2010-12-19

De: TAF - "Centro Histórico, véspera de Natal, 18h00-19h00"

Submetido por taf em Sábado, 2010-12-25 06:43

No Centro Histórico  No Centro Histórico

No Centro Histórico

No Centro Histórico

No Centro Histórico

No Centro Histórico

No Centro Histórico


De: TAF - "Missa do Galo na Igreja de Santa Clara"

Submetido por taf em Sábado, 2010-12-25 01:55

Igreja de Santa Clara


De: TAF - "Agora"

Submetido por taf em Sexta, 2010-12-24 18:46

Centro Histórico

No próximo Natal há-de estar mais luz (mais gente) a esta hora no Centro Histórico.

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-12-24 16:05

... e BOM NATAL!

- Há quem insista em fazer das ilhas um melhor lugar para viver
- Associação para defender ilhas do Porto
- O Plano B são projectos de habitação "low cost"
- Os Bairros Sociais no Porto II
- Os Bairros Sociais no Porto III
- Deserto sem destino à vista onde esteve o S. João de Deus
- Energia solar vai aquecer água no Bairro do Lagarteiro
- DomusSocial está a preparar nova classificação para os bairros municipais

- Reabilitação Urbana: Criatividade vs Regulamentação
- Os mendigos fardados da noite do Porto
- Crise: Lojas de segunda mão são uma solução
- Boulangerie de Paris: Um pedacinho de França em S. Bento
- Metro do Porto: 2011 é o ano da Linha de Gondomar e da extensão de Gaia
- O tratamento da correspondência do Norte faz-se agora com reduzida pegada ambiental
- Porto tem uma nova Escola de Hotelaria e Turismo

- Gaia: Menezes vai sair antes de acabar o mandato
- Críticas a Valente de Oliveira pela forma como decidiu fim do museu
- CDU critica Valente de Oliveira por viabilizar dissolução da Associação do Museu da Indústria
- Câmara do Porto usou contratos de factoring para contornar limite no acesso ao crédito
- Tribunal de Contas enaltece desempenho financeiro da Câmara do Porto
- Bloco de Esquerda exige, de novo, esclarecimentos sobre Teatro Rivoli
- Cinema Novo vai pagar porteiros e pessoal de bilheteira do Rivoli
- O executivo camarário aprovou o embargo à obra da empresa J. Camilo

- Porto: Natal para todos os gostos
- Clube Fenianos promove Cortejo de Reis no Porto a 8 de Janeiro
- Noites do Rivoli trazem Camané, Moonspell e Herman José ao Porto

De: SSRU - "O problema estratégico"

Submetido por taf em Sexta, 2010-12-24 11:25

O assunto que vem levantado pelo Pedro Figueiredo merece da nossa parte uma redobrada reflexão e algumas exposições no nosso sítio, com as quais pretendemos contribuir para melhorar o entendimento e discussão do tema: “as intervenções sobre o património classificado por parte das SRU’s”. A Cristina Santos resumiu ainda mais o assunto, de forma igualmente brilhante, colocando o dedo na ferida que é o erro de estratégia da Porto Vivo em empreender um tipo de intervenção desadequado ao(s) público(s) alvo, à envolvente, ao próprio edifício ou conjunto edificado, etc. Corrigimos apenas a referência que faz a Joaquim Branco, que assinou a maioria dos Documentos Estratégicos em vigor e portanto a estratégia que ele encabeçava tem sido mantida.

O resultado das nossas reflexões permite-nos concluir que as questões por ambos levantadas têm como origem uma questão curricular. Se partirmos do princípio que a Porto Vivo tem 40 ou 50 colaboradores e que apenas 3 ou 4 desses têm experiência em reabilitação urbana, a que foi experimentada pelo CRUARB (para o bem e para o mal), apenas com grande fé poderemos esperar um futuro auspicioso para o Centro Histórico do Porto. Não sabemos se vocês se lembram das críticas de Rui Rio às instituições que operavam no CHP, “que eram ninhos para hospedar os amigos” e no entanto foi o que acabou por acontecer nas novas empresas e instituições que criou com a desculpa de serem cargos de confiança.

