2007-06-10

De: Pedro Menezes Simões - "7 Maravilhas de Portugal"

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 17:54

Originalmente no Norteamos.

No próximo dia 7 de Julho de 2007 vão ser revelados os monumentos eleitos para as "7 Maravilhas de Portugal". Neste momento, existem 21 monumentos finalistas, entre os quais serão votados 7. Destes 21, existem apenas 6 monumentos a norte do Mondego (na verdade, a norte de Leiria), sendo por isso de especial importância para os habitantes do Norte.

Refira-se ainda que já existe uma lista (que data do final do Abril) com os 10 mais votados: Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Palácio da Pena, Convento de Mafra, Convento de Cristo em Tomar, Castelo de Óbidos, Castelo de Almourol, Mosteiro da Batalha, Templo Romano de Évora, Castelo de Guimarães.

Verifica-se que 8 dos 10 mais votados estão a menos de 70 km de Lisboa (é a demografia a funcionar...), e apenas um monumento do Norte (Guimarães) está nos 10 primeiros, não sendo certo que esteja nos primeiros 7. A não eleição de nenhum monumento no Norte significará a perda de uma oportunidade no Turismo, e o aumento da centralização que todos verificamos. Sem uma "maravilha" no Norte, os turistas que venham visitar Portugal não sairão da região de Lisboa. Será o agravamento da centralização que todos já sentimos.

As informações recolhidas indicam que uma centenas de votos serão suficientes para conseguir atingir a posição 7. Apelo, por isso, ao voto dos nortenhos nos seguintes monumentos.

  • - Castelo de Guimarães (Guimarães)
  • - Igreja de S. Francisco (Porto)
  • - Igreja e Torre dos Clérigos (Porto)
  • - Palácio de Mateus (Vila Real)
  • - Paço da Universidade de Coimbra (Coimbra)
  • - Ruínas de Conimbriga (Condeixa-a-Nova / Coimbra)
  • - 7º Monumento à escolha.

Votar é fácil e rápido. O ideal é votar por email, pois é a única modalidade em que se pode votar em 7 monumentos. Basta clicar aqui, escrever o seu nome e email. Receberá um email com um link para a página de votação, escolha os 7 monumentos e já está. Demora menos de 2 minutos. Não deixe para depois.

Votem já! As opções de voto por telefone ou sms também estão disponíveis (mas lá está, só permitem votar em 1 monumento).

Votem pelos vossos pais, irmãos, filhos, primos, convençam os vossos amigos, mas votem e votem o mais depressa possível. Para terminar, a título de curiosidade, peço aos leitores que após registarem o voto, deixem um comentário neste post (a dizer algo como "votei agora") para no fim termos uma ideia do impacto desta iniciativa e, já agora, saber se conseguímos influenciar o resultado final.

Aos blogguers do norte, sugiro que copiem este post para os vossos blogues e façam apelos ao voto. (E, já agora, deixem um link na caixa de comentários deste post para sabermos quem aderiu e, quem sabe, criarmos mais tarde uma "rede de bloggues do norte").

Ainda estão a ler? Vá, vão votar!"

Pedro Menezes Simoes

De: Hélder Sousa - "Aplausos de pé - e eu não fui ao Rivoli!"

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 17:45

Ainda bem que o Pedro Aroso foi ao Rivoli. Devia era ter esperado por uma oportunidade para comprar bilhete, porque assim contribuía realmente para o desenvolvimento desse novo Rivoli e amortizava o investimento que tem sido feito. Não é nada bonito entrar sem pagar! Infelizmente, o que de melhor se faz lá fora nem sempre é suficientemente bom para estabelecer um patamar de referência. Mas enfim, se a referência são musicais com vinte anos e o dobro dos elencos, re-encenados e copiados vezes sem conta e em várias línguas, está tudo bem. Uma correcção: diz-se libreto e não libereto (mas pode ter sido gralha!)

O meu entusiasmo neste Sábado chuvoso vai, com um grande aplauso de pé (como se faz nas estreias… em algumas pelo menos), para o brilhante texto de José Luís Ferreira. Que foi de resto um extraordinário porta-voz daquele grupo de artistas, não-artistas e, por muito que custe a alguns, CIDADÃOS do Porto, que se manifestaram contra a política cultural desta CMP.

