2004/10/29
De: F. Rocha Antunes - "Área Metropolitana do Porto"
Meus Caros,
Uma das minhas perplexidades mais antigas é a falta de percepção que nós temos sobre a nossa própria dimensão. E de como isso nos apouca.
Não vou voltar a referir a falta de consistência da actual Área Metropolitana do Porto (AMP). Vou antes partilhar algumas das minhas descobertas para que possamos perceber do que se fala.
Pensar na Baixa e no Porto sem se perceber primeiro em que contexto urbano o Porto se integra é um erro de análise comum, mas que condiciona à partida a maior parte das premissas que se usam para falar da cidade no futuro.
Há um razoável número de estudos feitos por diferentes entidades muito credíveis que apontam todos para uma região urbana policêntrica sempre superior a 2.400.000 habitantes.
As Faculdade de Arquitectura do Porto, o Gabinete de Estudos do Ministério da Economia, o Instituto Nacional de Estatística, só para referir de memória alguns deles, concluíram que a verdadeira dimensão da AMP é pelo menos o dobro da actual (que tem 1.200.000 habitantes). Para erro de análise, convenhamos que não é pequeno.
Vou referir com mais pormenor os dados de um interessante trabalho realizado por Rui António Rodrigues Ramos, da Universidade do Minho, e António Nelson Rodrigues da Silva, da Escola de Engenharia de S. Carlos da Universidade de S. Paulo, intitulado " Contributo para a delimitação da Área Metropolitana do Noroeste de Portugal".
O trabalho, publicado na revista "Estudos Regionais" no seu nº 3, de 2003, da APDR e do INE, propõe uma nova delimitação para a AMP.
Transcrevo aqui um parágrafo das conclusões:
"A aplicação da metodologia ao estudo da Área Metropolitana do Porto conduziu a resultados interessantes. No estudo fica demonstrado que a actual delimitação, ao não incluir áreas vizinhas com características idênticas, poderá não conduzir ao planeamento territorial mais correcto, e certamente se perderá a capacidade de melhorar a competitividade e coesão de toda esta região do Noroeste de Portugal. Admitindo os dados dos Censos de 2001 e considerando a delimitação proposta para 2011 os valores da AMP aproximam-se dos da Área Metropolitana de Lisboa (AML). A AML possuía em 2001 2.682.687 habitantes numa área de 3.210 km2, ou seja, uma densidade de 833,5 habitantes por km2. A AMP, de acordo com a delimitação de 2011, contabilizava em 2001 2.593.461 habitantes numa área de 3.334 km2, ou seja 777,9 habitantes por km2. As duas áreas metropolitanas assim definidas totalizavam 53,5 % da população de Portugal continental, valor próximo dos 60% referidos na introdução para a Europa."
Ou seja, esta é a realidade em 2001 se aplicarmos critérios internacionalmente aceites para a definição de áreas metropolitanas. Escusamos de insistir na nossa pequenez.
Para meditar.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Uma das minhas perplexidades mais antigas é a falta de percepção que nós temos sobre a nossa própria dimensão. E de como isso nos apouca.
Não vou voltar a referir a falta de consistência da actual Área Metropolitana do Porto (AMP). Vou antes partilhar algumas das minhas descobertas para que possamos perceber do que se fala.
Pensar na Baixa e no Porto sem se perceber primeiro em que contexto urbano o Porto se integra é um erro de análise comum, mas que condiciona à partida a maior parte das premissas que se usam para falar da cidade no futuro.
Há um razoável número de estudos feitos por diferentes entidades muito credíveis que apontam todos para uma região urbana policêntrica sempre superior a 2.400.000 habitantes.
As Faculdade de Arquitectura do Porto, o Gabinete de Estudos do Ministério da Economia, o Instituto Nacional de Estatística, só para referir de memória alguns deles, concluíram que a verdadeira dimensão da AMP é pelo menos o dobro da actual (que tem 1.200.000 habitantes). Para erro de análise, convenhamos que não é pequeno.
Vou referir com mais pormenor os dados de um interessante trabalho realizado por Rui António Rodrigues Ramos, da Universidade do Minho, e António Nelson Rodrigues da Silva, da Escola de Engenharia de S. Carlos da Universidade de S. Paulo, intitulado " Contributo para a delimitação da Área Metropolitana do Noroeste de Portugal".
O trabalho, publicado na revista "Estudos Regionais" no seu nº 3, de 2003, da APDR e do INE, propõe uma nova delimitação para a AMP.
Transcrevo aqui um parágrafo das conclusões:
"A aplicação da metodologia ao estudo da Área Metropolitana do Porto conduziu a resultados interessantes. No estudo fica demonstrado que a actual delimitação, ao não incluir áreas vizinhas com características idênticas, poderá não conduzir ao planeamento territorial mais correcto, e certamente se perderá a capacidade de melhorar a competitividade e coesão de toda esta região do Noroeste de Portugal. Admitindo os dados dos Censos de 2001 e considerando a delimitação proposta para 2011 os valores da AMP aproximam-se dos da Área Metropolitana de Lisboa (AML). A AML possuía em 2001 2.682.687 habitantes numa área de 3.210 km2, ou seja, uma densidade de 833,5 habitantes por km2. A AMP, de acordo com a delimitação de 2011, contabilizava em 2001 2.593.461 habitantes numa área de 3.334 km2, ou seja 777,9 habitantes por km2. As duas áreas metropolitanas assim definidas totalizavam 53,5 % da população de Portugal continental, valor próximo dos 60% referidos na introdução para a Europa."
Ou seja, esta é a realidade em 2001 se aplicarmos critérios internacionalmente aceites para a definição de áreas metropolitanas. Escusamos de insistir na nossa pequenez.
Para meditar.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: José Patrício Martins - "A propósito de comércio..."
FALA QUEM ARRISCA...
(não é propaganda!)
........................................
"Icon Jeans Experience!
A Icon Jeans Experience inaugurou a sua primeira loja no dia 22 de Abril de 2004, situada na rua Mouzinho da Silveira, nº 88, com grande afluência de público e entusiasmo. Todo o tipo de pessoas visitaram a loja quer pela curiosidade quer pelo ânimo desenfreado de comprar roupa de marca. A festa foi animada e durou até tarde pelo que para os sócios simbolizou apenas um projecto bem conseguido. Nas palavras de Artur Piano, um dos sócios, este dia foi "uma mistura de stress e muita emoção. Quando cheguei ao fim da noite estava contente pela nossa capacidade de realização. O esforço apesar de grande foi gratificante porque conseguimos emocionar e impressionar as pessoas."
A loja foi um projecto de três sócios todos ligados ao mundo da roupa/moda: Cláudia Rodrigues, teve outras lojas de roupa; Liliana Ferreira é a responsável pela decoração das montras e já tinha vasta experiência na área e Artur Piano é um homem experiente no mercado da roupa. A ideia da loja surgiu-lhes porque havia uma falha no Centro Histórico do Porto (CHP) no mercado do jeans wear. Souberam da existência do Porto de Partida (PP) através de um conhecido e como queriam instalar-se no CHP foi logo um ponto de partida para procurarem um espaço adequado às suas exigências. "Foi um dia de sorte e todo o processo de constituição da loja e procura de apoios com a
ajuda do PP foi muito rápido. Não tem explicação", afirma o proprietário.
A escolha do CHP para instalar a loja deveu-se ao facto de preferirem a rua aos centros comerciais e também por ser um local onde o comércio não é ainda muito explorado. "É um contra ciclo e a rua é mais viva, menos artificial e tem mais história. O CHP é património mundial e só tem que evoluir e essa renovação também passa pelo comércio. Daí que a nossa loja irá contribuir um pouco para a reciclagem do CHP", diz Artur Piano.
