestão pública deste processo não é alheio ao que acabei de descrever. O presidente descobriu que escudando-se no sofrimento e na insatisfação popular podia ganhar alguma espessura política e, desse modo, impor o seu ponto de vista unilateralmente. Acho que há um claro e indecoroso aproveitamento populista da uma revolta justa, com o intuito de vergar o IPPAR e a opinião pública à sua caprichosa vontade. É inqualificável o modo como tratou os técnicos do IPPAR, pondo em causa a sua imparcialidade e competência técnica, o modo como promoveu um simulacro de debate no dia anterior e o modo como, demagogicamente, deitou gasolina na fogueira do descontentamento popular através da comunicação social. Portou-se como um verdadeiro arruaceiro, como uma espécie rasteira de político sul-americano.
4. Voltando ao debate. Poderia ter corrido muito melhor se os nossos pequenos autarcas tivessem ficado em casa. Os excelentíssimos membros da Assembleia Municipal foram uma boa caricatura de si próprios: não prestaram atenção ao que se ia dizendo, trocaram entre si piadinhas, mandaram bocas interrompendo os oradores e incomodando as pessoas. A dado momento tive quase a certeza de que o seu único objectivo era provocar o conflito. Uma irresponsabilidade e uma imbecilidade. Enfim, uma vergonha para todos nós. Também houve aqueles que viram ali apenas mais uma oportunidade de se autopromoverem. Pelo menos um ficou-me na retina: um jovem membro de tão excelente Assembleia chegou-se ao micro, falou bem e bonito (o rapaz quer ir longe), colocou questões que julgaria pertinentes e pirou-se dali para fora o mais rápido possível, abandonando o auditório sem sequer esperar pelas respostas às questões que ele próprio havia colocado.
5. Entrei no auditório com expectativas muito baixas e, talvez por isso mesmo, saí de lá mais optimista. É verdade que se debateu pouco. A dado momento, parecia até mais uma sessão pública de apedrejamento do IPPAR na pessoa do seu presidente (e se não o foi, foi por causa da viril e autoritária bastonária que soube arrefecer os ânimos mais exaltados) do que um debate propriamente dito. Foi pouco inteligente a estratégia apresentar as propostas alternativas apenas no final do debate. Se tal tivesse acontecido de inicio o debate teria sido mais fecundo e muita gente teria de reavaliar a sua posição antes de falar. Foi pena. Creio que neste momento existem condições mais do que suficientes para um entendimento rápido e satisfatório. Basta que Rui Rio compreenda que o compromisso é condição da democracia.
6. Mais debates são necessários. Muita coisa há a discutir nesta cidade em convulsão. Poderíamos aproveitar o mote dado por esta pequena lição de democracia e pôr as pessoas, os técnicos e os políticos a debaterem o futuro do Parque da Cidade, o Metro do Porto, os Aliados, a SRU, a Avenida da Ponte, etc... A Ordem dos Arquitectos tem essa capacidade e, de alguma maneira, também a obrigação. Mas também as Ordens dos Advogados e Engenheiros e outras associações corporativas e profissionais. A universidade e a igreja também. E a Câmara... claro.
David Afonso
attalaia@gmail.com
2. Algumas dessas pessoas, que me habituei a ver como pessoas calmas e afáveis, também lá estavam, mas visivelmente crispadas e nervosas. O caso não é para menos, convenhamos. Afinal de contas são 9 anos com um estaleiro à porta de casa. O que me causou admiração foi esta erupção súbita da revolta dos meus pacíficos ex-vizinhos. De um momento para outro tomaram consciência do buraco quando, durante todos estes anos, o foram tolerando. Apesar da total justiça da sua revolta, creio que houve aqui um factor extra, algo que catalisou a revolta.
3. É óbvio que o comportamento do Rui Rio na gestão pública deste processo não é alheio ao que acabei de descrever. O presidente descobriu que escudando-se no sofrimento e na insatisfação popular podia ganhar alguma espessura política e, desse modo, impor o seu ponto de vista unilateralmente. Acho que há um claro e indecoroso aproveitamento populista da uma revolta justa, com o intuito de vergar o IPPAR e a opinião pública à sua caprichosa vontade. É inqualificável o modo como tratou os técnicos do IPPAR, pondo em causa a sua imparcialidade e competência técnica, o modo como promoveu um simulacro de debate no dia anterior e o modo como, demagogicamente, deitou gasolina na fogueira do descontentamento popular através da comunicação social. Portou-se como um verdadeiro arruaceiro, como uma espécie rasteira de político sul-americano.
4. Voltando ao debate. Poderia ter corrido muito melhor se os nossos pequenos autarcas tivessem ficado em casa. Os excelentíssimos membros da Assembleia Municipal foram uma boa caricatura de si próprios: não prestaram atenção ao que se ia dizendo, trocaram entre si piadinhas, mandaram bocas interrompendo os oradores e incomodando as pessoas. A dado momento tive quase a certeza de que o seu único objectivo era provocar o conflito. Uma irresponsabilidade e uma imbecilidade. Enfim, uma vergonha para todos nós. Também houve aqueles que viram ali apenas mais uma oportunidade de se autopromoverem. Pelo menos um ficou-me na retina: um jovem membro de tão excelente Assembleia chegou-se ao micro, falou bem e bonito (o rapaz quer ir longe), colocou questões que julgaria pertinentes e pirou-se dali para fora o mais rápido possível, abandonando o auditório sem sequer esperar pelas respostas às questões que ele próprio havia colocado.
5. Entrei no auditório com expectativas muito baixas e, talvez por isso mesmo, saí de lá mais optimista. É verdade que se debateu pouco. A dado momento, parecia até mais uma sessão pública de apedrejamento do IPPAR na pessoa do seu presidente (e se não o foi, foi por causa da viril e autoritária bastonária que soube arrefecer os ânimos mais exaltados) do que um debate propriamente dito. Foi pouco inteligente a estratégia apresentar as propostas alternativas apenas no final do debate. Se tal tivesse acontecido de inicio o debate teria sido mais fecundo e muita gente teria de reavaliar a sua posição antes de falar. Foi pena. Creio que neste momento existem condições mais do que suficientes para um entendimento rápido e satisfatório. Basta que Rui Rio compreenda que o compromisso é condição da democracia.
6. Mais debates são necessários. Muita coisa há a discutir nesta cidade em convulsão. Poderíamos aproveitar o mote dado por esta pequena lição de democracia e pôr as pessoas, os técnicos e os políticos a debaterem o futuro do Parque da Cidade, o Metro do Porto, os Aliados, a SRU, a Avenida da Ponte, etc... A Ordem dos Arquitectos tem essa capacidade e, de alguma maneira, também a obrigação. Mas também as Ordens dos Advogados e Engenheiros e outras associações corporativas e profissionais. A universidade e a igreja também. E a Câmara... claro.
David Afonso
attalaia@gmail.com
De: TAF - "Informação de sexta-feira"
- Discurso do Presidente do IPPAR no Debate sobre o Túnel de Ceuta
(Não esquecer a recente posição da CMP)
Em caso de necessidade:
- Ausência da CMP no debate pode ter originado mal-entendidos
- Financiamento do Túnel comprometido
- IPPAR admite túnel de Ceuta com saída junto ao museu
- "Comerciantes deviam ter sido indemnizados"
- Roseta quer mediar o conflito - Saber mais
- Futuro do túnel de Ceuta pendente da resposta de Rui Rio ao IPPAR
- Debate de técnicos transformado em comício de apoiantes de Rio
- Câmara do Porto quer que Ippar defina proposta para túnel de Ceuta
- Instituto defende indemnização dos comerciantes
- "Afinal, as obras param ou não?"
- Lei do arrendamento: reforma em 100 dias
- Obras do metro no Hospital de São João são um pesadelo para os utentes
- Arquitecto critica projecto
- Sinais... - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Virar o bico ao prego - opinião de Pedro Baptista
(Não esquecer a recente posição da CMP)
Em caso de necessidade:
- telefone de Rui Rio, Presidente da Câmara do Porto - 222.097.000
- telefone de João Rodeia, Presidente do IPPAR - 213.614.200
- blog onde a CMP e o IPPAR podem vir buscar inspiração - https://porto.taf.net/
- se ficarem à espera um do outro e não se portarem como adultos - mediador - https://taf.net/ ;-)
- Ausência da CMP no debate pode ter originado mal-entendidos
- Financiamento do Túnel comprometido
- IPPAR admite túnel de Ceuta com saída junto ao museu
- "Comerciantes deviam ter sido indemnizados"
- Roseta quer mediar o conflito - Saber mais
- Futuro do túnel de Ceuta pendente da resposta de Rui Rio ao IPPAR
- Debate de técnicos transformado em comício de apoiantes de Rio
- Câmara do Porto quer que Ippar defina proposta para túnel de Ceuta
- Instituto defende indemnização dos comerciantes
- "Afinal, as obras param ou não?"
- Lei do arrendamento: reforma em 100 dias
- Obras do metro no Hospital de São João são um pesadelo para os utentes
- Arquitecto critica projecto
- Sinais... - opinião de Manuel Correia Fernandes
- Virar o bico ao prego - opinião de Pedro Baptista
2005/03/17
De: Alexandre Burmester - "Discutir cidade"
Ontem fui um dos que se prestou a aparecer no debate sobre o Túnel de Ceuta promovido pela Ordem dos Arquitectos. Não estive no organizado pela CMP do dia anterior porque não tenho SMS do "partido" e por esse motivo não fui convocado.
Pretendia obter um maior esclarecimento sobre este assunto, uma vez que clareza não é o que mais tem pautado neste processo e o que mais se vê são areias nas engrenagens. O facto desta reunião ser organizada pela O.A., que como toda a gente sabe terá tudo menos peso político, seria uma garantia de idoneidade. Acrescente-se o facto de estarem convocados todos os intervenientes, para o mesmo evento e que permitia a todos expor os seus pontos de vista. Aparentemente estavam reunidas condições para se "discutir cidade."
Triste ingenuidade a minha por ter já esquecido as "técnicas" das reuniões do período conturbado dos anos do 25 de Abril.
Com a aparente ausência da Câmara, assistimos a uma apresentação dos anteriores projectos que incluíam o túnel e que continham as aprovações necessárias à sua execução, e às explicações do IPPAR sobre a desaprovação das actuais alterações de obra.
Posteriormente assistimos à presença da aparente ausência da Câmara, na forma mais baixa de fazer política.
Esteve sim a Câmara representada por alguns vereadores e Presidentes de Juntas de freguesia, que demonstraram uma completa pobreza mental, não só patente nos discursos, mas principalmente nos comportamentos.
Esteve ainda representada a Câmara, por meia dúzia de "Comerciantes" da amiga associação da D. Laura, que deve e pretende favores desta Presidência, e que aproveitou para fazer campanha.
Estiveram ainda envolvidos os verdadeiros comerciantes e os habitantes do local, que com maior ou menor intervenção, devem ter ficado a compreender melhor a razão do seu calvário.
Dos argumentos que ouvi, parecem-me bastante evidentes as seguintes conclusões:
Fiquemos é todos com a infeliz certeza, que a legalidade e a correcção não é o principio que a Câmara adopta, mas também não será nada que já não saibamos todos sobre a seriedade da gestão da "Coisa pública".
E fiquemos ainda com a certeza, que "discutir cidade" não será nunca com este executivo.
Em nota de optimismo, fica aqui a minha esperança que no mínimo venha a Ordem dos Arquitectos, promover outras e bastantes mais reuniões desta natureza, porque esse bem poderia ser um papel que lhe compete. (Nada que já não tenha dito antes )
Alexandre Burmester
Pretendia obter um maior esclarecimento sobre este assunto, uma vez que clareza não é o que mais tem pautado neste processo e o que mais se vê são areias nas engrenagens. O facto desta reunião ser organizada pela O.A., que como toda a gente sabe terá tudo menos peso político, seria uma garantia de idoneidade. Acrescente-se o facto de estarem convocados todos os intervenientes, para o mesmo evento e que permitia a todos expor os seus pontos de vista. Aparentemente estavam reunidas condições para se "discutir cidade."
Triste ingenuidade a minha por ter já esquecido as "técnicas" das reuniões do período conturbado dos anos do 25 de Abril.
Com a aparente ausência da Câmara, assistimos a uma apresentação dos anteriores projectos que incluíam o túnel e que continham as aprovações necessárias à sua execução, e às explicações do IPPAR sobre a desaprovação das actuais alterações de obra.
Posteriormente assistimos à presença da aparente ausência da Câmara, na forma mais baixa de fazer política.
Esteve sim a Câmara representada por alguns vereadores e Presidentes de Juntas de freguesia, que demonstraram uma completa pobreza mental, não só patente nos discursos, mas principalmente nos comportamentos.
Esteve ainda representada a Câmara, por meia dúzia de "Comerciantes" da amiga associação da D. Laura, que deve e pretende favores desta Presidência, e que aproveitou para fazer campanha.
Estiveram ainda envolvidos os verdadeiros comerciantes e os habitantes do local, que com maior ou menor intervenção, devem ter ficado a compreender melhor a razão do seu calvário.
Dos argumentos que ouvi, parecem-me bastante evidentes as seguintes conclusões:
- As possíveis saídas do túnel em pouco contribuem para a resolução do transito; Qualquer das soluções tendo vantagens e desvantagens, parece que a que melhor resolve o seu impacto, é sem dúvida a inicial - junto ao jardim do Carregal;
- O IPPAR, por muito papel fundamentalista que lhe queiram atribuir, demonstrou claramente ter vontade de resolver e contribuir para uma solução, chegando a apresentar diversas soluções; O Presidente do IPPAR veio claramente a público expor as suas razões e apresentar os seus argumentos de uma forma serena, competente e com elevação;
- A Câmara não demonstra qualquer vontade de dialogar, e ao contrário transforma a questão num principio puramente político, vindo a público apresentar uma atitude arruaceira, sem nível e profundamente prepotente.
Fiquemos é todos com a infeliz certeza, que a legalidade e a correcção não é o principio que a Câmara adopta, mas também não será nada que já não saibamos todos sobre a seriedade da gestão da "Coisa pública".
E fiquemos ainda com a certeza, que "discutir cidade" não será nunca com este executivo.
Em nota de optimismo, fica aqui a minha esperança que no mínimo venha a Ordem dos Arquitectos, promover outras e bastantes mais reuniões desta natureza, porque esse bem poderia ser um papel que lhe compete. (Nada que já não tenha dito antes )
Alexandre Burmester
De: TAF - "A posição da CMP"
No site da autarquia:
Túnel de Ceuta: IPPAR apresenta hipótese já chumbada
"A Câmara aguarda, agora, a apresentação formal da proposta ontem defendida no debate."
IPPAR: temos acordo?
Já agora, reveja-se a inclinação da rampa de saída, para evitar os 11%...
Túnel de Ceuta: IPPAR apresenta hipótese já chumbada
"A Câmara aguarda, agora, a apresentação formal da proposta ontem defendida no debate."
IPPAR: temos acordo?
Já agora, reveja-se a inclinação da rampa de saída, para evitar os 11%...
De: F. Rocha Antunes - "Formatos"
Meus Caros,
Também fui ao evento organizado pela Ordem dos Arquitectos. Aqui ficam as minhas impressões.
Nas perplexidades, fica-me a forma como a CMP mobilizou as suas “tropas” para a participação no debate. Mandaram a infantaria, com intenção visível de desestabilizar o mais possível. Quem diria que este método iria ser patrocinado por quem tanto sofreu com as actuações de outras infantarias ululantes…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Também fui ao evento organizado pela Ordem dos Arquitectos. Aqui ficam as minhas impressões.
- À excepção das ideias do Arq. Cortesão e do Eng. Vaz Tomé, explicando concretamente o que cada um projectou para o local, mais nada foi explicado em tempo.
- O Arq. João Rodeia deu um exemplo de disponibilidade ao aceitar dar a cara numa altura e numa plateia que não era agradável. Mas devia ter começado por apresentar os esboços de solução que apresentou mesmo no fim. Tinha feito toda a diferença para percebermos quais as opções em jogo.
- O responsável pelo IPPAR do Porto fez uma declaração no fim das perguntas, em forma de pergunta, mas foi incapaz de descer ao concreto. A ideia era conhecermos as ideias em concreto que cada parte tinha para a saída do túnel.
- Os comentários do Eng. Babo foram sobre filosofia de circulação no centro das cidades e apareceu a defender acerrimamente o perigo dos fumos sem explicar como se evitam e o que é importante fazer para se limitar o impacto desses fumos. Soluções do género “o túnel nunca vai servir para nada” não se percebe o que acrescentavam naquele contexto.
- A conclusão mais importante da noite, que era esclarecer a “ponte possível” entre as duas posições, e por ter sido apresentada no fim pelo Arq. Rodeia, não chegou a ser discutida.
- Se bem percebi, um dos esboços de solução apresentado pelo presidente do IPPAR, a de fazer a saída do túnel na faixa mais central da Rua D. Manuel II, afastando com isso 5 metros para o eixo da via, trocando as faixas de rodagem, em que a faixa de circulação do trânsito local ficava entre a boca do túnel e o passeio, era a forma visível de encontrar um compromisso.
- Fiquei confuso com a afirmação do Eng Vaz Tomé de que essa solução apresentada pelo Arq. Rodeia já tinha sido apresentada pela CMP e tinha sido recusada pelo IPPAR. Então, ou é um esboço de solução ou não. Não importa quem recua ou avança o quê.
- O grande argumento do IPPAR, para não dizer o único, é de que a poluição gerada pela boca do túnel irá prejudicar irremediavelmente o acervo do museu. Primeiro, e não tendo conhecimentos que me permitam duvidar disso, fica contudo outra questão: como se pode minimizar o impacto, trazendo o acréscimo de poluição para níveis iguais aos de hoje?
Nas perplexidades, fica-me a forma como a CMP mobilizou as suas “tropas” para a participação no debate. Mandaram a infantaria, com intenção visível de desestabilizar o mais possível. Quem diria que este método iria ser patrocinado por quem tanto sofreu com as actuações de outras infantarias ululantes…
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Ana Barbosa - "Sobre o Debate"
Sobre o debate organizado pela Ordem dos Arquitectos(OA) e da qual fui uma interessada participante, não tão activa como o TAF, posso dizer que para mim constituíu uma verdadeira desilusão em vários aspectos que passo a enumerar:
1- Foi um debate tardiamente marcado.
Segundo a OA pediu informações ao IPPAR e ao GOP sobre o Túnel a 20 de janeiro deste ano e que recebeu essa informação a 24 do mesmo mês, porque demorou tanto a realizá-lo??? Sei que mais vale tarde do que nunca, mas desta vez terá sido tarde demais...
2- Os convidados a participar no debate, julgo que a maioria não deu nenhum,ou muito pouco, contributo para a discussão em causa, senão vejamos:
4- Desilusão porque saí do debate tal como entrei, não aprendi lá nada, não fui esclarecida de nada, ou seja, não adiantou para nada.
Mas como não quero ser demasiado derrotista em relação ao debate, também houve aspectos positivos: como a participação maciça dos portuenses; embora o tema fosse quente e houvesse alguma tensão o debate correu pacíficamente(com mais ou menos ruído de fundo); a mão-de-ferro utilizada pela Arqª Helena Roseta para o bom desenrolar do debate.
Ana Barbosa
1- Foi um debate tardiamente marcado.
Segundo a OA pediu informações ao IPPAR e ao GOP sobre o Túnel a 20 de janeiro deste ano e que recebeu essa informação a 24 do mesmo mês, porque demorou tanto a realizá-lo??? Sei que mais vale tarde do que nunca, mas desta vez terá sido tarde demais...
2- Os convidados a participar no debate, julgo que a maioria não deu nenhum,ou muito pouco, contributo para a discussão em causa, senão vejamos:
- Arqº Camilo Cortesão- mais não fez do que lavar as mãos de qualquer responsabilidade sobre o Túnel, nem a hombridade teve para defender o projecto do qual foi Coordenador e ainda teve tempo para se vangloriar no que foi feito pela Porto 2001(um debate também interessante que se podia fazer).
- Eng. António Babo- intervenção bastante confusa ora defendia o Túnel como forma de evitar o zigue-zaguear pela Baixa ora achava que o mesmo não devia ter sido construído pois há sempre um semáforo em cada esquina, chocou-me também a forma humorística com que tratou uma questão que causa sofrimentos a outros cidadãos(mas isso se calhar é o meu lado feminino a falar mais alto)...
- Dr. Cláudio Monteiro- um erro de casting, embora com uma exposição clara, bem estruturada e concisa sobre o Associativismo de Cidadãos para a defesa do Urbanismo, Património,etc julgo que nem o próprio percebeu o porquê do convite para este debate específico.
- Engº Vaz Tomé- se não fossem as imagens (e mesmo assim...), não se tinha percebido nada do que defendia.
- Arqº João Rodeia- discurso muito generalista sobre o Património, fez-me lembrar aqueles alunos que nada sabem do assunto e por isso falam no geral porque mais não podem, nem sabem, fazer. Em vez de defender o porquê do chumbo ao projecto e dar-nos as razões e critérios utilizados para tal(se é que os há).
4- Desilusão porque saí do debate tal como entrei, não aprendi lá nada, não fui esclarecida de nada, ou seja, não adiantou para nada.
Mas como não quero ser demasiado derrotista em relação ao debate, também houve aspectos positivos: como a participação maciça dos portuenses; embora o tema fosse quente e houvesse alguma tensão o debate correu pacíficamente(com mais ou menos ruído de fundo); a mão-de-ferro utilizada pela Arqª Helena Roseta para o bom desenrolar do debate.
Ana Barbosa
De: João Medina - "Aliados..."
"... - descubra as diferenças?"
Na notícia do site da câmara a "ilha" a que me refiro no meu "post" tem árvores.
Na brochura publicada no mesmo site não existem árvores no mesmo local.
Será que há mais diferenças?
Ou é só uma brincadeira daquelas para descobrirmos 5 diferenças?
Que tipo de discussão podemos nós (os cidadão comuns) ter com base nesta informação?
________________________________________
João Medina
Na notícia do site da câmara a "ilha" a que me refiro no meu "post" tem árvores.
Na brochura publicada no mesmo site não existem árvores no mesmo local.
Será que há mais diferenças?
Ou é só uma brincadeira daquelas para descobrirmos 5 diferenças?
Que tipo de discussão podemos nós (os cidadão comuns) ter com base nesta informação?
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João Medina
De: António Moreira - "Afinal…"
"... ou, reflexões sobre um debate"
Afinal quem foi, apenas, ao debate de ontem, promovido pela Ordem dos Arquitectos, na esperança de ficar devidamente esclarecido quanto ao problema do "Túnel de Ceuta", viu a sua esperança defraudada.
Afinal quem foi, apenas, ao debate de ontem, teve, unicamente, a oportunidade de ouvir as explicações de alguns técnicos responsáveis por algumas das soluções anteriores, a posição do presidente do IPPAR, a opinião do responsável por uma associação de direito privado e, para defender as posições da CMP, apenas um dos engenheiros responsáveis pela empresa privada que elaborou o projecto.
Afinal assim não era possível que a posição defendida pela CMP fosse claramente explicada e realçadas as suas virtualidades, por quem estava mais habilitado a fazê-lo, pelo que o resultado deste debate traria, necessariamente, apenas uma visão parcial do problema.
Afinal, para se ficar completamente esclarecido, era necessário ter
assistido aos dois eventos.
Ao debate promovido pela OA, amplamente divulgado, e para o qual tinham sido convidadas todas as partes, com o claro propósito de criar apenas confusão, e à "Sessão de Esclarecimento", divulgada na véspera, por SMS, a militantes do PSD, que se destinava apenas a esclarecer quanto às, correctas, posições da CMP.
