2007-03-18

De: Pedro Aroso - "Alguém consegue explicar isto?"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-24 16:06

Avenida da Boavista

No início da Av. da Boavista, como se não bastasse terem "plantado" uma dúzia de semáforos que não servem rigorosamente para nada (a não ser para travar a fluidez do trânsito), hoje deparei-me com esta situação insólita:

  • 1. Junto ao semáforo do posto de abastecimento da Galp, a sinalização vertical, perceptível à distância, obriga a seguir em frente, ou virar à direita.
  • 2. As marcações pintadas no pavimento, permitem a viragem à esquerda.

Em que ficamos?

De: Cristina Santos - "Mito, realidade?"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-24 15:58

O novo regime de tributação assenta numa fórmula que em base se reduz a multiplicar área de construção pelo preço de construção. Há mais 4 coeficientes, mas a base da lei é esta. O problema é que a avaliação se aproxima muito dos preços do mercado, não deixando margem para negociação. Um prédio urbano propriedade total com 400m2 de área bruta fica avaliado por 196.000€ e é por esse valor que está à venda no mercado. Um interessado em comprar esse imóvel fica assim limitado na oferta, uma vez que o valor dado pelas Finanças (em regra geral consideramos que este organismo avalia abaixo do valor real), já avalia o prédio nesse valor, qualquer negociação só daí para cima e na verdade o prédio não vale isso, não permite aumento de volumetria, necessita de obras caras, está numa boa zona mas rodeado por prédios em ruína.

Vamos imaginar que na consciência desses factos o prédio é negociado por 160 mil, mas vai pagar imposto (mais-valias) pelos 196 mil, ou então reclama-se no prazo de 30 dias e após isso no prazo de 60 pondo as contas à disposição. O que acontece é que o mercado não flui, há só uma preocupação de quem paga mais passar a pagar menos, e quem pagar menos passar a pagar mais. O prédio que tem vistas para o Douro passa a pagar tanto como o que tem vistas para o interior do quarteirão, e como o Governo não deixou margem de negociação o mercado não pode funcionar. Mas isto ainda é difícil de se avaliar, há vários valores em regime de transição, quanto a mim as avaliações estão a ser feitas muito próximas do valor descrito nos actuais anúncios dos jornais.

Não sei, mas se possuísse um prédio numa área em reabilitação, trataria de no imediato actualizar o valor tributário (sendo alto, as Finanças não reclamam) e quem me quisesse expropriar, no mínimo teria que pagar o valor tributário, veja-se pagar tanto quanto se propunha no preço de venda. Isso é bom, é mau, é um mito?! Não sei, mas é limitativo.
--
Cristina Santos

De: David Afonso - "A Casa [Reabilitada] do Futuro"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-24 15:30

Ecocasa

Projecto Ecocasa - da responsabilidade da Quercus e tem como parceiros: Mota-Engil, Agência para aEnergia, Agência Municipal de Energia de Sintra, Ao Sol - Energias Renováveis, Bensaude Spratley, Lda, British Council, CEEETA, Direcção Geral de Geologia e Energia, EDP, UK -Trade & Investiment, Enerdinâmica, Eólica da Cabreira SA, Faculdade de Ciência e Tecnologia da Univ. Nova de Lisboa, Fundação Luso-Americana, Galp, IST, Ineti, Instituto do Ambiente, Lisboa e-nova, OAK Foudation, Oeinerge, Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, Tirone Nunes e Ydreams.

«A Quercus lançou no dia 9 de Janeiro de 2004 um projecto inovador com o objectivo de promover a redução do consumo energético nas residências e a utilização de energias renováveis. Trata-se de um projecto que pretende, para além de sensibilizar o público, dar soluções concretas modificar comportamentos, na gestão, renovação ou aquisição de uma casa e/ou do seu recheio.»