Parece ter passado ao lado de quase toda a gente o facto de se terem reunido mais de mil pessoas a manifestarem-se por uma causa. Mais de mil pessoas que, para além do ponto central desta questão que é o Rivoli, também lá estavam como forma de protesto contra o presidente da CMP. E não foram apenas as dezenas de pessoas de um qualquer sindicato que normalmente saem para a rua a lutar pelos seus direitos. São poucas as causas que unem tanta gente. O Rivoli ultrapassa assim o mero significado cultural para atingir uma dimensão política que não pode ser desprezada.

O Dr. Rui Rio assistiu à maior manifestação de desagrado por parte da população em tempos recentes. Mas isso ninguém viu. O Dr. Rui Rio foi vaiado, quase silenciosamente, por mais de mil pessoas que seguramente não se esquecem de todas as questões aqui levantadas pelo Nicolau há dois dias.

O baixo nível de decência necessário para um político se tornar autarca neste país é oficialmente conhecido. Mesmo assim, e sendo o Dr. Rui Rio um dos membros mais representativos desse patamar, creio que não lhe foi indiferente esta vaia e o seu sono nesse dia foi seguramente mais atormentado. O facto de o terem deixado entrar na festa sem o smoking obrigatório também foi mau, mas isso é apenas uma questão de invólucro.

De: Cristina Santos - "Há ou não contrato no regime transitório?"

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 17:36

Dada as afirmações polémicas do Sr. Filipe La Féria é natural que as pessoas visitem a Baixa do Porto a fim de obterem mais informações sobre o assunto, que embora não pareça é de extrema importância para a Cidade, já que revela o conceito de rigor e gestão do executivo em funções. À falta de informações por parte do vereador da cultura, e das complexas contrariedades apresentadas pela comunicação social, interessa perceber o que realmente está em causa: investimento, retorno, objectivos concretos, medidas cautelares.

A CMP afirmou publicamente que o contrato com La Féria de concepção do Teatro por 4 anos foi impedido pelo processo judicial em curso. Mas garantiu que o produtor iria ocupar o Rivoli de Maio a Dezembro num regime transitório de acolhimento. O que para já interessa saber é em que consiste esse regime transitório. Não se pode conceder ou autorizar nada sem um contrato, uma licença, ou primeiro faz-se a obra e depois legaliza-se se ela for bonita e útil?

Ao que é que a CMP se sujeita se o espectáculo for suspenso, por exemplo em Agosto?
Qual o montante do prejuízo financeiro se isso acontecer?
Quais as medidas de cautela estudadas para remediar o caso, se ele se demonstrar um verdadeiro falhanço?
As afirmações de La Féria não são para levar em linha de conta?
Andamos a brincar com os investimentos que todos fazem na cidade, ou pensam V. Exas. que um bom teatro não influi no investimento em outras áreas?

Obviamente que todos têm a sua razão, mas interessa perceber o que está em causa, o que se faz na cidade. Rigor, interessa rigor, e a CMP demonstrar que tem alternativas, que estudou o caso e que os portuenses não ficarão a perder, porque tudo foi estudado ao pormenor, quem tem projectos, quem sabe o que faz não tem medo, defende-os. O vereador da cultura tem que explicar isto, estão em causa uns largos milhões de euros, por uma situação que nem é bandeira de campanha, que pode resultar num tremendo fiasco financeiro e cultural.

Pode alguém explorar o Rivoli como se de um café se tratasse e abandonar o barco a meio do percurso sem consequências, é possível isto? Para já é das coisas que mais interessa saber, a possibilidade é concreta. Entregou a CMP um equipamento sem precaver condições mínimas? Está a CMP segura quanto ao investimento? Demite-se em caso de falhanço total?
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Cristina Santos

De: Pedro Aroso - "Eu fui ao Rivoli!"

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 11:57

Há tempos escrevi aqui na “Baixa” que não sou grande apreciador dos espectáculos de Filipe La Féria. Talvez por isso, a CMP não me convidou para o Jesus Cristo Superstar. No entanto, acabei por aceder ao pedido de uma amiga, que não queria ir sozinha, e assistir à 2ª sessão da estreia.