Assim, como já calculava que, no debate da OA, não fosse dada a justa oportunidade ao Sr. Presidente da CMP (ou a quem ele delegasse) para explicar clara e convenientemente as virtualidades do "seu" projecto, optei por assistir também à "Sessão de esclarecimento" de forma a ficar devidamente elucidado.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que a necessidade da criação de uma segunda saída do túnel e do seu prolongamento até à Rua D. Manuel II, tinha sido motivada pelo facto do responsável do IPPAR Porto ter chumbado a saída junto à ala poente do Hospital de Santo António, para além das claras melhorias no trânsito que iria proporcionar.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do responsável do IPPAR Porto de que o IPPAR nunca tinha chumbado essa solução.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR, pelo facto de não ter aceite uma proposta da CMP, tinha a obrigação de apresentar uma proposta alternativa.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que não existia essa obrigação, por parte do IPPAR, mas sim que competia à CMP apresentar proposta alternativa que tivesse condições de ser aceite pelo IPPAR.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR estaria a tentar impor, como ÚNICA alternativa uma solução com saída da boca do túnel após o cruzamento com a rua Adolfo Casais Monteiro, que implicava a diminuição de uma faixa de rodagem.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que, apesar de não ser essa a sua obrigação, se tinha disponibilizado a colaborar com a CMP na procura de outras soluções, disponibilizando-se até a aceitar o prolongamento do Túnel, não insistindo na alternativa exclusiva do seu recuo até à posição inicialmente projectada, e apresentando até três alternativas de solução.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR, estaria a tentar impor apenas por objectivos politico/partidários uma posição contrária a este executivo camarário e à cidade, não tendo o "bom senso" de dialogar com a CMP na procura das melhores soluções.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que, sempre estiveram abertos ao diálogo, de que não aceitava qualquer insinuação de objectivos politico/partidários e que se mantinha aberto ao diálogo e análise de todas as alternativas.
Naturalmente que o facto de, apesar de convidado, o Sr. Presidente da Câmara, ter decidido não comparecer a este debate, poderá ser aproveitado por alguns para considerar essa "Ausência lamentável de representantes da Câmara (e em particular de Rui Rio), apesar de terem sido convidados. Desrespeito pela cidade, na minha opinião. Ou consciência pesada. Mas a autarquia não se coibiu de mandar abrir o túnel para uma pequena manifestação uns minutos antes de começar o debate…"
Ou mesmo para comentar que: "Bastaria ter ido ao debate ontem, ao qual a Câmara recusou ir, para perceber que será fácil e rápido encontrar uma solução desde que ambas as partes estejam dispostas a conversar. Apesar dos seus defeitos todos, o IPPAR ontem apareceu; a Câmara não."
Pura "falácia", meu caro Tiago, mas explico:
Quantos de nós, caso tivéssemos a estatura moral do Sr. Presidente da Câmara, depois de afirmar na comunicação social que os "actuais responsáveis do IPPAR, eram «burocratas de fraca qualidade» e tivéssemos de "lamentar a falta de nível e de respeito pela cidade do Porto que esta administração do IPPAR demonstrou" e ainda que lamentávamos "profundamente que se tenha nomeado gente desta para um cargo de elevada responsabilidade. Não têm nível nem categoria para ocupar aquele lugar" enquanto íamos reunindo com os mesmos responsáveis em "clima de grande cordialidade e consonância" Nos sujeitaríamos depois a participar num debate público com tal gente?
Assim, claramente, não deve ser assacada a responsabilidade pelo menor esclarecimento à falta do Sr. Presidente da Câmara, ou restante vereação, mas sim à OA que não soube prever esta situação, e insistiu em convidar o presidente do IPPAR e o seu representante no Porto, prejudicando assim, fatalmente, a discussão.
Quem, na realidade, pretendia ser esclarecido, tinha a natural obrigação de ser possuidor de um dos tais telemóveis com direito a SMS, que garantem o direito à informação das actividades relevantes para a nossa Cidade, em vez de se limitarem a procurar a informação na comunicação social ou no site da CMP.
Num tom mais sério:
Da presença nos dois eventos fiquei convencido que a solução mais razoável para um problema que deve ter uma solução célere, mas equilibrada seria:
Interromper o túnel, na posição onde estava, previamente prevista a sua saída, ou seja junto à ala oeste do Hospital de S. António. (fazendo aí as duas saídas em vez de apenas uma. Tapando, naturalmente, o buraco entretanto acrescentado e refazendo o piso. Isto permitiria a conclusão rápida (e com menores custos desta obra) acabando com os problemas causados aos moradores por estas obras infindáveis, não condicionando, de forma alguma, eventuais prolongamentos futuros.
Repensar toda esta situação, envolvendo naturalmente eventuais alterações ao trânsito (como, tão acertadamente, o Sr. Tiago Fernandes lembrou).
Que todo o processo a desenvolver no futuro fosse feito de forma aberta, ou seja com informação pública suficiente (e verdadeira).
Que todos os intervenientes tivessem um comportamento adulto.
Cumprimentos
António Moreira
Afinal quem foi, apenas, ao debate de ontem, promovido pela Ordem dos Arquitectos, na esperança de ficar devidamente esclarecido quanto ao problema do "Túnel de Ceuta", viu a sua esperança defraudada.
Afinal quem foi, apenas, ao debate de ontem, teve, unicamente, a oportunidade de ouvir as explicações de alguns técnicos responsáveis por algumas das soluções anteriores, a posição do presidente do IPPAR, a opinião do responsável por uma associação de direito privado e, para defender as posições da CMP, apenas um dos engenheiros responsáveis pela empresa privada que elaborou o projecto.
Afinal assim não era possível que a posição defendida pela CMP fosse claramente explicada e realçadas as suas virtualidades, por quem estava mais habilitado a fazê-lo, pelo que o resultado deste debate traria, necessariamente, apenas uma visão parcial do problema.
Afinal, para se ficar completamente esclarecido, era necessário ter
assistido aos dois eventos.
Ao debate promovido pela OA, amplamente divulgado, e para o qual tinham sido convidadas todas as partes, com o claro propósito de criar apenas confusão, e à "Sessão de Esclarecimento", divulgada na véspera, por SMS, a militantes do PSD, que se destinava apenas a esclarecer quanto às, correctas, posições da CMP.
Assim, como já calculava que, no debate da OA, não fosse dada a justa oportunidade ao Sr. Presidente da CMP (ou a quem ele delegasse) para explicar clara e convenientemente as virtualidades do "seu" projecto, optei por assistir também à "Sessão de esclarecimento" de forma a ficar devidamente elucidado.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que a necessidade da criação de uma segunda saída do túnel e do seu prolongamento até à Rua D. Manuel II, tinha sido motivada pelo facto do responsável do IPPAR Porto ter chumbado a saída junto à ala poente do Hospital de Santo António, para além das claras melhorias no trânsito que iria proporcionar.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do responsável do IPPAR Porto de que o IPPAR nunca tinha chumbado essa solução.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR, pelo facto de não ter aceite uma proposta da CMP, tinha a obrigação de apresentar uma proposta alternativa.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que não existia essa obrigação, por parte do IPPAR, mas sim que competia à CMP apresentar proposta alternativa que tivesse condições de ser aceite pelo IPPAR.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR estaria a tentar impor, como ÚNICA alternativa uma solução com saída da boca do túnel após o cruzamento com a rua Adolfo Casais Monteiro, que implicava a diminuição de uma faixa de rodagem.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que, apesar de não ser essa a sua obrigação, se tinha disponibilizado a colaborar com a CMP na procura de outras soluções, disponibilizando-se até a aceitar o prolongamento do Túnel, não insistindo na alternativa exclusiva do seu recuo até à posição inicialmente projectada, e apresentando até três alternativas de solução.
Assim fiquei, nessa sessão, a saber,
Que o IPPAR, estaria a tentar impor apenas por objectivos politico/partidários uma posição contrária a este executivo camarário e à cidade, não tendo o "bom senso" de dialogar com a CMP na procura das melhores soluções.
Caso tivesse ido, apenas, ao debate da OA poderia ter acreditado na declaração do presidente do IPPAR de que, sempre estiveram abertos ao diálogo, de que não aceitava qualquer insinuação de objectivos politico/partidários e que se mantinha aberto ao diálogo e análise de todas as alternativas.
Naturalmente que o facto de, apesar de convidado, o Sr. Presidente da Câmara, ter decidido não comparecer a este debate, poderá ser aproveitado por alguns para considerar essa "Ausência lamentável de representantes da Câmara (e em particular de Rui Rio), apesar de terem sido convidados. Desrespeito pela cidade, na minha opinião. Ou consciência pesada. Mas a autarquia não se coibiu de mandar abrir o túnel para uma pequena manifestação uns minutos antes de começar o debate…"
Ou mesmo para comentar que: "Bastaria ter ido ao debate ontem, ao qual a Câmara recusou ir, para perceber que será fácil e rápido encontrar uma solução desde que ambas as partes estejam dispostas a conversar. Apesar dos seus defeitos todos, o IPPAR ontem apareceu; a Câmara não."
Pura "falácia", meu caro Tiago, mas explico:
Quantos de nós, caso tivéssemos a estatura moral do Sr. Presidente da Câmara, depois de afirmar na comunicação social que os "actuais responsáveis do IPPAR, eram «burocratas de fraca qualidade» e tivéssemos de "lamentar a falta de nível e de respeito pela cidade do Porto que esta administração do IPPAR demonstrou" e ainda que lamentávamos "profundamente que se tenha nomeado gente desta para um cargo de elevada responsabilidade. Não têm nível nem categoria para ocupar aquele lugar" enquanto íamos reunindo com os mesmos responsáveis em "clima de grande cordialidade e consonância" Nos sujeitaríamos depois a participar num debate público com tal gente?
Assim, claramente, não deve ser assacada a responsabilidade pelo menor esclarecimento à falta do Sr. Presidente da Câmara, ou restante vereação, mas sim à OA que não soube prever esta situação, e insistiu em convidar o presidente do IPPAR e o seu representante no Porto, prejudicando assim, fatalmente, a discussão.
Quem, na realidade, pretendia ser esclarecido, tinha a natural obrigação de ser possuidor de um dos tais telemóveis com direito a SMS, que garantem o direito à informação das actividades relevantes para a nossa Cidade, em vez de se limitarem a procurar a informação na comunicação social ou no site da CMP.
Num tom mais sério:
Da presença nos dois eventos fiquei convencido que a solução mais razoável para um problema que deve ter uma solução célere, mas equilibrada seria:
Interromper o túnel, na posição onde estava, previamente prevista a sua saída, ou seja junto à ala oeste do Hospital de S. António. (fazendo aí as duas saídas em vez de apenas uma. Tapando, naturalmente, o buraco entretanto acrescentado e refazendo o piso. Isto permitiria a conclusão rápida (e com menores custos desta obra) acabando com os problemas causados aos moradores por estas obras infindáveis, não condicionando, de forma alguma, eventuais prolongamentos futuros.
Repensar toda esta situação, envolvendo naturalmente eventuais alterações ao trânsito (como, tão acertadamente, o Sr. Tiago Fernandes lembrou).
Que todo o processo a desenvolver no futuro fosse feito de forma aberta, ou seja com informação pública suficiente (e verdadeira).
Que todos os intervenientes tivessem um comportamento adulto.
Cumprimentos
António Moreira
De: Pulido Valente - "aliados? ou inimigos?"
caro Tiago estive a ver no site da cmp o projecto que só tinha visto no nosso sem aumentar para 125%. Li, portanto a pequena memória assinada pelos autores. Começa por dizer que a placa central tem que ser reduzida o que inviabiliza os canteiros etc.
Tem que ser PORQUÊ? Quais as razões? Os luminares dizem e todos concordam. Claro que NÃO TEM! Porque se basta ter, como diz alguém num blog, 9,7m de faixa de rodagem para os motorizados de cada lado poder-se-ia estudar uma maneira de juntar as duas faixas do lado poente - reduzindo eventualmente a largura total por estarem juntas - e deixar todo o espaço restante para a tal utilização do peão. Sem distinção de pavimentos entre a faixa motorizada e a outra, só com marcação com linhas tracejadas para a separação das duas mãos dos motorizados e bolas ou outra coisa, destes com a outra parte do espaço. Isto seria um caminho realmente inovador. Suportado também, já que eles gostam e estão sempre a proteger-se com isso, pela experiência da estranja. Mas sem o recurso ao famigerado e execrado granito que já o temos acima da cabeça. Aí outra oportunidade para inovar: descobrir qual. O Alexandre poderia dar um empurrão a este a la mi ré porque já deve ter pensado mais sobre o assunto. Quais seriam as dificuldades e quais as condições imperativas seria um contributo necessário se a câmara quisesse dialogar.
Tem que ser PORQUÊ? Quais as razões? Os luminares dizem e todos concordam. Claro que NÃO TEM! Porque se basta ter, como diz alguém num blog, 9,7m de faixa de rodagem para os motorizados de cada lado poder-se-ia estudar uma maneira de juntar as duas faixas do lado poente - reduzindo eventualmente a largura total por estarem juntas - e deixar todo o espaço restante para a tal utilização do peão. Sem distinção de pavimentos entre a faixa motorizada e a outra, só com marcação com linhas tracejadas para a separação das duas mãos dos motorizados e bolas ou outra coisa, destes com a outra parte do espaço. Isto seria um caminho realmente inovador. Suportado também, já que eles gostam e estão sempre a proteger-se com isso, pela experiência da estranja. Mas sem o recurso ao famigerado e execrado granito que já o temos acima da cabeça. Aí outra oportunidade para inovar: descobrir qual. O Alexandre poderia dar um empurrão a este a la mi ré porque já deve ter pensado mais sobre o assunto. Quais seriam as dificuldades e quais as condições imperativas seria um contributo necessário se a câmara quisesse dialogar.
De: Filipe Araújo - "Debate «Túnel de Ceuta»"
O debate ontem efectuado no Museu Nacional Soares dos Reis ficou muito aquém do esperado.
Sou um acérrimo defensor da existência de organismos e/ou instituições que protegam o nosso património. Agora exijo, como cidadão, que as decisões sejam tomadas com seriedade e justificadas com objectividade.
As conclusões que retirei ontem foram as seguintes:
Quanto às razões objectivas da poluição e saída inclinada do túnel, alias as duas acabam por ser uma só, não nos podemos esquecer que a saída e portanto a poluição irá sair não a 25 metros do Museu (final da rampa), mas antes onde a boca do túnel acaba. Também nos devemos lembrar que existe mais uma saída para além dos meios de extracção de ar, dai que a poluição não esteja toda concentrada.
A minha leitura é só uma, o IPPAR não está nesta matéria a agir com objectividade e isso não é admissível, alias parece-me mesmo muito descredibilizador da instituição!!!
Filipe Araujo
Sou um acérrimo defensor da existência de organismos e/ou instituições que protegam o nosso património. Agora exijo, como cidadão, que as decisões sejam tomadas com seriedade e justificadas com objectividade.
As conclusões que retirei ontem foram as seguintes:
- Ninguém discorda que a saída de todo o tráfego do túnel à porta das Urgências do Hospital de Santo António é um erro.
- O túnel vai descongestionar toda uma zona histórica e já requalificada por onde a SRU vai começar os seus trabalhos.
- O presidente do IPPAR na sua 3ª proposta apresentada, concorda com a decisão da actual Câmara Municipal do Porto, mas quer que seja "3 metros" mais ao lado!
- As razões do IPPAR para o seu parecer são tão desprovidas de objectividade que ninguém quase falou delas à excepção da poluição e da rampa inclinada do túnel.
Quanto às razões objectivas da poluição e saída inclinada do túnel, alias as duas acabam por ser uma só, não nos podemos esquecer que a saída e portanto a poluição irá sair não a 25 metros do Museu (final da rampa), mas antes onde a boca do túnel acaba. Também nos devemos lembrar que existe mais uma saída para além dos meios de extracção de ar, dai que a poluição não esteja toda concentrada.
A minha leitura é só uma, o IPPAR não está nesta matéria a agir com objectividade e isso não é admissível, alias parece-me mesmo muito descredibilizador da instituição!!!
Filipe Araujo
De: TAF - "Conferência de Imprensa"
Li agora no site da CMP:
«Conferência de imprensa sobre o Túnel de Ceuta
Hoje, dia 17 de Março, pelas 16h15, na Sala da Vereação, vai decorrer uma conferência de imprensa na sequência da intervenção do Presidente do IPPAR no debate de ontem, no Museu Soares dos Reis, sobre o tema “À minha porta não”.»
«Conferência de imprensa sobre o Túnel de Ceuta
Hoje, dia 17 de Março, pelas 16h15, na Sala da Vereação, vai decorrer uma conferência de imprensa na sequência da intervenção do Presidente do IPPAR no debate de ontem, no Museu Soares dos Reis, sobre o tema “À minha porta não”.»
De: João Medina - "O projecto da avenida"
Gostei
- A definição de um espaço contínuo Praça da Liberdade - Av. Aliados, tratado da mesma forma, com os mesmos materiais, texturas e mobiliário urbano.
- O alargamento dos passeios e o alinhamento dos seus perfis.
- A fonte, as árvores, os candeeiros e os banquinhos - se resultarem, criando um espaço de fruição, descanso e de lazer, serão, sem dúvida, um elemento de valor acrescentado para o local.
- Na Praça da Liberdade, acima da “placa” que tem a estátua do D. Pedro, é criada uma “ilha”. Este tipo de ilhas, normalmente transforma-se num espaço “morto” e desconfortável, normalmente sem utilização e cercado por automóveis. Neste caso não seria proveitoso uni-lo à placa com o D. Pedro? Assim até se conseguiria aumentar o espaço de uma Praça em que os Portuenses se costumam juntar nos seus momentos de expressão colectiva. E a hipótese de unir dos dois lados, criando apenas uma placa central única – o facto de as ruas que confluem para aí serem pedonais até pode ajudar a esta solução.
- A praça Humberto Delgado é, neste momento, um dos espaços mais degradados do conjunto em questão. Sobretudo devido ao estacionamento caótico (mesmo o que é legal). O projecto apresentado não aparenta ter nenhuma proposta que resolva a situação, mantendo as “baías” de estacionamento junto à placa central da Praça.
- O projecto refere “o tratamento do espaço Trindade-Aliados-São Bento” com continuidade – sem dúvida uma boa proposta. No entanto, na imagem disponibilizada, todo o espaço para trás do edifício da câmara, em frente à igreja da Trindade mantém-se inalterado. Será que se vai manter mesmo assim? Continuará a servir de Parque de estacionamento da Câmara? Continuará a ser um espaço degradado? Continuará cercado por correntes de ferro? E os passeios nas suas margens irão ficar iguais? Se assim for, não me parece que se estejam a cumprir os objectivos de “continuidade” e “qualidade” anunciados.
João Medina
De: Cristina Santos - "Influências"
As semelhanças com os jardins de Luxemburgo em Paris e a nossa futura fonte não versam os granitos ou enfeites, mas sim o abastecimento de água numa zona em declive e o efeito que esta terá na dinâmica da fonte, que nos aparecerá como um lençol de água em movimento (provocado pela inclinação).
Quanto a mim esta importação tem conotações com a postura do Arquitecto Ricardo Figueiredo, em tempos idos este vereador sugeriu um parque subterrâneo nos Paços do Concelho e um auditório iluminado por uma clarabóia tipo a do Louvre também em Paris, parece-me que tendência deste projecto teve desde sempre influência parisiense.
Pena que tais tendências não tenham servido para o projecto da Avenida da Boavista.
Cristina Santos
Quanto a mim esta importação tem conotações com a postura do Arquitecto Ricardo Figueiredo, em tempos idos este vereador sugeriu um parque subterrâneo nos Paços do Concelho e um auditório iluminado por uma clarabóia tipo a do Louvre também em Paris, parece-me que tendência deste projecto teve desde sempre influência parisiense.
Pena que tais tendências não tenham servido para o projecto da Avenida da Boavista.
Cristina Santos
De: Cristina Santos - "Luta anti-burocracia"
A sociedade de consumo imediato obriga a um sistema legislativo geral, adequado conforme as circunstâncias. Infelizmente as leis em Portugal são um impedimento ao desenvolvimento. As grandes reformas são demasiado proteccionistas e ultrapassadas.
Os profissionais incumbidos de as aplicar são na maioria técnicos superficiais, as reformas são criadas conforme relatórios limitados na geografia e na circunstância, não há relevo nos mapas dos nossos juristas, nem nas paredes dos seus gabinetes.
Ainda não atingimos a reciprocidade dos diversos interesses. Estes paradoxos de direitos tem estagnado o País, veja-se por exemplo a situação das forças policiais versus a protecção aos criminosos.
A mudança é necessária e urgente, a adequação das regras e das leis terá que ser feita o quanto antes.
Por esse motivo aprecio aqueles que lutam por essa mudança, acho até que se todos os Autarcas locais tivessem a audácia de Rui Rio, muita coisa já teria mudado na nossa sociedade.
Claro que não devemos ser apologistas da ilegalidade consumada, mas a politica da chiquelete já prejudicou muito a nossa cidade.
Essa tendência do mastiga, mastiga, mastiga e deita fora, não é para gente seria.
Se continuarmos a alimentar os pareceres burocráticos para causas reais e pré-existentes, corremos o risco de esperar anos, motivar a substituição do executivo e começar tudo de novo – (para a maioria dos executivos tal facto não representa nenhum dissabor. A cidade mesmo estagnada contínua a necessitar de um executivo, dai que a maioria não se tenha chateado ou levado as coisas a sério).
Se as Instituições, as leis, fossem ágeis e eficientes, não haveria necessidade de praticar actos menos legais, mas se o Pais não é eficiente devemos exigir, penso que é isso que se está a passar no Porto - a politica anti-burocracia Nacional.
Se os técnicos do IPPAR convivessem, com o caos que tem sido as obras do túnel, se alguns desses técnicos não pudessem ser socorridos em tempo útil por esse motivo, talvez não tivessem esta visão utópica dos factores técnicos.
Teria sido possível a este executivo encontra melhor alternativa para o fecho da obra do túnel de Ceuta? Esperar mais seria correr o risco de ter um buraco classificado como histórico, dada a sua antiguidade …
Em suma este executivo é obstinado e radical, mas as medidas já tomadas marcarão o futuro do Porto, intervenção no São João de Deus, Porto feliz, Avenida dos Aliados, Macro-estrutura, impedimento de construção no parque da cidade, entre outras são medidas extremas, mas as futuras politicas da chiquelete terão que dar continuidade a estas reformas, sob pena de virem a ser consideradas facilitista e representativas do exclusivo interesse no voto - Caro Rogério Gomes engana-se - está agora assente a primeira pedra da diferença politica.
Agora só falta ao actual executivo, começar uma nova politica, que permita o restauro para habitação a preço de construção ou em alternativa deixar crescer as cerceas dos prédios existentes, isto não é especulação imobiliária é concorrer com a habitação disponibilizada em concelhos vizinhos – a dita habitação em massa.
Realismo é elementar.
Cristina Santos
--
Nota de TAF: Cara Cristina
Os profissionais incumbidos de as aplicar são na maioria técnicos superficiais, as reformas são criadas conforme relatórios limitados na geografia e na circunstância, não há relevo nos mapas dos nossos juristas, nem nas paredes dos seus gabinetes.
Ainda não atingimos a reciprocidade dos diversos interesses. Estes paradoxos de direitos tem estagnado o País, veja-se por exemplo a situação das forças policiais versus a protecção aos criminosos.
A mudança é necessária e urgente, a adequação das regras e das leis terá que ser feita o quanto antes.
Por esse motivo aprecio aqueles que lutam por essa mudança, acho até que se todos os Autarcas locais tivessem a audácia de Rui Rio, muita coisa já teria mudado na nossa sociedade.
Claro que não devemos ser apologistas da ilegalidade consumada, mas a politica da chiquelete já prejudicou muito a nossa cidade.
Essa tendência do mastiga, mastiga, mastiga e deita fora, não é para gente seria.
Se continuarmos a alimentar os pareceres burocráticos para causas reais e pré-existentes, corremos o risco de esperar anos, motivar a substituição do executivo e começar tudo de novo – (para a maioria dos executivos tal facto não representa nenhum dissabor. A cidade mesmo estagnada contínua a necessitar de um executivo, dai que a maioria não se tenha chateado ou levado as coisas a sério).
Se as Instituições, as leis, fossem ágeis e eficientes, não haveria necessidade de praticar actos menos legais, mas se o Pais não é eficiente devemos exigir, penso que é isso que se está a passar no Porto - a politica anti-burocracia Nacional.
Se os técnicos do IPPAR convivessem, com o caos que tem sido as obras do túnel, se alguns desses técnicos não pudessem ser socorridos em tempo útil por esse motivo, talvez não tivessem esta visão utópica dos factores técnicos.
Teria sido possível a este executivo encontra melhor alternativa para o fecho da obra do túnel de Ceuta? Esperar mais seria correr o risco de ter um buraco classificado como histórico, dada a sua antiguidade …
Em suma este executivo é obstinado e radical, mas as medidas já tomadas marcarão o futuro do Porto, intervenção no São João de Deus, Porto feliz, Avenida dos Aliados, Macro-estrutura, impedimento de construção no parque da cidade, entre outras são medidas extremas, mas as futuras politicas da chiquelete terão que dar continuidade a estas reformas, sob pena de virem a ser consideradas facilitista e representativas do exclusivo interesse no voto - Caro Rogério Gomes engana-se - está agora assente a primeira pedra da diferença politica.