Casa do Futuro Inclusiva

Projecto Casa do Futuro Inclusiva - um projecto da Fundação Portuguesa das Comunicações com os seguintes parceiros: Tomás Taveira, Coutinho & Coutinho, Daikin, Loja do Banho, Amec.spie, Visabeira, Iberplaco, Dimensão, Cortal.Seldex, Represtor, Revigrés, Sotinco, Molaflex, PT, Siemens, Sony, HP, Microsoft, Ericsson, Novabase, CTT, Electrolux, Prosegur, HI Digital, POI, Lexmark, Datelka, Vision Box, Intelcardio, Telealarme, Nokia, Mobiletec, Casa do Avô, Sem Barreiras, Philips, Agência da Inovação, Centro Português do Design, Mandala, Panavídeo, Goody, Instituto de Telecomunicações, Adetti, Anditec, Ydreams, Inesc, Universidade Autónoma, Universidade Lusófona e Edigma.

Casa do Futuro

Projecto Casa do Futuro - Universidade de Aveiroe Associação Aveiro Domus(associados: UA, Clidecor, EEE,Extrusal, Iberfibran, Oliveira & Irmão, Pavicentro, RedeRia,Revigrés, Sanindusa, Somague, Tupai e Weber) com os seguintes parceiros: IAPMEI, CGD, DestaForma, Diário de Aveiro, Central Casa, Dream Domus, IEETA, Paulo Valente, Senso Comume Securitas.

«O Projecto UA na Casa do Futuro (UA CdF) tem como objectivo principal configurar e dinamizar a participação da UA na concepção e construção da Casa do Futuro, nos moldes próprios de um projecto pluridisciplinar de I&D. Além disso, o projecto UA CdF identificará oportunidades de investigação, levando em conta os saberes e os interesses das unidades de investigação da UA, e as necessidades do tecido empresarial; estimulará projectos de investigação temática aplicada e pluridisciplinar; proporcionará um campo de teste e observação dos fenómenos associados à inovação e desenvolvimento de novos produtos e processos. O projecto UA CdF proporcionará, ainda, oportunidades únicas de aprendizagem dos processos de dinamização e gestão de redes de cooperação empresarial, de importância inestimável para o tecido produtivo nacional, e na fronteira do conhecimento académico relacionado com a gestão empresarial.»

--------------------
Estes são três exemplos de projectos a acompanhar nos próximos tempos. O que têm eles comum? O cruzamento de saberes e produtos para a habitação do futuro. A Ecocasa da Quercus é um projecto admirável e único no país, a Casa do Futuro da Universidade de Aveiro é um projecto realista que funciona como ponto de encontro entre a universidade e as empresas da região e o projecto da Casa do Futuro Integrada deverá também ter o seu valor não obstante a amálgama de parcerias e a presença do arq. Taveira.

Fico por aqui a cismar... Não seria boa ideia se a SRU PortoVivo em colaboração com a Universidade do Porto (que para fazer prova de vida tem de fazer um pouco mais do que um cortejo de doutourados), com a novíssima Agência de Energia e ainda com as grandes e pequenas empresas do Norte, lançasse o projecto da Reabilitação do Futuro? O Porto como laboratório da reabilitação eco-sustentável e de novas tecnologias construtivas. Temos de arranjar maneira de valorizar o trabalho que se vai fazendo por aí de uma forma dispersa...

David Afonso
attalaia@gmail.com

De: Hélder Sousa - "Dúvidas"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 18:55

Correndo o risco de me meter onde não sou chamado, quero aproveitar para dizer algumas coisas que muito me têm preocupado:

1. A pergunta não era para mim, mas, cara Cristina, não posso deixar de lhe responder que o exemplo que deu de um prédio ser avaliado pelas Finanças num valor e na realidade ser vendido por um preço mais baixo não é uma coisa que aconteça frequentemente, a não ser quando o valor escriturado é, esse sim, mais baixo do que o valor real… Atrevo-me a dizer que as fórmulas usadas para as avaliações dos imóveis levam na maioria dos casos a uma sub-avaliação. Mas sobre estes e outros assuntos o Francisco será com certeza a pessoa ideal para nos esclarecer. Agora não posso deixar de lhe dizer que quem tributa não é Lisboa, mas o Estado português, sendo que grande parte dos valores tributados com base nessa avaliação são impostos municipais sobre imóveis, e que quem fixa quer as taxas quer os coeficientes de valorização/desvalorização das avaliações também são as autarquias…

2. Esta conversa de Lisboa leva-me a outro assunto que tem sido recorrente: a regionalização. Parece-me que todos os argumentos sobre a regionalização estão lançados e também me parece óbvia a sua urgência. Agora não me parece nada saudável esta mania regionalizadora que põe as culpas nesses grandes patifes da capital, que estão lá longe e nos lixam a vida… Isso parece mais discurso Jardin(eiro) do que sério, para além de ser ele (o discurso) o principal travão para o desenvolvimento desta região.

