2007-03-04
Para os portuenses distraídos, a prova de que a lógica da «drenagem» existe e que Lisboa sente-se ameaçada pelo Porto: «El deseo del Ejecutivo portugués, presidido por José Sócrates, de desincentivar cualquier posible aspiración autonomista por parte de la Región Norte (...)»
- Metro do Porto corre o risco de parar
- Metro do Porto ameaça parar por falta de apoio do Estado
- Porto terá observatório do crime
- PS quer duplicar corredores Bus no Porto
- Verbas díspares para as juntas
- Região do Porto e Norte terá um crescimento superior ao de outras
- Combate ao absentismo
- IBMC: Descoberta científica
- Piada de La Féria ao Rivoli gera protestos
Sugiro de Seg. a Sex. na Antena 1 às 18.50- «quem és tu Zé Tó» uma parodia às autarquias, excelente.
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Cristina Santos
- António Cruz, o pintor da cidade do Porto nasceu há cem anos
- Um café e um conto por dois euros no Progresso
- 70 projectos para o estaleiro do Ouro
- João Anacoreta Correia quer candidatar-se à concelhia do CDS-Porto - "caso venha a ser eleito, pretende colocar na agenda política da concelhia a estratégia para as autárquicas de 2009 e uma eventual fusão entre as cidades do Porto e de Gaia e eventualmente Matosinhos" - Ora aqui está mais um bom upgrade nos protagonistas da cidade, eventualmente em linha com a minha opinião. :-)
Sugestões de José Silva:
- Carta aos Nortenhos
- Impedir a construção de um novo e ruinoso aeroporto em Portugal
Conforme dei notícia (aqui e aqui) a Casa da Música deixou-nos em suspense (ou à beira de um ataque de nervos) quanto à ausência de programação para este ano. Finalmente lá temos a dita cuja que estava em falta para, atempadamente, podermos escolher.
Escolher? Sim, escolher entre um extenso rol de eventos, cuja qualidade geral deixo ao critério de cada qual, numa programação, como direi..., assim talvez, de amigos para amigos! A manter-se esta tendência tão amistosa do seu amigo, tudo quanto Alves Monteiro deixou e que Withworth-Jones programou esfumar-se-á, deixando a Casa da Música à mercê daqueles que, para já muito veladamente, são seus inimigos, mas que ao mínimo rastilho surgirão em uníssono coro contra os gastos que a instituição efectua por conta do contribuinte. E o pior é que poderão ter razão!
Carlos Araújo Alves
Ideias Soltas
Excelentíssimos:
Envio-vos, em anexo, o convite e informação relativa à exposição dos projectos de arquitectura apresentados no concurso “SACHE – a Baixa do Porto”, para reabilitação e construção de edifícios no centro histórico do Porto. Inaugurará na próxima segunda-feira dia 12 de Março, às 18h, no edifício da SRU – PortoVivo (Rua Mouzinho da Silveira, nº 212).
Esperando que seja do vosso interesse, com os melhores cumprimentos,
Pedro Barata Castro
- Oferta de reabilitação urbana valerá 80 mil milhões de euros
- Saneamento em falta na Foz e Campanhã
- Surf e desportos radicais no Verão "Alternativo"
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- O pintor nasceu
- Porto: Exposição transforma reclusas em divas do século XX
- Casa da Música celebra José Afonso com ciclo Música e Revolução
- GP Histórico do Porto no Centro Comercial Colombo
País:
- Siemens inicia produção das locomotivas 4700
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- Banca vende imóveis penhorados com descontos de 30%
Concordo com a ideia de propor um referendo para a OTA e o TGV. Aliás nunca ouvi nem li ninguém a dizer que é a favor de tão grandiosas obras. Há sim quem tenha dúvidas, mas a favor (excepto o governo) não conheço. A opinião pública, do cidadão comum até opiniões técnicas muito bem fundamentadas, é toda contrária à concretização destas obras. Desde o ex-ministro das finanças, ao bastonário dos engenheiros. Este governo que tem créditos ganhos, e largo apoio, parece no entanto irredutível na teimosia destas obras. Não estará na hora de a dita "sociedade civil" se manifestar. Um bom desafio para este excelente blog. Porque não o referendo...
PS - Bem haja, Francisco Rocha Antunes, pela disponibilização do powerpoint da apresentação.
Jaime Veloso Martins
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Nota de TAF: a propósito, por sugestão de José Silva - Ota: «Estão a mentir-nos».
