2006-07-09

De: Alexandre Burmester - "Fora da Baixa também há Porto - 2"

Submetido por taf em Sábado, 2006-07-15 17:28

A GM teima em fechar a fábrica em Portugal. Esquece o papel social que as empresas têm e em particular com esta dimensão.

O Estado Português não vai conseguir nada de útil levando a empresa a tribunal. Mas todos os Portugueses tem um argumento fácil e instrutivo a utilizar: Não comprem mais nada à marca.

Alexandre Burmester

De: Alexandre Burmester - "Fora da Baixa também há Porto - 1"

Submetido por taf em Sábado, 2006-07-15 17:27

Se o ensino tem tão mau aproveitamento, é em particular no Português que se torna mais chocante. Os alunos não lêem, e se o fazem não entendem, o que faz também que pouco compreendam as outras matérias.

O incentivo à leitura, e ao gosto pela língua, não pode é continuar a passar pela obrigatória matéria do Frei Luís de Sousa, Virgílio Ferreira ou Saramago (para ser moderno). Ensinem-lhes a ler a “Bola”, as instruções da Playstation, etc… que se começarem a entender poderão acabar no Camões…

Alexandre Burmester

De: Cristina Santos - "A pirâmide humana"

Submetido por taf em Sábado, 2006-07-15 17:21

A pirâmide humana é dos exercícios mais difíceis de concretizar. O equilíbrio de quem está no topo depende da união dos que estão por baixo. Se a base se separar quem está em cima fica suspenso, pode apoiar-se só em duas pessoas, mas isso é insuficiente para o espectáculo.

Para fazer a união em baixo, o artista do topo deve evitar debruçar-se muito para acautelar a queda, deve orientar o peso compensando as bases mais frágeis e deve manter o equilíbrio até ser visto pelos espectadores.

Pirâmide humana

O último grito da pirâmide humana, o êxtase do êxtase, esta em prática na nossa cidade. A inovação é durante o espectáculo distribuir bolas aos espectadores, para que estes atirem de forma a dificultar o exercício – é engraçado – o objectivo final é o artista do topo manter-se equilibrado no vértice perante a ofensiva que solicita.

É um espectáculo exigente e rigoroso, um show que tem que prosseguir mesmo perante a morte de um dos artistas da base de apoio.

A grandiosidade e inovação do evento já garantiu aos artistas um contrato para mais 3 anos em cena.

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Cristina Santos

De: TAF - "A fotografia faz milagres..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 23:30

Avenida dos Aliados

Avenida dos Aliados

Avenida dos Aliados

Rua do Bonjardim

Hospedaria Costa - Bonjardim

De: António Alves - "Imagem da Cidade"

Submetido por admin em Sexta, 2006-07-14 22:21

Na Boavista foram construídos 2 centros comerciais além do velho Brasília: o Península e o Shopping Cidade do Porto (Bom Sucesso). Este último também muito polémico. Mas o que não é polémico nesta terra?

Mas é verdade, estamos a perder tempo com o que não interessa. Devíamos estar a gastar o nosso precioso tempo a tentar compreender por que razão, a partir do meio dos anos 70 até aos nossos dias, gerações de portuenses se viram obrigados a sair do Porto; devíamos tentar compreender por que razão os jovens portuenses, na primeira oportunidade, se mudam para a Maia, Matosinhos e Gaia; devíamos também tentar perceber por que razão qualquer jovem de hoje, não nascido no Porto, não acha a nossa cidade atraente e só para cá virá viver se as circunstâncias da vida a isso o obrigaram. Serão, certamente, muitas e variadas as razões. Mas eu deixo-lhes duas perguntas: olham para a nossa Câmara e acham-na simpática? Dá ela uma imagem atraente da cidade?

António Alves

De: Carlos Teixeira - "Por falar na Batalha..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 22:12

... lembrei-me agora que fui ao reaberto Batalha, ou melhor, ao bar situado no topo do edifício.

O espaço, de reconfortante recordação, continua a ter como traço forte a imponente arquitectura que caracteriza os seus interiores [a minha visão leiga mas considerada geralmente de bom gosto] e tem agora as alas remodeladas com novas funcionalidades.

Infelizmente, porém, é com pesar que registo os incómodos de ver o chão sujo, que sinto o cheiro a lixo [sim, lixo, como o cheiro dos miseráveis contentores que tenho mesmo frente à minha porta] pelo edifício fora e mesmo no recinto ao ar livre. Não gostei também de ver as coisas por acabar. Ou se abre com a coisa pronta ou mais vale estar quieto e arrancar uma ou duas semanas depois. No entanto, sinto [espero] que poderá ter sido uma situação pontual e que terá já sido corrigida.