Embora a minha paixão seja o Jazz, já tive oportunidade de ver algumas óperas Rock: “Hair” (1970) e “Les Miserables” (1986), em Londres e Cats (1990), em Nova Iorque, só para citar as mais conhecidas. Em relação ao Superstar, só conhecia o filme e o duplo cd, que guardo na minha discoteca. Pois bem, o espectáculo que presenciei ontem à noite está ao nível do melhor que vi lá fora. La Féria abandonou o estilo bacoco, de cariz marcadamente alfacinha e revisteiro, que caracterizava as suas produções anteriores, introduzindo uma estética muito clean, mas com uma qualidade cénica irrepreensível. Entre os actores, todos muito novos, não havia uma única cara conhecida, pelo menos do grande público. Fiquei absolutamente estupefacto com as suas vozes. O mesmo posso dizer do conjunto dos músicos, verdadeiramente excepcionais. Por último, uma palavra de apreço para a adaptação do libereto, que é uma autêntica pedrada no charco.

Filipe La Féria não tem que se preocupar com o investimento que fez, porque Jesus Cristo Superstar está condenado a ser um grande sucesso de bilheteira. No entanto, se o Porto e o Norte não corresponderem ao seu esforço, também não há motivo para alarme. Basta transferir o espectáculo para Lisboa onde, por certo, vai estar mais de um ano em cartaz.

De: Norberto Vilares - "Agenda do Porto - A cidade como arquitectura..."

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 02:34

- Agenda do Porto

Com os meus cumprimentos.
Norberto Vilares

De: José Luís Ferreira - "Rivoli: a palavra a quem a conquista"

Submetido por taf em Sábado, 2007-06-16 02:24

Anima-me ver este respeitável blog ocupado com coisas menores tão importantes como um Teatro municipal. Anima-me constatar que nem toda a gente escorrega perante o discurso (ou o silêncio discursivo) dominante.

A questão do Rivoli é central no pensamento que possamos ter para a cidade. Tem a sua história, dez anos fugazes com uma história muitíssimo mais meritória do que qualquer das verdades oficiais sobre ele enunciadas. Mas tem – ou não tem – muito mais futuro do que tem passado. Porque cumpre uma função real, ou um conjunto de funções reais, materiais, concretas, daquelas que podem mudar a nossa vida.

Podemos não ter uma ideia muito precisa do que inspirou Leonardo quando pintou a Gioconda, ou das consequências que a estreia de Ricardo II teve na corte isabelina, mas sabemos que ali se reinventou um pouco daquilo que somos. Podemos não ter percebido, mas a afirmação radical de Magritte («ceci n'est pas une pipe»), ou o urinol que Duchamp pendurou em parede de museu, impossibilitou já há muito qualquer hipótese de boa consciência em quem veste com assinatura para assistir a uma simples repetição ad nauseam (de franquíssima baixa qualidade, ainda por cima) da ópera-choque de 1967 (ano de grande colheita, de resto). Porque, eventualmente, ceci n'est pas une griffe , ou cela n'est pas une cravate, ou então, cela n'est même pas un jet-set, e por aí fora até percebermos que o simulacro do simulacro do simulacro que nos vendem caro não é senão um rei nu, obscenamente ocultado pela transparência...

Podemos não saber para o que serve um Teatro, mas podemos tentar descobrir. O «objectivo cultural» possível de atingir com um Teatro municipal não é a «audiência», suposto milagre da multiplicação dos ouvidos que ouvem e não reflectem, engolem e não produzem.

Em havendo alguma coisa a fazer num Teatro, só pode fazer-se com a «audiência», ou talvez com os «espectadores», ou com o «público», ou talvez com as simples pessoas, homo contribuintibus que tem direito a qualquer coisa de inteligente e elaborado, por contraposição à alienação ordeira que nos é obscenamente proposta pela autoridade (que não autorictas, nunca, jamais).

Podemos não ter percebido bem onde é que o La Féria nos está a enganar (a nós, e ao pobre do senhor presidente da câmara, mas esse descobrirá da pior maneira, e não teremos que esperar assim tanto). Mas as contas estão feitas e muito bem feitas aqui abaixo por outros contribuintibus deste blog. O negócio que a CMP (ainda não) fez com o sr. F. la F. não passa de (mais um) ruinoso investimento público numa estratégia estéril, de redução das experiências das pessoas à repetição acrítica do mesmo, que não traz lucros a ninguém (nem mesmo, quase apostava, ao sr. F. la F. ele próprio, porque o Porto afinal não o vai merecer e ele vai alçar daqui o rabo e voltar para aquela rua duvidosa em Lisboa onde ele tem a sua casinha).