3. O país, e o norte muito mais, está farto dos baronetes regionais que à custa do centralismo nacional engordam, tanto como o dom ubu, com o centralismo local. Muito mais perigoso: para o coração e para o país. Às vezes fico com a ideia que ter nascido no norte do país é um acidente irrecuperável.
Talvez a melhor solução seja mesmo a integração da AMP na zona da Grande Lisboa. Ficávamos só com uma grande cidade, com uns espaços verdes pelo meio. O Porto até podia ser o subúrbio calmo da grande metrópole: já temos uns bacanos a governarem os bairros (Rio, Menezes e afins… tudo malta da paróquia, eleita de entre os melhores e mais sérios chefes de família, daqueles a quem não há nada a apontar, fato irrepreensível, cabelo alinhado, bom casamento, filhos educados: um bom comportamento em todas as frentes), fazemos uns churrascos ao domingo na Avenida, chamamos os mareantes da Foz para abrilhantar o baile, de vez em quando recebemos uma dessas estrelas da baixa (pombalina) no Rivoli para nos divertirmos à grande.
Entretanto vamos engordando os baronetes com limonetes, sardinha assada, reservas do Douro e umas quezílias entre famílias rivais (daquelas que almoçam juntas semana sim semana não, para acertarem os pormenores de uns casamentos e comentarem as desgraças de outros).

4. O lamentável texto do jornalista Miguel Carvalho já foi muito bem respondido pelo Rui Encarnação.

De: Pedro Aroso - "Nesse não voto!"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 18:45

Meu caro Rui Valente

A minha conta bancária, tal como a do Miguel Carvalho, pode ser consultada por toda a gente. Na sua grande maioria, os arquitectos estão com pouco trabalho e eu não sou excepção à regra, por isso tenho diversificado a minha actividade: escrevi dois livros sobre informática e vou dando formação um pouco por todo país. O que eu não sou é básico, por isso não confundo a minha situação económica, com a evolução de Portugal desde o 25 de Abril. Se exceptuarmos o período em que a liderança do governo foi entregue a um macaco chamado Vasco Gonçalves, que em dois anos delapidou uma parte considerável das reservas de ouro e atrasou de forma considerável a implementação da Democracia, acho que o Povo teve sempre o dom de saber escolher os governos mais adequados à situação do momento. Foi assim com a AD de Sá Carneiro, com o Bloco Central do PS/PSD chefiado pelo Dr. Mário Soares, com as maiorias do Prof. Cavaco Silva, com o Eng. Guterres, com a coligação PSD//PP liderada pelo Dr. Durão Barroso e, mais recentemente com a maioria PS do Eng. Sócrates.

Só quem anda muito distraído, ou é ignorante, pode afirmar que o país não evoluiu significativamente em todas as áreas. A crise económica que atravessamos não é um fenómeno isolado… Até os países mais desenvolvidos da Europa, como é o caso da França e da Alemanha, estão a atravessar problemas de desemprego idênticos ao nosso. Para isso têm contribuído muitos factores externos, o mais preocupante dos quais é, sem dúvida, o avanço dos chineses.

Dentro de dias vai ser conhecido o resultado da votação para o "Melhor Português". Faço votos que análises semelhantes à do Rui Valente não conduzam à eleição daquele que, para mim, foi o pior português de sempre: Salazar!

Peço aqui a opinião do Francisco nesta questão - valor patrimonial / versus mercado real.

Vamos supor: o Fulano X tem uma propriedade na Rua da Boavista que as Finanças acham que vale 150.000€, mas ele só consegue vender por 120.000€, Lisboa vai tributar mais-valias e impostos pelo valor base de 150.000€? E tendo efectivamente o negócio sido feito por 120.000€, para o Estado tributar de acordo com esse valor, os agentes tem que accionar o sistema judicial e começar logo por colocar as contas bancárias ao dispor?

