2009-09-27
Sinto-me na obrigação de tornar mais claro o que disse, no risco de não dizer nada como o Cavaco...
Cara Cristina, nunca disse que defende o voto em branco nas autárquicas. Porém, se vir algumas participações das últimas semanas, reparará que para aqueles que "pintam" Rio de conservador, desapegado à cultura, promotor imobiliário e de falta de honestidade, diagnosticam uma esquerda resumida a PS e CDU que repetem fórmulas do passado e por isso sairão perdedores. Implicitamente, estão a dizer-nos "Votem em Branco porque fizemos um diagnóstico semelhante ao que a Cristina fez para as legislativas". É precisamente isso que estou a criticar, uma vez que no plano municipal é muito mais fácil interagir com os eleitos: propondo,sugerindo, influenciando, manifestando-se, subscrevendo um abaixo-assinado. Ai invés, recorrem ao fácil, ao "bota abaixo".
Quanto ao esclarecimento do TAF, não entendeu mesmo o meu ponto. Debates houve muitos de facto, em sítios mais ou menos idóneos. E quando eu digo menos idóneos obviamente que os debates nas Juntas são infestados de agentes partidários que tentam influenciar o debate. Eu próprio assisti a um, e não demorei 10 minutos a fazer a destrinça entre os membros de listas autárquicas / militantes e o cidadão comum. A questão é que não houve debate de cidadãos, os cidadãos não se mobilizam através de conferências, tertúlias de café, de carta de princípios, ou outras iniciativas. Quando sugeri o convite de representantes da sociedade emblemáticos do Porto, estava implicitamente a promover uma forma de não condicionamento aos media, e aos partidos políticos, ouvindo quem é especialista na sua área profissional.
O "não debater o Porto2009" tem mais força porque não se falou:
- - De um plano de revitalização da zona Oriental do Porto. Corujeira, Contumil, Campanhã, Azevedo fazem parte de um outro Porto que todos tentam esconder.
- - Das duas novas faculdades que trarão o caos para a zona envolvente do Palácio, e ao invés fala-se da redução do lago decrépito dos Jardins do Palácio.
- - Da nova Avenida de que rasgará a Praça do Império à Av. Boavista e que está parada em função da linha de Metro (que nem contempla uma estação no meio desta avenida!)
- - Não se esclareceu que o Bairro D. Leonor é um conjunto de blocos habitacionais uns recuperados e outros em mau estado. Sem droga, sem violência, sem banditismo.
- - Do eléctrico. Medida de bandeira em 2001 e 2005, hoje passa às meias horas na Baixa e parece que está tudo satisfeito com o modelo de carro eléctrico actual.
- - Da construção desordenada de Paranhos, alimentada pelo Pólo Universitário e pelo Hospital onde à sua volta nascem verdadeiros cogumelos de aglomerados habitacionais.
- - Do falhanço maior de todos que é a reabilitação urbana para os jovens. Já se percebeu que os valores dos poucos imóveis recuperados são acima das possibilidades de muitos jovens. Uma alternativa já aqui abordada poderá ser a aposta em cooperativas com uma quota para jovens com critérios de selecção baseados na colecta de impostos (IRS).
Cumpra-se o tempo que falta então para discutir o que ainda não foi discutido tentando na medida do possível comprometer os candidatos com as suas e as nossas propostas.
Luís Gomes
Elisa Ferreira muito melhor, desta vez. Perdeu-se muito tempo com questões menores, sobre as quais os munícipes já possuem a informação suficiente para decidir. Acho completamente despropositado que os candidatos se dediquem a explicar "como se fôssemos muito burros" por que razão os eleitores se deviam indignar com os outros candidatos... Mas eles pelos vistos divertem-se com isso. Nesse aspecto quem esteve melhor foi o senhor do PCTP/MRPP.
