2012-10-14
Mostro-vos fotografias da vossa cidade, tiradas durante o último passeio JN com o Germano Silva. O próximo passeio com o Germano será no último domingo deste mês. Não ide à missa, ide passear com o Germano! Agora, respondendo às questões do Tiago:
O que fazer com o Aleixo? Fazer o que é normal e sensato: reabilitar as torres (de resto, em parte Rui Rio tem feito quase-reabilitações em outros bairros); arranjar um programa médico e de actuação social que ataque o consumo de droga da zona e um programa policial que actue nos casos de tráfico; usar a inteligência nos casos de consumo-tráfico...
E com o Bolhão? Fazer o que o PCP propõe. Reabilitar, claro. Não percebo como é que ao PS e PSD ainda há nesta fase dúvidas "existenciais" quanto a isto depois do calvário percorrido pelo Bolhão... Já há um projecto (aliás, já há dois: o do Arq.º Massena e o do IGESPAR). Já há um orçamento. Já há esta sugestão de financiamento aproveitando o QREN. Por isso: avançar para concurso de empreitada e obras... já!
E com o Silo-auto? A CMP devia ceder o espaço a custo zero (ninguém o quer, de qualquer forma…) à “cultura da cidade”, para ocupação low cost. Antes que a austeridade expulse TODOS os criadores da cidade, este seria um magnífico Silo Cultural. Antes eram latas com rodas, doravante seriam exposições de escultura, graffiti artístico nas paredes curvas, teatro e performances, concertos, passagens de vídeo nas rampas, conferências culturais, etc… E não é utópico. Os que agora nos esganam em juros de “ajuda” (Berlim e Amesterdão) já tiveram edifícios assim ocupados com a sua “cena cultura”…
E com os imóveis municipais devolutos no Centro Histórico e não só? Okupá-los ilegalmente. Já vimos que não haverá boa vontade para haver um qualquer programa público (nem privado...) de reabilitação urbana, por isso: solução "liberal", aliás "solução libertária"!
Continuamos a incentivar a existência de bairros sociais, ou apostamos na integração de quem tem mais carências através do arrendamento de imóveis em mercado aberto? Ninguém está a incentivar a existência de bairros sociais... Estes (goste-se ou não) existem, e "agradeça-se a Salazar" a sua qualidade “espectacular”... Quanto a pôr "pessoas carenciadas" a pagar rendas em mercado aberto... Aos preços das rendas do mercado aberto? Que o PSD quer aumentar pornograficamente, ao mesmo tempo que aumenta o subemprego e odesemprego desta gente? Não brinquem. Haja algum decoro e olhos abertos para a nossa volta, que é miserável. aliás. A propósito: somos todos carenciados, não há classes médias, agora.
Como vamos aproveitar a capacidade de trabalho de quem recebe RSI e pode ajudar por exemplo na manutenção e vigilância do espaço público (em parceria com juntas, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Segurança Social, IPSS, Polícia)? Há um órgão Municipal que é de propaganda, a revista “PortoSempre”. Quando é que a ERC fecha esse órgão não-público onde apenas se expressam as opiniões pessoais do Presidente de Câmara eleito? Abram a revista, por favor na página 52 e leiam a pergunta do inquérito: “Quem se recusa a trabalhar deve continuar a receber o rendimento mínimo?”. Eu pergunto: o que é que “isto” tem a ver com uma revista de política municipal? A extrema direita (para quem não sabe, chama-se “PSD”) no seu Populismo do pior. Essa gente “que não quer trabalhar” é vista como pessoas em quem se pode pegar e pôr a fazer o que dá jeito à instituição(!). É um abuso sem nome! E porque não pô-los a gerir empresas? “Essa gente” tem a mesma formação (nenhuma) quer para jardinar quer para gerir. É igual, para o caso. E pôr Miguel Relvas a jardinar, já agora?
É desta vez que se vai passar a disponibilizar online a gravação vídeo das reuniões da Assembleia Municipal? Não faço ideia. Mas é bom que seja desta vez que se transfira para um lugar verdadeiramente público a Assembleia Municipal, …conforme uma proposta do Bloco de Esquerda em que se propôs a sua transferência para o funcional, belo e público auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett (Arq.º José Manuel Soares).
Que solução propomos para acção no Centro Histórico? Esta solução que o Bloco de Esquerda tem vindo a apresentar (é actual e não “utópica”, ó senhores da Utopia - Distopia Liberal).