É assim, Francisco, o entendimento está correcto?! Até pode ser muito interessante ter um valor patrimonial acima daquilo que esperávamos, mas como é que o mercado assim pode funcionar? É que os valores encontrados não são pequenos, parecem actualizados no top dos top´s. Na minha opinião estão todos malucos e não só aqueles 3 ministros teóricos, também as instituições que não reclamam, então assim os concelhos periféricos não ficam à beira do crash imobiliário?!

Há aqui algo que não pode ser real, o país está em recessão económica, estamos a um passo de voltar aos anos 60, Marco de Canavezes com uma população total de 40 mil habitantes, 5 mil estão em Espanha e é assim em muitos concelhos do país, e agora o Estado vem acertar preços pelo mais alto da Europa de forma a encaixar o maior valor de impostos possível, somos obrigados a vender pelo preço que eles pretendem, não morremos da doença, morremos da cura?!

A que preços terão que ser os alugueres para suportar estes valores patrimoniais? Quanto as pessoas podem pagar não conta? Só os impostos levam o lucro, como isto pode ser? Estou a fazer confusão Francisco?! Ou isto é o início da partida para Barcelona onde se aluga um piso por 700€ já com taxas e ganha-se mais do dobro que ganha aqui. Não compreendo nada, o Estado é que sabe quanto a propriedade privada vale no mínimo e se não se fizer o negócio por esse mínimo, azar, paga-se igual?! Nestes termos só se safa o mercado de luxo, ou não é assim?

Obrigado Francisco e desculpa estar a interpelar, mas se há explicação para isto só pode ser dada pelos promotores imobiliários, que a esta hora já devem ter solução, ou não?!

De: TAF - "Mais notícias"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 15:16

- Fundações e governos devem criar negócio social para combater pobreza
- Boas ideias, precisam-se...
- Criador do microcrédito apela a 'negócios sociais'

- Emprego cai na região Norte
- Inflação no Norte acima da média nacional em 2006

- Último colóquio do Ciclo de Política e Relações Internacionais na Almedina Arrabida Shopping - informação de Miguel Gonçalves - «Hoje, às 21:30h, José Manuel Anes (Director da revista "Segurança e Defesa") e José Ferreira da Silva (Professor Catedrático Jubilado da FCUP) irão conversar sobre este tema: "A Dissuasão como Estratégia: da Pedra às Armas Nucleares". Será uma tertúlia extremamente actual e em que irão ser levantadas algumas questões que dizem respeito a todos nós enquanto "ocupantes" deste nosso planeta cada vez mais global!»

De: Cristina Santos - "Notícias"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 14:57

De: Jorge Ricardo Pinto - "A erosão do tempo"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 14:53

Um século separa estas duas fotografias (1 e 2), tiradas a partir do portuense Largo de São Domingos para o morro da Sé. E daqui por mais cem anos? Que cidade estamos a construir?

Jorge Ricardo Pinto
Comboio Azul

De: Rui Valente - "Lamechices"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-23 14:46

Normalmente, quando as pessoas se sentem demasiado incomodadas com as lamechices da vida a ponto de não verem os telejornais, mesmo descontando os incontornáveis exageros mediáticos, é bom sinal, mas é bom sinal apenas no singular. É sinal que a sua vida pessoal é bastante confortável e que a conta bancária ainda vai dando para pagar os custos das asneiras acumuladas ao longo de décadas pelos nossos políticos sem lhe causar grande mossa. Ainda bem para essas pessoas. Mas esse não é o mundo de toda a gente, nem sequer o mundo da maioria dos portugueses. Esse também não é o mundo do homem a quem tiveram a coragem de enviar um cheque traçado de 61 cêntimos e que não tem de compreender a mentalidade do funcionário público. Afinal, o funcionário público não é mais do que o rosto do Estado.