Agora só falta ao actual executivo, começar uma nova politica, que permita o restauro para habitação a preço de construção ou em alternativa deixar crescer as cerceas dos prédios existentes, isto não é especulação imobiliária é concorrer com a habitação disponibilizada em concelhos vizinhos – a dita habitação em massa.
Realismo é elementar.
Cristina Santos
--
Nota de TAF: Cara Cristina
- Ninguém tem o "direito de não cumprir a Lei". Se a Lei está mal e obriga a demasiada burocracia, tem que se mudar a Lei. Primeiro.
- Bastaria ter ido ao debate ontem, ao qual a Câmara recusou ir, para perceber que será fácil e rápido encontrar uma solução desde que ambas as partes estejam dispostas a conversar. Apesar dos seus defeitos todos, o IPPAR ontem apareceu; a Câmara não.
De: João Medina - "Fonte dos Medicis"
"Os canteiros situados no centro da avenida serão substituídos por árvores, plantadas em torno de uma nova fonte, cuja inspiração veio da fonte de Medicis, dos jardins do Luxemburgo, em Paris." in JN de hoje
Apresento aqui algumas fotografias da referida fonte.
Não encontro grandes linhas de continuidade entre esta fonte e a que é apresentada pela CMP.
Mas também não é relevante...
A do Porto até pode ficar melhor.
Apresento aqui algumas fotografias da referida fonte.
Não encontro grandes linhas de continuidade entre esta fonte e a que é apresentada pela CMP.
Mas também não é relevante...
A do Porto até pode ficar melhor.
De: Pedro Aroso - "Resposta..."
"... ao José Pulido Valente"
Concursos
A pontaria nunca foi um ponto forte do José Pulido Valente e, uma vez mais, errou o alvo:
Concursos
A pontaria nunca foi um ponto forte do José Pulido Valente e, uma vez mais, errou o alvo:
- A informação sobre a adjudicação dos projectos em causa não me foi dada pela Ordem dos Arquitectos, mas sim pelo Dr. Manuel Teixeira, Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal do Porto.
- Em relação à Ordem dos Arquitectos, a minha "extrema tolerância" está documentada nas actas das reuniões dos últimos mandatos do Conselho Nacional de Delegados. Por alguma razão não me convidaram para integrar a lista recentemente eleita.
- O Zé Pulido Valente conhece-me há, pelo menos 35 anos e sabe perfeitamente que eu fui afastado de vereador da CMP pelo simples facto de ter herdado do meu pai um grande defeito, que é o de só saber pensar pela minha cabeça. Apesar do preço que tenho vindo a pagar, essa tem sido a minha postura ao longo de toda a vida.
De: TAF - "Notícias e debate"
- Afinal, temos presidente! - editorial de ontem d'O Comércio do Porto, para Rui Rio ler com atenção.
- Presidente do IPPAR diz “confiar no bom senso” da Câmara do Porto
- A versão da autarquia portuense
- Comerciantes reafirmam revolta contra posição do Ippar
- IPPAR ainda acredita no "bom senso" de Rio
- Manifestação percorre túnel de Ceuta para mostrar que "está quase pronto"
- Rui Rio ainda não decidiu se pára com as obras do túnel de Ceuta
- IPPAR de Lisboa manda parar as obras do Túnel de Ceuta - no site da CMP - "O Presidente da CMP já fez saber que não concorda com a solução proposta pelo IPPAR de Lisboa (...): a obra custaria mais quatro milhões de euros, na melhor das hipóteses iria demorar mais onze meses do que o previsto" - Independentemente de tudo o resto, esta história parece muito mal contada. Gostava de ver a justificação do preço e dos 11 meses.
- Casas vazias da câmara são constantemente ocupadas e roubadas
- Pedido enterramento do metro junto ao Hospital de S. João
- Faculdade e médicos contra traçado do metro no S. João
- Médicos e doentes unidos contra projecto do metro junto ao "S. João"
- Obras do metro no São João podem ser alvo de acção popular
- Museu no Bairro da Fábrica
- Avenida dos Aliados entre a nostalgia e a inovação
- Escarpa das Fontainhas já está de cara lavada
- Casa da Música: Santos Silva confia que ministra vai atender ao acordado
- Presidente do IPPAR diz “confiar no bom senso” da Câmara do Porto
- A versão da autarquia portuense
- Comerciantes reafirmam revolta contra posição do Ippar
- IPPAR ainda acredita no "bom senso" de Rio
- Manifestação percorre túnel de Ceuta para mostrar que "está quase pronto"
- Rui Rio ainda não decidiu se pára com as obras do túnel de Ceuta
- IPPAR de Lisboa manda parar as obras do Túnel de Ceuta - no site da CMP - "O Presidente da CMP já fez saber que não concorda com a solução proposta pelo IPPAR de Lisboa (...): a obra custaria mais quatro milhões de euros, na melhor das hipóteses iria demorar mais onze meses do que o previsto" - Independentemente de tudo o resto, esta história parece muito mal contada. Gostava de ver a justificação do preço e dos 11 meses.
- Casas vazias da câmara são constantemente ocupadas e roubadas
- Pedido enterramento do metro junto ao Hospital de S. João
- Faculdade e médicos contra traçado do metro no S. João
- Médicos e doentes unidos contra projecto do metro junto ao "S. João"
- Obras do metro no São João podem ser alvo de acção popular
- Museu no Bairro da Fábrica
- Avenida dos Aliados entre a nostalgia e a inovação
- Escarpa das Fontainhas já está de cara lavada
- Casa da Música: Santos Silva confia que ministra vai atender ao acordado
- Auditório completamente cheio, ao ponto de por razões de segurança ter sido preciso impedir mais entradas.
- Ausência lamentável de representantes da Câmara (e em particular de Rui Rio), apesar de terem sido convidados. Desrespeito pela cidade, na minha opinião. Ou consciência pesada. Mas a autarquia não se coibiu de mandar abrir o túnel para uma pequena manifestação uns minutos antes de começar o debate…
- Falta de civismo de algum público (felizmente não muito), com comentários intempestivos e incomodativos para quem queria ouvir os oradores.
- Fiquei envergonhado com o nível geral dos deputados municipais e presidentes de junta (com apenas uma ou outra excepção) que se manifestaram no período de intervenção do público ou fora dele. Falta de educação (boçalidade mesmo), falta de senso, ignorância, arrogância, bairrismo pacóvio! Para quem está completamente fora dos meandros da pequena política, como eu, foi uma descoberta terrível. A indignação não justifica atitudes como as que tiveram nem algumas das afirmações que fizeram.
- Pareceram-me completamente injustificadas as acusações de motivação política na posição do IPPAR. Há historicamente imensos motivos de queixa contra o IPPAR (incompetência, incoerência, inacção, etc., etc.), mas neste caso concreto não vi nenhuma razão sólida para invocar a “politiquice” como origem do problema. Dizer que o IPPAR faz o que faz por ser contra Rui Rio é fugir às questões reais.
- O Presidente do IPPAR devia ter reconhecido mais claramente que o organismo que dirige tem feito asneiras. Contudo, defendeu bem a sua posição, manifestou abertura e apresentou alternativas. Faltou o “contraditório” da Câmara, que não se dignou aparecer.
- O problema da solução proposta pela autarquia é apenas a poluição na saída do túnel, que supostamente prejudica gravemente as obras do Museu. Admitamos que isto seja verdade (o resto “são tretas” do IPPAR). Para minimizar os danos, o projecto prevê uma rampa de saída muito inclinada, para que se atinja a superfície o mais longe possível da porta do Museu. Asneira! Cria assim uma inclinação de 11%, o que é mesmo muito e faz com que os automóveis saiam em esforço do túnel. Imagine-se o que é o arranque de uma viatura no meio desta rampa, em pleno engarrafamento… Isso sim causa poluição. Era preferível uma rampa mais suave, mesmo que com isso o nível da rua só fosse atingido junto à porta do Museu. Os gases gerados no interior do túnel podem perfeitamente ser extraídos com ventilação forçada para outro local mais conveniente.
- A saída do túnel em frente ao Museu (seja ela junto ao passeio ou no centro da rua) é a única que não implica mudanças grandes no trânsito na zona. Qualquer outra (mais atrás no Carregal, ou mais à frente em direcção à Rua de Adolfo Casais Monteiro) obriga a reordenar os fluxos automóveis na zona. Acho que este aspecto da questão tem sido descurado e que se pode conseguir uma solução melhor com o reordenamento do tráfego.
- Com alterações (grandes, mas certamente possíveis) de trânsito na zona, há alternativas que se tornam viáveis e que são melhores para o Museu. Por exemplo (que não me atrevo a classificar como melhor), se se impedisse o tráfego em Adolfo Casais Monteiro, desviando-o a montante, já não era tão complicado chegar a saída do túnel mais para a frente. (Lembro que na zona se está já a preparar a requalificação de Miguel Bombarda e que esta seria mais uma variável a ter em conta.) Provavelmente isso não era o suficiente, mas com outras alterações complementares o caso podia mudar de figura.
- As obras que restam para fazer o túnel como a Câmara propõe, ou nas outras versões que o IPPAR aceita, são poucas e rápidas em qualquer caso.
- A cidade tem o direito de exigir à Câmara que se deixe de birras e fale com o IPPAR. A Lei, boa ou má, é para ser cumprida.
- A partir de agora TODAS as propostas e contra-propostas deveriam passar a ser públicas. A negociação devia ser absolutamente clara e transparente para todos. Nada de guerrinhas de gabinetes entre IPPAR e Câmara – a partir de agora "a vidinha toda ao Sol". O IPPAR tem um site na Internet, a Câmara também. Usem-nos.
2005/03/16
De: Alexandre Burmester - "Provincianismos"
Tenho estado a ler nos últimos dias este Blog, e como não achei que adiantava muito mais ao que vem sendo dito sobre o Túnel de Ceuta, e ao que já disse, tenho-me mantido calado.
Ontem surgiu esta novidade da apresentação do Projecto de arranjo da Av. dos Aliados, e parece que logo à partida motivou inúmeras participações.
Não pretendendo vir julgar em Praça Pública o trabalho dos Arquitectos que o desenvolveram, e porque não conheço o projecto em particular, apenas no geral, e ainda por cima tendo por base a imagem de um 3D sem grande qualidade. Apenas me surge dizer que no global me parece um trabalho consistente. Em nada estranho a intenção do desenvolvimento de um grande espaço amplo, e nada me aflige a exclusão dos "jardinzinhos" centrais. Confesso alguma expectativa quanto ao excessivo uso de granito, à introdução da estação que não se vislumbra nos desenhos, às soluções de fontes e outros equipamentos urbanos, e ainda às soluções de iluminação.
Sabendo que o desenho está em mão de quem como poucos o dominam, não duvido da sua qualidade, porém faço minhas as palavras de alguém que por aqui já escreveu, que o desenho urbano não é muito compatível como excesso de minimalismos.
Não estando em causa nem a qualidade do Projecto, nem a obrigatoriedade de execução de concursos a que o Metro não está obrigado, o que está em causa é o processo e a forma como o assunto é mais uma vez apresentado pelas entidades competentes.
Tratando-se de um local, cuja importância resulta na imagem da cidade, e representa um dos seus principais ex-libris, teria sido boa política ter aberto a discussão a um Concurso público, e ter sido apresentado o projecto como uma proposta e não como um assunto arrumado.
É infeliz continuar a cidade a ser gerida sem uma maior participação dos cidadãos, e igualmente infeliz vir o Presidente da Câmara referir que não aceita sequer discutir o projecto, escudando-se no pensamento "provinciano" da grande qualidade do "Dream team".
Destas atitudes do Presidente e do Metro já estamos habituados.
O "Dream Team" acredito que deve estar furioso com o título, mas sujeita-se...
Alexandre Burmester
--
Nota de TAF: Nos desenhos publicados nos jornais em papel vê-se mais, e em especial os acessos à estação de Metro, que ficam nos passeios laterais. Mesmo sem ter qualificações para avaliar, diria como simples mortal que à primeira vista me pareceram bem. Já a largura da via destinada ao tráfego automóvel (9,70m para 3 faixas) soa a muito pouco. Pronuncie-se quem sabe.
Ontem surgiu esta novidade da apresentação do Projecto de arranjo da Av. dos Aliados, e parece que logo à partida motivou inúmeras participações.
Não pretendendo vir julgar em Praça Pública o trabalho dos Arquitectos que o desenvolveram, e porque não conheço o projecto em particular, apenas no geral, e ainda por cima tendo por base a imagem de um 3D sem grande qualidade. Apenas me surge dizer que no global me parece um trabalho consistente. Em nada estranho a intenção do desenvolvimento de um grande espaço amplo, e nada me aflige a exclusão dos "jardinzinhos" centrais. Confesso alguma expectativa quanto ao excessivo uso de granito, à introdução da estação que não se vislumbra nos desenhos, às soluções de fontes e outros equipamentos urbanos, e ainda às soluções de iluminação.
Sabendo que o desenho está em mão de quem como poucos o dominam, não duvido da sua qualidade, porém faço minhas as palavras de alguém que por aqui já escreveu, que o desenho urbano não é muito compatível como excesso de minimalismos.
Não estando em causa nem a qualidade do Projecto, nem a obrigatoriedade de execução de concursos a que o Metro não está obrigado, o que está em causa é o processo e a forma como o assunto é mais uma vez apresentado pelas entidades competentes.
Tratando-se de um local, cuja importância resulta na imagem da cidade, e representa um dos seus principais ex-libris, teria sido boa política ter aberto a discussão a um Concurso público, e ter sido apresentado o projecto como uma proposta e não como um assunto arrumado.
É infeliz continuar a cidade a ser gerida sem uma maior participação dos cidadãos, e igualmente infeliz vir o Presidente da Câmara referir que não aceita sequer discutir o projecto, escudando-se no pensamento "provinciano" da grande qualidade do "Dream team".
Destas atitudes do Presidente e do Metro já estamos habituados.
O "Dream Team" acredito que deve estar furioso com o título, mas sujeita-se...
Alexandre Burmester
--
Nota de TAF: Nos desenhos publicados nos jornais em papel vê-se mais, e em especial os acessos à estação de Metro, que ficam nos passeios laterais. Mesmo sem ter qualificações para avaliar, diria como simples mortal que à primeira vista me pareceram bem. Já a largura da via destinada ao tráfego automóvel (9,70m para 3 faixas) soa a muito pouco. Pronuncie-se quem sabe.
De: António Moreira - "De Pulido Valente..."
"... - Concursos"
Este meu comentário até pode nem acrescentar muito, mas vou fazê-lo na mesma.
Não acho que seja necessária qualquer justificação para publicar este "post" do Sr. Pulido Valente.
Acho sim que devia ser colocado em posição de destaque e ser de leitura obrigatória para todos, antes de emitirem qualquer opinião.
É, na verdade, essencial perceber como funcionam os botões (alavancas ou pedais) e também, de uma vez por todas, que "DEVE" não chega, se deve "TEM QUE".
Obrigado aos Srs Pulido Valente e Tiago Fernandes.
António Moreira
Este meu comentário até pode nem acrescentar muito, mas vou fazê-lo na mesma.
Não acho que seja necessária qualquer justificação para publicar este "post" do Sr. Pulido Valente.
Acho sim que devia ser colocado em posição de destaque e ser de leitura obrigatória para todos, antes de emitirem qualquer opinião.
É, na verdade, essencial perceber como funcionam os botões (alavancas ou pedais) e também, de uma vez por todas, que "DEVE" não chega, se deve "TEM QUE".
Obrigado aos Srs Pulido Valente e Tiago Fernandes.
António Moreira
De: Pulido Valente - "Concursos"
Cada um é como cada qual! Só que não percebo a extrema "tolerância" do Pedro Aroso para com a ordem. Concorda que deve haver concurso e, depois, diz que o assunto está no contrato entre a entidade e o arquitecto. Há que pensar e perceber. Quanto a mim o P.A. está habituado a carregar no botão. Isto é: faz parte daqueles que, desde que se inventou o telefone e a máquina a vapor, não sabendo como funciona só perguntam como se faz para fazer funcionar a coisa. Quer dizer: não pensa pela sua cabeça. Espera que lhe digam. Por exemplo: não vê a contradição que há no que diz. Que não pode dizer que DEVE haver concursos e logo a seguir afirmar que é lá com os contratantes. Se foi isso que lhe disseram na ordem devia ter pensado que a ordem está lá para deixar tudo na mesma enquanto os que lá estão vão fazendo a sua promoção pessoal sem criar ondas - entenda-se: conflitos - com os do poder, que lhe fariam mal aos negócios. Se deve haver concurso TEM de haver concurso e o que disserem só serve para atirar areia aos olhos dos bons tipos como ele que querem estar sempre de bem com tudo e com todos e só se insurgem contra os papás para se sentirem crescidos. Já é tarde para que ele amadureça mas, por favor, ó malta, não deixem que se ensine em que botões (alavancas, pedais, etc.) se carrega para por a máquina a funcionar. Deve-se pensar para que serve, como serve e como funciona. Quer dizer: devemos ter opinião própria e ensaiar os botões todos até que percebamos como funciona a geringonça. Sem mais por ora.JPV
--
Nota de TAF: Devo esclarecer que Pulido Valente merece aqui n'A Baixa do Porto um "estatuto especial" quanto ao estilo da sua prosa, que perderia metade do valor se fosse mais "cinzenta" e o moderador aplicasse os mesmos critérios de aceitação que usa para os textos dos outros participantes. Cada caso é um caso, e Pulido Valente é um caso notável. ;-)
--
Nota de TAF: Devo esclarecer que Pulido Valente merece aqui n'A Baixa do Porto um "estatuto especial" quanto ao estilo da sua prosa, que perderia metade do valor se fosse mais "cinzenta" e o moderador aplicasse os mesmos critérios de aceitação que usa para os textos dos outros participantes. Cada caso é um caso, e Pulido Valente é um caso notável. ;-)
De: TAF - "Recomendações para o debate"
Vai haver logo à noite, pelas 21:30, no Museu Soares dos Reis, uma oportunidade que não se deve desperdiçar para ver a luz ao fundo do túnel… Aqui ficam algumas recomendações telegráficas, fruto da minha já vasta experiência neste tipo de situações.
- A prioridade é encontrar uma solução para o problema. Logo à noite não é a altura adequada (nem sequer haveria tempo suficiente) para procurar culpados. Essas responsabilidades devem ser apuradas, mas noutra sede.
- Também não é ocasião para desabafos (por mais legítimos que fossem). O tempo é precioso e, mais uma vez, a prioridade é encontrar uma solução.
- Já se sabe que neste caso tanto a Câmara como o IPPAR têm uma história de actuação que só se pode considerar vergonhosa. Não vale a pena repisar o assunto. Avancemos sem comentar. Porque a prioridade é encontrar uma solução.
- Se a Câmara agir de má-fé ou de má vontade, isso não é razão para o IPPAR não adoptar uma atitude sensata.
- Se o IPPAR agir de má-fé ou de má vontade, isso não é razão para a Câmara não adoptar uma atitude sensata.
- O tom com que se fizerem as intervenções vai ser determinante para alcançar sucesso. Haja um esforço para dominar a agressividade. Evite-se totalmente o sarcasmo. Porque a prioridade é encontrar uma solução e não demonstrar que se tem razão.
- A moderação do debate vai exigir “pulso de ferro” para manter a ordem e chegar a conclusões. Que não haja receio de parecer “ditatorial”, como eu também sou aqui no blog. ;-)
De: Pedro Aroso - "Expectativa"
Confesso que, até hoje, ainda não me tinha debruçado, com a atenção devida, sobre a questão do Túnel de Ceuta.
No entanto, o último post do Francisco Rocha Antunes coloca a questão de uma forma bastante clara pelo que, nesta altura, já começo a "ligar as pontas".
Em relação ao Arq. João Belo Rodeia (Presidente do IPPAR), que conheço bastante bem, e de que quem também sou amigo, posso assegurar-vos que é um homem determinado e de convicções, mas suficientemente "open mind" para dar o braço a torcer quando lhe provam que não tem razão. Isso mesmo tive oportunidade de comprovar durante as reuniões do Conselho de Delegados da Ordem dos Arquitectos, a que o João presidiu, e nas quais sempre se empenhou para encontrar os desejáveis consensos. Esta atitude é extensiva à Helena Roseta, pelo que aguardo com grande expectativa, e optimismo, o debate agendado para as 21h30 no Museu Soares dos Reis.
Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt
No entanto, o último post do Francisco Rocha Antunes coloca a questão de uma forma bastante clara pelo que, nesta altura, já começo a "ligar as pontas".
Em relação ao Arq. João Belo Rodeia (Presidente do IPPAR), que conheço bastante bem, e de que quem também sou amigo, posso assegurar-vos que é um homem determinado e de convicções, mas suficientemente "open mind" para dar o braço a torcer quando lhe provam que não tem razão. Isso mesmo tive oportunidade de comprovar durante as reuniões do Conselho de Delegados da Ordem dos Arquitectos, a que o João presidiu, e nas quais sempre se empenhou para encontrar os desejáveis consensos. Esta atitude é extensiva à Helena Roseta, pelo que aguardo com grande expectativa, e optimismo, o debate agendado para as 21h30 no Museu Soares dos Reis.
Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt
De: António Moreira - "A Sessão..."
De: F. Rocha Antunes - "João Rodeia"
Meu Caro João,
Escrevo-te estas linhas a propósito da tua anunciada vinda ao Porto para participares num debate organizado pela Ordem dos Arquitectos no Museu Nacional de Soares dos Reis a propósito da questão do local da saída do Túnel de Ceuta.
Eu, como já te disse da última vez que falámos, adoptei esta terra aonde não nasci, mas de onde tenho todas as raízes do lado do meu Pai, que é de cá. E, já me conheces, não me limito a ver as árvores a crescer, embora aprecie muito os vidoeiros que tenho em frente de casa. Lembram-me os choupos que estavam em frente das nossas janelas, há 20 anos.
Moro há anos na zona do Museu, primeiro na Rua da Restauração e agora no Passeio das Virtudes. E há anos que, como todas as pessoas que moram nesta zona, somos massacrados pelas obras que começaram em 1999 e ainda não acabaram….
A ideia base era boa: requalificar toda a zona em frente ao Hospital Santo António, desde a Rua de Cedofeita até à Cadeia da Relação, da Rua dos Clérigos até à Rua da Restauração. Para isso, aproveitavam-se os parques em construção e o túnel para reduzir ao mínimo o tráfego que demanda a zona dos Aliados e que faz a ligação entre essa zona e toda a zona ocidental e reduzia-se também o estacionamento de superfície, libertando todo o espaço magnífico para a fruição de quem por ele passa, de preferência a pé ou de eléctrico.
O teu IPPAR abriu mão da sua visão, lamento dizer-te, essencialmente proibitiva e permitiu que alguns projectos mais arriscados fossem feitos, como o Jardim da Cordoaria e a envolvente do Edifício da Faculdade de Ciências.
Agora, voltou ao seu pior: pronuncia-se tarde e a más horas, com pareceres contraditórios entre si e assume a pior das atitudes: exaltar a nobreza da sua missão legal e ser incapaz de ser razoável, colaborando na resolução de um problema que não é apenas um caso de impacto no MNSR mas em toda a zona agora requalificada.
Sei há muitos anos que és uma pessoa de vistas largas, que detestas tanto como eu as posições típicas de capelinha e que os virtuosos exaltados sempre te fizeram desconfiar. E que és capaz de pôr o interesse do Porto acima das questões de solidariedade de corpo.
Não precisas de conselhos meus para nada. Mas peço-te que venhas mais cedo, que dês uma volta a partir dos Aliados, da entrada do túnel na Praça Filipa de Lencastre até ao MNSR e vejas o que o embargo da obra vai provocar: o adiar, mais ainda, da recuperação da Baixa e de todo o seu património. Espera 10 minutos no cruzamento junto à entrada para as urgências, no fim do martirizado jardim do Carregal e vê se não faz todo o sentido ter uma pequena saída à frente desse cruzamento. E vai até ao cruzamento a seguir, olha para a distância entre os edifícios e percebe a asneira que é pôr a boca naquele sítio. Para não falar na incoerência que é alegar-se que a saída a 25 metros antes do Museu levanta problemas às fundações e às estruturas do Museu e como remédio sugere-se prolongar o túnel em frente ao Museu.
Pensa sobretudo na proporção que é fazer finca-pé de uma saída que desbloqueia um problema de anos e de grande importância para a circulação e tudo o que já foi feito na zona.
Eu não vou poder ir logo ao princípio da discussão mas de certeza que vou lá no fim para te dar um abraço.