Devo esclarecer que não acredito em sondagens. Nenhumas. Também não sou adepto do "voto útil" - voto sempre na opção que me parece a melhor, independentemente de contas e previsões. Só assim, na minha opinião, o voto tem realmente sentido. Sumariamente, diria que o meu receio maior, tal como nas legislativas, são as maiorias absolutas. Nenhum dos candidatos tem programa, nem principalmente maturidade, para gerir bem uma situação de "poder total".
Quem parece ter maior equilíbrio para encontrar consensos sensatos é Rui Sá. É também o menos demagógico. Por isso, a menos que faça alguma grande asneira de última hora, o meu voto vai para ele, tal como em 2005 (em 2001 votei Rui Rio). Assim, as minhas preferências para a Câmara são, por ordem decrescente: Rui Sá, Elisa Ferreira, Rui Rio e João Teixeira Lopes. Para a Assembleia Municipal é caso a estudar melhor. Na Junta de Freguesia (Paranhos) não tenho dúvidas, é PSD.
PS: Um dia ainda me hão-de explicar a que propósito é que nas juntas de freguesia as candidaturas são partidárias... Se a nível dos municípios (com eventual excepção dos maiores) já não se conseguem identificar grandes "divergências ideológicas" que possam surgir, nas juntas de freguesia isto não faz sentido nenhum.
Caro Luís Gomes
Não entendeu as razões pela visão positiva e o desejo de futuro, vou tentar responder-lhe pela negativa, alegando o passado:
- - Não votei no Eng.º José Sócrates porque considero que, em vez de fechar maternidades, escolas, esvaziar serviços e delegações importantíssimas, deveria ter investido em empreendedorismo nessas regiões, na qual se inclui a nossa; Alterou prioridades do TGV exactamente no ponto em que o Porto tinha todas as condições para superar Vigo; Adiou o Metro do Porto; Enfim, tudo o resto penso, que nem necessita de exposição.
- - Não votei em Manuela Ferreira Leite porque não apresentou propostas concretas para o futuro, e da sua verdade apenas conhecia o PEC, o IVA, as acções do Benfica, os holligans do seu tempo no ensino.
- - Não votei em Portas, embora tenha sido o que mais trabalhou e o que percebeu que só investindo na coesão lés a lés, o que inclui justiça célere, corte em subsídios, etc., poderemos estar na Europa. Contudo a visão de Portugal na Europa continuava a ser reclamação de subsídios. Veremos como se comporta, mais eleições virão.
Fiquei satisfeita com o resultado? Alguém ficou com o voto que assinalou?
Agora, nunca defendi, nem defenderei voto branco nas autárquicas, na mãos deles está uma possível regionalização. Aliás penso que temos um excelente painel de candidatos, falam pouco do futuro, dedicam muito tempo a tentar demolir o que já foi feito, mas ficam acima da média da política que se faz neste país, merecem votos, atenção e força social dinâmica para avançar e fazer avançar o Porto. O programa de Elisa Ferreira promete, as linhas de orientação filosófica têm qualidade, Rui Sá é um vereador atento e justo, o trabalho de Rui Rio nesta cidade, ainda que fique aquém, foi bom face ao que se assistiu em outras similares. Temos nestes painéis futuros líderes, o que significa que no Porto se começa a centrar uma força, que os cidadãos tem que promover e aproveitar. O Porto começa a ser disputado, um bom sinal. Foi um excelente debate.
Penso que a segunda parte da crítica não me é dirigida, o associativismo e o empreendedorismo é o caminho, não sabe as associações a que pertenço, não sabe se pertenço ou não a alguma, se enviei ou não propostas para as consultas públicas que existiram, a única coisa que pode afirmar é que de facto não pertenço a nenhum partido. Aproveitemos o tempo que resta a discutir o melhor possível os programas, propostas e posturas para esta eleição.
Cristina Santos
Vi, li, e meditei sobre os argumentos de votar em branco. Tudo normal, é democrático votar em branco, manifestar desagrado ou informação suficiente para tomar uma escolha em consciência. Parece-me é que não pode ser argumento para quem expõe aqui as suas ideias regularmente, lê as dos outros e consegue chegar a um patamar de influência do pensamento que o comum cidadão que se manifesta no café ou na paragem de autocarro não conseguirá. Quero com isto dizer que ao estarmos a expor os nossos pensamentos no blog, temos uma oportunidade inigualável de falar para os cidadãos e para os decisores.