Os conformismos castram a evolução, e afirmar que temos evoluído muito é, no mínimo, ser pouco exigente e dar carta branca ao Estado para continuar a relaxar. O conceito de evolução é tão discutível quanto variável, mas só é equilibrado se for visto de um modo generalizado e não pontual. Um dos problemas comuns em Portugal é começarmos a aplaudir o artista antes dele começar a representar.

Vejamos:

  • - A saúde está agora bem em Portugal?
  • - A educação?
  • - A economia está forte?
  • - O emprego está a aumentar?
  • - A cultura La Fériana é sinal de evolução?
  • - Portugal está mais descentralizado?

Não serei portanto eu que aplaudirei antecipadamente qualquer governação sem conhecer os resultados do seu trabalho. Outros, antes muito elogiados, também não conseguiram deixar rastos significativos da sua bondade, o que é a maior prova da sua superficialidade.

Todos nos enganamos, mas por acaso eu até fui daqueles que desde logo não acreditou nas promessas dos políticos de descentralizar o país, porque não preciso que me arranquem a carteira do bolso duas vezes para me sentir roubado. Por isso, convenhamos, ainda tenho margem de manobra para me enganar.

Rui Valente

De: António Alves - "Ligação ao Europarque - remate final"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 21:35

Nas condições actuais é possível fazer uma viagem de comboio entre Porto - Campanhã e a Vila da Feira em cerca de 1 hora e 10 minutos. Este tempo inclui 15 minutos para transbordo na Estação de Espinho. As condições objectivas actualmente existentes em Espinho são más.

A distância, por caminho de ferro, entre Espinho e a Vila da Feira é de 19 km. Estes 19 quilómetros são actualmente vencidos pelas automotoras do Vouga num tempo médio de 35 minutos - isto é, os comboios circulam a uma velocidade comercial de 32,6 km/h. Se o Ramal do Vouga fosse modernizado e a velocidade comercial fosse elevada para, por exemplo, uns modestíssimos 50 km/h (nada de transcendente para as tecnologias actualmente disponíveis; podemos mesmo ser bastante mais exigentes) a distância seria vencida em 23 minutos.

Ora bem, estamos no futuro próximo e vamos iniciar a nossa viagem em Porto Campanhã. Embarquemos num dos "amarelos" da CP Porto e rumemos a Espinho. Se o comboio parar em todas as estações e apeadeiros chegaremos lá em 22 minutos; se efectuar paragens apenas em estações, desembarcaremos em Espinho 17 minutos após o início da viagem. Como a Estação de Espinho está a ser modernizada, no futuro, 5 minutos será um tempo mais do que suficiente para, numa estação moderna e funcional, efectuar um transbordo entre comboios. Agora, a bordo do tram-train da modernizada Linha do Vouga, espera-nos mais 23 minutos de viagem, com paragem nas intermédias, até à cidade das fogaças. Tempo total de viagem desde Porto - Campanhã à Vila da Feira: 50 minutos na 1ª opção (comboio que para em todas as estações e apeadeiros entre Porto e Espinho); 45 minutos na 2ª opção (paragens apenas em estações). São tempos perfeitamente aceitáveis para uma viagem desta distância em transporte público. Havendo vontade e capital é possível conseguir melhor.

De: Rui Encarnação - "Ainda bem que existe o amarelo..."

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 21:25

Meu caro Miguel Carvalho:

Perdoe-me a expressão encomenda, se for entendido o artigo que escreveu como frete, serviço remunerado ou contrapartida de benesses. Não foi nesse sentido que utilizei o termo. Por isso, deixe ficar onde está a sua conta bancária e, já agora, deixe-se, também, ficar pelo Porto e pela Baixa, pois a cidade não se pode dar ao luxo de perder cidadãos activos - Já chega os que apenas aqui trabalham.

Também eu sou Paranhense de gema, nascido, criado e crescido até quase aos 30. E, tal como até aos 30, agora que os 40 já se aproximam continuo a viver nesta minha (nossa) cidade. Daí que conheça – como a palma das mãos – a rua da Alegria e todas as outras que desaguam na Baixa (onde trabalho há quase 15 anos, por sinal). Como pode ler no que escrevi (até em tudo o que escrevi), não pus em causa o Dr. Rui Rio. E a questão do Rivoli nada tem a ver com o Dr. Rui Rio. A questão do Rivoli é da cidade e da autarquia. Logo as decisões e as críticas são relativas a decisões e não a pessoas.