A Icon Jeans é uma loja que mistura o estilo desportivo com as gangas, além de vender calçado e acessórios, e segundo Artur Piano "é para toda a gente, mas não é um produto de massas. É um negócio de alguma exclusividade."
O nome da loja foi pensado em conjunto com a equipa do PP e deve-se ao facto de Icon ser um mito e de as pessoas terem tendência a seguirem um modelo. As roupas que se vendiam à trinta anos estão a ser de novo exploradas e vendidas de acordo com a moda actual.
As perspectivas de futuro são aliciantes e prevêem um futuro que sendo sempre de risco alicia a fazer sempre mais e melhor. Daí que Artur Piano e a sua equipa estejam a pensar dinamizar o negócio com a venda de discos em vinil e de CDs de música. "Algo que capte a atenção das pessoas para além da roupa (que é o nosso principal negócio). Queremos oferecer aos clientes algo mais. Há milhões de coisas de músicas a acontecer e as pessoas estão sempre a procurar. Estamos a negociar uma parceria com uma pessoa que já tem experiência no meio musical."
A Icon Jeans Experience está aberta de Segunda a Quinta-feira das 13h00 às 21h00, de Sexta-feira a Sábado das 13h00 às 23h00 e aos e Domingos, das 15h às 20h00. Passe por lá!"
.....................................................................
para ver e saber mais: http://www.portodepartida.org/
JPM 2004-10-29
(não é propaganda!)
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"Icon Jeans Experience!
A Icon Jeans Experience inaugurou a sua primeira loja no dia 22 de Abril de 2004, situada na rua Mouzinho da Silveira, nº 88, com grande afluência de público e entusiasmo. Todo o tipo de pessoas visitaram a loja quer pela curiosidade quer pelo ânimo desenfreado de comprar roupa de marca. A festa foi animada e durou até tarde pelo que para os sócios simbolizou apenas um projecto bem conseguido. Nas palavras de Artur Piano, um dos sócios, este dia foi "uma mistura de stress e muita emoção. Quando cheguei ao fim da noite estava contente pela nossa capacidade de realização. O esforço apesar de grande foi gratificante porque conseguimos emocionar e impressionar as pessoas."
A loja foi um projecto de três sócios todos ligados ao mundo da roupa/moda: Cláudia Rodrigues, teve outras lojas de roupa; Liliana Ferreira é a responsável pela decoração das montras e já tinha vasta experiência na área e Artur Piano é um homem experiente no mercado da roupa. A ideia da loja surgiu-lhes porque havia uma falha no Centro Histórico do Porto (CHP) no mercado do jeans wear. Souberam da existência do Porto de Partida (PP) através de um conhecido e como queriam instalar-se no CHP foi logo um ponto de partida para procurarem um espaço adequado às suas exigências. "Foi um dia de sorte e todo o processo de constituição da loja e procura de apoios com a
ajuda do PP foi muito rápido. Não tem explicação", afirma o proprietário.
A escolha do CHP para instalar a loja deveu-se ao facto de preferirem a rua aos centros comerciais e também por ser um local onde o comércio não é ainda muito explorado. "É um contra ciclo e a rua é mais viva, menos artificial e tem mais história. O CHP é património mundial e só tem que evoluir e essa renovação também passa pelo comércio. Daí que a nossa loja irá contribuir um pouco para a reciclagem do CHP", diz Artur Piano.
A Icon Jeans é uma loja que mistura o estilo desportivo com as gangas, além de vender calçado e acessórios, e segundo Artur Piano "é para toda a gente, mas não é um produto de massas. É um negócio de alguma exclusividade."
O nome da loja foi pensado em conjunto com a equipa do PP e deve-se ao facto de Icon ser um mito e de as pessoas terem tendência a seguirem um modelo. As roupas que se vendiam à trinta anos estão a ser de novo exploradas e vendidas de acordo com a moda actual.
As perspectivas de futuro são aliciantes e prevêem um futuro que sendo sempre de risco alicia a fazer sempre mais e melhor. Daí que Artur Piano e a sua equipa estejam a pensar dinamizar o negócio com a venda de discos em vinil e de CDs de música. "Algo que capte a atenção das pessoas para além da roupa (que é o nosso principal negócio). Queremos oferecer aos clientes algo mais. Há milhões de coisas de músicas a acontecer e as pessoas estão sempre a procurar. Estamos a negociar uma parceria com uma pessoa que já tem experiência no meio musical."
A Icon Jeans Experience está aberta de Segunda a Quinta-feira das 13h00 às 21h00, de Sexta-feira a Sábado das 13h00 às 23h00 e aos e Domingos, das 15h às 20h00. Passe por lá!"
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para ver e saber mais: http://www.portodepartida.org/
JPM 2004-10-29
De: Cristina Santos - "Das praças para as convergentes"
Recuperar as Baixas da Cidade seria em primeiro Lugar recuperar as envolventes das praças principais, partir das Praças para os arruamentos convergentes, unir o Porto através dos seus pontos centrais, que inclusive estão dispostos para que, de cada um deles seja visível uma grande parte da Cidade.
Primeiro unir a Cidade tal como o Clero fez um dia, criar pontos estratégicos, que de uma Praça seja possível deslumbrar outra, ate correr o centro da Cidade quase de forma involuntária.
Haverá que definir qual «a Baixa»; A Baixa mais importante será aquela onde convergem arruamentos de várias freguesias.
Intervir numa Baixa que se torne centro comum de várias freguesias, é muito importante porque além de aproximar a envolvente, valoriza os imóveis e o comércio pelo seu carácter de proximidade com o Centro.
Ou seja intervir prioritariamente na Sé, no Centro histórico da UNESCO, não é um medida prioritária, importante é tornar atractiva a avenida dos Aliados, largo dos Lóios, Santa Catarina, Marques, Alferes Malheiro, etc…
Depois é preciso materializar que será muito mais viável a recuperação e o seu incentivo, através do sector do comercio/empresarial, do que através das pessoas já residentes.
Ou seja isto passa por reconverter as Praças tornando-as aprazíveis locais de convívio, comercio e lazer, e a partir daí condicionar o mercado da recuperação ou construção nas Ruas adjacentes, classificando-as como zonas mistas ou exclusivamente residenciais, onde as actividades licenciadas obedecem a uma determinada preferência de acordo com essa previa classificação.
Exemplificando : Praça da Republica e o Marques de Pombal, seriam reconvertidas quase exclusivamente para um novo comércio, não só com serviços de primeira utilidade, mas com ocupação total por empresas, dos edifícios que hoje estão devolutos ou ocupados por serviços que a descaracterizam, que primam pela falta de asseio.
Reconverter um edifício onde instalávamos por exemplo Zara, Cortefiel, sapatarias, outro edifício com Ciber café e serviços de restauração. As Praças teriam de ser bem iluminadas, e claro os jardins interiores dinamizados com pequenos parques infantis, que passariam assim a ser utilizados, pelos potenciais clientes.
Classificávamos a Rua Alferes Malheiro como exclusivamente residencial, e a Rua do Almada manter ia-se como zona dos pequenos ofícios e zona de habitação, deixando nessas ruas o mercado agir por si.
Antero de Quental, seria reconvertido para zona mista, com cafetarias e residências, e a anulação completa das lojas salubres de venda de utensílios, ou as tascas sem máquina de café,
Estas zonas comerciais instaladas nas Praças serviriam Rua da Boavista, Alvares Cabral, Lapa, Bonjardim e permitiriam a ponte para zonas como Avenida dos Aliados, parte de Santa Catarina, Largo dos Lóios, Sá da Bandeira.
