2007-07-01
Não sei se é este o desembarque a que o Jorge Ricardo Pinto se refere, mas vai ser celebrado (curiosamente descobri em publicidade na zona da corrida dos automóveis).
Abraço.
Espero que tenha sido brincadeira aquela de sugerir transformar o pavilhão Rosa Mota em arena de touros. Sinceramente, até o disparate tem que ter limites.
Já no final do século XIX (1895), Alberto Pimentel na obra “O Porto na Berlinda” dizia que “o Porto acha mais sabor ao boi no prato do que ao touro na arena”. Aliás, já tinha sido um homem do Porto (ainda que nascido em Bouças, a actual Matosinhos) – Passos Manuel – a despoletar a proibição das corridas de touros, a bem do progresso e da moral da nação, através de um decreto-lei da década de 30 de XIX (estão a ler bem: há mais de 170 anos!). Não sei se os valores que a LPDA aponta são verdadeiros para o país inteiro (74% dos portugueses serão contra a tourada), mas não tenho dúvidas que para a minha cidade, o Porto, eles pecam seguramente por escassos. Haverá por aqui quem também as aprecie, mas uma larguíssima maioria dos restantes portuenses interrogar-se-á da sanidade mental desses outros.
Na verdade, desconheço de onde virá esta forma de estar que faz com que esta cidade se sinta amiudadamente como corpo estranho ao país que nos é oferecido diariamente nos media (a este propósito, será interessante (re)ler este texto de JPP, na parte relativa à reabertura do Campo Pequeno). Muito provavelmente esta forma de estar da cidade virá da influência da enorme comunidade nórdica, dominantemente inglesa, da ligação a D. Pedro IV e aos valores do liberalismo. Curiosamente, é durante este fim-de-semana que se celebra (ou devia celebrar) o desembarque no Pampelido (8 de Julho) e a entrada das tropas liberais no Porto (9 de Julho). Até ao princípio do século XX, muito antes de qualquer corrida de popós que agora se diz tradição do Porto (e que independentemente de qualquer mais-valia é poluidora, gastadora, incómoda e às custas de património da cidade), a data era festejada efusivamente na cidade, e chegou mesmo a ser equacionada como feriado municipal.
Sobrará algum das corridas de calhambeques para gastar nesta efeméride que tanto devia orgulhar o Porto e o seu município (e que se tivesse sido na capital, provavelmente seria até feriado nacional)? Até porque se procuramos a identidade da Invicta e não a queremos transformada em Alentejo, Lisboa ou outra qualquer terriola meridional portuguesa, não é com touradas nem recordes em árvores de plástico que lá vamos.
7 de Julho de Manhã. Dou a mão à palmatória pelo Rui Rio ter conseguido transformar uma obsessão pessoal num evento internacional (podem acompanhar na Eurosport). Entretanto na Praia fazia-se Ginástica e Andebol de Praia.
Go go Monteiro!
Até a mim já me aconteceu não conseguir enxergar bem o Porto... particularmente quando estou do lado de Gaia e há muito nevoeiro. Quanto à TVI (Temos Visões Intrínsecas), ainda bem que assim é: há quem goste da Floribela, dos Morangos com Açúcar e da Lili Caneças a ponto de os aconselhar a outros. Por mim, vou passar a estar mais atento a este tipo de programação para ver se gosto. Prometo!
Correia de Araújo
Decididamente há pessoas que só entendem entre o 8 e o 800. Achar que o crescimento controlado é transformar o Porto no Alentejo, é como passar o aeroporto da Ota para o deserto. Pelo menos pela minha parte nada tenho contra a construção, por acaso até vivo dela. Mas não se diga que o azulejo é feio apenas pelo mau uso que se pode fazer dele. Faz-me tanta ou mais confusão obras com dimensão de 14 guindastes, fora ou dentro do Porto.
O cuidado que se deve ter nas opções construtivas e urbanísticas tanto vale para dentro como para fora das cidades, sejam elas o Porto, Lisboa, Viseu ou Freixo de Espada à Cinta. Veja-se o exemplo do Minho, outrora motivo de tantas inspirações, e hoje transformada numa região pejada de lixo construtivo e de opções de Planeamento catastróficas.