Bom trabalho.
Francisco
(O Arq. João Belo Rodeia é um velho conhecido meu, professor na Faculdade de Arquitectura de Lisboa e, neste momento, presidente do IPPAR)
Escrevo-te estas linhas a propósito da tua anunciada vinda ao Porto para participares num debate organizado pela Ordem dos Arquitectos no Museu Nacional de Soares dos Reis a propósito da questão do local da saída do Túnel de Ceuta.
Eu, como já te disse da última vez que falámos, adoptei esta terra aonde não nasci, mas de onde tenho todas as raízes do lado do meu Pai, que é de cá. E, já me conheces, não me limito a ver as árvores a crescer, embora aprecie muito os vidoeiros que tenho em frente de casa. Lembram-me os choupos que estavam em frente das nossas janelas, há 20 anos.
Moro há anos na zona do Museu, primeiro na Rua da Restauração e agora no Passeio das Virtudes. E há anos que, como todas as pessoas que moram nesta zona, somos massacrados pelas obras que começaram em 1999 e ainda não acabaram….
A ideia base era boa: requalificar toda a zona em frente ao Hospital Santo António, desde a Rua de Cedofeita até à Cadeia da Relação, da Rua dos Clérigos até à Rua da Restauração. Para isso, aproveitavam-se os parques em construção e o túnel para reduzir ao mínimo o tráfego que demanda a zona dos Aliados e que faz a ligação entre essa zona e toda a zona ocidental e reduzia-se também o estacionamento de superfície, libertando todo o espaço magnífico para a fruição de quem por ele passa, de preferência a pé ou de eléctrico.
O teu IPPAR abriu mão da sua visão, lamento dizer-te, essencialmente proibitiva e permitiu que alguns projectos mais arriscados fossem feitos, como o Jardim da Cordoaria e a envolvente do Edifício da Faculdade de Ciências.
Agora, voltou ao seu pior: pronuncia-se tarde e a más horas, com pareceres contraditórios entre si e assume a pior das atitudes: exaltar a nobreza da sua missão legal e ser incapaz de ser razoável, colaborando na resolução de um problema que não é apenas um caso de impacto no MNSR mas em toda a zona agora requalificada.
Sei há muitos anos que és uma pessoa de vistas largas, que detestas tanto como eu as posições típicas de capelinha e que os virtuosos exaltados sempre te fizeram desconfiar. E que és capaz de pôr o interesse do Porto acima das questões de solidariedade de corpo.
Não precisas de conselhos meus para nada. Mas peço-te que venhas mais cedo, que dês uma volta a partir dos Aliados, da entrada do túnel na Praça Filipa de Lencastre até ao MNSR e vejas o que o embargo da obra vai provocar: o adiar, mais ainda, da recuperação da Baixa e de todo o seu património. Espera 10 minutos no cruzamento junto à entrada para as urgências, no fim do martirizado jardim do Carregal e vê se não faz todo o sentido ter uma pequena saída à frente desse cruzamento. E vai até ao cruzamento a seguir, olha para a distância entre os edifícios e percebe a asneira que é pôr a boca naquele sítio. Para não falar na incoerência que é alegar-se que a saída a 25 metros antes do Museu levanta problemas às fundações e às estruturas do Museu e como remédio sugere-se prolongar o túnel em frente ao Museu.
Pensa sobretudo na proporção que é fazer finca-pé de uma saída que desbloqueia um problema de anos e de grande importância para a circulação e tudo o que já foi feito na zona.
Eu não vou poder ir logo ao princípio da discussão mas de certeza que vou lá no fim para te dar um abraço.
Bom trabalho.
Francisco
(O Arq. João Belo Rodeia é um velho conhecido meu, professor na Faculdade de Arquitectura de Lisboa e, neste momento, presidente do IPPAR)
De: Paulo V. Araújo - "Ainda..."
"... a Avenida dos Aliados"
Chamada de atenção para o texto sobre o recém-anunciado projecto de "requalificação" da Avenida dos Aliados publicado no endereço http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/03/sizentismo.html
Saudações,
Paulo Araújo
Chamada de atenção para o texto sobre o recém-anunciado projecto de "requalificação" da Avenida dos Aliados publicado no endereço http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/03/sizentismo.html
Saudações,
Paulo Araújo
De: JA Rio Fernandes - "D. Pedro IV..."
"... e o projecto para a Avenida"
Bem sei que a oportunidade é de ouro, já que o Metro paga; bem sei que a avenida precisa, porque há muito que anda tristonha, mas, confesso que esperava melhor. Todavia, ao contrário do que o Dr. Rui Rio e outros esperariam, não venho com grandes críticas ao projecto (embora não aprecie), apenas com um apelo. Porque, lá que se proponha que fique tudo mais escurecido pelo granito (vindo da China como a maioria do que se utilizou em 2001?), substituindo a magnífica calçada de basalto que se mantém sempre mais clara e limpa, suporta-se… que se altere radicalmente a conjugação dos espaços de circulação automóvel e dos peões, rompendo em absoluto com a proposta de Barry Parker para a "avenida da cidade" (ver texto de Rui Tavares)…, tudo bem, porque, a cidade não terá que ficar sempre amarrada à sua concepção original… mas, sinceramente, podiam deixar o D. Pedro IV em paz!
Como muitos outros disseram e eu já escrevi no Tripeiro e agora relembro, D. Pedro IV entregou o seu coração à cidade, batalhou com ela pelo ideal liberal, e foi colocado em forma de estátua equestre à frente da Câmara e voltado para o inimigo, num monumento pago pelo povo ao "seu rei", em subscrição pública. Por favor, deixem lá essa mania de tratar a estátua como um simples cavalo que se vira como se quer para valorizar mais um projecto. Por favor, deixem D. Pedro IV no seu lugar de sempre, voltado para sul, à frente da Câmara e de frente para o inimigo, permitindo – como sempre aconteceu – que se coloque no primeiro plano de qualquer imagem tomada da praça-avenida a partir do seu extremo sul.
E, já agora, saudando a homenagem a Humberto Delgado de que se falou, aproveito uma vez mais para lembrar que o rei que deu à cidade o coração, continua sem ter uma rua ou uma praça com o seu nome…
Rio Fernandes
Bem sei que a oportunidade é de ouro, já que o Metro paga; bem sei que a avenida precisa, porque há muito que anda tristonha, mas, confesso que esperava melhor. Todavia, ao contrário do que o Dr. Rui Rio e outros esperariam, não venho com grandes críticas ao projecto (embora não aprecie), apenas com um apelo. Porque, lá que se proponha que fique tudo mais escurecido pelo granito (vindo da China como a maioria do que se utilizou em 2001?), substituindo a magnífica calçada de basalto que se mantém sempre mais clara e limpa, suporta-se… que se altere radicalmente a conjugação dos espaços de circulação automóvel e dos peões, rompendo em absoluto com a proposta de Barry Parker para a "avenida da cidade" (ver texto de Rui Tavares)…, tudo bem, porque, a cidade não terá que ficar sempre amarrada à sua concepção original… mas, sinceramente, podiam deixar o D. Pedro IV em paz!
Como muitos outros disseram e eu já escrevi no Tripeiro e agora relembro, D. Pedro IV entregou o seu coração à cidade, batalhou com ela pelo ideal liberal, e foi colocado em forma de estátua equestre à frente da Câmara e voltado para o inimigo, num monumento pago pelo povo ao "seu rei", em subscrição pública. Por favor, deixem lá essa mania de tratar a estátua como um simples cavalo que se vira como se quer para valorizar mais um projecto. Por favor, deixem D. Pedro IV no seu lugar de sempre, voltado para sul, à frente da Câmara e de frente para o inimigo, permitindo – como sempre aconteceu – que se coloque no primeiro plano de qualquer imagem tomada da praça-avenida a partir do seu extremo sul.
E, já agora, saudando a homenagem a Humberto Delgado de que se falou, aproveito uma vez mais para lembrar que o rei que deu à cidade o coração, continua sem ter uma rua ou uma praça com o seu nome…
Rio Fernandes
De: F. Rocha Antunes - "Entretanto..."
Meus Caros,
Saiu hoje, no local público, mas não acessível online, uma notícia importante:
“O Instituto do Ambiente recusou o pedido de dispensa de avaliação de impacto ambiental (AIA) do projecto da linha de metro entre Matosinhos Sul e a Boavista. Com esta decisão, que contraria a vontade expressa pela Empresa do Metro do Porto, o projecto será submetido a um procedimento de AIA, que engloba, como é habitual, um período de consulta pública que pode durar até 50 dias. Antecipando esta decisão daquele instituto, a empresa já tinha pedido a uma entidade externa especializada um estudo de impacte ambiental, ganhando assim algum tempo. Este instrumento será entregue a uma comissão de avaliação nomeada pelo Instituto do Ambiente. Caso a resposta desta seja favorável, o processo passa para a fase de consulta pública, sendo chamadas a participar as duas autarquias e todas as juntas de freguesia envolvidas, e organizadas sessões de esclarecimento para os munícipes. Por lei, a comissão terá de dar resposta, fundamentada, a todas as reclamações que venham a ser produzidas neste período, fundo o qual emitirá parecer final, na base do qual será elaborada pelo Ministério do Ambiente uma declaração de impacte ambiental.”
É caso para se dizer que quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos.
Desta vez espero que a Metro do Porto se prepare como deve e seja capaz de conduzir de forma profissional o processo. Sempre se podem inspirar, como já aqui se disse, no caso de Estrasburgo agora não para a escolha da filosofia de exploração mas para o exemplo de abertura à discussão pública.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Saiu hoje, no local público, mas não acessível online, uma notícia importante:
“O Instituto do Ambiente recusou o pedido de dispensa de avaliação de impacto ambiental (AIA) do projecto da linha de metro entre Matosinhos Sul e a Boavista. Com esta decisão, que contraria a vontade expressa pela Empresa do Metro do Porto, o projecto será submetido a um procedimento de AIA, que engloba, como é habitual, um período de consulta pública que pode durar até 50 dias. Antecipando esta decisão daquele instituto, a empresa já tinha pedido a uma entidade externa especializada um estudo de impacte ambiental, ganhando assim algum tempo. Este instrumento será entregue a uma comissão de avaliação nomeada pelo Instituto do Ambiente. Caso a resposta desta seja favorável, o processo passa para a fase de consulta pública, sendo chamadas a participar as duas autarquias e todas as juntas de freguesia envolvidas, e organizadas sessões de esclarecimento para os munícipes. Por lei, a comissão terá de dar resposta, fundamentada, a todas as reclamações que venham a ser produzidas neste período, fundo o qual emitirá parecer final, na base do qual será elaborada pelo Ministério do Ambiente uma declaração de impacte ambiental.”
É caso para se dizer que quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos.
Desta vez espero que a Metro do Porto se prepare como deve e seja capaz de conduzir de forma profissional o processo. Sempre se podem inspirar, como já aqui se disse, no caso de Estrasburgo agora não para a escolha da filosofia de exploração mas para o exemplo de abertura à discussão pública.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: David Afonso - "Não está mal..."
"... o boneco mas..."
1. Visto e revisto o projecto Siza/Moura para os Aliados não me parece nada mal. Mas fica o gosto a decepção. Era de esperar mais da dupla maravilha. Creio que a ausência de competição é responsável pela falta de inspiração dos mestres. Conservador, previsível, frouxo. O remédio para isto era um Concurso Público. Iam ver que arrebitavam de imediato. De resto, podemos dizer que é um trabalho... competente. E competência por competência, parece-me que teria sido preferível adjudicar o projecto a qualquer arquitecto de segunda linha, que, de certo, não faria algo de muito diferente e era bem mais barato.
2. Ainda bem que o jardim do centro da avenida desapareceu. Nada lá fazia. Preencher o espaço com árvores é boa ideia. Mas que tal mais árvores? Queremos ainda mais árvores para esquecermos as que foram abatidas nestes dois últimos meses. Já agora: qual a espécie arborícola seleccionada? Eu pelo-me por pinheiros mansos. Sim, daqueles que ladeiam a estátua ao Garrett. Dão boa sombra, perfumam o ar e transmitem a serenidade de que esta cidade está a precisar como de pão para a boca. O que também está bem é o recurso aos paralelos na via de circulação automóvel: material nobre e adequado ao contexto, inibidor de velocidade e menos mau no que diz respeito à impermeabilização dos solos.
3. O que está muito mal: a praga dos cubinhos de granito. Já chega! Ouviram?! Precisamos de cor e de imaginação. E parece que é o adeus à magnifica calçada à portuguesa dos aliados (e por este andar em todo o lado; se os espanhóis estivessem interessados.... quem sabe?). O que eu gostaria mesmo é que a calçada se mantivesse apesar de ampliada. Mas se a invasão do granito é inevitável, então poderíamos realojar a calçada portuguesa dos aliados, pedra por pedra, em outros pontos da cidade. Replantar os desenhos com as mesmíssimas pedras (sou agarrado aos objectos que lealmente me serviram, que querem?) noutras praças e artérias necessitadas seria uma excelente homenagem à memória de uma arte e de uma cidade. Até me atrevo a fazer algumas sugestões: Lóios, Praça da Cadeia da Relação, Campo 24 de Agosto, Estações do Metro dos Aliados, Cidade do Dragão (Porque não? Se fosse portista, no limite, até para casa levava a calçada que assistiu a tantas, enfim..., mesmo muitas, comemorações do FCP).
4. Uma última palavra para o Sr. Moura: aquelas observações estilo «agarrem-me que sou uma vítima» (que fez escola com um famoso ex-primeiro ministro cujo nome nem sequer me quero lembrar agora) são completamente despropositadas. Se o Sr. arquitecto vive mal com a crítica o melhor é dedicar-se ao arranjos florais. Nós, orgulhosos portuenses, não vamos mudar de natureza para lhe agradar. Aliás, deveria ter começado por agradecer a todos os portuenses por serem a razão de ser do seu trabalho. Vá lá mexendo as suas pedras que nós, enquanto clientes finais (é bom não esquecer!), não abdicamos de dar a nossa justa opinião. Não se incomode connosco, a sério.
david afonso
attalaia@sapo.pt
1. Visto e revisto o projecto Siza/Moura para os Aliados não me parece nada mal. Mas fica o gosto a decepção. Era de esperar mais da dupla maravilha. Creio que a ausência de competição é responsável pela falta de inspiração dos mestres. Conservador, previsível, frouxo. O remédio para isto era um Concurso Público. Iam ver que arrebitavam de imediato. De resto, podemos dizer que é um trabalho... competente. E competência por competência, parece-me que teria sido preferível adjudicar o projecto a qualquer arquitecto de segunda linha, que, de certo, não faria algo de muito diferente e era bem mais barato.
2. Ainda bem que o jardim do centro da avenida desapareceu. Nada lá fazia. Preencher o espaço com árvores é boa ideia. Mas que tal mais árvores? Queremos ainda mais árvores para esquecermos as que foram abatidas nestes dois últimos meses. Já agora: qual a espécie arborícola seleccionada? Eu pelo-me por pinheiros mansos. Sim, daqueles que ladeiam a estátua ao Garrett. Dão boa sombra, perfumam o ar e transmitem a serenidade de que esta cidade está a precisar como de pão para a boca. O que também está bem é o recurso aos paralelos na via de circulação automóvel: material nobre e adequado ao contexto, inibidor de velocidade e menos mau no que diz respeito à impermeabilização dos solos.
3. O que está muito mal: a praga dos cubinhos de granito. Já chega! Ouviram?! Precisamos de cor e de imaginação. E parece que é o adeus à magnifica calçada à portuguesa dos aliados (e por este andar em todo o lado; se os espanhóis estivessem interessados.... quem sabe?). O que eu gostaria mesmo é que a calçada se mantivesse apesar de ampliada. Mas se a invasão do granito é inevitável, então poderíamos realojar a calçada portuguesa dos aliados, pedra por pedra, em outros pontos da cidade. Replantar os desenhos com as mesmíssimas pedras (sou agarrado aos objectos que lealmente me serviram, que querem?) noutras praças e artérias necessitadas seria uma excelente homenagem à memória de uma arte e de uma cidade. Até me atrevo a fazer algumas sugestões: Lóios, Praça da Cadeia da Relação, Campo 24 de Agosto, Estações do Metro dos Aliados, Cidade do Dragão (Porque não? Se fosse portista, no limite, até para casa levava a calçada que assistiu a tantas, enfim..., mesmo muitas, comemorações do FCP).
4. Uma última palavra para o Sr. Moura: aquelas observações estilo «agarrem-me que sou uma vítima» (que fez escola com um famoso ex-primeiro ministro cujo nome nem sequer me quero lembrar agora) são completamente despropositadas. Se o Sr. arquitecto vive mal com a crítica o melhor é dedicar-se ao arranjos florais. Nós, orgulhosos portuenses, não vamos mudar de natureza para lhe agradar. Aliás, deveria ter começado por agradecer a todos os portuenses por serem a razão de ser do seu trabalho. Vá lá mexendo as suas pedras que nós, enquanto clientes finais (é bom não esquecer!), não abdicamos de dar a nossa justa opinião. Não se incomode connosco, a sério.
david afonso
attalaia@sapo.pt
De: David Afonso - "Ainda a SRU"
1.Intervir sobre uma cidade consolidada é sempre uma tarefa de elevada complexidade com resultados incertos, porque, no limite, é impossível controlar todas as variáveis implicadas na dinâmica de uma cidade. Qualquer estratégia de reabilitação será sempre de natureza conjectural, ou seja, toda a intervenção, independentemente da sua incidência (jurídica, económica, fiscal, urbanística, educativa, sociológica, arquitectónica,...) é de natureza hipotética. Os modelos de intervenção urbanística - e em particular os modelos de reabilitação - são meras hipóteses sujeitas a constantes testes, que são efectuados, na prática, por todos nós que habitamos a cidade. Nenhum modelo é confirmável em definitivo, existirão sempre consequências não previstas que exigirão a sua reformulação.
2.Uns dos aspectos mais interessantes da SRU Porto Vivo foi o de ter assumido o carácter conjectural do modelo de intervenção proposto. Ao eleger uma série de pequenos quarteirões, como é o caso de Carlos Alberto, Infante e Cardosas, como quarteirões-piloto, os responsáveis da Sociedade de Reabilitação justificaram então esta opção como um ensaio que permitira testar a panóplia de ferramentas ao seu dispor (entre elas figurava a "nova lei do arrendamento"...). Ao fim e ao cabo tratava-se de uma fase experimental, quase laboratorial, da qual poderiam resultar ensinamentos preciosos para uma intervenção de maior alcance. Este procedimento parece-me o mais adequado, porque parte do princípio de que para estas coisas não existem receitas pré-definidas e que todo o modelo é falível, tendo de ser, por isso mesmo, cuidadosamente aferido e, se necessário, revisto. Outros aspectos parecem-me dignos de louvor: a abordagem do problema à dimensão do quarteirão e não do edificado avulso, a intenção manifestada de se fazer recurso a uma estratégia interdisciplinar e dotação de poder de negociação à própria SRU.
3.Como se vê, a minha opinião relativamente à SRU Porto Vivo é de princípio favorável. Contudo, não me parece dispensável a discussão sobre o assunto. Não posso alinhar na interpretação grosseira que o Sr. Antunes faz do artigo de Manuel Carvalho e lançar a partir daí a anátema sobre a discussão crítica de todo e qualquer tema que seja de interesse comum. Se o Sr. Antunes está preocupado com a nossa «inesgotável capacidade de através de discussões estéreis adiarmos as soluções», eu, por mim, o que me preocupa são as soluções estéreis que surgem da ausência de discussão. Um bom modelo é aquele que resiste à crítica, não se esquivando a esta, mas antes a procurando. Isto exige uma abertura total por parte de quem genuinamente procura a melhor das soluções possível. Ora, é justamente neste aspecto que a SRU tem falhado, com a agravante de que é apenas o aspecto maior relevância, porque é o único modo de proceder a uma aferição honesta do modelo proposto e até de aceder a um limiar de legitimação superior à mera legitimação por força da lei.
4.Que existe uma lei que enquadra as SRUs e que essa lei foi debatida já eu sei. Agora, o que eu não sei - e duvido que alguém saiba - é que uso se está a dar a essa lei. Este domínio é um domínio de opacidade e sobre isso não tenho qualquer dúvida em afirmar que existem muitas pontas soltas que devem ser discutidas sob pena de virem a comprometer todo o processo entretanto iniciado:
(PS: Sr. Antunes, relativamente à sua recomendação de todos nós fazermos os trabalhos de casa, nisso estou com Kierkegaard: «A maioria das pessoas são subjectivas a respeito de si próprias e objectivas - algumas vezes terrivelmente objectivas - a respeito dos outros.»)
David Afonso
attalaia@sapo.pt
2.Uns dos aspectos mais interessantes da SRU Porto Vivo foi o de ter assumido o carácter conjectural do modelo de intervenção proposto. Ao eleger uma série de pequenos quarteirões, como é o caso de Carlos Alberto, Infante e Cardosas, como quarteirões-piloto, os responsáveis da Sociedade de Reabilitação justificaram então esta opção como um ensaio que permitira testar a panóplia de ferramentas ao seu dispor (entre elas figurava a "nova lei do arrendamento"...). Ao fim e ao cabo tratava-se de uma fase experimental, quase laboratorial, da qual poderiam resultar ensinamentos preciosos para uma intervenção de maior alcance. Este procedimento parece-me o mais adequado, porque parte do princípio de que para estas coisas não existem receitas pré-definidas e que todo o modelo é falível, tendo de ser, por isso mesmo, cuidadosamente aferido e, se necessário, revisto. Outros aspectos parecem-me dignos de louvor: a abordagem do problema à dimensão do quarteirão e não do edificado avulso, a intenção manifestada de se fazer recurso a uma estratégia interdisciplinar e dotação de poder de negociação à própria SRU.
3.Como se vê, a minha opinião relativamente à SRU Porto Vivo é de princípio favorável. Contudo, não me parece dispensável a discussão sobre o assunto. Não posso alinhar na interpretação grosseira que o Sr. Antunes faz do artigo de Manuel Carvalho e lançar a partir daí a anátema sobre a discussão crítica de todo e qualquer tema que seja de interesse comum. Se o Sr. Antunes está preocupado com a nossa «inesgotável capacidade de através de discussões estéreis adiarmos as soluções», eu, por mim, o que me preocupa são as soluções estéreis que surgem da ausência de discussão. Um bom modelo é aquele que resiste à crítica, não se esquivando a esta, mas antes a procurando. Isto exige uma abertura total por parte de quem genuinamente procura a melhor das soluções possível. Ora, é justamente neste aspecto que a SRU tem falhado, com a agravante de que é apenas o aspecto maior relevância, porque é o único modo de proceder a uma aferição honesta do modelo proposto e até de aceder a um limiar de legitimação superior à mera legitimação por força da lei.
4.Que existe uma lei que enquadra as SRUs e que essa lei foi debatida já eu sei. Agora, o que eu não sei - e duvido que alguém saiba - é que uso se está a dar a essa lei. Este domínio é um domínio de opacidade e sobre isso não tenho qualquer dúvida em afirmar que existem muitas pontas soltas que devem ser discutidas sob pena de virem a comprometer todo o processo entretanto iniciado:
- a)Reafirmo que não houve interesse nem iniciativa em debater na praça pública o modelo, os objectivos e a estratégia da SRU (excluindo o caso blogues, que naturalmente são iniciativa de privados). Aliás, foi-me barrada a entrada no Rivoli, numa sessão de apresentação da SRU exclusivamente para promotores imobiliários em finais de 2004, a qual seria uma das raras oportunidades de ver os responsáveis da SRU a se explicarem frente a uma assembleia. Não é correcto afirmar que o debate já começou. Neste momento, os técnicos da Porto Vivo estão a receber apenas os interessados (inquilinos, proprietários, investidores (?)), pelo que não é de levar a sério o convite - «venha falar connosco» - estampado na publicidade nas artérias das imediações da Praça Carlos Alberto. Trata-se de uma fase de divulgação restrita e controlada da informação que se iniciou no dia 7 (2.ª Feira). No dia 4 (6.ª Feira) a SRU «por gentileza» (nas palavras de uma técnica responsável) alguns proprietários foram convidados para uma sessão de esclarecimento. Todo o resto da população tem de aguardar até porque não existe um site da SRU e os painéis no hall de entrada da sede da SRU são meramente decorativos (hoje, dia 15, parece que finalmente começaram a disponibilizar informação de verdade nesse mesmo hall...).
