2012-08-12

De: TAF - "Leça, Porto - hoje ao fim da tarde"

Submetido por taf em Sábado, 2012-08-18 23:21

Piscina das Marés

Piscina das Marés

Piscina das Marés


De: Pedro Figueiredo - "O populismo que interessa"

Submetido por taf em Sábado, 2012-08-18 23:02

Em 1975
(foto do 1º de Maio de 1975 frente à Câmara do Porto, Fotolândia, Facebook)

“Face à maior crise internacional dos últimos anos, o ministro da economia fala-nos em pastéis de nata…” (Catarina Martins, actriz e deputada pelo BE)

Menezes, face à maior crise internacional e que se abateu (localmente) por cima de Porto e Gaia, ambos com altíssimos níveis de desemprego propõe-nos “pontes e túneis”… Como se sabe, pontes e túneis empregam (muito temporariamente) alguns projectistas e operários. Nada mais. Gaia tem uma percentagem de desemprego ainda maior que o Porto e é obrigação da autarquia meter no saco as “obras faraónicas” e activar todas as medidas económicas sociais para resolver a atenuar os dramas sociais. Face à crise que se vive na Fábrica de Valadares, o Estado (também local) tem o dever de actuar. Mas actuou? Não, Menezes não actuou o suficiente para resolver a crise da maior fábrica cerâmica de Gaia. Mas em contrapartida promete “pontes e túneis” aos cidadãos do Porto, igualmente desempregados e subempregados… Ficamos “contentes”. Mas é só.

O seu vice-presidente Marco António Costa e Secretário de Estado da Segurança Social está sim a “actuar”: está a pôr em prática, muito populistamente, a ideia magnífica de tornar o RSI dependente de a pessoa fazer “trabalho voluntário obrigatório”… Ideia esta logo apropriada pelo ditador ainda em funções aqui no Porto, contratando trabalhadores para a CMP a preço RSI… a troco não de um salário (como numa “civilização”), mas a troco de um direito de subsistência que já tinham mesmo sem esse trabalho… (o chamado RSI, um direito de subsistência mínimo). Se uma entidade “precisa” cria um posto fixo. Se uma entidade “precisa”, arranja “meios para pagar”. Se há trabalho, há uma mais-valia, logo esta terá de ser para o trabalhador… Mas não, mas não. Há neste caso um aproveitamento em pôr pessoas a trabalhar a salário zero, como se fossem disponíveis para tudo o que a entidade patronal quisesse. Sobretudo não, Sobretudo nunca por 180 euros, que nem dá para a sopa ou o quarto ao mês! O Estado dá este exemplo agora aos privados: “Vejam e explorem assim”.

É isto o PSD, dê por onde der, troque-se as voltas, os nomes, as personalidades, vai sempre dar a mais desigualdade e exploração, seja a montante ou a jusante do rio Douro. As pontes da era Sócrates a pagar no futuro são más, mas já são boas se forem as da era Menezes? Em política fazemos escolhas. Escolhemos castigar uma classe social em vez de outra. Escolhemos aplicar o dinheiro em pontes em vez do Bolhão. É isso a política. Escolher. Por isso Rio escolheu reabilitar as fachadas de todos os bairros sociais menos o Aleixo. Para o Aleixo escolheu outra política. Também escolheu que o dinheiro para reabilitar o Bolhão viria da Privatização das águas… De forma a justificar que, não conseguindo a tal privatização, o Bolhão não teria dinheiro para ser reabilitado... (O que é que tem a ver "alhos com bugalhos?”… Sim, Menezes e Rio foram eleitos e por isso – só por isso - podem fazer “o que quiserem” segundo a novíssima teoria da democracia total, agora actualizada pelo PSD.)

(E no entanto, a ponte do Alexandre Burmester é bestial. É mesmo. É interessante, bem desenhada e implantada, com uma curvatura expressiva… Só que não estou aqui a falar de Arquitectura. Antes fosse.)

De: TAF - "Agora"

Submetido por taf em Sábado, 2012-08-18 17:03

Saltos da ponte


De: TAF - "Alhos e bugalhos"

Submetido por taf em Quarta, 2012-08-15 15:41

Há dias, na Foz
Na Foz


Caro Pedro

1 - O que têm as pontes a ver com o Bolhão? Não são incompatíveis, nem sequer em termos financeiros. O Alexandre Burmester já aqui deu um exemplo de como se pode ter uma ponte sem investimento público. O que precisamos é de uma cidade com desenvolvimento harmonioso, complementar nos seus vários aspectos. Venham veleiros e venham muitos clientes para o Bolhão também!

