2005/10/22
De: Pedro Lessa - "O Património e o antigo"
Após ler alguns comentários sobre o novo, preservação da memória, modernidade, etc parece-me bom que se perceba o que realmente significa património, a sua defesa, o antigo e a sua preservação.
Como o assunto tem algo de emotivo também, por vezes adoptam-se determinadas posições sem algum rigor concreto ou até histórico.
Daí cada um achar que tem as suas noções acerca do tema.
Admito que as pessoas foram sendo mal habituados ao longo dos anos, principalmente aqui no Porto, onde até há pouco tempo existia na Câmara uma Comissão de Estética (sempre a considerei surreal, mas enfim) e também ia sendo cultivada a política da fachada, destroi-se o interior para manter a fachada (ninguém se lembra por exemplo que o edifício antes de ser do Banif, na Avenida, tinha uma capela com frescos que simplesmente se evaporou).
Podia dar mais exemplos, como por exemplo a Fortaleza de Sagres, onde se defendia que a famosa cisterna era do tempo do Infante D. Henrique, e quando se abriu, por dentro era de betão e encontrou-se uma sapatilha Nike assim como um maço de Português Suave.
Parece-me que se deve ter a noção que nem tudo é Património e muito menos ter a ideia que se é antigo, então é Património e há que preservar.
Como os bons exemplos se devem ter em conta (mas nem sempre se seguem), mais uma vez penso que existem centros históricos por essa Europa fora que nos deveriam servir de exemplo, uma vez que já passaram pelo processo completo de discussão há muitos e longos anos.
Se por um lado andamos eternamente atrasados em relação à Europa, por exemplo, por outro lado deviamos aproveitar o que de bom tem este atraso. Basta apreender e assimilar as conclusões que os paises supostamente avançados delinearam.
Quantos de nós ao passearmos por esses centros históricos deparamos com algumas intervenções e pensamos interiormente: "isto no Porto era impraticável."
O que penso que o arq MCFernandes diz e muito bem, é que se assumiu o passado sem que exista qualquer hipótese de olharmos o presente. Quando o passado é confrontado com o presente, é quando ganha mais expressão. Porque razão não podem existir intervenções recentes com linguagens recentes no centro histórico ou na Baixa?
Os exemplos que envio são sintomáticos. A imagem a cores é em Colónia e a outra é em Barcelona. Mas muitas mais haveria a mostrar como Praga ou Bruxelas por exemplo.
A imagem de Barcelona (cidade várias vezes aqui no blog apontada como exemplo) é em pleno casco gótico, em frente da grandiosa Catedral Gótica.
Convinha que houvesse discussão clara e menos emotiva, com argumentos racionais.
Cumprimentos.
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
Como o assunto tem algo de emotivo também, por vezes adoptam-se determinadas posições sem algum rigor concreto ou até histórico.
Daí cada um achar que tem as suas noções acerca do tema.
Admito que as pessoas foram sendo mal habituados ao longo dos anos, principalmente aqui no Porto, onde até há pouco tempo existia na Câmara uma Comissão de Estética (sempre a considerei surreal, mas enfim) e também ia sendo cultivada a política da fachada, destroi-se o interior para manter a fachada (ninguém se lembra por exemplo que o edifício antes de ser do Banif, na Avenida, tinha uma capela com frescos que simplesmente se evaporou).
Podia dar mais exemplos, como por exemplo a Fortaleza de Sagres, onde se defendia que a famosa cisterna era do tempo do Infante D. Henrique, e quando se abriu, por dentro era de betão e encontrou-se uma sapatilha Nike assim como um maço de Português Suave.
Parece-me que se deve ter a noção que nem tudo é Património e muito menos ter a ideia que se é antigo, então é Património e há que preservar.
Como os bons exemplos se devem ter em conta (mas nem sempre se seguem), mais uma vez penso que existem centros históricos por essa Europa fora que nos deveriam servir de exemplo, uma vez que já passaram pelo processo completo de discussão há muitos e longos anos.
Se por um lado andamos eternamente atrasados em relação à Europa, por exemplo, por outro lado deviamos aproveitar o que de bom tem este atraso. Basta apreender e assimilar as conclusões que os paises supostamente avançados delinearam.
Quantos de nós ao passearmos por esses centros históricos deparamos com algumas intervenções e pensamos interiormente: "isto no Porto era impraticável."
O que penso que o arq MCFernandes diz e muito bem, é que se assumiu o passado sem que exista qualquer hipótese de olharmos o presente. Quando o passado é confrontado com o presente, é quando ganha mais expressão. Porque razão não podem existir intervenções recentes com linguagens recentes no centro histórico ou na Baixa?
Os exemplos que envio são sintomáticos. A imagem a cores é em Colónia e a outra é em Barcelona. Mas muitas mais haveria a mostrar como Praga ou Bruxelas por exemplo.
A imagem de Barcelona (cidade várias vezes aqui no blog apontada como exemplo) é em pleno casco gótico, em frente da grandiosa Catedral Gótica.
Convinha que houvesse discussão clara e menos emotiva, com argumentos racionais.
Cumprimentos.
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
De: Alexandre Gomes - "De volta aos Aliados..."
Escrevia à nossa Manuela Ramos há pouco a propósito do seu desabafo quanto a Avenida dos Aliados estar «entregue à bicharada», literalmente, que concordava mas que as coisas eram ainda piores do que nos contava no seu blog.
A propósito, eu fiquei muito surpreendido porque é que ninguém aproveitou para pegar nesta causa durante a campanha eleitoral. É como se tivesse peçonha... Será porque nos chamam «grupos de ambientalistas»? Eu como bom Liberal não gosto lá muito das conotações que daí emanam mas, só por isso deixar de tentar defender os Aliados? Certamente que não, seria demais.
Apesar das grandes obras ainda não terem começado, quando aí estive para as eleições constatei - e fotografei - o que me parece muito mais sério. Certamente na expectativa da «solução final», depois de se abrir um buraco ou uma vala - para fazer um arranjo ou colocar um tubo - já não se repõe a calçada à superfície como ela estava. A pedra é a mesma e fica lisa à superfície mas ao acaso. Desta forma já se destruiram muito do miolo dos «medalhões» alusivos às actividades económicas da região do Douro que trouxeram a riqueza à nossa cidade.
Eu havia-vos prometido o envio de algumas imagens mas problemas técnicos têm-me impedido de o fazer. Tentá-lo-ei separadamente.
Abraços,
Alexandre Borges Gomes
Luanda
A propósito, eu fiquei muito surpreendido porque é que ninguém aproveitou para pegar nesta causa durante a campanha eleitoral. É como se tivesse peçonha... Será porque nos chamam «grupos de ambientalistas»? Eu como bom Liberal não gosto lá muito das conotações que daí emanam mas, só por isso deixar de tentar defender os Aliados? Certamente que não, seria demais.
Apesar das grandes obras ainda não terem começado, quando aí estive para as eleições constatei - e fotografei - o que me parece muito mais sério. Certamente na expectativa da «solução final», depois de se abrir um buraco ou uma vala - para fazer um arranjo ou colocar um tubo - já não se repõe a calçada à superfície como ela estava. A pedra é a mesma e fica lisa à superfície mas ao acaso. Desta forma já se destruiram muito do miolo dos «medalhões» alusivos às actividades económicas da região do Douro que trouxeram a riqueza à nossa cidade.
Eu havia-vos prometido o envio de algumas imagens mas problemas técnicos têm-me impedido de o fazer. Tentá-lo-ei separadamente.
Abraços,
Alexandre Borges Gomes
Luanda
De: TAF - "Diversos via CMP e não só"
- Órgãos Municipais tomam posse na próxima terça-feira
- Agenda 21 - Diagnóstico do Município do Porto
- http://www.andaporto.com/
- Actividades e Exposições em Espaços Municipais - Outubro 2005
- http://www.agendadoporto.pt/
- Rio pode ter de pagar 23 milhões pelo Parque - Diferendos
- Agenda 21 - Diagnóstico do Município do Porto
- http://www.andaporto.com/
- Actividades e Exposições em Espaços Municipais - Outubro 2005
- http://www.agendadoporto.pt/
- Rio pode ter de pagar 23 milhões pelo Parque - Diferendos
2005/10/21
De: Pedro Aroso - "Espanto?"
Meu Caro Francisco
Não percebo a razão do teu espanto! A minha posição em relação à forma como o Dr. Rui Rio tem gerido o Urbanismo na nossa cidade, está documentada em vários textos publicados no site da CMP e aqui na Baixa, e foi sempre muito crítica. De resto, já tive oportunidade de lhe transmitir pessoalmente aquilo que penso sobre este assunto. Perguntar-me-ás, então porque motivo é que apoiei a sua candidatura? A resposta é simples: pelas mesmíssimas razões que o Sr. Pinto da Costa resolveu votar em Francisco Assis! Na minha opinião, Rui Rio foi, até hoje, o único Presidente da Câmara do Porto genuinamente preocupado com os mais desfavorecidos. Esta é uma realidade insofismável, por mais que a Esquerda diga o contrário. Isso mesmo foi reconhecido pela maioria da população. É certo que os muito ricos também ficaram satisfeitos com a reeleição de Rui Rio, sobretudo na Foz/Nevogilde; saber que nos próximos anos a construção está interdita nessas zonas, é um grande alívio para os moradores.