Estando assim corrigida, é um espaço a aproveitar e a dinamizar que tem muita coisa a dar ao Porto, conforme refere, muito a propósito, o Carlos Romão em "reportagem".
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Cumprimentos,
Carlos José Teixeira

De: José Paulo Andrade - "As Faculdades de Medicina do Porto"

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 22:05

Para variar um pouco do tema da localização do Corte Inglés e a perda de oportunidade (ou não) para o Porto junto envio um documento divulgado publicamente pelo Director da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto bastante elucidativo.

Apesar de serem duas das mais produtivas faculdades em termos de produção científica e ensino, a Faculdade de Medicina do Porto e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar estão a ser nitidamente prejudicadas em relação às outras faculdades de Medicina do país (incluindo as que se localizam em Braga e Covilhã).

José Paulo Andrade

De: Pedro Lessa - "Ainda antes dos carrinhos..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 16:39

Cara Cristina,
ainda antes dos carrinhos, tema a que de certeza não voltarei (já disse tudo o que penso o ano passado), permita-me que lhe diga o seguinte.

Como sabe, nos tempos que aqui temos conversado nos últimos tempos, não tenho por norma entrar em diálogos. Mas abro uma excepção para lhe dizer que os meus votos de boa viagem foram sentidos. À parte a ironia, a comparação que fiz foi em termos de equipamento, que no caso em termos de infraestruturas, são bastante semelhantes, seja uma grande superficie comercial seja uma grande superficie cultural. Foi neste, e só neste, sentido que os comparei. Mas mesmo relativamente à Casa da Música, já se esqueceu da discussão que gerou na altura, com opiniões de que a localização deveria ser outra? Pois, era a isso a que eu me referia. À paralisia crónica, a aqueles que não querem mexer na cidade porque acham que faltam ao respeito(?) ao que está construído e em vias de extinção(?). A cidade do Porto tem por onde crescer e muito. Pode-se crescer sem ser geograficamente, e é com este tipo de crescimento que deixaria de "ter falta de ar, de limpeza, de pessoas, de paz..." É deste crescimento que o Porto precisa.

Quanto à localização ideal para o Corte Inglês, que entretanto também se iniciou a discussão, é por demais evidente que a Boavista seria o local ideal, no seguimento dos factores indicados por P. Espinha. Aqui há uns bons anos, quando iniciei o meu curso, já o escritório onde trabalhava na altura, mandatado pelos espanhóis, tinha iniciado contactos exploratórios para ali instalar as extintas Galerias Preciados. Aquela zona, já na altura, tinha sido identificada por eles como zona ideal para estas grandes superfícies. Ainda existia a remise, e ainda nem se sonhava com casas da música e já a Boavista despertava interesse. Não é de agora.

Cumprimentos,
Pedro Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
www.architecturalroutes.com

De: F. Rocha Antunes - "Preços"

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 16:36

Caro Carlos Teixeira

Apenas uma correcção: eu considero que os preços que resultam de um mercado livre são uma resultante e não uma condicionante. Se uma determinada zona vale mais é porque os comerciantes vendem mais nessa zona que noutras. Apenas isso. O lazer, como sabe, é tão importante como actividade económica que já é equiparado, em importância, ao comércio retalhista. Mas ainda não são a mesma coisa, e sem cinemas e restaurantes temáticos, bares e outras actividades de lazer não existe lazer. Apenas comércio retalhista com um restaurante de apoio.

Caro Paulo Espinha

A Sonae abriu um centro comercial na Rua de Santa Catarina e não abriu nenhum na Boavista. Mas concordo consigo, chega de discussão sobre isto.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Cristina Santos - "Precauções do século XIX"

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 16:27

Este excelente texto da Arq.ª Paula Morais merece uma humilde ilustração, no Séc. XIX só havia plágios de projectos caso estes fossem plantados na mesma Rua e em solos idênticos, tudo era feito ao pormenor, por isso é que cada casa da Cidade é única.

No caso das fotos em anexo, é um prédio situado a escassos metros do encontro de várias águas de nascente, como não podia existir ventilação directa para as traseiras, pelo encosto directo ao terreno vizinho, na construção foram feitos dois pequenos túneis de ventilação que desembocavam com chaminés no terreno vizinho situado a uma cota mais alta.

Cave de prédio do séc. XIX

Cave de prédio do séc. XIX  Cave de prédio do séc. XIX

Acontece que, passado um século, o terreno vizinho foi vendido e o construtor do Séc. XX resolveu entupir as ventilações deste prédios com entulho da obra que realizou.

Os pavimentos do piso térreo apodreceram, as paredes ficaram fulminadas, coincidência ou não quando a obra de recuperação começou já o inquilino do rés-do-chão estava em tratamento com um cancro no pulmão, morreu 2 meses após a conclusão. Não sei se existiam gases, mas por precaução abriu-se o alçapão e os respiros da fachada frontal que haviam sido tapados por serem considerados as causas da humidade e apodrecimento, e só passadas 4 semanas é que se desceu para essa espécie de cave.

