2007-02-04

De: David Afonso - "Rivoli: 1991-2007"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 20:47

A argumentação da Câmara em resposta à providência cautelar interposta pelo PS para suspender a entrega do Rivoli ao La Féria é esclarecedora: «No âmbito das relações entre a Culturporto e o Município nunca se colocou a hipótese de ser celebrado um contrato de concessão de um serviço público. Já que manifestamente não há aqui nada que se assemelhe a um serviço público». É claro que estamos a falar de conceitos jurídicos que não devem ser descontextualizados da circunstância em que são aplicados e do conjunto da argumentação, mas… a verdade é que para autarquia "cultura" e "serviço público" parecem ser inconciliáveis como água e azeite. A não ser que se considere o automobilismo como uma expressão cultural e, aí sim, teríamos serviço público.

O Rivoli foi vítima deste neo-filistinismo que, não sendo invenção da actual gestão municipal, tem nela um excelente representante. Como foi anunciado - e não negado pelo site da CMP – o descalabro do Rivoli coincide com a gestão PSD/CDS, o que só quer dizer que a solução agora preconizada pela autarquia apenas é uma resposta ao problema por si mesma criado. E ainda há quem a elogie como quem elogia o miúdo traquina que quebra um vaso e que disfarça a asneira colando com cuspe os cacos ao mesmo tempo que despacha as culpas para o gato. É assim. A não ser que se acredite que tudo isto se trata de uma acção concertada para entregar o Rivoli ao La Féria. Se assim fosse teríamos aqui mais um daqueles recordes do Guiness que tantos adeptos têm por cá. Desta feita seria o prémio Guiness para a maior passadeira vermelha do mundo.

É claro que existem responsabilidades que devem ser assacadas à autarquia pela situação a que se chegou. Disto não tenho eu qualquer dúvida, da mesma maneira que não tenho qualquer dúvida sobre a responsabilidade dos agentes culturais que se deixaram dormir no ponto e até da própria cidade. Sim, da cidade. Um dia destes, o Carlos Dias fez-me chegar às mãos uma pequena entrevista que a Manuela Melo deu ao Expresso em 1991. Não sei se se lembram, era naquele tempo em que o Porto fazia lembrar uma cidade ou que, pelo menos, tinha pretensões de chegar a tal. Os tempos eram outros e existia uma coisa que os mais velhos se devem lembrar: um política cultural da Câmara Municipal. Foi justamente por aí que se iniciou o parto do Rivoli tal como o conhecemos hoje (o edifício, entenda-se). Dizia então Manuela Melo: «Cabe à Câmara criar as estruturas e os esquemas de gestão. Agora vamos ver qual a capacidade desta cidade de fazer juz àquilo que tem dito: que no Porto não há sítios para ir. Então, depois vão ter de participar, porque nada se aguenta sem público. Mas continuo a achar que existe uma grande apetência nesta cidade por acções culturais, e é com base nisso que estamos a investir.»

Mas a cidade mudou-se de cidade e a Baixa foi ficando cada vez mais vazia. Os cinemas foram os primeiros a encerrar e agora é a vez dos teatros. Em certa medida, até podemos dizer que a Culturporto conseguiu um pequeno milagre com as prestações que conseguiu atingir até lhe terem puxado o tapete debaixo dos pés. Na Baixa, as magníficas lojas que herdámos dos séculos XIX e XX desapareceram e os espaços foram sendo ocupados por chineses, paquistaneses e lojas dos 300. O Rivoli – Teatro Municipal desapareceu e deu lugar ao La Féria. Sinais dos tempos…

David Afonso
attalaia@gmail.com

De: José Eduardo - "O Porto pintado..."

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 20:36

...pelo meu pai.

Porto  Porto

Ver mais em [ Portus Cale ].

Cumprimentos,
José Eduardo

--
Nota de TAF: a tentativa de melhorar a reprodução da cor é da minha responsabilidade e, uma vez que não conheço os originais, não sei se terá sido bem sucedida. As imagens que recebi, antes da correcção, são as que estão online no blog acima indicado.