Recuamos um pouco mais no tempo para introduzir aqui um entretém e relembrar uma das décadas mais negras da arquitectura nacional, os anos oitenta, para recordar a forma como foi sendo montada a ideia de que reabilitar era mais caro que demolir integralmente e construir de novo. A era dos ‘patos bravos’. Acreditarão por certo que nem sempre este conceito é correcto, não faltando exemplos disso no CHP. Foi também uma época em que apareceram as tipologias Tx+1, conceito execrável que permite uma família enrascada enfiar um ou dois filhos num cubículo que era o ‘+1’, vendido, como uma mais-valia, por um promotor ganancioso que prefere esticar ao máximo a área de construção, em detrimento de outros verdadeiros benefícios, como os logradouros utilizáveis, os espaços verdes arborizados, zonas comuns de qualidade e real usufruto por todos os condóminos. Foi uma altura em que os lugares de estacionamento do prédio eram vendidos a estranhos como forma de financiamento da obra, privando assim os moradores de uma comodidade e um direito cuja supressão é ainda hoje muito difícil de entender. E os recuados, o que é isso? São tudo sucedâneos de más intervenções, sob maus princípios, da autoria de técnicos que se deveriam impor ao ímpeto boçal dos donos das encomendas.

Todo este cenário, montado com inúmeros outros motivos de interesse, permite que as intervenções nos centros históricos sejam relegadas para um plano de seriedade muito inferior à realidade decadente que diariamente se assiste. Só assim, com técnicos inabilitados (arquitectos, engenheiros, construtores, mestres de obra, pedreiros, trolhas, pintores, estucadores, picheleiros, electricistas, etc.) e técnicas desadequadas ao objecto a reabilitar é possível criar um produto excessivamente caro e ‘defeituoso’ que não corresponde às necessidades de quem vive ou quer lá viver. Se em condições normais já é tão difícil intervir, imaginem com pressupostos errados e de tal maneira tortuosos, do tipo que permite existir, como em Carlos Alberto, um T1 triplex com 110 m2, sem garagem, a custar 235 mil euros (ena, já baixou)!!!

Por isso, não devemos pensar que existe um plano malévolo de gentrificação e que aquilo que é disponibilizado para compra é só para ricos (como se os ricos fossem realmente estúpidos para comprar ‘isto’ e ‘aqui’). Tudo se passa a um nível mais “non-sense” pois as habilitações do pessoal que planeia, projecta, constrói ou comercializa não lhes permite prever, de forma adequada, todas as correctas variáveis desta equação. Por outro lado, é ainda nossa opinião que o CHP não deve ser transformado num grande bairro social, só com habitações a custos controlados. Se nós conseguimos realizar a proeza de adquirir, reabilitar e morar nestes edifícios sobrevivendo ao processo e usufruindo de um produto de qualidade, outros o farão. Há espaço para todos aqueles que se permitem respeitar o lugar onde vivem, seja aqui ou noutro lado qualquer. Se não permitimos que um médico sem qualificação ou experiência suficientes nos opere ou trate, como é que somos tão permissivos perante estas “cirurgias urbanas” que provocam danos irreversíveis e deterioram a qualidade de vida dos centros das nossas cidades?

Abraços da ssru.

De: Luís Gomes - "O Estado da Nação Portuense"

Submetido por taf em Sexta, 2010-12-24 11:12

Duas palavras: Não compreendo.

Podia dissertar sobre as trivialidades de mais betão ou do alargamento do parque de estacionamento. Podia questionar a ideia peregrina de colocar uma ciclovia que só prejudicou os utentes do cruzamento de António Aroso com a Av. Boavista.