Na verdade nestas divagações, uma coisa tem razão – Quantas vias Nun´Alvares, existirão por esse país fora. Na verdade existem muitas, infelizmente. Vias que denotam a parolice dos autarcas, que pretendem transformar estruturas antigas e com qualidade ambiental, em avenidas à Capital, pejadas de mamarrachos à cidade grande. Argumentadas em PDMs de desgraça, e justificados por falsos ou maus urbanistas, que vendem ideias de urbanismo à moda antiga, feita à base de rolo compressor, sem ouvir e sem consultar ninguém, e cujas preocupações são especialmente vocacionadas para o desenho de vias, com espírito rodoviarista, que se desenvolve na profusão de rotundas e na introdução de auto-estradas dentro das cidades. E ainda e não por último voltadas ao capital da construção civil, para a criação de condições para a existência dos 14 guindastes.
O Porto não é o Alentejo, e ainda bem. Ambos têm personalidade e cultura própria. Assim como não tem qualquer sentido trazer para aqui as touradas, também não precisamos de levar para lá a Maratona da EDP, ou as corridas de calhambeques. Aconselho vivamente estadas no campo, até porque hoje em dia lá também se apanha a TVI, onde se pode ver a Floribela, os Morangos com Açúcar, e a Lili Caneças.
Alexandre Burmester
1. Visões
A gestão, ou melhor, as diversas formas de gestão de cidades como o Porto ou Lisboa não se afiguram, de todo, como tarefas de fácil execução. Há todo um emaranhado de questões técnicas e políticas que sentem pairar sobre si, permanentemente, aquela indesejável Espada de Damocles que teima em marcar presença a cada passo que se dá. Estas duas cidades, pelas suas especificidades próprias, pelas responsabilidades acrescidas (afinal uma é a capital do país e a outra a capital do Norte), são alvo fácil e preferencial na apreciação crítica sobre a acção (ou inacção) das suas autarquias. Há sempre alguém pronto a apontar o dedo (e eu aqui também faço mea culpa), alguém atento a tudo e a mais alguma coisa... o que até nem seria mau desde que não fosse levado ao extremo nem descambasse num fundamentalismo doentio.
Ao passar, por exemplo, na A4 vejo um enorme conjunto habitacional a ser erguido num concelho da GAMP, bem próximo do Porto, e conto qualquer coisa como 14 gruas trabalhando no mesmo empreendimento... normal, digo eu, até será sinal de alguma retoma na construção civil. Não me interrogo quanto ao COS, volumetria de construção, densificação do edificado, cérceas, etc...etc... tudo bem, tudo normal. Mas, e se fosse no Porto? Uma só grua ao alto e já dava para perguntar: o que vai nascer ali?... o que se vai construir?... com que direito?... agora pense-se como seria se fossem 14 (catorze), digo bem, catorze(!) gruas. A construção da Torre das Antas foi o que foi... polémica atrás de polémica, caiu o Carmo e a Trindade... mas, e a Torre da Maia? Sim! Aquela (a que alguns chamam isqueiro) encostada ao edifício dos Paços do Concelho, aliás, com alguma similitude com a Torre das Antas. Bom... em relação à da Maia, tudo bem, tudo normal.
Quantas Vias Nun´Álvares não existirão por esse país fora? Tudo bem, tudo normal. Só que a nossa está como a pescada: antes de ser já o era! Agora o que não lembra ao diabo é comparar-se a futura Via (até agora apenas virtual) com outro tipo de bat(ota) nacional. Já percebi que alguns gostariam de ver o Porto transformado numa espécie de Alentejo do Norte... planinho, planinho, a crescer para baixo (e atenção que respeito e gosto muito do Alentejo, mas é lá onde ele está). Querem crescimento (ou dizem que querem)... querem mais gente a viver na cidade (ou dizem que querem)... querem tudo e não querem nada. São mais pela destruição do que pela construção! Esperam que um dia este Porto chegue aos 100 mil habitantes para, pacatamente, e bem à moda do bucolismo da planície, assistirem ao que resta da cidade transformado numa freguesia de Gaia.
Modernidade? Não! Que coisa!
Progresso? Não! Nem pensar!
Avanço? Não! É perigoso!
E a árvore que vem para aí no próximo Natal? Ui que coisa medonha... (terá cércea a mais?).
Entretanto... sou daqueles que consigo gostar da agitação própria das cidades, porque gosto de viver na cidade e viver a cidade, mas não dispenso, nos entremeios, umas estadas no campo. Admito, e aceito, que haja quem não goste de viver na cidade, que haja quem prefira, só e exclusivamente, o campo. A estes últimos aconselho-os, se puderem, a mudarem-se de vez para lá... serão mais felizes e farão os outros também mais felizes. Porque, para deixar estar tudo como está... para mais tarde podermos tirar do baú das recordações este Porto entretanto transformado num qualquer tesourinho deprimente... não contem comigo!