De: Cristina Santos - "Da minha exclusiva ignorância"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 20:24

Ora aqui está uma oportunidade de ouro para esclarecer certas e determinadas situações do urbanismo do nosso Porto, já me estou a ver na plateia a puder fazer perguntas importantíssimas para a minha actividade, imagino-me a fazer figura de ignorante com intervenções do tipo:

  • Ex.mo Sr. Eng. Cardoso, o senhor foi o único capaz de convencer a família Ramalho a «ceder» os terrenos vitais para o nosso Estádio do Dragão, como conseguiu fazê-lo em tão pouco tempo?
  • E depois de conseguir essa cedência, o que fez com os terrenos, ofereceu-os ao FCP ou vendeu-os? Até hoje, há pessoas como eu que ainda não entenderam, se pudesse explicar...
  • Já agora tenho outra dúvida, os terrenos da família Ramalho foram pagos em dinheiro ou com terrenos e direitos de urbanização lá para os lados do Parque da Cidade? Agradeço toda a atenção que possa prestar, de facto é cativante construir prédios com vista para parques, acho que foi um negócio do catano, não entendo bem é o que cidade lucrou com isso. Quer dizer, concordo consigo, era necessário e urgente construir o estádio do Dragão, é também importante construir bem e em bons sítios, mas olhando ao processo foi tudo muito complicado, se pudesse ser explicado, sinceramente agradecia.

Mas é melhor não imaginar mais nada, era capaz da minha sinceridade ser mal interpretada, não quero imaginar o que podia acontecer a seguir.

Bom fim de semana.

De: Mário G. Fernandes - "A cidade, em suma!"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 20:13

Meus caros

Errei. Já tinha notado, ao ler o jornal, que errara o nome da empresa e, agora, fiquei a saber que já nem é a Bragaparques (com p minúsculo: esta, não erro mais), por isso, aí vai a minha errata: no meu último post, sempre que se lê 'Braga Parques' deve ler-se proprietário(s), empresas ou indivíduos, promotores imobiliários, enfim, investidores. Quanto às restantes notas: entre Domingos Névoa e Sá Fernandes não fico com nenhum; aqui não há Sá Fernandes e ainda bem, como se depreende da nota anterior; não insinuei nada, talvez aceite "considerações", mas prefiro dizer que fiz afirmações.

Estas, de qualquer forma, servem para este caso, como para outros, e não lhes retiro "uma vírgula": quem está a decidir a "reabilitação" (com muitas aspas) são os proprietários/investidores, os quais, pelo que se vê no caso de D. João I, estão pouco preocupados com o património, já que não concordaram com a primeira proposta, que o preservava mantendo a razoabilidade de negócio, e trataram de promover outra proposta que destrói tudo, mantendo apenas algumas fachadas (de Sá da Bandeira e da Rua Formosa). O que propõem é a demolição de tudo menos das fachadas. Além do mais, e este é um aspecto não menos importante, a segunda proposta destrói a morfologia tradicional do quarteirão, encolhendo-o e deixando um vão exagerado no local do antigo Banco do Brasil (que aliás, a primeira proposta já propunha, e bem, demolir, mas deixando uma passagem, para o interior do quarteirão, mais contida na sua largura, com isso preservando o quarteirão e preservando o pequeno largo adjacente à Rua Formosa). No conjunto, resulta um quarteirão mais pequeno, com uma cauda.

De: Ana Gil - "Conferências Ad Urbem"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 17:57

No próximo dia 15 de Fevereiro, às 15.00h, no Anfiteatro B001 da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, na Rua Dr. Roberto Frias, realiza-se a quarta e última conferência do ciclo de conferências organizado pela Ad Urbem subordinado ao tema "250 anos de legislação urbanística. Ordem e caos na formação e expansão da cidade portuguesa".

