2007-02-25

De: Cristina Santos - "Jornadas da Reabilitação Urbana"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-03 23:56

Teve lugar hoje na ESAP no Largo de S. Domingos a primeira conferência promovida e participada por cidadãos interessados na revitalização da cidade do Porto. Salvo melhores conclusões:

A única forma de reabilitar a Baixa é iniciar, depois de iniciar, acumular experiência, conhecimento aplicado, partilhar tudo isso e reagir. Como bem explicou o Francisco Rocha Antunes, não há razões para continuar na apatia, apesar da reabilitação ser um investimento pouco explorado é um dos únicos investimentos rentáveis e garantidos para os próximos anos.

A reabilitação urbana parece-nos complicada, porque o Estado a monopoliza e regula de forma burocrática*, parece-nos tudo difícil porque só olhamos para grandes projectos como o Loop ou as Cardosas, mas a par destes podem vingar outros, que vão preencher o tecido, auxiliar o sucesso dos grandes e receberem factores de valorização e rendimento. Se projectos como o Loop ou Cardosas vingarem, o mercado na cidade não pára, portanto é do interesse de todos pequenos, médios e grandes, criar este «cluster».

De: Daniel Bessa - "Fundação Rei Afonso Henriques"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-03 23:54

Caro Tiago Azevedo Fernandes

Agradeço o e-mail e a questão colocada. Sei da existência da Fundação Rei Afonso Henriques e recordo ter passado pela sua sede, em Zamora (nomeadamente como membro do júri de um concurso de ideias, que deveriam dar lugar a projectos empresariais, promovido pela Fundação). Não recordo nenhuma palestra aí proferida, e tenho alguma dificuldade em ver-me a proferir palestras “exaltadas” em Zamora. Mas, como diz, e bem, já passaram bastantes anos.

A Fundação deve ter órgãos sociais (foi, no passado, presidida por portugueses ilustres), que talvez possam ajudar a responder às questões que coloca.

Com os melhores cumprimentos
Danel Bessa

De: TAF - "Daqui a pouco..."

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-03 13:41

... Jornadas da Reabilitação.

PS: Uma fotografia do evento, que correu muitíssimo bem. :-)

Primeira Jornada da Reabilitação

De: Rui Oliveira - "Postal"

Submetido por taf em Sábado, 2007-03-03 13:37

Porto

Porque há sempre perspectivas por descobrir… Deste nosso tesouro.

Rui Insano Oliveira
Abraço.
Gritos Insanos

De: Miguel Cadilhe - "Fundação Rei Afonso Henriques"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 20:48

«De: Tiago Azevedo Fernandes
Enviada: sexta-feira, 2 de Março de 2007 17:51
Para: Elisa Ferreira, Miguel Cadilhe, Daniel Bessa
Assunto: Fundação Rei Afonso Henriques

Boa tarde!

Um dos participantes no blog A Baixa do Porto lembrou a existência da Fundação Rei Afonso Henriques e, nesse âmbito, citou os vossos nomes. O texto em causa é este. Gostaria de vos convidar a responder e teria muito gosto em publicar os vossos comentários neste "blog público".

Os meus cumprimentos e agradecimentos antecipados.»
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Boa tarde, caro Tiago Azevedo Fernandes.

Apenas lhe dou aqui um breve e conciso contributo e faço-o pelo apreço que me merece o seu blog.

Suponho, salvo erro (digo-o de memória), que fui o 2º presidente da FRAH e que Arlindo Cunha é, desde há alguns meses, o 5º presidente. Com ele, porque o conheço bem, a minha fundada expectativa é que a FRAH realize importantes coisas.

Como presidente da FRAH, procurei dinamizar várias acções e acho que o consegui, tanto quanto os meios orçamentais o permitiam e tanto quanto o meu juízo (em causa própria) agora me consente uma avaliação distanciada pelo tempo. Estabeleci também princípios de boas contas e contas a horas. Há, sobre tudo isso, testemunhos documentais. Citaria, de entre eles, os dois relatórios anuais que assinei e a declaração de renúncia que pronunciei perante o conselho de Patronos.

A principal acção que, na minha presidência, a Fundação lançou com pleno sucesso, em benefício, aliás, do lado português, foi o dossier Douro Vinhateiro Património Mundial. Este galardão da UNESCO deve-se em grande parte à iniciativa da FRAH e à excelente Equipa que a FRAH constituiu e pagou (graças integralmente ao mecenato português, que tive a boa sorte de congregar).

A efectividade da função de presidente FRAH (não remunerado) requer apreciáveis sacrifícios pessoais.