No fim só foi possível desobstruir uma das chaminés e construir uma desembocadura a 80cm do solo, mesmo assim e por precaução colocaram-se alguns tubos de ventilação para as laterais e drenagens interiores.

O pé de alto começa em 2 metros e termina em 1 na parede frontal. Se o dono da obra não fosse um octogenário o mais natural era que exigisse o aproveitamento deste compartimento, como aliás começa a ser rotina em alguns restauros que vejo pela Cidade.

De: Carlos Teixeira - "Acerca de: «Olhem que não...»"

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 11:48

F. Rocha Antunes escreve, e bem, acerca da justificação da procura de espaço comercial baseada no preço. O factor preço do metro quadrado é realmente condicionante da prática comercial mas não é, por si, impedimento à força empreendedora e desafiadora do mercado.

A análise que descrevo cinge-se simplesmente à capacidade que o comerciante médio tem de inovar - falo dos já existentes na área referida, a de Sta. Catarina, Batalha, Sá da Bandeira, Av. dos Aliados, Trindade, Clérigos, etc. - e que não me parece ser característica visível.

Pensando que um centro comercial pratica alugueres de muito maior custo e que, ainda assim, a massa criada pela aglomeração de lojas permite não só a sobrevivência conjunta mas também o aumento do volume de negócios [o caso da Av. da República é paradigmático dado o conceito ECI ser diferente do centro comercial "normal" e influir positivamente no restante comércio circundante], porque não é tal prática utilizável numa rua ou área geográfica circundante?

Creio que o principal impecilho ao desenvolvimento da área de Sta. Catarina e circundantes é o marasmo em que os lojistas se detiveram e a falta de apoio específico das entidades relacionadas. Daí o meu apontamento acerca da falta de um grupo de pressão eficaz que permita a negociação de bonificações básicas como as que se concedem à abertura de determinados espaços.

É evidente que tais bonificações sugerem contrapartidas: a visível adopção de estratégias de dinamização da área e a manutenção do espaço, por exemplo, entre outras. Remeto esta ideia para a imagem do que se passa em ruas de Milão, Paris, Amsterdão, entre outras, ruas que chegam a ser "telhadas" originando um espaço fechado mas não claustrofóbico, isto é, uma clara delimitação de um terreno que se identifica de imediato com a actividade comercial e que atrai milhares de visitas diárias.

Todos teriam a ganhar com isso.

Reportando-me ainda ao "Acerca da Baixa do Porto?", devo acrescentar ainda que não é, de todo, da minha preferência a situação da Boavista. Creio que a actividade comercial se predispõe muito mais à Baixa do Porto. A Boavista, embora possuidora de um excelente interface de transportes públicos [o melhor da área metropolitana], não me parece "prendada" para este tipo de actividade. É mais zona de passagem que outra coisa. Tenho a impressão que transformar a área [leva tempo, muito...] num misto de pólo cultural e "Wall Street" seria muito mais eficaz [...este delira! (eu sei, eu sei...)], mantendo a área interessante para a prática do lazer mediante a manutenção eficaz dos espaços verdes, zona histórica, palácios e ligações ao rio.

Por fim, quero apenas fazer um reparo a uma das ideias que F. Rocha Antunes apresenta, a da diferença entre espaço de lazer e espaço comercial. São conceitos cada vez menos diferenciados. Não é o facto de existir um cinema ou não que influi, directamente, na afluência de público. Se assim fosse, estava Sta. Catarina muito bem com o Batalha reaberto e as restantes casas na área, Rivoli, T.N. S. João... e por aí fora.

É um facto que o "cidadão comum" cada vez tem menos disponibilidade de tempo e dinheiro para os espectáculos e nem sequer é incentivado a tal. Resta-lhe ver montras, montras bonitas, com coisas bonitas [e de preferência baratas] em ambiente saudável, atraente e acolhedor. Chamativo.

É disso que falo.
--
Cumprimentos,
Carlos José Teixeira

De: Paulo Espinha - "Última nota e juro que não escrevo + sobre..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-14 11:41

Caro Francisco Rocha Antunes

Como é sabido, não sou um especialista em mercado imobiliário, contudo tenho muitos contactos com os maiores grupos económicos a intervir no mercado comercial de média e grande dimensão.
Segundo os americanos - No Parking, No Business!
Transportando isto para o modelo europeu desenvolvido - Sem Mobilidade, Não Há Negócio!

A minha experiência diz-me que a grande dimensão comercial necessita absolutamente de determinados requisitos que não são os das pequenas lojas tradicionais. Assim, a decisão da localização de uma área comercial acima dos 50.000m2 de área de vendas tem tal relevância que consegue distorcer os valores de mercado, pelo que aquilo que escreveu não contradiz o que eu escrevi.