De: Pedro Aroso - "A realidade"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 21:15

O caso aqui relatado pelo Rui Valente é um bom exemplo da mentalidade de alguns funcionários públicos, incapazes de assumirem qualquer tipo de responsabilidade ou iniciativa. O valor do cheque é, muito provavelmente, aquele que resulta da aplicação da lei, pelo que o funcionário que o emitiu limitou-se a cumprir o seu dever. Eu teria agido de outro modo, telefonando ao beneficiário a explicar-lhe a situação, evitando os gastos inerentes ao envio do cheque. Mas eu nunca fui funcionário público, por isso a minha cabeça está "programada" de forma diferente. O que não me parece justo é que, a partir de um caso isolado, se generalize, dizendo que tudo é mau neste país, englobando naturalmente todos os políticos (ver post do TAF).

Eu não votei no Eng. José Sócrates, nem acalentava grandes expectativas em relação ao seu desempenho. Hoje não tenho qualquer problema em reconhecer que traçou o caminho certo para o país sair do buraco em que mergulhou. À excepção de um ministro que dá pelo nome de Augusto Santos da Silva, tenho uma opinião bastante favorável em relação a todos os membros do governo. Pelo contrário, o Dr. Marques Mendes atingiu o Princípio de Peter (e mais não digo).

Eu deixei de ouvir os noticiários, porque cansei-me de tanta lamechice e autoflagelo. Quer queiramos quer não, o país evoluiu muitíssimo nos últimos anos e em todos os domínios. Apesar de a crise ainda continuar instalada, acho que está na altura de começarmos a enaltecer aquilo que temos conseguido de positivo.
--
Nota de TAF: o que eu acho é que temos evoluido alguma coisa apesar do Estado. Com excepção do trabalho da equipa do Simplex (a que nem sempre é dada a devida sequência pelos outros organismos) e de algum sucesso na renovação da máquina fiscal, pouco mais há a assinalar de realmente positivo na Administração Central...

De: Rui Valente - "Não podemos abrandar"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 21:12

Caro Tiago

Completamente de acordo, uma coisa não invalida a outra. Mas, a pretexto da nossa justificada desconfiança para com o Estado e da importância do papel dos cidadãos na transformação da sociedade, também não devemos, nem podemos mais, deixar estes passarinhos à solta impunemente, porque é isso que eles mais querem e agradecem. Poder económico ajuda muito, mas não resolve tudo. Veja só o que se passou com a OPA da SONAE e diga-me se não é do poder político que Belmiro de Azevedo tem mais razão de queixa pelo insucesso da operação.

Rui Valente

De: Cristina Santos - "Viagens e espaço para social para tanta gente"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 18:43

Estava a apreciar a V. discussão sobre transportes e lembrei-me das viagens que o nosso dinheiro faz até retornar às nossas mãos. Quantas paragens as verbas do Norte atravessam até chegar cá, quantos despachos são necessários e quanto custa cada um desses despachos?! Quando cá chegam as verbas vêm diminuídas e quanto maior for a distância a Lisboa maior a diminuição, é uma viagem muito longa. Agora é que o Rui Valente me vai dar uma corrida de naif, mas é à luz desta teoria que se justificam projectos megalómanos e desajustados, só projectos nessa ordem de grandeza podem suportar todos os encargos directos e indirectos que a distância e as muitas mãos envolvidas potenciam. Há que substituir recursos e inventar despesas, para que as verbas possam ser de tal forma avultadas que cheguem para todos os aviltadores, que intervêm nessa longa e pausada viagem que as verbas fazem até chegar cá.

Isto é uma teoria a modos que conspirativa, mas não tão conspirativa como a dos transmontanos que sem comboio e com um expresso que parte às 14 horas do Porto e chega às 18 à Chaves, afirmam que o País está de tal forma desgraçado que o Governo decidiu começar do zero, sem más influencias e por isso está decidido a matar parte significativa de população, quanto mais depressa desaparecerem os que menos ganham e produzem, mais depressa a coisa se equilibra. Mais conspirativa ainda é a teoria de que os ciganos têm limitações inatas, que já nos primórdios os levaram a ser expulsos da Índia pelos deuses humanos e condenados a vaguear pelo mundo, sem descanso nem lar.