Tiveram 8 anos (nalguns casos 4) para apresentar propostas, soluções alternativas, para integrar grupos de cidadãos, partidos ou outra qualquer força associativa que se faça representar. Propus aqui inclusive uma iniciativa denominada Debater o Porto 2009, que não era mais do que a constituição de um conjunto de ideias e princípios, aos quais os candidatos poderiam adoptar, recriar, melhorar. Decidi desistir porque entendi que os mesmos que criticam o actual estado de coisas são aqueles que nos "cortam as pernas" ao primeiro passo.
Ainda assim, fico satisfeito por ter visto Elisa Ferreira "agarrar" o Turismo como vector fundamental da promoção económica do Porto, e Rui Rio implementar um plano de ciclovias, plano esse que me parece ter sido executado de modo apressado e sem uma prévia sensibilização dos portuenses. Infelizmente, tive já a oportunidade de assistir a um acidente na Avenida Boavista no cruzamento da entrada norte do Parque da Cidade entre uma bicicleta que não respeitou a sinalização e um automobilista que atravessava o cruzamento. Péssimo serviço aquele, a fila de trânsito de quem vem do Garcia de Orta para a Avenida da Boavista fica gigante porque o cruzamento foi encurtado de 4 para 3 faixas. Aproveito para continuar a minha campanha a favor da sinalização do "Abrande, radar 50KM" nos semáforos com radar. Um dia alguém vai ouvir-me e o trânsito irá fluir melhor.
Quanto à sondagem? Bate certo com o que se ouve no mercado, na farmácia ou no metro. Esse sim o meu barómetro livre de "inocentes bloggeiros disruptivos".
Declaração de voto: Rui Rio
Obrigado
Luís Gomes
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Nota de TAF: não sei se terei entendido bem este texto, mas não me recordo (posso estar esquecido) de ter visto aqui no blog ninguém defender o voto em branco nas autárquicas. Já agora, quanto aos debates, realizaram-se inúmeros eventos e eu próprio participei nalguns deles, por iniciativa de vários partidos e de associações ou movimentos de cidadãos (assim de repente, julgo que todos os principais partidos, Associação Comercial do Porto, Universidade Católica / Público, Universidade do Porto, Associação de Cidadãos do Porto, Plateia, Diocese do Porto, Campo Aberto, Câmara Municipal do Porto, CCDR-N, Fundação de Serralves, Fundação Spes, Junta de Freguesia de Paranhos, Junta de Freguesia de Nevogilde, Jornal de Notícias, Semanário Grande Porto, Piolho, Inner City, Porto Laranja, ...)
- Sondagem: Rui Rio prepara-se para terceiro mandato - E, se a sondagem acertar, com maioria absoluta. Votem nele e depois queixem-se...
- Debate Sic Noticias 30 Setembro - um excerto seleccionado pela candidatura de Rui Rio
- Elisa Ferreira explica «gamela» no Estádio do Dragão (com vídeo)
- Rio: «Pelo menos Elisa Ferreira não chama gamela ao Porto» (com vídeo)
- Pousada de Portugal hoje inaugurada tem lotação esgotada no fim-de-semana
- "Se esta rua fosse minha..." traz burros, noivas e cabaret para a rua
- Pedidos online: serviços culturais agora à distância de um click
Sugestões do BE, de Ricardo Coelho:
- Programa eleitoral do Bloco de Esquerda para o Porto
- Rio, a enxurrada triste
A Ana Barradas, origem do correio que junto, é consultora internacional contratada pela União Europeia para formação e assistência técnica eleitoral e esteve na Guiné em trabalho. Aí teve conhecimento do que se passava em Biur e foi lá ver mas como não quis ir de mãos vazias levou uma bicicleta (ver texto do correio dela).