Independentemente dos preços que refere, a verdade é que:

  • 1) a primeira opção dos profissionais do El Corte Inglês foi a Rotunda,
  • 2) uma loja El Corte Inglés não é uma pequena loja a retalho,
  • 3) eu comparei a Rotunda com a localização em Gaia.

Isto é, entre a Rotunda e Gaia - não tenho qualquer dúvida!

Agora:

  • a) a opção Boavista - não era opção por causa do Presidente da CMPorto;
  • b) a opção do Palácio dos Correios e da Av. da Ponte Luís I - não eram opções por questões de mobilidade;
  • c) a opção do espaço aéreo da Trindade - não era opção por questões de propriedade.

Logo, acabou por ser a opção Gaia. E não quero dizer que não seja um êxito:

  • - a loja mais próxima está em Vigo;
  • - a transformação do mercado resultante da instalação da Loja (isto é, a posteriori) é uma realidade.

Um abraço
Paulo Espinha

De: Paula Morais - "Um inquilino que não paga renda"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 23:58

Caros participantes

Tive hoje a oportunidade de descobrir que a cidade do Porto é uma das duas únicas cidades do País que mede os níveis de radioactividade natural presente na água canalizada. Apesar de se tratar de um assunto diferente daquele que tem sido debatido ultimamente aqui no blogue, fiquei com alguma vontade de partilhar esta minha descoberta, e, uma vez mais, utilizei o subterfúgio de um trocadilho no título do post para captar a vossa atenção ;-), afinal a nova “Lei das Rendas” acabou de entrar em vigor...

Concretamente o que é medido na água é a quantidade de radão (Radon-222, Rn), um gás radioactivo natural (parente do urânio), incolor, inodoro, e sem sabor, presente na água oriunda de nascentes radioactivas, e, também, nos solos e rochas graníticos, bem como, de acordo com algumas entidades com responsabilidades na matéria (como a EPA e o UNSCEAR), igualmente presente no ar interior de muitos edifícios, construídos com produtos de granito, ou implantados em solos deste material.

É pois precisamente este ponto, o radão presente no interior de edifícios, o centro da minha reflexão. Sendo facilmente comprovável que a maior parte dos edifícios implantados na Baixa do Porto são constituídos por elementos de granito, estando também a maior parte deles implantados em solo granítico, penso estar assim justificada esta minha preocupação. Aliás, de acordo com a DECO-Proteste (em parceria com o INETI), o distrito do Porto faz parte das áreas que apresentam níveis elevados de concentração deste gás radioactivo.

De facto, com base no “princípio da precaução”, que se suporta na existência de potenciais riscos para a saúde humana derivados da inalação deste gás radioactivo (por exemplo, o aumento do risco de desenvolvimento de cancro do pulmão, principalmente para as crianças), a União Europeia também manifestou preocupações sobre o tema. Inclusive publicou em 1990 a Recomendação n.º 90/143/Euratom, relativa à protecção da população contra a exposição interior ao radão, e na qual apela para a adopção de boas práticas na construção e reabilitação de edifícios de forma a controlar os níveis de radioactividade provocada por este gás.

Apesar de não ter sido adoptada por nenhum documento legal em Portugal, um facto muito curioso, pelo menos para aqueles que estudaram os métodos e sistemas construtivos de alguns edifícios portuenses do século XIX, é que já nessa época, no Porto, as regras da arte de construir adoptavam as recomendações necessárias à protecção dos “problemas e riscos para a saúde das pessoas vindos do chão”, como me dizia um construtor civil portuense com 98 anos de idade e 91 de experiência na área da construção de edifícios. Esse sistema construtivo consistia na sobrelevação do edifício em relação ao solo, através da construção de uma cave, geralmente com um pé-direito muito baixo (inferior a 2 metros), em cujas fachadas opostas se instalavam grelhas de ventilação permanente. Ou seja, exactamente o sistema recomendado um século depois pelas diferentes entidades (EPA e UE) para os edifícios sujeitos à presença do radão. Concordo pois com a Cristina, quando refere que o Porto tem “que crescer no mesmo sítio como uma árvore”, que temos de “alimentarmo-nos das raízes, da conservação do ar e do solo”, e acrescento, devemos também de olhar para o que temos e aprender com o nosso património.

Paula Morais
Arquitecta

Nota: Sobre o tema Porto+Gaia, limito-me a deixar um desenho que elaborei em 1992 para um exercício da disciplina de Desenho quando frequentava a faculdade de arquitectura. Naquela altura de forma inocente, e agora de forma mais consciente, continuo a entender, à semelhança do desenho, que se trata do mesmo território e do mesmo espaço físico (representados com o mesmo tipo de linha), como duas “fracções autónomas” pertencentes ao mesmo “condomínio”.