Estou de facto espantada com o Sr. La Feria. Uma gala ao património merecia mais do que a habitual revista à portuguesa em estilo americano. Mas vi pouco do programa, quando mudei para a TVI verifiquei que estava a dar um musical português, só podia ser do La Feria, começou a «apresentação» da Torre dos Clérigos, pensei que era um espectáculo do Porto para o Porto, mas o palco era grande demais para ser em directo do Rivoli. Foi aí que percebi que, mesmo sem ser candidato, o nosso Teatro Municipal estava a ser referido numa gala de apresentação das maravilhas mundiais.
O problema é que dessa forma ninguém ia prestar atenção aos monumentos portuenses candidatos às maravilhas de Portugal, quer dizer, em prol duma referência pessoal ao seu caso, La Feria acabou por preterir a importância da Torre dos Clérigos, quando o Rivoli nem sequer era candidato. Estou espantada porque pensei que o Senhor era de facto um grande profissional, com tantas histórias para contar sobre os Clérigos, La Feria não arranjou melhor do que ironizar os seus colegas do Porto, e por isso tenho dúvidas quanto ao seu sucesso na cidade. No Porto o produtor vai ter que ser mais imaginativo, não há VIP´s em número suficiente para encher a plateia.
Quando apresentaram de rajada vários monumentos nacionais, e como conclusão à referência ao Mosteiro da Batalha, gritaram novamente Rivoli Teatro Municipal, fiquei completamente espantada, e regressei à nostalgia da RTP. 2 espectáculos, 1 totalmente pago pelos portugueses, outro financiado pelos portugueses e investidores, um de interesse para a nação, outro de interesse internacional, e no último existiram várias referências ao Rivoli.
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Cristina Santos
Pormenor num dos relógios do Aeroporto de Pedras Rubras (Sá Carneiro para os Amigos)… A malta aproveita todos os bocadinhos para pisar a capital… ;)
Abraço,
Rui Oliveira
Gritos Insanos
O que nos separa de Lisboa, entre outras coisas, passa também por aqui. Sem medo das alturas, sem medo de construir, sem medo de arriscar, sem medo das novas arquitecturas... Por cá, aquilo já estava classificado como mais um "mamarracho". Não há paciência nem pachorra para tanta tacanhez!
Correia de Araújo
Cara Cristina,
Talvez o que acaba de nos relatar sobre a "cena" do La Féria dê para tirar qualquer dúvida (se é que ainda subsistia) do interesse e do respeito que Lisboa, e o que ela representa no contexto nacional, tem pela nossa cidade. Eu já não tenho dúvidas sobre essa matéria há alguns anos. Para o Porto (lamento afirmá-lo, mas é verdade) a democracia, com esta droga de políticos, só trouxe subalternidade e atraso.
Também não tenho dúvidas que nos devíamos virar mais para Espanha, porque os bons ventos do norte ibérico sopram mais favoráveis para a nossa região do que os ventos vindos de Lisboa, de onde andamos a ser desprezados e, ainda por cima, com a agravante de alguns de nós andarem convencidos ou a tentar convencer-nos que isso não passa de complexos de provincianos. Tal como os lisboetas pensam... Já é mais do que tempo de abrirmos os olhos Cristina!
Cumprimentos,
Rui Valente
PS - Não serei eu que gastarei um tostão do meu bolso para ver o La Féria. Pérolas a porcos não costumo dar, tal como não dei na Expo! Nem que me invadam a TV de toneladas de publicidade. Já estou imune aos regabofes da capital. Quando começarem a olhar para o Porto como deve de ser, então sim, conseguirei encontrar tempo para me interessar também com o que se passa na capital.
A carta abaixo transcrita foi enviada há cerca de um ano aos 230 deputados da nação pelo grupo de cidadãos abaixo assinado. Tendo em consideração os últimos acontecimentos, não estará na hora de a reenviar de novo mas agora assinada por milhares de cidadãos? Ou será que a iniciativa ficará por aqui? Estará algum dos signatários disponível para nos prestar esclarecimentos?
António Alves
Não percebi o espanto da Cristina Santos em relação à intervenção de La Feria no dito concurso (que eu não vi, pois o meu zapping felizmente não mo consentiu). Esse senhor, é, foi e será exactamente o que a Cristina Santos viu. Apresentou-se a um pseudo-concurso com múltiplos nomes, mudou a proposta a meio dele, disse que não a assumia e, mesmo agora, ainda diz que não sabe se vem para o Porto, para o Rivoli.
Mas é esse senhor que os portuenses cá querem, é esse comportamento e essa elevação cultural, civilizacional e educacional que os portuenses precisam para dinamizar e fazer renascer a Cidade. Pelo menos é assim que se depreende da falta de interesse com que a Cidade viveu o processo da dita privatização da gestão do Rivoli.
