2012-08-05

É sempre a mesma coisa, fala-se muito e conhece-se pouco. Especialistas de “coisa nenhuma” é o que mais há neste País, onde todos os dias nos meios de comunicação se ouve o maior leque de palpites e disparates.

Quem prestar maior atenção aos projectos das pontes sobre o rio, teria percebido que o túnel proposto não interfere com a navegabilidade, a ponte de Massarelos e a ponte pedonal podem ter uma parte móvel para a passagem de barcos à vela. Situação esta que infelizmente ocorre muito poucas vezes por ano e que poderia acontecer muitas mais vezes, houvesse pontes e mais vida nas zonas ribeirinhas.

Quanto a custos é caso para dizer que sem investimento dificilmente se tem resultados. O que falta é imaginação e abertura de mentalidades. Há tempos propus uma ideia de ponte pedonal, que se concessionada poderia não ter qualquer custo para as autarquias. Ainda bem que não tenho qualquer engajamento político que me faça ver a sociedade e a cidade por um qualquer filtro partidário, vejo-a como Arquitecto e Urbanista de formação e custa-me, independente de Presidentes, Autarcas, candidatos e opositores, a inépcia e a inércia a que está sujeita. Ao menos alguns trazem ideias e discussões, outros nada...

Uma excelente observação e aqui só focou as manias do ainda Senhor de Gaia, quanto a pontes e túneis no Douro. Dado que rotundas e mais tralha abundam em Gaia! Não há dinheiro, nem para obras de encher o olho, nem para obras de primeira necessidade. O País estaria já falido se aqueles 3 senhores do estrangeiro cá não viessem entregar o cheque de 3 em 3 meses.

Temos que esquecer pontes e túneis (excepto, ainda, a de D. Maria, antes que caia, podemos vendê-la aos chineses, ou angolanos ou brasileiros, enquanto vale, Eiffel!), e pensarmos em situações reais, que criem trabalho, que façam produzir, que façam o Porto, e Gaia e Matosinhos, e o País crescer sustentadamente! Não, por favor, não mais pontes, túneis, rotundas, não por favor. Não! Já temos “disso” que chegue e sobre, até podemos vender!

E esperemos encarar o Porto e arredores com sobriedade, humidade, sem arrogâncias e importâncias, apostando no que faz crescer, cria qualidade de vida, produção, emprego! Nada temos a inventar. Basta não mais fazer o que vem sendo feito nestes últimos 20 anos. E se precisarmos de aprender a melhor fazer, chamamos um alemão, um austríaco, um norueguês, e eles ensinam. A bem do País e do Porto (cidade e arredores, entenda-se).

De: JA Rio Fernandes - "Túneis, pontes, barcos e Menezes"

Submetido por taf em Quinta, 2012-08-09 23:28

Menezes tem a mania das pontes e dos túneis no Douro. O Porto (mesmo que venha a ter mais uma ponte) que se proteja.

Se houvesse dinheiro… Bom, na verdade, se houvesse dinheiro, possivelmente haveria melhor uso para ele! Mas não há dinheiro e não queremos pagar mais impostos para obras caras e pouco úteis, ainda para mais agora que os carros a circular são cada vez menos! A haver dinheiro, uma ponte e uma única é (ainda) caso a estudar:

  • o projeto deveria permitir o fecho de um circuito a pé nas ribeiras de Porto e Gaia, algures a montante da Alfândega, deveria ser destinada apenas a peões/bicicletas e manter a possibilidade de passagem inferior de veleiros (seja com solução pênsil, seja por curvatura);
  • o orçamento deveria ser baixo, bem baixo, nada de coisas de alumínio (como chegou a ser pensado para “encostar” à Ponte D. Luis I), nem projetistas tipo artista que cobram uma percentagem sobre o custo da obra, o que ajuda a que algumas obras (Porto2011, Metro, Polis, …) pareçam inflacionadas…

Aproveito para sublinhar outro disparate: o dos presidentes voadores que, de tão bons, mudam de câmara para câmara, torneando a lei e mantendo-se eternos. Além disso, seria bom avaliar o trabalho dos presidentes pela qualidade de vida e poder de compra dos seus habitantes. Se assim fosse, em vez de se saudar as muitas obras que alguns fazem (com o nosso dinheiro), tenderíamos a observar o desempenho de alguns (como Valentim) como um enorme falhanço, incluindo Menezes, já que Vila Nova de Gaia foi apresentado recentemente como o município com mais elevada taxa de desemprego do país (digo taxa, o que é independente do total de habitantes)!