Naturalmente todos os eventos que possam mediatizar o Porto são bem vindos. É bom para o comércio e para a hotelaria. Em última instância estamos a abrir uma nova escola de Hotelaria para preparar os profissionais a receber melhor os turistas. Porém, não consigo encontrar nenhuma informação que contrarie a capacidade, segurança e logística ou alguma outra contrariedade que impeça a realização das provas no Porto. E é aqui que a utilidade da obra começa a ficar em causa.

Os cidadãos deviam dar sugestões para melhor uso do final da Avenida. No limite devia ficar tal como está, porque temos muitos buracos no Porto e piso em mau estado. Esses 1,1 milhões de euros serviriam muito melhor para pequenas reparações na via pública e por ex: investir em prevenção rodoviária nas escolas, envolvendo a Polícia Municipal nas zonas de animação nocturnas e junto das zonas comerciais. Rui Rio esqueceu-se de referir que vai mexer, parcialmente, numa obra que a Metro do Porto (supostamente) pagou e que deveria servir para a linha de Metro da Boavista. Irónico não?

Quero recordar, agora que se passaram alguns meses, das alterações de trânsito na Senhora da Luz. Ligar o Passeio Alegre à Avenida Brasil por uma rua em que mal cabe um autocarro e lado a lado com pequeno comércio, cafés e supermercado está provado ter sido uma estupidez. Vejam-se as filas de trânsito na hora de ponta e ao final de semana. Tudo pela sagrada ciclovia.

A "crise" das finanças locais deve valer um corte de 5 a 10% no orçamento anual das câmaras. No caso da CMP significou uma paralisia de ideias, de projectos, nos últimos 6 meses. Parece que a crise saqueou a capacidade, o querer e a vontade dos nossos autarcas. Deixo um último desafio para todos pensarmos: "(..)Cerca de 4500 dos perto de dez mil alunos do pré-escolar e 1º Ciclo que almoçam na escola não pagam por isso; outros dois mil desembolsam metade do valor da refeição, que está nos 1,34 euros há seis anos (..)" in JN. Significa isto que 4500 crianças do pré-escolar e 1º ciclo das escolas públicas do Porto tem escalão A da Acção Social Escolar (ou seja extremamente carenciados). Cabe na cabeça de alguém que haja assim tantos alunos "extremamente carenciados" e que não pagam sequer o valor simbólico da refeição?

Bom Natal

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Acidentes constantes na VCI"

Submetido por taf em Sexta, 2010-12-24 11:08

Seria interessante saber-se se CMP, PSP, Polícia Municipal pensam remediar rapidamente os efeitos nefastos que qualquer acidente havido na VCI tem para muitos, demasiados, automobilistas cidadãos do Norte. Já deu para entender que quando acontece um acidente nesta via, e não são poucos a acontecer, o trânsito no Porto fica caótico. Logo seria necessário atalhar este grave problema e se por certo preventivamente também possa/deva algo ser feito nomeadamente com alguns “avisos/alertas” para mais cuidados haver, em tempo de chuvas e noutras situações que possam propiciar o acidente, terão também de ser tomadas medidas para que, havendo um acidente, as viaturas sejam urgentemente retiradas do local, o trânsito não fique sempre interrompido, que não só no sentido do acidente, mas também no sentido inverso – por curiosos que não podem deixar de ver tudo ao pormenor. Mas a intervenção activa das autoridades, é indispensável.

De: TAF - "Há alguns posts pendentes..."

Submetido por taf em Quinta, 2010-12-23 16:25

... e bastante mail para ler, mas terá de ficar tudo para mais logo à noite, depois de alguns preparativos para o Natal. :-)

Boas Festas!