Essas pontes seriam viabilizadas pela recuperação dos Prédios nas zonas referidas (Av. Aliados, Sta Catarina etc) cujos os usos, já são na grande maioria comerciais, e que poderiam ser reconvertidos para instalações de grandes empresas, Infantários, Atl´s, mas tudo isto teria de ser assegurado por um bom plano de mobilidade, que permitisse a essas empresas, concentrarem num só edifício, armazéns, escritórios e montras.
Seria como traçar cardiais de orientação partindo das inúmeras Praças da nossa Cidade, para a recuperação dos arruamentos principais.
Claro que a nova construção que puder vir a ser permitida, não pode de forma alguma absorver a visibilidade e a estratégia desta intervenção, o ordenamento Urbano tem que premiar as Praças, trata-se do tal truque dos Eixos
Ou seja, na minha opinião recuperar a Cidade, seria recuperar as zonas com apetência de concentração.
Permitir a quem esta na Praça da Republica dizer, agora também vou aos Aliados, ou à Boavista, quem esta no Marques optar por ir a Santa Catarina porque é perto e os meios são bons.
Cristina Santos
Primeiro unir a Cidade tal como o Clero fez um dia, criar pontos estratégicos, que de uma Praça seja possível deslumbrar outra, ate correr o centro da Cidade quase de forma involuntária.
Haverá que definir qual «a Baixa»; A Baixa mais importante será aquela onde convergem arruamentos de várias freguesias.
Intervir numa Baixa que se torne centro comum de várias freguesias, é muito importante porque além de aproximar a envolvente, valoriza os imóveis e o comércio pelo seu carácter de proximidade com o Centro.
Ou seja intervir prioritariamente na Sé, no Centro histórico da UNESCO, não é um medida prioritária, importante é tornar atractiva a avenida dos Aliados, largo dos Lóios, Santa Catarina, Marques, Alferes Malheiro, etc…
Depois é preciso materializar que será muito mais viável a recuperação e o seu incentivo, através do sector do comercio/empresarial, do que através das pessoas já residentes.
Ou seja isto passa por reconverter as Praças tornando-as aprazíveis locais de convívio, comercio e lazer, e a partir daí condicionar o mercado da recuperação ou construção nas Ruas adjacentes, classificando-as como zonas mistas ou exclusivamente residenciais, onde as actividades licenciadas obedecem a uma determinada preferência de acordo com essa previa classificação.
Exemplificando : Praça da Republica e o Marques de Pombal, seriam reconvertidas quase exclusivamente para um novo comércio, não só com serviços de primeira utilidade, mas com ocupação total por empresas, dos edifícios que hoje estão devolutos ou ocupados por serviços que a descaracterizam, que primam pela falta de asseio.
Reconverter um edifício onde instalávamos por exemplo Zara, Cortefiel, sapatarias, outro edifício com Ciber café e serviços de restauração. As Praças teriam de ser bem iluminadas, e claro os jardins interiores dinamizados com pequenos parques infantis, que passariam assim a ser utilizados, pelos potenciais clientes.
Classificávamos a Rua Alferes Malheiro como exclusivamente residencial, e a Rua do Almada manter ia-se como zona dos pequenos ofícios e zona de habitação, deixando nessas ruas o mercado agir por si.
Antero de Quental, seria reconvertido para zona mista, com cafetarias e residências, e a anulação completa das lojas salubres de venda de utensílios, ou as tascas sem máquina de café,
Estas zonas comerciais instaladas nas Praças serviriam Rua da Boavista, Alvares Cabral, Lapa, Bonjardim e permitiriam a ponte para zonas como Avenida dos Aliados, parte de Santa Catarina, Largo dos Lóios, Sá da Bandeira.
Essas pontes seriam viabilizadas pela recuperação dos Prédios nas zonas referidas (Av. Aliados, Sta Catarina etc) cujos os usos, já são na grande maioria comerciais, e que poderiam ser reconvertidos para instalações de grandes empresas, Infantários, Atl´s, mas tudo isto teria de ser assegurado por um bom plano de mobilidade, que permitisse a essas empresas, concentrarem num só edifício, armazéns, escritórios e montras.
Seria como traçar cardiais de orientação partindo das inúmeras Praças da nossa Cidade, para a recuperação dos arruamentos principais.
Claro que a nova construção que puder vir a ser permitida, não pode de forma alguma absorver a visibilidade e a estratégia desta intervenção, o ordenamento Urbano tem que premiar as Praças, trata-se do tal truque dos Eixos
Ou seja, na minha opinião recuperar a Cidade, seria recuperar as zonas com apetência de concentração.
Permitir a quem esta na Praça da Republica dizer, agora também vou aos Aliados, ou à Boavista, quem esta no Marques optar por ir a Santa Catarina porque é perto e os meios são bons.
Cristina Santos
De: Alexandre Burmester - "Vamos ao Centro..."
Parece que voltando ao velho tema , voltamos a falar de coisas mais interessantes do que a politica de chinelo a que estamos condenados, por isso vou uma vez mais repetir o que já me fartei de dizer aqui.
"A Reabilitação da Baixa, não pode ser restaurar edifícios, ou espaços públicos, e voltar a repetir as mesmas soluções existentes. Isto é, não pode voltar a colocar as mesmas pessoas, e as mesmas formas de usos, e apenas querer melhorar as suas condições.
Essa solução já se experimentou, levou e leva apenas a um melhoramento pontual. Passados uns anos estaremos de novo a falar de nova reabilitação. Pessoas e usos envelhecem, e o que sucedeu à baixa, foi este mesmo envelhecimento, embebido na paralisia política da manutenção de velhas leis.
A solução de Reabilitação da baixa, passará sobretudo, por reinterpretar a cidade, as suas vivências e os seus espaços, e criar condições de se poder inventar novas soluções e consequentemente novos usos.
Caberá às entidades competentes e públicas, promoveram acções de "influência", criar instrumentos de regulação e de licenciamento, capazes de motivar as pessoas, o mercado, e gerar a apetência dos privados.
Caberá a todos, ter a imaginação (o que não falta), se lhes forem dadas as condições para que possam levar a cabo as acções de transformação.
Não tenhamos preconceitos nem paternalismos, não interessa saber se as casas serão mais caras ou mais baratas, se serão ricos ou pobres, ou se terão condições de habitabilidade igual a outras zonas da cidade. Serão obrigatoriamente diferentes, tal como é este espaço urbano, e assim serão os seus utentes,
Teremos que reconstruir o velho casco, mas fazer cidade nova."
A Baixa = ao Porto do futuro, não será mais que a zona histórica de uma grande cidade metropolitana (Matosinhos, Gaia, Maia e Gondomar). Primeiro há que aceitar esta ideia, e deixar morrer os saudosismos, de outro modo não iremos a lado nenhum; Segundo haverá que encontrar e provocar acontecimentos, que motivem as pessoas a ir (seja passar, seja comprar, seja trabalhar, seja morar), mas que tenham por algum motivo a Baixa por finalidade. Isto competirá em primeiro às SRUs da vida e às "Autoridades" (Por favor não gastem dinheiro a pintar e a restaurar prédios para serem fantasmas no deserto da Baixa)
E para pegar nos temas aqui abordados pelo Patrício Martins, vou pegar na ideia dos eventos culturais e outros, e deixo uma simples pergunta:
Porque raio, todos os eventos que se fazem nesta cidade, e que antes se faziam na Baixa, se fazem agora na Foz? Porque será que as nossas "Autoridades" não entendem que a animação da Baixa, começa exactamente aqui?