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O relatório da UNESCO, tão celebrado por alguns, "censura o abandona da linha ferroviária do Tua, recomendando que se mantenha e valorize a secção da linha férra que se encontra na zona classificada como património da humanidade" e diz expressamente que a solução de mobilidade proposta pela EDP (com teleférico e barco) não satisfaz minimamente as necessidades, quer das populações locais, quer do turismo e exige uma solução alternativa a apresentar até ao final de Janeiro de 2013.
O que o relatório diz é que se reponha o serviço da Linha do Tua. E agora? Vai ser por balão de hidrogénio? É que isto é muito importante e este Governo prepara-se para que todos o esqueçamos. Por isso avançam com a obra para que se torne num facto consumado. O que não invalida a possibilidade de um dia a barragem vir a ser implodida e resgatada a linha ferroviária do fundo do rio.
José Ferraz Alves
Movimento Partido do Norte
- "Neste texto Luís Gomes refere ou indica que o candidato do PCP à CMP será a Dr.ª Ilda Figueiredo, "Ilda". Cabe retificar, o PCP tem um candidato há muito tempo que é o Dr. Pedro Carvalho actual vereador na CMP. Quando o Eng.º Rui Sá deixou a vereação isso mesmo foi comunicado!", esclarecimento de Filipe Martins
- Apresentação do livro "Ultimato - O Antes e o depois do 15 de Setembro", de Rui Moreira, 19 de Outubro, Palácio da Bolsa, convite de Paulo Vaz
- A partir do Aeródromo de Espinho... com vistas sobre o Porto, sugestão de Correia de Araújo
- Sessão inaugural do 2.º Ciclo de Leituras do Gato Vadio: John Cage no Porto, 20 de Outubro, 17h00, convite de Rui Manuel Amaral
- Encontro Campo Aberto – Natureza na Cidade e no Campo – Agir em Convergência, 20 de Outubro, convite de José Carlos Marques
- Inauguração da exposição de fotografia Portografia, de Pedro Freire de Almeida, 20 de outubro, 16h00 no Museu do Vinho do Porto, convite da Câmara Municipal do Porto e de Adelaide Pereira
- Fado & Tango, Património Imaterial da Humanidade, Centenário do Orfeão Universitário do Porto, Reitoria da U.Porto, 19 de Outubro, 21h30, sugestão de Assunção Lima
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- Grupo dono do “Jornal de Notícias” vendido a angolanos - fonte
- Passivo aumenta e deixa SAD do Porto com capital próprio negativo - "não estão contabilizadas as transferências de Hulk nem de Álvaro Pereira", mas ainda assim nem sei que diga...
No Sábado passado encontrei Manuel Pizarro, o futuro candidato do PS à Câmara do Porto, a passar à porta de minha casa numa visita que ele estava a fazer com uma delegação do PS aqui ao Barredo. Numa conversa rápida sobre PS e PSD, ele manifestou concordância com esta proposta do Alexandre Burmester para uma nova ponte sobre o Douro. Lembro que ela, sem implicar investimento público nem impedir a passagem de embarcações de grande porte, cria com a ponte Luíz I um circuito fechado que pode ser percorrido a pé entre Gaia e Porto. Fica publicamente registado. ;-)
Quanto maior for a abrangência política das decisões, maior o impacto da acção das autarquias, maior o envolvimento da população, mais obra se faz. Se conseguirmos bases mínimas de entendimento entre os diversos partidos desde já... Uma base de entendimento não é um negócio de nomes, é convergência em pontos importantes de um programa concreto. Aqui deixo por isso algumas questões soltas cuja resposta deveria ficar bem explícita num programa eleitoral, junto com outras regras relativas a disciplina financeira e que agora não elenquei.
- Quais os princípios e orientações concretas quanto a gestão coordenada de equipamentos da cidade e de municípios vizinhos, com ou sem fusões territoriais? E quanto a delegação de competências da câmara nas freguesias?
- O que fazer com o Aleixo? E com o Bolhão? E com o Silo-auto? E com os imóveis municipais devolutos no Centro Histórico e não só?
- Continuamos a incentivar a existência de bairros sociais, ou apostamos na integração de quem tem mais carências através do arrendamento de imóveis em mercado aberto?