De: Cristina Santos - "Descontrolo na estratégia"

Submetido por taf em Terça, 2010-12-21 19:38

O que Pedro Figueiredo nos diz é perceptível a todos, mais uma vez não tanto por via da ética mercado, mas pela estratégia, vejamos:

A oferta imobiliária excede a procura, o mercado português é reduzido, há a crise do crédito imobiliário. As barreiras ao investimento são: concorrência de construção nova por toda a cidade (Damião de Góis, Areosa, Paranhos, Arca de Água, Antas e a nova Nun'Álvares), baixo poder do mercado nacional, má conotação da Baixa, centros de cidades europeias mais desenvolvidos e atractivos. A nossa vantagem competitiva estava onde? No produto único, irreproduzível, classificado como património da humanidade, e no facto de internacionalmente a sustentabilidade por via da reabilitação ser considerada uma boa prática e inclusive potenciadora dos novos mercados e postura de humana. Dada a vantagem competitiva, que é óbvia, o mercado a atingir seria o mercado da qualidade e diferenciação, aberto a capital internacional que tem poder de compra e sensibilidade para a sustentabilidade, não necessita de garagens, é até contra, reconhece o valor patrimonial e traz mais-valia, etc etc. Em termos de responsabilidade social, o miolo dos quarteirões teria de manter as pessoas que lá residem por via de programas como o RECRIA e outros. O brand - a internacionalização do masterplan.

A SRU, em desespero de causa movida pela pressa de apresentação de resultados, primeiro opta pelo benchmarking da construção, iguala o produto da Baixa ao oferecido por toda a cidade e pelos concelhos limítrofes, e tenta copiar Paris ou Barcelona em termos de preço. Só aqui a lógica ia pelo esgoto, o benchmarking só potencia generalizações, fusões e baixa de preços. Seguidamente, na escolha de posicionamento, faz entrar um produto velho num mercado que diz ser novo, e aumenta o preço como diferenciação, e onde está a diferenciação? Como pode atribuir o valor máximo, se não opta pela estratégia construtiva diferenciadora? Está a SRU armada em construtora de mercado, mas sem estratégia? Em paralelo abandona todo o brand iniciado com Joaquim Branco e o Masterplan cai em esquecimento.

Agora, não vai haver problema para estes dois prédios, a Banca financia a construção com base em valores hipotéticos de venda, que também está disposta a financiar, tenham ou não tenham os compradores capacidade financeira, e portanto os primeiros prédios reabilitados estão salvaguardados, a SRU pode afirmar que a estratégia foi boa, mas a questão é os restantes quarteirões. A prosseguir com esta estratégia, a classificação de património perde-se, a diferenciação também e vamos ter de passar a competir no mercado velho. Em matéria de sustentabilidade a longo prazo, a cidade perde enormes dividendos em termos de turismo, passa a ser uma “vila” sem requinte e a Baixa fica às moscas, por não ter capacidade de competir com as Antas, a Avenida da Boavista e muito menos com a nova Nun'Álvares.

O bom disto é que, como muita gente reclama, o preço vai baixar, porque vamos passar a oferecer o que se oferece em todo lado e reduzidos ao pequeníssimo mercado português. Agora que isto à luz da estratégia a longo prazo tenha algum cabimento, não tem. Absolutamente nenhum, é uma estrategia reduzida aos primeiros prédios, é batota!

Cristina Santos

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Nota de TAF: logo às 22h00, no programa de Jorge Fiel no Porto Canal, falo um pouco de reabilitação no Centro Histórico do Porto (entre outras coisas).

De: Miguel Meira - "Vamos à Revista, no Teatro Sá da Bandeira"

Submetido por taf em Terça, 2010-12-21 16:52

Caríssimo TAF, leitores e intervenientes do A Baixa do Porto,

Gostaria de vos convidar a assistir ao mais recente espectáculo de teatro portuense, no Teatro Sá da Bandeira. "Vamos à Revista" é uma Revista à Portuguesa jovem e renovada, recheada de música, dança, poesia, intervenção social, onde a comédia reina em absoluto! Estaremos em cena todas as sextas e sábados às 21h30 e domingos às 17h (com excepção dos dias 24 e 31 de Dezembro) até 30 de Janeiro de 2011.

