De: JA Rio Fernandes - "Túneis, pontes, barcos e Menezes"
Menezes tem a mania das pontes e dos túneis no Douro. O Porto (mesmo que venha a ter mais uma ponte) que se proteja.
Se houvesse dinheiro… Bom, na verdade, se houvesse dinheiro, possivelmente haveria melhor uso para ele! Mas não há dinheiro e não queremos pagar mais impostos para obras caras e pouco úteis, ainda para mais agora que os carros a circular são cada vez menos! A haver dinheiro, uma ponte e uma única é (ainda) caso a estudar:
- o projeto deveria permitir o fecho de um circuito a pé nas ribeiras de Porto e Gaia, algures a montante da Alfândega, deveria ser destinada apenas a peões/bicicletas e manter a possibilidade de passagem inferior de veleiros (seja com solução pênsil, seja por curvatura);
- o orçamento deveria ser baixo, bem baixo, nada de coisas de alumínio (como chegou a ser pensado para “encostar” à Ponte D. Luis I), nem projetistas tipo artista que cobram uma percentagem sobre o custo da obra, o que ajuda a que algumas obras (Porto2011, Metro, Polis, …) pareçam inflacionadas…
Aproveito para sublinhar outro disparate: o dos presidentes voadores que, de tão bons, mudam de câmara para câmara, torneando a lei e mantendo-se eternos. Além disso, seria bom avaliar o trabalho dos presidentes pela qualidade de vida e poder de compra dos seus habitantes. Se assim fosse, em vez de se saudar as muitas obras que alguns fazem (com o nosso dinheiro), tenderíamos a observar o desempenho de alguns (como Valentim) como um enorme falhanço, incluindo Menezes, já que Vila Nova de Gaia foi apresentado recentemente como o município com mais elevada taxa de desemprego do país (digo taxa, o que é independente do total de habitantes)!
Como pode a prioridade dos seu presidente (voador) ser fazer (ainda mais) obras? Agora do outro lado? Tomara que o Porto não substitua a inoperância de Rui Rio, com o despesismo inconsequente de Menezes, feito de túneis, pontes, cestas voadoras, maxihoteis de luxo, esvaziamento de caves de vinho do Porto, construções na margem do Douro frente a Valbom (ali não é REN? ou os grandes prédios são “ampliação”/reabilitação?) e outras soluções que, podendo tolerar-se na “periferia”, são muito desinteressantes para a imagem (e a alma) do Porto.