Nem sequer é preciso ter muita imaginação.
Alexandre Burmester
"A Reabilitação da Baixa, não pode ser restaurar edifícios, ou espaços públicos, e voltar a repetir as mesmas soluções existentes. Isto é, não pode voltar a colocar as mesmas pessoas, e as mesmas formas de usos, e apenas querer melhorar as suas condições.
Essa solução já se experimentou, levou e leva apenas a um melhoramento pontual. Passados uns anos estaremos de novo a falar de nova reabilitação. Pessoas e usos envelhecem, e o que sucedeu à baixa, foi este mesmo envelhecimento, embebido na paralisia política da manutenção de velhas leis.
A solução de Reabilitação da baixa, passará sobretudo, por reinterpretar a cidade, as suas vivências e os seus espaços, e criar condições de se poder inventar novas soluções e consequentemente novos usos.
Caberá às entidades competentes e públicas, promoveram acções de "influência", criar instrumentos de regulação e de licenciamento, capazes de motivar as pessoas, o mercado, e gerar a apetência dos privados.
Caberá a todos, ter a imaginação (o que não falta), se lhes forem dadas as condições para que possam levar a cabo as acções de transformação.
Não tenhamos preconceitos nem paternalismos, não interessa saber se as casas serão mais caras ou mais baratas, se serão ricos ou pobres, ou se terão condições de habitabilidade igual a outras zonas da cidade. Serão obrigatoriamente diferentes, tal como é este espaço urbano, e assim serão os seus utentes,
Teremos que reconstruir o velho casco, mas fazer cidade nova."
A Baixa = ao Porto do futuro, não será mais que a zona histórica de uma grande cidade metropolitana (Matosinhos, Gaia, Maia e Gondomar). Primeiro há que aceitar esta ideia, e deixar morrer os saudosismos, de outro modo não iremos a lado nenhum; Segundo haverá que encontrar e provocar acontecimentos, que motivem as pessoas a ir (seja passar, seja comprar, seja trabalhar, seja morar), mas que tenham por algum motivo a Baixa por finalidade. Isto competirá em primeiro às SRUs da vida e às "Autoridades" (Por favor não gastem dinheiro a pintar e a restaurar prédios para serem fantasmas no deserto da Baixa)
E para pegar nos temas aqui abordados pelo Patrício Martins, vou pegar na ideia dos eventos culturais e outros, e deixo uma simples pergunta:
Porque raio, todos os eventos que se fazem nesta cidade, e que antes se faziam na Baixa, se fazem agora na Foz? Porque será que as nossas "Autoridades" não entendem que a animação da Baixa, começa exactamente aqui?
Nem sequer é preciso ter muita imaginação.
Alexandre Burmester
De: José Patrício Martins - "A Baixa"
Caro Rocha Antunes,
As questões (e provocações) que levanta são estimulantes, como é de seu timbre, aliás. Duvido é que tenhamos uma resposta única para elas.
Seguramente que, no que diz respeito à Baixa, teremos de fazer como diz o poeta (Antonio Machado, "Cantares"):
"...caminante, no hay camino
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar."
E daí, eu diria, a Baixa como era não voltará a ser... Ponto final, adiante!
Mas há ideias antigas, como aquela que eu ouvia na minha infância, "Vamos ao Porto, porque no Porto se compra bem e barato!", que não me parecem de deitar fora. Não sei se é exequível, mas acho que vale a pena pensar nela...
Quanto à Sé...
Quando fala em "museu" eu entendo aonde quer chegar...
Mas agarro o mote para divergir para outro lado...
Hoje o problema principal da Sé deriva, como todos sabem, da agonia lenta da sua função religiosa e da dificuldade em encontrar uma alternativa para os monumentos e espaços simbólicos ali concentrados.
Por outro lado, que partes da cidade sejam museus ao ar livre, daí não vem mal ao mundo, pelo contrário. Tal como Serralves é um bom pedaço de cidade transformado numa máquina de produção de eventos culturais e de atracção de visitantes, com os correspondentes resultados, também um museu ao ar livre o pode tentar ser.
Mas a Sé tal como está não é de certeza um museu e, mesmo como espaço ao ar livre, falta-lhe muito para ser um lugar aprazível e convidativo. Falta-lhe principalmente envolvente humana, calor, e AFECTO!...
O drama começa logo com a Av. da Ponte que mais parece um lugar condenado...
Em minha modesta opinião não hesitaria em elegê-la como um lugar prioritário de intervenção na Baixa, não só pelo estado em que se encontra há tanto tempo mas também pelo alfobre de oportunidades que poderia despoletar. E principalmente porque transmite uma imagem sórdida e desolada do coração da Cidade.
Se não tivermos capacidade para resolver estas situações que são tão evidentes e que, além disso, também dizem respeito aos nossos lugares sagrados, tenho dúvidas que venhamos a resolver seja o que for...
Em resumo, a Sé não é um Museu...
JoséPatrícioMartins, 2004-10-28
As questões (e provocações) que levanta são estimulantes, como é de seu timbre, aliás. Duvido é que tenhamos uma resposta única para elas.
Seguramente que, no que diz respeito à Baixa, teremos de fazer como diz o poeta (Antonio Machado, "Cantares"):
"...caminante, no hay camino
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar."
E daí, eu diria, a Baixa como era não voltará a ser... Ponto final, adiante!
Mas há ideias antigas, como aquela que eu ouvia na minha infância, "Vamos ao Porto, porque no Porto se compra bem e barato!", que não me parecem de deitar fora. Não sei se é exequível, mas acho que vale a pena pensar nela...
Quanto à Sé...
Quando fala em "museu" eu entendo aonde quer chegar...
Mas agarro o mote para divergir para outro lado...
Hoje o problema principal da Sé deriva, como todos sabem, da agonia lenta da sua função religiosa e da dificuldade em encontrar uma alternativa para os monumentos e espaços simbólicos ali concentrados.
Por outro lado, que partes da cidade sejam museus ao ar livre, daí não vem mal ao mundo, pelo contrário. Tal como Serralves é um bom pedaço de cidade transformado numa máquina de produção de eventos culturais e de atracção de visitantes, com os correspondentes resultados, também um museu ao ar livre o pode tentar ser.
Mas a Sé tal como está não é de certeza um museu e, mesmo como espaço ao ar livre, falta-lhe muito para ser um lugar aprazível e convidativo. Falta-lhe principalmente envolvente humana, calor, e AFECTO!...
O drama começa logo com a Av. da Ponte que mais parece um lugar condenado...
Em minha modesta opinião não hesitaria em elegê-la como um lugar prioritário de intervenção na Baixa, não só pelo estado em que se encontra há tanto tempo mas também pelo alfobre de oportunidades que poderia despoletar. E principalmente porque transmite uma imagem sórdida e desolada do coração da Cidade.
Se não tivermos capacidade para resolver estas situações que são tão evidentes e que, além disso, também dizem respeito aos nossos lugares sagrados, tenho dúvidas que venhamos a resolver seja o que for...
Em resumo, a Sé não é um Museu...
JoséPatrícioMartins, 2004-10-28
2004/10/28
De: Cristina Santos - "24 SOBRE 24 HORAS..."
"... DE ANIMAÇÃO"
Sim, é um ideia, a Baixa a funcionar 24 sobre 24 Horas, toda iluminada, comes e bebes, animação, casino, fazia falta.
Mas num regime tipo centro comercial, com a devida segurança, tentar conciliar actividades nocturnas, com serviços diurnos, exactamente como os shoppings que albergam a representação de toda Cidade num só sitio.