Porto+Gaia

De: Cristina Santos - "Por falar na Avenida..."

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 23:55

Ora caro Pedro Lessa, a questão do Lobby vai ser estruturada depois das férias, e apadrinhada com um bom jantar entre todos, com ideias e sugestões.

Não estamos só a falar do Corte Inglês, estamos a falar de uma dinâmica em que todos contribuem com o seu ponto de vista, o meu é fraquinho, mas já aprendi muitas coisas com as vossas respostas. Francamente não preciso nem sinto falta do tipo de movimento shopping center, o que eu sinto falta é do respeito pela Cidade, pelo que está construído e em vias de extinção. Sinto falta de ar, de limpeza, de pessoas, de paz... talvez eu seja apenas uma egoísta.

Agora, caro Pedro, comparar o Corte Inglês com um dos melhores museus da Europa é quase como dizer que preferia o centro comercial à Casa da Música. Ou é isso ou o Pedro está a concordar comigo, se queremos deixar o parque e a Casa da Música livres para acompanhar o rejuvenescimento da Cidade, talvez seja melhor não colocar lá nenhum Corte Inglês, nem mesmo outro Dolce Vita.

Bem passemos à próxima: o Grande Prémio da Boavista em 2 fins de semana consecutivos.

Um abraço,
--
Cristina Santos

De: Pedro Lessa - "Conversa de surdos"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 19:57

Comungo da opinião do A. Burmester, também eu não percebo esta discussão sobre o Corte Inglês. Todos percebemos as vantagens se ele tivesse ficado no Porto (nem todos), mas enfim, está em Gaia e deixem-no lá estar. Foi uma oportunidade perdida, agora temos é de olhar para o futuro, planeando-o no presente. A História encarregar-se-á de fazer os seus julgamentos. Continua a haver cá no Burgo adeptos da paralisia total, porque o Porto não tem para onde crescer (?!?).
Não seria mais interessante e importante continuar a discussão do Lobby? Discutir como todos nos podemos envolver neste movimento? Como poderemos dar o nosso contributo? Parece-me, de todo, que sim.
Por isso deixemo-nos de (passe a expressão) conversas de surdos.

Aproveito para desejar boa viagem à Cristina Santos, e que não se assuste com o Guggenheim. É que ele está mesmo dentro de Bilbao, e também não tinha sítio para crescer, mas ele está lá. Ninguém se lembrou de sugerir que o fizessem em San Sebastian ou Biarritz. Lá está, são as tais diferenças de mentalidades.

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa.
pedrolessa@a2mais.com
www.architecturalroutes.com

De: F. Rocha Antunes - "Olhem que não..."

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 19:52

Meus Caros Paulo Espinha e Carlos Teixeira

A realidade comercial não confirma aquilo que aqui escreveram. Como sabem, o comércio a retalho é uma actividade fortemente profissionalizada a nível internacional. E felizmente também em Portugal o comércio a retalho é cada vez mais aquele que está em mercado aberto e concorrencial e cada vez menos aquele que se esconde atrás de qualquer associação local para sobreviver (sintomática a prioridade da Casa do Comércio, para a reforma…)

Hoje as marcas portuguesas e não portuguesas competem abertamente entre si e há inúmeros exemplos de marcas portuguesas que conseguem competir em mercados externos e de marcas externas que têm sucesso em todo o mundo e, por via disso, cá. Marcas tradicionais que sabem evoluir, algumas do Porto, como a Leitaria da Quinta do Paço, a Padaria Ribeiro e os Chocolates Arcádia são exemplos disso.

Um dos problemas que temos é a de existir um excesso de ideias feitas que, por terem sido verdade nalgum momento, passam a certezas duradouras quando a realidade, felizmente dinâmica, as torna obsoletas. Uma dessa ideias é a de que a Boavista, nomeadamente a Rotunda, é muito mais atraente para o comércio a retalho que a Rua de Santa Catarina. O que está completamente errado.

Há várias empresas internacionais especializadas na mediação desses espaços que actuam no Porto, embora a partir do escritório de Lisboa há muitos anos. Através de visitas regulares sistemáticas acompanham, loja a loja, a evolução das principais artérias comerciais do Porto, sendo responsáveis pela maioria das transacções que foram efectuadas. E o que publicam há anos é que o valor do espaço comercial de loja de rés-do-chão, para uma área padronizada de 100 m², é de 63 euros por mês na Rua de Santa Catarina e de 35 euros por mês na Boavista. Quase o dobro, portanto. E não me parece que sejam os lojistas portugueses e estrangeiros que estão presentes às dezenas nos últimos anos que estejam enganados. Reparem que são transacções que foram sendo feitas ao longo dos últimos anos, desde que o Via Catarina abriu.

