2008-01-20
Mercados:
- Ordem dos Arquitectos quer debater projecto para Bolhão - por sugestão de Pedro Aroso
- Comissão de cidadãos estuda providência cautelar para travar concessão do Bolhão
- Bolhão: arquitecto defende projecto que venceu concurso em 1998
- Bom Sucesso não quer a mesma "confusão" gerada no Bolhão
- CDU admite parceria público-privada para modernizar Mercado do Bom Sucesso
- Rui Rio admite entregar a privados gestão do Mercado do Bom Sucesso
Aeroporto e promoção do Norte:
- Deloitte apresentou à JMP estudo sobre o «Francisco Sá Carneiro»
- Melhor é gestão público-privada
- Estudo defende parceria com privados para o aeroporto
- Área Metropolitana quer promover Porto
Metro e espertezas saloias:
- Junta quer consenso com Governo na escolha da futura administração
- Junta Metropolitana pronta para marcar AG da Metro do Porto e eleger novos órgãos
- Nomeações do Governo para Metro inquietam autarcas
- O que vai mudar
"(...) notícias vindas a público, em Dezembro passado, que indicavam Álvaro Costa, especialista na área dos Transportes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), como o nome falado para a presidência da Metro"
Neste caso da Ota do Porto o resultado do estudo de Álvaro Costa, favorecendo surpreendentemente a Boavista por comparação com o Campo Alegre, parece vir mesmo a jeito para tentar conquistar o apoio da Câmara do Porto numa nomeação para a presidência da Metro. Rui Rio pode ter muitos defeitos, mas também tem suficiente vergonha na cara para recusar um "negócio" destes. Continuo ansiosamente à espera de ver o estudo tornado público...
- Utentes lançam blogue e petição on line para diminuir tempo de viagem Porto/Braga
- Aeroporto do Porto: JMP espera dispor, em finais de Fevereiro, de dados sobre o melhor modelo de gestão
- Universidade e Junta Metropolitana promovem debate sobre futuro do Porto
- “Porto Cidade Região”
- CIP reclama urgência e efeitos práticos do novo programa "Pagar a Tempo e Horas"
- Gaia: Director-geral do Pingo Doce comprometeu-se a "acolher" eventuais desempregados da Yasaki Saltano
- Projecto “Não-lugares do Porto”
Está no ar mais um manual de instruções opozine!
Hoje há Café no Teatro Nacional de São João, há Kusturica no Coliseu mas já não há bilhetes e há reabertura do Plano B.
Amanhã há cinema japonês na Casa da Animação, há música em Serralves e na Casa da Música.
Tudo em opozine. Bom fim de semana :)
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Nota de TAF: o opozine tem estado a fazer um óptimo trabalho complementar ao d'A Baixa do Porto. Por isso passa a fazer parte das excepções que têm apontador permanente no menu esquerdo deste blog. :-)
- «Estrangulamentos resolvidos»
- Antigo vereador de Rio recorre da acusação prevaricação
- PSD/Porto não vai escolher candidatos por voto directo dos militantes
- Movimento de mercadorias no Porto Leixões subiu 6,4% em 2007
- Bom Sucesso pode ser entregue a privados
- Custa-me ver cegueira da empresa Gaia Social
- A cidade, o campo e o mercado
- Os últimos dias das pensões e residenciais de Lisboa
- Bragaparques ameaça pedir indemnização
- Julgamento suspenso até 25 de Fevereiro
- Emir Kusturica hoje no Porto
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Nota de TAF - Seguramente uma das medidas mais importantes deste Governo, se na prática funcionar, mesmo atendendo a isto:
- Estado quer "Pagar a tempo e horas"
- Governo quer “pagar a tempo e horas” a fornecedores
PS: O Blasfémias teve uns problemas técnicos no antigo endereço e mudou-se para blasfemias.net.
- Prejuízos da Metro do Porto acima dos 122 milhões em 2007
- Metro do Porto conquistou mais 10 milhões de clientes
- Metro sem apoio do Estado e com fundos europeus em risco
- Voos de e para o Aeroporto do Porto são os que mais crescem
- Novo shopping abriu na Trindade
- Casas da escarpa da Serra do Pilar vão ser arrasadas
- Palácio da Bolsa exibe «In Vitro» a partir de hoje
- Em tempo de guerra
- Menezes contra Menezes
Lisboa:
- Donos de prédios em Lisboa obrigados a fazer obras
- Empréstimo suscita dúvidas ao tribunal
- Soares Franco fala em «fim de calvário» depois de acordo com a Câmara
- Lisboa como miséria, desolação e piolheira
PS: O negócio das ideias - «Aí há que reconhecer, igualmente, lucidez a Rui Rio, ele sabe de quem está rodeado. Por isso arranjou uma solução engenhosa: paga a quem pense pelos seus vereadores e mete conta aos munícipes. Devemos estar-lhe gratos. Sairia muito mais caro à cidade se a vereação desatasse a pensar pela sua cabeça e a ter ideias do que Rui Rio mandar comprá-las fora.»