De contrario o resto já existe, temos bons bares à noite, boas lojas durante o dia, mas ninguém quer saber, porque hoje é possível encontrar os mesmos serviços próximos de casa, em Matosinhos, Gaia, Maia.
As lojas ou são franchising, ou não oferecem nada de novo.
O Big Ben está aberto noite fora, mas é mal frequentado.
Depois a televisão, as novas tecnologias, o conforto do lar, o stress, reduzem a vontade de sair, de viver a Cidade à noite.
De dia e ao Domingo é quase impossível tomar um café pela manhã, de tarde aonde ir? Ao Cinema (ao shopping), tomar um café na Ribeira, ver um exposição … sim isso serve para uns dias, não para a maioria.
A Densidade do edificado atrofia, o tempo que perdemos com a mobilidade, a falta de retaguarda familiar que nos obriga a correr do infantário para o atl, depois para a ginástica… também já não estamos nos tempos da conversa na Praça sem nada para fazer, conversamos na Internet, onde encontrámos vários amigos, os tempos mudaram, os Centros Urbanos não…
O centro não foi só vitima de abandono, de falta de conservação, foi vitima de outros interesses, do individualismo social, das famílias mono parentais, de outras exigências, de outros tempos automatizados, onde as casas de fachada com sacadas de onde conversávamos com o vizinho, já não tem cabimento, onde os sobrados são um chatice face ao sondaround.
Talvez conservar, promover, demolir, dar espaço, movimentar, comercializar, mas já estou convencida, que não sairemos muito daí, cumpre-nos manter.
Se alguém tiver uma ideia que faça sair as pessoas de casa e viverem em conjunto na Cidade, aí talvez haja esperança.
Cristina Santos
Sim, é um ideia, a Baixa a funcionar 24 sobre 24 Horas, toda iluminada, comes e bebes, animação, casino, fazia falta.
Mas num regime tipo centro comercial, com a devida segurança, tentar conciliar actividades nocturnas, com serviços diurnos, exactamente como os shoppings que albergam a representação de toda Cidade num só sitio.
De contrario o resto já existe, temos bons bares à noite, boas lojas durante o dia, mas ninguém quer saber, porque hoje é possível encontrar os mesmos serviços próximos de casa, em Matosinhos, Gaia, Maia.
As lojas ou são franchising, ou não oferecem nada de novo.
O Big Ben está aberto noite fora, mas é mal frequentado.
Depois a televisão, as novas tecnologias, o conforto do lar, o stress, reduzem a vontade de sair, de viver a Cidade à noite.
De dia e ao Domingo é quase impossível tomar um café pela manhã, de tarde aonde ir? Ao Cinema (ao shopping), tomar um café na Ribeira, ver um exposição … sim isso serve para uns dias, não para a maioria.
A Densidade do edificado atrofia, o tempo que perdemos com a mobilidade, a falta de retaguarda familiar que nos obriga a correr do infantário para o atl, depois para a ginástica… também já não estamos nos tempos da conversa na Praça sem nada para fazer, conversamos na Internet, onde encontrámos vários amigos, os tempos mudaram, os Centros Urbanos não…
O centro não foi só vitima de abandono, de falta de conservação, foi vitima de outros interesses, do individualismo social, das famílias mono parentais, de outras exigências, de outros tempos automatizados, onde as casas de fachada com sacadas de onde conversávamos com o vizinho, já não tem cabimento, onde os sobrados são um chatice face ao sondaround.
Talvez conservar, promover, demolir, dar espaço, movimentar, comercializar, mas já estou convencida, que não sairemos muito daí, cumpre-nos manter.
Se alguém tiver uma ideia que faça sair as pessoas de casa e viverem em conjunto na Cidade, aí talvez haja esperança.
Cristina Santos
De: F. Rocha Antunes - "Baixa do quê?"
Ora aí está um belo tema para discussão: o Porto como centro de uma região de 2,4 Milhões de habitantes.
Será que a Baixa ainda vai ser o que já foi? Ou só fará sentido pensar a Baixa como o Centro de uma região urbana policêntrica de 2,4 milhões de habitantes?
E nesse contexto, a Baixa é a mesma? Ou é o coração de uma zona Central da região metropolitana em que o centro já maior que a cidade do Porto? Estará esse coração condenado a ser o novo museu edificado, como passou a ser a zona da Sé? Ou conseguirá escapar à visão excessivamente patrimonialista que lhe impõem?
Por mim, o tema parece-me excelente.
Primeira provocação: Será que a Baixa não deveria ser o centro de toda a região a funcionar 24 horas?
Vantagens evidentes: optimizar as infra-estruturas criadas, valorizar a componente comercial e lúdica e criar um movimento equivalente ao de todos os centros urbanos dinâmicos
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Será que a Baixa ainda vai ser o que já foi? Ou só fará sentido pensar a Baixa como o Centro de uma região urbana policêntrica de 2,4 milhões de habitantes?
E nesse contexto, a Baixa é a mesma? Ou é o coração de uma zona Central da região metropolitana em que o centro já maior que a cidade do Porto? Estará esse coração condenado a ser o novo museu edificado, como passou a ser a zona da Sé? Ou conseguirá escapar à visão excessivamente patrimonialista que lhe impõem?
Por mim, o tema parece-me excelente.
Primeira provocação: Será que a Baixa não deveria ser o centro de toda a região a funcionar 24 horas?
Vantagens evidentes: optimizar as infra-estruturas criadas, valorizar a componente comercial e lúdica e criar um movimento equivalente ao de todos os centros urbanos dinâmicos
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Carlos Furtado - "nortadas e o porto"
Caro Tiago Azevedo Fernandes
A cidade do Porto geograficamente está bem delimitada. É certo também que as movimentações das pessoas, quer seja por motivos profissionais, familiares ou puro lazer, vão para além dessas delimitações ou limitações.
Mas este seria um ponto de partida para uma análise mais profunda e que nos levaria a fazer algumas interrogações:
1 – porque está a baixa do Porto desertificada?
2 – porque e com quem cresceu Matosinhos Sul?
3 – quantos são os habitantes de Gaia, Maia e Matosinhos que diariamente regressam ao Porto, não pelo trabalho mas para o seu circulo de amigos e família?
Outras perguntas poderiam ser feitas. Tenho as minhas suposições quanto ao que seriam as respostas certas. E tudo isto aconteceu porque o Porto não tem sido pensada enquanto cidade mas sim olhado como bastião de guerras e guerrilhas, comandada por generais de trazer por casa.
A visão da cidade do futuro ainda está por fazer. O que queremos que seja o Porto daqui a 10, 20 anos. Houvesse vontade de alguns de fazer uma discussão séria e muito teríamos a ganhar. Por agora vai-se lutando pelo umbigo.
Um abraço
Carlos Furtado
A cidade do Porto geograficamente está bem delimitada. É certo também que as movimentações das pessoas, quer seja por motivos profissionais, familiares ou puro lazer, vão para além dessas delimitações ou limitações.
Mas este seria um ponto de partida para uma análise mais profunda e que nos levaria a fazer algumas interrogações:
1 – porque está a baixa do Porto desertificada?
2 – porque e com quem cresceu Matosinhos Sul?
3 – quantos são os habitantes de Gaia, Maia e Matosinhos que diariamente regressam ao Porto, não pelo trabalho mas para o seu circulo de amigos e família?
Outras perguntas poderiam ser feitas. Tenho as minhas suposições quanto ao que seriam as respostas certas. E tudo isto aconteceu porque o Porto não tem sido pensada enquanto cidade mas sim olhado como bastião de guerras e guerrilhas, comandada por generais de trazer por casa.