Cartaz

Reservas para o 222 003 595.

Produção: Companhia de teatro Fundo de Cena
Encenação e Direcção Geral: Miguel Ribeiro
Atracção Musical: Cláudia Madeira (finalista da Operação Triunfo - RTP - 2007/08)
Participação Especial: o jovem Kiko (Uma Canção Para Ti - TVI - 3ª edição)
Elenco: Karina May (Morangos com Açucar - TVI - 2009/10), Filipa Sininho, Diana Alves Costa, Mariana Franco, Jéssica Santos, Tânia Carvalho, Elisabete Ferreira, Luís Trigo, Miguel Meira e Miguel Ribeiro

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Miguel Meira

De: TAF - "Por falar nisso..."

Submetido por taf em Terça, 2010-12-21 00:25

... a Porto Vivo colocou apartamentos à venda no Corpo da Guarda. Vou informar-me de mais pormenores logo que tenha tempo.

PS: o Público noticia hoje os valores em causa.

De: Pedro Figueiredo - "Habitação a Custos Descontrolados?"

Submetido por taf em Segunda, 2010-12-20 23:46

Quarteirão das Cardosas  Quarteirão das Cardosas

1. Estas são imagens “sacadas ilegalmente” do blog vizinho SSRU (obrigado SSRU) e da sua magnífica intervenção de guerrilha urbana no interior do novíssimo edifício que está a surgir nas Cardosas… ”Tripas á moda do Porto” ou Quarteirão esventrado… Deixemos entretanto suspensas entre parêntesis a “ideologia” e a ”política” que parecem prejudicar o debate d'A Baixa do Porto. Ficam suspensas as ideologias (Marxismo, Social–Democracia, Liberalismo, Conservadorismo de pendor Autoritário e Católico vulgo Fascismo). Também ficam suspensas as “classes” baixa, média e rica. Agora é só “mais abastada”, “com menos condições sócio-económicas” e ”em vias de enriquecimento”. Concentremo-nos na Arquitectura, portanto.

2. O Contrário de Habitação a Custos Controlados é Habitação a Custos Descontrolados? …Mas será que os custos destas habitações SRU são mesmo “descontrolados”?... Ou os preços de venda é que (me) parecem descontrolados? Sinceramente, alguém da SRU poderia responder-me, “descascando” o preço de venda final em parcelas que tornem mais racional à minha vista a maneira como este foi calculado? Xis de material + xis de mão de obra + xis de lucro + xis de demolições, etc… Sobretudo parece que a principal despesa de Obra é a Demolição e o transporte de entulho… (Que em geral é de facto tida como despesa não desprezável, é verdade…)

3. Se o T2 que eu “aluguei por 30 anos” ao BPI é considerado “central“ – Marquês – e custa-me 1000 euros o m2 nesta zona que as imobiliárias já consideram “abusivamente” Baixa e “perto de tudo”, e é construido com estrutura de betão, lajes aligeiradas e construção corrente, porque é que na Baixa SRU, o mesmo sistema… custa o dobro…? Porque é que custa o dobro, quando – ver imagens SSRU – por trás das fachadas de pedra surgem habitações de construção nova – sistema pilar e viga em betão, lajes aligeiradas, caixilharias em alumínio ou PVC e placagens de granito barato a imitar molduras em “pedra estrutural” (Quarteirão do Corpo da guarda - Cooperativa SACHE)...? Exactamente o mesmo sistema construtivo que nos vendem a 1000 euros o m2… também na “Baixa”… Ah, já sei… vão-me dizer a seguir que estes vão ter acabamentos de luxo… jacuzzi, etc… Ok, ok, eu calo-me… sou “tal chato” e tenho preconceitos marxistas…