2. Divagações
Porque anteriormente falei de Lisboa e Porto, com algumas incursões pelas planícies alentejanas, aqui vai...
Se a memória não me falha, ali para finais do pretérito ano de 2006, muito se postou aqui n'A Baixa a propósito das sempre eternas e infindáveis comparações entre o Porto e Lisboa. Curiosa e coincidentemente, por essa mesma altura, ouvia da (colérica e descontente) boca de uma criança de tenra idade (sensivelmente 11/12 anos) que Lisboa era maior e melhor do que o Porto porque Lisboa tinha tudo (ou quase tudo). Assim: tinha um jardim zoológico, um pavilhão multiusos, pistas de tartan para atletismo, um parque expo, teleféricos (Gaia também vai ter, nós não), uma feira de exposições (FIL), uma praça de touros, um casino, um aeroporto (o do Porto fica na Maia/Matosinhos), o porto de Lisboa (o nosso é em Leixões, Matosinhos), um Oceanário, etc., etc.... acrescentaria eu que Lisboa tem, também, outro tipo de equipamentos, mormente culturais (bibliotecas, grandes espaços para exposições), porque tem, também, a esse nível, outro tipo de preocupações.
Entretanto, lembrei-me, e isto para abater ao nosso saldo negativo neste deve/haver contabilístico entre Porto e Lisboa, que podíamos começar pela reabilitação do Pavilhão Rosa Mota, tornando-o, como está previsto, num pavilhão multiusos mas, com algum jeitinho, conferindo-lhe ainda aquela valência tauromáquica muito em voga lá para o Sul (como é o caso do Coliseu de Elvas, da Arena de Évora ou do recém requalificado Campo Pequeno, em Lisboa)... e aqui me perdoem os que são contra a afición, por esta minha heresia/ousadia, mas só queria ajudar, fazendo o 2 em 1: conseguíamos, em simultâneo, um multiusos e uma praça de touros, abatendo, assim, de uma assentada só, 2 itens ao rol das nossas deficitárias contas, ao mesmo tempo que conferíamos algum júbilo àquele irado jovem portuense.
Depois... bom, depois, quanto ao aeroporto e aos aviões penso que estamos falados... afinal, com o Queimódromo transformado em aeródromo, que mais queríamos para a nossa cidade? E o Jardim Zoológico? Bom, quanto a este julgo-o perfeitamente dispensável, tantas são já as macaquices que se vão vendo por aí! Poderia continuar, mas acho melhor ficar-me por aqui... afinal de contas é apenas divagar numa cidade a divagar e a andar tão devagar.
Correia de Araújo
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Nota de TAF: quanto à praça de touros, parece-me de facto completamente desajustada num contexto em que se pretende fazer evoluir a cidade. Seria mau sob todos os pontos de vista, a começar no respeito pelos animais e a terminar na imagem do Porto. Porto é vinho, é FCP, é Património Mundial, é Cultura (Serralves, Casa da Música), é Arquitectura, é Ciências da Saúde. Pode até ser Circuito da Boavista, mas não é certamente tourada!
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Cara Cristina
A nossa percepção do mundo é sempre importante, mas às vezes é útil olhar para os números globais para se perceber a dimensão real das coisas. O INE regista todas as casas que vão aparecendo e mantém estatísticas sobre o parque habitacional e dando uma vista de olhos nos números percebe-se claramente a velocidade, ou falta dela, na produção de casas novas no Porto e na Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP). Para ajudar à leitura fiz dois gráficos muito simples que nos permitem visualizar o que tem acontecido nos últimos 10 anos:
Considera-se geralmente que o número de casas novas num mercado estabilizado é de 1% do parque habitacional, ou seja, o normal seria termos 1.300 casas novas por ano no Porto e 7.200 casas novas na GAMP. Em 2003 no Porto fizeram-se 792 casas novas, em 2004 fizeram-se 604 e em 2005 apenas 373. Se considerarmos que existe um desfasamento médio de 3 anos entre as licenças emitidas e a conclusão dos fogos percebemos que não vai ser fácil aumentar estes números nos próximos anos, ou seja, mesmo que o número de licenças viesse a subir este ano, só em 2010 é que dávamos por isso. Claro que a economia da cidade e da região não deixa de ser afectada por isto.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
Caros amigos d´"A Baixa"
Agradecendo desde já a TAF a oportunidade de publicação, gostaria de vos convidar a assistir a um espectáculo que criei e produzi a partir de um repertório "clássico" de Rock´N Roll. Trato-o como "uma playlist heterogénea de Bowie a Springsteen, ou uma boa noitada em nome da alvorada das nossas pretensões cosmopolitas" e dou-lhe o nome de "(Re)Cover". Já estivemos nos Bares, chegámos aos Teatros. Eu e os músicos da King Fisher´s Band (por quem tenho a honra de ser acompanhado) gostaríamos de vos convidar a todos para Sábado, à meia-noite, estarem no Theatro Circo em Braga e ligarem os exaustores connosco!