O que não é chocante, nem é teoria arcaica, é o facto de Rui Rio na sua incessante luta contra as desigualdades sociais ter-se comprometido com várias famílias ciganas em simultâneo, famílias alargadas, que necessitam de vários T4 ou mais, que em conjunto são várias centenas de pessoas para realojar até ao fim do mandato, em bairros onde já existem outras pessoas com hábitos consolidados e cuja enchente pode deitar por terra tudo o que se tem tentado fazer. O São João de Deus foi demolido por essas razões de ajuntamentos, como fará agora a CMP para evitar cair no mesmo erro, onde raio vai alojar tantas famílias, pelo menos as prioritárias São João de Deus e Bacelo?!

Cristina Santos

Ps. Em relação a ligações ferroviárias há que dizer que os argumentos do Pedro foram convincentes.

De: TAF - "A ficção"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 17:37

O país vive numa ficção que abrange grande parte de classe política em variadíssimos aspectos. Já não sei quantas vezes insisti na necessidade de mudarmos os protagonistas, mas o que é facto é que o "português médio" continua a preferir "telenovelas". Se ao menos aqui no Porto tratássemos da nossa casa, mas nem isso...

Por estas e por outras é que eu não confio no Estado e prefiro apostar na iniciativa privada. Não desisto, contudo, de tentar contribuir para que o Estado se regenere - é um direito e um dever. Paciência e persistência.

De: Rui Valente - "61 cêntimos, o preço da afronta!"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 17:26

Os exemplos infelizmente não faltam, mas se necessário fosse apresentar um só para testemunhar a que ponto chega o ridículo da "acção" governamental (que não é de agora), penso que o resumo da notícia que abaixo transcrevo (extraída do JN de hoje) é bastante elucidativa.

A notícia fala-nos de um reformado de 67 anos que solicitou ajuda à Segurança Social para a compra de uns óculos graduados. O homem esperou quase um ano para receber 61 cêntimos em cheque traçado! Isto, sublinhe-se, para a compra de umas lentes no valor de 100 euros (das mais baratas)!

Já todos sabemos que, nesta terra de sábios e de governantes sensatos, ter problemas com os olhos ou com os dentes foge ao âmbito da saúde (vá-se lá saber porquê) para efeitos de comparticipações do Estado, embora o discurso passe a ser outro exactamente oposto desde o momento em que entramos no consultório do dentista privado. Como sabem, não se cansam de nos avisar da importância em tratar dos dentes e dos riscos que corremos em contrair outras doenças se não o fizermos atempadamente... Por que será?

O problema é que os partidos que deviam funcionar como veículos legais das carências e ambições públicas, para as resolver, nunca assumem nem interiorizam verdadeiramente essa missão e, assim que se sentam na cadeira do poder, vai de sacar depressa dos galões da autoridade para melhor orientarem a vida pessoal e da família "partidária". Esta, tem sido sempre a regra. Não fora assim, não estaríamos habituados como estamos a observar com despudorada frequência esses cavalheiros à frente de grandes empresas, como é o caso recente de Pires de Lima (filho) agora na administração da UNICER (uma empresa do Norte). Pessoalmente, até nem teria nada contra, se o facto funcionasse como uma espécie de prémio para aqueles que na política governativa se houvessem destacado por uma actuação altamente meritória para o país, mas não é o caso. O que vemos é, quer governem bem (e sempre governaram mal) ou mal, os políticos são recompensados apenas porque o são, ou foram, e isto é que está mal.

É por todos estes acontecimentos que estão mesmo à frente do nosso nariz no dia a dia, que não consigo acreditar minimamente na classe. Quando ouço Marques Mendes a dizer aquilo que ele sabe ser o que o povo quer ouvir, com discursos gastos e sem ideias, acho que já poucos portugueses terão dificuldade em imaginá-lo um dia no poder (salvo seja) a dizer e sobretudo a fazer calmamente o contrário do que agora diz.

