De: F. Rocha Antunes - "Unicidade comercial?"

Submetido por taf em Quarta, 2007-07-04 10:44

Meus Caros

A interminável novela das contas do Gabinete Comércio Vivo já não tem ponta por onde se lhe pegue! Agora diz-se que se trata de contas de uma entidade privada, como se as entidades privadas não tivessem, elas próprias, que prestar contas do uso de dinheiros. Tudo isto está a resvalar para um nível absolutamente incompatível com a reputação dos comerciantes do Porto. O que é feito das boas contas, que puseram o País inteiro a dizer, durante décadas, que essas boas contas são contas à moda do Porto?

Continuo sem perceber os comerciantes da minha cidade. O que é que os impede de formar outra Associação de Comerciantes? Revêem-se no discurso que foi confrangedoramente repetido no debate da RTP pela D. Laura Rodrigues, a pedir aos grandes empresários para fazerem siderurgias como antigamente e deixarem os talhos e as mercearias para os pequenos? É este discurso do “antigamente” que perfilham? É que nem o “antigamente” é geralmente bem feito, com as honrosas e escassas excepções. Ou depois dos episódios da demissão de 5 dos 7 elementos da direcção sem resultar em novas eleições para toda a direcção ainda não perceberam que a actual Associação é irreformável?

As associações existem acima de tudo para resolver problemas que isoladamente não se conseguem resolver. Podem ser criadas na hora. Basta querer. Ou é esse o problema real, a falta de querer, que explica a actual unicidade comercial?

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
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Nota de TAF: Um exemplo do singular dinamismo da actual associação - anunciam a intenção de criar um portal na Internet, mas "Pedidos de informação: Enviar por Fax para a ACP"...