Como pode a prioridade dos seu presidente (voador) ser fazer (ainda mais) obras? Agora do outro lado? Tomara que o Porto não substitua a inoperância de Rui Rio, com o despesismo inconsequente de Menezes, feito de túneis, pontes, cestas voadoras, maxihoteis de luxo, esvaziamento de caves de vinho do Porto, construções na margem do Douro frente a Valbom (ali não é REN? ou os grandes prédios são “ampliação”/reabilitação?) e outras soluções que, podendo tolerar-se na “periferia”, são muito desinteressantes para a imagem (e a alma) do Porto.

De: TAF - "Dois comentários recebidos e duas fotografias mais"

Submetido por taf em Quinta, 2012-08-09 16:47

- De Hugo Meira: "Deixo como sugestão um relato muito interessante de um turista espanhol a visitar o Porto de cadeira de rodas."

- De António Alves: "A propósito da visita do veleiro Santa Maria Manuela ao Douro relembrei-me deste meu post antigo e porque razão as pontes à cota baixa me fazem espécie."

- E mais uma fotografia do Europa e outra do Santa Maria Manuela, tiradas da minha janela. As vistas, aqui em pleno Centro Histórico, fazem-vos inveja? ;-)

PS: o site do Europa e o site do Santa Maria Manuela

Veleiro Europa no Douro

Veleiro Santa Maria Manuela no Douro


De: José Paulo Seruca - "Pontes"

Submetido por taf em Quinta, 2012-08-09 16:44

Sobre as bonitas fotografias do veleiro Santa Maria Manuela publicadas no blog, gostava de fazer o seguinte comentário: já se questionaram que com as pontes e pontezinhas que o Luís Filipe Menezes quer fazer no Douro, estas extraordinárias fotografias não seriam possíveis?

Lembro-me de há uns anos uma concentração de grandes veleiros no Douro, semelhante à que houve há pouco tempo em Lisboa, nunca vi o Douro, a ribeira do Porto e Gaia tão bonitos como nesse momento. Fico admirado quando são apresentados projectos de pontes, ninguém questione que com a sua execução acabam de vez eventos como este e muitos outros, exemplos: Red Bull Air Race, Extreme Sailing Series, Regata anual de barcos rabelos, etc, etc.

Cumprimentos,
José Paulo Seruca

De: Alexandre Burmester - "Enquanto isso no rio 2..."

Submetido por taf em Quarta, 2012-08-08 19:19

Aposto que não tens ainda a vista do outro lado :-)

Veleiro no Douro


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Nota de TAF: Ehehe, ainda não tinha, mas logo que chegou aqui mais para montante... :-)

Veleiro no Douro

Veleiro no Douro


De: Alexandre Burmester - "Enquanto isso no Rio..."

Submetido por taf em Terça, 2012-08-07 19:20

Veleiro no Douro


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Nota de TAF: E visto deste lado... :-)

Veleiro no Douro


De: Pedro Figueiredo - "Incêndio no Bolhão"

Submetido por taf em Terça, 2012-08-07 09:25

Mercado do Bolhão


1 – Houve um incêndio no Bolhão. Há fios (“fialhada”) total e explosivamente desorganizados e desprotegidos nas zonas de entrada. Há obras urgentes a fazer – no betão por exemplo – como atestam estas fotografias de sábado passado. Também eu já fui, durante alguns anos, cliente semanal do Mercado do Bolhão, mas actualmente fico deprimido de cada vez que por lá passo e, na ala Sul, me deparo com os andaimes – “a degradação a que inação da CMP votou aquele edifício”. Das peixeiras, neste momento há menos cinco, após o incêndio. Segundo a associação de comerciantes do Bolhão, eram cerca de 400 comerciantes, e após os últimos anos restam cerca de 100 comerciantes. Não é isto suficiente para se começar de imediato com o projecto de reabilitação do Mercado? Há um projecto. Há um orçamento. Faça-se a adjudicação da obra.

