2009-11-15
A serem verdadeiros os números indicados por Pedro Figueiredo para o realojamento dos moradores do Aleixo em bairros sociais (16.996 m2) a cidade não resolve um problema, antes o propaga e com um potencial de explosão quase imediato.
Os moradores do Aleixo devem ser integrados em habitação normal, dispersos por várias freguesias da cidade. Se não houver esse beneficio, não se justifica a intervenção, pois não há melhoria das condições de vida destas famílias e consequentemente não há benefícios para a cidade, há sim um agravar das condições em outros bairros, o que devemos evitar a todo o custo. Aliás se o objectivo é transferir as famílias para outro bairro, perde-se toda a lógica que moveu esta proposta.
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Cristina Santos
Há aqui qualquer coisa que me está a escapar neste negócio do Aleixo. Estarão previstos 16.000 m2 de construção no contrato assinado pela Câmara com o fundo de investimento liderado por este senhor. Sem alteração de PDM, a Câmara receberá 500.000 euros. Se o PDM for alterado esse valor subirá para 2.600.000 euros e será possível construir 24.000 m2 ou 25.000 m2 (mais de 50% de aumento!).
Alterando-se o PDM serão então recebidos 2.100.000 euros a mais por 8.000 m2 ou 9.000 m2 de capacidade construtiva acrescida. Cerca de 250 €/m2 num dos melhores lugares do Porto. Também me vendem por esse preço? Nem vou regatear, podem já embrulhar.
PS: É só um feeling baseado em alguns indícios soltos que vou apanhando aqui e ali, contas que faço, análise do mercado, etc., mas suspeito que esta solução do Aleixo não se vai concretizar com base no actual contrato. Fica registado, para memória futura. Já o mesmo tinha acontecido no caso do Bolhão e acabei por ter razão. ;-)
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Ex.ma. Sra. Presidente da Direcção do Cineclube do Porto
D. Brígida Velhote
Informamos que lemos o texto elaborado por V. Ex.a. colocado no blog A Baixa do Porto. Apenas informamos o seguinte:
Agradecemos que, finalmente, tenha dado uma resposta às nossas constantes e infrutíferas tentativas de contacto para que pudéssemos apresentar as nossas preocupações, propostas e oferta de colaboração. Pena que tenha sido na Praça Pública, quando o podíamos ter feito de uma forma reservada. Como já afirmámos publicamente, só avançámos para a criação do Movimento pelo Cineclube do Porto (MCCP) por não ter havido retorno aos nossos contactos.
Indicamos a V. Ex.a. e aos restantes membros da Direcção do Cineclube do Porto (CCP) que muito brevemente informaremos (faremos divulgação pelos interessados, incluindo para o endereço de correio electrónico de V. Ex.a.) sobre data, hora e local onde realizaremos uma reunião pública para a apresentação das nossas preocupações e consequentes propostas, englobando várias sugestões que nos foram chegando. Contamos com a presença de V. Ex.as., que seria utilíssima, a qual desejamos que não nos seja negada. Nessa ocasião poderão fazer um ponto de situação sobre o CCP. Não nos furtaremos ao debate.
Mais informamos que, até à elaboração deste texto, cerca de 500 pessoas subscreveram o Manifesto, com dezenas de manifestações de apoio. Permita-nos V. Ex.a. apenas uma observação: o Manifesto, o Movimento pelo Cineclube do Porto, bem como as pessoas que, para já, estão nele envolvidas, não são uma brincadeira de mau gosto. Este nosso empenhamento é pela Memória do Cineclube do Porto, pelo Cinema, pela Cultura e pela Cidade do Porto!
Com os nossos melhores cumprimentos, despedimo-nos com Saudações Cinéfilas e Cineclubísticas,
A Organização do MCCP
Digam-me lá sinceramente: não lhes parece que estes "planos anti-corrupção" são uma grande treta? A mim parece-me um chazinho quente. Felizmente parece haver vontade de recuperar o plano Cravinho, que parecia agarrar o boi pelos cornos!
Nuno Quental
Sexta-feira dia 20/11 às 22 horas no canal RTV, o Programa Verso e Reverso apresentado pela jornalista Fátima Torres debate o modelo de gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, tendo em linha de conta a sua importância para o desenvolvimento da região.
Vários convidados de partidos políticos, associações empresariais, universidades e profissionais do sector aeronáutico, vão dar a sua perspectiva sobre este tema.
Fica aqui o convite para os interessados virem aos estúdios da NEXTV, na Rua Delfim Ferreira, 780 B – Porto, assistirem e eventualmente participarem no debate.