A visão da cidade do futuro ainda está por fazer. O que queremos que seja o Porto daqui a 10, 20 anos. Houvesse vontade de alguns de fazer uma discussão séria e muito teríamos a ganhar. Por agora vai-se lutando pelo umbigo.
Um abraço
Carlos Furtado
De: TAF - "O Porto não é só o Porto"
Escreve Carlos Furtado no Nortadas sobre a reabertura do Passos Manuel, referindo a propósito as pouquíssimas salas de Cinema que a cidade do Porto tem. Sim e não.
O Porto é uma realidade muito mais alargada do que os limites da Circunvalação, há já longos anos. Continua contudo a faltar a tradução desse facto na estrutura da administração local.
As salas de cinema estão fora do centro do Porto, mas não "fora do Porto". A Baixa precisa de ser reabilitada, mas o circuito de exibição em si está pujante. Há inúmeras salas no "concelho" do Porto, nas freguesias de Santa Marinha, Afurada, Senhora da Hora, Rio Tinto...
Mais uma razão para se preparar um bom programa eleitoral e eleger um bom presidente da Câmara. ;-)
PS:
- Medeia Filmes programa Teatro do Campo Alegre
- Passos Manuel de volta como espaço de cultura e lazer
- Passos Manuel reabre hoje como auditório, bar e mini-discoteca
- O Cinema Regressa Amanhã à Baixa do Porto
- Casa dos 24 abre de vez em quando e Turistas só podem apreciar a vista no próximo ano - Não valeria a pena entretanto organizar por exemplo umas exposições temporárias de artistas plásticos portuenses? Se precisarem de quem trate do assunto, podem falar comigo que eu arranjo...
O Porto é uma realidade muito mais alargada do que os limites da Circunvalação, há já longos anos. Continua contudo a faltar a tradução desse facto na estrutura da administração local.
As salas de cinema estão fora do centro do Porto, mas não "fora do Porto". A Baixa precisa de ser reabilitada, mas o circuito de exibição em si está pujante. Há inúmeras salas no "concelho" do Porto, nas freguesias de Santa Marinha, Afurada, Senhora da Hora, Rio Tinto...
Mais uma razão para se preparar um bom programa eleitoral e eleger um bom presidente da Câmara. ;-)
PS:
- Medeia Filmes programa Teatro do Campo Alegre
- Passos Manuel de volta como espaço de cultura e lazer
- Passos Manuel reabre hoje como auditório, bar e mini-discoteca
- O Cinema Regressa Amanhã à Baixa do Porto
- Casa dos 24 abre de vez em quando e Turistas só podem apreciar a vista no próximo ano - Não valeria a pena entretanto organizar por exemplo umas exposições temporárias de artistas plásticos portuenses? Se precisarem de quem trate do assunto, podem falar comigo que eu arranjo...
2004/10/27
De: TAF - "Depois da tempestade..."
- SRU finalmente aprovada
- Abstenção do PS viabilizou Sociedade de Reabilitação
- Reabilitação da Baixa do Porto já tem licença para avançar
- Rui Rio: "A cidade ganhou com isto"
- Nuno Cardoso: "Foi uma enorme vitória do PS"
- Reabilitação das habitações começa dentro de oito meses
- IMI cobrado à taxa máxima
- Aprovada a fixação do Imposto Municipal sobre Imóveis em 0,8
AS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS
A dança das cadeiras:
- Assis ou Nuno Cardoso
- Monteiro Adia Escolha de Câmara a Que Será Candidato
- Miguel Relvas garante candidatura de Rio à Câmara do Porto em 2005
- Elementos afectos a Cardoso desafiam Assis a dizer se é candidato ao Porto
Continuo a considerar péssimo hábito falar dos candidatos antes de definir os programas. E continuo também a defender a opção que apresentei aqui e aqui.
- Abstenção do PS viabilizou Sociedade de Reabilitação
- Reabilitação da Baixa do Porto já tem licença para avançar
- Rui Rio: "A cidade ganhou com isto"
- Nuno Cardoso: "Foi uma enorme vitória do PS"
- Reabilitação das habitações começa dentro de oito meses
- IMI cobrado à taxa máxima
- Aprovada a fixação do Imposto Municipal sobre Imóveis em 0,8
AS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS
A dança das cadeiras:
- Assis ou Nuno Cardoso
- Monteiro Adia Escolha de Câmara a Que Será Candidato
- Miguel Relvas garante candidatura de Rio à Câmara do Porto em 2005
- Elementos afectos a Cardoso desafiam Assis a dizer se é candidato ao Porto
Continuo a considerar péssimo hábito falar dos candidatos antes de definir os programas. E continuo também a defender a opção que apresentei aqui e aqui.
2004/10/26
De: Cristina Santos - "A responsabilidade da Porto Vivo"
Doravante a PORTO VIVO, tem competência para promover qualquer plano de pormenor, para a zona que venha a definir como prioritária, sem que esse plano seja submetido à Assembleia para discussão ou ao direito previsto no Dec. Lei 380/99 de 22 de Setembro.
Tem competência para efectuar contratos com parceiros privados, longe do direito da participação popular no que diz respeito à gestão territorial e urbanística, tudo isto é uma prova da confiança antecipada que depositamos na sua acção.
Os Portuenses que defenderam a aprovação desta nova entidade, esperam que a Porto Vivo venha a ser um exemplo de idoneidade, de respeito por este acto de ousadia.
É necessário que a Porto Vivo tenha a noção clara daquilo que esperamos que concretize, mesmo que se tivesse tratado de um acto de desespero, nós acreditamos que a Porto vivo vai manter o BOM SENSO
· Acreditamos que não se transformará numa sociedade de direitos privados;
· Acreditamos que nunca cederá a tentação de vender o centro histórico a lotes, pelo melhor preço, ou que o venha a transfigurar;
· Acreditamos que os concursos públicos serão resolvidos sem grandes impasses burocráticos, mas sempre com a melhor proposta para a cidade;
· Queremos crer que serão tidos em linha de conta não só as propostas das grandes multinacionais, mas também aos dos agentes privados do Concelho e nacionais;
· Que os direitos de preferência dados ao arrendatários de casas reconvertidas, sejam efectivamente cumpridos para casos em que os inquilinos tenham mais que 55 anos, tal como previsto;
· Que o direito a nova Casa seja dado a todos os outros inquilinos, que lhe seja assegurado pela reabilitação do parque imobiliário da pequena Habitação e em que ultimo recurso tenham direito à Habitação social.
· Exigimos que todos os fundos, ou transacções sejam sérias e íntegras, não admitiríamos outro desfalque.
Esperamos que a Porto Vivo cumpra o peso que é hoje a sua responsabilidade para com o Porto, esperamos ver cumpridas com êxito, as promessas que nos fidelizaram nesta luta.
Esperamos que para início de trabalho a Porto Vivo tenha bem patente a noção do seu comprometimento.
Cristina Santos
Tem competência para efectuar contratos com parceiros privados, longe do direito da participação popular no que diz respeito à gestão territorial e urbanística, tudo isto é uma prova da confiança antecipada que depositamos na sua acção.
Os Portuenses que defenderam a aprovação desta nova entidade, esperam que a Porto Vivo venha a ser um exemplo de idoneidade, de respeito por este acto de ousadia.