4. A intervenção da brigada SAAL/CRUARB liderada pelo Arq.º Fernando Távora em Miragaia consta da reabilitação de 900 habitações, conforme dados da CMP. Tanto quanto julgo saber é um exemplo de verdadeira Reabilitação. Não só se mantiveram as fachadas, como a verdadeira “re–habilitação” dos seus interiores deverá ter sido feita… Ou seja: recupera aqui, constrói novo acolá, substitui e melhora estas caixilharias, mantém aquelas, recupera algumas escadas em madeira ou tectos em masseira, lanternins… Mas, se se demonstrar o mais correcto, também se substitui por betão e tijolo certas partes… ou não, mantendo-se os tabiques em parte, etc... Reabilitar é assim uma sucessão nem sempre contínua de actos “casuísticos”, mas informados… caso a caso… Não é fácil reabilitar… ninguém disse que ía ser fácil...

  • Em Restauro, estamos perante o preço máximo: usar os métodos construtivos originais para obter os resultados originais.
  • Em Reabilitação, estamos perante o preço médio: misturar técnicas adaptadas para re-habilitar o edificado.
  • Em Construção Nova, estamos perante o preço mais baixo: aos nossos empreiteiros, toda a gente sabe, fazer em betão, tijolo e alumínio consiste na construção mais corrente e a mais barata. E é a que estão a fazer por trás das fachadas de pedra. Ver fotos SSRU…

Então… a questão, outra vez: de onde vem o preço de venda de 2000 euros por m2?

Estão atingidos – já – os 5 milhões de passageiros a utilizar o Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, neste ano de 2010, convenhamos que se trata de algo a ser bem recebido, não só a passageira que conseguiu sê-lo, mas todo o Norte e evidentemente todo o País, por o ter conseguido. De facto numa altura em que tudo tende a ser negativo, ou tende para ser decadente, ter 5 milhões de passageiros no Aeroporto do Porto, ainda antes de terminar o ano, é muito positivo.

Como é evidente o mérito está distribuído ou deve sê-lo por muitos, a começar pelo Norte e pela sua – nossa – população, bem como pelo Turismo, mas também pelos negócios e oportunidades que continuam a existir, e algumas já não tradicionais a aparecer, bem como e sem duvida à Ryanair pela sua placa com aviões em permanências aqui no Aeroporto Francisco Sá Caneiro. Numa altura em que não se perspectivam crescimentos na aviação dita de bandeira, a contínua boa presença de algumas de bandeira, nomeadamente a TAP, bem como as low cost, que não só a Ryanair, mas também a EasyJet e por certos outras, e a vinda de mais turistas, e de mais pessoas de negócios, aqui pelo aeroporto do Norte, é um estimulo a fazer mais e melhor. Ainda para mais depois de se poder ter sabido, por um inquérito feito à parte dos Aeroportos e das Companhias de Aviação, que os turistas que por aqui nos visitam gostaram muito do que viram, do que comeram, da nossa grande simpatia, dos nossos hotéis, unicamente pediram/sugeriram mais limpeza e mais cuidados junto aos Centros Históricos, bem como uma sinalética mais moderna e mais informativa, o que por certo facilmente será conseguível.

O nosso País tem pela frente grandes desafios de competitividade, mas se nos for possível rapidamente agarrar o que sabemos serem conseguidos e produtivos, seria de não perder a oportunidade. O turismo, o vinho do Porto, ainda os bons têxteis, as confecções de muita qualidade, o calçado de melhor qualidade, e muitos novos negócios aqui pelo Norte são possíveis, se houver uma continuada vontade de o fazer, dado que capacidade e empenho existem se se entender que somos capazes, que sabemos bem-fazer e melhor nos organizarmos – pondo completamente de lado o velho “desenrascar”, hoje já não dá - o que por vezes parece ser uma dúvida, devendo ter que ser uma certeza.