Aquilo que mais me aborrece já não é a estratégia adoptada para paralisar a cidade, porque essa parece ter sido perfilhada pela maioria dos residentes. O que me custa é viver numa cidade onde até mesmo os projectos de recuperação de edifícios são apreciados por mangas de alpaca, que os analisam com o mesmo espírito com que os notários conferem assinaturas. Só assim se compreende que arquitectos como o Siza, o Souto Moura, o Alcino Soutinho ou o Pulido Valente vejam os seus projectos frequentemente chumbados. O Novo não incompatível com o Antigo e, nem tudo o que é antigo tem valor patrimonial. Infelizmente, na CMP parece que ainda ninguém entendeu isto.
Pedro Aroso
Não percebo a razão do teu espanto! A minha posição em relação à forma como o Dr. Rui Rio tem gerido o Urbanismo na nossa cidade, está documentada em vários textos publicados no site da CMP e aqui na Baixa, e foi sempre muito crítica. De resto, já tive oportunidade de lhe transmitir pessoalmente aquilo que penso sobre este assunto. Perguntar-me-ás, então porque motivo é que apoiei a sua candidatura? A resposta é simples: pelas mesmíssimas razões que o Sr. Pinto da Costa resolveu votar em Francisco Assis! Na minha opinião, Rui Rio foi, até hoje, o único Presidente da Câmara do Porto genuinamente preocupado com os mais desfavorecidos. Esta é uma realidade insofismável, por mais que a Esquerda diga o contrário. Isso mesmo foi reconhecido pela maioria da população. É certo que os muito ricos também ficaram satisfeitos com a reeleição de Rui Rio, sobretudo na Foz/Nevogilde; saber que nos próximos anos a construção está interdita nessas zonas, é um grande alívio para os moradores.
Aquilo que mais me aborrece já não é a estratégia adoptada para paralisar a cidade, porque essa parece ter sido perfilhada pela maioria dos residentes. O que me custa é viver numa cidade onde até mesmo os projectos de recuperação de edifícios são apreciados por mangas de alpaca, que os analisam com o mesmo espírito com que os notários conferem assinaturas. Só assim se compreende que arquitectos como o Siza, o Souto Moura, o Alcino Soutinho ou o Pulido Valente vejam os seus projectos frequentemente chumbados. O Novo não incompatível com o Antigo e, nem tudo o que é antigo tem valor patrimonial. Infelizmente, na CMP parece que ainda ninguém entendeu isto.
Pedro Aroso
De: TAF - "Pela positiva"
A recuperação da Baixa tem que ser feita pela positiva. Já tenho escrito que não é saudável criar dificuldades artificiais à construção noutros locais. Não é assim que as pessoas se convencem a vir para a Baixa, pela negativa. É preciso que haja qualidades intrínsecas da vida no centro do Porto para que ele se anime.
Como se já não bastassem as dificuldades naturais que os cidadãos encontram no dia-a-dia em Portugal, só faltava agora que colocassem novos entraves, "na secretaria", ao normal funcionamento da economia e da sociedade!
Como se já não bastassem as dificuldades naturais que os cidadãos encontram no dia-a-dia em Portugal, só faltava agora que colocassem novos entraves, "na secretaria", ao normal funcionamento da economia e da sociedade!
De: F. Rocha Antunes - "Espanto"
Meus Caros,
Li, como aqui foi repetidamente recomendado, e com a atenção e respeito que tenho pelo seu autor, o que o Arquitecto Manuel Correia Fernandes escreveu no JN.
E não posso deixar de dizer que foi com enorme espanto que li as conclusões que tira: "ter de pensar, conceber e viver numa cidade que decidiu assumir que o seu projecto de futuro é o regresso ao passado, dispensando, do mesmo passo e explicitamente, as contribuições do presente e, portanto, os valores da modernidade".
Então a modernidade é fazer tudo de novo? Ou é saber encontrar novas formas de utilização preservando a memória?
Se toda a gente concorda que o edificado da zona central do Porto é um dos elementos essenciais da identidade da cidade, quais são as alternativas?
As contribuições do presente têm que ser bem mais do que continuar a gastar terrenos vazios, esticando a mancha urbana para além de tudo o que é razoável e sustentável, quer económica quer ambientalmente. Ir deixando para trás o centro e fazer só novo na periferia é um erro do tamanho das filas de trânsito. É o urbanismo “à la IC19”.
E tu, caro Pedro, devias aguentar as tuas convicções mais do que duas semanas: declaraste o teu voto na actual coligação quando criticas de fundo a sua estratégia urbanística. Não te entendo, desculpa.
O moderno e o novo é possível sempre que há uma intervenção no espaço. Não é preciso que sejam edifícios como o hotel Mélia em Gaia para que essa modernidade se afirme. Parece-me.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Li, como aqui foi repetidamente recomendado, e com a atenção e respeito que tenho pelo seu autor, o que o Arquitecto Manuel Correia Fernandes escreveu no JN.
E não posso deixar de dizer que foi com enorme espanto que li as conclusões que tira: "ter de pensar, conceber e viver numa cidade que decidiu assumir que o seu projecto de futuro é o regresso ao passado, dispensando, do mesmo passo e explicitamente, as contribuições do presente e, portanto, os valores da modernidade".
Então a modernidade é fazer tudo de novo? Ou é saber encontrar novas formas de utilização preservando a memória?
Se toda a gente concorda que o edificado da zona central do Porto é um dos elementos essenciais da identidade da cidade, quais são as alternativas?
As contribuições do presente têm que ser bem mais do que continuar a gastar terrenos vazios, esticando a mancha urbana para além de tudo o que é razoável e sustentável, quer económica quer ambientalmente. Ir deixando para trás o centro e fazer só novo na periferia é um erro do tamanho das filas de trânsito. É o urbanismo “à la IC19”.
E tu, caro Pedro, devias aguentar as tuas convicções mais do que duas semanas: declaraste o teu voto na actual coligação quando criticas de fundo a sua estratégia urbanística. Não te entendo, desculpa.
O moderno e o novo é possível sempre que há uma intervenção no espaço. Não é preciso que sejam edifícios como o hotel Mélia em Gaia para que essa modernidade se afirme. Parece-me.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
De: Teófilo M. - "British Airways"
Caro Carlos Gilbert, a British diz que ainda voa para o Porto, pelo menos é o que diz no seu site, no entanto no site da ANA nada confirma este facto, mas a notícia do DN era bastante expressiva desse facto.
Quanto à Lufthansa, espero que a sua fonte tenha razão, pois as minhas informações são as que abaixo deixei há momentos.
Li entretanto no Blasfémias isto, como não sou assinante do Público, sabem se há alguma verdade na notícia?
A ser assim, a cidade verá, num ápice, desaparecerem três edifícios históricos, pois que a adaptação do Palácio do Freixo a pousada deixa-me sérias dúvidas sobre a manutenção do seu interior ainda há pouco remodelado pelo arqto. Fernando Távora, recentemente desaparecido mas não esquecido.
Cumprimentos
Teofilo M.
Quanto à Lufthansa, espero que a sua fonte tenha razão, pois as minhas informações são as que abaixo deixei há momentos.
Li entretanto no Blasfémias isto, como não sou assinante do Público, sabem se há alguma verdade na notícia?
A ser assim, a cidade verá, num ápice, desaparecerem três edifícios históricos, pois que a adaptação do Palácio do Freixo a pousada deixa-me sérias dúvidas sobre a manutenção do seu interior ainda há pouco remodelado pelo arqto. Fernando Távora, recentemente desaparecido mas não esquecido.
Cumprimentos
Teofilo M.
De: Pedro Aroso - "«Ou museu ou múmia»"
O artigo do Arq. Manuel Correia Fernandes, recomendado pelo Pedro Lessa, deveria ser atentamente lido por todos.
Em linhas gerais, a ideia é esta: Rui Rio quer transformar a cidade do Porto num museu, ou numa múmia. Concordo plenamente com a sua análise... Ao inviabilizar a construção fora do centro da cidade e, pior do que isso, impedindo o aparecimento de novos edifícios na Baixa, vamos, como muito bem refere MCF, "ter de pensar, conceber e viver numa cidade que decidiu assumir que o seu projecto de futuro é o regresso ao passado, dispensando, do mesmo passo e explicitamente, as contribuições do presente e, portanto, os valores da modernidade".
Um abraço para o Manel Correia Fernandes pelo excelente artigo.
Pedro Aroso
Em linhas gerais, a ideia é esta: Rui Rio quer transformar a cidade do Porto num museu, ou numa múmia. Concordo plenamente com a sua análise... Ao inviabilizar a construção fora do centro da cidade e, pior do que isso, impedindo o aparecimento de novos edifícios na Baixa, vamos, como muito bem refere MCF, "ter de pensar, conceber e viver numa cidade que decidiu assumir que o seu projecto de futuro é o regresso ao passado, dispensando, do mesmo passo e explicitamente, as contribuições do presente e, portanto, os valores da modernidade".