É necessário que a Porto Vivo tenha a noção clara daquilo que esperamos que concretize, mesmo que se tivesse tratado de um acto de desespero, nós acreditamos que a Porto vivo vai manter o BOM SENSO
· Acreditamos que não se transformará numa sociedade de direitos privados;
· Acreditamos que nunca cederá a tentação de vender o centro histórico a lotes, pelo melhor preço, ou que o venha a transfigurar;
· Acreditamos que os concursos públicos serão resolvidos sem grandes impasses burocráticos, mas sempre com a melhor proposta para a cidade;
· Queremos crer que serão tidos em linha de conta não só as propostas das grandes multinacionais, mas também aos dos agentes privados do Concelho e nacionais;
· Que os direitos de preferência dados ao arrendatários de casas reconvertidas, sejam efectivamente cumpridos para casos em que os inquilinos tenham mais que 55 anos, tal como previsto;
· Que o direito a nova Casa seja dado a todos os outros inquilinos, que lhe seja assegurado pela reabilitação do parque imobiliário da pequena Habitação e em que ultimo recurso tenham direito à Habitação social.
· Exigimos que todos os fundos, ou transacções sejam sérias e íntegras, não admitiríamos outro desfalque.
Esperamos que a Porto Vivo cumpra o peso que é hoje a sua responsabilidade para com o Porto, esperamos ver cumpridas com êxito, as promessas que nos fidelizaram nesta luta.
Esperamos que para início de trabalho a Porto Vivo tenha bem patente a noção do seu comprometimento.
Cristina Santos
De: F. Rocha Antunes - "O bom senso..."
"... acabou por prevalecer"
Meus Caros,
Assisti ontem à sessão da Assembleia Municipal em que a SRU foi aprovada. A discussão acabou por ser elevada e o nível da argumentação não resvalou muitas vezes para a politiquice. Os senhores deputados municipais souberam exibir diferenças e encontrar pontos comuns de interesse para a cidade.
Quem, como eu, aqui os desafiou a agirem de acordo com as suas obrigações pode vir aqui hoje reconhecer, sem tibiezas, que as cumpriram. Ainda bem. É este o caminho que o Porto precisa para percorrer o longo caminho da sua regeneração.
Agora, ao trabalho. O desafio da SRU é imenso. Todos devemos, na medida das suas possibilidades, agir para que as suas enormes expectativas se tornem realidade.
A participação cívica tem de aumentar, quer em quantidade quer em qualidade. A Baixa precisa de todos os contributos. Aqui criou-se um espaço de liberdade em que esses contributos são livremente apresentados e discutidos.
O próximo assunto é a discussão pública do PDM. Sim, a terceira. Já alguém viu o que está em discussão? Quando começa (ou) o prazo? Qual é o mapa das diferenças para os anteriores?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – Para quem não acredita na importância da participação em espaços de cidadania como este, fica a informação que foram usados, durante o debate, post’s deste blog para clarificar as posições assumidas pelos deputados da Assembleia Municipal.
Meus Caros,
Assisti ontem à sessão da Assembleia Municipal em que a SRU foi aprovada. A discussão acabou por ser elevada e o nível da argumentação não resvalou muitas vezes para a politiquice. Os senhores deputados municipais souberam exibir diferenças e encontrar pontos comuns de interesse para a cidade.
Quem, como eu, aqui os desafiou a agirem de acordo com as suas obrigações pode vir aqui hoje reconhecer, sem tibiezas, que as cumpriram. Ainda bem. É este o caminho que o Porto precisa para percorrer o longo caminho da sua regeneração.
Agora, ao trabalho. O desafio da SRU é imenso. Todos devemos, na medida das suas possibilidades, agir para que as suas enormes expectativas se tornem realidade.
A participação cívica tem de aumentar, quer em quantidade quer em qualidade. A Baixa precisa de todos os contributos. Aqui criou-se um espaço de liberdade em que esses contributos são livremente apresentados e discutidos.
O próximo assunto é a discussão pública do PDM. Sim, a terceira. Já alguém viu o que está em discussão? Quando começa (ou) o prazo? Qual é o mapa das diferenças para os anteriores?
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
PS – Para quem não acredita na importância da participação em espaços de cidadania como este, fica a informação que foram usados, durante o debate, post’s deste blog para clarificar as posições assumidas pelos deputados da Assembleia Municipal.
De: TAF - "*** SRU ! ***"
Assembleia Municipal aprova SRU
"Após quatro horas de discussão, a Assembleia Municipal da Câmara do Porto aprovou a sua Sociedade de Reabilitação Urbana. O «sim» à proposta de Rui Rio foi conseguida graças à abstenção dos socialistas."
Na TSF.
- Na SIC: Sociedade de Reabilitação Urbana aprovada
- No site da Câmara: Assembleia Municipal aprova reabilitação da Baixa do Porto
- Na RR: À segunda foi de vez
"Após quatro horas de discussão, a Assembleia Municipal da Câmara do Porto aprovou a sua Sociedade de Reabilitação Urbana. O «sim» à proposta de Rui Rio foi conseguida graças à abstenção dos socialistas."
Na TSF.
- Na SIC: Sociedade de Reabilitação Urbana aprovada
- No site da Câmara: Assembleia Municipal aprova reabilitação da Baixa do Porto
- Na RR: À segunda foi de vez
2004/10/25
De: TAF - "Recomendação ao Presidente"
Caro Presidente da Câmara
Se a SRU por milagre for aprovada hoje à noite na Assembleia Municipal, o pudor e o bom senso obrigam a que o executivo se abstenha de "cantar vitória" e de comentários agressivos.
Já houve demasiados erros da maioria e da oposição. Já se promoveu demais um clima de guerrilha na cidade. Já perdemos todos demasiado tempo com assuntos menores e até indignos.
Recomendação em caso de aprovação: congratulemo-nos apenas com a nova esperança para o Porto. Quanto ao resto: silêncio e vamos ao trabalho. ;-)
Post Scriptum: Rui Rio admite cedências - notícia incluindo som na Rádio Renascença.
Se a SRU por milagre for aprovada hoje à noite na Assembleia Municipal, o pudor e o bom senso obrigam a que o executivo se abstenha de "cantar vitória" e de comentários agressivos.
Já houve demasiados erros da maioria e da oposição. Já se promoveu demais um clima de guerrilha na cidade. Já perdemos todos demasiado tempo com assuntos menores e até indignos.
Recomendação em caso de aprovação: congratulemo-nos apenas com a nova esperança para o Porto. Quanto ao resto: silêncio e vamos ao trabalho. ;-)
Post Scriptum: Rui Rio admite cedências - notícia incluindo som na Rádio Renascença.
De: F. Rocha Antunes - "Esclarecimento"
Meus Caros,
Quando eu falei no deputado municipal Carlos Ribeiro foi porque foi quem apresentou, em nome da bancada do PS, e em plena Assembleia Municipal, as condições em que aquele partido estava disponível para aprovar os estatutos da SRU. Não fui eu que o escolhi.
Para mim o relevante era a posição do PS.
Agora, não deixo de me surpreender com a ductilidade dessa posição. Mas, como se sabe, os actos ficam com quem os pratica.
A nós só cabe apreciar e julgar o melhor que soubermos. Parece que ainda há hipóteses de, na prova de hoje, se corrigirem as calinadas das prestações anteriores.
Sinto-me como os gauleses do Goscinny: só tenho medo que o céu nos caia em cima da cabeça. Mas espero que amanhã não seja a véspera desse dia.
Esperemos que amanhã não seja mais um dia de desânimo para os que acreditam que a Baixa do Porto é o futuro desta cidade.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Quando eu falei no deputado municipal Carlos Ribeiro foi porque foi quem apresentou, em nome da bancada do PS, e em plena Assembleia Municipal, as condições em que aquele partido estava disponível para aprovar os estatutos da SRU. Não fui eu que o escolhi.