O referido evento consistirá em duas conferências e numa mesa redonda dedicada ao tema "Iniciativa privada e governo público da cidade. Os caminhos da urbanização em Portugal". O evento tem o apoio da Secção de Planeamento do Território e Ambiente (SPTA) do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

As conferências serão proferidas por Nuno Portas, Professor Jubilado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e por João Miranda, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. A mesa redonda será moderada por António Pérez Babo e contará com a participação de Nuno Cardoso, ex-Presidente da Câmara Municipal do Porto, Isabel Breda Vázquez, da Faculdade de Engenharia do Porto e Francisco Rocha Antunes.

A entrada na conferência é livre.

Por razões de ordem logística, pedimos a todos os interessados que se inscrevam previamente, por fax ou por correio electrónico, para os endereços abaixo indicados.

AD URBEM Associação para o Desenvolvimento do Direito do Urbanismo e da Construção
a/c LNEC, Av. do Brasil, 101, 1700-066 Lisboa - Tel.: 218443792 - Fax: 218443028 - E-mail: adurbem@mail.telepac.pt

De: Cristina Santos - "Que culpa tem o retalhista?"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 16:52

Em relação à Associação de Comerciantes, tenho uma dúvida. Quando a CMP vendeu em hasta pública vários edifícios na zona histórica, o gabinete Comércio Vivo não adquiriu 2 para instalar lojas de artesanato e coisas do género, um por 180 mil euros e outro por 140 mil? Tenho essa impressão, mas não consigo encontrar dados.

Seja como for, a quem cabe reclamar da aplicação do dinheiro obtido pela negociação com o grupo Amorim é aos nossos comerciantes, essas verbas devem ser devolvidas mas entregues a quem as possa gerir para benefício do comércio tradicional. O grupo Amorim deve reclamar, mas o principal credor é o comércio tradicional. Que se encontre rapidamente uma nova gestão, capaz de exigir a devolução do dinheiro e capaz de se responsabilizar pela sua correcta aplicação; uma gestão que garanta ao grupo Amorim que tudo será feito para cumprir o protocolo em questão.

Não se pode deixar que à custa dos erros de uma só pessoa os nossos comerciantes sejam duplamente penalizados, há que saber se ainda falta receber dinheiro do grupo Amorim, há que reaver o dinheiro mal gasto, e há que impulsionar os nossos comerciantes a voltarem à luta de outros tempos. Há muito que se reclama a extinção da monarquia da D. Laura, mas não a favor do grupo Amorim, mas sim a favor do comércio de proximidade, que não venha agora o grupo Amorim aproveitar-se deste infortúnio, chega de monopólios, os nossos comerciantes devem ser alertados, os demissionários devem convocá-los para os esclarecer e partir daí para um rejuvenescimento justo e equitativo.

Cristina Santos

Ps. Ontem no programa Ponto de Vista, voto positivo para o Dr. Rui Rio e para o Dr. Albino Aroso, concordando ou discordando das suas opiniões pessoais, é um orgulho ver estes 2 portuenses a intervir sem sorrisos hipócritas, permitindo o desacordo e sempre com dignidade, um exemplo para o País.
--
Nota de TAF: A responsabilidade da situação a que se chegou na ACP é, claro, principalmente da D. Laura, mas os associados, na sua generalidade, parece terem estado a dormir este tempo todo... Que acordem agora, ao menos!

De: TAF - "Um caso de Polícia"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 08:12

De: Rui Moreira - "Conhecendo o que hoje se conhece"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 07:53

Caro José Silva

Fica pois esclarecida a questão do Burgo...

Quanto à regionalização:

  • - Foi exactamente assim que eu votei e que na altura exprimi o meu voto, em conjunto com Diogo Feyo e Álvaro Braga (Júnior) tendo mesmo gravado um tempo de antena para a televisão. Mas é disso mesmo que me arrependo, porque essa questão das fronteiras, que deixámos que poluísse o debate, contribuiu para o NÃO.
  • - O mapa era, indiscutivelmente, mau. E pareceu-me sempre que quem o fez eram falsos adeptos da regionalização. Mas se o SIM tivesse ganho, talvez pudéssemos depois ter alterado o mapa, quem sabe... E entre o mau mapa e a não regionalização, estou hoje certo de que a primeira opção era menos grave. É essa a fonte do meu arrependimento.
  • - Nessa altura, contudo, eu não tinha, como muito bem sabe, qualquer função na Associação Comercial do Porto. Fui director entre 1999 e 2001, ano em que fui eleito Presidente. Até então, era entendimento da Associação que essa era uma questão política pelo que a instituição não se devia pronunciar, mas apenas apresentar os argumentos pró e contra, tanto mais que na direcção havia ao que sei partidários do SIM e partidários do NÃO.
  • - Mas, tantos anos passados, não me parece relevante sequer avaliar essa situação, até porque nesse tempo a voz da Associação Comercial era porventura menos ouvida, em grande parte porque o anterior Presidente entendia que a instituição deveria concentrar as suas atenções em questões previamente definidas e consensuais entre os associados, não dispersando a sua estratégia. Era uma forma de estar coerente e diferente, não sei se melhor ou pior, esse juízo deixo-o aos outros. O que sei é o silêncio da Associação Comercial do Porto não foi crucial. E, quanto à minha posição pública de então, recordo-lhe que era então um total desconhecido. Por isso, não me parece que se possa dizer que na altura não usei o poder que tinha, porque não o tinha.

Permita-me, ainda assim, que faça um reparo ao seu comentário, e que reponha a verdade histórica. Os que então estavam no poder, e que diziam defender o SIM, prometeram na noite do referendo que tudo fariam, pelo menos, para garantir que iria ser acelerado o processo de descentralização, que este era possível sem regionalização. Infelizmente, o resultado prático é conhecido. O referendo foi entendido como um plebiscito, como um SIM ao centralismo. Essa pergunta é que, de facto, não estava no referendo. E, meu caro, foram esses mesmos que então apelaram ao SIM à regionalização e prometeram a descentralização, (e muitos deles estão agora no poder e no Governo...) que não cumpriram as suas promessas.

Por fim, e quanto à Ota, fará justiça que, já antes do meu tempo, a ACP apresentara em posição pública uma forte crítica a esse projecto. E, sabe também por certo, que desde então nunca nos calamos nem desistimos. Continuo, aliás, a acreditar que ainda vale a pena lutar.

De: Pedro Aroso - "Vandalismo do património público e privado"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 07:49

Como o espaço "Opinião" do site da Câmara Municipal do Porto está sujeito a Censura ou Exame Prévio, para usar a terminologia Marcelista, nunca me dei ao trabalho de escrever o que quer que fosse. No entanto, alguns posts lá publicados merecem divulgação pública, como aquele que foi enviado por Jorge Ribeiro, a propósito dos grafitties que inundam a nossa cidade.

Recordo que o Partido Socialista, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda inviabilizaram o projecto apresentado por Paulo Portas na Assembleia da República, que visava a criminalização desses actos, com o argumento de que tal era uma violação da liberdade de expressão. Como não foi aprovado, os energúmenos que são apanhados em flagrante delito pela polícia, quando vão a tribunal, são mandados em paz para casa porque os juízes são obrigados a aplicar a lei.

Pedro Aroso

De: Luís Bonifácio - "Sobre os «Outlet»"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 17:55

Não podemos comparar um centro comercial tipo Colombo/NorteShopping ou um grande armazém tipo Corte Inglês com um "Outlet".

Os "Outlet" são centros comerciais destinados à evacuação e esgotamento de stocks de produtos fora de estação ou "Monos", de vário tipo de marcas. Por imposição dessas mesma marcas, este tipo de centros têm que estar localizados fora dos grandes centros urbanos, onde se situam as lojas desssas mesmas marcas, com produtos da época. A razão desta estratégia é de não haver canibalização de uma marca por si mesma, através de produtos a 50% do preço.

O caso do Freeport tem mais a ver com a estúpida megalomania do projecto (1.1 Km2 - 200 lojas, 15 cinemas, tudo ao ar livre e ruas labirínticas), e dos custos de manutenção a ele associados. Outro "Outlet", o Campera do Carregado, muito mais reduzido em tamanho e basicamente com as mesmas lojas não tem grandes problemas.

De: Pedro Aroso - "Reabilitação da Baixa Portuense..."