Um abraço para o Manel Correia Fernandes pelo excelente artigo.
Pedro Aroso
De: Carlos Gilbert - "Ligações do Aeroporto Sá Carneiro"
Quanto me referi ao perigo das companhias de baixo-custo com respeito à concorrência que fazem às ditas "companhias de bandeira" cometi um pequena imprecisão (dupla, aliàs), que quero corrigir:
A British Airways já não vôa para o Porto há algum tempo, e soube agora de fonte segura que a Lufthansa não pensa reduzir os seus vôos ou sequer deixar de voar para o Porto, mantendo os seus três vôos diários. Isto, porque a RyanAir vai voar para Hahn (que fica perdido algures na margem oposta do Reno...) e há muita gente a usar Frankfurt/Main como "hub" para outros destinos internacionais e intercontinentais, o que nos evita em muitos casos o percurso via Lisboa.
Porque acho de alguma importância a rectificação, ela aqui fica.
Bom f.d.s. a todos,
C. Gilbert
A British Airways já não vôa para o Porto há algum tempo, e soube agora de fonte segura que a Lufthansa não pensa reduzir os seus vôos ou sequer deixar de voar para o Porto, mantendo os seus três vôos diários. Isto, porque a RyanAir vai voar para Hahn (que fica perdido algures na margem oposta do Reno...) e há muita gente a usar Frankfurt/Main como "hub" para outros destinos internacionais e intercontinentais, o que nos evita em muitos casos o percurso via Lisboa.
Porque acho de alguma importância a rectificação, ela aqui fica.
Bom f.d.s. a todos,
C. Gilbert
De: Pedro Lessa - "Artigos de opinião"
Para além da discussão acerca do aeroporto, sugiro a leitura da opinião do arq Manuel Correia Fernandes no JN. Pode ler-se acerca da Baixa, SRU e políticas da Câmara do Porto.
Como sou um pouco céptico em relação à SRU e à sua viabilidade, torna-se interessante ler opiniões acerca das estratégias de intervenção na Baixa e centro histórico, onde se inclui naturalmente a SRU.
Quanto à temática do aeroporto, já aqui dei a minha opinião acerca do Sá Carneiro. Cada vez mais devemos apontar para o Noroeste Peninsular.
Com a saída prevista das grandes empresas de aviação e os seus principais destinos para as grandes cidades, torna-se evidente que em vez de fazermos uma viagem com escala em Lisboa, essa escala seja feita num aeroporto do norte de Espanha. Ainda por cima, como parece estar destinado a haver novo aeroporto da Ota, já foi defendido por especialistas que as ligações ao Porto não são economicamente viáveis.
A proposito, andam por aí uns mails a denunciar quem é o dono dos terrenos da Ota. A serem verdade...
Cumprimentos.
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
Como sou um pouco céptico em relação à SRU e à sua viabilidade, torna-se interessante ler opiniões acerca das estratégias de intervenção na Baixa e centro histórico, onde se inclui naturalmente a SRU.
Quanto à temática do aeroporto, já aqui dei a minha opinião acerca do Sá Carneiro. Cada vez mais devemos apontar para o Noroeste Peninsular.
Com a saída prevista das grandes empresas de aviação e os seus principais destinos para as grandes cidades, torna-se evidente que em vez de fazermos uma viagem com escala em Lisboa, essa escala seja feita num aeroporto do norte de Espanha. Ainda por cima, como parece estar destinado a haver novo aeroporto da Ota, já foi defendido por especialistas que as ligações ao Porto não são economicamente viáveis.
A proposito, andam por aí uns mails a denunciar quem é o dono dos terrenos da Ota. A serem verdade...
Cumprimentos.
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com
De: Teófilo M. - "Ainda sobre o novo Sá Carneiro"
Como disse o Carlos Gilbert, ainda se voa para algumas cidades europeias a partir do Porto, mas com o anunciado fim da operação da British Airways e Lufthansa, a primeira prevê acabar os seus vôos em fim de Outubro, e a segunda irá fazê-lo até ao fim do ano, andando no ar o desaparecimento da Air France que será substituída pela Air Luxor ou Corsair, ficarão assim mais difíceis as ligações aos grandes aeroportos, Heathrow, Charles de Gaulle ou Tegel, uma vez que as low-cost voam para Stansted, Orly e Schönefeld, que são aeroportos regionais e sem ligações às grandes plataformas de transbordo.
Mas, para acharmos mais graça à situação, bastará dizer, que à hora de chegada do primeiro avião a Lisboa vindo do Porto, o das 06:15, já se perderam os que partiram em Lisboa com destino à São Tomé e Munich e que obrigaria a pernoita em Lisboa com os custos adicionais, ou a viagem em transporte alternativo, ou então se quiser ir para a Venezuela terei de ir para Lisboa no dia anterior, como recomenda a TAP no seu site (!!!) ou outros percursos, com horários ainda mais delirantes, como podem ver.
Outra coisa incompreensível é não existirem directos entre Porto e Faro, tendo de haver sempre o circuito via Portela, com os custos adicionais que isso implica, pois é do conhecimento geral que onde se gasta mais combustível é nas partidas, e onde se desgasta mais material é nas aterragens, e o custo dos bilhetes reflecte isso mesmo, para já não falar em tempo, que segundo o ditado popular é dinheiro.
Creio que a rentabilização do aeroporto Sá Carneiro, deverá de passar pela dinamização do turismo e por um forte empenhamento dos agentes turísticos na promoção do Noroeste peninsular em pacotes que possibilitem o benefício da grande região Trás-os-Montes/Douro-Minho-Galiza, pois a indústria nortenha já deu o que tinha a dar, pois os empresários estão mais interessados em negócios de especulação financeira do que em investir em indústria de qualidade, embora existam alguns (poucos) que tentam inverter a situação.
O País, ainda precisa de descer mais um pouco, para algumas empresas mandarem para o desemprego mais uns milhares, o fisco apertará ainda mais o seu cerco, e aí, talvez aí, os que se safarem da derrocada, comecem a olhar com olhos de ver para este bocado abandonado de um País, que tem os olhos e a barriga junto à cabeça, desprezando as pernas ou só olhando para elas quando elas se recusarem definitivamente a andar e estiver perto da sua morte por excesso localizado de peso.
Cumprimentos
Teofilo M.
Mas, para acharmos mais graça à situação, bastará dizer, que à hora de chegada do primeiro avião a Lisboa vindo do Porto, o das 06:15, já se perderam os que partiram em Lisboa com destino à São Tomé e Munich e que obrigaria a pernoita em Lisboa com os custos adicionais, ou a viagem em transporte alternativo, ou então se quiser ir para a Venezuela terei de ir para Lisboa no dia anterior, como recomenda a TAP no seu site (!!!) ou outros percursos, com horários ainda mais delirantes, como podem ver.
Outra coisa incompreensível é não existirem directos entre Porto e Faro, tendo de haver sempre o circuito via Portela, com os custos adicionais que isso implica, pois é do conhecimento geral que onde se gasta mais combustível é nas partidas, e onde se desgasta mais material é nas aterragens, e o custo dos bilhetes reflecte isso mesmo, para já não falar em tempo, que segundo o ditado popular é dinheiro.
Creio que a rentabilização do aeroporto Sá Carneiro, deverá de passar pela dinamização do turismo e por um forte empenhamento dos agentes turísticos na promoção do Noroeste peninsular em pacotes que possibilitem o benefício da grande região Trás-os-Montes/Douro-Minho-Galiza, pois a indústria nortenha já deu o que tinha a dar, pois os empresários estão mais interessados em negócios de especulação financeira do que em investir em indústria de qualidade, embora existam alguns (poucos) que tentam inverter a situação.
O País, ainda precisa de descer mais um pouco, para algumas empresas mandarem para o desemprego mais uns milhares, o fisco apertará ainda mais o seu cerco, e aí, talvez aí, os que se safarem da derrocada, comecem a olhar com olhos de ver para este bocado abandonado de um País, que tem os olhos e a barriga junto à cabeça, desprezando as pernas ou só olhando para elas quando elas se recusarem definitivamente a andar e estiver perto da sua morte por excesso localizado de peso.
Cumprimentos
Teofilo M.
2005/10/20
De: Fantasporto - "125 Dias para Animar a Baixa do Porto"
HOJE, dia 20 de OUTUBRO, às 16.00 horas, no CAFÉ GUARANY, na Avenida dos Aliados, a Cinema Novo CRL apresenta em Conferência de Imprensa o programa "125 Dias para Animar a Baixa do Porto" do Festival Internacional de Cinema do Porto FANTASPORTO'2006.
Contamos Consigo!
CINEMA NOVO CRL organiza
26º FANTASPORTO - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO PORTO
email: info@fantasporto.online.pt
http://www.fantasporto.com
Contamos Consigo!
CINEMA NOVO CRL organiza
26º FANTASPORTO - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO PORTO
email: info@fantasporto.online.pt
http://www.fantasporto.com
De: Carlos Gilbert - "O novo aeroporto do Porto,..."