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Não fui nem sou apoiante do Rui Rio, não pertenço a nenhuma força partidária ou qualquer outra para ter opiniões concertadas sobre algum assunto. Com a liberdade de achar errado ou certo sobre os assuntos que me interessam, procuro ser justo.
Há unanimidade de se achar que o bairro do Aleixo é um problema urbano e que necessita de se encontrar uma solução; é claro que resolução que se achasse iria encontrar oposição. A proposta feita pela Câmara, através de um parceiro que está disposto a investir, distribuir os seus moradores por outras áreas da cidade e libertar os terrenos para poderem ser re-urbanizados, parece-me uma excelente solução. Naturalmente que existem diversos contornos neste negócio que deixam muitas portas abertas à crítica, a começar pela famoso preconceito do “negócio”, passando pela alteração da actual área em locais para “ricos”, etc… O facto da operação montada poder vir a dar lucro, devia ser considerado uma mais-valia.
- Primeiro pelo lucro da cidade vir a ganhar com a eliminação de mais um gueto que representa um “Bairro social”, sinónimo de segregação, mais ainda por se tratar deste que é conhecido pelo supermercado da droga;
- Segundo pelos seus habitantes que, se souberem negociar as suas condições de saída, poderão ir viver para melhores locais e em melhores condições;
- Terceiro pelo próprio investidor e a Câmara, porque se esta operação for bem sucedida poderá ser uma solução para muitos de outros problemas da cidade.
Quanto à alteração daquela área, seja para ricos (como se isso houvesse no Porto) para uma zona que possa ser reintegrada na cidade, também só vejo vantagens. Acrescidas estas razões à possibilidade de muitos dos seus moradores (e se assim quiserem) poderem ir habitar áreas do centro ou mesmo da zona histórica, contribuindo para a reabilitação da Baixa.
Concordo é com o que foi afirmado pelo Vereador Correia Fernandes, que devia a Câmara fazer um Plano de Pormenor mais alargado, que pudesse servir como pilar a um arranjo urbanístico para um local que sempre o mereceu. Não conheço o projecto urbanístico que se prevê fazer, mas logo à partida acho que se for apenas restrito ao Aleixo terá limitações. Fico a lembrar-me que ao lado do Aleixo existe uma área com a mesma dimensão, pertença da EDP, e que por desatinos vários continua a aguardar por soluções. A verdade é que se houver um plano de conjunto teremos um dos mais bonitos vales da cidade sobre o Douro, com a possibilidade de vir a reinventar a cidade e estabelecer um novo diálogo com o rio.
Por isso deixemo-nos de preconceitos, e tentemos aproveitar para que todos venhamos a ganhar. E continuo a dizer o que já antes por aqui escrevi:
“A solução para o Aleixo passa principalmente pelo entendimento que as entidades públicas a envolver tenham na capacidade de diálogo e de concertação com os seus habitantes, porque passará essencialmente por tentar resolver tantos problemas como o número de pessoas que por lá habitam.”
Haja capacidade de diálogo entre as partes.
Alexandre Burmester
- Rio recusa críticas da oposição e obrigação de alterar PDM no processo do Aleixo
- Câmara receberá 2,6 milhões no final da operação do Aleixo
- Câmara aprovou solução para o Bairro do Aleixo
- Posição da CDU sobre o projecto de Rui Rio para o Bairro do Aleixo, ilustrada com uma fotografia d'A Baixa do Porto ;-)
- Aberto o 32.º shopping com mais 14 à espreita
- Abertura do Vivaci Maia dificulta trânsito nas Guardeiras
- Isabel Santos quase certa no Governo Civil do Porto
- Moradores contestam transferência da PSP de Francos
- Acesso da A1 a Santo Ovídio fecha esta semana
- Resíduos orgânicos já podem ser entregues nos ecocentros
- Sol gigante "ilumina" Natal portuense
O objectivo da Regionalização é criar forças equivalentes, que ajam em paralelo à mesma distância do ponto principal, só assim se consegue o equilíbrio e não se lesa o país. Dividir o esforço, a distância, agindo paralelamente com projectos diferenciados conforme as potencialidades de cada zona, que convergem por último, para o sentido nacional.