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 17:49

"... Uma oportunidade. Uma obrigação"

Recebi agora a newsletter do Serão da Bonjóia, que passo a reproduzir:

"Caro(a) Amigo(a)
Temos o prazer de convidá-lo(a) para o Serão da Bonjóia na Quinta-feira, 15 de Fevereiro, às 21h15.
"Reabilitação da Baixa Portuense: Uma oportunidade. Uma obrigação" pelo Dr. Joaquim Branco.
Venha conhecer, ao Serão da Bonjóia, o que se faz no Porto e pelo Porto... (ver anexo)
Com os nossos melhores cumprimentos,
Fundação Porto Social
Quinta de Bonjóia, Rua de Bonjóia, 185 - Campanhã - Porto"

Com muita pena minha, não poderei estar presente, mas estou certo de que haverá muita gente da "Baixa" interessada.

Pedro Aroso

De: Cristina Santos - "Freeport II"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 15:07

O factor de proximidade é fundamental, se os shoppings são basicamente iguais o cliente visita o que está mais perto. Por outro lado um centro comercial é uma cidade dentro da cidade, daí que o numero de shoppings a instalar dependa do tamanho da urbe, se existirem vários no mesmo centro urbano o resultado é a divisão de mercado. A divisão do mercado faz com que não se gere poupança ou dividendos, o dinheiro passa a ser matéria circulante e em Portugal não se ganha à semana, não há lugar para tantos shoppings num país como o nosso.

O Corte Inglês está situado no centro da cidade de Vila Nova de Gaia e da minha parte não lhe adivinho grande futuro, nem para esse, nem para a maioria dos restantes mausoléus. O mesmo se aplica a Vila do Conde e tantas outras cidades do país. Chego a temer o futuro dessas estruturas e armazéns, o que irá acontecer quando os espanhóis perceberem que as receitas não cobrem as despesas e encerrarem portas ou permitirem depreciações dos espaços.

Os autarcas deviam ter a noção de que ao permitir a instalação de uma unidade dessas dimensões, devem ter planos concertados para o desenvolvimento e aumento da população, caso contrário estão a hipotecar grandes espaços, que se em vez de mini-cidades se tornarão bairros de delinquência e outras problemáticas. E nessa altura só restará demolir.

Vamos ver, mas dá-me ideia que o Freeport é o primeiro de muitos.

Cristina Santos

Ps. Agora um àparte relativo ao Corte Inglés, não sei se é verdade uma vez que o meu avô nos últimos anos confundia as memórias, mas é engraçado porque costumava dizer que no tempo do Salazar ia ao Corte Inglés e comprava tudo o que queria, do bom e do melhor, o escudo valia mais do que a peseta, não percebia como é que os espanhois tinham poupado tanto do seu dinheiro. Pois...

De: TAF - "Quem os mandou ir para fora da cidade?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 11:51

Estas actividades económicas não fariam muito mais sentido no centro das cidades? Para isso é que se "inventaram" as Baixas.

- Freeport de Alcochete definha a olhos vistos
- Freeport aguarda falência ou apenas dias melhores

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 11:06

De: José Silva - "Comentando o que se conhece"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 00:58

Dr. Rui Moreira

1. Estava então mal informado relativamente ao Burgo. Retiro o que escrevi e deixo o meu sincero pedido de desculpas.

2. Na submissão generalizada da maioria da população residente a Norte de Portugal, felizmente existem vozes como a do Dr. Rui Moreira a defender os nossos interesses e indirectamente a valorização do nosso património imobiliário. Mas também tenho que dizer que existe, infelizmente, muita incoerência entre essas afirmações suas e da associação que representa e a vossa prática no longínquo ano de 1998. Efectivamente o mapa era mau (ou um mal menor, depende da perspectiva), mas havia uma outra pergunta: Se concordava com o Processo de Regionalização. Poderia ter votado sim numa e não noutra. A associação que anos depois passou a representar poderia ter defendido essa tese tal como fez o Movimento de Direita pela Regionalização, da qual fizeram parte alguns dos actuais Blasfemos. Poderia ter-se dito não ao Mapa e sim ao Processo. Essa incoerência, na minha opinião, retira-lhe força. Facilmente se pensará: Tanta contestação, legítima e acertada, mas na hora H, não usou o poder que tinha. Daí o meu comentário.