"... e acessibilidades à cidade"
Alexandre,
Não, ainda temos vôos directos do Porto para algumas capitais ou cidades de primeira importância europeias, e passo a citar (do site da ANA):
London-Heathrow (TAP), Genève (TAP), Frankfurt-Main (LH), Bruxelas (SN), Madrid (Iberia), Paris-Orly (Air Luxor e TAP), Paris CDG (AF), Milão (PGA), Amsterdam, PGA em "code share" com a KLM, e uns quantos destinos mais (Luxemburgo, Barcelona, Palma).
A questão é, como eu já o disse há dias, por quanto tempo as companhias "de bandeira" continuarão a ver as suas ligações directas rentáveis. Porque não só as "low cost" são uma verdadeira "ameaça", como permitem um ultra-cómodo "online booking" com emissão imediata do bilhete. As agências-de-viagem são usadas cada vez mais por passageiros que pretendam vôos com ligações posteriores, e onde encontrar o saudável equilíbrio para todos é que vai ser o grande busílis futuro...
Mas, tendo tido hoje de manhã a necessidade de me deslocar ao aeroporto, fiquei chocado com a situação caótica do trânsito no IC1! Às 08.00h a fila para quem vinha de Norte para a nossa cidade começava antes do nó com o IC24!!! No regresso, o próprio IC24 tinha fila que começava antes do desvio para o aeroporto! Será que o IC24, quando estiver concluído na totalidade, vai ser alternativa útil? Como sabemos, esta via complementar vai ligar o IC1 desde o nó que já conhecemos há uns anos, ao IP1 (A1) algures na zona de Gaia, dando a volta pelas imediações da Maia, Paços de Ferreira e Avintes, ou seja, uma "boucle" de uns bons 40km para quem quiser evitar passar pelo Porto (VCI) como actualmente todos ainda são obrigados e com as consequências que sabemos...
Considero estes aspectos, o das acessibilidades bem como o das ligações, de fulcral importância para a importância estratégica do Porto para as próximas décadas (e disso também irá a nossa "Baixa" tirar proveito). Não basta lançar parangonas de efeito bombástico "agora, com o novo Sá Carneiro, iremos poder servir 6 milhões de passageiros por ano!" É preciso pensar no resto (como p.ex., e muito bem, a ligação do metro directa ao centro).
C. Gilbert
Alexandre,
Não, ainda temos vôos directos do Porto para algumas capitais ou cidades de primeira importância europeias, e passo a citar (do site da ANA):
London-Heathrow (TAP), Genève (TAP), Frankfurt-Main (LH), Bruxelas (SN), Madrid (Iberia), Paris-Orly (Air Luxor e TAP), Paris CDG (AF), Milão (PGA), Amsterdam, PGA em "code share" com a KLM, e uns quantos destinos mais (Luxemburgo, Barcelona, Palma).
A questão é, como eu já o disse há dias, por quanto tempo as companhias "de bandeira" continuarão a ver as suas ligações directas rentáveis. Porque não só as "low cost" são uma verdadeira "ameaça", como permitem um ultra-cómodo "online booking" com emissão imediata do bilhete. As agências-de-viagem são usadas cada vez mais por passageiros que pretendam vôos com ligações posteriores, e onde encontrar o saudável equilíbrio para todos é que vai ser o grande busílis futuro...
Mas, tendo tido hoje de manhã a necessidade de me deslocar ao aeroporto, fiquei chocado com a situação caótica do trânsito no IC1! Às 08.00h a fila para quem vinha de Norte para a nossa cidade começava antes do nó com o IC24!!! No regresso, o próprio IC24 tinha fila que começava antes do desvio para o aeroporto! Será que o IC24, quando estiver concluído na totalidade, vai ser alternativa útil? Como sabemos, esta via complementar vai ligar o IC1 desde o nó que já conhecemos há uns anos, ao IP1 (A1) algures na zona de Gaia, dando a volta pelas imediações da Maia, Paços de Ferreira e Avintes, ou seja, uma "boucle" de uns bons 40km para quem quiser evitar passar pelo Porto (VCI) como actualmente todos ainda são obrigados e com as consequências que sabemos...
Considero estes aspectos, o das acessibilidades bem como o das ligações, de fulcral importância para a importância estratégica do Porto para as próximas décadas (e disso também irá a nossa "Baixa" tirar proveito). Não basta lançar parangonas de efeito bombástico "agora, com o novo Sá Carneiro, iremos poder servir 6 milhões de passageiros por ano!" É preciso pensar no resto (como p.ex., e muito bem, a ligação do metro directa ao centro).
C. Gilbert
2005/10/19
De: Alexandre Burmester - "Coincidência 2"
Agora temos finalmente um grande aeroporto na cidade de “Matosinhos”.
Espera-se uma afluência de cerca de 7 milhões de passageiros ano, que irão engrossar e justificar o novo aeroporto de Lisboa uma vez que todos os destinos deste aeroporto, passam actualmente por lá (?)
A. Burmester
Espera-se uma afluência de cerca de 7 milhões de passageiros ano, que irão engrossar e justificar o novo aeroporto de Lisboa uma vez que todos os destinos deste aeroporto, passam actualmente por lá (?)
A. Burmester
De: Alexandre Burmester - "Coincidência 1"
A propósito do arquivamento do processo do DIAP contra Nuno Cardoso, na semana seguinte às eleições autárquicas, é caso para perguntarmos.
Será que o dito Poder Judicial é tão independente do Poder Político? Ou será apenas coincidência?
A. Burmester
Será que o dito Poder Judicial é tão independente do Poder Político? Ou será apenas coincidência?
A. Burmester
De: Carla Leitão - "Avenida dos Aliados..."
"... - a quem pedir responsabilidades?"
Tendo em conta as intenções definidas em projecto pelos Exmos. Senhores arquitectos Siza Vieira e Eduardo Souto Moura para a requalificação da Avenida dos Aliados, não posso deixar de dar concordar com as considerações expostas por Paulo Ventura Araújo no Pedido de Audiência ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, emitida em 14 de Julho de 2005, sobretudo, no tocante aos erros cometidos na Porto 2001 e que importa tê-los como um referencial crítico.
De facto, o evento Porto 2001, constituiu uma oportunidade de renovação de vários espaços da cidade consolidada mas, o que se obteve, em síntese, foi um ganho de depuração de linguagem urbana num elogio ao modernismo, em detrimento da preservação de vivências, de opções construtivas e materiais que, para além de constituírem um legado de gerações sucessivas, permitiam outra amenidade e enriquecimento das particularidades locais.
A opção da viragem de uma estátua é para mim um “fait d’hiver”, talvez não o seja se a equacionarmos numa descrição parcial de honorários da tranche da Ideia Preliminar de projecto.
A substituição da calçada à portuguesa já me deixa perplexa, ainda que tenha em conta, sempre que possível, a incontornável notoriedade dos autores de projecto. É que a opção cega do granito, além de retirar luz e não permitir os jogos de composição que ajudam a referenciar os lugares e conferem ritmo aos percursos, também, nada abonam em termos de conforto ao peão.
Tal como na Marginal de Leça, a opção muito em voga de meter passadeiras em blocos de granito, é uma opção boa em termos de técnica de acalmia de tráfego, mas é um desastre para os saltos altos, idosos e carrinhos com bebés adormecidos.
Só mais uma achega, quando Rui Rio antes das eleições, na RTP, afirmou que o PDM do porto teve em “águas de bacalhau” porque não gostava da ideia de cidade do arquitecto Fernandes de Sá e da sua equipa e porque a sua cor política não coincidia com a sua, resta-me deixar as seguintes preocupações:
Nós, os arquitectos temos porém uma certeza, os clientes querem sempre uma “coisa”, mas não sabem verdadeiramente o quê ...
Carla Leitão
Tendo em conta as intenções definidas em projecto pelos Exmos. Senhores arquitectos Siza Vieira e Eduardo Souto Moura para a requalificação da Avenida dos Aliados, não posso deixar de dar concordar com as considerações expostas por Paulo Ventura Araújo no Pedido de Audiência ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, emitida em 14 de Julho de 2005, sobretudo, no tocante aos erros cometidos na Porto 2001 e que importa tê-los como um referencial crítico.
De facto, o evento Porto 2001, constituiu uma oportunidade de renovação de vários espaços da cidade consolidada mas, o que se obteve, em síntese, foi um ganho de depuração de linguagem urbana num elogio ao modernismo, em detrimento da preservação de vivências, de opções construtivas e materiais que, para além de constituírem um legado de gerações sucessivas, permitiam outra amenidade e enriquecimento das particularidades locais.
A opção da viragem de uma estátua é para mim um “fait d’hiver”, talvez não o seja se a equacionarmos numa descrição parcial de honorários da tranche da Ideia Preliminar de projecto.
A substituição da calçada à portuguesa já me deixa perplexa, ainda que tenha em conta, sempre que possível, a incontornável notoriedade dos autores de projecto. É que a opção cega do granito, além de retirar luz e não permitir os jogos de composição que ajudam a referenciar os lugares e conferem ritmo aos percursos, também, nada abonam em termos de conforto ao peão.