À data, qualquer autarca responsável por uma autarquia do interior convirá facilmente que o sistema governativo actual tem minado as potencialidades das suas zonas, uma vez que não se adaptou aos requisitos da Europa em termos de Regionalização, e assim impossibilitou que estas zonas pudessem competir com os seus produtos e projectos num mercado globalizado. Essa falta de adaptação do território agravou a desertificação, o envelhecimento e tabelou a sobrevivência destes municípios por 20 anos no máximo, pois não há neles qualquer hipótese de renovação populacional. Na maioria dos municípios do interior, ainda que tenham investido em multiusos e espaços de eventos, os seus maiores investimentos estão em lares e serviços a idosos, serviços estes que estarão esgotados em 20 anos. Zonas produtivas, escolas, serviços públicos básicos, têm sido encerrados continuamente, por falta de população.
Em termos comuns e populares podem já verificar-se danos gravíssimos dessa falta de organização. Atenda-se por exemplo ao aumento significativo da criminalidade nas zonas do interior, crimes de peso que têm ocorrido cada vez com mais frequência. Admiram-se que as pessoas no interior tenham armas, mas quando as não tem acabam roubados, assassinados, pois não há nas zonas estruturas públicas suficientes que garantam a segurança desta população e sobretudo não há gente para acudir no imediato. Acresce que a distância ao poder central gera uma espécie de promiscuidade e fixação de marginalidade e crime. O interior começa a tornar-se, pelo isolamento, uma área de eleição para células criminosas.
Noutra vertente, esta não divisão de território de acordo com a estratégia Europeia ocasiona que, outro exemplo, os lucros provenientes dos novos sectores de energia, que se instalam no interior e que beneficiam sobejamente da desertificação, não revertam justamente para estas zonas e regiões.
Quer pelas razões referidas, quer por tantas outras, quer apenas pelo raciocínio básico de que integrando-se Portugal na Europa deve seguir a sua estratégia, conclui-se que a aproximação das regiões, a divisão da distância face ao poder central, é a única solução. Se não for esta, também como toda a gente verifica, a manter-se a que existe vai arruinar qualquer hipótese de competitividade do nosso país, na Europa em que se integra.
Cristina Santos
Convidam-se todos os interessados para reunião preparatória da Associação para a Região Norte, Quinta-feira dia 19/11 às 18h45 na Cooperativa de Ramalde, Rua Dr. Pedro de Sousa, 725, 4100-392 Porto (rua perpendicular ao topo da Av. Antunes Guimarães).
Objectivo Estratégico: Criação da REGIÃO NORTE no curto prazo
Motivo: Regionalização é o melhor modelo para o desenvolvimento do Norte, e de Portugal. Exigimos poder decidir o nosso futuro, com mais eficácia e eficiência para a região e para o país.
Ordem de Trabalhos: Discussão sobre estratégias de divulgação da Associação e dos seus objectivos. Discussão sobre temas concretos que afectam a Região Norte.
Analisando as posições públicas do Movimento e da Direcção, não se consegue perceber até agora, em nenhuma delas, que rumo defendem para o futuro do Cineclube do Porto, que soluções propõem para a actual situação difícil. Valia a pena adoptar uma postura construtiva e submeter aos portuenses em geral as ideias que eventualmente tenham, até porque esses outros portuenses poderão também querer ajudar. ;-)
A propósito, dois apontadores:
Na cidade existem inúmeras instituições/associações, formais ou informais, ligadas ao Cinema, directa ou indirectamente. Desde cineclubes mais "sérios" ou tipo "clubes de amigos", à Escola das Artes da Católica, Serralves, o Fantasporto, a própria RTP, etc., etc. Por que não tentar reunir competências e procurar de forma mais cooperativa uma solução para o Cineclube do Porto?
Pela minha parte, sugiro a utilização d'A Baixa do Porto, se acharem útil, para promover este debate. O espaço está à disposição para apresentarem a situação, divulgarem o património, incentivarem a participação de outras entidades. Por vezes não há nada como um post bem feito, cordial e claro, para dar início a algo com boas perspectivas de futuro. Nem que seja a fazer uma lista dessas entidades e das eventuais hipóteses de colaboração. Eu próprio sou o "dono" de um projecto que neste momento está parado mas que espero reactivar em breve: o 7arte.net - foi durante vários anos o mais popular site de Cinema em Portugal. Se calhar há também aqui sinergias a explorar, até porque em simultâneo sou o responsável pelo serviço de fornecimento de dados para google.pt/movies (esse sim em actividade).
Por que é que as pessoas hoje em dia hão-de ir a um cineclube? Não é certamente só para ver Cinema, porque isso podem fazer em casa com um DVD, se calhar até em melhores condições. Se forem é, como dantes, para conversar depois. Talvez por aqui passe uma estratégia de recuperação.