Acho que devemos ajudar as pessoas de Biur que são um exemplo de democracia em autogestão que pode ser interessante estudar para a acção das nossas freguesias. Para os de Biur meia dúzia de Euro são uma fortuna tal o estado em que se encontram. Por isso aquilo que conseguiram, praticamente sem ajudas e só com a sua perseverança e labuta demonstra que são merecedores da nossa ajuda para o que me disponho a receber contributos para a conta com o NIB 0018 0003 2184 7157 020 81, Totta Rua da Cerca, dos quais manterei os extractos de conta sempre à disposição de quem quiser saber como param as modas. Posso mesmo digitalizá-los e enviar a quem me mande o seu endereço. Irei enviando para lá à medida que os montantes o justifiquem. Se quiserem mandar directamente não percam tempo, p.f.
Eles vão precisar de estrada (para viaturas) para o hospital e estão já a tratar disso prevendo outras comodidades para depois. Por isso tudo o que conseguirmos não é demais. Vamos ajudar as pessoas de Biur e sabe-se lá o que poderemos fazer a seguir... Estou feliz por poder ajudar pessoas de merecimento, carenciadas, que desconhecia. Vamos mostrar que o mundo é, às vezes, bonito e que vale a pena ser solidário.
JPV
---------- Forwarded message ----------
From: Ana Barradas <anabarradas@netcabo.pt>
Subject: Adoptada por Biur
A propósito da notícia e comentário "O ranking da atractividade das 13 marcas/região alvo de estudo coloca o Porto e Norte de Portugal em primeiro lugar, seguido do Douro, Algarve, Lisboa e Porto"
O que dizer sobre os comentários que aparecem nesta notícia?
- “É a conclusão preliminar de um estudo… que suscitou de imediato críticas”
- “O polémico estudo científico…”
- “Os resultados deste estudo são muito duvidosos”
- “A sustentação do trabalho é demasiado falível”
- “Luís Patrão considera alguns erros ...”
As variáveis usadas pela Brandia Central para avaliar a atractividade de cada marca-região são a paisagem urbana e rural, gastronomia, simpatia da população local, oferta hoteleira, clima, oferta cultural e património. Se os portugueses tivessem respondido “Lisboa” ou “Algarve” já o estudo seria credível? O próprio presidente do Turismo do Centro, onde está Fátima, considera que é impossível que a Região Centro seja mais atractiva, de facto, do que Lisboa e Vale do Tejo! Esta é uma das notícias mais reveladoras de passividade e de aceitação de “status quo” que tenho lido nos últimos tempos. Eu não me conformo com este estado de espírito.
Acrescento dois comentários. Não me parece fazer sentido a nota que considera Porto-Gaia e Douro como excluído de Porto-Norte, só porque são depois analisados individualmente. Apenas que há mais vida na Região Norte para além do Porto e do Douro, como temos defendido na Rede Norte, mas que devem ser vistos de uma forma integrada. E, segundo, que se Porto-Norte se diferencia positivamente em termos internacionais face à própria marca Portugal, deveremos todos pensar o que existe no país, a pesar para baixo, quando se calcula o valor agregado nacional?
José Ferraz Alves
Rede Norte
«O candidato da CDU à presidência da Câmara do Porto, Rui Sá, pretende que as cooperativas de habitação figurem como parceiros prioritários do município. Ainda de acordo com o (ainda) vereador da autarquia, as cooperativas têm projectos para a cidade. No entanto, denunciou, a autarquia "trava" os seus objectivos através dos meandros burocráticos.
Rui Sá reuniu-se com dirigentes de cooperativas de habitação económica, tendo apontado aqueles organismos como essenciais para combater a especulação imobiliária. Neste sentido, falou de uma cooperativa da Rua da Boavista, da cidade do Porto, "que conseguiu colocar à venda T3 a 14 mil contos". Trata-se, acrescentou Rui Sá, de um projecto de Siza Vieira com garantia de qualidade de construção de 15 anos.