Tal como na Marginal de Leça, a opção muito em voga de meter passadeiras em blocos de granito, é uma opção boa em termos de técnica de acalmia de tráfego, mas é um desastre para os saltos altos, idosos e carrinhos com bebés adormecidos.
Só mais uma achega, quando Rui Rio antes das eleições, na RTP, afirmou que o PDM do porto teve em “águas de bacalhau” porque não gostava da ideia de cidade do arquitecto Fernandes de Sá e da sua equipa e porque a sua cor política não coincidia com a sua, resta-me deixar as seguintes preocupações:
- Rui Rio considera-se, pelo que afirmou, o cliente número um da CMP.
- Rui Rio só trabalha à luz do nivelamento político.
- Rui Rio considera que uma equipa com pessoas qualificadas na área do planeamento e do urbanismo, ao contrário dele, para isso tinha que, pelo menos e por exemplo, frequentar seis anos na FAUP, seja normal, que se posicione em prolongamento da sua pessoa e das suas idiossincrasias.
Nós, os arquitectos temos porém uma certeza, os clientes querem sempre uma “coisa”, mas não sabem verdadeiramente o quê ...
Carla Leitão
De: Manuela DL Ramos - "Transcrição das Audições..."
"... na Comissão Parlamentar da Educação, Ciência e Cultura, no âmbito da petição de «Protesto relativo à intervenção urbanística no conjunto da Av. dos Aliados/ Pr. da Liberdade no Porto» (11 de Outubro 2005) - Assembleia da Republica"
Caro Tiago
A propósito das Transcrições das Audições - ao IPPAR e à METRO estive a reler o seu extenso relatório do que se passou na Assembleia Municipal de Junho a tal que Oliveira Marques confunde com a discussão pública prevista na lei para obras desta envergadura em espaço públicos. (Soube de uma pessoa, da área da arquitectura, que se tinha mesmo inscrito para intervir no final e que ao verificar que os ilustres arquitectos e comitiva se retiraram antes dessa parte da sessão, a tal da "discussão pública", pura e simplesmente desistiu de participar e retirou o seu nome).
Talvez tenha que repensar algumas das conclusões - nomeadamente quando diz que o dono da obra é o Metro (1) e que nós tínhamos errado no interlocutor (20) - pois pelo que afirma o Sr. Presidente da Comissão Executiva da METRO a responsabilidade pela intervenção e pelo "redesenho" daquela zona cabe mesmo à Câmara Muncipal com a "conivência" do IPPAR.
Bem, é só para noticiar que quem quiser ler as transcrições e comentar... pode fazê-lo nos ALIADOS.
Cordialmente
Manuela D.L Ramos
--
Nota de TAF: confesso que ainda não tive tempo de ler as transcrições... A informação que consta do meu relatório é a que foi apresentada na Assembleia Municipal pelos intervenientes. Até agora, que eu saiba, nunca tinha sido posta em causa a veracidade ou exactidão (a este nível) das afirmações que lá foram proferidas. Pelos vistos se calhar já nem nisso dá para confiar no que se passa na A.M.... :-(
Caro Tiago
A propósito das Transcrições das Audições - ao IPPAR e à METRO estive a reler o seu extenso relatório do que se passou na Assembleia Municipal de Junho a tal que Oliveira Marques confunde com a discussão pública prevista na lei para obras desta envergadura em espaço públicos. (Soube de uma pessoa, da área da arquitectura, que se tinha mesmo inscrito para intervir no final e que ao verificar que os ilustres arquitectos e comitiva se retiraram antes dessa parte da sessão, a tal da "discussão pública", pura e simplesmente desistiu de participar e retirou o seu nome).
Talvez tenha que repensar algumas das conclusões - nomeadamente quando diz que o dono da obra é o Metro (1) e que nós tínhamos errado no interlocutor (20) - pois pelo que afirma o Sr. Presidente da Comissão Executiva da METRO a responsabilidade pela intervenção e pelo "redesenho" daquela zona cabe mesmo à Câmara Muncipal com a "conivência" do IPPAR.
Bem, é só para noticiar que quem quiser ler as transcrições e comentar... pode fazê-lo nos ALIADOS.
Cordialmente
Manuela D.L Ramos
--
Nota de TAF: confesso que ainda não tive tempo de ler as transcrições... A informação que consta do meu relatório é a que foi apresentada na Assembleia Municipal pelos intervenientes. Até agora, que eu saiba, nunca tinha sido posta em causa a veracidade ou exactidão (a este nível) das afirmações que lá foram proferidas. Pelos vistos se calhar já nem nisso dá para confiar no que se passa na A.M.... :-(
De: Carlos Gilbert - "Distâncias virtuais"
João Silva,
Acredito no seu "calvário" para entrar pela manhã na parte oriental do Porto pela estreitíssima rua do Freixo, mas deixe-me perguntar-lhe: porque não sobe pela VCI para a nova Alameda na zona de S. Roque, desce a rua de Justino Teixeira até à estação de Campanhã, estaciona lá algures o seu carro e apanha o metro, tal como o seu amigo o faz?
Com toda a certeza que é mais rápido...
Cumprimentos,
Carlos Gilbert
Acredito no seu "calvário" para entrar pela manhã na parte oriental do Porto pela estreitíssima rua do Freixo, mas deixe-me perguntar-lhe: porque não sobe pela VCI para a nova Alameda na zona de S. Roque, desce a rua de Justino Teixeira até à estação de Campanhã, estaciona lá algures o seu carro e apanha o metro, tal como o seu amigo o faz?
Com toda a certeza que é mais rápido...
Cumprimentos,
Carlos Gilbert
2005/10/18
De: F. Rocha Antunes - "Debates da Universidade do Porto"
Meus Caros,
Uma das características da nossa sociedade é a proliferação de eventos: há eventos de todos os tipos e para todos os gostos. Há um tipo de eventos que se repetem periodicamente mas que não evoluem. Um desses casos são os debates promovidos pela Universidade do Porto sobre a Região, ou partes notáveis e na moda desta região, como a Baixa.
Há 10 meses, houve um debate sobre a Baixa do Porto organizado pela Universidade do Porto. Nessa altura trocaram-se uns post’s aqui. A indignação foi alguma, mas o tempo, infelizmente, deu-me razão.
É uma coisa muito nossa: as pessoas são estimáveis e respeitáveis mas “o tempo é escasso”, “não se pode fazer tudo bem”, “o que importa é discutirem-se estes assuntos”, “afinal, se não forem estas pessoas que aqui estão a dar a volta a isto quem é que dá”, e o resultado é um encontro simpático e inconsequente que envolve sempre os mesmos e entra-se numa circularidade aflitiva.
Espero estar a ser injusto e que, indignadamente, mo provem.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: um mau exemplo (entre muitos outros) é dado pela própria Universidade pois, tanto quanto sei, o Instituto Marques da Silva continua com actividade "confidencial". Eu até me tinha oferecido para colaborar se achassem que podia ser útil...
Uma das características da nossa sociedade é a proliferação de eventos: há eventos de todos os tipos e para todos os gostos. Há um tipo de eventos que se repetem periodicamente mas que não evoluem. Um desses casos são os debates promovidos pela Universidade do Porto sobre a Região, ou partes notáveis e na moda desta região, como a Baixa.
Há 10 meses, houve um debate sobre a Baixa do Porto organizado pela Universidade do Porto. Nessa altura trocaram-se uns post’s aqui. A indignação foi alguma, mas o tempo, infelizmente, deu-me razão.
É uma coisa muito nossa: as pessoas são estimáveis e respeitáveis mas “o tempo é escasso”, “não se pode fazer tudo bem”, “o que importa é discutirem-se estes assuntos”, “afinal, se não forem estas pessoas que aqui estão a dar a volta a isto quem é que dá”, e o resultado é um encontro simpático e inconsequente que envolve sempre os mesmos e entra-se numa circularidade aflitiva.
Espero estar a ser injusto e que, indignadamente, mo provem.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: um mau exemplo (entre muitos outros) é dado pela própria Universidade pois, tanto quanto sei, o Instituto Marques da Silva continua com actividade "confidencial". Eu até me tinha oferecido para colaborar se achassem que podia ser útil...
De: Imprensa U. Porto - "CONVITE: Fórum de Debate..."
"... «Porto Cidade Região»"
Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade do Porto vai realizar o encontro “Porto Cidade Região”, possivelmente o maior fórum de reflexão e debate sobre a cidade e a região do Porto.
A decorrer durante todo o dia de 27 de Outubro (quinta-feira), no Auditório da Faculdade de Engenharia, no pólo da Asprela, o “Porto Cidade Região” propõe-se mais uma vez reunir centenas de investigadores, docentes universitários, empresários, responsáveis autárquicos e cidadãos para debater ideias e propostas que têm por objectivo contribuir activamente para a elaboração de estratégias e acções concretas capazes de definir um projecto de desenvolvimento para o Porto – cidade e região.