Rui Valente

PS-Chamo a atenção para a leitura do artigo de Paulo Ferreira do JN (pág. 20) que aborda muito bem um assunto já aqui discutido.

De: Ana Magalhães - "Ainda o Rivoli"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 15:54

De: Miguel Carvalho - "A/c do senhor Rui Encarnação"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 15:41

Caro senhor Rui Encarnação

Chamo-me Miguel Carvalho e sou jornalista da VISÃO, mas isso já deve saber. Era só para o informar de que desci e subi a Rua da Alegria muitas vezes, pelo menos nos últimos quatro anos. Por uma razão simples: morava lá.

Aliás, nasci no Porto, sabe? Em Paranhos, 1970. Na cidade vivo, bem no miolo da Baixa. E garanto-lhe que não recorri ao doutor Rui Rio, por quem tenho estima muito antes de ele ser presidente da Câmara do Porto, para me apressar alguns documentos na autarquia. Nem ele o faria, estou certo. Também não me sinto impedido, nem por razões materiais nem de consciência, a criticá-lo - como já fiz na mesma VISÃO ON-LINE - quando acho que merece.

Como poderá confirmar junto de muitos profissionais da Comunicação Social desta cidade e não só, ando há 17 anos nisto de escrever para jornais e revistas. Sem fretes, encomendas ou pedidos de favor. A conta bancária - a única que tenho está registada em Portugal - infelizmente confirma-o todos os meses. Durante uma parte desse tempo, cobri a área cultural e a actividade municipal. Sei o que a casa gasta, se me é permitido. Festivais de jazz, intercélticos, FITEI, exposições, eventos vários, coleccionei-os a todos. Fará o favor de achar que eu talvez tenha alguma autoridade para falar e escrever sobre esses assuntos. Sei quem são as figurinhas e figurões do ramo. Sei o que calam, porque calam. Sei porque falam, quando falam. Sobram os outros: também críticos e competentes, mas sensatos. Que também os há. São é menos dados à banalização pública dos termos «fascista» e «ditador». Não venham a ser eles precisos para outras ocasiões.

Ah! E também tenho por hábito ler os documentos. Sempre. Talvez por isso é que, durante o consulado do doutor Gomes - tão unânime nesta cidade que até perdeu as eleições - tive oportunidade, entre muitos outros episódios certamente dignificantes - de assistir a três conferências de Imprensa em que se anunciava sempre o mesmo assunto. Com embrulho diferente.

Cá ando. Atento. E com memória.

Fique bem
Cumprimentos
Miguel Carvalho

P.S. Já agora, e se a blogosfera ainda não é uma coutada, dê a conhecer este mail aos seus leitores.
--
Nota de TAF: Este blog é público. A decisão de publicar ou não os comentários que me enviam é minha, assumindo o meu papel de fundador e moderador, conforme expliquei no post inicial. Acredito terem lugar aqui ambos os textos, o de Rui Encarnação e o seu. O contraditório está assegurado. Voltem sempre! :-)

De: Cristina Santos - "Notícias"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-22 12:01

- Câmara do Porto despeja famílias ciganas: Um dia o bairro vem abaixo
- “Somos pobres mas honestos” (vídeo)

- Junta procura terreno para famílias do Bacelo
- Salas de chuto voltam a debate na Câmara
- Pôr Gaia a mexer sem «megalomanias»
- Metro alvo de “trapalhadas”
- "Sócrates tem de pôr ordem na casa"
- Universidade do Porto comemora 96 anos

A CMP garantiu que deixava resolvido o caso do Bairro São João de Deus, agora garante que realoja os moradores do Bacelo em 60 dias, afinal em que ficamos, há alojamento para todos? Quem será realojado primeiro? Os moradores de um Bairro cuja causa é bandeira de campanha, ou os vizinhos do Palácio do Freixo?! É difícil...
--
Nota de TAF: Nova versão do JPN e "Business school" do Norte: Belmiro de Azevedo clarifica tudo até ao Verão

1 - 20 / 44.
Seguinte › Fim »