O candidato da CDU lamentou o facto do Porto perder, por dia, dez residentes. E valorizou o papel das cooperativas na inversão do despovoamento da Baixa. Rui Sá disse que, entre 1981 e 1991, a única freguesia com crescimento demográfico foi Aldoar, "devido ao boom das cooperativas de habitação".
Preconizando, da parte da autarquia, a disponibilidade de terrenos, o candidato comunista referiu-se, também, às cooperativas como espaço de aprendizagem cívica e democrática, porquanto os associados gerem um espaço comum. Paralelamente, as cooperativas "são preponderantes para resolver a escassez de habitação social". Assim, deverão ser "o braço armado das câmaras".»
- Debate hoje às 23:00 na TVI24 com os candidatos ao Porto
- As perguntas do debate amanhã em Paranhos
- Câmara de Lisboa Salva Benfica, sugestão de António Alves: "Diferenças - O Benfica é um activo importante no marketing da cidade de Lisboa."
- Eleições podem ser uma espécie de plebiscito a Rui Rio
- Os candidatos
Ao contrário do que muitos já aqui escreveram, não vou dar ênfase à prestação crispada da Dra. Elisa Ferreira. Saliento, no tema do Aleixo, a forma brilhante como demonstrou os zig-zags de Rui Rio nesta matéria. Mais uma vez, Rui Rio, tentou fugir à promessa de 2001/2002, com a desculpa que era ignorante e desconhecia os assuntos. Haverá alguém que acredita nisto? Ele não fez simplesmente uma promessa, daquelas que os políticos fazem a toda a hora e que não são para cumprir. Rui Rio passou a escrito essa promessa, em papel timbrado da Câmara do Porto e ao mesmo tempo que se comprometia com nenhum tipo de demolição, prometia obras de requalificação para Abril de 2002. Quer fazer crer que tudo isto foi por ignorância, porque tinha o S. João de Deus para resolver... E a promessa de 2005, que a Dra. Elisa Ferreira lhe esfregou na cara? Também foi por ignorância? Prometeu a reconversão do Aleixo, nessa altura e, para que conste, nesse mesmo ano, nos meses que antecederam as eleições, fez algumas intervenções no interior das torres, para que não o acusassem de faltar à palavra dada em 2002, quando prometeu a requalificação.
Mais, no debate sobre o Aleixo viu-se perfeitamente que as pessoas para Rui Rio não contam para nada. O caso paridgmático do Bairro do Leal é demonstrativo. Demoliram o bairro, distribuíram os moradores (muitos deles idosos) pelos quatro cantos da cidade e agora, como disse Rui Sá, vão supostamente construir um novo bairro, no mesmo local, para os moradores do Aleixo. Os seus risos, a ironia que colocou neste assunto deve assustar qualquer homem e mulher de bem. Será que não temos direitos? Não somos cidadãos e portuenses como os demais? Nesta eleição os portuenses vão decidir daquilo que é feita a gente desta cidade. Se alinha na violência que se prepara contra os moradores do Aleixo ou, como é timbre dos tripeiros, se manifesta a sua oposição à tirania.
Quanto à entrevista nos gatos fedorentos, foi muito pobrezinho. O Ricardo Araújo insistiu no tema decrépito do FC Porto. Rui Rio revelou falta de humor, usando de uma ironia que roçou a infelicidade quando, mais uma vez ao falar do Aleixo dando o exemplo que deu, lançou sobre todos nós a acusação de traficantes de droga.
Respeitosamente,
Maria Augusta Dionísio
Cara Cristina Santos:
Ponto 1 do seu programa eleitoral e tertúlias temáticas ligadas ao tema.
Estou a ver que tantos distintos bloguers, que acreditam na via de exposição por escrito daquilo em que acreditam, acabam também por se deixar influenciar por comportamentos e estados de espírito sob a pressão dos holofotes da TV. Estamos a eleger responsáveis políticos ou artistas de telenovela?
