2006-09-17

De: TAF - "Negócios bem estranhos..."

Submetido por taf em Sábado, 2006-09-23 22:35

Aquilo que o Expresso hoje escreve sobre a Exponor XXI é muito preocupante. Espero que um assunto destes mereça uma explicação cabal por parte da AEP e dos restantes envolvidos. E, mais uma vez, do ponto de vista metropolitano este projecto não faz sentido nenhum.

De: TAF - "Mais leituras"

Submetido por taf em Sexta, 2006-09-22 09:56

De: Cristina Santos - "Perspectiva"

Submetido por taf em Quinta, 2006-09-21 22:50

Na Cidade Surpreendente: Avenida dos Aliados a uma cota inacessível à maioria dos portuenses.

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Cristina Santos

De: TAF - "Leituras de hoje"

Submetido por taf em Quinta, 2006-09-21 14:12

De: João Taipas - "Blogosfera e Protecção Civil..."

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-20 16:06

De: TAF - "Leituras de madrugada"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-20 04:31

De: JA Rio Fernandes - "A(s) Baixa(s)"

Submetido por taf em Quarta, 2006-09-20 02:01

Viva a Baixa do Porto (e o “nosso” “A Baixa do Porto”)!

Num blog como este, o “nosso” que o TAF criou e anima diariamente, estou certo que: estamos solidários como quem vive na Baixa (só queríamos que fossem mais); todos gostamos muito da Baixa (por isso a queríamos melhor) e todos temos boas expectativas para o futuro (afinal será que ainda pode piorar?)

O que me traz incomodado é o desperdício: alguém viu que fosse prioritária a requalificação dos Aliados-Liberdade?

O que me traz incomodado é perderem-se oportunidades: continuam a colocar cubos de granito cortados em Mouzinho, ou estão a prever a possibilidade do eléctrico (de preferência que não fosse “histórico”) e que utilizasse também a Rua das Flores no sentido inverso, no prolongamento desde o Infante?

O que me traz incomodado é que os problemas da Baixa já estavam sinalizados há muito, muito tempo e continuam a alastrar: Alexandre Herculano, Bonjardim, Fernão de Magalhães,...

O que me traz incomodado é a possibilidade de acontecer ao Porto o que se passou noutras cidades e acentuar-se o contraste entre as fachadas requalificadas dos prédios bonitos que alguns vivem como se um condomínio fechado fosse (com garagem incluída) e os prédios “dos outros” que continuam a cair.

Esperemos que não. Acreditemos que não. Seja como for, sou um optimista que não pretende o regresso aos campos: a cidade sabe viver para lá das pessoas e das suas asneiras. Mas fica com marcas: sem o Palácio de Cristal e o pavimento de calcário e basalto da Avenida dos Aliados, fica com a Cordoaria despida. Mas também tem marcas interessantes do nosso tempo: Parque da Cidade, Casa da Música, ...

Viva a cidade. Viva a Baixa!

De: Armando Peixoto - "Ênfase"

Submetido por taf em Terça, 2006-09-19 23:58

Caros colegas de blog

Apesar de não participar activamente no blog desde há bastante tempo, tenho sido um leitor assíduo e interessado. Apesar de não morar e não ser natural do Porto (sou gaiense de gema), sempre vi o Porto como uma grande comunidade urbana, e não o concelho limitado que muita gente insiste em reduzir. Sou da opinião que a reabilitação do Porto e do seu centro (Baixa) depende essencialmente de motivos económicos, da afirmação do Norte e da Área Metropolitana do Porto como grande pólo económico do país. Assim sendo acho de maior relevância os planos da AEP para a nova Exponor, e tenho de deixar aqui uma "bicada" aos colegas bloggistas, uma vez que me parece que perdem demasiado tempo a discutir questões de freguesia (não estou a dizer q não devam ser discutidas também) e menos tempo a discutir as questões de fundo, ou seja, o que deve o Porto fazer para se apresentar mais apelativo à actividade empresarial (no fundo, criar empregos qualificados = mais população com capital para povoar a cidade = menos jovens qualificados a emigrar para Lisboa = mais interessados em animação cultural = mais empresas interessadas em investir na Baixa e no Porto = vivermos todos melhor).

Nesta ordem de ideias, parece-me que os planos da AEP para a nova e velha Exponor são mais importantes que qualquer discussão sobre se os edifícios reabilitados na Baixa do Porto são caros ou não, o que me parece importante é assegurar que há gente no Porto capaz de os comprar e assegurar que a reabilitação do centro da cidade seja um negócio rentável (porque por mais que doa, as questões do coração pesam cada vez menos)...