Bem, dito isto, e para terminar, algumas respostas mais explícitas às questões inocentes colocadas abaixo:
- não há contrato, e depois, há azar?!;
- agenda!!??!! beinham masé ber o crixtu, senaum eu bou-mimbora...;
- rezemos para que a cidade não tenha que recorrer a produções alternativas, senão sabe-se lá o que é que eles iriam inventar (talvez a explosão das audiências com uma síntese da Divina Comédia encenada pelo Fernando Mendes);
- a previsão jurídica, consciente e realista do que a CMP terá que pagar aos calaceiros dos ex-empregados da Culturporto é (principalmente se a isso acrescentarmos as massas que foram precisas para adquirir o teatro, reconstruí-lo, equipá-lo e fazer dele um Teatro conhecido na Europa), exactamente: pra cima dum balúrdio (daqueles mesmo muita grandes);
- se o produtor abandonar o (des)investimento, a gente agradece;
- o La Féria não equipou o Teatro: comprou uns robots e uma máquina de fumos (porque a seguir deve estar a pensar fazer a Maldição dos Mortos-Vivos). Se se for embora, leve-os com ele (please)
- será o Rivoli um caso descarado de investimento público, para proveito privado? É gaijo...

E por aqui me fico, agradecendo publicação.

José Luís Ferreira

De: Cristina Santos - "Dá-se a palavra aos artistas"

Submetido por taf em Sexta, 2007-06-15 21:38

Há uma falta de informação enorme no caso Rivoli, a maioria opõe-se ao projecto, mas nem todos percebem o que está a acontecer. É obvio que se sente a negatividade e discorda-se do método, mas falta explicar os pormenores a todos aqueles que nem sempre acompanharam as noticias, nem tiveram oportunidade de ouvir opinião de pessoas com experiência directa no caso. Os jornalistas baralham e as partes dão cartas. É importante que todos possam compreender, decidir, e assim ajudar ao rumo desta cidade conforme a vontade da maioria. Dá-se a palavra aos artistas, pede-se que tanto quanto possível ponham de lado a emoção.

Sem contrato assinado, como se regula a situação La Feria – CMP?
Em quanto tempo se pode resolver o litígio que segundo os próprios impede a assinatura?
O produtor está obrigado a apresentar uma agenda para esse período?
Que prejuízos resultam para a Cidade se o produtor não cumprir uma agenda mínima de 1 ano e obrigar a cidade a recorrer a produções alternativas?
La Feria está isento de qualquer indemnização enquanto não se resolver o litígio e mesmo assim está em funções?
O Município está disposto a processar o produtor, caso o espectáculo em cena se fique pelos 3 meses de exibição?
Numa previsão jurídica consciente e realista, quanto terá a cidade que pagar aos funcionários da Culturporto?
Numa previsão financeira, quanto poupa o município investindo em La Feria durante um ano?
Numa previsão cultural, qual é a audiência prevista pelo produtor na sua candidatura, quais as condições que o produtor exigia para atingir essa meta?
Se o produtor abandonar o suposto investimento, o Rivoli pode ficar temporariamente sem programação?
La Feria alega que equipou o Rivoli, se abandonar o projecto para quem fica o equipamento?
Será o Rivoli um caso de investimento privado, de proveito público?
Se La Feria abandonar o Rivoli, como pensa a CMP resolver a situação, prossegue com o investimento, ou deixa partir o investidor?
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Cristina Santos

De: Rui Encarnação - "A alucinação colectiva RRRRRRRRRRRRRRR"

Submetido por taf em Sexta, 2007-06-15 21:17

Deu-se ontem um caso de gravíssima alucinação colectiva nesta nossa urbe. E, parafraseando o saudoso seleccionador nacional, através de meios audiovisuais!!! O problema surgiu quando inúmeras estações de televisão noticiaram que tinha estreado no Rivoli um musical de La Feria sob um IMENSO PROTESTO DE PESSOAS QUE CIRCUNDARAM TODA A PRAÇA D. JOÃO I MUNIDAS DE UNS SILENTES, MAS RUIDOSOS, ERRES.