O Corte Inglês é um formato comercial importante que, como disse em tempos, poderia perfeitamente ter ficado na Trindade em cima do cruzamento das linhas de Metro. Mas não é sequer o formato comercial nem mais actual nem mais competitivo no mercado português. E como ainda por cima não tem cinemas não poderá ser um pólo de lazer, apenas de comércio.

Vale a pena olhar para a realidade. E actualizar as nossas ideias pré-concebidas.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Rui Valente - "Acham bem?"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 19:51

Caros bloguistas,

Dei por mim a pensar que esta coisa de comunicarmos uns com os outros sem sequer conhecermos o rosto de quem está do outro lado é uma coisa um tanto ou quanto impessoal e fria. Concordam?

Os recentes "jantares" convívio podem ajudar a quebrar o "gelo" mas, pelas mais diversas razões, muitos de nós nem sempre podem estar presentes, pelo que a identificação física (facial) junto dos nossos comentários poderia aproximar-nos um pouco mais e ao mesmo tempo humanizar um pouco mais a nossa participação.

Será que a ideia pode afectar a nossa privacidade, ou terá outros inconvenientes que agora não estarei a vislumbrar? Deixo isso, ao critério do TAF e dos restantes (já muitos) colaboradores(as) da Baixa.

Digam a vossa opinião.

Cumprimentos
Rui Valente

De: António Alves - "Cidade"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 19:43

Quando aqui reagi a uma intervenção de Francisco Oliveira sobre o Corte Inglês estava longe de imaginar que a discussão em volta do tema se tornasse tão viva e participada. É bom sinal: significa que as pessoas debatem de forma animada e sem reservas as questões da cidade; é também sinal que a gestão feita pela autarquia, no âmbito deste processo, ainda incomoda; a uns mais que outros, obviamente.

O El Corte Inglés, queira-se ou não, é uma prestigiada marca comercial ao nível do melhor que existe em inúmeras capitais deste e do outro lado do Atlântico. É muito mais do que um mero outlet: chega mesmo a funcionar como uma verdadeira atracção turística, com as habituais implicações positivas e negativas dos fenómenos turísticos. Quantos não vão a Paris visitar os seus famosos Magasins, a Londres visitar o Harrods e a Nova Iorque o Macy's?

Mas a minha intenção não era discutir o El Corte Inglés em si mesmo, que é apenas um exemplo objectivo, e a meu ver claro, do tipo de política de criação de cidade que é adoptado pela nossa autarquia. E é essa a discussão que me interessa, o modelo de cidade que desejamos, e não as qualidades - boas e facilmente comprováveis - da cadeia comercial espanhola.

As cidades são, desde que surgiram na longínqua civilização suméria, concentrações de estruturas políticas, administrativas e económicas; assim como locais de grande concentração populacional. São sistemas sociais globais e complexos. Neles podem-se encontrar vários subsistemas (políticos, económicos, etc.) e todos os fenómenos típicos de sistemas mais amplos, como as sociedades nacionais e mesmo os sistemas internacionais. O Porto, nas suas variadas dimensões e complexidade, também é assim. Daí a variedade de opiniões acerca das políticas preconizadas em relação ao seu desenvolvimento (ou falta dele) e futuro adivinhado.

O Porto encontra-se numa encruzilhada. Como cabeça duma região que assentou o seu desenvolvimento numa base industrial de baixo valor tecnológico e baixo valor acrescentado, sofre, em conjunto com o seu hinterland, os efeitos nefastos da chegada à produção industrial de massa de países que até agora estavam dela arredados. Esses países são possuidores de vantagens competitivas imbatíveis. Como resultado instalou-se a crise económica, que trouxe consigo a crise social e a perda de influência política. Contudo, as situações de ameaça podem transformar-se em magníficas oportunidades. Oportunidades para reestruturar o sistema produtivo dando o salto para um patamar mais elevado: um paradigma de desenvolvimento assente em actividades de grande valor acrescentado e incorporação tecnológica de maior valor científico -- o que de facto já está em marcha, havendo numerosos exemplos disso, como a investigação na genética e na biotecnologia, levados a cabo por laboratórios e empresas sedeadas na região. Em paralelo é uma oportunidade para o Porto, visto no seu global, como grande área metropolitana, redefinir o seu papel como centro nevrálgico e coração demográfico duma imensa região que se estende até à Galiza.

Hoje, no tempo da sociedade em rede e das actividades que assentam na troca de informação, que circula dum ponto para o outro à velocidade da luz de modo imaterial, a localização duma empresa geradora de empregos e riqueza, sobretudo as do terciário mais qualificado -- finança, consultadoria e marketing, pesquisa, cultura e informação --, já não se decide pela elevada concentração de mão-de-obra pouco qualificada, como no tempo da indústria do tipo fordista, mas sim pela vizinhança com os locais de pesquisa tecnológica e decisão política, assim como pela vizinhança dos grandes nós das redes de transportes, sobretudo o aéreo, porque os trabalhadores destas novas indústrias necessitam de grande mobilidade. Decide-se também pela presença de centros de consumo de qualidade (entra aqui o Corte Inglês) e pela existência duma vida cultural dinâmica e cosmopolita, suficientemente atractiva para que as empresas possam seduzir e fixar os seus quadros e elites profissionais, cujos padrões de consumo e vida cultural são de elevada exigência. Sendo assim, as grandes áreas metropolitanas continuam a estar no cerne do desenvolvimento. Quem mais, se não elas, têm para oferecer todas estas condições?