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Nota de TAF: já agora - António Costa resolve!... e George Soros: esta é a pior crise dos últimos 60 anos (original aqui).
Quando se rasga uma estrada ou se abre uma rua acontecem sempre valorizações (mais-valias) na envolvente. É assim desde que o tempo é tempo... e o mundo é mundo! O discurso dos "preocupados" do costume já está formatado: se o Metro vai valorizar as propriedades da Avenida da Boavista… então que não haja Metro!
Uma coisa é certa: passe ele por onde passar, vai, seguramente, valorizar toda a envolvente. Assim é, já hoje, e como aqui foi referido, nas freguesias rurais da Maia, Matosinhos ou Vila do Conde. Será assim, no futuro, venha ele a passar no Campo Alegre, em São Mamede de Infesta ou noutro lugar qualquer. Ademais, a Avenida da Boavista até me parece uma artéria suficientemente consolidada a ponto de não ser daquelas que mais se valorizará com uma eventual passagem do Metro.
Começa a ser complicado lidar com algum tipo de raciocínio, completamente redutor, que vê benefícios, valorizações e especulação imobiliária em tudo o que se faz… ou pretende fazer.
Abertura da Nun'Álvares? Cuidado! Perigo de especulação imobiliária!
Requalificação do Bolhão? Não pode! Vislumbram-se interesses imobiliários!
Metro na Boavista? Nem pensar! Risco de valorização dos terrenos da Avenida!
Ou seja: vão valorizar os terrenos para outro lado… mas aqui no Porto, NÃO!
Façam o Metro passar bem longe, valorizem o que tiver de ser valorizado, mas não por estas bandas. Enfim, às vezes dou por mim a pensar como bem gostaria de experimentar o papel de estar sempre contra… ser incondicionalmente do contra!... E então, questiono-me: serão mais felizes assim?
Nota: Quero confessar, aqui, e sob palavra de honra, que não tenho terrenos ou interesses na Nun'Álvares, na Avenida da Boavista ou no Bolhão.
Correia de Araújo
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Nota de TAF: Na minha modesta opinião, a suspeita dos eventuais "interesses escondidos" só se levanta porque os estudos em que as decisões se baseiam frequentemente não são públicos e, ainda por cima, as suas conclusões parecem ir contra todo o bom senso (veja-se a suposta maior procura do Metro via Boavista do que via Campo Alegre).
O PREÇO DO PROGRESSO é o mote da sessão de Janeiro, inserida nas já habituais leituras mensais de poesia organizadas pela Livraria Poetria. José Carlos Tinoco e Cláudia Novais, acompanhados pelo piano de Juca Rocha, dirão poemas de Álvaro de Campos, Teixeira de Pascoaes, Camilo Pessanha, Cesário Verde, António Gedeão, Miguel Torga, Daniel Maia-Pinto Rodrigues e de Carlos Drummond de Andrade. Dia 25, Sexta-feira, pelas 22h00 no Café Progresso.
Carlos Romão
Não valerá a pena vir aqui, pela enésima vez, apresentar as dezenas de argumentos pelos quais a linha do Metro para a Boavista é uma falácia. E como uma imagem vale por mil palavras, basta para isso olhar para a montagem que nos vendem da avenida, para tirar conclusões.
Existem certos Estudos e Projectos, entre os quais destaco os de Impacto Ambiental, de Tráfego, etc, que, salvo raras excepções, apresentam inequivocamente os resultados de acordo com os interesses do “cliente”. Por isso em nada estranho estas fantásticas conclusões que surgem agora nos “Estudos” surpreendentes da autoria do Dr. Eng.º Álvaro Costa, para as justificativas dadas em que se considera que o número de utentes abrangidos pela linha da Boavista é equivalente à do Campo Alegre. É tão óbvio como comparar o trecho entre Matosinhos / Fonte da Moura, ao dos bairros de Nevogilde, Foz e Pasteleira. E ainda o trecho Fonte da Moura / Bessa, com o do Campo Alegre / Pólo Universitário. E finalmente Bessa / Rotunda da Boavista, com o do Pólo Universitário (Rotunda) / Stº António.