Pois, hoje, pela tardinha, o site da CMP, que divulga o que mais importante se passa na cidade, anunciou com brado que o Rivoli tinha aplaudido de pé o tal musical de La Feria, num ambiente de "glamour" (sic), mas DO PROTESTO, NEM VÊ-LO!!! Ora, pois não há que ter dúvidas, nem hesitações, nem receios em afirmar. Aquela gente dos R, aquela populaça que circundava a praça, nunca lá esteve. Nem ela nem nenhum R. Foi um caso flagrante de alucinação colectiva e, parafraseando (esta é repetida) o próprio site da CMP, um caso de jornalismo de duvidosa qualidade.

O que sucedeu, e é bom que os tripeiro saibam, foi glamour, adesão das massas e euforia pela singular oportunidade de poder ver – ao vivo! E a cores! – uma obra de arte tão delicada, arrojada e inovadora desse Criador que, para gáudio e júbilo dos tripeiros, fez-nos o favor de vir a esta cidade iluminar-nos com a sua visão, esclarecida, elevada e superior, do mundo e da sociedade hodierna. E é bom que o site da CMP anuncie para que os tripeiros saibam, para que o povo ouça e veja, pois que, para além da Dª Cinha e da Dª Lili, quase mais nenhum tripeiro por lá se viu... Nem dentro do Rivoli, e como já expliquei (por força do fenómeno de alucinação colectiva ocorrido) nem fora dele.

Tenho, contudo, que ressalvar que não posso afirmar a 100% que lá dentro não estivessem mais tripeiros para além das Dªs Cinha e Lili, pois como o Rivoli, agora e só agora, SERVE A POPULAÇÃO DO PORTO E O POVO DO PORTO, poderia a massa, anónima ou refinada, dos nossos habitantes ter lá entrado à socapa.

É curioso, mas quando acedi, hoje pela tardinha, ao site da CMP e li a “notícia” sobre a estreia do dito musicol, pareceu-me ouvir, qual fundo musical em surdina, alguém que gritava VERGONHA, VERGONHA! Alguma alucinação auditiva, via Internet!

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-06-15 12:39

De: Geraldo Quintas - "Oporto Show"

Submetido por taf em Sexta, 2007-06-15 01:01

The Oporto Show '07 até dia 17 na Alfândega.

De: José Pedro Lima - "Eu devo ter lido mal, só pode..."

Submetido por taf em Quinta, 2007-06-14 22:17

Pelo que percebi na notícia linkada aqui em baixo, passa-se o seguinte: com o “Jesus Cristo Superstar”, Filipe La Feria vai testar ou melhor vai testar-nos a nós portuenses. Se nós tivermos a dimensão cultural mínima necessária para o Sr. La Feria, ou seja se formos todos ver o espectáculo que o seu génio produziu, tudo bem, ele até nos faz favor de ficar com o Rivoli. Se não e se apesar de ter o apoio dos mecenas - entre os quais eu me incluo como habitante de Matosinhos – o espectáculo não der lucro o Sr. La Feria retirar-se-á para pastagens culturalmente mais evoluídas que aqui o burgo.

O Sr. La Feria precisa então que o espectáculo tenha casa cheia durante três meses. Se o Rivoli tem orçamentado na Câmara 443 mil euros para despesas correntes, significa que durante esses três meses se gastarão em média 443/4 = 110750 euros. Como a Câmara recebe 5% das receitas liquidas isto significaria que para recuperar o gasto o resultado líquido da bilheteira teria de ser 2.215.000€ (110.750/5%). Sim, mais de DOIS MILHÕES de euros, ou mais de 110 mil espectadores a um LUCRO médio de 20 euros por bilhete.

Já agora gostava de me candidatar a explorar os espaços que a Câmara entenda pôr assim à experiência. Período experimental e mecenas claro, que eu não posso ter flops. Se resultar, óptimo, se não “adeusinho que a vida de empresário é muito dura!”

PS: até agora abstive-me de comentar os êxitos do meu FCP, mas sem querer futebolizar o blogue publicarei aqui uma lista das vitórias deste ano assim que terminem todos os campeonatos, assim o TAF permita.

José Pedro Lima
pclima@gmail.com

Caros Amigos

Há já algum tempo que acompanho "A Baixa" e ficam os meus parabéns pelo elevado nível de discussão que os seus participantes revelam. Venho por este meio participar pela primeira vez a propósito do protesto marcado para hoje.