Mas a verdade é que a indiferença com que a Cidade recebe e reage às sucessivas decisões da CM do Porto, também o faz pressupor. A Câmara só fala do que quer, quando quer e se quiser. Diz, através do jornal que é o chamado site da CMPorto, as maiores barbaridades cívicas, jurídicas e comete os mais elementares atropelos humanos e das regras – básicas – da boa educação (basta lerem a forma como nesse site são referidos o Jornal de Notícias, os media, o chefe dos bombeiros, etc, etc...).
E que ninguém se queixe de que um tal La Feria (criador de espectáculos que só em Portugal se apelidam de grandiosos), vindo de não sei onde, venha cuspir no prato que lhe deram para comer, e se esqueça agora de falar bem das gentes e da cidade. Também a actual CMPorto, que tanto falou de rigor, contas certas e exigência, apenas o faz de boca, pois não olha para si mesma. É só olhar para os cargos de direcção e das empresas municipais para isso mesmo se alcançar.
Cada qual tem mesmo o que merece.
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- Espanha e Portugal vão avançar com mercado ibérico de gás
- Lisboa é a cidade mais barata da Europa Ocidental
- Suicídio de alemão desesperado com burocracia indigna comunidade alemã - via Blasfémias, por sugestão de José Silva, com o comentário "Reengenharia autárquica precisa-se". Se o método de contestação se vulgariza, reduz-se para metade o índice demográfico. De facto é necessária uma grande dose de paciência e sete vidas, para engolir este sistema que cria normas para manter ocupados funcionários desocupados, que não tendo o que fazer se entretêm a dar que fazer aos outros, papelinhos e manuscritos para justificar o excesso de computadores. Portugal inteiro devia presenciar o funeral.
- Manuel Salgado defende construção virada para reabilitação - por sugestão de José Maria Montenegro: "Caso para dizer ao Sr. Arq. «bem vindo ao blogue A Baixa do Porto»!".
Porque mantenho com a caixinha mágica uma espécie de sintonia Zap e sei que a maioria dos participantes não é grande fã, deixo uma informação de última hora, o Filipe La Féria está a apresentar na TVI o espectáculo das maravilhas de Portugal, acabou de fazer referência à nossa Torre dos Clérigos, mais ou menos desta forma: um homem escalou a Torre dos Clérigos, uma maravilha dessa grande Cidade Invicta! Portooo! Do cimo da torre o homem viu a ponte D. Luís, D. Maria e o Rivoli... e neste acto aparecem uns manifestantes no palco a dizer isto: Rivoli, nosso grande Rivoli, vai-te embora La Féria não te queremos aqui! Xô La Féria xô daqui! E termina aqui a referência à Torre.
Não é suposto que isto seja um concurso sério?!
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Nota de TAF: Este comentário foi enviado ontem à noite, mas só hoje tive oportunidade de o publicar.
Como o TAF muito oportunamente aqui nos relembrou, citando um post em que tanto eu como o Pedro Aroso nos insurgíamos contra o Metro na Av. da Boavista, a minha posição sobre este assunto também foi evoluindo, tendo hoje uma opinião diferente.
Com efeito, a coabitação entre o metro de superfície e o automóvel tem-se revelado mais pacífica do que se podia imaginar, antes da sua entrada em funcionamento. O atravessamento do centro urbano de Matosinhos é um bom exemplo dessa sã convivência. Se bem me recordo aquando da sua apresentação no Café Guarany, o traçado da linha da Boavista inflectia à direita, um pouco antes do Café Bela Cruz, seguindo depois até Matosinhos Sul. Deste modo, essa linha não se destinava apenas a servir o eixo da Boavista (Guerra Junqueiro, Bessa, Foco, Pinheiro Manso, Marechal Gomes da Costa, Antunes Guimarães, Liceu Garcia da Horta e toda a zona ocidental do Porto, até à orla marítima), como também iria permitir uma ligação mais rápida de Matosinhos à interface da Rotunda da Boavista. Por seu turno, o Parque da Cidade ficaria acessível a todos os habitantes da área Metropolitana do Porto.
Só para terminar, gostaria de acrescentar o seguinte: o Zé Pulido Valente refere que não existem parques de estacionamento para os habitantes da Foz/Nevogilde deixarem os carros. Na minha opinião, o parque existente na rotunda do Castelo do Queijo, onde nunca vi um automóvel estacionado, podia muito bem ser requalificado para essa função.