2 - Eu recuso-me a tratar o povo como uma massa amorfa de ignorantes facilmente manipulável. Mesmo que até o possa ser... Por isso insisto em que sejam apresentadas propostas, que se debatam projectos. Quem quiser que avance. Menezes obviamente quer. Rio gostaria, mas até ver não pode. Manuel Pizarro também quer. Não será por falta de informação que os cidadãos votarão eventualmente mal. Mas projectos ainda não vi nenhum, e sobre isso já escrevi o que pensava.

3 - «para que tal "pareça" democrático» - Ah bom, então "verdadeiramente democrático" é só quando o povo "vota bem"... A Democracia é uma chatice, as pessoas às vezes votam mal.

De: Ricardo Fernandes - "Património destruído à venda"

Submetido por taf em Quarta, 2012-08-15 15:08

Casa Mário Amaral

Como já tinha sido referido no post de David Afonso, a Casa Mário Amaral foi esventrada e completamente descaracterizada. É exasperante o facto da obra do Arq. Arménio Losa ter sido alvo de uma intervenção tão intensa e, passados poucos anos, os dois lotes estarem a ser vendidos: "2 prédios c/ apenas fachada".

De: Pedro Figueiredo - "Mais pontes - para que vos quero?"

Submetido por taf em Quarta, 2012-08-15 14:53

1 - Quando vivia em Gaia eu queria pontes. Era uma altura em que dependia do autocarro 82 e 84 para tudo. Vir ao cinema ao Porto, vir para a faculdade, etc. - a saber: Barragens, Pontes e Auto-estradas - não são exactamente "o desenvolvimento" nem aquilo que nos traz a nós - arquitectos - trabalho regular, nem a todos nós - cidadãos - a satisfação das nossas necessidades. É preferível - de todo, e sob o ponto de vista do "mercado da construção", dada a experiência que temos de estar em crise, o multiplicar de intervenções de pequena e média escala, e agora... forçosamente para a reabilitação urbana, todos e em força! "Pontes - para que vos quero?" Foi tempo, já. Os tempos são outros agora. (Discuta-se o Bolhão e a reabilitação urbana em geral e deixemo-nos de pontes e de barquinhos à vela, que são de resto um sucedâneo fofinho e marítimo dos carrinhos de corrida do ditador e dos aviõezinhos da RedBull...) Estamos em guerra, não de limpar armas. Digam às senhoras do Bolhão, cujas bancas arderam, que as pontes especiais de corrida é que são a prioridade do Porto... a ver o que vos acontece! (Sim, as peixeiras não têm qualquer oporto glamour... é uma chatice.)

2 - Está a dar resultado a propaganda que martela constantemente que ao PSD terá forçosamente de suceder (tão só e apenas) o próprio PSD aqui no Porto.

3 - Por isso e para que tal "pareça" democrático... todo o espectro político está (localmente e mediaticamente) a ser esmagado para afunilar o possível confronto de coisas realmente diferentes, para um "pseudo-confronto" entre o PSD-cessante ("Rio - a austeridade") e um PSD-pujante ("Menezes - o investidor")... Faz falta uma verdadeira alternativa. Faz falta "a" alternativa. Faz falta portanto "a esquerda". E como é que nós-esquerda conseguiremos (?) crescer e aparecer? (... lá estou eu a ver as coisas pelo meu "engajamento político", lamento muito mas as minhas opiniões não são independentes e provavelmente serão até "manipuladas"). Formar uma coligação que inclua PCP, PS e Bloco e uma ou um candidato que não seja pré-cozinhado à partida nem imposto aos restantes co-ligantes... Eis o desafio. Desviar a atenção mediática de Menezes - ganho-à-partida é fundamental. Cozinhar um programa a muitas mãos que inclua dinamitar as pontes de Menezes e dinamizar o Porto que ainda resta!

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Pontes"

Submetido por taf em Quarta, 2012-08-15 14:48

Como é evidente andamos neste País todos trocados, e de facto para falar de pontes devem ser arquitetos. Não sou, não falo. Excepto pregando no deserto, mas não sou o único. Mas de nada vale, quanto à D. Maria. Imagino que o ainda Senhor do Porto e o outro Senhor do outro lado se isto lerem, ou mandarem ler, devem dar uma boa gargalhada. Mas por certo concordará, mesmo defendendo o turismo, a navegabilidade do Douro, hoje temos tao pouco dinheiro que o que ainda possamos ter deve ser para outros destinos mais produtivos. Pontes, para outros tempos!

Temos de fazer crescer o Porto e os arquitetos são cada vez mais importantes a fazer Obra, melhor, a recuperar um Porto que se deixou morrer com a loucura da fuga para os subúrbios. Temos de agarrar o que temos e recuperar e fazer melhor, e criar – arquitetos a ajudar – mais e mais. Os nossos políticos, bem! Até gostaria de nem deles falar, o opinarem (e estragarem)… nestes 20 últimos anos, no mínimo é deprimente. A canoagem traz medalha de prata por mérito, empenho e esforço. Será fazer-se igual em tudo.