Sendo originário de Viseu, vim viver para o Porto em 1998 - nessa altura regressava de estudos no estrangeiro e entre os "mercados de trabalho" de Lisboa e Porto, deixei-me seduzir pela Capital do Norte e os seus valores - o elevado sentido de cidadania, o seu espírito liberal, as conquistas recentes como Serralves, Teatro Nacional de São João, Parque da Cidade, Património Mundial ou Metro consubstanciavam a minha decisão; mas foi sobretudo pela generosidade implícita das suas gentes e um apurado sentido de comunidade que a minha decisão foi tomada. Aprendi tudo isto no Porto, onde casei e tenciono educar os meus filhos.

Estarei hoje na Baixa do Porto, na Praça Dom João I. Não por que ache que a vida ali comece ou acabe, mas porque me parece que não haverá exemplo mais eloquente da total inadequação das políticas do Presidente Rui Rio (e suponho por omissão, da sua silenciosa vereação) do que este obscuro processo - que a ninguém dignifica, a começar pelo Executivo Camarário - e que ofende todos os eleitores portuenses. Sobretudo os que, esperançados na prometida transparência, votaram neste Executivo. Em silêncio, por detrás do silêncio, acompanhado por 10, 100 ou 10.000, tentarei perceber como se pôde ignorar a data do décimo aniversário do "Porto, Património Mundial"; Como se pôde rodear o Parque da Cidade e entricheirá-lo desta forma, enquanto os pavimentos se degradam por toda a cidade; Como se pode não ter uma única medida a tomar em termos de transportes públicos; Como foi possível ceder-se o Palácio do Freixo de forma gratuita e inexplicada; Como é possível lançar um concurso com as bases que o do Bolhão se propõe?; Como é possível anunciar a nova Baixa em postais, outdoors e revistas colocadas nas caixas de correio, enquanto a Ribeira definha, e os Comerciantes que fizeram a Baixa mal sobrevivem?; Como é possível o escandaloso e doloso caso de polícia da D.Laura e família?; Como foi o Corte Inglês para Gaia?; Como se permite que a imagem de uma cidade esteja resumida a 3 ou 4 actos de entertainment, ainda por cima mal explicados?; Que diabo foi o negócio da concessão do Pavilhão Rosa Mota para criar o (cito o Sr.Presidente) "Pavilhão Atlântico do Porto"?; Que Liberalismo é este e quais as esperanças de investimento privado numa cidade nestas condições?; Brincamos?; Que hostilidade é esta contra cantoneiros, artistas, funcionários da CMP? De onde vem? Para onde nos leva? A quem serve? Como é possível branquear obstinadamente a responsabilidade política do Presidente eleito?

O sucesso de soluções encontradas com mais ou menos impacto, mas sempre com o empreendedorismo que o Porto tem para dar e vender - seja o Parque da Cidade, Serralves, Metro ou o Teatro São João - mostram a razão porque todos devemos lutar pela Regionalização aqui no Porto. Porque não há no panorama nacional nenhuma cidade que tenha gerado tanto com tão pouco - e isso passou sempre, na ausência de fundos para desbaratinar, pela criatividade e empenho das soluções - que tantas vezes envolveram políticos e cidadãos em raros momentos de objectividade comunitária. Ora a meu ver, este é o Património político que o Dr. Rio tem vindo a desbaratinar, para depois se queixar da sobranceria do Terreiro do Paço... não é sequer digno. Eu faço contas e sei quanto pago de Impostos Autárquicos; também sei que o único património que tenho - a minha habitação própria - se desvaloriza para as cidades limítrofes, cada vez mais apetecíveis e próximas de um Século XXI Europeu. "Uma Nova Baixa Vai Nascer"... Publicidade Não Endereçada? Não, Obrigado!

Tudo isto, aprendi no Porto. Aos que fazem este blog, o meu obrigado.

Nicolau Pais

De: Valério Filipe - "Espaço para arrendar"

Submetido por taf em Quinta, 2007-06-14 21:54

Apesar de não ser, tanto quanto sei, sequer um objectivo d'A Baixa do Porto, a verdade é que cada vez mais aparecem "notícias" de espaços para arrendar e ou vender na zona da Baixa. Talvez o TAF possa criar uma "pagina anexa" para apresentação de espaços na Baixa para venda e arrendamento...