- Como vamos aproveitar a capacidade de trabalho de quem recebe RSI e pode ajudar por exemplo na manutenção e vigilância do espaço público (em parceria com juntas, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Segurança Social, IPSS, Polícia)?
- Que política para as Águas do Porto, para o lixo, para o estacionamento automóvel, para a movida?
- Qual o plano para extinguir fundações e empresas municipais, ajudando o Governo nessa racionalização que tem de ser nacional?
- É desta vez que se vai passar a disponibilizar online a gravação vídeo das reuniões da Assembleia Municipal?
- Que solução propomos para acção no Centro Histórico? Insistimos numa SRU que não tem recursos, que foi útil mas cujo tempo passou, ou apostamos na transferência de competências e na dotação de meios para uma nova freguesia Centro Histórico (Sé + São Nicolau + Vitória + Miragaia), dando legitimidade democrática a essa acção?
Estava tranquilamente a ler uma revista e a desfrutar do sol na marginal do rio, e sou abordado por uma jovem para uma sondagem. Achei o método peculiar, mas não quis ser desmancha prazeres e lá me predispus a ajudar. Perguntam vocês: 'Sondagem do quê?' Era para as autárquicas. Para as autárquicas? Sim, ninguém está a pensar nisso, dado o tamanho buraco em que estamos metidos. Ninguém não é propriamente o termo. Há quem já esteja tão preocupado e empenhado que gasta uns cobres a fazer uma sondagem. E digo alguém, porque um jornal, uma rádio ou revista não se prestariam a fazer sondagens com um método tão pouco preditivo: a pergunta de filtro era 'se votava no Porto'!
A primeira pergunta era de caras. 'Qual das seguintes personalidades gostaria de ver presidente?' (LFM, Paulo Rangel, Rui Moreira e mais outro nome que não me recordo). A mais cómica era a última. 'Quem gostaria de ter como responsável pela cultura:' Ricardo Pais, Mário Dorminsky, Vladimiro Feliz e mais 1. Só faltava lá uma em que perguntasse se queria o Nuno Cardoso para vice-presidente, como já vi escrito na Sábado. Resumindo: o que se está aqui a testar, verdadeiramente, são duas coisas: 1) perceber se algum candidato do centro-direita é potencialmente concorrente com LFM; 2) se vale a pena ter nomes conotados com o centro-esquerda (Nuno Cardoso, Ricardo Pais) para agradar a este ou àquele nicho.
Daqui a uns tempos, direi o que penso sobre cada um dos candidatos. Queria ver se aparecem os nomes, os pensamentos e propostas, mas não há meio. Mas sim, será uma não eleição se não aparecer outro candidato de centro-direita que não LFM. A esquerda parte muito atrás: o nome do PS não diz nada ao povo, e a restante esquerda teima em não se entender. Aparecerá aí a bombeira Ilda e o bombeiro João Semedo. Pelo meio, duas interrogações: a lei de limitação de mandatos que, supostamente, não permite a presidentes candidatarem-se noutras câmaras (parece-me correto se o principio da lei era a renovação de pessoas) e, por outro lado, uma crise económica e social que se poderá traduzir num descontentamento exacerbado e numa punição cega dos candidatos do governo (sejam eles quem forem).
Por último, uma palavra para a votação da reorganização das freguesias no Porto. Tenho um pensamento muito em linha com o que o TAF aqui nos trouxe: o Presidente da JF Nevogilde desfiliou-se do PSD e votou contra as propostas. Foi corajoso e pensou pela sua cabeça. Também era o seu último mandato e não sabemos até que ponto isso infere nas posições que tomou. Quanto à posição em si, discordo totalmente. Ninguém vai discutir a reorganização nas próximas autárquicas porque aí a redução das freguesias será ato consumado. As freguesias urbanas têm uma centralidade muito diferente da das vilas e zonas rurais. Todos nós sabemos quantas vezes lá vamos por ano. Esta reforma devia ser, sim, acompanhada de uma redefinição de competências: transferência de responsabilidades do poder central para os municípios, e destes para as Juntas.
Os tempos são difíceis e a classe politica está terrivelmente desacreditada. As pessoas com capacidade, empreendedoras, honestas e com visão ou saem da politica ou recusam-se (compreensivelmente) a prestar um serviço público.