- b)Continuo a considerar que o concurso de ideias devia figurar como elemento fundamental da estratégia da SRU, quer pela riqueza de pontos de vista que poderiam ser integrados, quer pela vantagem de pôr a própria cidade a pensar na cidade. A adjudicação directa é apenas mais rápida, mas susceptível de se tornar viciosa e pouco eficiente (se entendermos por eficiência a capacidade de encontrar soluções interessantes e inovadoras).
- c)A situação dos inquilinos também não me parece de todo acautelada: se por um lado, existem instrumentos legais que os protegem, por outro me parece que são vistos mais como um obstáculo a «desbloquear», ou seja, como parte do problema e não da solução, tolerados até serem substituídos por uma nova geração de inquilinos (jovens casais, estudantes do ensino superior, profissionais dos sectores da justiça e saúde). Uma dimensão importante da reabilitação urbana é a reabilitação social, profissional e económica dos inquilinos e até mesmo proprietários, os quais deveriam ser alvo de programas específicos. Recuperar as casas e deixar as pessoas na mesma é apenas mais fácil e não resolve problema algum.
- d)Mantenho as minhas dúvidas relativamente ao respeito pelo património. O levantamento do estado do edificado (que foi feito pela Quaternaire e, creio eu, sem concurso público) deixa muito a desejar. Tendo conseguido consultar o processo (não foi fácil, acreditem) constatei que vários edifícios pura e simplesmente não foram visitados, pelo que o que se sabe sobre eles é fruto de uma mirada do exterior. Ora, não obstante o desconhecimento óbvio do estado e até do interesse patrimonial de algum desse edificado, a equipa de projectistas não se coibiu de apresentar uma proposta, que pode ser um simples plano base, mas feito no escuro. Pergunto-me se este procedimento será compatível com a reabilitação do património...
- e)...
(PS: Sr. Antunes, relativamente à sua recomendação de todos nós fazermos os trabalhos de casa, nisso estou com Kierkegaard: «A maioria das pessoas são subjectivas a respeito de si próprias e objectivas - algumas vezes terrivelmente objectivas - a respeito dos outros.»)
David Afonso
attalaia@sapo.pt
De: TAF - "Apontadores de quarta-feira"
- Carta enviada a Rio lembra que obras no túnel de Ceuta “carecem de parecer favorável”
- “Gomes também desrespeitou o Ippar” - Eis o velho argumento do "direito de não cumprir a Lei".
- IPPAR pede a Rui Rio que suspenda imediatamente a obra do túnel de Ceuta
- IPPAR mandou a Câmara parar obra do túnel de Ceuta
- Ministério da Cultura continua em silêncio
- Rejeitado pedido de dispensa de estudo de impacto ambiental para a Linha Laranja
- Requalificação na Boavista: Rio nega que Metro tenha pago já a obra
- Faculdade de Medicina pede pareceres acerca das obras do metro junto ao São João
- Projectos para suprir a falta da Rua das Cruzes sistematicamente adiados
- Utentes do metro insatisfeitos com mudança dos transportes alternativos para Crestins
- Rio diz que só receberá dinheiro da Metro se houver linha da Boavista
- Portuenses divididos quanto à nova imagem da Avenida dos Aliados
- Nova Avenida dos Aliados gera expectativas positivas
- Rui Rio já decidiu como lidar com a oposição até às eleições autárquicas
- Os bares da Ribeira querem colocar um barco-táxi a unir as duas margens do Douro - Parece que há uma guerra entre os empresários e o vereador. Só faltava mesmo isto...
- Gaia com projecto de urbanismo na net
- Siza projecta Museu da Arquitectura
- O Museu da Ciência e da Indústria e outros assuntos
- Câmara do Porto aprova subsídio para Museu da Ciência e Indústria
- Bilheteiras da Casa da Música abrem na próxima semana
- Abaixo os regulamentos castradores! :-)
- “Gomes também desrespeitou o Ippar” - Eis o velho argumento do "direito de não cumprir a Lei".
- IPPAR pede a Rui Rio que suspenda imediatamente a obra do túnel de Ceuta
- IPPAR mandou a Câmara parar obra do túnel de Ceuta
- Ministério da Cultura continua em silêncio
- Rejeitado pedido de dispensa de estudo de impacto ambiental para a Linha Laranja
- Requalificação na Boavista: Rio nega que Metro tenha pago já a obra
- Faculdade de Medicina pede pareceres acerca das obras do metro junto ao São João
- Projectos para suprir a falta da Rua das Cruzes sistematicamente adiados
- Utentes do metro insatisfeitos com mudança dos transportes alternativos para Crestins
- Rio diz que só receberá dinheiro da Metro se houver linha da Boavista
- Portuenses divididos quanto à nova imagem da Avenida dos Aliados
- Nova Avenida dos Aliados gera expectativas positivas
- Rui Rio já decidiu como lidar com a oposição até às eleições autárquicas
- Os bares da Ribeira querem colocar um barco-táxi a unir as duas margens do Douro - Parece que há uma guerra entre os empresários e o vereador. Só faltava mesmo isto...
- Gaia com projecto de urbanismo na net
- Siza projecta Museu da Arquitectura
- O Museu da Ciência e da Indústria e outros assuntos
- Câmara do Porto aprova subsídio para Museu da Ciência e Indústria
- Bilheteiras da Casa da Música abrem na próxima semana
- Abaixo os regulamentos castradores! :-)
2005/03/15
De: Pedro Aroso - "Pulido Valente"
Caro Zé Pulido Valente
O teu último post, com o título "Aliados", merece os seguintes comentários:
A Entrada
JPV: De acordo não se admite que não haja concurso público e que a Ordem dos Arquitectos continue cega, surda e MUDA.
PA: Tens toda a razão. Já em tempos tinha levantado essa questão e a justificação que me deram foi a de que a escolha é da responsabilidade da empresa do Metro, estando essa situação definida no respectivo contrato.
O Alerta
JPV: (...) é estranho que se tenham esquecido do monumento ao general (Humberto Delgado) que está por construir...
(...) não haveria razão para não aproveitar para lá pôr, como devido, o MEU monumento, ganho em concurso público lançado pela CMP. (...)
PA: Se bem te lembras (na altura em que eu fui vereador na CMP) o Fernando Gomes, por iniciativa do Zé Gomes Fernandes, quis "desenterrar" o processo do Monumento ao General Humberto Delgado. Recordo-me até que te liguei a avisar que ias ser convidado para apresentar o projecto numa sessão do Executivo. Na altura ficámos todos encantados com o teu trabalho, que contou também com a participação do José Rodrigues. Nunca cheguei a saber porque motivo voltou para a gaveta...
Não é tarde para corrigir o erro, por isso faço um apelo ao Dr. Rui Rio e aos arquitectos Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura, no sentido de reverem a proposta agora apresentada estudando, em conjunto com os autores do projecto do monumento ao General Humberto Delgado, uma forma de o integrarem no futuro arranjo da Av. dos Aliados.
Pedro Aroso
PS: Um abraço para o Alfredo
O teu último post, com o título "Aliados", merece os seguintes comentários:
A Entrada
JPV: De acordo não se admite que não haja concurso público e que a Ordem dos Arquitectos continue cega, surda e MUDA.
PA: Tens toda a razão. Já em tempos tinha levantado essa questão e a justificação que me deram foi a de que a escolha é da responsabilidade da empresa do Metro, estando essa situação definida no respectivo contrato.
O Alerta
JPV: (...) é estranho que se tenham esquecido do monumento ao general (Humberto Delgado) que está por construir...
(...) não haveria razão para não aproveitar para lá pôr, como devido, o MEU monumento, ganho em concurso público lançado pela CMP. (...)
PA: Se bem te lembras (na altura em que eu fui vereador na CMP) o Fernando Gomes, por iniciativa do Zé Gomes Fernandes, quis "desenterrar" o processo do Monumento ao General Humberto Delgado. Recordo-me até que te liguei a avisar que ias ser convidado para apresentar o projecto numa sessão do Executivo. Na altura ficámos todos encantados com o teu trabalho, que contou também com a participação do José Rodrigues. Nunca cheguei a saber porque motivo voltou para a gaveta...
Não é tarde para corrigir o erro, por isso faço um apelo ao Dr. Rui Rio e aos arquitectos Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura, no sentido de reverem a proposta agora apresentada estudando, em conjunto com os autores do projecto do monumento ao General Humberto Delgado, uma forma de o integrarem no futuro arranjo da Av. dos Aliados.
Pedro Aroso
PS: Um abraço para o Alfredo
De: Pulido Valente - "Lembrete"
Há que não esquecer que Rui Rio fez questão, quando entrou, de garantir que as construções teriam estacionamento conveniente. Não o que os regulamentos permitem que é muito pouco. Nada foi feito, que saiba, e a falta de estacionamento está a dificultar o ressurgimento da baixa. Bem sei que é difícil arranjar estacionamento na baixa se não forem tratados os quarteirões, mas isso não impede que a CMP faça o que é necessário. Os arquitectos da câmara podiam escolher uma entrada em cada um dos quarteirões (esperemos que acertadamente), a câmara indemnizava o proprietário pela redução do valor do bem e, de acordo com os outros proprietários, desenvolvia o processo de aproveitamento do interior do quarteirão. Utópico?
De: Pulido Valente - "Aliados"
A Entrada
De acordo não se admite que não haja concurso público e que a ordem dos arquitectos continue cega surda e MUDA.
O Alerta
Caros concidadãos, como já devem ter percebido estou convencido que não será este século que me será feita justiça e que a história se encarregará de fazer ver a razão das minhas posições de cidadania e profissionais. Não é pois por isso que venho hoje falar no monumento ao General Humberto Delgado.
É estranho que os políticos que se dizem de esquerda e os que, não sendo, reconhecem no general uma figura que deve ser recordada num monumento, (mais, na minha opinião, do que o "genial" Eusébio) ...é estranho que se tenham esquecido do monumento ao general que está por construir, diz aqui o meu Alfredo que desde 1976!!!! Só porque antes dos socialistas havia, à parte as razões políticas, o medo que o pessoal, aquando das manifestações, caísse lá dentro. Argumento pueril e provinciano para tapar os olhos aos fregueses.
Agora aparece lá um lago importado, dizem. Eles não param de importar. Se não há o perigo de que a malta caia e se molhe não haveria razão para não aproveitar para lá pôr, como devido, o MEU monumento, ganho em concurso público lançado pela CMP (Na segunda edição; na primeira embora o Eduardo tenha concorrido ninguém ganhou).
Portanto os autores do assassinato da avenida sabem muito bem que poderiam ter deitado mão ao monumento. Que eles não o tenham feito não admira. Não seria de esperar outra coisa. Mas os políticos? Os cidadãos? O Partido Comunista? O Bloco de Esquerda? Os outros?
Por aqui se vê o ódio que as pessoas independentes fazem nascer no meio em que têm que viver.
Já repararam que os designers de moda de arquitectura AINDA andam a socorrer-se daquilo que os outros fizeram e que AINDA não têm um estilo e uma maneira de fazer própria?
O facto de os grandes artistas terem, quase sempre, partido daquilo que existia quando iniciaram as suas carreiras não tem nada a ver com esta situação do portugal dos pequeninos. É que aqueles, os grandes artistas, seguiram em frente e desbravaram caminho. A sua arte (literatura, musica, pintura, arquitectura,...) PROGREDIU com aquilo que eles fizeram depois de se apoiarem nos artistas do passado. E estes? Onde estão as propostas inovadoras? Só desenham "de maneira diferente". Muitas vezes mal ou muito mal. Como nos casos do 2001, metro da Boavista, Aliados, e por aí fora. Porque será que é SEMPRE necessário surpreender com aspectos secundários - granito seja de que cor e forma for - sem que os principais tenham sido objecto de rasgos geniais?
E eles teriam, possivelmente, condições para o fazer. Mas escolheram estar politica e culturalmente correctos. Para se manterem na crista da onda. Lamentável. Criminoso que nos façam perder aquilo que, com outra postura, teriam feito de genial. Se.
Um reparo: Dr. Rio, os serviços verificaram se a área impermeável EXCEDE aquela que o Sr. Dr. pretende fazer aprovar no PDM? Parece que a impermeabilização, ou a diminuição da área permeável, não casa com as posições dos serviços quando apreciam as propostas dos particulares. Mais uma vez dois pesos e duas medidas. Coerente.
José Pulido Valente.
De acordo não se admite que não haja concurso público e que a ordem dos arquitectos continue cega surda e MUDA.
O Alerta
Caros concidadãos, como já devem ter percebido estou convencido que não será este século que me será feita justiça e que a história se encarregará de fazer ver a razão das minhas posições de cidadania e profissionais. Não é pois por isso que venho hoje falar no monumento ao General Humberto Delgado.
É estranho que os políticos que se dizem de esquerda e os que, não sendo, reconhecem no general uma figura que deve ser recordada num monumento, (mais, na minha opinião, do que o "genial" Eusébio) ...é estranho que se tenham esquecido do monumento ao general que está por construir, diz aqui o meu Alfredo que desde 1976!!!! Só porque antes dos socialistas havia, à parte as razões políticas, o medo que o pessoal, aquando das manifestações, caísse lá dentro. Argumento pueril e provinciano para tapar os olhos aos fregueses.
Agora aparece lá um lago importado, dizem. Eles não param de importar. Se não há o perigo de que a malta caia e se molhe não haveria razão para não aproveitar para lá pôr, como devido, o MEU monumento, ganho em concurso público lançado pela CMP (Na segunda edição; na primeira embora o Eduardo tenha concorrido ninguém ganhou).
Portanto os autores do assassinato da avenida sabem muito bem que poderiam ter deitado mão ao monumento. Que eles não o tenham feito não admira. Não seria de esperar outra coisa. Mas os políticos? Os cidadãos? O Partido Comunista? O Bloco de Esquerda? Os outros?
Por aqui se vê o ódio que as pessoas independentes fazem nascer no meio em que têm que viver.
Já repararam que os designers de moda de arquitectura AINDA andam a socorrer-se daquilo que os outros fizeram e que AINDA não têm um estilo e uma maneira de fazer própria?
O facto de os grandes artistas terem, quase sempre, partido daquilo que existia quando iniciaram as suas carreiras não tem nada a ver com esta situação do portugal dos pequeninos. É que aqueles, os grandes artistas, seguiram em frente e desbravaram caminho. A sua arte (literatura, musica, pintura, arquitectura,...) PROGREDIU com aquilo que eles fizeram depois de se apoiarem nos artistas do passado. E estes? Onde estão as propostas inovadoras? Só desenham "de maneira diferente". Muitas vezes mal ou muito mal. Como nos casos do 2001, metro da Boavista, Aliados, e por aí fora. Porque será que é SEMPRE necessário surpreender com aspectos secundários - granito seja de que cor e forma for - sem que os principais tenham sido objecto de rasgos geniais?
E eles teriam, possivelmente, condições para o fazer. Mas escolheram estar politica e culturalmente correctos. Para se manterem na crista da onda. Lamentável. Criminoso que nos façam perder aquilo que, com outra postura, teriam feito de genial. Se.
Um reparo: Dr. Rio, os serviços verificaram se a área impermeável EXCEDE aquela que o Sr. Dr. pretende fazer aprovar no PDM? Parece que a impermeabilização, ou a diminuição da área permeável, não casa com as posições dos serviços quando apreciam as propostas dos particulares. Mais uma vez dois pesos e duas medidas. Coerente.
José Pulido Valente.
De: Pedro Aroso - "Cavalo virado do avesso"
No meu primeiro post fiz um apelo no sentido de não se pronunciarem sobre o projecto de requalificação da Av. dos Aliados, antes de o conhecerem minimamente...
Tal como eu receava, parece que ninguém resistiu à tentação e as críticas começam a chegar em catadupa!
Eu também tenho algumas reservas mas, por agora, não vou elencá-las. Apenas uma observação porque, até agora, ninguém se referiu a isso: já repararam que a estátua equestre do D. Pedro IV vai ser deslocada mais para Sul e rodada a 180º?
Pedro Aroso
Tal como eu receava, parece que ninguém resistiu à tentação e as críticas começam a chegar em catadupa!
Eu também tenho algumas reservas mas, por agora, não vou elencá-las. Apenas uma observação porque, até agora, ninguém se referiu a isso: já repararam que a estátua equestre do D. Pedro IV vai ser deslocada mais para Sul e rodada a 180º?
Pedro Aroso
De: TAF - "Esclarecimentos da CMP"
Recebi do nosso colega "bloguista" António Moreira a informação, por ele confirmada junto da Biblioteca Almeida Garrett, de que irá hoje haver uma "sessão de esclarecimento" lá promovida pela CMP sobre o Túnel de Ceuta, às 21:30. Infelizmente não vou poder estar.
Amanhã há também o debate no Soares dos Reis, que me parece mais interessante e importante.
Mudando de assunto, aqui fica o apontador directo para a brochura sobre a Avenida dos Aliados.
Em 2004 este assunto também se discutiu neste post e seguintes.
Amanhã há também o debate no Soares dos Reis, que me parece mais interessante e importante.
Mudando de assunto, aqui fica o apontador directo para a brochura sobre a Avenida dos Aliados.
Em 2004 este assunto também se discutiu neste post e seguintes.
De: F. Rocha Antunes - "Metro na outra Avenida"
Caro Tiago,
Acho que não se pode fazer esse paralelo, entre a existência da estação e o Corte Inglês.
Tanto quanto sei, a decisão de localização da estação é anterior ao actual executivo camarário. Pode é ter-se tentado potenciar uma localização com uma eventual ligação, mas não me parece que tenha sido essa a razão da estação.
Agora, que não se percebe, não.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: O tal simples cidadão, ignorante na matéria, não sabe dessas coisas... E não levanta o problema pelo facto de os acontecimentos serem do tempo deste executivo ou do do anterior - o que lhe interessa é saber como o seu dinheiro é gasto. Por isso é que é importante haver explicações. ;-)
Acho que não se pode fazer esse paralelo, entre a existência da estação e o Corte Inglês.
Tanto quanto sei, a decisão de localização da estação é anterior ao actual executivo camarário. Pode é ter-se tentado potenciar uma localização com uma eventual ligação, mas não me parece que tenha sido essa a razão da estação.
Agora, que não se percebe, não.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: O tal simples cidadão, ignorante na matéria, não sabe dessas coisas... E não levanta o problema pelo facto de os acontecimentos serem do tempo deste executivo ou do do anterior - o que lhe interessa é saber como o seu dinheiro é gasto. Por isso é que é importante haver explicações. ;-)
De: TAF - "Caros Jornalistas"
Há assuntos que devem ser devidamente esclarecidos para que os cidadãos percebam claramente como é que anda a ser gerido o dinheiro dos seus impostos. É preciso saber quem tomou as decisões, quem fez os estudos que as suportaram, quais as razões invocadas. “À mulher de César…”
Vem isto a propósito da pergunta do Francisco sobre a “misteriosa” estação de Metro da Avenida dos Aliados, a pequeníssima distância das estações da Trindade e de S. Bento. Houve certamente estudos que justificaram a sua construção. São públicos? Quem os assinou?
Para um simples cidadão, ignorante na matéria, é difícil imaginar razões sólidas para tal profusão de estações de Metro. E esse simples cidadão, ignorante na matéria, não gosta das justificações alternativas que imediatamente surgem na ideia quando se juntam factos como os seguintes:
Algum jornalismo de investigação é sempre conveniente… ;-)
Mas o mais simples era mesmo as entidades envolvidas explicarem o que se passou.
Vem isto a propósito da pergunta do Francisco sobre a “misteriosa” estação de Metro da Avenida dos Aliados, a pequeníssima distância das estações da Trindade e de S. Bento. Houve certamente estudos que justificaram a sua construção. São públicos? Quem os assinou?
Para um simples cidadão, ignorante na matéria, é difícil imaginar razões sólidas para tal profusão de estações de Metro. E esse simples cidadão, ignorante na matéria, não gosta das justificações alternativas que imediatamente surgem na ideia quando se juntam factos como os seguintes:
- a enorme insistência da autarquia em que o El Corte Inglés fosse para o Palácio dos Correios;
- o facto de existirem estudos sobre uma ligação subterrânea entre essa estação de Metro, um eventual parque de estacionamento + auditório na Praça General Humberto Delgado, e o Palácio dos Correios (informação do Diário de Notícias com cerca de um ano);
- o valor de 17,66 milhões de euros por que, segundo o JN publicou no ano passado, os CTT venderam metade do Palácio dos Correios a um comprador não divulgado na altura.
- Para poupar os utentes de andarem alguns metros a pé desde S. Bento ou da Trindade?
- Para tentar convencer El Corte Inglés ou outra entidade qualquer?
- Para valorizar o Palácio dos Correios?
- Para facilitar o acesso dos munícipes à Câmara Municipal?
- Para ser a Metro do Porto a pagar a requalificação da Avenida dos Aliados?
Algum jornalismo de investigação é sempre conveniente… ;-)
Mas o mais simples era mesmo as entidades envolvidas explicarem o que se passou.
De: F. Rocha Antunes - "Segurança jurídica"
Meus Caros,
Um dos assuntos mais complicados que temos de lidar é a segurança jurídica das decisões em que se baseiam as autorizações camarárias de licenciamento.
Os recentes episódios são preocupantes. A questão da ilegalidade das Normas Provisórias e os efeitos que essa ilegalidade pode ter no investimento são devastadoras.
A utilização em excesso de expedientes jurídicos, consoante o que se quer defender, é simplesmente inaceitável. Não tenho formação jurídica que me permita opinar sobre a matéria em si, mas tenho, como todos, o senso necessário para medir as consequências.
Este problema não é só nosso, é um problema recorrente de todo o mercado imobiliário. Só para dar um exemplo de um mercado que funciona bem, o norte-americano, o problema é tão sério que há décadas que só se ultrapassou com o aparecimento de companhias de seguro especializadas em tomarem o risco da não conformidade dos licenciamentos com todas as regras legais. Essas companhias, as “Tittle insurance”, garantem não apenas ao comprador do activo mas a todos os directamente interessados (que são sempre muitos, basta pensar na quantidade de empresas que intervém num processo de promoção imobiliária) que as autorizações estão conformes com as leis, assumindo o risco financeiro dessa conformidade legal.
Esta área muito especializada do direito administrativo precisa de ser melhor conhecida de todos, desde os autarcas aos promotores imobiliários, desde os funcionários das câmaras municipais aos arquitectos, para que não estejamos sempre a improvisar e com isso a pôr em risco tudo o que se faz.
É aqui que se vê a qualidade de uma sociedade: a capacidade de perceber que há um problema que é de todos e a necessidade de juntar todos para se perceber como é que se pode avançar de forma segura para a melhoria do problema. Ninguém, sozinho, consegue resolver o problema.
Não há nenhuma Universidade no Porto ou noutra cidade, das várias que têm cursos de Direito, que queira criar um Centro de Estudos especializados nesta área? Que seja capaz de sair da redoma universitária e ir buscar todas as opiniões que possam ajudar a ultrapassar o potencial impasse que aí vem?
Ou teremos que nos resignar a ser, como já disse um romano antes de Cristo, um lugar ingovernável?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Não sendo especialista na área, arriscaria contudo dizer que os requerentes, à luz da lei, podem considerar nesta altura que são válidos os licenciamentos feitos com base nas Normas Provisórias. Precisamente por causa desse "direito à segurança jurídica", julgo que a lei prevê um prazo findo o qual a decisão de licenciamento é definitiva, mesmo se indevidamente tomada. Isto será válido para todos os actos da Administração Pública, e não apenas para o Urbanismo.
Um dos assuntos mais complicados que temos de lidar é a segurança jurídica das decisões em que se baseiam as autorizações camarárias de licenciamento.
Os recentes episódios são preocupantes. A questão da ilegalidade das Normas Provisórias e os efeitos que essa ilegalidade pode ter no investimento são devastadoras.
A utilização em excesso de expedientes jurídicos, consoante o que se quer defender, é simplesmente inaceitável. Não tenho formação jurídica que me permita opinar sobre a matéria em si, mas tenho, como todos, o senso necessário para medir as consequências.
Este problema não é só nosso, é um problema recorrente de todo o mercado imobiliário. Só para dar um exemplo de um mercado que funciona bem, o norte-americano, o problema é tão sério que há décadas que só se ultrapassou com o aparecimento de companhias de seguro especializadas em tomarem o risco da não conformidade dos licenciamentos com todas as regras legais. Essas companhias, as “Tittle insurance”, garantem não apenas ao comprador do activo mas a todos os directamente interessados (que são sempre muitos, basta pensar na quantidade de empresas que intervém num processo de promoção imobiliária) que as autorizações estão conformes com as leis, assumindo o risco financeiro dessa conformidade legal.