... Ver o resto do texto e mais imagens em PDF.

De: Alexandre Burmester - "Lendo a Baixa..."

Submetido por taf em Domingo, 2012-08-05 22:36

Ao ler alguns dos últimos post aqui da Baixa, não posso deixar de fazer alguns comentários.

Em primeiro estou totalmente de acordo com o José Ferraz Alves quando diz que o Presidente da CCDRN devia ser eleito, pelas razões que apontou e por muitas mais que não cabem neste comentário.

Segundo não posso deixar de discordar da posição do IGESPAR quanto ao Bolhão. Uma vez que o projecto de reabilitação foi feito pelo próprio, devia a Câmara em vez de perguntar, solicitar uma revisão ao projecto que coubesse no seu orçamento. Quem faz projectos sabe muito bem que revisões aos projectos são sempre possíveis senão obrigatórias. Os argumentos técnicos apresentados pelo IGESPAR não são nada convincentes sobre a possibilidade de estudar outras soluções. Só se for por pirraça, atitude típica.

Em terceiro, na comparação feita entre o Presidente da Câmara do Porto e Gaia, bastará olhar para as marginais do Douro e para a orla costeira, que pelos vistos o TAF descobriu no seu passeio, para independente dos feitios e caracteres, dizer tudo sobre a capacidade de realização entre os dois autarcas.

De: TAF - "A propósito de um passeio a Gaia"

Submetido por taf em Domingo, 2012-08-05 00:02

Em Gaia


Sexta ao fim da tarde fui com a Ana passear até Miramar, aproveitar as requalificações da marginal e das ribeiras. E dei comigo a meditar sobre Menezes vs Rio. Ambos têm grandes qualidades infelizmente acompanhadas por grandes defeitos. Só que no caso de Rui Rio o peso dos defeitos está cada vez maior, enquanto Menezes amadureceu um pouco.

Rio perde-se numa cegueira que o impede de trabalhar em colaboração com outros, sejam autarcas vizinhos, seja a sociedade civil. Vocifera contra a Justiça mas não impõe transparência à CMP nem às empresas municipais. Fala do Norte mas não consegue sequer mobilizar os seus munícipes. A teimosia irracional é tanta que até faz esquecer aquilo de bom que conseguiu, e foi alguma coisa. Mas foi muito mais o que impediu que se fizesse.

Menezes é em parte o oposto. Megalómano e demasiado impulsivo, não pode ser "deixado à solta". Tem de ter uma equipa que não se deixe apagar e que o faça ter os pés na terra, senão dispara em todas as direcções gastando o que tem e o que não tem. A crise generalizada acabou por ser-lhe útil: fê-lo perceber o buraco financeiro em que estava a meter Gaia e começou a inverter o rumo. Vamos ver se foi a tempo, porque os seus subordinados (o termo é mesmo este, não é colaboradores) não filtraram as tendências excessivas do chefe.

Não consigo imaginar o desenvolvimento do Porto sem uma fusão pelo menos com Gaia e Matosinhos. Trata-se de uma única cidade, prejudicada por uma divisão artificial em 3 partes do seu território, gerido por 3 autarquias descoordenadas. Se Menezes se quer realmente candidatar ao Porto, deve promover esta reorganização desde já. E deve promover claramente o aparecimento de uma proposta de programa eleitoral, gerado e debatido abertamente, para o conjunto dos 3 actuais concelhos. Deve ainda provar que sabe fazer o que Rio não sabe: ouvir a sociedade civil, colaborar com ela. E precisa claramente de mostrar que não vai repetir o seu erro em Gaia, tal como o de Rio no Porto: o de se rodear de gente que apenas lhe obedece, que não sabe ser dura a contra-argumentar quando é preciso. Ser leal não é ser mole.

Em Gaia