Não há dúvida que o “papel aguenta tudo”, por isso seria realmente interessante ler os números, e por isso, à semelhança do que afirmou o TAF, gostaria de os ver publicados.
Será que terão lata?
Alexandre Burmester
A remodelação do Mercado do Bolhão é necessária e urgente, por isso entendo que mesmo esquecendo o historial das tentativas anteriores, que pautaram pela sempre máxima autárquica de fazer tábua rasa dos executivos anteriores, é uma boa intenção da Câmara, senão uma obrigação. Contudo e como sempre, o melhor será ficar “sentado” à espera que a solução apareça. Duvido que seja esta.
À semelhança de outros assuntos, o Mercado do Bolhão tem despertado muita tinta e muito discurso, mas continua numa nebulosa situação para todos os intervenientes. Senão veja-se:
- Os actuais comerciantes e ocupantes não fazem grande ideia do que lhes vai acontecer, e por isso estão na ansiosa expectativa de futuro. Certo é que o seu Presidente já deu os parabéns à Câmara, apenas porque deslumbra uma luz ao fim do túnel que tem sido conviver com aquele espaço degradado ao longo dos últimos anos. Triste ilusão.
- A TCN apresentou um Estudo Prévio, cheio de boas intenções e ideias “giras”, como a introdução de mais pisos, a passagem do actual mercado para um piso superior, e ainda a introdução de um estacionamento e cais de carga e descarga em pisos subterrâneos. Como sei que tudo isto não é compatível com a manutenção do Património existente, parece-me que o Projecto a desenvolver e a apresentar ao IGESPAR, vai levar com um tiro de chumbo cheio de argumentação. Grande desilusão.
- A Câmara julga ter encontrado finalmente uma solução, que se baseia num acordo de princípios e num Estudo Prévio, porque pelos vistos é esse o projecto existente. Parece-me é que ainda não percebeu que vai iniciar um processo que, à semelhança de outros anteriores, vai estar condenado a morrer na praia. Se calhar estará convencida que o IGESPAR vai dar luz verde à demolição interior do Mercado, para a sua reconstrução na forma de pastiche arquitectónico. Ausência de compreensão.
O Francisco Rocha Antunes, escreveu aqui no blog, há já bastante tempo, a solução do ponto de vista programático e arquitectónico para o Mercado do Bolhão. Solução essa que na altura tive oportunidade de ouvir, e com a qual estou completamente de acordo. A razão é óbvia, porque a solução preconizada passa por um programa muito mais simples, muito menos dispendioso, e na recuperação efectiva do Mercado.
Infelizmente, na nossa terra parece que é sempre preciso virem uns estrangeiros inteligentes ensinarem-nos, porque os nossos Santos cá de casa não fazem milagres.
Alexandre Burmester
Julgo que a questão do metro na Boavista tem uma explicação mais “política” que imobiliária. Senão vejamos:
- i) A avenida da Boavista é actualmente uma infra-estrutura viária degradada e caótica, nada digna duma grande avenida que se quer cosmopolita e de certo modo representativa da modernidade do Porto.
- ii) Se olharmos para cima reparamos que existem muitos escritórios devolutos. Os cartazes de vende-se ou aluga-se estão visíveis em grande quantidade afixados nas janelas. Isto significa que a Avenida da Boavista está a perder competitividade. Não consegue captar empresas para lá instalarem os seus escritórios. A Avenida da República em Gaia é hoje uma artéria muito mais dinâmica que a Boavista.
- iii) Reparar e redesenhar toda a via, da Rotunda até ao Castelo do Queijo, é obra para um preço elevadíssimo e a Câmara não tem meios para tal, ou então Rui Rio pretende usá-los noutros lugares ou objectivos.
- iv) Aqui surge o Metro. Se Rui Rio conseguir convencer o governo a permitir que metro circule Boavista acima, toda a obra, a título de inserção urbana, será paga pela Metro do Porto e não pela Câmara. Daí a razão na insistência da opção Boavista em prejuízo da opção Campo Alegre. Convém lembrar também que ainda estão por justificar as obras pagas pela Metro aquando da adaptação da parte final da Avenida da Boavista ao grand prix da seca do bacalhau.