Desta feita dedicado à discussão sobre “Estratégias e Acções para a Competitividade”, o fórum será constituído por quatro painéis de debate temáticos. Cada um terá a duração aproximada de 90 minutos, dois terços dos quais destinados à discussão aberta a todo o público presente.
A participação no “Porto Cidade Região” é gratuita e está aberta a todos os interessados, estando apenas sujeita a uma inscrição prévia, que poderá ser realizada através dos telefones 22 607 35 88 e 22 607 35 89 ou pelos e-mails agirao@reit.up.pt e holiveir@iric.up.pt. A inscrição garante ainda a presença no almoço volante (também gratuito) que reunirá todos os participantes do fórum.
Informações mais detalhadas no site da Universidade do Porto.
--
Nota de TAF: na primeira edição do "Porto Cidade Região" apresentei esta comunicação.
Universidade do Porto relança debate sobre estratégias para a Cidade e Região
Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade do Porto vai realizar o encontro “Porto Cidade Região”, possivelmente o maior fórum de reflexão e debate sobre a cidade e a região do Porto.
A decorrer durante todo o dia de 27 de Outubro (quinta-feira), no Auditório da Faculdade de Engenharia, no pólo da Asprela, o “Porto Cidade Região” propõe-se mais uma vez reunir centenas de investigadores, docentes universitários, empresários, responsáveis autárquicos e cidadãos para debater ideias e propostas que têm por objectivo contribuir activamente para a elaboração de estratégias e acções concretas capazes de definir um projecto de desenvolvimento para o Porto – cidade e região.
Desta feita dedicado à discussão sobre “Estratégias e Acções para a Competitividade”, o fórum será constituído por quatro painéis de debate temáticos. Cada um terá a duração aproximada de 90 minutos, dois terços dos quais destinados à discussão aberta a todo o público presente.
A participação no “Porto Cidade Região” é gratuita e está aberta a todos os interessados, estando apenas sujeita a uma inscrição prévia, que poderá ser realizada através dos telefones 22 607 35 88 e 22 607 35 89 ou pelos e-mails agirao@reit.up.pt e holiveir@iric.up.pt. A inscrição garante ainda a presença no almoço volante (também gratuito) que reunirá todos os participantes do fórum.
Informações mais detalhadas no site da Universidade do Porto.
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Nota de TAF: na primeira edição do "Porto Cidade Região" apresentei esta comunicação.
De: João Silva - "Distâncias virtuais"
Eu e o meu amigo Pedro levantamo-nos à mesma hora todos os dias. Saímos de casa à mesma hora, apanhamos os transportes públicos à mesma hora, e chegamos à Faculdade de Direito da Universidade do Porto à mesma hora. No entanto, há uma diferença..
Eu, moro em Valbom, na Estrada Marginal, mesmo pertinho do Palácio do Freixo, ele mora em Famalicão. Como é possível a existência daquele intervalo temporal anteriormente referido, no que diz respeito ás nossas deslocações? A diferença temporal deve-se à Rua do Freixo, que sobe desde o acesso à auto-estrada e à ponte com o mesmo nome até ao cimo, sensivelmente até à estação de Campanhã.
De noite, quando regresso a casa, por volta das 22h, geralmente, vou do Campo 24 de Agosto até Valbom em 6 minutos, sem exagero! De manhã, não demoro menos de 45 minutos a fazer o mesmo trajecto! A Rua do Freixo entre as 8h e as 9:30h transformou-se num pesadelo de todos aqueles que almejam entrar no Porto pelo extremo Oriental da cidade. Os anos passam, e tudo fica na mesma! O Pedro vem de comboio lá desde Famalicão, sai em Campanhã, apanha o metro para a Trindade e em 5min está na Faculdade, com 40min de comboio pelo meio. Que injustiça, digo eu! E quem sabe que moro ''no Porto'' (praticamente) não deixa de achar no mínimo peculiar esta minha situação. Se morasse em Braga teria de acordar praticamente à mesma hora que acordo morando cá!
Sei que outras zonas da cidade padecem do mesmo mal.
O que eu gostaria de perguntar a quem está melhor informado do que eu é se o tal túnel que vai ser construído em Campanhã (a obra já está numa fase inicial) servirá para atenuar este problema na Rua do Freixo - isto desde que não esteja uma década parado, o que já não seria de todo novidade... Existirá alguma alternativa - para automobilistas - que saem da VCI no Freixo e pretendem subir em direcção ao centro do Porto sem terem de passar pelo caos da Rua do Freixo? Há tempos ouvi falar de uma suposta Avenida que iria nascer entre a marginal e a Rua da Estação, mas acho que ficou no papel. Muito provavelmente os políticos e outros com poder real de mudar a cidade não passam pelo Freixo de manhã.
Desde já agradeço a vossa disponibilidade e obrigado por disponibilizarem um espaço onde se pode discutir de forma constructiva alguns dos problemas - e não só - desta Invicta Cidade.
Obrigado,
João Silva
almostlightspeed@gmail.com
Eu, moro em Valbom, na Estrada Marginal, mesmo pertinho do Palácio do Freixo, ele mora em Famalicão. Como é possível a existência daquele intervalo temporal anteriormente referido, no que diz respeito ás nossas deslocações? A diferença temporal deve-se à Rua do Freixo, que sobe desde o acesso à auto-estrada e à ponte com o mesmo nome até ao cimo, sensivelmente até à estação de Campanhã.
De noite, quando regresso a casa, por volta das 22h, geralmente, vou do Campo 24 de Agosto até Valbom em 6 minutos, sem exagero! De manhã, não demoro menos de 45 minutos a fazer o mesmo trajecto! A Rua do Freixo entre as 8h e as 9:30h transformou-se num pesadelo de todos aqueles que almejam entrar no Porto pelo extremo Oriental da cidade. Os anos passam, e tudo fica na mesma! O Pedro vem de comboio lá desde Famalicão, sai em Campanhã, apanha o metro para a Trindade e em 5min está na Faculdade, com 40min de comboio pelo meio. Que injustiça, digo eu! E quem sabe que moro ''no Porto'' (praticamente) não deixa de achar no mínimo peculiar esta minha situação. Se morasse em Braga teria de acordar praticamente à mesma hora que acordo morando cá!
Sei que outras zonas da cidade padecem do mesmo mal.
O que eu gostaria de perguntar a quem está melhor informado do que eu é se o tal túnel que vai ser construído em Campanhã (a obra já está numa fase inicial) servirá para atenuar este problema na Rua do Freixo - isto desde que não esteja uma década parado, o que já não seria de todo novidade... Existirá alguma alternativa - para automobilistas - que saem da VCI no Freixo e pretendem subir em direcção ao centro do Porto sem terem de passar pelo caos da Rua do Freixo? Há tempos ouvi falar de uma suposta Avenida que iria nascer entre a marginal e a Rua da Estação, mas acho que ficou no papel. Muito provavelmente os políticos e outros com poder real de mudar a cidade não passam pelo Freixo de manhã.
Desde já agradeço a vossa disponibilidade e obrigado por disponibilizarem um espaço onde se pode discutir de forma constructiva alguns dos problemas - e não só - desta Invicta Cidade.
Obrigado,
João Silva
almostlightspeed@gmail.com
2005/10/17
De: Teófilo M. - "Será que ouvi bem?"
Neste fim-de-semana, dediquei o meu tempo a coisas da natureza o que me privou de jornais, notícias, 'blogs' e quejandos, mas mesmo assim ouvi alguém dizer que a propósito da previsível pandemia da gripe das aves, Rui Rio teria proibido a venda de galináceos vivos no mercado do Bolhão, prevenindo assim a eventual possibilidade de transmissão da doença.
Achei interessante a ideia, e como sou um bocado fanático da segurança, dei-lhe o meu aval, defendendo a atitude contra algumas opiniões mais laxistas no aspecto da segurança. No entanto, lembrei-me de que nem só no Bolhão se vendem aves, havendo outros mercados na cidade, nomeadamente um semanal que pouco controlo sanitário tem e se desenrola em frente à antiga cadeia, hoje transformada em museu.
Será que Rui Rio, só proibiu a venda dos galináceos no Bolhão, o que a ser verdade é apenas mais uma picardia contra os vendedores daquele mercado forçando assim e mais uma vez prováveis protestos, ou pelo contrário a medida é abrangente e dirigida a todos os mercados do concelho?
Alguém sabe?
Cumprimentos
Teofilo M.
Achei interessante a ideia, e como sou um bocado fanático da segurança, dei-lhe o meu aval, defendendo a atitude contra algumas opiniões mais laxistas no aspecto da segurança. No entanto, lembrei-me de que nem só no Bolhão se vendem aves, havendo outros mercados na cidade, nomeadamente um semanal que pouco controlo sanitário tem e se desenrola em frente à antiga cadeia, hoje transformada em museu.
Será que Rui Rio, só proibiu a venda dos galináceos no Bolhão, o que a ser verdade é apenas mais uma picardia contra os vendedores daquele mercado forçando assim e mais uma vez prováveis protestos, ou pelo contrário a medida é abrangente e dirigida a todos os mercados do concelho?
Alguém sabe?
Cumprimentos
Teofilo M.