José Ferraz Alves
No final do primeiro debate entre os candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto ficámos com a sensação que durante toda a discussão pairou um fantasma sobre os participantes: o fantasma do Eng.º Nuno Cardoso e da sua "herança". Com efeito, podemos constatar que os dossiers Parque da Cidade, Aleixo, abertos por Nuno Cardoso e que foram já discutidos em 2002, em 2005 continuam a condicionar as decisões da CMP de hoje. Elisa Ferreira entrou mal no debate e conseguiu sair pior, mostrando-se excessivamente nervosa e insegura, o que se traduziu num registo crispado e autoritário. A ambiguidade do discurso de Elisa Ferreira e a forma como evita assumir posições concretas sobre as principais questões da cidade, revelam que a candidata tem um profundo desconhecimento das principais questões com que a Câmara do Porto se defronta e a falta de ideias políticas para a cidade. Não admira, tendo em conta os vários anos que leva afastada da cidade do Porto, em Lisboa ou em Estrasburgo.
Teixeira Lopes limitou-se a mandar uns apartes, mais ou menos inofensivos, mas mostrou o mesmo problema de Elisa Ferreira: a falta de conhecimento dos problemas e falta de propostas para soluções concretas.
No fundo a essência do debate acabou por se resumir ao confronto entre os dois candidatos que têm propostas de políticas camarárias, ou seja, entre Rui Rio e Rui Sá.
Rui Rio disse claramente ao que vinha, ou seja, com ele teremos a continuação do rumo destes últimos oito anos. Pessoalmente considero que este rumo tem sido desastroso para a cidade, que tem vindo a degradar-se e a perder população e influência.
Rui Sá mostrou durante o debate que conhece profundamente os principais problemas da cidade e da autarquia e que para cada um tem propostas alternativas às que são apresentadas por Rui Rio. Mas, ao contrário de Rui Rio que se refugia na sua teimosia inflexível, Rui Sá tem a capacidade de dialogar e negociar com os diversos agentes que fazem a cidade de forma a criar pontes que permitam criar políticas de desenvolvimento para a cidade. E, ao contrário de Rio, Rui Sá tem uma visão humanista para a cidade do Porto.
Uma nota final apenas: O governo da última legislatura foi, muito provavelmente, o governo mais centralista que Portugal teve nos últimos 30 anos. Este carácter "centralista" tem por base a ideia (compartilhada pelas elites tecnocráticas do PS e do PSD) de que apenas existe uma região competitiva a nível europeu e onde se deve concentrar todo o investimento público: a região de Lisboa. Até o regulamento dos fundos comunitários foi manipulado e distorcido para permitir concentrar na região de Lisboa os fundos que foram retirados às restantes regiões do país. O recente discurso de José Sócrates na inauguração da A16 comprova isto. Ao mesmo tempo os investimentos no Porto e noutras regiões do país foram congelados ou adiados, como no caso do alargamento do Metro do Porto. Não se percebe como é que um dos principais (talvez mesmo o principal) responsáveis por esta escolha que prejudicou tanto o Porto se candidata agora para representar a cidade como presidente da Assembleia Municipal.
José Manuel Varela
O voto em branco, num ano como este, é um voto pelo empreendedorismo, pela mudança, sobretudo de mentalidades. Todos têm de ter a noção que para ganhar seja o que for há que trabalhar, os políticos incluídos, se não redundam no primeiro mau exemplo. Trabalhar não com o que nos põem ao dispor, mas sim com o que conseguimos criar. Quem votou branco acredita que é possível melhor, que é fácil pensar mais longe, que há que ambicionar e trabalhar arduamente, que há lucro a gerar e rendimento a obter, sem ter crises de pecado e consciência. Que chega de mentalidades de funcionário público, o que este país precisa é de GERAR.
Qual foi o partido que falou sobre isto? Qual foi o partido que se dignou informar os portugueses que devem incutir nos filhos que um curso superior visa sobretudo a criação de emprego, não a obtenção de um feito por medida? Quem se dignou informar que é necessário trabalhar arduamente? Nenhum, optaram pelo facilitismo, pela politica da mentira e isso merece sem dúvida um voto nulo.
