De: TAF - "Hum?"
Segundo o Público: «A Câmara do Porto perguntara à Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) se esta poderia apresentar uma versão mais barata do projecto de recuperação do mercado, orçada em 20 milhões de euros. E a DRCN disse que não. "Os projectos, em especial os de recuperação e reabilitação de imóveis classificados, não podem ser feitos "a metro" ou "a retalho"", pode ler-se numa nota da DRCN. Ainda segundo a direcção regional, "subtrair ao projecto a cobertura metálica, elemento essencial para o funcionamento do mercado (prevista no projecto inicial do arq. Correia da Silva), ou o estacionamento na segunda cave (que aproveita as paredes de contenção que é necessário construir no interior do terrado) sustentado apenas no argumento financeiro, pode significar hipotecar irreversivelmente a possibilidade de transformar o Mercado do Bolhão num mercado para o século XXI ou adiar a sua morte".»
Coisas que eu não percebo:
- A CMP perguntou se podia executar apenas parte do projecto que apresentou, deixando-o incompleto? Isso faz algum sentido?
- A DRCN também se pronuncia sobre aspectos relacionados com a viabilidade económica? Faz afirmações em abstracto sobre projectos incompletos ou hipotéticos?
O que a CMP tem de fazer é apresentar um projecto novo, completo (e assinado obviamente por um arquitecto), para um orçamento total mais reduzido. Se esse projecto novo aproveita ou não parte das propostas já existentes (até para aparecer em tempo útil), isso é outra questão. Mas o que se esperava assim?
PS: Eu não sou arquitecto, mas com tudo o que já se estudou e projectou para o Bolhão, parece-me simplicíssimo fazer um projecto poupado, decente e eficaz para o mercado... Não compliquem e mexam-se!
PPS: Requalificação do eixo Mouzinho-Flores aprovada com 6,2 milhões