De: Rui Valente - "O longo caminho da regionalização"
Não querendo afastar-me do espírito que norteia a vida deste blog, vocacionado para a discussão e procura de soluções dos crescentes problemas do Porto e da região Norte, insisto na convicção de não ser esse o processo mais simples de as tornar consequentes.
Sendo certo que, tudo tem um princípio (e a existência deste blog pode ser isso mesmo), não é menos certo que a permuta pertinente de opiniões entre cidadãos da mesma cidade enfatizando ao detalhe questões de toda a ordem, pode, por força da ausência de um poder factual, descambar para a frustração generalizada. Cada um de nós, vai dizendo de sua justiça sobre aquilo que lhe surge mais relevante, mas ninguém parece aperceber-se que, se é de uma mudança urgente que necessitamos, não será unicamente pela simples troca de ideias que lá chegaremos. O problema é mais profundo.
Portugal está de rastos, e quando os exemplos de eficácia governativa a nível nacional são a miséria que sabemos, as questões regionais parecem-se com brincadeiras de crianças, porque não obedecem a critérios hierarquizados da ordem política. Ou seja, não é razoável imaginar a conquista de uma maior autonomia local, quando não se é capaz fazer boas escolhas para governar o país!
Hoje mesmo, ouvimos mais uma daquelas notícias “animadoras”, capazes de ajudar o Presidente da República a perceber quão provocatório pode parecer pedir aos portugueses uma visão mais optimista da vida. A notícia, informava-nos que Portugal era o país da Europa onde as desigualdades sociais e económicas eram mais acentuadas. É por não ser propriamente novidade este tipo de informação sobre a nossa terra, que me parecem, no mínimo irónicas, as boas intenções do nosso Presidente da República.
Até, quando pretendem criticar a acção dos governos, os portugueses persistem em aplicar o termo “governar”, quando para serem precisos deviam, desde há muito, passar a usar a expressão “desgovernar”, porque efectivamente, é isso que tem acontecido. De facto, nós temos, é sido permanente e abusivamente desgovernados! Como o nosso espírito de contradição é enorme, até não nos importamos de colocar a cereja em cima do bolo para premiar quem vem desgraçando o país e deleitamo-nos a vê-los e ouvi-los em tudo o quando é programa e debate televisivo!
As pessoas parecem ainda não ter percebido, que esses debates ou programas (alguns deles remunerados), ao invés de as esclarecerem, permitem à classe política a oportunidade de se desresponsabilizar por asneiras passadas e recentes, e assim, será impossível almejarmos uma vida melhor. Uma vez chegados a esta situação quase insustentável, dentro das imensas questões que nesses programas lhes são postas, a única que se lhes devia colocar com oportunidade seria, se não tinham um átomo de vergonha por terem contribuído para deixar o país na situação em que está e de, além disso ainda terem coragem para dissertar sobre o estado da Nação como se nunca tivessem nada a ver com o assunto! Mas não é isso que acontece, as pessoas em vez de passarem a exigir a punição de quem desbarata o país, sugestionam-se com a proximidade física dos políticos, perdem a memória e toda capacidade crítica objectiva.
Nas ruas do Porto, nos cafés e lugares públicos, poucas eram as vozes favoráveis a Rui Rio antes das eleições municipais. Rui Rio voltou a ganhá-las.
Agora digam-me, caros conterrâneos, como querem chegar à regionalização com Rui Rio à frente da Câmara, e com o país nas mãos de gente tão pouco qualificada?
Este blogue, congrega a opinião de pessoas de todas as simpatias políticas que partilham a ideia comum de ver a cidade do Porto a recuperar o estatuto económico e social que já teve. O Porto, a cidade da liberdade, perdeu muito nesse aspecto com o evento da democracia. Não acham estranho?
Para terminar pergunto: apesar do descontentamento patenteado neste blogue quase de modo genérico, quantos serão capazes de apostar na vitória da Regionalização caso fosse agora a referendo?
A história de Rui Rio, talvez nos possa servir para reflexão…
Rui Valente
Sendo certo que, tudo tem um princípio (e a existência deste blog pode ser isso mesmo), não é menos certo que a permuta pertinente de opiniões entre cidadãos da mesma cidade enfatizando ao detalhe questões de toda a ordem, pode, por força da ausência de um poder factual, descambar para a frustração generalizada. Cada um de nós, vai dizendo de sua justiça sobre aquilo que lhe surge mais relevante, mas ninguém parece aperceber-se que, se é de uma mudança urgente que necessitamos, não será unicamente pela simples troca de ideias que lá chegaremos. O problema é mais profundo.
Portugal está de rastos, e quando os exemplos de eficácia governativa a nível nacional são a miséria que sabemos, as questões regionais parecem-se com brincadeiras de crianças, porque não obedecem a critérios hierarquizados da ordem política. Ou seja, não é razoável imaginar a conquista de uma maior autonomia local, quando não se é capaz fazer boas escolhas para governar o país!
Hoje mesmo, ouvimos mais uma daquelas notícias “animadoras”, capazes de ajudar o Presidente da República a perceber quão provocatório pode parecer pedir aos portugueses uma visão mais optimista da vida. A notícia, informava-nos que Portugal era o país da Europa onde as desigualdades sociais e económicas eram mais acentuadas. É por não ser propriamente novidade este tipo de informação sobre a nossa terra, que me parecem, no mínimo irónicas, as boas intenções do nosso Presidente da República.
Até, quando pretendem criticar a acção dos governos, os portugueses persistem em aplicar o termo “governar”, quando para serem precisos deviam, desde há muito, passar a usar a expressão “desgovernar”, porque efectivamente, é isso que tem acontecido. De facto, nós temos, é sido permanente e abusivamente desgovernados! Como o nosso espírito de contradição é enorme, até não nos importamos de colocar a cereja em cima do bolo para premiar quem vem desgraçando o país e deleitamo-nos a vê-los e ouvi-los em tudo o quando é programa e debate televisivo!
As pessoas parecem ainda não ter percebido, que esses debates ou programas (alguns deles remunerados), ao invés de as esclarecerem, permitem à classe política a oportunidade de se desresponsabilizar por asneiras passadas e recentes, e assim, será impossível almejarmos uma vida melhor. Uma vez chegados a esta situação quase insustentável, dentro das imensas questões que nesses programas lhes são postas, a única que se lhes devia colocar com oportunidade seria, se não tinham um átomo de vergonha por terem contribuído para deixar o país na situação em que está e de, além disso ainda terem coragem para dissertar sobre o estado da Nação como se nunca tivessem nada a ver com o assunto! Mas não é isso que acontece, as pessoas em vez de passarem a exigir a punição de quem desbarata o país, sugestionam-se com a proximidade física dos políticos, perdem a memória e toda capacidade crítica objectiva.
Nas ruas do Porto, nos cafés e lugares públicos, poucas eram as vozes favoráveis a Rui Rio antes das eleições municipais. Rui Rio voltou a ganhá-las.
Agora digam-me, caros conterrâneos, como querem chegar à regionalização com Rui Rio à frente da Câmara, e com o país nas mãos de gente tão pouco qualificada?
Este blogue, congrega a opinião de pessoas de todas as simpatias políticas que partilham a ideia comum de ver a cidade do Porto a recuperar o estatuto económico e social que já teve. O Porto, a cidade da liberdade, perdeu muito nesse aspecto com o evento da democracia. Não acham estranho?
Para terminar pergunto: apesar do descontentamento patenteado neste blogue quase de modo genérico, quantos serão capazes de apostar na vitória da Regionalização caso fosse agora a referendo?
A história de Rui Rio, talvez nos possa servir para reflexão…
Rui Valente
De: Pedro Aroso - "DIAP arquivou um processo..."
"... contra Nuno Cardoso"
O DIAP arquivou o processo contra o Eng. Nuno Cardoso, referente ao Plano de Pormenor das Antas.
Enquanto assessor de Fernando Gomes, depois como vereador e mais tarde como presidente da CMP, encontrei em Nuno Cardoso um homem acessível e que sempre demonstrou um grande respeito pelos arquitectos.
Independentemente de algumas divergências sobre o modo como geriu a nossa cidade, designadamente no período da Porto 2001, estabeleci com ele uma relação de amizade, pelo que esta decisão do DIAP deixou-me particularmente satisfeito.
Pedro Aroso
O DIAP arquivou o processo contra o Eng. Nuno Cardoso, referente ao Plano de Pormenor das Antas.
Enquanto assessor de Fernando Gomes, depois como vereador e mais tarde como presidente da CMP, encontrei em Nuno Cardoso um homem acessível e que sempre demonstrou um grande respeito pelos arquitectos.
Independentemente de algumas divergências sobre o modo como geriu a nossa cidade, designadamente no período da Porto 2001, estabeleci com ele uma relação de amizade, pelo que esta decisão do DIAP deixou-me particularmente satisfeito.
Pedro Aroso
De: Pedro Aroso - "Morreu Luís Pádua Ramos (1931-2005)"
Morreu o arquitecto Luís Pádua Ramos, sócio de Carlos Loureiro, com quem tive o privilégio de trabalhar durante três anos (1979/1982). Para quem não sabe, o GALP Lda (Gabinete de Arquitectura Loureiro e Pádua), é o autor de um número muito significativo de edifícios construídos na nossa cidade e um pouco por todo o país.