O Porto Metropolitano, e em especial o seu município central, não tem ainda todas as valências que o torne num pólo de irresistivel atracção para o novo futuro, mas tem já muito: uma universidade de grande prestígio, empresas na senda da inovação, um porto de mar de grande qualidade, um aeroporto de nível internacional, uma rede de transportes públicos em franca melhoria de qualidade e eficiência, pólos de actividade cultural de excelência como Serralves, Teatro S. João e Casa da Música; tem também, não esqueçamos, um património construído de alto valor cultural com imenso potencial turístico que, espera-se, seja na sua maior parte recuperado com a maior brevidade possível. Precisa urgentemente de ganhar importância e capacidade de decisão política (regionalização/autonomia administrativa); precisa também de modernizar e qualificar a sua estrutura comercial e não descurar as infra-estruturas que favoreçam a comunicação e a troca de informação; deve amplificar, ainda mais, a sua oferta de cultura "alta" e criar infra-estruturas para se tornar no grande centro de oferta de cultura "popular" de massas do Noroeste Peninsular; precisa de melhorar as ligações físicas ao seu hinterland natural e a Espanha (as ligações ferroviárias ao Minho e à Galiza, ao Douro e a Salamanca); precisa, não esqueçamos também, de reforçar a sua coesão social e minorar os graves problemas de exclusão que o habitam. Mas este problema resolve-se sobretudo pelo crescimento económico e não com políticas assistencialistas que devem apenas acudir as situações de maior risco. E por fim, mas não por último, precisa duma liderança política (não confundir com qualquer espécie de messianismo) com vistas mais largas e maior ambição.

Eu acredito nas cidades dinâmicas, fervilhando de gente e actividade, com superfícies comerciais modernas e até, o que para muitos é uma heresia, zonas de construção em altura, porque esta é uma forma racional das empresas utilizarem o espaço disponível. Tudo isto pode e deve conviver com zonas exclusivamente residenciais de qualidade, pequeno comércio tradicional e toda a multiplicidade que uma cidade obrigatoriamente contém. Não acredito é que uma cidade possa ser uma imensa Nevogilde com belas ruas arborizadas e pássaros chilreantes, por muito que essa imagem nos seja agradável. É pura utopia.

António Alves

De: Cristina Santos - "Masterplan de Bilbao"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 17:16

Bem, já recebi a informação de Bilbao, fiquem os meus caros a saber que o título da Cidade é mesmo igual ao nosso – Muito Nobre e Invicta Vila de Bilbao – quem lho atribuiu foram reis católicos – Filipe III e Maria Cristina.

Bilbao  Bilbao

Os responsáveis pelo Turismo da região remeteram-me informação sobre toda a «Comunidade Autónoma del Pais Vasco» e agora já não sei se o que vou visitar, tem atracções que vão do período pré-histórico à idade moderna e depois ao Sec XX, parques naturais, bosques encantados, 49 praias... (lá esta o que eu dizia: promover o Porto num todo desde a Ribeira ao Gerês em clara comunhão de interesses).

Quanto a Bilbao propriamente dito, dispõe de visitas guiadas ao centro histórico ou à «cidade progresso» todo o ano aos sábados e domingos às 10 horas, no Verão há ainda visitas às terças e quintas, o ponto de encontro é em frente ao Teatro Arriaga ou em frente ao Museu de Bilbao, basta comparecer na hora marcada para poder acompanhar pelo preço de 3 euros. Nós quando temos uma visita guiada é uma festa…

Enviaram-me ainda lista de hotéis, pensiones e parques de campismo, com contacto, endereço electrónico e valor da estadia. Depois tem um livro de 68 páginas sobre toda a região. Falta falar do Bilbao card, é um cartão que se pode adquirir em qualquer posto de turismo pelo valor de 6€ (1 dia), 10 € (2 dias) e 12€ (3 dias), serve para viajar nos transportes públicos dentro da cidade, dá descontos de 10% a 50% nos museus, lojas, restaurantes e lugares de entretenimento devidamente identificados nos roteiros.