3. Conhecendo-se as suas posições e da CCIP/ACP contra as decisões da Administração Central, conhecendo-se a sua actividade profissional completamente independente da administração pública, conhecendo-se o seu arrependimento e a sua discordância quanto ao Mapa, pf aproveite para explicar aos leitores da Baixa do Porto qual foi o motivo de força maior que efectivamente o levou a votar contra a Regionalização-Processo. De outra forma: O que é que na altura achou de tão mau, para além do Mapa, que agora já não acha e que o leva a arrepender-se?

4. Como escrevi, tudo isto se passou há 9 anos. Não pretendo recriminar. Antes pelo contrário. Há hoje um desafio mais importante do que a Regionalização que é a abolição do projecto Ota. Para isso todas as vozes são importantes, «esgotadas» ou não, «falando do que se conhece» ou não.

José Silva - Nortugal.Info

De: Rui Moreira - "Falar do que não se conhece"

Submetido por taf em Quinta, 2007-02-08 21:21

O Senhor José Silva, no seu interessante texto "Geopolítica e Geoeconomia a Norte", e ao incluir-me entre os Protagonistas em Queda, que é uma categoria que é da sua inteira responsabilidade e não fere a minha susceptibilidade, escreveu:
"Esgotamento do discurso de Rui Moreira ao confessar o arrependimento por ter votado contra a Regionalização em 98. Se não o tivesse feito talvez hoje já tivesse vendido os escritórios do Burgo..."

Quanto à regionalização, de facto votei contra por não concordar com o mapa que me parecia condenar o interior a um abandono definitivo. E, como diz, confesso-me arrependido. Se isso de confessar que há 9 anos votei mal esgota o meu discurso, paciência.

Agora o que não lhe admito é que me ligue ao projecto do Burgo, com o qual não tenho qualquer relação, que nunca visitei. Não sei sequer a quem pertence, só sei que é uma obra do Eduardo Souto Moura, excelente do ponto de vista arquitectónico, se quer a minha opinião. Aliás, queria-lhe dizer que não tenho nenhum projecto imobiliário na cidade do Porto, que não vendo imóveis, que não sou construtor civil, nem arquitecto, nem engenheiro, nem especulador. Por isso, meu caro Senhor José Silva, e como tenho a certeza que não o fez por mal, permita-me um conselho: critique o que quiser, como eu também critico, nunca se confesse arrependido pelo seu voto ao contrário de mim, mas faça o seu trabalho de casa, como recomenda aos outros, e não afirme coisas que desconhece.

De: Miguel Gonçalves - "Daniel Serrão, Albino Aroso e Fernando Nobre"

Submetido por admin em Quinta, 2007-02-08 21:18

Caros(as) amigos(as),

vimos reforçar o nosso convite feito anteriormente para participarem, hoje às 21:30h na livraria Almedina - Arrábida Shopping, no debate sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez que terá como oradores o Dr. Albino Aroso e o Prof. Daniel Serrão. Com a excelência destes nossos dois convidados, esperamos uma conversa amena e pedagógica sobre este tema actual e polémico.

Gostaríamos de realçar também a presença de um outro grande nome da medicina portuguesa (e não só) que irá estar amanhã, a partir das 21h, no nosso espaço: o Dr. Fernando Nobre, Presidente da Assistência Médica Internacional - AMI. Juntamente com o Dr. Fernando Nobre, irão estar também presentes o Dr. Luís Ferreira Lopes (editor de economia da SIC e apresentador do programa "Sucesso.pt"), a Dr.ª Fernanda Ilhéu (da Câmara de Comércio e Indústria Luso Chinesa) e a Dr.ª Sandra Monteiro (editora do jornal "Le Monde Diplomatique") e iremos conversar sobre "Globalização, Comércio Internacional e Desenvolvimento Humano".