Este concerto é um evento "friends of live earth" e podem conhecê-lo melhor em A Minha Pequena Cidade, o nosso blog oficial, onde podem encontrar podcast de entrevistas, mp3, vídeo youtube e as linhas mestras com que a partir do Porto vamos cantando!
Até já.
Nicolau Pais & KF Band
Fiquei muito animada por ler as mensagens dos Arquitectos Pedro Aroso e Alexandre Burmester. Ainda bem que a Junta de Freguesia se está a empenhar nesta contenda. Uma luz ao fundo do túnel é bem vinda, desde que não seja o TGV....
O problema maior é que nos últimos tempos tem havido um sem numero de transacções de terrenos. Os antigos proprietários vão cedendo ou prometendo ceder a novos que já pagaram por capacidades construtivas esperadas. A pressão aumenta porque aquela reserva natural que o Senhor Auzelle criou é a mais apetecível de todo o distrito...
Não estou com isto a dizer que não se deva permitir a construção, mas para quê uma avenida gigante e larguíssima? A resposta é simples, para "alavancar" mais 4-5000 habitaçoes de luxo naquele espaço e em prédios em banda... Só acredito que se possa travar este desastre se se conseguir um estreitamento da Via que não devia ser em recta para não propiciar os aceleras. Quanto à habitação, até não me importo que se construam uns prédios e altos desde que assim se diminua a zona impermeabilizada e desde que sejam implantados em miolos onde não afectem as zonas de moradias existentes. Prédios em banda como estão previstos lembra-me o pior de tudo. Por favor; na Foz vivem tantos arquitectos: os Arq. Sizas (os dois), Souto Moura e mulher, Cavacas, Tito Figueiredo. Por favor digam lá qualquer coisinha que a gente agradece. Não transformem a Foz numa Almada dos ricos.
Tanto faz dizer como não dizer (e estou certo de que a SRU também se manifestou), esta gente de facto não ouve. Estão bem uns para os outros.
PS: mais informação no Público e principalmente no JN.
Cara Luísa Moreira
Não é caso para desesperar, por muito más que vão as coisas, há sempre um novo Porto à nossa espera.
Quanto ao Francisco, o amigo não tem prestado a devida atenção à concorrência. Não faltam empreendimentos, dezenas de T1, T2 e T5, Damião de Góis, Alves Redol, Constituição, Campanhã, Antas, Boavista, Francos, Areosa, Arca d'Água, Sé. Alguns dos links direccionam para empreendimentos já construídos, mas nas zonas referidas continuam a existir empreendimentos em construção.
Agora, entre um T2 por 150 mil e uma vivenda com janelas de guilhotina e clarabóia personalizada, estou certa que os jovens preferem a última. Fazem o restauro aos poucos, se tiverem dificuldade alugam um piso, se tiverem filhos dividem uma sala com pladur e fazem um quarto, quando os filhos crescerem retiram a divisória e fazem uma sala de bilhar. Num apartamento de betão isso não é possível, nasce e morre sem se transformar, isso não serve as novas gerações, 150 mil mais juros?! Em caso de falência se venderem a vivenda ainda compram um bom apartamento em 2ª mão, o contrário já não é possível, vendem e nem assim conseguem liquidar a divida estabelecida.
Portanto construção nova há de facto muita, mas não é isso que põe em causa a reabilitação do centro do Porto. Contribui para a redução das pessoas que passeiam na cidade, vivem bem instaladas, todo o tempo é pouco para beneficiar do investimento, mas ao centro, ao nosso casario com centenas de anos? A isso nada se compara.
Ps.
Nova cidade desportiva - Porto
Cristina Santos
Cunhas, arranjos, favores, enfim, a maldita corrupção parece ser a regra predominante nos municípios (só?) deste país, sempre e sempre adiado. Mas quem sou eu para duvidar dos depoimentos aqui expostos por quem tem a obrigação de estar mais esclarecido, como é o caso dos arquitectos.