Na minha opinião, parece-me que a ideia da AEP é muito interessante para a cidade, uma vez que, apesar de deslocar o centro de exposições para a Feira (mas menos de 30 minutos de carro do centro do Porto!), cria um centro de negócios que era inexistente na cidade e novas oportunidades nas áreas da investigação. O futuro do Porto passa, sobretudo, da renovação empresarial da região (as empresas de têxteis, calçado, e outras que viviam sobretudo da mão de obra barata, ou souberam inovar ou faliram, as sedes de grandes empresas viram um futuro mais acautelado na capital) e o importante é criar condições estruturais para que isso aconteça. Isso passa pelo Metro, por um aeroporto internacional relevante, por uma ligação ferroviária directa e eficaz à Europa, por apoios municipais (inter-municipais) à investigação, por uma maior ligação das universidades às empresas "residentes", incubadoras de empresas, renovação qualitativa dos centros empresariais (para quando o plano idealizado no PDM para a Zona Industrial...) e criação de novos centros empresariais temáticos(com terrenos dados, isenções fiscais, lugar anual no Estádio das Antas, qualquer coisa...), entre outras coisas.

Eu gostava era de ver mais ênfase a estas questões aqui na Baixa. Ideias para reabilitar o centro arranjo 1000 em 10 minutos, arranjar ideias para haver dinheiro para as fazer é que já não é tão fácil...

De: Cristina Santos - "O amor cega!"

Submetido por taf em Terça, 2006-09-19 20:50

Uma coisa é gostar e amar o Porto, elegê-lo à qualidade de Cidade do nosso coração, compreender as suas limitações e as suas valias. Outra completamente diferente é partir do pressuposto que o Porto é uma Cidade de luxo, até pode vir a ser uma cidade de luxo, mas não o é na actualidade e tentar sê-lo só prejudica.

Os jovens estão dispostos a vir morar para o Porto, tudo bem, mas só um pergunta, estão esses jovens dispostos a pagar o tal factor luxo, que há partida só será visível daqui a 20 anos? É muito fácil dizer «quero morar no Porto, gosto do Porto», grande coisa, também eu gostava de morar em Paris, não sei é o que faria lá, nem sequer sei como arranjaria verba para lá adquirir qualquer coisa, mas gostar gostava.

Andamos todos a brincar às casinhas, esta boa intenção da Porto Vivo que ao invés de promover o direito à habitação, vende casas a jovens por 175 mil euros, nestas circunstâncias haverá proprietários de casa devolutas dispostos a baixar o preço dos seus imóveis, se a Porto Vivo garante que há mercado para esses valores?

E há de facto esse mercado? Se há, é um mercado interessante - disponibiliza um só produto, exorbita ao máximo o valor de mercado e minimiza o esforço do jovem com créditos hipotecários para toda a vida - haverá muitos clientes dispostos?! Era bom, mas há 12 anos que esperamos por esses Messias e ao que parece são cada vez mais raros.

Andámos 32 anos a promover o direito à habitação de pessoas sem qualquer rendimento que enfiamos em prédios sociais, e o resto dos habitantes?! Mentalizamo-os que um bocado de terra no Porto é um privilégio sagrado, um luxo que não consagra nem admite o direito à habitação própria, sem sequer o mercado de arrendamento.

Já sabemos que gostamos do Porto, não é isso que está em causa, o que está em causa é até onde vamos levar esse amor, vamos continuar a permitir que a habitação no Porto seja um luxo? Vamos continuar a permitir aos proprietários que se julguem no direito de nem sequer colocar um anúncio de venda num prédio que mantêm há 10 anos devoluto? Vamos continuar a dizer que o metro quadrado vale o que vale, porque é Porto, Cidade Central e de luxo? Vamos continuar a aceitar que nos digam que somos portuenses de 3ª porque não temos dinheiro para pagar uma casa na cidade onde nascemos?

E o Sr. Manuel Serrão que considera que não há um Porto definido, que as fronteiras acabaram, o que sugere para conservar a parte desse tal território que já não esta habitável, que tal um subsídio cultural para conservação de ruínas, parece-lhe bem?! Sim, porque concordo que tanto dá viver no Porto ou na Maia, não sei é como se mantém toda esta estrutura central sem receitas, talvez passarmos a ter uma só câmara na Maia por exemplo, porque não? É tudo igual, que diferença faz, se as pessoas não vivem no centro vivam nos arredores, deixem o centro para a cultura, para o luxo, para a aparência, sim, que diferença faz?!