PS: Entrevista do MCCP ao programa 'Portugal em Directo' da Antena 1
Chegou a meu conhecimento uma missiva não assinada, lamentável até pelas "ideias" (?!) que transmite, e um manifesto que circula sobre um suposto abandono do Cineclube do Porto:
- Entrevista com representantes do Movimento pelo Cineclube do Porto hoje (dia 17) às 13h no programa Portugal em Directo, da Antena 1, sugestão do MCCP
- O artigo do Grande Porto sobre o Cineclube
- Não se corrigindo erros, Portugal vai perder competitividade, sugestão de Rui Rodrigues
- Prédios renovados não pagam IMI
- Oposição recusa dar "cheque em branco" no Aleixo
- Norte conquista vários degraus no turismo
- FEUP assinala 83 anos de história
- U.Porto cada vez mais internacional
- O último Grande Porto, já disponível em PDF, com muita coisa sobre a Regionalização.
"As parcerias na promoção do país"
- Área de intervenção: internacionalização de empresas e exportações
- Factor despoletador da motivação: Ineficácia e baixa rentabilidade de políticas públicas de promoção
- Meio: Parcerias privadas
- Objectivo: Sustentabilidade nos apoios, solidariedade e maximização recursos
Considero que esta necessidade é maior nos sectores económicos tradicionais, nomeadamente no sector têxtil, em que o problema está em não conseguir apropriar mais valor, que decorre de ter apenas competências na área produtiva e de desenvolvimento de produto. Sendo assim, depois não há valor para distribuir pelos recursos afectos à produção, sobretudo salários, tornando-se necessário desenvolver Fundos de ajustamento à globalização para apoio aos desempregados, como o de Novembro de 2009 no valor de 800 mil euros, por não se terem criado historicamente bolsas de riqueza para suportar o custo dos desqualificados.
O valor do mercado interno português, pura e simplesmente, está cada vez mais deprimido. Logo, é crucial o papel da distribuição. Estar lá, nos vários mercados, e depois saber também passar esse valor apropriado para os trabalhadores, para que haja mercado interno. Não chegam as parcerias com a Galiza, em que esta fica com a marca e a distribuição e nós fazemos tudo (investigação, design, criação, manufacturação, etc.).
Os anos têm mostrado um grande delapidar de recursos em campanhas de promoção, em eventos, em viagens. Em todo o tipo de parcerias, que só trazem "glamour" a quem as promove e frequenta. Eu sou dos que não quer estátuas na Terra, porque prefiro investir na eternidade - que vai ser mais tempo, decerto -, e em pequenos passos. Vamos partir do princípio que não há dinheiro para promover a marca Portugal Fashion. Uma sugestão, para ter maior impacto junto dos consumidores europeus, na inexistência de recursos financeiros para a cobertura financeira de outras iniciativas, em que os nomes de empresas são referidos apenas a título de exemplo e para exemplificar que é realizável:
“A SONAE Sierra lançou uma rede de lojas de sapatos, Loop. Porque não criar uma rede de lojas Portugal Fashion, com os estilistas portugueses, na rede da SONAE Sierra, que já está em tantos espaços europeus? Com o mínimo de custos na sua implementação. Desenvolva-se a marca Portugal Fashion junto dos consumidores, não junto do canal de TV. Todas as outras actividades do país agradecerão, porque os nossos produtos são excelentes, melhores que os italianos (nós nem sabemos a sorte que temos com a oferta que nos disponibilizam, não temos é dinheiro para a adquirir). E todos venderão mais valor, e seremos todos mais produtivos, da noite para o dia. Porque a produtividade é acima de tudo um conceito estatístico, se conseguido captar maior valor, automaticamente esta aumenta, sem necessidade de grande transpiração da força de trabalho.”
1 – NÚMEROS:
Segundo os jornais de 6ª feira e Sábado, 13 e 14 de Novembro de 2009, eis alguns números que interessa serem ponto de partida para aprofundar a crítica ao processo “Demolição do Bairro do Aleixo”.
- 1.1 - Valor estimado do valor dos terrenos do Bairro do Aleixo: 14,8 milhões de euros.
- 1.2 - Valores médios de venda estimados para T3 e T4 no bairro do Aleixo: 450 mil euros(T3) e 582 mil euros (T4).
- 1.3 - Valor estimado do custo total da Urbanização (sem o valor do terreno): 30,7 milhões de euros.
- 1.4 - Valor estimado do lucro total de venda das futuras habitações (de luxo): 63,4 milhões de euros.