É sempre difícil identificar a verdadeira paternidade de projectos elaborados em parceria, mas julgo que o Hotel Solverde, em Espinho, ficará para sempre ligado ao nome do Pádua, como sendo uma das suas obras mais emblemáticas. Curiosamente, uma das suas últimas obras é, para mim, um dos seus melhores projectos: refiro-me ao conjunto de edifícios da Edifer (?), localizado no início da Av. da Boavista, um pouco acima do café Bela Cruz.
Para o Luís Pádua Ramos, onde quer que ele esteja, vai o meu abraço de saudade e de reconhecimento.
Pedro Aroso
É sempre difícil identificar a verdadeira paternidade de projectos elaborados em parceria, mas julgo que o Hotel Solverde, em Espinho, ficará para sempre ligado ao nome do Pádua, como sendo uma das suas obras mais emblemáticas. Curiosamente, uma das suas últimas obras é, para mim, um dos seus melhores projectos: refiro-me ao conjunto de edifícios da Edifer (?), localizado no início da Av. da Boavista, um pouco acima do café Bela Cruz.
Para o Luís Pádua Ramos, onde quer que ele esteja, vai o meu abraço de saudade e de reconhecimento.
Pedro Aroso
2005/10/16
De: Carlos Gilbert - "O aeroporto do Porto: para quem?"
Tendo lido hoje na notícia sobre a entrada em uso da nova aerogare na sua totalidade, e que a estratégia futura é oferecer as mais vantajosas condições a companhias de custo reduzido ("low-cost carriers") veio-me à mente que li há semanas um artigo muito interessante sobre os perigos que estas trazem a uma infra-estrutura aeroportuária que pretenda ter também as ditas "companhias de bandeira" como clientes. Nesse artigo (no "Público") o autor referia que a British Airways irá deixar de voar para o Porto devido à acentuada quebra de volume de passageiros para Londres desde que a EasyJet passou a operar para o Porto. O que poucos utilizadores das ligações aéreas saberão é que a British voa para Heathrow, daí oferecendo ligações directas para todo o mundo, ao passo que a Easy Jet voa para Stanstead, que fica a 57km da capital inglesa, não oferecendo essa conectibilidade com outros destinos. E, continuava o articulista, a Lufthansa estaria a pensar de igual forma com a sua ligação com Frankfurt se a próxima ligação Porto-Frankfurt/Hahn lhe tirar mais passageiros do que os que já perdeu desde que a Air Berlin vem ao Porto. E, Hahn sendo uma pequena localidade situada a uns 60km a oeste de Frankfurt, na outra margem do Reno, que possibilidades de ligação com as grandes redes internacionais e intercontinentais passarão a ter os passageiros que saiam do Porto, quando a tendência é precisamente o "web efect" que as alianças entre linhas aéreas permitem? A resposta será um dia: voar via Lisboa... Dirão os defensores acérrimos das "low cost": qual a diferença entre fazer uma paragem ("stop-over")em Lisboa, Londres ou Frankfurt? A diferença reside no facto que na maioria dos casos de Lisboa se ter de aceder a um dos grandes aeroportos que presentemente (ainda) são ligações directas a partir do Porto, o que na prática significará uma paragem mais no percurso.
Temos, de facto, agora um magnífico edifício aeroportuário a servir o Porto. Convinha era que haja também a correcta estratégia para que não seja utilizado em exclusivo pelas já referidas companhias "low cost" e "charters".
Outro aspecto que constitui um entrave de monta para o nosso aeroporto é o facto de o "taxiway" paralelo à pista de aterragem e descolagem não acompanhar a mesma em toda a sua extensão, facto que obriga muitas aeronaves a usar essa pista principal para o seu trajecto para a aerogare, após a aterragem, ou desta para a cabeceira da pista se tiverem que descolar em direcção a Sul, factor que condiciona o número de aviões que podem operar por hora. Não há aeroporto de renome que tenha este "handicap" de facto muito limitador da eficácia do nosso "Sá Carneiro".
C. Gilbert
Temos, de facto, agora um magnífico edifício aeroportuário a servir o Porto. Convinha era que haja também a correcta estratégia para que não seja utilizado em exclusivo pelas já referidas companhias "low cost" e "charters".
Outro aspecto que constitui um entrave de monta para o nosso aeroporto é o facto de o "taxiway" paralelo à pista de aterragem e descolagem não acompanhar a mesma em toda a sua extensão, facto que obriga muitas aeronaves a usar essa pista principal para o seu trajecto para a aerogare, após a aterragem, ou desta para a cabeceira da pista se tiverem que descolar em direcção a Sul, factor que condiciona o número de aviões que podem operar por hora. Não há aeroporto de renome que tenha este "handicap" de facto muito limitador da eficácia do nosso "Sá Carneiro".
C. Gilbert
De: Cristina Santos - "O Público tão social"
No Público de hoje no espaço sociedade (para que assim chegue a todo o Portugal) vem em grande destaque uma reportagem sobre o nosso fatídico São João de Deus.
Abordam a Toxicodependência, tráfico de droga e tuberculose, mas o destaque principal vai para as 71 famílias supostamente desalojadas, que agora ocupam os fogos devolutos do Bairro ou partilham habitações com familiares noutros bairros da Cidade.
O caso mais relevante é o da Sr. Olga que só descobriu que se chamava Alda depois de ter sido despejada e ter requisitado a emissão de B.I., até essa altura pensou sempre que se chamava Olga como a titular do contrato....
Esta senhora Alda foi despejada, tal como a maioria das famílias, por não ter contrato ou Alvará de ocupação em seu nome, e pelo cumulativo de na habitação terem sido apreendidas pessoas por tráfico de droga.
Nesta reportagem refere-se ainda que a intervenção no São João de Deus incitou o aumento do tráfico e dos distúrbios em outros bairros, todas estas referências são feitas em tom de crítica às medidas adoptadas pelo anterior executivo.
A considerar tecnicamente o seguinte:
Vamos aguardar uns anos para ver se este tipo de intervenção atemoriza os colaboradores deste tipo de negócio e depois então fazer contas aos resultados.
Cristina Santos
Abordam a Toxicodependência, tráfico de droga e tuberculose, mas o destaque principal vai para as 71 famílias supostamente desalojadas, que agora ocupam os fogos devolutos do Bairro ou partilham habitações com familiares noutros bairros da Cidade.
O caso mais relevante é o da Sr. Olga que só descobriu que se chamava Alda depois de ter sido despejada e ter requisitado a emissão de B.I., até essa altura pensou sempre que se chamava Olga como a titular do contrato....
Esta senhora Alda foi despejada, tal como a maioria das famílias, por não ter contrato ou Alvará de ocupação em seu nome, e pelo cumulativo de na habitação terem sido apreendidas pessoas por tráfico de droga.
Nesta reportagem refere-se ainda que a intervenção no São João de Deus incitou o aumento do tráfico e dos distúrbios em outros bairros, todas estas referências são feitas em tom de crítica às medidas adoptadas pelo anterior executivo.
A considerar tecnicamente o seguinte:
- A intervenção do anterior executivo dispersou o tráfico, logo facilitou o seu controlo.
- A natureza da intervenção é semelhante à realizada na Sé, onde as habitações camarárias tinham sido cedidas pelos titulares dos contratos a interessados em fundar altos negócios ilegais.
- O consumo e tráfico na Sé também diminuiu.
- O programa Porto Feliz não pode ter taxa de reincidência 0%, de contrário os CAT espalhados por todo o país não teriam taxas de 80% de reincidência, muito bem vai o Porto Feliz enquanto consegue promover desporto, ocupação profissional e tratamento.
- A inadmissibilidade de as pessoas continuarem a achar que tem direito a ocupar habitações sociais, mesmo que não existam no Pais enquanto cidadãos, será que não ter B. I. é normal?!.
- O facto de os crimes de tráfico serem pagos em Tribunal ou na cadeia, não significa que se possam utilizar habitações sociais para cometer crimes dessa natureza e que ninguém possa actuar nesse sentido, o cumprimento de pena não tem nada que ver com usos abusivos.
- Uma coisa é ocupar habitações ilegalmente, tornar o local um inferno e outra coisa bem diferente são as centenas de pessoas que continuam à espera de uma casa social, enquanto os bandidos têm direitos incontestáveis pelos cidadãos em geral.
- Os despejados por esse tipo de crime não fazem comentários ao banditismo ou ao tráfico, nem sequer demonstram qualquer espécie de remorso face aos doentes tuberculosos que morrem nos seus patamares, são tudo consequência normais do seu negócio ilegal.
- Os despejados na sua maioria não irão tornar-se «Sem abrigo» ao contrário dos inúmeros doentes que dependiam directamente dos negócios que aí se desenvolviam.
Vamos aguardar uns anos para ver se este tipo de intervenção atemoriza os colaboradores deste tipo de negócio e depois então fazer contas aos resultados.
Cristina Santos