Recuperar a Boavista é um objectivo meritório e urgente. Mas sacrificar uma zona da cidade – o Campo Alegre – com muito mais população (Foz, Pasteleira e Lordelo) e mais capacidade de gerar tráfego (Pólo Universitário) para o sistema, apenas em prol dos objectivos pessoais do senhor presidente, será um erro imperdoável.
Cabe-nos a nós exigir que nos mostrem os estudos que justifiquem tal opção. Estudos para ambas as alternativas. Não estudos feitos à moda do presidente da Câmara das Caldas.
Caros Concidadãos:
Depois do evento do 4 de Dezembro, realizado e fruído por todos nós, julgamos ter chegado o momento de nos conhecermos e identificarmos como cidadãos que se importam. Porque as datas importantes da cidade não nos são indiferentes, o 31 de Janeiro é um óptimo pretexto. Preparamos para todos, 400 e amigos, uma festa, no Passos Manuel* (junto ao Coliseu), de 30 para 31 de Janeiro. O programa é informal:
- Dia 30, 4ª Feira – 22.00h – Passos Manuel – Auditório (entrada 5€): "NAMORAR NO 31 DE JANEIRO PROIBIDO"
Carlos Magno (moderador), César Príncipe, Júlio Machado Vaz, Manuel António Pina
- 23.00h – Sala de Dança (entrada livre): Venda de obras de arte, livros, cartografia… (Apoio ao movimento EU imPORTO-me)
- Dia 31 – 00.00h - A nossa Festa.
O resto, são Surpresas...
Só tem graça e encanto se estivermos todos.
Vemo-nos na FESTA!!!
Até já!!!
* Passos Manuel, Clube-Bar, Sala de Cinema e Concertos, Rua Passos Manuel, 137 (entrada pela escadaria do Coliseu, porta mais à esquerda)
Caros leitores da Baixa do Porto,
Façamos um raciocínio especulativo idêntico ao da Ota:
- - Aqui diz-se que Ota visava libertar os terrenos da Portela para a expansão imobiliária da Alta de Lisboa.
- - Aqui o Público diz que o licenciamento de novas construções cresce à boleia da expansão do Metro do Porto.
Na Avenida da Boavista terá o mesmo problema?
Afinal a rede de metro é para servir os utilizadores de transportes ou para valorizar propriedades?
Porquê esta estranha insistência sem sequer apresentar justificações ou estudos?
Quem não especula torna-se num manipulado de quem conspira.
José Silva - Norteamos
A hipótese de uma linha de metro na Avenida da Boavista continua a suscitar o aparecimento dos estudos mais mirabolantes. Desta vez Álvaro Costa transcendeu-se e até Rui Rio terá ficado surpreendido com o facto da passagem pelo Campo Alegre supostamente ser pior... Gostava muito de consultar este estudo. Isto vai ser como no caso da Ota, em que se falava de estudos e mais estudos, mas ninguém os conseguia ver? Ou vai estar disponível na Internet?
- Linha da Boavista: a mais vantajosa
- Mais clientes no metro pela Avenida da Boavista
- Boavista é a melhor solução de expansão do metro a ocidente
- Metro do Porto reconhece "grande potencial" a passagem pela Avenida da Boavista
Bolhão:
- No Bonjardim por dois anos
- Bolhão já é de privados
- Bolhão, o renascer de um símbolo?
- Mercado do Bolhão dividiu assembleia municipal e associações de comerciantes
Ferreira Borges:
- Câmara decide abrir concurso público para dinamizar o «Ferreira Borges»
- Oposição fala em “cheque em branco” passado a vencedor
- "Ferreira Borges" vai a concurso
- Aprovado concurso para a concessão a privados do Mercado Ferreira Borges
Avenida AEP:
- Avenida AEP não gera consenso
- Câmara aguarda reunião sobre futuro da Avenida AEP
- Futuro da Avenida AEP aguarda encontro da Câmara com Estradas de Portugal
Outros:
- Porto é excepção "surreal"
- Galeria na Pedreira da Trindade abre as portas catorze anos depois - Caminho demorado
- Distinção à Lello deve "estimular o ego" dos portugueses
- PSD vai propor um novo programa para recuperação dos bairros sociais
- Luís Filipe Menezes elogia trabalho de Rui Rio na reabilitação dos bairros sociais
- Última homenagem a Fernando Cabral junta várias personalidades
- Último adeus a Fernando Cabral
Para tentar esclarecer (a mim incluído) sobre o que consiste o projecto da empresa TramCrone para o Mercado do Bolhão, aqui ficam algumas informações resgatadas do site da TCN e do JPN.
