De: Cristina Santos - "Dá-se a palavra aos artistas"
Há uma falta de informação enorme no caso Rivoli, a maioria opõe-se ao projecto, mas nem todos percebem o que está a acontecer. É obvio que se sente a negatividade e discorda-se do método, mas falta explicar os pormenores a todos aqueles que nem sempre acompanharam as noticias, nem tiveram oportunidade de ouvir opinião de pessoas com experiência directa no caso. Os jornalistas baralham e as partes dão cartas. É importante que todos possam compreender, decidir, e assim ajudar ao rumo desta cidade conforme a vontade da maioria. Dá-se a palavra aos artistas, pede-se que tanto quanto possível ponham de lado a emoção.
Sem contrato assinado, como se regula a situação La Feria – CMP?
Em quanto tempo se pode resolver o litígio que segundo os próprios impede a assinatura?
O produtor está obrigado a apresentar uma agenda para esse período?
Que prejuízos resultam para a Cidade se o produtor não cumprir uma agenda mínima de 1 ano e obrigar a cidade a recorrer a produções alternativas?
La Feria está isento de qualquer indemnização enquanto não se resolver o litígio e mesmo assim está em funções?
O Município está disposto a processar o produtor, caso o espectáculo em cena se fique pelos 3 meses de exibição?
Numa previsão jurídica consciente e realista, quanto terá a cidade que pagar aos funcionários da Culturporto?
Numa previsão financeira, quanto poupa o município investindo em La Feria durante um ano?
Numa previsão cultural, qual é a audiência prevista pelo produtor na sua candidatura, quais as condições que o produtor exigia para atingir essa meta?
Se o produtor abandonar o suposto investimento, o Rivoli pode ficar temporariamente sem programação?
La Feria alega que equipou o Rivoli, se abandonar o projecto para quem fica o equipamento?
Será o Rivoli um caso de investimento privado, de proveito público?
Se La Feria abandonar o Rivoli, como pensa a CMP resolver a situação, prossegue com o investimento, ou deixa partir o investidor?
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Cristina Santos