Quanto ao debate de ontem, não foi Elisa que não esteve preparada. Rui Rio é que, face ao estado político, ético e moral a que isto chegou, é um excelente candidato, difícil de rebater. Seja como for, não devemos dar a sua vitória por certa, Elisa Ferreira tem ainda muito para dar, e nós muito a aproveitar das suas ideias. Nisso as regiões são mais proveitosas do qualquer governo geral, estão mais próximas da verdade.
Cristina Santos
Data e hora: 3 de Outubro, às 17:30
Local: Junta de Freguesia de Paranhos (Rua de Álvaro de Castelões, 811)
Presenças: candidatos à CMP pelo BE (João Teixeira Lopes), CDU (a determinar), PCTP/MRPP (João Silva), PS (Manuel Correia Fernandes) e PSD/PP (Joaquim Poças Martins)
A Campo Aberto vai realizar, no próximo dia 3 de Outubro, às 17:30, na Junta de Freguesia de Paranhos, um debate com candidatos à Câmara Municipal do Porto.
Durante a primeira fase do debate, que durará cerca de 1h30m, os candidatos serão convidados a responder às perguntas que se encontram aqui. Estas perguntas foram determinadas pela Campo Aberto com a colaboração de diversos cidadãos que nos enviaram propostas via Internet.
Na segunda parte do debate, que decorrerá até cerca das 20:00, os candidatos responderão ainda a perguntas do público. As pessoas interessadas redigirão a sua pergunta numa folha entregue no início da sessão. Os moderadores vão recebendo as perguntas e agrupam-nas por temas para evitar repetições. Os moderadores darão a palavra ao público de acordo com a selecção feita.
Tentando recuperar leituras e mails atrasados...
Sugestões e comentário de Pedro Menezes Simões:
- Elisa e Couto unem Porto e Gaia - propostas de mobilidade e turismo
- Bloco de Esquerda reafirma ser contra privatização do Aeroporto do Porto
- O Porto e Norte de Portugal é a marca/região mais atractiva, no continente, para os turistas portugueses - "O ranking da atractividade das 13 marcas/região alvo de estudo coloca o Porto e Norte de Portugal em primeiro lugar, seguido do Douro, Algarve, Lisboa e Porto." - O "Porto e Norte" corresponderá portanto à região Norte excluindo o Douro e a cidade do Porto/Gaia, estando todos eles no "top" de atractividade para os turistas portugueses.
Outros:
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- Sem VCI a cidade seria um sossego
O meu terceiro convidado nesta série de entrevistas às diferentes candidaturas da J.F. S.Ildefonso foi o candidato da CDU Elísio Branco. Técnico de Acção Jurídica, com 52 anos, candidata-se pela primeira vez a um órgão deste tipo.
Numa critica ao anterior mandato, referiu que falta visibilidade à freguesia, uma freguesia como S. Ildefonso, urbana e no centro de uma cidade deveria ter uma "projecção do ponto de vista público, um reconhecimento, que não tem", apontando como uma das causas a pouca intervenção do actual presidente nomeadamente nas assembleias municipais.
Como propostas da sua candidatura destacou a intenção de requalificar o apoio domiciliário nomeadamente alargando a sua aplicação. Referiu ainda a propósito da limpeza urbana que é contra a entrega do serviço da recolha do lixo a privados, considera inclusive que o serviço existente tem piorado desde que foi entregue a privados. Entre outros temas apontou também como necessário criar pequenas zonas de lazer, quer para a população mais idosa, quer para as crianças, exemplificando com o facto de na freguesia não existir um único parque infantil.
Duração total: 20m00s. Podem descarregar o programa directamente ou subscrever o podcast através deste link.
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blog.osmeusapontamentos.com
Só assisti a parte do debate entre os candidatos à Câmara do Porto, mas do que vi bastou para perceber do que temos pela frente.