(... continua no opozine ...)
Ps. Por lapso meu, no último texto acerca do Bolhão, escrevi Marques da Silva, quando era Correia da Silva o nome do arquitecto que queria referir, o responsável pela construção do mercado. A todos peço desculpa.
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Nota de TAF: corrigi lá. Já agora: Reconversão do Bolhão por privados aprovada pela maioria PSD/CDS.
As obras no quarteirão já se iniciaram há algum tempo, a que vos trago iniciou recentemente, os inquilinos foram alojados pela CMP. Diga-se que esta facilidade do Município é uma enorme valia para as intervenções, imagine-se o que era restaurar um telhado ou o prédio com os habitantes no interior, ou os custos que implicaria o seu realojamento para o proprietário, quando as rendas actuais somadas rondam os 100€, era uma obra impossível. Assim, e livre de pessoas, começou o desmantelamento do telhado e levantamento de anomalias, causas e efeitos. A história é sempre a mesma: infiltrações que apodrecem as estruturas, esgotos em mau estado, canalizações danificadas, sobrelotação num andar, falta de ventilação, mau uso, e no centro um andar devoluto atulhado de entulho. É também nestas alturas que verificamos que, para além de tudo, Deus é um grande engenheiro: entre outras coisas garante a comunhão plena entre a água e a electricidade.
Rui Rio não se queixa de Sócrates, porque pode bem com ele. Quando se sabe que é possível superiorizar a concorrência, há que elogiá-la, para que a ultrapassagem tenha maior impacto, ultrapassar algo que denunciamos como parado não tem mérito nenhum. Rui Rio tem potencial para defrontar José Sócrates, tem uma espécie de imagem pública que lhe permite a angariação de vários apoios e votos, e de facto Portugal precisa de abrandar nos investimentos a crédito, precisa de suster a vaidade, economizar.
Rui Rio pode não demonstrar grande fé na Regionalização, mas se for proposta por ele terá acatamento no interior do país. O que verifico nas conversas com os transmontanos e com os minhotos é que Rui Rio é para eles uma espécie de homem simples, prático e ditatorial. Esta imagem tem saída, quantas vezes ouvimos José Sócrates dizer que é um provinciano, Rui Rio é muito mais provinciano. E depois reparem, entre corridas de clássicos e jogging matinal, qual é que acham que os portugueses escolheriam?
Obviamente que Lisboa não votaria no Rui Rio, gostam dele, apreciam-lhe a política mas é longe, Rui Rio pode ser tão perigoso para o Sul como José Sócrates é para o Norte. Imagine-se agora que Rui Rio até chegava a Primeiro-Ministro e começava a cancelar o prolongamento das linhas de metro, aeroportos, e investia milhares nas vias de acesso ao interior, e coisas do género, deixando para trás todo o trabalho feito pelo seu antecessor? Lisboa não vota em Rui Rio, Menezes também não, e este é que nos está a correr mal, não é capaz de transpor os problemas do Norte para ao menos afligir o Governo, só se preocupa com a imagem e, pior, rejeita a sua condição de provinciano.
"Comboios convencionais, alta velocidade e ‘shuttles’ são os três meios de transporte que presidente do LNEC, Carlos Matias Ramos, privilegia na ligação do Norte e de Lisboa ao aeroporto em Alcochete."
Ana Baptista in Diário Económico
- Fernando Cabral (1928-2008): O homem que comprou o Rivoli
- Faleceu antigo presidente da CMP Fernando Cabral
- Promotora diz que demolição do interior do Bolhão é uma "inevitabilidade"
- Bolhão: "Assembleia Municipal vai decidir uma coisa que a cidade não sabe muito bem o que é"
- S. João de Deus: Haverá alguém interessado nos terrenos?
- S. João de Deus, um bairro-fantasma
- Eu imPORTO-me e você?
Agradeço - mas dispenso - a António Alves a honrosa comparação que me faz; prefiro ficar-me na minha opinião pessoal. E como me parece ser eu o único com o passo trocado n'A Baixa do Porto, reduzir-me-ei ao silêncio dos cobardes e vencidos. Parafraseando Galileu Galilei (também ele cobarde perante o Santo Ofício), "e pur si muove!"
Emídio Gardé