Eu vou deixar a Baixa, mais propriamente o Jardim de S. Lázaro, e mudar-me para Fernão de Magalhães - perto da Praça Velasquez - onde recuperámos um edifício. Deixo um primeiro andar, virado a sul, em frente ao Jardim de S. Lázaro (n.º 43 - 1º andar). O espaço tem 120 m2 (a sala a sul tem cerca de 54m2 e está virada para o jardim). O espaço é arrendado, já tendo eu procedido à denúncia do contrato com efeitos no final do presente mês. Escrevo porque tenho algum mobiliário - feito à medida - que posso deixar ficar, caso chegue a acordo com o futuro arrendatário. Envio algumas fotos, deixando, como não podia deixar de ser, ao livre critério do TAF a colocação do presente post e dos anexos.

De: Pedro Aroso - "O troféu que lhe falta"

Submetido por taf em Quinta, 2007-06-14 21:40

Victor Baía despediu-se ontem dos relvados, após 20 anos de carreira, tornando-se o guarda-redes com mais títulos na história do futebol, a nível mundial.

O Dr. Manuel Teixeira (Chefe de Gabinete do Dr. Rui Rio), por certo considera que Victor Baía não merece uma palavra de elogio no site da CMP, porque nunca participou em nenhuma prova automobilística organizada pela autarquia. Eu concordo, mas por outra razão: a cidade deve-lhe muito mais do que isso. A seguir a Rosa Mota, é indiscutivelmente o atleta do Porto com mais prestígio internacional, pelo que estou certo que, todos os portuenses, mesmo não sendo portistas, consideram da mais elementar justiça que a Câmara Municipal do Porto lhe atribua a Medalha de Honra.

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2007-06-14 21:27

- Edifício transparente abre sexta-feira
- Porto duplica IMI para devolutos a partir de Janeiro de 2008
- Hospital de S. João tem 90 dias para legalizar Campus
- Mais 114 no desemprego a partir de Julho

- Porto acolhe ciclo de filmes romenos
- "Porto, Bairro a Bairro" lança um novo ciclo dedicado ao fado
- Norte e centro de Portugal em alerta amarelo devido a mau tempo
- BCP financiou SAD do Porto em negócio paralelo ao sistema bancário

- «Jesus Cristo Superstar» estreia hoje no Rivoli
- Dossier divertido
- La Féria testa público do Porto
- Primeiro dia do resto da vida do Rivoli: «Para a sessão de estreia das 21.30 horas, dirigida apenas a convidados de uma revista e de um canal de televisão - só amanhã a peça estará aberta ao público pagante»
Vamos esperar que tenham escolhido um bom público alvo, nomeadamente autarcas do Norte, artistas de Braga, da Régua, é que de Lisboa não vale a pena, esses têm acesso em primeira mão aos espectáculos.

- Entrevista a Margarida Moreira (directora Regional de Educação do Norte): "Estão a aproveitar a boleia para bater no Governo"

De: Cristina Santos - "Sr. La Feria: faça um esforço pequenino"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-13 22:28

Um produtor que faz um espectáculo e desiste, não parece adequado ao investimento que a CMP fez. Está visto que temos que ter La Férias com mais garra, e substitutos aptos. De que tem medo La Féria, é um investidor, tem potencial, actores reconhecidos, equipamento, capacidade de produção e promoção de eventos. No Porto há mercado ao ponto de um só La Féria não chegar, são precisos dois no mínimo. Vemos uma vez o espectáculo, está visto, queremos ver outra coisa. Como somos poucos, num mês toda a gente já viu.

Rui Rio não tem de se compadecer, o Sr. La Féria não nos está a fazer um favor. Apura-se a lei, define-se uma proposta com investimento limitado e apresenta-se. Terá que obedecer a uma agenda, compartilhada com outras entidades da Cidade e, mediante as condições (limitadas), o produtor deve propor-se rentabilizar o investimento das partes. Se resolver investir, vem para o Porto enquanto parceiro privado, tem que trabalhar, se quer público no Jesus Cristo Super Star, conquiste-o, é essa a sua função, foi por essa razão que se investiu nele e ele investiu em nós. Estamos à espera que nos deslumbre.