Esta área muito especializada do direito administrativo precisa de ser melhor conhecida de todos, desde os autarcas aos promotores imobiliários, desde os funcionários das câmaras municipais aos arquitectos, para que não estejamos sempre a improvisar e com isso a pôr em risco tudo o que se faz.
É aqui que se vê a qualidade de uma sociedade: a capacidade de perceber que há um problema que é de todos e a necessidade de juntar todos para se perceber como é que se pode avançar de forma segura para a melhoria do problema. Ninguém, sozinho, consegue resolver o problema.
Não há nenhuma Universidade no Porto ou noutra cidade, das várias que têm cursos de Direito, que queira criar um Centro de Estudos especializados nesta área? Que seja capaz de sair da redoma universitária e ir buscar todas as opiniões que possam ajudar a ultrapassar o potencial impasse que aí vem?
Ou teremos que nos resignar a ser, como já disse um romano antes de Cristo, um lugar ingovernável?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Não sendo especialista na área, arriscaria contudo dizer que os requerentes, à luz da lei, podem considerar nesta altura que são válidos os licenciamentos feitos com base nas Normas Provisórias. Precisamente por causa desse "direito à segurança jurídica", julgo que a lei prevê um prazo findo o qual a decisão de licenciamento é definitiva, mesmo se indevidamente tomada. Isto será válido para todos os actos da Administração Pública, e não apenas para o Urbanismo.
De: Cristina Santos - "Amazing Team"
Reportando-me às afirmações de Souto Moura para a reportagem do Jornal da Noite.
Ontem o ilustre Arquitecto, da Dream Team, afirmou que no Porto era impossível realizar algum projecto, sem que se levantassem uma série de vozes em protesto, afirmações estas corroboradas por Dr. Rui Rio.
O Arquitecto disse ainda, que foi por diversas vezes insultado na imprensa escrita, acusado de «Vândalo», no que diz respeito à Rotunda da Boavista, concluiu que a reformulação actual é boa e apreciada por muita gente.
Ora o Sr. Arquitecto quanto a mim, está confuso, em primeiro lugar a reformulação da Rotunda até ao momento, não é mais que a pavimentação e sinalização das vias de tráfego e a oposição reportava-se ao trajecto à superfície em forma de «meia-lua» que acolherá o eurotram , bem como à instalação da Casa de Chá ou pasteis no jardim, com montra directa para o amazing show que será esse transporte, a critica não era dirigida às vias e aos semáforos que me parecem muito bem.
A crítica ia no sentido da comparação de um Café numa estação qualquer de comboios, com a dita casa de chá, sim porque hoje é muito giro o dito Eurotram, mas daqui a uns tempos, será um monstro como qualquer outro comboio que circule no centro de uma cidade, bem, admito uma diferença , quem estiver nessa casa de chá poderá apreciar a publicidade aderida nas carruagens, com um comboio não havia essa possibilidade, ora aqui está uma mais valia. (Já sei que para os peritos um eurotram não se compara a um comboio, para um simples cidadão fica a duvida.)
Depois quanto ao referido habito dos Portuenses de contestar tudo o que se faz na Cidade, vamos a ter calma, no que me diz respeito, penso que tenho o direito de considerar que um executivo que prometeu e vincou, que não se ocuparia mais solo na cidade do Porto, que não se daria prioridade a obras novas «ditos parques de betão», que se privilegiariam os espaços verdes e de convívio urbano, e que depois tenta espalhar pela cidade um monstro à superfície e respectivos apeadeiros, está a falhar, isso não é ocupar o solo da cidade? não é a dita massificação da apologia da betonilha? estranho é que Arquitectos real team, não defendam um metro subterrâneo pelo menos na Rotunda e em outros locais de convívio.
Quanto aos Aliados e à dita fonte, made in Paris, importada sem direitos de autor pelos nossos Arquitectos amazing team, parece-me muito bem, e as explicações para o aumento dos passeios, que permitirá a instalação de paragens cobertas e o encontro dos passageiros dos vários interfaces, também me parece bem.
Quanto ao resto, não percebi muito mais, na medida em quando Rui Rio tentou precaver as futuras criticas dos «experts», explicando que as alterações se deviam à instalação das paragens para o metro e que portanto futuras oposições deveriam ter tal facto presente, passei algum tempo a rir e perdi o resto da reportagem, fiquei aborrecida, mas é sempre gratificante o humor de um economista.
Agora que os críticos dão jeito lá isso dão, lembram-se de aqui termos falado acerca da iluminação, nomeadamente nas praças da Republica, Pedro Nunes e outras, pois bem, os campenolios dos candeeiros foram já substituídos nessas duas e a instalação aumentada para três lâmpadas por candeeiro. Agora só falta nivelar o paralelo da ultima e remendar os buracos dos passeios, já agora e não querendo abusar, os funcionários da Autarquia deviam alargar os seus horizontes e mesmo que o seu serviço passe apenas pela instalação de uma placa num passeio, a massa que sobra pode muito bem ser aplicada nos buracos existentes, ao invés de ser espalhada à toa ou acumulada em torno do tubo.
Cristina Santos
--
Nota de TAF: a reportagem de ontem do Jornal da Tarde da RTP1 está já online aqui, à uma hora e cinco minutos de programa. A do Jornal da Noite da SIC não consegui encontrar disponível.
Ontem o ilustre Arquitecto, da Dream Team, afirmou que no Porto era impossível realizar algum projecto, sem que se levantassem uma série de vozes em protesto, afirmações estas corroboradas por Dr. Rui Rio.
O Arquitecto disse ainda, que foi por diversas vezes insultado na imprensa escrita, acusado de «Vândalo», no que diz respeito à Rotunda da Boavista, concluiu que a reformulação actual é boa e apreciada por muita gente.
Ora o Sr. Arquitecto quanto a mim, está confuso, em primeiro lugar a reformulação da Rotunda até ao momento, não é mais que a pavimentação e sinalização das vias de tráfego e a oposição reportava-se ao trajecto à superfície em forma de «meia-lua» que acolherá o eurotram , bem como à instalação da Casa de Chá ou pasteis no jardim, com montra directa para o amazing show que será esse transporte, a critica não era dirigida às vias e aos semáforos que me parecem muito bem.
A crítica ia no sentido da comparação de um Café numa estação qualquer de comboios, com a dita casa de chá, sim porque hoje é muito giro o dito Eurotram, mas daqui a uns tempos, será um monstro como qualquer outro comboio que circule no centro de uma cidade, bem, admito uma diferença , quem estiver nessa casa de chá poderá apreciar a publicidade aderida nas carruagens, com um comboio não havia essa possibilidade, ora aqui está uma mais valia. (Já sei que para os peritos um eurotram não se compara a um comboio, para um simples cidadão fica a duvida.)
Depois quanto ao referido habito dos Portuenses de contestar tudo o que se faz na Cidade, vamos a ter calma, no que me diz respeito, penso que tenho o direito de considerar que um executivo que prometeu e vincou, que não se ocuparia mais solo na cidade do Porto, que não se daria prioridade a obras novas «ditos parques de betão», que se privilegiariam os espaços verdes e de convívio urbano, e que depois tenta espalhar pela cidade um monstro à superfície e respectivos apeadeiros, está a falhar, isso não é ocupar o solo da cidade? não é a dita massificação da apologia da betonilha? estranho é que Arquitectos real team, não defendam um metro subterrâneo pelo menos na Rotunda e em outros locais de convívio.
Quanto aos Aliados e à dita fonte, made in Paris, importada sem direitos de autor pelos nossos Arquitectos amazing team, parece-me muito bem, e as explicações para o aumento dos passeios, que permitirá a instalação de paragens cobertas e o encontro dos passageiros dos vários interfaces, também me parece bem.
Quanto ao resto, não percebi muito mais, na medida em quando Rui Rio tentou precaver as futuras criticas dos «experts», explicando que as alterações se deviam à instalação das paragens para o metro e que portanto futuras oposições deveriam ter tal facto presente, passei algum tempo a rir e perdi o resto da reportagem, fiquei aborrecida, mas é sempre gratificante o humor de um economista.
Agora que os críticos dão jeito lá isso dão, lembram-se de aqui termos falado acerca da iluminação, nomeadamente nas praças da Republica, Pedro Nunes e outras, pois bem, os campenolios dos candeeiros foram já substituídos nessas duas e a instalação aumentada para três lâmpadas por candeeiro. Agora só falta nivelar o paralelo da ultima e remendar os buracos dos passeios, já agora e não querendo abusar, os funcionários da Autarquia deviam alargar os seus horizontes e mesmo que o seu serviço passe apenas pela instalação de uma placa num passeio, a massa que sobra pode muito bem ser aplicada nos buracos existentes, ao invés de ser espalhada à toa ou acumulada em torno do tubo.
Cristina Santos
--
Nota de TAF: a reportagem de ontem do Jornal da Tarde da RTP1 está já online aqui, à uma hora e cinco minutos de programa. A do Jornal da Noite da SIC não consegui encontrar disponível.
De: TAF - "Eu nem estou mal disposto, ..."
"... mas hoje tenho que fazer comentários pouco agradáveis."
- Renovação dos Aliados até Agosto
- Avenida dos Aliados em granito e sem flores fica pronta até final de Agosto
- Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade unidas por piso de granito escuro
"Todas as partes ajardinadas da avenida serão eliminadas, mas o número de árvores aumentará. Cerca de metade deste espaço – a sul da Praça General Humberto Delgado – ficará totalmente liberta, sem qualquer árvore. O local poderá, no futuro próximo, ser utilizado para a instalação de esplanadas. (...) Sabendo-se que a Avenida dos Aliados é o local mais procurado quando se trata de manifestações ou celebrações, este espaço livre torna-se também o ideal."
A ideia seria defensável se as esplanadas funcionassem todo o ano. Não acredito. Vai ficar mais uma zona despida para ser usada no S. João e quando o FCP ganhar o campeonato.
"Souto Moura e Siza Vieira elegeram o granito como o material a usar em toda a avenida, substituindo, assim, o asfalto das faixas de rodagem"
Eu bem dizia! Alguém por favor explique discretamente aos Senhores Arquitectos que Arquitectura não é propriamente esquecer a função dos espaços, atendendo apenas à estética. Segurança em tempo húmido, ruído, etc. Fala-se disto na Faculdade? Ruas para trânsito automóvel?
Ouça-se o próprio Siza Vieira: "No asfalto, os automobilistas carregam a fundo; com o granito, terão pena dos carros e andarão mais devagar..." Pode ser uma boa solução para o excesso de velocidade no IP4 e IP5... ;-)
"Na apresentação pública do projecto, da autoria da «dream team» como Rui Rio apelidou Siza Vieira e Souto Moura, o presidente da Câmara do Porto, vaticinando já as contestações, (...)"
Mas então a "dream team" não tem talento suficiente para fazer um projecto igualmente bom, mas que seja menos contestado pelos munícipes a quem se destina?
- «Nova» Rua de Miguel Bombarda nasce no Verão
- Obras no terreno já no Verão
«a divisa da reabilitação passa por criar no espírito dos cidadãos a ideia anti-social subjacente à passagem dos veículos pela via. Para isso contribuirá a pintura do artista portuense Ângelo de Sousa: “Antes de estacionar o carro naquele local, a pessoa questionar-se-á se é correcto deixá-lo em cima de obra de arte”», «uma tapeçaria em betão colorido que ficará marcado no chão» - Bom, pelas pinturas que eu tenho visto dele, não sei se vai ser muito eficaz... ;-)
- Pulido Valente evoca contradições da autarquia
- Pulido Valente poderá avançar com processos contra PPA e Alameda
Ler também "Não e Sim".
- Ippar analisa embargo do túnel
- Rui Rio acusa IPPAR de "agredir" a cidade
- Rio confia na nova ministra para o túnel de Ceuta
Independentemente da análise das razões de cada uma das partes, há uma componente lúdica significativa na leitura de alguns dos argumentos. A propósito da entrega do dossier à nova ministra: "A senhora acabou de chegar ao gabinete e não é muito elegante estar a colocar-lhe os problemas à frente"...
- Siza “faz” Museu de Arquitectura
- Aprovação de subsídio para Museu da Ciência
- Instituto do Ambiente exige estudo de impacto ambiental para a Linha da Boavista
- Requalificação da Avenida da Ponte "é um assunto interrompido"
- Fundação Casa da Música ainda sem existência jurídica
- Utentes satisfeitos com poupança de tempo no metro
- A Praça D. Pedro, hoje Praça da Liberdade e a Rua dos Clérigos
- Mergulho na história do coração urbano do Porto
- Renovação dos Aliados até Agosto
- Avenida dos Aliados em granito e sem flores fica pronta até final de Agosto
- Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade unidas por piso de granito escuro
"Todas as partes ajardinadas da avenida serão eliminadas, mas o número de árvores aumentará. Cerca de metade deste espaço – a sul da Praça General Humberto Delgado – ficará totalmente liberta, sem qualquer árvore. O local poderá, no futuro próximo, ser utilizado para a instalação de esplanadas. (...) Sabendo-se que a Avenida dos Aliados é o local mais procurado quando se trata de manifestações ou celebrações, este espaço livre torna-se também o ideal."
A ideia seria defensável se as esplanadas funcionassem todo o ano. Não acredito. Vai ficar mais uma zona despida para ser usada no S. João e quando o FCP ganhar o campeonato.
"Souto Moura e Siza Vieira elegeram o granito como o material a usar em toda a avenida, substituindo, assim, o asfalto das faixas de rodagem"
Eu bem dizia! Alguém por favor explique discretamente aos Senhores Arquitectos que Arquitectura não é propriamente esquecer a função dos espaços, atendendo apenas à estética. Segurança em tempo húmido, ruído, etc. Fala-se disto na Faculdade? Ruas para trânsito automóvel?
Ouça-se o próprio Siza Vieira: "No asfalto, os automobilistas carregam a fundo; com o granito, terão pena dos carros e andarão mais devagar..." Pode ser uma boa solução para o excesso de velocidade no IP4 e IP5... ;-)
"Na apresentação pública do projecto, da autoria da «dream team» como Rui Rio apelidou Siza Vieira e Souto Moura, o presidente da Câmara do Porto, vaticinando já as contestações, (...)"
Mas então a "dream team" não tem talento suficiente para fazer um projecto igualmente bom, mas que seja menos contestado pelos munícipes a quem se destina?
- «Nova» Rua de Miguel Bombarda nasce no Verão
- Obras no terreno já no Verão
«a divisa da reabilitação passa por criar no espírito dos cidadãos a ideia anti-social subjacente à passagem dos veículos pela via. Para isso contribuirá a pintura do artista portuense Ângelo de Sousa: “Antes de estacionar o carro naquele local, a pessoa questionar-se-á se é correcto deixá-lo em cima de obra de arte”», «uma tapeçaria em betão colorido que ficará marcado no chão» - Bom, pelas pinturas que eu tenho visto dele, não sei se vai ser muito eficaz... ;-)
- Pulido Valente evoca contradições da autarquia
- Pulido Valente poderá avançar com processos contra PPA e Alameda
Ler também "Não e Sim".
- Ippar analisa embargo do túnel
- Rui Rio acusa IPPAR de "agredir" a cidade
- Rio confia na nova ministra para o túnel de Ceuta
Independentemente da análise das razões de cada uma das partes, há uma componente lúdica significativa na leitura de alguns dos argumentos. A propósito da entrega do dossier à nova ministra: "A senhora acabou de chegar ao gabinete e não é muito elegante estar a colocar-lhe os problemas à frente"...
- Siza “faz” Museu de Arquitectura
- Aprovação de subsídio para Museu da Ciência
- Instituto do Ambiente exige estudo de impacto ambiental para a Linha da Boavista
- Requalificação da Avenida da Ponte "é um assunto interrompido"
- Fundação Casa da Música ainda sem existência jurídica
- Utentes satisfeitos com poupança de tempo no metro
- A Praça D. Pedro, hoje Praça da Liberdade e a Rua dos Clérigos
- Mergulho na história do coração urbano do Porto
De: F. Rocha Antunes - "Só uma pergunta"
Meus Caros,
Ainda não tive oportunidade de ver o projecto para a Avenida dos Aliados, portanto não falo já. Vou vê-lo interessadamente à Câmara. No folheto da CMP não se percebe o que fica junto às Cardosas nem a solução para a Avenida da Ponte.
Mas sobre este assunto, em que a Metro do Porto oferece à cidade mais um projecto por adjudicação directa (esta coisa dos concursos são mesmo uma maçada) sobra-me uma pergunta velha, de quem gosta mesmo de tentar perceber o que não percebe: Para que serve aquela estação?
A linha é a mesma que pára na Trindade, onde há cruzamento de linhas, e em S. Bento, onde acabam as 4 linhas suburbanas, porquê uma paragem a meio?
Para evitar que se suba ou desça a Avenida dos Aliados?
Deve ser para melhorar a velocidade de exploração comercial do Metro.
Eu sei, é uma pergunta fora do prazo, mas que sempre me fez espécie.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Posso especular?
Parece que está prevista a eventualidade de uma passagem subterrânea directa dessa estação para o Palácio dos Correios. Podia dar jeito se houvesse algo de interessante nesse edifício. ;-)
Foi chato aquilo do El Corte Inglés...
Já agora, não sei se está prevista passagem directa também para parques públicos de estacionamento lá perto, como o de D. João I. Ou para o próprio edifício da Câmara. Ou para uma antiga proposta de auditório enterrado na Praça Gen. Humberto Delgado.
Ainda não tive oportunidade de ver o projecto para a Avenida dos Aliados, portanto não falo já. Vou vê-lo interessadamente à Câmara. No folheto da CMP não se percebe o que fica junto às Cardosas nem a solução para a Avenida da Ponte.
Mas sobre este assunto, em que a Metro do Porto oferece à cidade mais um projecto por adjudicação directa (esta coisa dos concursos são mesmo uma maçada) sobra-me uma pergunta velha, de quem gosta mesmo de tentar perceber o que não percebe: Para que serve aquela estação?
A linha é a mesma que pára na Trindade, onde há cruzamento de linhas, e em S. Bento, onde acabam as 4 linhas suburbanas, porquê uma paragem a meio?
Para evitar que se suba ou desça a Avenida dos Aliados?
Deve ser para melhorar a velocidade de exploração comercial do Metro.
Eu sei, é uma pergunta fora do prazo, mas que sempre me fez espécie.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Posso especular?
Parece que está prevista a eventualidade de uma passagem subterrânea directa dessa estação para o Palácio dos Correios. Podia dar jeito se houvesse algo de interessante nesse edifício. ;-)
Foi chato aquilo do El Corte Inglés...
Já agora, não sei se está prevista passagem directa também para parques públicos de estacionamento lá perto, como o de D. João I. Ou para o próprio edifício da Câmara. Ou para uma antiga proposta de auditório enterrado na Praça Gen. Humberto Delgado.
2005/03/14
De: Armando Peixoto - "Avenida..."
"... dos aliados do costume..."
Relativamente ao projecto para a avenida dos aliados, tenho de dizer que, à primeira vista, não me agrada.
Agrada-me o aumento dos passeios, e até posso compreender a eliminação dos jardins na placa central. Também me agrada o facto de a avenida passar a ter mais árvores, e a manutenção dos antigos candeeiros.
O que não me agrada completamente, é o que me parece ser um tanque no meio da avenida! É certo que o que aparece no site da câmara é apenas um rascunho, mas ou muito me engano ou vamos ter uma "magnífica" obra de arte na nossa sala de visitas! E também me agradam imenso o que me parece ser umas cadeiras ao género da Batalha em volta da piscina. É certo que não estava à espera de uma fonte de Trevi, mas esperava algo que desse um valor suplementar à avenida...
Também não me é possível vislumbrar, no rendering fornecido, as entradas para a futura estação de metro. Espero que não estejam ao nível do lago.
O que eu gostava mesmo é que tivesse havido um concurso público, com propostas de vários arquitectos, discussão pública, e no fim, fosse escolhida a melhor. Porque estar a alimentar sempre os mesmos, e sem discussão, não me parece lá muito democrático, nem bom para a cidade...
Armando Peixoto
Relativamente ao projecto para a avenida dos aliados, tenho de dizer que, à primeira vista, não me agrada.
Agrada-me o aumento dos passeios, e até posso compreender a eliminação dos jardins na placa central. Também me agrada o facto de a avenida passar a ter mais árvores, e a manutenção dos antigos candeeiros.
O que não me agrada completamente, é o que me parece ser um tanque no meio da avenida! É certo que o que aparece no site da câmara é apenas um rascunho, mas ou muito me engano ou vamos ter uma "magnífica" obra de arte na nossa sala de visitas! E também me agradam imenso o que me parece ser umas cadeiras ao género da Batalha em volta da piscina. É certo que não estava à espera de uma fonte de Trevi, mas esperava algo que desse um valor suplementar à avenida...
Também não me é possível vislumbrar, no rendering fornecido, as entradas para a futura estação de metro. Espero que não estejam ao nível do lago.
O que eu gostava mesmo é que tivesse havido um concurso público, com propostas de vários arquitectos, discussão pública, e no fim, fosse escolhida a melhor. Porque estar a alimentar sempre os mesmos, e sem discussão, não me parece lá muito democrático, nem bom para a cidade...
Armando Peixoto
De: Pulido Valente - "Não e Sim"
SÃO AUTISTAS?
Há anos que venho dizendo um certo número de verdades que tempos depois (às vezes dezenas de anos) passam para o discurso de toda a gente. Só é pena a demora e os custos dessas demoras. Vem isto a propósito das duas posições antagónicas e opostas da CMP em dois, ou mais, processos que correm nos tribunais. Impugnei as N.P. (normas provisórias), impugnei a licença dada ao "Altis" e ninguém se deu ao trabalho de acordar e fazer frente a estas arbitrariedades da CMP das quais dei conhecimento nos meus vários escritos publicados nos jornais e por aí. Será que o provincianismo natural do portuga só o leva a acreditar nas autoridades? Se sim, isso prova que o portuga não tem o hábito de pensar por ele e ajuizar e decidir sobre as coisas que há para discutir. Felizmente que há blogs e que uma nova era se iniciou.
Esta deslumbrante notícia que domingo nos apanhou em cheio tem muito que se lhe diga. Mas, primeiro, vamos para a cabeça do touro e chamemos o Dr. Rio à pedra. O presidente diz que os assuntos técnicos são de grande especificidade e que, portanto, não opina. Erro! Um político, que como muito bem disse o TAF no Guarany não percebe nada disto, não pode desculpar-se com a dificuldade dos assuntos técnicos para descarregar para cima dos técnicos as SUAS responsabilidades. Elementar e óbvio, eles não querem assumir. O político tem de estar suficientemente dentro dos assuntos da gestão do património para ter uma decisão SUA quando despacha pareceres ou informações dos "técnicos". Ponho esta palavra entre aspas porque à pala dos técnicos muita gentinha que não sabe ler nem escrever, estando no lugar de técnico, só faz disparates.
O ex-vereador Ricardo não é técnico, é, ou era, político de modo que assinava de cruz o que lhe punham debaixo do nariz. O Dr. Paulo Morais vai pelo mesmo caminho e zumba vai de revogar um deferimento tácito que não existiu - a data está errada o deferimento tácito deu-se meses depois-- e alertado para isso, a tempo de emendar, nada fez. Resultado houve que recorrer a uma suspensão de eficácia, obviamente que no TAC (tribunal administrativo do círculo) o que trouxe logo como consequência o seguinte: a CMP enviou para o TAC o processo TODO e ficou sem cópia (como se fez no tempo do Eng.º Baptista) pelo que está tudo parado, não se pode tratar de nada porque não há processo na CMP. Por incúria, incompetência? Não, por falta da mais elementar/primária capacidade de raciocínio e absoluta incapacidade de gestão.
Está claro que a revogação do deferimento tácito inexistente não pode impedir que as obras continuem, mas a CMP insiste em fazer pressão para que parem e não arrepia caminho. Vai ter que ser resolvido no TAC com custos e demoras que a ninguém devem interessar.
Mas como vai fazer a CMP com o embargo das obras do túnel? Vai parar, como exige no caso da falsa revogação?
Quanto às normas provisórias serem ilegais ou legais há a dizer que não se pode admitir que um vereador, seja ele do ambiente ou sem pasta, venha afligir-se, AGORA, por uma autoridade vir dizer aquilo que o meu advogado disse HÁ QUATRO ANOS. Sobretudo se for arquitecto, doutorado, professor, e director de um curso de arquitectura em funcionamento. Claro que vistas as coisas sem grande dificuldade se percebe que procedem assim para sacudir a água do capote - do próprio num caso, o do ambiente que se limitou a abster-se na votação das N.P., (tanto quanto julgo saber), e no outro do próprio capote e do capote do seu partido que foi quem inventou as N.P. e as fez "aprovar". Além disso não há que discordar de umas N.P. ou medidas preventivas. Como um dos vereadores afirma. Há que as considerar legais e correctas, legais e incorrectas, ou ilegais. Não se pode por o assunto como se de uma opinião se tratasse. Principalmente usando chavões (arquitectura jurídica) sem entrar na âmbito da interpretação da lei. O que um arq. tem a obrigação de fazer. Indigente.