Abraço
Miguel Cadilhe

De: Pedro Aroso - "Será só teimosia?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 19:53

Eu não tencionava dar mais para o "peditório" do Metro na Boavista mas, uma vez que o Alexandre Burmester voltou à carga, gostava de colocar a seguinte questão: como foi referido no debate do Hotel Pestana, nem toda a cidade do Porto está em crise. Ao contrário daquilo que se regista no resto do concelho, as freguesias ocidentais (Foz e Nevogilde) têm visto a sua população crescer de forma significativa nas últimas décadas. Esse aumento vai acentuar-se ainda mais quando começar a ser ocupada a área coberta pela UOP da Avenida Nun’Álvares*. Pergunto: aqueles que vivem entre a rotunda da Boavista e a orla marítima vão ficar para sempre privados do Metro?

Recordo que a iniciativa desse traçado não é de Rui Rio, mas sim de Fernando Gomes, e foi lançada durante o seu primeiro mandato à frente da CMP. A ideia viria a ser abandonada com base num argumento perfeitamente bacoco, relacionado com um estudo de mercado que, trocado por miúdos, dizia mais ou menos isto: "Os moradores da Foz/Nevogilde são todos muito ricos, por isso nunca farão uso do Metro"!!!

Embora não queira, ou melhor, não possa, adiantar muito sobre a reunião que tivemos na Junta de Freguesia de Nevogilde acerca da Via Nun’Álvares, admito que a hipótese sugerida pelo Alexandre, que preconizava uma ligação Campo Alegre/ Via Nun’Álvares/ Matosinhos podia ser uma boa alternativa ao traçado da Boavista.

Pedro Aroso

* O Dr. Lino Ferreira assegurou-me que ainda não existe nenhum plano aprovado, pelo que todas as notícias vindas a lume são pura especulação.

De: TAF - "O chumbo da OPA"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 19:30

Agora que já não vai haver OPA da Sonae à PT, sugere-se à família Azevedo que aplique em benefício directo da nossa região os recursos que conseguiu reunir e que agora fiquem "livres". Eu proponho iniciativas de "empreendedorismo social" com centro de decisão no Norte e vocação claramente internacional. ;-)

De: Alexandre Burmester - "Ó Teimosia a quanto obrigas..."

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 18:41

Referi aqui há uns dias que as reclamações da Junta Metropolitana do Porto em face da calendarização e alterações das obras do Metro que o Governo pretende fazer, eram justas e se contivessem razoabilidade e se sustentassem na forma, seriam de certeza apoiadas pela maioria dos habitantes da área metropolitana. Mas afinal o que divide a Junta Metropolitana do Governo no projecto do Metro parece ser a linha da Boavista. A Junta até aceita a calendarização (2009?) mas não quer abdicar da teimosia do desenvolvimento da linha da Boavista. Mesmo com estudos feitos por quem sabe (António Babo), que propõe uma alternativa consistente e credível a este disparate, a Junta continua a bater o pé.

Afinal há que pagar os “melhoramentos” da Av. da Boavista, o túnel de 400 metros entre a estação da Casa da Música e o “arranjo” da Rotunda; Mas principalmente não apagar o “orgulho” e a teimosia de quem sabemos ter pouca capacidade de diálogo, para ceder e dar o braço a torcer. Espanta-me é a Junta Metropolitana, em vez de se dar à razão, deixar-se embalar por estas quezílias, e perder uma vez mais a oportunidade de ser uma força aglutinadora.

Alexandre Burmester

De: Cristina Santos - "Uma conferência diferente"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 18:04

Porque é que a conferência de amanhã promete ser diferente das outras conferências sobre reabilitação?

Muito simples meus amigos, não há como o testemunho de quem trabalha no terreno, no projecto físico. Muitas têm sido as tertúlias sobre reabilitação, mas na maior parte das vezes o quadro de oradores é constituido por políticos, investigadores, técnicos de gabinetes públicos que nos trazem exemplos e teorias, mas que pecam por não conviverem com a realidade, são incentivadores é certo, mas só conhecem as dificuldades que outros lhe apresentam, não as vivem.

Amanhã vamos ouvir falar de reabilitação sentida por quem se esforça para a pôr em prática, as abordagens podem até ser gerais, mas as conclusões serão da experiência vivida e acumulada. A visão das conferências da Baixa é a visão dos práticos, dos que fazem, dos que se unem, dos que tentam e que estão dispostos a partilhar experiência para que muitos mais tentem e assim se consiga pôr em prática a teoria que há anos anda a ser debatida. É nossa responsabilidade presenciar, é nossa responsabilidade ajudar dando opinião, a nossa visão das coisas enquanto simples munícipes, a força de acção está na população civil e não no Estado, cumpre-nos unirmos nesta tarefa, para ver se o povo chega mais além.

Um abraço, muito obrigado ao Francisco pela forma como abriu a participação a todos e amanhã lá nos encontramos.