No Norte é paradoxo apelar à participação dos portuenses, enquanto se limita a estreia aos VIP. O Porto é uma região, as elites raramente se assumem, vivem vidas recatadas, de aspecto simples e com respeito pelo próximo. Não têm grandes necessidades de exibição. Partilham um forte apelo à Democracia, não admitem que «alguém de fora», se sinta na posição de escolher entre os portuenses aqueles que podem aceder em primeira-mão ao espectáculo. Quando o espectáculo é VIP e direccionado, aumenta-se o preço, mas mantém-se aberto a todos. Não se repugna, interage-se.

Depois, é evidente que se o Sr. la Féria limita a entrada, aumenta a concentração do protesto no exterior, isto é básico. Mas não é um falhanço, vamos ver muita gente importante do País, reconhecida nos media, todos presentes num espectáculo de La Féria na cidade do Porto, é um grande incentivo ao masterplan. Nesta parte a ideia da CMP funcionou. É apenas um falhanço local, não tem significado na expressão cultural do País. É um investimento para o que há-de vir, não para o que cá está; vêm todos juntos para nos ajudar a combater o bairrismo. E são muito bem vindos, boa sorte, espero que dê muito lucro em todos os aspectos.

Mas que Filipe La Féria não nos volte a apelar ao coração, todos sabemos que ele é um investidor, não venha para aqui choramingar. O contrato que lhe propõe a CMP é muito bom e deve ser corrigido em favor de outras companhias. Dada a dimensão da nossa Região, se quiser o Sr. La Féria aceita, caso contrário fazemos publicidade no Reino Unido e contratamos um produtor inglês, vamos ter muitos mais turistas, mais pessoas em contacto com inglês cultural, etc.
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Cristina Santos

De: Amélia Sousa - "La Feria e os seus mecenas"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-13 21:41

O JN de hoje inclui nos mecenas de La Feria a Câmara Municipal de Matosinhos. Alguém poderá explicar este inesperado "romance"? Era só para eu tentar perceber... Muito obrigada!

Amélia Sousa
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Nota de TAF: e de Gaia também...

De: Rui Valente - "A «morgadinha» dos canaviais lisboetas"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-13 21:34

Sabem se já foi concluído o processo Casa Pia e quem foi condenado? Sabem em que pé ficou a Moderna? Conhecem o nome e a cara do patrão da Bragaparques ou já o viram na TV, tido como suspeito por alguma crime? E sobre a Câmara de Lisboa já alguém foi condenado? Da Independente, além do ex-reitor (qualquer dia é reconduzido) Rui Verde que é casado com a honorabilíssima juíz Isabel Pinto de Magalhães, sabem como andam as investigações? Sabem se a Procuradoria já levantou algum processo a Luís Filipe Vieira (O Orelhas) por ter exigido um árbitro "especial" a Valentim Loureiro? Não sabem? Então, descansem, porque a justiça tarda mas não falta.

Com Pinto da Costa acusado de corrupção desportiva, a coisa fica mais fácil para a justiça lisboeta porque P. Costa tem as costas suficientemente largas para ser acusado e incriminado por todos os outros crimes, de outras pessoas e ainda sem castigo... Seriam 6 processos pelo preço de 1, (6 em 1) como nos supermercados. Como dizia hoje o jornalista Alcides Freire no jornal O JOGO, Pinto da Costa antes de ser arguido já era suspeito. Agora que foi acusado, a novidade morreu, porque antes já era culpado.

Meu caro Pinto da Costa:
Agora que foi acusado por um crime de que ainda não há provas que cometeu (de frutas e legumes), e que me leva a suspeitar se o Estado terá dinheiro que chegue para o indemnizar caso esteja inocente (como creio), deixo aqui expresso a minha solidariedade e uma acrescida subida na minha consideração. Como cidadão do Porto e de Portugal, devo-lhe muito mais a si do que a qualquer juiz ou juiza que o venha a julgar. Se há coisa da qual não se podem orgulhar os Juízes é de terem feito alguma coisa de substancial pela Justiça Portuguesa. De substancial disse, porque de relevante, é um ZERO!

Rui Valente

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-13 17:22

De: Raul Pina - "Escritório na Baixa"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-13 17:14

Olá à Baixa

Estou à procura de um espaço para alugar na baixa do Porto e gostaria de saber se alguém conhece um sitio interessante e bonito.
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Cumprimentos
Raul Pina
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