Para mim o relevante era a posição do PS.
Agora, não deixo de me surpreender com a ductilidade dessa posição. Mas, como se sabe, os actos ficam com quem os pratica.
A nós só cabe apreciar e julgar o melhor que soubermos. Parece que ainda há hipóteses de, na prova de hoje, se corrigirem as calinadas das prestações anteriores.
Sinto-me como os gauleses do Goscinny: só tenho medo que o céu nos caia em cima da cabeça. Mas espero que amanhã não seja a véspera desse dia.
Esperemos que amanhã não seja mais um dia de desânimo para os que acreditam que a Baixa do Porto é o futuro desta cidade.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: TAF - "Segunda tentativa"
- Porto Vivo vai mesmo a votos na Assembleia Municipal contra posição do PS
- PSD convicto de que SRU será hoje aprovada
- SRU regressa hoje à Assembleia Municipal sob ameaça de chumbo
- SRU com Entendimento à Vista
- Francisco Assis Apela ao PS para Não Votar Contra
- Um domingo na Baixa do Porto De nariz na montra
- Morreu o PDM. Viva o PDM!
Momento lúdico: um autarca "do Norte"...
2004/10/24
De: J. A. Rio Fernandes - "duas pequenas notas"
Duas pequenas notas:
1. Concordo com tudo o que diz Rocha Antunes.
Só ressalvo que, como Rui Rio, não confunda o que diz um militante, neste caso Carlos Ribeiro, (com todo o respeito que ele me merece), com uma posição oficial que vincula todo um partido. Veja só se assim fosse, como seria Pacheco Pereira ou Marcelo Rebelo de Sousa a vincular o PPD/PSD...
2. Também concordo (em parte) com o que Tiago Azevedo Fernandes.
Porque convém não esquecer que os partidos existem sobretudo para produzir alternativas e permitir um melhor funcionamento da democracia: o tal que é o menos mau dos regimes políticos, no dizer de Churchill. Se o objectivo de política fosse sobretudo o de buscar entendimentos, a tendência poderia ser o caminhar-se para o partido único e ver-se o acto de oposição como actos subversivos…
O que talvez devesse pensar-se era na vantagem de executivos homogéneos, evitando alianças CDS-PP/PPD-PSD/PCP-CDU na Câmara do Porto ou a chamada "aliança do Limiano" do governo Guterres, então necessária face à intransigência do PSD em encontrar qualquer tipo de entendimento, mesmo quando estava em causa o bem do país.
Quanto a tudo o resto, o acordo é absoluto.
Esperemos que tudo corra bem e tenhamos SRU.
Mas, se não tivermos, convém não esquecer que culpa será de todos e não apenas de quem está na oposição, ao contrário do que demagogicamente pretende fazer crer o Dr. Rui Rio. De facto, em democracia, acontece até o inverso, ou seja, o que se faz e o que se não faz deve ser imputado a quem foi eleito e sabe ou não criar as condições para exercer o cargo que ocupa!
Rio Fernandes
--
Nota de TAF: A minha proposta de uma candidatura baseada num consenso alargado entre os principais partidos é motivada pela situação de emergência do Porto. Não defendo essa opção como regra geral.
1. Concordo com tudo o que diz Rocha Antunes.
Só ressalvo que, como Rui Rio, não confunda o que diz um militante, neste caso Carlos Ribeiro, (com todo o respeito que ele me merece), com uma posição oficial que vincula todo um partido. Veja só se assim fosse, como seria Pacheco Pereira ou Marcelo Rebelo de Sousa a vincular o PPD/PSD...
2. Também concordo (em parte) com o que Tiago Azevedo Fernandes.
Porque convém não esquecer que os partidos existem sobretudo para produzir alternativas e permitir um melhor funcionamento da democracia: o tal que é o menos mau dos regimes políticos, no dizer de Churchill. Se o objectivo de política fosse sobretudo o de buscar entendimentos, a tendência poderia ser o caminhar-se para o partido único e ver-se o acto de oposição como actos subversivos…
O que talvez devesse pensar-se era na vantagem de executivos homogéneos, evitando alianças CDS-PP/PPD-PSD/PCP-CDU na Câmara do Porto ou a chamada "aliança do Limiano" do governo Guterres, então necessária face à intransigência do PSD em encontrar qualquer tipo de entendimento, mesmo quando estava em causa o bem do país.
Quanto a tudo o resto, o acordo é absoluto.
Esperemos que tudo corra bem e tenhamos SRU.
Mas, se não tivermos, convém não esquecer que culpa será de todos e não apenas de quem está na oposição, ao contrário do que demagogicamente pretende fazer crer o Dr. Rui Rio. De facto, em democracia, acontece até o inverso, ou seja, o que se faz e o que se não faz deve ser imputado a quem foi eleito e sabe ou não criar as condições para exercer o cargo que ocupa!
Rio Fernandes
--
Nota de TAF: A minha proposta de uma candidatura baseada num consenso alargado entre os principais partidos é motivada pela situação de emergência do Porto. Não defendo essa opção como regra geral.
De: TAF - "A guerra continua, a cidade perde"
- Nuno Cardoso criticou o PDM da cidade e apresentou propostas socialistas
- Cardoso critica PDM "paroquial"
- Nuno Cardoso insiste na cobertura da Via de Cintura Interna
- PS do Porto Retoma Ideia do "Tapamento" da VCI e insiste na questão da SRU
- CDS pede ao PS que aprove estatutos
Independentemente de haver ou não razão nas críticas, o que prejudica mais a cidade é a permanente agressividade com que os assuntos são tratados por todos os partidos. Esta postura impede que se aproveitem as boas ideias venham elas de onde vierem, e faz com que se insista nos erros só para tentar não dar argumentos à "concorrência". Cada um está à espera que o outro se comporte melhor primeiro...
Há alguns anos atrás, quando eu dava apoio mais regular a actividades de adolescentes e jovens na minha paróquia, um dos objectivos era precisamente educá-los para um comportamento social positivo, para o debate civilizado de ideias, para a abertura de espírito, para a honestidade intelectual. E viam-se resultados! Que falta fizeram essas actividades aos políticos que nos representam agora!
Opções mais construtivas:
- Conhecer a história da cidade através da leitura de jornais
- A Casa da Música
- Casa da Música em debate sereno
- Instalação do El Corte Inglês na Boavista
Mas mesmo nisto há pequena política...
- Cardoso critica PDM "paroquial"
- Nuno Cardoso insiste na cobertura da Via de Cintura Interna
- PS do Porto Retoma Ideia do "Tapamento" da VCI e insiste na questão da SRU
- CDS pede ao PS que aprove estatutos
Independentemente de haver ou não razão nas críticas, o que prejudica mais a cidade é a permanente agressividade com que os assuntos são tratados por todos os partidos. Esta postura impede que se aproveitem as boas ideias venham elas de onde vierem, e faz com que se insista nos erros só para tentar não dar argumentos à "concorrência". Cada um está à espera que o outro se comporte melhor primeiro...
Há alguns anos atrás, quando eu dava apoio mais regular a actividades de adolescentes e jovens na minha paróquia, um dos objectivos era precisamente educá-los para um comportamento social positivo, para o debate civilizado de ideias, para a abertura de espírito, para a honestidade intelectual. E viam-se resultados! Que falta fizeram essas actividades aos políticos que nos representam agora!
Opções mais construtivas:
- Conhecer a história da cidade através da leitura de jornais
- A Casa da Música
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- Instalação do El Corte Inglês na Boavista
Mas mesmo nisto há pequena política...