De: Lino Cabral - "O que é feito da FRAH?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 17:32

O que é feito da Fundação Rei Afonso Henriques?

Uma fundação hispano-portuguesa constituída mediante escritura pública a 7 de Fevereiro do ano da graça de 1994 (há 13 anos!!), cuja sede - uma magnífica reabilitação de um convento do séc. XV projectada pelo arquitecto Manuel da las Casas, - assenta num local soberbo em Zamora, junto do irreconhecível Duero (calmo e sonhador espraiando-se pela meseta ibérica), e cuja missão seria a de, cito:

"…contribuir para aglutinar todo o vale do Douro em torno de uma ideia de qualidade, cultura e progresso; a Ideia do Douro como Ideia de património natural, histórico, ideia de singularidade, imagem de marca, no âmbito mais amplo das relações entre Portugal e Espanha."

Lindo! Mas qual terá sido o resultado ao fim de 13 anos de actividades? Será que continuam em torno de uma ideia? Será que pelo menos já evoluíram do indefinido "uma Ideia" para o definido "a Ideia"? O que resta das palestras exaltadas da Elisa Ferreira, do Daniel Bessa, do Miguel Cadilhe, entre outros, sobre esta "iniciativa histórica de grande impacto na região, etc. e tal", como ouvi e aplaudi há oito anos no local?

lino cabral
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Nota de TAF: Boa pergunta. De facto a agenda online não indicia nada de bom. Vou contactar as pessoas citadas para as desafiar a responder aqui no blog.

Há uns dias o Presidente da Câmara de Gaia, em desespero de causa, queixava-se que a Refer não cumpria o prometido em relação à cedência da via-férrea desactivada de Gaia. Estava esta via já inserida no plano de acessibilidades e procedia a Câmara a desapropriações para completar o seu traçado, com vista a resolver um imbróglio no emaranhado dos quelhos de Gaia, que o Metro veio complicar. O mesmo poder-se-ia falar sobre a linha que liga à Alfandega, desactivada há anos, ou a linha do Porto de Leixões.

Imagino eu o quanto foi preciso de paciência e perseverança para negociar com a Refer, pelas suas políticas de “relógio parado”, mas que nunca consegue bater sequer uma hora certa. Tem a Refer aquela atitude típica das Instituições Públicas de não saber, não atender, e de nem responder. Digo isto com o conhecimento de causa, de quem já esteve envolvido em assuntos que lhe diziam respeito, nomeadamente a propósito da Estação das Devesas, e ainda da Ponte D. Maria.

A Ponte D. Maria, sabe-se agora o que já era óbvio para alguns, a sua falta de uso e de manutenção colocam a sua estrutura em risco, e mais uma peça do nosso Património que deveria estar ao serviço da cidade nem que fosse como atracção turística, encontra-se abandonada e em estado de degradação. Se calhar no dia que forem fazer o respectivo restauro vai acontecer o mesmo que com a ponte de Viana.

Quanto às Devesas é caso para mais uma vez vir aqui afirmar o descalabro da 2ª ou 3ª cidade do País ter uma estação que é o último grito dos anos 40. Acresce que esta estação, além de Gaia, ainda serve metade da população da cidade do Porto. O descalabro é bem patente quando se sai de Lisboa da Gare do Oriente (ex-libris do Parque das Nações), num comboio aparentemente rápido mas que se move a 240 Kms à hora em apenas 10 minutos das 3:00 horas de trajecto até ao Porto, e que despeja os seus passageiros neste apeadeiro.

A estação do Oriente, com metade das escadas em funcionamento, com guichés mal localizados e sem informação, com uma zona comercial de baixa qualidade; a revisão das linhas que faz com que o “comboio rápido” seja tão lento como o que existia há 30 anos atrás, e até o serviço de bordo do Alfa Pendular, são bem a marca “tasqueira” que a Refer faz das suas infra-estruturas.

Alexandre Burmester

De: Lino Cabral - "Um optimista bem informado"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 13:01

Como sou um optimista bem informado, ou seja um pessimista, já antevejo o filme da reabilitação da baixa. É uma questão de tempo, esperar que a especulação/reabilitação imobiliária acorde e se mobilize, ainda não chegou o momento mas está perto, muito perto.

Vejamos:

É previsível a demissão do Estado semi-falido na participação financeira do próximo QREN (pelo menos em parte) que será preenchido pelo investimento privado, e quem poderá substituir o Estado na co-participação do QREN? O grande investimento, as Sonaes, os Bes, os Amorins e os seus partners nuestros hermanos especializadíssimos na especulação indutora de grossas mais-valias, ou seja, irão reabilitar à sua maneira. A pressão do turismo, o desemprego, o lucro fácil e a astenia crónica da cidade, são argumentos poderosos que legitimam a estreia de um processo massivo de construção/recuperação na cidade e na região. E como todos sabemos, optimistas e pessimistas, perante estas forças, os PDM's são tigres de papel.

Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos…
lino cabral

De: Pedro Lessa - "Jornadas"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 11:58

No seguimento do apontador do Tiago sobre as Jornadas, aqui fica o registo da divulgação das mesmas. Para além do envio da newsletter da Livraria de Arquitectura A2mais a todos os clientes e arquitectos inscritos na SRN da Ordem, a divulgação também está no boletim mensageiro da Ordem, que é enviado aos seus membros. Para que, pelo menos aos arquitectos como parte interessada na Reabilitação, lhes chegue a notícia do evento.

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa
pedrolessa@a2mais.com

P.S. - E já agora, depois da 1ª sessão das jornadas, podem sempre dar um saltinho ao Mercado Ferreira Borges para mais um stock-off, que é mesmo ao lado.

De: TAF - "Jornadas da Reabilitação"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 10:56

Não esquecer amanhã à tarde.

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 10:48

De: Ana Carvalho - "A Poesia acontece na cidade :-) "

Submetido por taf em Sexta, 2007-03-02 09:25

"Rua de Afonso Martins Alho,
Vendas por junto e a retalho."

Na Rua de Afonso Martins Alho

De: Cristina Santos - "Fim da escola do Bairro"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-01 23:40

Não devemos educar as crianças em ambientes condicionados, elas estão em primeiro lugar, vão garantir o nosso futuro. Nos bairros nascem mais crianças do que na cidade inteira. Portanto, estas crianças não podem estar a ser condicionadas pelos pais, pelos avós, pelo ambiente, têm que ser libertadas e em casos extremos obrigadas a frequentar escolas com regras normais e explícitas. Na minha opinião, é urgente acabar com as escolas em zonas problemáticas, deslocaliza-se o problema, não só da educação, mas também da tentativa de integração e minimizam-se as consequências de um contacto contínuo com um ambiente nefasto. Esta deslocalização deve ser feita logo na pré-primaria, para facilitar a posterior integração de alunos nos patamares de ensino seguintes.

Reparem, os problemas de violência contra educadores acontecem no ensino público, e acontecem por norma nas escolas inseridas em Bairros Sociais ou zonas degradadas. Não acontecem no privado porque há noção clara do investimento que está a ser feito, os pais sabem que estão a pagar a educação, sabem que a falta dela trará problemas familiares com os filhos, que não pretendem abandonar mesmo depois de adultos, filhos estes que se estiverem formados poderão ajudar na velhice dos pais. Na escola em contexto de Bairro social não há noção do pagamento, do esforço, do investimento, a única noção é de que o Estado é obrigado a zelar pelos menores. Não há noção das consequências futuras, as pessoas reclamam dos bairros, mas depois nem sequer os filhos querem tirar de lá por escassas horas.

Penso que esta será a forma de uniformizar e melhorar a educação da geração que aí vem, e penso que é nossa obrigação defender as crianças em primeiro lugar, as nossas e as que com os nossos virão a trabalhar pelo futuro do país. As escolas dos bairros não funcionam, servem apenas para livrar temporariamente a sociedade média do contacto com situações graves, devem acabar em nome do futuro, dos direitos e da educação.

De: António Alves - "Ponte Maria Pia"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-01 14:44

Ponte Maria Pia

Este é mais um crime que se anuncia: a degradação irremediável da Ponte Maria Pia. Também aqui neste blogue se deve fazer eco deste apelo do Professor Nuno Grande.

De: Cristina Santos - "Os indomáveis"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-01 14:36

Em meados dos anos 90, em algumas escolas de bairros sociais do Porto, os professores leccionavam num clima de demissão. Em primeiro lugar eram ameaçados tanto por alunos como pelos seus educadores, em segundo pelo Ministério que lhe exigia justificações transcendentes quando reprovavam alunos totalmente incapazes, em terceiro pelo ambiente onde a escola se inseria. Neste aparato as palavras ditas aos meninos eram medidas ao milímetro, qualquer repreensão fora do tom dava direito a insultos, ameaça e quando o aluno nada podia contra o professor apelava ao exército familiar, que reagia violentamente. A solução era a total indiferença – não se meta, não reaja, se aderem, aderem, se não aderem deixe ir. Assisti a cenários do tipo mãe, irmã, tia, avó aos gritos contra a professora que se mantinha dentro dos portões cheia de medo. Não se chamava a Polícia, porque era um remédio que só agonizava as pretensões, não naquele dia, mas pelo resto dos dias do ano lectivo.

De: Cristina Santos - "Mobilidade e paralelos peninsulares"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-01 10:23
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