Sobre a "aprovação" há a dizer o seguinte: o PDM de 1993 esteve SEMPRE em vigor; As N.P. sendo ilegais (a CMP sabia que são ou "poderiam ser"), obrigam a CMP a tomar todo o cuidado e não pode arrumar o assunto despiciendamente esquecer que ele está latente e ir aprovando projectos (P.P. Antas, Alameda 25 de Abril, Altis, e todos aqueles que não respeitam o PDM) que só poderiam ser aprovados se as N.P. fossem válidas. É uma estrondosa irresponsabilidade.
Vemos pois que a CMP actua simplesmente para despachar a papelada no que aos serviços diz respeito enquanto os políticos estão nas esferas superiores das decisões políticas. Decisões essas que os obrigam a saber o que estão a fazer quando têm que baixar à terra e dar um destino à papelada que os serviços levam a despacho.
Chamo a atenção para o JN de hoje e para o que ali se diz sobre isto, sobretudo ao que diz respeito da Medidas Preventivas. Nem sabem fazer N.P. nem sabem fazer M.P. É tão triste, tão triste. Revoltante.
Que esperança podemos ter em que venha gente capaz?
Há anos que venho dizendo um certo número de verdades que tempos depois (às vezes dezenas de anos) passam para o discurso de toda a gente. Só é pena a demora e os custos dessas demoras. Vem isto a propósito das duas posições antagónicas e opostas da CMP em dois, ou mais, processos que correm nos tribunais. Impugnei as N.P. (normas provisórias), impugnei a licença dada ao "Altis" e ninguém se deu ao trabalho de acordar e fazer frente a estas arbitrariedades da CMP das quais dei conhecimento nos meus vários escritos publicados nos jornais e por aí. Será que o provincianismo natural do portuga só o leva a acreditar nas autoridades? Se sim, isso prova que o portuga não tem o hábito de pensar por ele e ajuizar e decidir sobre as coisas que há para discutir. Felizmente que há blogs e que uma nova era se iniciou.
Esta deslumbrante notícia que domingo nos apanhou em cheio tem muito que se lhe diga. Mas, primeiro, vamos para a cabeça do touro e chamemos o Dr. Rio à pedra. O presidente diz que os assuntos técnicos são de grande especificidade e que, portanto, não opina. Erro! Um político, que como muito bem disse o TAF no Guarany não percebe nada disto, não pode desculpar-se com a dificuldade dos assuntos técnicos para descarregar para cima dos técnicos as SUAS responsabilidades. Elementar e óbvio, eles não querem assumir. O político tem de estar suficientemente dentro dos assuntos da gestão do património para ter uma decisão SUA quando despacha pareceres ou informações dos "técnicos". Ponho esta palavra entre aspas porque à pala dos técnicos muita gentinha que não sabe ler nem escrever, estando no lugar de técnico, só faz disparates.
O ex-vereador Ricardo não é técnico, é, ou era, político de modo que assinava de cruz o que lhe punham debaixo do nariz. O Dr. Paulo Morais vai pelo mesmo caminho e zumba vai de revogar um deferimento tácito que não existiu - a data está errada o deferimento tácito deu-se meses depois-- e alertado para isso, a tempo de emendar, nada fez. Resultado houve que recorrer a uma suspensão de eficácia, obviamente que no TAC (tribunal administrativo do círculo) o que trouxe logo como consequência o seguinte: a CMP enviou para o TAC o processo TODO e ficou sem cópia (como se fez no tempo do Eng.º Baptista) pelo que está tudo parado, não se pode tratar de nada porque não há processo na CMP. Por incúria, incompetência? Não, por falta da mais elementar/primária capacidade de raciocínio e absoluta incapacidade de gestão.
Está claro que a revogação do deferimento tácito inexistente não pode impedir que as obras continuem, mas a CMP insiste em fazer pressão para que parem e não arrepia caminho. Vai ter que ser resolvido no TAC com custos e demoras que a ninguém devem interessar.
Mas como vai fazer a CMP com o embargo das obras do túnel? Vai parar, como exige no caso da falsa revogação?
Quanto às normas provisórias serem ilegais ou legais há a dizer que não se pode admitir que um vereador, seja ele do ambiente ou sem pasta, venha afligir-se, AGORA, por uma autoridade vir dizer aquilo que o meu advogado disse HÁ QUATRO ANOS. Sobretudo se for arquitecto, doutorado, professor, e director de um curso de arquitectura em funcionamento. Claro que vistas as coisas sem grande dificuldade se percebe que procedem assim para sacudir a água do capote - do próprio num caso, o do ambiente que se limitou a abster-se na votação das N.P., (tanto quanto julgo saber), e no outro do próprio capote e do capote do seu partido que foi quem inventou as N.P. e as fez "aprovar". Além disso não há que discordar de umas N.P. ou medidas preventivas. Como um dos vereadores afirma. Há que as considerar legais e correctas, legais e incorrectas, ou ilegais. Não se pode por o assunto como se de uma opinião se tratasse. Principalmente usando chavões (arquitectura jurídica) sem entrar na âmbito da interpretação da lei. O que um arq. tem a obrigação de fazer. Indigente.
Sobre a "aprovação" há a dizer o seguinte: o PDM de 1993 esteve SEMPRE em vigor; As N.P. sendo ilegais (a CMP sabia que são ou "poderiam ser"), obrigam a CMP a tomar todo o cuidado e não pode arrumar o assunto despiciendamente esquecer que ele está latente e ir aprovando projectos (P.P. Antas, Alameda 25 de Abril, Altis, e todos aqueles que não respeitam o PDM) que só poderiam ser aprovados se as N.P. fossem válidas. É uma estrondosa irresponsabilidade.
Vemos pois que a CMP actua simplesmente para despachar a papelada no que aos serviços diz respeito enquanto os políticos estão nas esferas superiores das decisões políticas. Decisões essas que os obrigam a saber o que estão a fazer quando têm que baixar à terra e dar um destino à papelada que os serviços levam a despacho.
Chamo a atenção para o JN de hoje e para o que ali se diz sobre isto, sobretudo ao que diz respeito da Medidas Preventivas. Nem sabem fazer N.P. nem sabem fazer M.P. É tão triste, tão triste. Revoltante.
Que esperança podemos ter em que venha gente capaz?
De: Pedro Aroso - "Siza Vieira e Souto Moura..."
"... apresentaram projecto de requalificação da Avenida dos Aliados"
Mais informação sobre a requalificação da Av. dos Aliados no site da CMP.
Pedro Aroso
--
Nota de TAF: Caro Pedro - já vou começar a dizer mal... ;-)
"O pavimento da Avenida será feito em cubos de granito até às Cardosas" - Mas onde, nas faixas de rodagem também? Espero que impere o bom senso pelo menos quanto a isto! E, como seria de esperar, lá irão desaparecer os pequenos jardins centrais. Deve ser alergia à relva e às flores, imagino... :-(
Temos mesmo que aturar estes senhores que, a par de obras de altíssima qualidade, insistem em algumas manias impossíveis de compreender?
Mais informação sobre a requalificação da Av. dos Aliados no site da CMP.
Pedro Aroso
--
Nota de TAF: Caro Pedro - já vou começar a dizer mal... ;-)
"O pavimento da Avenida será feito em cubos de granito até às Cardosas" - Mas onde, nas faixas de rodagem também? Espero que impere o bom senso pelo menos quanto a isto! E, como seria de esperar, lá irão desaparecer os pequenos jardins centrais. Deve ser alergia à relva e às flores, imagino... :-(
Temos mesmo que aturar estes senhores que, a par de obras de altíssima qualidade, insistem em algumas manias impossíveis de compreender?
De: JA Rio Fernandes - "Será desta?"
Anos depois do diagnóstico do PDM ter confirmado o que já se sabia, a (a meu ver além de injusta perigosa) desigualdade entre o lado oriental e ocidental da cidade; anos depois de concentração do esforço da CMP no centro (que não deu ainda em quase nada… embora se espere o milagre das obras do metro); anos depois de muitas (ou melhor algumas, …) obras a Oeste (designadamente para circuitos de carros antigos), parece que se lembraram que o lado oriental não é só FCP!
A acreditar nas notícias que me esperavam de uma deslocação a França, será desta que se criam condições para a melhoria do espaço público na marginal a leste da Praça da Ribeira. Será ainda antes de eleições? Com projecto idêntico ao adoptado a Oeste? Esperemos que sim…
E aplaudamos também que alguns autarcas e membros do Conselho de Administração da Metro do Porto tenham por fim acordado, depois das eleições, para a prioridade de levar o metro a Gondomar. Mas, por favor, não o obriguem a uma terrível curva por Rio Tinto e a passar por 18 estações (ou seja, por certo mais de 30 minutos). É que, a ser assim, mais vale a quem sai de Gondomar ir a pé para Campanhã (ou, como é óbvio, continuar a utilizar o automóvel ou autocarro). E parece tão evidente a necessidade de fazer apenas a ligação directa Rio Tinto – Campanha (pelo Dragão) e Gondomar – Campanha (por Valbom). Como de resto propõe o PDM do Porto no capítulo da mobilidade…
Rio Fernandes
A acreditar nas notícias que me esperavam de uma deslocação a França, será desta que se criam condições para a melhoria do espaço público na marginal a leste da Praça da Ribeira. Será ainda antes de eleições? Com projecto idêntico ao adoptado a Oeste? Esperemos que sim…
E aplaudamos também que alguns autarcas e membros do Conselho de Administração da Metro do Porto tenham por fim acordado, depois das eleições, para a prioridade de levar o metro a Gondomar. Mas, por favor, não o obriguem a uma terrível curva por Rio Tinto e a passar por 18 estações (ou seja, por certo mais de 30 minutos). É que, a ser assim, mais vale a quem sai de Gondomar ir a pé para Campanhã (ou, como é óbvio, continuar a utilizar o automóvel ou autocarro). E parece tão evidente a necessidade de fazer apenas a ligação directa Rio Tinto – Campanha (pelo Dragão) e Gondomar – Campanha (por Valbom). Como de resto propõe o PDM do Porto no capítulo da mobilidade…
Rio Fernandes
De: F. Rocha Antunes - "Posso?"
Meus Caros,
Abusando deste tempo mais calmo, vou responder ponto a ponto a este nosso colega que, folgo muito, afinal não nos abandonou. Posso?
Só factos como pediu, Caro António Moreira.
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: A resposta de António Moreira está no seu blog pessoal.
Abusando deste tempo mais calmo, vou responder ponto a ponto a este nosso colega que, folgo muito, afinal não nos abandonou. Posso?
Só factos como pediu, Caro António Moreira.
- A legalidade não deve, tem de ser respeitada por todos. Isto é um problema tão sério que até o Presidente da República já nos disse que as leis têm de ser encaradas não como meras sugestões. A CM do Porto não a cumpre. Não apenas neste assunto do Túnel, mas diariamente, ao nunca cumprir os prazos legais de aprovação dos projectos. O recurso sistemático a estatutos de excepção é inaceitável. O Arq. Pulido Valente já aqui demonstrou isso de forma clara. E eu fui claro no que então disse. Não serve de nada fazerem-se leis muito avançadas se depois ninguém as cumpre. A começar, concordo consigo, por quem tem de dar o exemplo. Se é primeiro pela CMP ou pelo IPPAR já não sou capaz de distinguir. Acho que é por todos sem excepção.
- Qualquer obra deve ser precedida de parecer favorável. Mais uma vez tem razão. Mas isso também serve para perguntar porque é que o IPPAR, em 5 anos, nunca se lembrou de pedir o embargo. Basta que tenha conhecimento de uma obra ilegal para o fazer, não é por não lhe ter sido submetido o projecto que não o podia fazer. Como sempre foi a sua obrigação e não o fez senão agora. Isto não o inquieta também?
- A CMP decidiu alterar o projecto por razões que me parecem evidentes, o de evitar que a boca de um túnel de duas faixas desembocasse num cruzamento, para mais com acessos a uma urgência de um hospital central pelo meio. Não é o princípio da história, é uma solução melhor para um mal que já estava feito.
- Estamos perante uma obra ilegal, de facto, desde que o túnel começou a ser feito, uma vez que nunca houve nenhum parecer positivo do IPPAR. Agora isso é razão para a deixar eternamente assim? O IPPAR é que ia tomar a iniciativa de a concluir? Não percebo.
- Esta é a melhor pergunta. Não devia existir nenhuma obra ilegal, e sobretudo quem tem obrigação de repor a legalidade tem a obrigação, também legal, de apontar as soluções que permitam que a mesma obra se legalize. Eu já disse qual foi a primeira sugestão do IPPAR perante esta nova solução: ou deixar como estava (mantendo-se ilegal) ou mandar para fora da área de protecção (sacudindo a água do capote). Esta última versão, de prolongar o túnel até ao cruzamento, deixa cair distraidamente a primeira sugestão e agrava os problemas de trânsito, exige um túnel em frente a todo o museu (que na solução da CMP não é preciso) e depois alega-se com razões estruturais e de fundações para chumbar. Ou faltam muitos dados para a análise, ou é pior a emenda que o soneto.
- A execução de uma obra sem as respectivas autorizações é ilegal, repito. Agora, resta saber se, no âmbito dos contactos regulares entre a CMP e o IPPAR, inicialmente invocados pelos dois lados, isso foi feito ou não. Não temos dados que nos permitam dizer quem não assumiu o quê. O dolo intencional parece-me fora de causa. Mas o juiz que vai analisar o pedido de embargo poderá julgar sobre a matéria.
- Por ultimo, não podia estar mais de acordo com a sua afirmação, de que quem não age segundo a lei deve ser punido. Agora, felizmente quem aplica a lei não somos nós os dois, são profissionais capazes de o fazer: os juízes.
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: A resposta de António Moreira está no seu blog pessoal.
De: Pedro Aroso - "A Minha Opinião ..."
Caro Francisco Rocha Antunes
A pergunta parece-me um pouco descabida, porque jamais me passaria pela cabeça fazer um apelo para que não criticassem o projecto. O meu alerta vai no sentido de não se pronunciarem antes de o conhecerem... Isto pode parecer um pouco redundante, mas é isso que tem vindo acontecer, de uma forma sistemática; veja-se o caso do Túnel de Ceuta.
Aproveito a oportunidade para solicitar ao Dr. Paulo Morais um debate (informal) sobre este assunto.
Um abraço
Pedro Aroso
Nota: Gostava de esclarecer o Eng. António Moreira de que o "Sr. Tiago Fernandes" é seu colega, embora licenciado em Engenharia Electrotécnica.
--
Nota de TAF: O mais simples, que evita confusões, é usarmos apenas o nome sem nenhum título a antecedê-lo. :-)
A pergunta parece-me um pouco descabida, porque jamais me passaria pela cabeça fazer um apelo para que não criticassem o projecto. O meu alerta vai no sentido de não se pronunciarem antes de o conhecerem... Isto pode parecer um pouco redundante, mas é isso que tem vindo acontecer, de uma forma sistemática; veja-se o caso do Túnel de Ceuta.
Aproveito a oportunidade para solicitar ao Dr. Paulo Morais um debate (informal) sobre este assunto.
Um abraço
Pedro Aroso
Nota: Gostava de esclarecer o Eng. António Moreira de que o "Sr. Tiago Fernandes" é seu colega, embora licenciado em Engenharia Electrotécnica.
--
Nota de TAF: O mais simples, que evita confusões, é usarmos apenas o nome sem nenhum título a antecedê-lo. :-)
De: David Pinto - "Bilhetes Casa da Música"
Eu até acho que costumo estar relativamente bem informado no que respeita a eventos culturais na nossa cidade e talvez por isso esteja a estranhar esta situação. Falta exactamente hoje um mês para a abertura da Casa da Música e não encontro qualquer informação relativa a locais de venda dos bilhetes e respectivos custos. Será que vai ser tudo por convites exclusivos para V.I.P. ou serão eventos de entrada livre (não me parece…) ? Então de que estão à espera? Claro que posso ser eu a andar distraído, e se for essa a situação peço desculpa. Aliás, também gostaria de ter ido à pré-abertura (ou testes) dos auditórios e não consegui obter qualquer informação atempadamente. Porque não tentar actualizar o site www.casadamusica.pt com este tipo de informação útil?
Boa sorte e desejos de muito sucesso.
Atentamente, David Pinto
P.S.: Afinal o site que está a funcionar e que me enganei a escrever é: www.casadamusica.com. O www.casadamusica.pt está em construção. Esperemos então pelo dia 23 de Março…
--
Nota de TAF: A mim qualquer dos dois sites aparece em construção...
PS 2: Realmente o www.casadamusica.com já não dá… o que ainda dá é o link que está nos Favoritos.
Assim ainda está a dar para ver o programa de abertura
Atentamente, David Pinto
Boa sorte e desejos de muito sucesso.
Atentamente, David Pinto
P.S.: Afinal o site que está a funcionar e que me enganei a escrever é: www.casadamusica.com. O www.casadamusica.pt está em construção. Esperemos então pelo dia 23 de Março…
--
Nota de TAF: A mim qualquer dos dois sites aparece em construção...
PS 2: Realmente o www.casadamusica.com já não dá… o que ainda dá é o link que está nos Favoritos.
Assim ainda está a dar para ver o programa de abertura
Atentamente, David Pinto
De: António Moreira - "Apologia"
Meu caro F. Rocha Antunes
Começando pelo fim….
Cito: "(como era mais claro se todos nos identificássemos voluntariamente…para além do nome, evidentemente)"
Para além do meu nome, em termos de identificação voluntária, seria talvez suficiente referir que "não sou promotor imobiliário", mas, já no meu primeiro comentário n"A Baixa do Porto" me identifiquei como licenciado em Engenharia Mecânica (caso seja a este tipo de identificação que se refere).
Posso acrescentar que desempenho a minha actividade profissional numa empresa privada, sem qualquer ligação a assuntos camarários, urbanísticos, imobiliários ou que tais.
Também em termos partidários suponho já ter deixado claras as minhas posições, abstencionista militante, há mais de 20 anos, profundamente descrente neste sistema "partidocrático" ao qual a maioria se resignou a entender que se limitava a democracia.
(como era mais claro se todos, seguindo o exemplo do Sr. Tiago Fernandes, identificassem voluntariamente este aspecto….)
Espero assim ter satisfeito a sua curiosidade.
Quanto a opiniões
Qualquer um de nós pode ter opiniões formadas quanto à actuação deste ou daquele agente que "agem em nosso nome" seja ele o IPPAR ou a CMP, bem como quanto às razões que motivam esta ou aquela tomada de posição deste ou daquele agente e ainda quanto ao peso relativo dos factores em questão na análise de uma situação como esta do Túnel. Essas opiniões, quer queira quer não, tem o mesmo valor, independentemente da "identificação" de quem as formula.
Agora quanto aos factos.
É ou não verdade que a legalidade deva ser respeitada por todos e, primeiro, por quem tem particulares responsabilidades, até de exemplo, como, neste caso, a Câmara Municipal do Porto?
É ou não verdade que a legislação impõe que qualquer obra a efectuar na "área de protecção" de imóveis classificados de interesse público, como é o caso do Museu Nacional de Soares dos Reis, deve ser precedida de parecer favorável por parte do IPPAR?
É ou não verdade que a CMP decidiu alterar o projecto do Túnel, que encontrou quando assumiu o "poder", mantendo a saída junto ao H.S.António e acrescentando uma outra saída junto ao MNSR?
É ou não verdade que a CMP iniciou as obras desta sua alteração, sem ter solicitado previamente, o parecer do IPPAR, conforme sabia que era sua obrigação ?
É ou não verdade estarmos assim perante uma OBRA ILEGAL?
É ou não verdade que não deve permitido o início de qualquer OBRA ILEGAL e que, caso esse início se verifique, essa situação deve ser corrigida com a máxima rapidez de forma a limitar os danos causados ao bem público?
É ou não verdade que o facto de o presidente da CMP saber que estava a efectuar uma OBRA ILEGAL, classifica esta actuação como dolosa e não apenas negligente?
É ou não verdade que deve ser punida a actuação dolosa de qualquer agente da administração pública?
Gostaria apenas de ver respondidas estas questões, de forma clara, dado que muito tempo e espaço tem sido gasto em "considerandos sobre considerandos", podendo até parecer que se procura fugir à discussão dos factos.
Já agora sugiro que procurem as semelhanças com a actuação desta mesma gente no que respeita à Av. da Boavista.
António Moreira
Cidadão do Porto
Começando pelo fim….
Cito: "(como era mais claro se todos nos identificássemos voluntariamente…para além do nome, evidentemente)"
Para além do meu nome, em termos de identificação voluntária, seria talvez suficiente referir que "não sou promotor imobiliário", mas, já no meu primeiro comentário n"A Baixa do Porto" me identifiquei como licenciado em Engenharia Mecânica (caso seja a este tipo de identificação que se refere).
Posso acrescentar que desempenho a minha actividade profissional numa empresa privada, sem qualquer ligação a assuntos camarários, urbanísticos, imobiliários ou que tais.
Também em termos partidários suponho já ter deixado claras as minhas posições, abstencionista militante, há mais de 20 anos, profundamente descrente neste sistema "partidocrático" ao qual a maioria se resignou a entender que se limitava a democracia.
(como era mais claro se todos, seguindo o exemplo do Sr. Tiago Fernandes, identificassem voluntariamente este aspecto….)
Espero assim ter satisfeito a sua curiosidade.
Quanto a opiniões
Qualquer um de nós pode ter opiniões formadas quanto à actuação deste ou daquele agente que "agem em nosso nome" seja ele o IPPAR ou a CMP, bem como quanto às razões que motivam esta ou aquela tomada de posição deste ou daquele agente e ainda quanto ao peso relativo dos factores em questão na análise de uma situação como esta do Túnel. Essas opiniões, quer queira quer não, tem o mesmo valor, independentemente da "identificação" de quem as formula.
Agora quanto aos factos.
É ou não verdade que a legalidade deva ser respeitada por todos e, primeiro, por quem tem particulares responsabilidades, até de exemplo, como, neste caso, a Câmara Municipal do Porto?
É ou não verdade que a legislação impõe que qualquer obra a efectuar na "área de protecção" de imóveis classificados de interesse público, como é o caso do Museu Nacional de Soares dos Reis, deve ser precedida de parecer favorável por parte do IPPAR?
É ou não verdade que a CMP decidiu alterar o projecto do Túnel, que encontrou quando assumiu o "poder", mantendo a saída junto ao H.S.António e acrescentando uma outra saída junto ao MNSR?
É ou não verdade que a CMP iniciou as obras desta sua alteração, sem ter solicitado previamente, o parecer do IPPAR, conforme sabia que era sua obrigação ?
É ou não verdade estarmos assim perante uma OBRA ILEGAL?
É ou não verdade que não deve permitido o início de qualquer OBRA ILEGAL e que, caso esse início se verifique, essa situação deve ser corrigida com a máxima rapidez de forma a limitar os danos causados ao bem público?
É ou não verdade que o facto de o presidente da CMP saber que estava a efectuar uma OBRA ILEGAL, classifica esta actuação como dolosa e não apenas negligente?
É ou não verdade que deve ser punida a actuação dolosa de qualquer agente da administração pública?
Gostaria apenas de ver respondidas estas questões, de forma clara, dado que muito tempo e espaço tem sido gasto em "considerandos sobre considerandos", podendo até parecer que se procura fugir à discussão dos factos.
Já agora sugiro que procurem as semelhanças com a actuação desta mesma gente no que respeita à Av. da Boavista.
António Moreira
Cidadão do Porto
De: F. Rocha Antunes - "Uma dúvida"
Caro Pedro Aroso,
Fiquei com uma dúvida: não nos pronunciemos contra antes de conhecer o projecto, o que me parece razoável, ou depois, se porventura não concordarmos com ele?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Fiquei com uma dúvida: não nos pronunciemos contra antes de conhecer o projecto, o que me parece razoável, ou depois, se porventura não concordarmos com ele?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Pedro Aroso - "Requalificação..."
"... da Av. dos Aliados"
Acabei de ver no Jornal da Tarde (RTP1), uma reportagem sobre a apresentação do projecto de requalificação (ou arranjo, para usar o termo tradicional) da Av. dos Aliados, que foi confiado aos arquitectos Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura.