Estão todos de parabéns, todos os que conseguiram uma vez mais fazer realçar o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a sua utilidade, o seu progresso, o seu desenvolvimento. E sem ter de mais Aeroportos construir – neste nosso não grande País, em tamanho -, dado que não se espera que as capacidades existentes - em todo o País - deixem de aguentar os próximos anos, será por certo de melhor conservar e até melhor capacitar tudo o que hoje temos a nível de aeroportos -, que não só mas também o Aeroporto do Porto -, e por certo no próximo ano mais motivos para comemorar existirão, bem como mais ânimo, em obra feita e a sempre melhor fazer, e melhor sempre conseguir.

Augusto Küttner de Magalhães

De: Nuno Oliveira - "O Encerramento da Linha de Leixões"

Submetido por taf em Segunda, 2010-12-20 00:11

Foi anunciado o encerramento da Linha de Leixões, frequentemente discutida aqui, normalmente por causa do seu potencial para a AMP face ao subaproveitamento de que foi (é!) vítima. Esta decisão unilateral tem o contorno particularmente grave de ignorar sistematicamente os autarcas locais, com os quais deveria estabelecer a eficiência do serviço; dos (poucos) utentes na sua forma actual (a "quarto de gás") e na ausência de qualquer tipo de discussão pública. Uma decisão-expresso da Calçada do Duque para o Porto, sem paragens.

Com cada anúncio deste género, José Benoliel é o encarregado da missão cada vez menos discreta (um carrasco nunca é subtil) de desmantelar a ferrovia portuguesa, após passagem pela extinta Rodoviária Nacional e ter já encaminhado a CP Carga no mesmo sentido, martelando na debilidade do moribundo a seu cargo de modo a amaciar-nos para sua aniquilação e/ou venda (é um pormenor indiferente). Como está adiantado o objectivo principal, JB concedeu-se a si mesmo, em ano de prejuízos recorde, um aumento de 52% no vencimento. Parabéns atrasados.

Contrastando drasticamente com a qualidade dos trabalhadores que estão nos comboios diariamente, a desastrosa gestão da CP tornou-a na empresa que tem o maior número de cargos de chefia por trabalhador e que funciona como uma espécie de subsídio de desemprego para Boys & Girls na reserva. Nas decisões anunciadas nos últimos dias estão muitas das pérolas da cartilha de gestão à portuguesa, perdão, à Tuga: a competitividade faz-se pelos cortes salariais e de postos de trabalho, não no aumento de produtividade e subida de nível dos recursos humanos; quando algo corre menos bem ou pede trabalho fecha-se ou declara-se falência o mais rápido possível, sem consultas ou análises; para se aumentar rendimentos não se angariam clientes, basta subir o preço e já está; não se valoriza o marketing para "roubar" mercado (a CP alguma vez teve uma campanha?) ou a satisfação do cliente (quem?), e deita-se mesmo muito dinheiro fora a brincar aos gestores.

Por isso prevejo uma pedrinha de carvão no sapatinho de José Benoliel nesta quadra, e também no nosso, se permitirmos a erosão contínua da nossa ferrovia a contra-corrente do resto do mundo, que se apercebe do seu valor estratégico para metas ambientais e energéticas e, sobretudo, como alternativa económica, eficiente e segura à rodovia. O artigo fala em revolta: é bem-vinda.

Boa semana

De: TAF - "4º Domingo do Advento, Igreja de S. João da Foz"

Submetido por taf em Domingo, 2010-12-19 23:58

Altar recuperado na Igreja de S. João da Foz


De: TAF - "Hoje, na Foz II"

Submetido por taf em Domingo, 2010-12-19 23:51

Foz do Douro


De: TAF - "Linha de Leixões"

Submetido por taf em Domingo, 2010-12-19 22:02

De: Ana Carvalho - "Hoje, na Foz"

Submetido por taf em Domingo, 2010-12-19 18:28

Foz do Douro