Só não entendo é para que servem as famigeradas "Ordens". Diga-se o que se disser, não há movimento, organismo, lobby ou o que lhe quiserem chamar, que consolide a sua credibilidade se não for capaz de se unir e lutar pela optimização das suas condições de trabalho para além das questões económicas e financeiras. As "Ordens" são por sistema associações proteccionistas de classes profissionais com perfil snobe e quase sempre egoísta que não servem para nada quando se trata de denunciar privilégios obscuros que directa ou indirectamente afectam todos os cidadãos. Depois, há o medo e as conveniências... e, para esses, a solução é comprar um "pitt-Bull".
A avaliar pela comunicação social central (televisões) já estava convencido que só no futebol (leia-se FCP) é que havia esquemas, sobretudo desde que o impoluto Dr. Rui Rio assumiu a liderança da CMP. Que é feito da sua determinação? Já estará totalmente "ambientado" ao sistema? Então, e nas corridinhas de carros é tudo gente séria? Já não há o perigo de promiscuidade? Tem o registo criminal de toda a gente? Corredores, patrocinadores, organizadores e demais dores? Tem? Veja lá, senhor Presidente, esteja atento.
Rui Valente
PS- Ainda bem que o Cónego Melo jantou "solidariamente" com Domingos Névoa (o misterioso boss da Bragaparques). Já imaginaram o chinfrim que haveria no Portugal Profundo e Arredores se fosse com Pinto da Costa??? Meus senhores, o nosso problema já não tem nada a ver com descentralização, é uma questão de democracia. Para mim, é a mega fraude do pós 25 de Abril.
Encontradas no “espólio” do meu Avô (Alfredo Gonçalves), não sei qual é o ano, fica o registo.
Abraço,
Rui Oliveira
Caríssima Eng.ª Luísa Moreira
Eu não sei se é mesmo este o seu nome mas, como diria a Teresa Guilherme, para o caso também não interessa nada. Se é, felicito-a pela sua coragem; se não é, por razões óbvias, compreendo perfeitamente que utilize um nome falso.
Queria dizer-lhe que, ultimamente, têm sido mais as vezes em que estou de acordo consigo, do que aquelas em que as nossas opiniões divergem.
Em relação à última versão do plano da Via Nun´Alvares, à qual só ontem à tarde tive acesso, não vou, por razões de ordem ética, transmitir-lhe aquilo que penso, antes de falar com o vereador Dr. Lino Ferreira. A única coisa que lhe posso assegurar, é que a Junta de Freguesia de Nevogilde tem acompanhado este assunto com a máxima atenção, tendo mesmo criado uma comissão de acompanhamento, da qual fazem parte os arquitectos Alexandre Burmester, Sebastião Moreira (irmão do Dr. Rui Moreira), Luiz Botelho Dias, Marta Marques de Aguiar e eu. Este grupo inclui ainda o Eng. Diogo Alpendurada, que por brincadeira tratamos por arquitecto honnoris causa, embora esse título represente, acima de tudo, a estima, admiração e consideração que temos por ele e pelos seus contributos para o debate destas questões.
Tenha calma porque, dentro de algum tempo, vamos ter novidades.
Meus Caros
Ontem falei de uma associação que não cumpre o seu papel, hoje tenho muito gosto em falar numa que cumpre e bem. Tenho que fazer justiça à Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) pelo esforço que continua a fazer para animar a Baixa do Porto. Desta vez com a iniciativa de congregar esforços para que haja cada vez mais lojas que estejam abertas até à meia-noite, num programa que se chama “Estamos com a Baixa”.
Na primeira vez, há um mês, foram 30 os estabelecimentos que aderiram. Amanhã já vão ser 50. Com a oferta de descontos em passeios no Douro. Escuso de dizer que o apoio a estas iniciativas, sobretudo nesta fase inicial em que ainda não se sabe bem se vinga ou não, é muito importante para todos os que querem uma Baixa mais viva. Por isso, o desafio aqui fica: venham amanhã à Baixa à noite. Passem por cá e pratiquem. Não se vão arrepender.
Francisco Rocha Antunes
PS – Caro JPV, parece que temos novidades no licenciamento no sentido que ainda ontem aqui preconizaste: mais responsabilidades para os promotores e técnicos e mais fiscalização para as Câmaras. Vale a pena leres isto no Jornal de Negócios de hoje.
Cara Luisa Moreira
Há muita gente a tentar que a “Ota” não seja feita em Nevogilde. E nem acredito que a própria Câmara esteja satisfeita com o projecto. Por isso tenha calma, não precisa de ir já para a sua “Terra”, ainda não chegamos à submissão.
Alexandre Burmester