Reparem na promoção turística destes vizinhos, só solicitei «Walking Tours», mandaram-me toda esta informação; os roteiros incluem horários de museus, igrejas e respectivos preços de visita, guia da noite, guia das compras, guia da arte, guia da música, guia da gastronomia, guia da natureza… Tenho alguns guias da Cidade do Porto, que se reduzem a isso mesmo, à Cidade, mas também só o nosso município é que contribui para a despesa, para fazer uma promoção do tipo da referida era necessário contactar todos os municípios do Norte de Portugal, alargava-se a oferta e dividiam-se os custos de promoção. Compete ao Porto fazer isso.

A enorme participação das empresas espanholas nesta promoção turística também ajuda na edição destes roteiros e no seu envio gratuito para qualquer parte do Mundo, digamos que no Porto era difícil obter a participação em número suficiente, é que o nosso Município só nos manda vendedores de publicidade para guias de capa grossa sem qualquer viabilidade de distribuição em massa, a preços pouco atractivos. A CMP podia realizar uma edição semestral em papel barato onde as empresas pudessem estar representadas a preços aceitáveis, divulgavam-se os eventos, os estabelecimentos, o comércio e com sorte estabeleciam-se parcerias com a hotelaria e recreio, de forma a criar o tal passe turístico que dá descontos e que conduz o turista mesmo antes dele chegar.

Ps. - Está muito bem amigos, deixem-me só dizer uma última coisa, não tenho nada contra Gaia, apenas me custa que o Porto seja a lebre nesta história. Quanto ao Corte Inglês continuo a achar que é um topo de gama espaçoso para a dimensão da nossa garagem, em Gaia tem tudo para ficar bem. (Fim)

De: Paulo Espinha - "El Corte Inglés - de uma vez por todas!!!!"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-13 14:45

Caríssimos

Em primeiro lugar, a loja está construída, ponto final.
Contudo, após ter lido alguns disparates, sou presente para considerar:

a) em termos de emprego, tanto faz, Porto ou Gaia é o mesmo, dada a evolução das estruturas de acessibilidade e a capacidade crescente de mobilidade na área metropolitana, mesmo que cada passageiro x km transportado / dia tenha impacte sobre as nossas contas externas (é que a Boavista é mais central);

b) a nível de micro-política, digo Dª. Laura Rodrigues, ela perdeu (e também foi usada) uma boa oportunidade para dizer aos funcionários dos seus associados que havia logo aqui uma alternativa ao desemprego galopante na Baixa do Porto;

c) a nível de macro-política, o Porto perdeu pois, apesar de uma estrutura polinucleada da área metropolitana, ainda o Porto é o verdadeiro centro!, até que o matem...;

d) em termos de consumo, acho que todos tínhamos conhecimento que o nível de preços praticado pela cadeia não resulta serem convidativos para a grande massa dos metropolitanos portuenses;

e) em termos de acessos e grau de mobilidade directos, sem dúvida (ao contrário do que alguns escreverem) a opção Boavista é substancialmente superior e a solução Gaia é, não esqueçam, a segunda opção. Passo a explicitar:

  • 1 - a Boavista tem já hoje 2 estações de metro (2 linhas) e não 1;
  • 2 - a Boavista tem uma das 3 maiores concentrações de transbordo de linhas de transporte colectivo rodoviário (vulgar autocarro) de toda a rede da STCP;
  • 3 - a Boavista tem 2 praças de táxis e iria ser criada mais 1;
  • 4 - a Boavista tem uma matriz de 6 Origens e 6 Destinos Directos, enquanto Gaia tem apenas 4 O/D (norte, sul, este e oeste);
  • 5 - o projecto e inserções urbanas dos acessos aos estacionamentos na Boavista eram substancialmente superiores e de melhor qualidade que os de Gaia;
  • 6 - a rede viária da Boavista tem geometrias e dimensões relativas bastante superiores às condições existentes em Gaia, mesmo que alguns erros tenham sido cometidos na sua actual configuração e gestão semafórica (considero que os anteriores ciclos estavam bem mais equilibrados - nota*);
  • 7 - a polarização que a Rotunda da Boavista exerce em toda a área metropolitana é bastante superior a qualquer troço da Av. República em Gaia;
  • 8 - a "bolacha" central criada em Gaia para a inserção da estação de metro e a possibilidade da viragem à esquerda para quem vem da transversal nascente à avenida, não comporta os afluxos de entrecruzamento que aí se verificam - a CMG vai ter que rever o seu funcionamento;
  • 9 - em espaço urbano puro, os acessos aos parques de estacionamento pago (portanto com cancela) têm que ter corredores sem atrito lateral suficientemente extensos para que, em hora de ponta, as filas de espera não rebatam sobre as vias exteriores - espero que isto tenha sido acautelado em Gaia...
  • 10 - por último, meus senhores, alguém duvida do potencial comercial relativo da Rotunda da Boavista???

Um abraço a todos,
Paulo Espinha

Nota * - a propósito, que é feito da expansão da gestão automática de semáforos no Porto????

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