Luiz Botelho Dias
Malta
Já aqui escrevi que a linha da Boavista não serve às gentes da beira mar/rio, da anémona até à Ponte D. Luís, para norte. Reparem que mesmo na zona da Foz há muita gente de poucos recursos. Não se trata de malta rica em exclusivo. Por outro lado dizer que os ricos não abandonam o carro não é inteligente porque o tempo perdido e mesmo os altos custos dos parques (e a poluição que diminui se não usarmos o carro) são dissuasores fortes do uso do carro. Em todo o caso há que basear as escolhas no aliciamento das pessoas para esta maneira de circular na cidade mesmo que se tenha que dar uns empurrões dificultando o uso do carro.
É urgente arranjar solução para a faixa entre a Boavista e mar e rio. As pessoas dessa área que queiram usar o metro na Boavista não têm, sequer, sítio onde deixar o carro na Boavista para passar para o metro. Não é de admitir que vão da Cantareira ou de Sobreiras até à Boavista a pé. Não se esqueçam que há bairros sociais: Aleixo, Pasteleiras, D. Leonor etc.
Há que arranjar uma linha de eléctrico, ou autocarro, que funcione rapidamente com curtos intervalos, sem atrasos (as pessoas têm horários a cumprir) pelo menos até ao elevador dos Guindais (ou Campanhã pela beira-rio) para daí se passar para a cota alta da Batalha dando o uso que falta a este equipamento.
O autocarro poderia subir Mouzinho e chegar à Batalha.
A propósito das queixas que se fazem no Porto sobre a gestão da cidade, vou transcrever aqui parte de um artigo de Filipe Gil no editorial do Jornal Construir, a propósito da cidade de Lisboa:
"Não, este não é um editorial político, ou encomendado pela oposição camarária, é sim um manifesto de amor à capital do país.
(...)
Será que ainda não chega de confusão? Porque não se juntam os partidos das várias famílias políticas e as organizações de cidadãos para pensarem e reflectirem a capital? Porque não se lançam ideias que sejam exequíveis e que comecem a mostrar dinâmica a curto prazo? Todos desejamos uma cidade pujante, competitiva, vibrante e na vanguarda social e económica, e para isso basta meter mãos à obra e muita vontade de fazer algo pela nossa capital. O actual estado é incomportável e a culpa do que está a acontecer neste caso não morre solteira. Lisboa está como está por causa do actual executivo. Por isso, já chega, Sr. Carmona!"
Como se percebe o fenómeno que se passa no Porto, é estendível a Lisboa. Daqui a uns dias a outras cidades do País. Não apenas pelos grupos de cidadãos que exigem melhor gestão camarária, mas pela cada vez maior obrigatoriedade de as Autarquias terem de ser geridas por processos mais “Transparentes” e “Democráticos”.
- 1. Nota: Se Lisboa estivesse ao Norte, acho que o Carmona, Santana Lopes e outros, teriam já pedido o endereço à Fátima Felgueiras e aproveitado uma estadia no Brasil para ir fazer praia e umas plásticas.
- 2. Nota: Metro da Boavista:
Também eu já dei que chegasse para esse peditório, por isso faço minhas as palavras dos demais, o melhor será ir ler a “literatura” acumulada sobre o assunto.
Alexandre Burmester
Está disponível aqui um ficheiro PDF criado a partir da apresentação Powerpoint do Francisco.
Caro Pedro
Quem tem de fazer o trabalho de casa és tu, nós já explicámos até à náusea os nossos argumentos aqui. Isso é uma técnica partidária velha, a de voltar a colocar em discussão os mesmos assuntos tentando vencer pelo cansaço, mas que foi inventada antes dos blogues. Agora, podes perder tempo e ir lá atrás ler tudo. Eu, por exemplo, nunca argumentei contra a linha da Boavista porque servia para tapar o buraco da Imoloc. Argumentei contra porque não só não resolve o problema do estrangulamento do canal da Senhora da Hora – Estádio do Dragão como, ao insistirem em fazer tudo pela superfície, vai rebentar com a circulação automóvel de uma das principais artérias da cidade que está, inclusive, classificada como via intermunicipal pelo actual PDM. O PDM é para cumprir por todos e em todos os aspectos, começando pela Câmara que o impõe aos outros.
Francisco Rocha Antunes
PS- Cristina, o metro já chega perto da praia, em Matosinhos :-)
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Nota de TAF: Aqui ficam alguns apontadores de 2004, apenas como exemplo ;-)
- Alexandre Burmester
- Pedro Baganha
- Pedro Aroso