Fica feito, de novo, o nosso convite. Os grandes temas da sociedade portuguesa e mundial também são discutidos no Porto e esperamos despertar a curiosidade e o interesse de todos!

Com os melhores cumprimentos,
Miguel Gonçalves

De: Alexandre Burmester - "Fundamentalismos"

Submetido por taf em Quinta, 2007-02-08 18:35

Estive para não responder às considerações do Mário G. Fernandes, até porque o Francisco R. Antunes já lhe deu resposta suficiente que sirva para dar esclarecimento às divagações e insinuações do respectivo texto. Mas lendo as suas considerações sobre "Fachadismo", de posts anteriores e aos quais não dei na altura importância, gostaria de o ajudar a esclarecer.

Concordo com o princípio - "preservação dos elementos mínimos definidores da essência da morfologia do conjunto edificado ... as fachadas, as profundidades e as empenas de cada edifício, provavelmente o tipo de telhados", é exactamente o que fizemos mas sem fundamentalismos.

E como uma imagem vale sempre mais do que muitas palavras, e porque este processo tem decorrido na transparência e na participação das entidades e dos envolvidos, se quiser também pode participar. Diga lá quais as empenas, fachadas e profundidades que há a preservar do interior do quarteirão.

Interior do quarteirão

Notas:
1. Entre Domingos Névoa e Sá Fernandes, fico com o primeiro;
2. Mas aqui não há Sá Fernandes que lhe valha;
3. As insinuações provam-se;
4. e Bragaparques escreve-se tudo junto.

Cumprimentos
Alexandre Burmester

De: TAF - "Lideranças"

Submetido por taf em Quinta, 2007-02-08 16:34

Estou "em directo" do Seminário promovido pela CCDR-N na Alfândega. Tem-se falado da necessidade de novas lideranças. Até agora quase só tenho visto os "velhos líderes", com inegável mérito, mas são os mesmos de sempre.

Mudança vai haver sempre, mais tarde ou mais cedo. Mas podia ser mais cedo, se fosse em colaboração entre "novos" e "velhos". Fica a sugestão. ;-)

PS: Parece também haver consenso sobre a conveniência em existir um pólo de competitividade e excelência na área das Ciências da Saúde, que inclua também as instituições que estão no Minho. Será este campo aquele em que a região tem maior capacidade de concorrer a nível global. Não é nada que não tenha já aqui sido referido no blog.

PS2: Constato o mal habitual - pouca concretização. A Universidade do Porto ofereceu-se aqui, através do seu Reitor, como motor da mudança. Espero que se assuma realmente como tal em cooperação com a sociedade civil. Aguardam-se ansiosamente os passos seguintes!

PS3: A CCDR-N é um actor muito importante neste cenário se souber adoptar uma postura de "alavancagem" da iniciativa privada, diminuindo os "custos de contexto", promovendo acções de "networking", gerindo com sensatez os recursos do QREN. Há agora mais oportunidades para acções de empreendedorismo social que concretizem, por exemplo, algumas das sugestões que tenho vindo a dar.

PS4: Carlos Lage manifestou a sua convicção de que a Regionalização vai ser referendada em 2009 e implantada em 2010.

De: José Silva - "OTA e «Lenine»"

Submetido por taf em Quinta, 2007-02-08 12:39

Com a perspectiva do apoio de Cavaco à OTA, é mesmo urgente montar uma qualquer organização informal para ao menos dar alguma luta, em nome da não desvalorização do nosso património imobiliário e para outras causas bem necessárias. Caros António Alves, Jorge Ricardo Pinto, e Lino Cabral podem contar comigo.

PS: Rui Rio é uma nódoa. De qualquer modo a iniciativa de «captar» para o Porto o evento RedBull é meritória, desde que dentro do orçamento camarário. Pessoalmente, não irei ver nem acho piada. Mas nem gostos nem o historial negativo de Rio me impedem de reconhecê-la como uma boa iniciativa para a actividade turística e promoção da cidade, desde que a custos adequados.

José Silva – Nortugal.Info

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