Como já vem sendo hábito, muita gente vai pronunciar-se contra, mesmo sem conhecer o projecto. Aqui fica o meu conselho: NÃO o façam!
Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt
Acabei de ver no Jornal da Tarde (RTP1), uma reportagem sobre a apresentação do projecto de requalificação (ou arranjo, para usar o termo tradicional) da Av. dos Aliados, que foi confiado aos arquitectos Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura.
Como já vem sendo hábito, muita gente vai pronunciar-se contra, mesmo sem conhecer o projecto. Aqui fica o meu conselho: NÃO o façam!
Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt
De: TAF - "Lei das rendas"
De: F. Rocha Antunes - "Apologia"
Caro António Moreira,
Não percebi quem é que faz a apologia de obras ilegais aqui. Se era comigo, errou o tiro.
O que eu defendo, sem qualquer dúvida, é que a posição do IPPAR é aquilo que se pode chamar de uma “legalite”: uma doença que resulta do facto de ser atribuído um poder a alguém que está sobretudo interessado em demonstrar que tem o poder, e nada preocupado para as consequências da forma como o exerce.
Ninguém questiona a legitimidade e a necessidade de o IPPAR proteger o património. O que se questiona é a forma como o faz e as justificações que são dadas. E o princípio é simples: Esse organismo tem um poder excepcional de interferir na definição do que se pode ou não fazer. E como poder excepcional que é, tem de justificar muito bem o que faz. Porque esse poder excepcional não pode ser utilizado para outros fins que não sejam a protecção do património, e isso significa que devem ter a capacidade de perceber que proteger o património é mais do que proibir seja o que for que fique numa área protegida. E as regras têm que ser claras, sob o risco de o poder discricionário que resulta dos poderes excepcionais ser mal utilizado.
O IPPAR está a agir em nosso nome, deve por isso apresentar sempre as razões por que impede umas coisas e autoriza outras. Para que todos nós, os que não são especialistas em património, possamos saber como podemos fazê-lo sem optar por ir fazer projectos para outras terras.
A legitimidade é uma coisa séria. Tão séria que deviam ser os próprios a explicar as ponderosas razões das suas proibições. O que nunca fazem.
O que se sabe neste assunto sobre a posição do IPPAR é simples: Primeiro, chumbaram a saída junto à morgue. Depois chumbaram a saída junto ao Hospital. Depois, chumbaram a saída junto ao Museu, recomendando que se voltasse ao Hospital. Esquecendo-se que já tinham chumbado essa solução. E agora apresentam uma solução que é atirar o problema para fora da área de protecção. Como se fosse a única solução.
Como se vê, não basta ter o poder de embargar. É fundamental sabe-lo usar. Se quiser saber mais, recomendo-lhe que leia a notícia do jornalista do JN que fala da mesma área de protecção e da posição que o IPPAR na altura tomou. É exemplar.
Quanto a questão da defesa de obras ilegais, só a sua emoção ou falta de leitura de post’s anteriores é que lhe permitem fazer uma afirmação dessas. Estou certo que reconhece que neste blogue já se fez qualquer coisa em defesa da legalidade da actuação da administração, seja local seja central.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
(como era mais claro se todos nos identificássemos voluntariamente…para além do nome, evidentemente)
Não percebi quem é que faz a apologia de obras ilegais aqui. Se era comigo, errou o tiro.
O que eu defendo, sem qualquer dúvida, é que a posição do IPPAR é aquilo que se pode chamar de uma “legalite”: uma doença que resulta do facto de ser atribuído um poder a alguém que está sobretudo interessado em demonstrar que tem o poder, e nada preocupado para as consequências da forma como o exerce.
Ninguém questiona a legitimidade e a necessidade de o IPPAR proteger o património. O que se questiona é a forma como o faz e as justificações que são dadas. E o princípio é simples: Esse organismo tem um poder excepcional de interferir na definição do que se pode ou não fazer. E como poder excepcional que é, tem de justificar muito bem o que faz. Porque esse poder excepcional não pode ser utilizado para outros fins que não sejam a protecção do património, e isso significa que devem ter a capacidade de perceber que proteger o património é mais do que proibir seja o que for que fique numa área protegida. E as regras têm que ser claras, sob o risco de o poder discricionário que resulta dos poderes excepcionais ser mal utilizado.
O IPPAR está a agir em nosso nome, deve por isso apresentar sempre as razões por que impede umas coisas e autoriza outras. Para que todos nós, os que não são especialistas em património, possamos saber como podemos fazê-lo sem optar por ir fazer projectos para outras terras.
A legitimidade é uma coisa séria. Tão séria que deviam ser os próprios a explicar as ponderosas razões das suas proibições. O que nunca fazem.
O que se sabe neste assunto sobre a posição do IPPAR é simples: Primeiro, chumbaram a saída junto à morgue. Depois chumbaram a saída junto ao Hospital. Depois, chumbaram a saída junto ao Museu, recomendando que se voltasse ao Hospital. Esquecendo-se que já tinham chumbado essa solução. E agora apresentam uma solução que é atirar o problema para fora da área de protecção. Como se fosse a única solução.
Como se vê, não basta ter o poder de embargar. É fundamental sabe-lo usar. Se quiser saber mais, recomendo-lhe que leia a notícia do jornalista do JN que fala da mesma área de protecção e da posição que o IPPAR na altura tomou. É exemplar.
Quanto a questão da defesa de obras ilegais, só a sua emoção ou falta de leitura de post’s anteriores é que lhe permitem fazer uma afirmação dessas. Estou certo que reconhece que neste blogue já se fez qualquer coisa em defesa da legalidade da actuação da administração, seja local seja central.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
(como era mais claro se todos nos identificássemos voluntariamente…para além do nome, evidentemente)
De: Cristina Santos - "Eleger a oposição"
A Cidade não mudou, olhamos pela janela e a configuração mantém-se, os nossos sentimentos para com ela é que foram endurecendo ao longo dos anos, permitindo a sua degradação, o seu envelhecimento e sua politização.
O nosso desinteresse ou a extrema confiança na governação, manteve-se quase por 30 anos.
Nos dias de hoje, pretendemos voltar o leme de uma só vez.
A participação cívica passou do zero para os oitenta, mas nem todas as reivindicações são justas, nem todas as manifestações de cidadania são plausíveis.
A exortação actual dos direitos de participação continua a servir em muitos casos interesse políticos semelhantes aos do 25 de Abril.
Assiste-se a uma oposição extrema a quem está no poder, questionam-se unicamente os actos do executivo em funções, tudo porque não temos consciência daquilo é a responsabilidade do nosso voto, que vem muito antes da intervenção cívica na forma opositora.
A intervenção cívica estará a esquecer que também elegeu a Assembleia? Não deverá a Assembleia justificar-se perante o cidadão quando veta propostas com as quais a maioria concorda, a Assembleia tem plenos direitos e o executivo não?!
Um bom Governante ausculta a população antes de decidir, mas terá a intervenção cívica direito de desconfiar sempre dos planos daqueles que a maioria elegeu como seu representante, não seria de colocar em causa as verdadeiras intenções de uma oposição também eleita?!
A sociedade civil deve tomar consciência que não é suficiente reivindicar, pôr em causa, antes há que tomar noção daquilo que é a responsabilidade do voto eleitoral, devemos ter consciência que, se o nosso partido não for eleito, elegemos membros da Assembleia e oposição que saberão compatibilizar os interesses.
Para isso há que saber as posturas e os planos de quem se candidata.
Depois, a reivindicação deve visar todos os eleitos, sob pena do ataque exclusivo ao «Representante Mor», servir interesses políticos de outros, que também não nos sabem representar, e que portanto também não estão aptos a ocupar este lugar, ou sequer aptos a tomar as rédeas do futuro da nossa Cidade.
Isto sim, será a democracia vivida em plena cidadania, em que cada agente assume a responsabilidade da sua intervenção.
Talvez deste modo evitássemos aquilo de que fala David Afonso no enunciado da sua mensagem, do alheamento do povo e da desertificação, devemos saber que foram essas causas que levaram à solução SRU e outros problemas levaram a outras soluções menos boas, nas quais temos uma cota de responsabilidade quando não ponderamos o voto, a reivindicação, a intervenção, e quando claramente nos deixamos guiar por interesses de outros na politização.
Uma melhor governação exige a nossa reivindicação junto do governo Autárquico e junto da oposição eleita.
Cristina Santos
O nosso desinteresse ou a extrema confiança na governação, manteve-se quase por 30 anos.
Nos dias de hoje, pretendemos voltar o leme de uma só vez.
A participação cívica passou do zero para os oitenta, mas nem todas as reivindicações são justas, nem todas as manifestações de cidadania são plausíveis.
A exortação actual dos direitos de participação continua a servir em muitos casos interesse políticos semelhantes aos do 25 de Abril.
Assiste-se a uma oposição extrema a quem está no poder, questionam-se unicamente os actos do executivo em funções, tudo porque não temos consciência daquilo é a responsabilidade do nosso voto, que vem muito antes da intervenção cívica na forma opositora.
A intervenção cívica estará a esquecer que também elegeu a Assembleia? Não deverá a Assembleia justificar-se perante o cidadão quando veta propostas com as quais a maioria concorda, a Assembleia tem plenos direitos e o executivo não?!
Um bom Governante ausculta a população antes de decidir, mas terá a intervenção cívica direito de desconfiar sempre dos planos daqueles que a maioria elegeu como seu representante, não seria de colocar em causa as verdadeiras intenções de uma oposição também eleita?!
A sociedade civil deve tomar consciência que não é suficiente reivindicar, pôr em causa, antes há que tomar noção daquilo que é a responsabilidade do voto eleitoral, devemos ter consciência que, se o nosso partido não for eleito, elegemos membros da Assembleia e oposição que saberão compatibilizar os interesses.
Para isso há que saber as posturas e os planos de quem se candidata.
Depois, a reivindicação deve visar todos os eleitos, sob pena do ataque exclusivo ao «Representante Mor», servir interesses políticos de outros, que também não nos sabem representar, e que portanto também não estão aptos a ocupar este lugar, ou sequer aptos a tomar as rédeas do futuro da nossa Cidade.
Isto sim, será a democracia vivida em plena cidadania, em que cada agente assume a responsabilidade da sua intervenção.
Talvez deste modo evitássemos aquilo de que fala David Afonso no enunciado da sua mensagem, do alheamento do povo e da desertificação, devemos saber que foram essas causas que levaram à solução SRU e outros problemas levaram a outras soluções menos boas, nas quais temos uma cota de responsabilidade quando não ponderamos o voto, a reivindicação, a intervenção, e quando claramente nos deixamos guiar por interesses de outros na politização.
Uma melhor governação exige a nossa reivindicação junto do governo Autárquico e junto da oposição eleita.
Cristina Santos
De: António Moreira - "Maus caminhos..."
"... ou Atalhos ?"
Ainda não tive conhecimento da notícia referida pelo Sr. F. Rocha Antunes n"A Baixa do Porto"
A ser verdade, o que espero, apenas peca, em minha opinião, por tardia.
Acho que o "bom senso" determina que a legalidade deva ser respeitada por todos e, primeiro, por quem tem particulares responsabilidades, até de exemplo, como, neste caso, a Câmara Municipal do Porto.
A ser verdade que a legislação impõe que qualquer obra a efectuar na "área de protecção" de imóveis classificados de interesse público, como é o caso do Museu Nacional de Soares dos Reis, deve ser precedida de parecer favorável por parte do IPPAR, estamos perante uma OBRA ILEGAL.
Acho que o "bom senso" implica, em termos de salvaguarda do interesse público, que não seja permitido o início de qualquer OBRA ILEGAL e que, caso esse início se verifique, essa situação seja corrigida com a máxima rapidez de forma a limitar os danos causados ao bem público.
Acho que o mesmo "bom senso" deveria ainda implicar que sejam identificados e sancionados os responsáveis por este tipo de ilegalidades e serem os mesmos responsabilizados pelas consequências dos seus actos, decisões ou omissões.
Defender o contrário é, em minha opinião, defender a impunidade dos responsáveis pela "coisa pública" e contribuir activamente para negar as bases de qualquer Estado de Direito.
Tudo o resto que se possa dizer a este respeito, serve, a meu ver, apenas para alimentar a campanha de intoxicação da opinião pública que o Sr. Presidente da Câmara do Porto tem levado a efeito.
Acho lamentável que se permita a utilização de um espaço como "A Baixa do Porto" para fazer a apologia de OBRAS ILEGAIS.
António Moreira
Ainda não tive conhecimento da notícia referida pelo Sr. F. Rocha Antunes n"A Baixa do Porto"
A ser verdade, o que espero, apenas peca, em minha opinião, por tardia.
Acho que o "bom senso" determina que a legalidade deva ser respeitada por todos e, primeiro, por quem tem particulares responsabilidades, até de exemplo, como, neste caso, a Câmara Municipal do Porto.
A ser verdade que a legislação impõe que qualquer obra a efectuar na "área de protecção" de imóveis classificados de interesse público, como é o caso do Museu Nacional de Soares dos Reis, deve ser precedida de parecer favorável por parte do IPPAR, estamos perante uma OBRA ILEGAL.
Acho que o "bom senso" implica, em termos de salvaguarda do interesse público, que não seja permitido o início de qualquer OBRA ILEGAL e que, caso esse início se verifique, essa situação seja corrigida com a máxima rapidez de forma a limitar os danos causados ao bem público.
Acho que o mesmo "bom senso" deveria ainda implicar que sejam identificados e sancionados os responsáveis por este tipo de ilegalidades e serem os mesmos responsabilizados pelas consequências dos seus actos, decisões ou omissões.
Defender o contrário é, em minha opinião, defender a impunidade dos responsáveis pela "coisa pública" e contribuir activamente para negar as bases de qualquer Estado de Direito.
Tudo o resto que se possa dizer a este respeito, serve, a meu ver, apenas para alimentar a campanha de intoxicação da opinião pública que o Sr. Presidente da Câmara do Porto tem levado a efeito.
Acho lamentável que se permita a utilização de um espaço como "A Baixa do Porto" para fazer a apologia de OBRAS ILEGAIS.
António Moreira
De: TAF - "Os jornais de hoje"
- Rio acredita que redução na FCM veio das Finanças
- Equipamento “não pode fechar”
- Casa da Música abriu o pequeno auditório à música contemporânea
- Rui Rio desvaloriza redução de verbas do Estado
- Enchente em Pedras Rubras para ver o metro
- Metro inaugurou novo troço entre a Senhora da Hora e Pedras Rubras
- Valentim culpa Durão e Santana pelo atraso na Linha de Gondomar
- Transportes alternativos em Crestins é uma "teimosia", diz Mário Almeida
- Multidão no primeiro dia do metro em Pedras Rubras
- Linha atravessa três concelhos
- A luz e o túnel
- Rio apresenta requalificação dos Aliados às 11:00
- Bares acusam autarquia de ilegalidade
- Rui Rio confia nos advogados para resolver novo processo envolvendo o Parque da Cidade
- Câmara contradiz-se em acções judiciais
- Rio recusa falar sobre Nuno Cardoso
- Palacete da Quinta Marques Gomes poderá ser restaurado ainda este ano
- Equipamento “não pode fechar”
- Casa da Música abriu o pequeno auditório à música contemporânea
- Rui Rio desvaloriza redução de verbas do Estado
- Enchente em Pedras Rubras para ver o metro
- Metro inaugurou novo troço entre a Senhora da Hora e Pedras Rubras
- Valentim culpa Durão e Santana pelo atraso na Linha de Gondomar
- Transportes alternativos em Crestins é uma "teimosia", diz Mário Almeida
- Multidão no primeiro dia do metro em Pedras Rubras
- Linha atravessa três concelhos
- A luz e o túnel
- Rio apresenta requalificação dos Aliados às 11:00
- Bares acusam autarquia de ilegalidade
- Rui Rio confia nos advogados para resolver novo processo envolvendo o Parque da Cidade
- Câmara contradiz-se em acções judiciais
- Rio recusa falar sobre Nuno Cardoso
- Palacete da Quinta Marques Gomes poderá ser restaurado ainda este ano
De: F. Rocha Antunes - "Maus caminhos"
Meus Caros,
A notícia que hoje aparece no Público, no local Porto, de que o IPPAR terá enviado já o pedido de embargo da obra do Túnel de Ceuta não podia ser pior.
Demonstra que, no mínimo, a necessária ponderação nem sequer existiu.
E não é pelo facto de o Presidente da CMP ter pressionado que o IPPAR pode agir da mesma maneira. O estilo de um nunca justifica o estilo de outro, ao contrário do que já aqui se referiu antes.
Um organismo do Estado, que deve ter uma perspectiva ponderada e desligada de calendários eleitorais, não pode ter atitudes destas. Quem se queixa de falta de respeito deve dar-se ao respeito.
O olho por olho, dente por dente, não tem qualquer espaço neste tipo de assuntos.
Lamentável.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
A notícia que hoje aparece no Público, no local Porto, de que o IPPAR terá enviado já o pedido de embargo da obra do Túnel de Ceuta não podia ser pior.
Demonstra que, no mínimo, a necessária ponderação nem sequer existiu.
E não é pelo facto de o Presidente da CMP ter pressionado que o IPPAR pode agir da mesma maneira. O estilo de um nunca justifica o estilo de outro, ao contrário do que já aqui se referiu antes.
Um organismo do Estado, que deve ter uma perspectiva ponderada e desligada de calendários eleitorais, não pode ter atitudes destas. Quem se queixa de falta de respeito deve dar-se ao respeito.
O olho por olho, dente por dente, não tem qualquer espaço neste tipo de assuntos.
Lamentável.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: João Dias - "Linhas Amarelas"
Caro Carlos Gilbert:
Considero a linha da Boavista necessária e um bom investimento/oportunidade! As linhas amarelas na faixa central da Avenida (que já vi, não gosto mas entendo como temporário) são para desviar o tráfego automóvel para permitir a intervenção nas outras zonas da via! No final o piso será retirado e colocarão carris. O automóvel circulará na parte exterior da via.
João Dias
Considero a linha da Boavista necessária e um bom investimento/oportunidade! As linhas amarelas na faixa central da Avenida (que já vi, não gosto mas entendo como temporário) são para desviar o tráfego automóvel para permitir a intervenção nas outras zonas da via! No final o piso será retirado e colocarão carris. O automóvel circulará na parte exterior da via.
João Dias
2005/03/13
De: Carlos Gilbert - "Entrevista de ..."
"... Oliveira Marques ao «Público»"
O.M. volta a referir que a futura Linha da Boavista irá fazer parte de uma futura linha Poente-Nascente que rotula de importante. Pena é que nós, cidadãos, não tenhamos o direito de tomar conhecimento desses planos. O que a mim pessoalmente não me admira pois O.M. refere também que assuntos deste calibre têm de ser discutidos por pessoas qualificadas (infelizmente não tenho o jornal comigo, portanto tenho de citar de memória), o que diz bem o que pensa de pessoas com opinião formada mas fora do círculo dos decisores em matéria de transportes urbanos.
TAF: Já reparou no lindo corredor central com linhas a amarelo que está a nascer na parte final da Avenida da Boavista? E para que será? Para os autocarros, evidentemente, pois outro meio de transporte colectivo não há de momento. Cuja opinião foi ouvida, por conseguinte??? ;-)))
C. Gilbert
O.M. volta a referir que a futura Linha da Boavista irá fazer parte de uma futura linha Poente-Nascente que rotula de importante. Pena é que nós, cidadãos, não tenhamos o direito de tomar conhecimento desses planos. O que a mim pessoalmente não me admira pois O.M. refere também que assuntos deste calibre têm de ser discutidos por pessoas qualificadas (infelizmente não tenho o jornal comigo, portanto tenho de citar de memória), o que diz bem o que pensa de pessoas com opinião formada mas fora do círculo dos decisores em matéria de transportes urbanos.
TAF: Já reparou no lindo corredor central com linhas a amarelo que está a nascer na parte final da Avenida da Boavista? E para que será? Para os autocarros, evidentemente, pois outro meio de transporte colectivo não há de momento. Cuja opinião foi ouvida, por conseguinte??? ;-)))
C. Gilbert
De: TAF - "Trapalhadas, continuação"
Esta ontem tinha-me passado despercebida:
- Governo reduz financiamento e privados ameaçam sair da Casa da Música
- Orçamento pode afastar fundadores
E mais hoje:
- Factura superior a 101 milhões pelo parque
- Ilegalidade das Normas põe em causa os investimentos
Apesar de tudo:
- Metro começa hoje a circular entre a Senhora da Hora e Pedras Rubras
- Duplicação da via e expropriações atrasaram conclusão da linha da Póvoa
- Metro começa a levar hoje clientes até Pedras Rubras
- Segunda linha do Metro do Porto chega hoje a Pedras Rubras
- "Da Primeira Liberdade" ou o primeiro teste da Casa da Música
- Casa da Música com êxito na pré-abertura
- O primeiro consenso da Casa da Música
- Teste positivo para a jóia acústica
- Novo "roteiro" da moda é traçado na Ribeira
- Encestar sem regras em vários recantos
- Consultório Urbanístico - a SRU
- O jardim que se construiu nas cercas de dois conventos
Hoje no Público há uma entrevista a Oliveira Marques, não disponível online.
Afirma-se lá a propósito da Linha da Boavista: "Se a cidade não reunir o consenso à volta de um projecto tão marcante, tão estratégico como esta ou outra linha qualquer, essa linha não vai ser construída, porque aparecerá junto do Governo como uma proposta débil, que não tem o suporte da sociedade civil." Se houver consenso tanto melhor, mas nem é isso que me preocupa. Pior é a insistência num projecto que já todos perceberam não fazer sentido tal como foi proposto.
Mais à frente, leia-se a resposta à pergunta "Há uma ideia precisa de quanto custará a linha, com as intervenções que obrigará nas imediações da Avenida da Boavista? Estamos a falar de mais do que os 90 milhões referidos pela Metro?" - "Não. Está tudo incluído nos 90 milhões. Desde Matosinhos até à Praça Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista)." Parece portanto que Oliveira Marques desmente Oliveira Marques... Aqui fala-se em "orçamento de obra" de 90 milhões (o que exclui portanto expropriações). Já noutras ocasiões foi explicitamente afirmado que seriam necessárias expropriações por causa das alterações ao tráfego rodoviário e que o respectivo custo não estava incluído neste orçamento! Em que ficamos?
- Governo reduz financiamento e privados ameaçam sair da Casa da Música
- Orçamento pode afastar fundadores
E mais hoje:
- Factura superior a 101 milhões pelo parque
- Ilegalidade das Normas põe em causa os investimentos
Apesar de tudo:
- Metro começa hoje a circular entre a Senhora da Hora e Pedras Rubras
- Duplicação da via e expropriações atrasaram conclusão da linha da Póvoa
- Metro começa a levar hoje clientes até Pedras Rubras
- Segunda linha do Metro do Porto chega hoje a Pedras Rubras
- "Da Primeira Liberdade" ou o primeiro teste da Casa da Música
- Casa da Música com êxito na pré-abertura
- O primeiro consenso da Casa da Música
- Teste positivo para a jóia acústica
- Novo "roteiro" da moda é traçado na Ribeira
- Encestar sem regras em vários recantos
- Consultório Urbanístico - a SRU
- O jardim que se construiu nas cercas de dois conventos
Hoje no Público há uma entrevista a Oliveira Marques, não disponível online.
Afirma-se lá a propósito da Linha da Boavista: "Se a cidade não reunir o consenso à volta de um projecto tão marcante, tão estratégico como esta ou outra linha qualquer, essa linha não vai ser construída, porque aparecerá junto do Governo como uma proposta débil, que não tem o suporte da sociedade civil." Se houver consenso tanto melhor, mas nem é isso que me preocupa. Pior é a insistência num projecto que já todos perceberam não fazer sentido tal como foi proposto.
Mais à frente, leia-se a resposta à pergunta "Há uma ideia precisa de quanto custará a linha, com as intervenções que obrigará nas imediações da Avenida da Boavista? Estamos a falar de mais do que os 90 milhões referidos pela Metro?" - "Não. Está tudo incluído nos 90 milhões. Desde Matosinhos até à Praça Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista)." Parece portanto que Oliveira Marques desmente Oliveira Marques... Aqui fala-se em "orçamento de obra" de 90 milhões (o que exclui portanto expropriações). Já noutras ocasiões foi explicitamente afirmado que seriam necessárias expropriações por causa das alterações ao tráfego rodoviário e que o respectivo custo não estava incluído neste orçamento! Em que ficamos?