O Bloco de Esquerda mantém a postura estratégica da velha guarda, de atirar com bocas e achar-se original e engraçado. Levando em consideração que não luta pela Câmara, apenas quer ter visibilidade para eleger um deputado, e à custa do PS.
A CDU, continua com o discurso de 1940, defendendo os bairros sociais, contra o capital e a favor do empobrecimento de todos. Podia ao menos o Rui Sá estar melhor preparado para falar de assuntos como a SRU, de que nada sabe, como por exemplo do quarteirão D. João I, que só disse asneiras e incorrecções.
A Elisa Ferreira, para além da crispação não esteve minimamente à altura de se mostrar alternativa a Rui Rio. Não soube pegar nos assuntos, não teve um discurso linear e consistente, não passou nem imagem nem mensagem positiva.
O Sr. da esquerda mais festiva não percebeu para que lá estava.
O Rui Rio, mostrou que finalmente começou a perceber o que é ser Presidente da Câmara, mas para além de ir tarde ainda não percebeu nem vai perceber o quanto baste. Mas infelizmente ontem mostrou que não teremos alternativa.
Como nota final diria que o debate centrou-se em alguns dos problemas urbanos que existem, mas continua alheado do discurso político destes candidatos, ideias e estratégias para a cidade.
Que tristeza.
Alexandre Burmester
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Nota de TAF: um vídeo da SIC sobre o debate (apontador actualizado)
Está a haver agora, às 22:45, debate na SIC Notícias.
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Desempenho absolutamente catastrófico de Elisa Ferreira. Agressiva como Rui Rio no seu pior, demagógica omitindo factos e responsabilidades do PS ou distorcendo a situação real, não sabendo ouvir, mal preparada em alguns temas. Algumas propostas e afirmações sensatas que fez perderam-se no meio de um discurso que divide tanto a cidade como o de Rui Rio. Tinha a esperança de que o tempo de preparação da candidatura, e os apoios abrangentes que reuniu, tivessem permitido a Elisa Ferreira uma postura mais construtiva e competente sustentada numa equipa qualificada. Receio que não tenha chegado.
Em resumo, Elisa Ferreira perdeu o meu voto muito provavelmente em favor de Rui Sá. Não concordo com várias das propostas da CDU, mas reconheço o trabalho esforçado, o interesse sincero pela cidade e, principalmente, a capacidade de procurar soluções em conjunto com outras forças políticas.
- No Público - Perante uma Elisa muito crispada, Rio sossegou no primeiro debate a cinco
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- Sessão de Fotografia Digital amanhã, Quinta-feira, 17:00, na Vivacidade - Espaço Criativo, sugestão de Adelaide Pereira: "Serão disponibilizadas máquinas fotográficas digitais e impressoras específicas para a impressão das fotografias. A entrada é livre."
- Na Gesto os bloggers fizeram incursão no mundo real
- As minhas sugestões para o Aleixo", em Julho de 2008, à atenção dos candidatos à Câmara (a propósito, alguns dados sobre o Aleixo)
Na sequência da construção da ciclovia que liga o Parque da Cidade à Pasteleira, numa extensão de 3.5km, o número de lugares de estacionamento existentes ao longo desse percurso sofreu uma redução de cerca de 50%, com manifesto prejuízo para os moradores e, sobretudo, para os comerciantes. Com efeito, onde antes era possível estacionar em espinha, agora só é permito o aparcamento paralelo ao passeio pelo que, hoje à tarde, a Polícia Municipal deslocou-se à Praça D. Afonso V para “disciplinar o trânsito”.
Por norma, não discuto com polícias porque as leis, boas ou más, são para se cumprir. Aquilo que não entendo, e me custa a aceitar, é este excesso de zelo que se pode verificar observando as fotografias. É certo que o Smart não está paralelo ao passeio mas, devido ao seu reduzido comprimento, está totalmente dentro da baia de estacionamento. Além disso, a ideia do fabricante foi a de criar um automóvel de reduzidas dimensões, de modo a estacionar na perpendicular.