Estas fotografias foram tiradas a 11 de Setembro deste ano num encontro que o Bloco teve com a Associação de Comerciantes do Bolhão. Oportunidade para uma visita ao degradado edifício do Mercado e audição dos comerciantes vítimas do recente incêndio que destruiu várias bancadas. Vítimas do autoritarismo da Câmara Municipal que arrasta a sua má vontade em reabilitar o Mercado, meses seguidos, quebrando todas as promessas e qualquer ética admissível. Vale a pena deterem-se na análise às minhas fotografias, olharem os rostos das Senhoras que por lá sobrevivem com os seus negócios (gente, afinal) e peço que analisem a gravidade do estado de miserável degradação do edifício classificado bem patente nas imagens. A luta pela reabilitação do mercado do Bolhão em 2006 (!) foi uma Acção Cívica em que participei, antes de qualquer outra militância (Bloco de Esquerda). “No princípio eram os Movimentos… / E só depois vieram os partidos”.
Entretanto, o PCP vai apresentar esta semana (vinha no Público), um Projecto de Resolução que defende uma candidatura do Mercado a fundos comunitários. O deputado Honório Novo referiu dois pressupostos desse projecto: “Queremos que o governo desenvolva todas as iniciativas necessárias para que a execução do projecto de requalificação e valorização do Mercado do Bolhão seja considerado elegível para financiamento comunitário no âmbito do QREN” / “O PCP quer ainda que o governo adopte as medidas adequadas para que a execução desta obra seja passível de receber o co-financiamento máximo de 90%, ficando os restantes 10% entre a dotação do orçamento municipal e uma comparticipação da administração central, do orçamento de Estado” / “Rio fica num beco sem saída” / “Se não avançar com uma candidatura ao QREN, é por um único motivo: não quer recuperar o Bolhão”. Pedro Carvalho, vereador da CDU na CMP: “A falta de obras no Bolhão é uma opção política”.
Nem mais: têm toda a razão. “Não há dinheiro para o Bolhão” (Rui Rio) ou “O Estado está falido” (TAF) são opções políticas. Se até Fernando Gomes – com todos os defeitos e qualidades que lhe eram reconhecidos – era conhecido pela sua habilidade em arranjar financiamentos, fossem quais fossem, até mesmo o poder laranja o conseguirá. Mas só depois de ser encostado à parede, tal é a dose de má vontade em governar, em vez de “apenas cobrar aos Portugueses couro e cabelo para depois pagar ao Goldman Sachs”.
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Em tudo tem que imperar o bom senso e alguma - o mais possível - qualidade de vida, e no caso, segurança de pessoas e de bens. Como é evidente quando escurece nas vilas e cidades têm que ter as suas ruas e estradas iluminadas, para vermos locais, caminhos e não haver assaltos. A gatunagem sempre gostou da escuridão, apesar de hoje já actuar às claras! Mas por certo haverá necessidade de a bem, e não à força - imposição da troika! -, em muitas ruas se poder limitar a iluminação, sendo por certo possível numa rua onde haja iluminação em ambos os lados alternar os candeeiros acessos. Noutras, por certo no mesmo sentido fazer interpolar um aceso com outro apagado. Como é evidente não será para aumentar os assaltos e muito menos quedas ou acidentes.
Mas será de pensar e actuar em tempo, com senso, com critérios de poupança e sempre de segurança em todos os sentidos. Em nossas casas, por certo muitos sempre - não de agora! - o fizemos, ao não ter "luz" em locais onde não estamos. Ou seja, se estamos na sala não se ilumina o quarto e o contrário também é válido. E a conta da "luz" ao fim do mês é a que podemos pagar, para além de uns acréscimos que nada têm a "ver" com a luz que sempre traz. Não podemos entoar por exageros para não criar até em casas acidentes, mas devemos saber ser poupados. Sempre. Até porque os recursos são limitados, os nossos - pessoais / vulgo dinheiro - e os que fazem criar eletricidade, que custam dinheiro ao País, e que sai dos nossos impostos, que poderia ser noutras áreas melhor aplicado. Nunca em viaturas ou mordomias de Estado! Claro que se tem de analisar custo/benefício no caso da iluminação pública, mas talvez seja de se fazer rapidamente o trabalho, analisar bem se vale a pena tomar medidas que nos façam poupar mantendo-nos com toda a segurança quer em casa - por nossa conta direta - quer nas ruas por conta também nossa, mas indireta, colocada nas mãos de quem deve bem por nós - bem melhor - fazer. Muito melhor!