De: TAF - "Revista de imprensa"

Submetido por taf em Terça, 2006-09-19 10:47

- Metro do Porto: Linha Amarela faz um ano
- Porto não assinala morte do pioneiro do cinema português

A EXPONOR

- Nova centralidade em Matosinhos
«Ludgero Marques não quebrou o segredo do negócio perante os jornalistas e apenas garantiu que a AEP tem 300 milhões de euros para investir na Exponor XXI»

- EXPONOR vai criar 3500 empregos em Matosinhos
«"Garantimos que temos financiamento mais do que suficiente e que vamos fazer os possíveis para que o projecto esteja concluído em seis anos", observou o presidente da AEP, recusando revelar a origem da verba."»
«A região está deprimida e precisa de apoios públicos. O Governo não pode deixar a economia da região, apenas, nas mãos de uma associação.»

- Santa Maria da Feira é um óptimo local
- Exponor XXI vai trazer nova centralidade a Matosinhos

- No Público
«O presidente da AEP vincou, no entanto, que gostaria de ver mais estímulo estatal neste tipo de iniciativas, não esclarecendo, porém, se foi apresentada qualquer candidatura a um programa da administração central. "Não podem deixar aqui uma associação nacional localizada no Norte sozinha. Eles [Governo] também têm de fazer alguma coisa. Não posso deixar de falar numa região que precisa de outra qualidade de investimentos nacionais. Esta região precisa de apoios estatais. Este projecto é também um estímulo e um desafio ao Governo"»

- Também no JN:
«(...) seguir-se-ão investimentos nas áreas da investigação e saúde - há uma parceria com a empresa norte-americana "Maio Clinic", no valor de 50 milhões de euros (...)»

É fantástica a facilidade com que a Administração Pública esquece as suas prioridades! (Administração Pública, claro, porque não se tenha a ilusão de que isto vai ser pago com dinheiros privados.) Se se pretende revitalizar a Baixa do Porto, e havendo aí tantos equipamentos de saúde e facilidades de transportes, não faria muito mais sentido uma proposta como esta do Francisco? Já aqui, em Abril, se focou este assunto e eu tinha lembrado isto.

De: João C. Costa - "(Gostava de) Viver na Baixa V"

Submetido por taf em Terça, 2006-09-19 02:42

Peço desculpa mas este assunto toca-me particularmente.
A grande vantagem de participar neste blog com estes amigos é que há sempre algum que coincide com a minha opinião. É o caso do Francisco: estive fora uns dias e só agora pude ler por atacado os post's relacionados com este tema e a sua opinião e sobretudo, a sua opção que coincide com o meu desejo.

E a inveja que eu tenho dele e dos que vivem na Baixa por opção. Nasci na freguesia da Sé mesmo ao lado do Teatro de São João. Cresci, estudei nos Liceus do Porto e na Universidade do Porto. Há dez anos, quando me casei, o meu orçamento empurrou-me para a Maia onde o preço dos imóveis estava mais ao alcance da minha bolsa. Mas, houve sempre este desejo que nunca perdi.

Não sou um portuense, sou um tripeiro. Bate-me o coração com a história da cidade, com a sua tradição, com a sua arquitectura, a sua cultura, sinto-me em casa como em minha casa. Quando estou fora do país e regresso, tenho aquela sensação de serenidade e prazer de quando estamos com amigos. Gostava de viver na Baixa, trabalhar no Porto e ir a pé para o trabalho como fazia o meu pai ou de bicicleta como faz o meu cunhado. Deve ser mesmo bom.

Gosto de andar a pé na rua, gosto de ir à Baixa sem ter nada combinado com ninguém porque vou sempre encontrar alguém que me acompanhe num cafézinho ao sábado de manhã, com uns dedos de conversa. Sinto-me à vontade no jantar deste blog no Batalha ou de braço dado com uma vendedeira da Ribeira aos gritos d'O Coliseu é nosso!

É por isto tudo, por muito mais e porque o Porto é muito mais que isto, que a pretensão do Francisco de viver na Baixa não é tola. É, por tantos como nós, considerada sensata.

João Carvalho e Costa
joao.ccosta@oniduo.pt

De: TAF - "Nos jornais"

Submetido por taf em Segunda, 2006-09-18 10:41

Yo no soy tonto

- Manifestació:
"Uno de los mecanismos que nos da la democracia para reclamar nuestros derechos no protegidos es la manifestación. Con esa intención estamos organizando sucesivas movilizaciones y actos en los que al menos se nos oiga. Quizás consigamos que las distintas instancias del gobierno, legislen en contra de la especulación inmobiliaria y consigan frenarla, o quizás no, pero lo que si es seguro es que despues de que nos oigan, nos tendrán más en cuenta y no ejercitarán la pasividad que han demostrado en este asunto durante estos últimos años. Tú también tienes que hacer algo."

- Ver ainda: Manifesto

Cristina Santos