- 1.5 - N.º de habitações previstas serem necessárias para Realojamento dos actuais moradores: 300 habitações.
- 1.6 - Área necessária para o realojamento (300 habitações): 22.390 m2.
- 1.7 - Área conseguida pela Câmara noutros bairros até Novembro de 2009 para o Realojamento dos actuais moradores: 16.996 m2.
- 1.8 - Área que falta conseguir para realojar os restantes habitantes: 5.394 m2.
- 1.9 - Número total de novas habitações (de luxo) a construir: 120 habitações.
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Nota de TAF: presumo que onde está "lucro total de venda" deveria estar "receita total de venda".
Parece que na euforia eleitoralista que varreu algumas zonas da cidade, com a realização de trabalhos para que não houve tempo para os realizar durante cerca de 4 anos, fomos contemplados com invenções que constituem absolutas novidades, como o demonstram as fotografias anexas, de um conjunto de lugares de estacionamento na Rua João de Barros. Coincidência ou não, o(s) lugar(es) de estacionamento, ou a percentagem dele(s), é de um conhecido órgão de informação escrita, que supomos paga à Autarquia alguma taxa ou licença ou aluguer ou etc. o facto de ter lugares de estacionamento reservados e exclusivos.
O que há de novo em relação ao último referendo é a constatação simples de que a evolução dos métodos, das tecnologias ou das condições de financiamento não alcança retorno, se não for correctamente adequada às características específicas de cada região. Apesar do investimento preconizado nas mais diversas áreas, ao invés de alcançarmos desenvolvimento e progresso, concebemos um país disforme, subvertido, e esbanjador de recursos naturais a todos os níveis.
De momento as fronteiras internas chegam a ser maiores que as fronteiras que temos para com a Europa, o que é logicamente inadmissível. Douro, Trás-os-Montes, o Norte em geral, estão subaproveitados, descoordenados e se continuarmos a temer as consequências de assumir as nossas obrigações enquanto área metropolitana com maior influência, brevemente o país não será sustentável e a responsabilidade será também nossa. O país espera que a área metropolitana do Porto interceda em favor de uma mudança, que permita consolidar recursos e valias, que impulsionem o desenvolvimento e em consequência ajudem Portugal a sair desta enorme crise que já não é só financeira, mas também ética e moral. O Sul também o espera da área metropolitana de Lisboa. Todos juntos poderemos vencer o declínio.
Espero que se alcance a regionalização em curto prazo. Claro que Gaia, Porto, Maia, Matosinhos, todos terão de lutar, bem como Braga, Guimarães, Vila Real, Peso da Régua, Viseu, a regionalização é isso, é diminuir fronteiras, é aproximar. Inicie-se o movimento, não podia haver melhor altura.
Quanto às intervenções do Sr. José Silva, são sempre marcadamente negativas e na maioria das vezes contra esta grande cidade dinâmica que é o Porto, creio já o ter lido a defender a regionalização, entretanto já tinha desistido de ler porque não alcanço minimamente quais são as suas propostas, agora vejo que mudou de opinião e tem a audácia de chamar arrogante a um movimento, parece-me que necessitava de um espelho, talvez um do Machado de Assis, ou até do Borges, assim qualquer coisa onde se reflectisse sobre a arrogância intelectual.
Cristina Santos
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Caro Francisco, desculpa as minhas respostas tão telegráficas, mas de facto o tempo não chega para a atenção que isto merecia... Só umas notas em complemento / clarificação ao que escrevi antes aqui, aqui e aqui.
1) Eu não estou contra a regionalização nem coloco os ovos todos no cesto da fusão de autarquias. Apenas não me consigo pronunciar sobre a Regionalização em abstracto, sem haver uma proposta escrita, concreta e detalhada. Acho também que a fusão de autarquias é indispensável com ou sem regionalização, e que é até mais importante do que esta.
2) Se um dos objectivos dessa associação é reunir esforços e lutar por uma causa comum, que sentido faz criar redundâncias? Repito-me: ao menos falem com o Regiões Sim! Se nem nisso se tentam entender quando aparentemente os objectivos são comuns, que sentido faz a luta por uma região?
3) Não vale a pena argumentar contigo sobre a complementaridade dos blogs em relação aos media tradicionais, porque estaremos certamente de acordo. O que se calhar já te esqueceste é que A Baixa do Porto teve uma página inteira n'O Comércio do Porto, dia sim, dia não, até ao final do jornal. E que mais tarde teve uma coluna semanal no Público. Afinal sempre houve colaboração. E continua a haver, mesmo informal e sem espaços reservados no papel. ;-)