2006-12-10

De: TAF - "Sábado de manhã"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-16 23:09

Durante e depois do passeio da SRU.

Funicular dos Guindais

Ponte Luíz I

Céu na Ribeira

Na Rua das Flores

Rio Douro visto da Ponte Luíz I

De: TAF - "Rivoli"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-16 19:24

De: Armando Peixoto - "Como se reabilitam as cidades do nosso país"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-16 16:41

Gostava de saber o que os colegas bloguistas têm a dizer relativamente a esta notícia, e se acham que o Porto deve continuar de braços cruzados a assistir a estas injustiças e diferenças de tratamento.

De: Paulo Espinha - "São estes os procedimentos transparentes da SRU?"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-16 16:30

Os factos que relato passaram-se nos últimos 15 dias.

O Senhor P é o legítimo proprietário de um edifício na Baixa. C é um interessado em comprar e reabilitar o edifício, para uso próprio. M é um mediador imobiliário interessado em rápida comissão. T é o técnico que apoia C.

C contacta M, o qual lhe mostra as instalações e comunica, em nome de P, o valor da venda e a existência de uma notificação da SRU para a realização de obras urgentes. C está pois consciente da inclusão do edifício na zona de intervenção SRU.

C estuda o negócio, visita duas ou três vezes o edifício juntamente com T e interessa-se. C tem capacidade para pagar a pronto e rapidamente apresentar projecto de reabilitação e avançar com obras no mais curto espaço de tempo que a SRU jamais viu.

M apercebe-se do interesse de C e pretende obter mais qualquer coisa pelo negócio. Isto atrasa o negócio e entretanto T visita a SRU. T toma conhecimento que afinal o edifício, mais que estar na zona abrangida, faz parte de um lote que a SRU denomina de UNIDADE OPERATIVA, portanto sujeito a uma operação conjunta com os outros lotes do quarteirão, mas que não foi ainda anunciada e publicitada. P não aceitou juntar de livre vontade o seu edifício e, portanto, irá ser expropriado. A SRU realizará o “emparcelamento urbano” do conjunto de edifícios sem recurso a Plano de Pormenor, para fugir às implicações dos procedimentos respectivos.

C desconhecia completamente os factos, pois P e M não lhe comunicaram a verdadeira situação e, por pouco, ia comprando um edifício por mais 50% do valor que a SRU pensa pagar a P, pela aplicação do Código de Expropriações que a seu tempo um qualquer advogado conseguirá fazer aplicar. Claro está que M perdeu a comissão.

Para além disso, o incauto C iria ver a sua nova propriedade retalhada numa acção de filantropia colectiva em nome do património mundial. E isto porque não viu afixado em lado nenhum que o edifício pertencerá à tal UNIDADE OPERATIVA e que por isso tem um ónus com gravidade relevante.

Afinal, qual o grau de lealdade e transparência dos procedimentos da SRU? Não deveria ser imediatamente anunciado através de placards e por outras formas que a SRU iria iniciar um processo destes, logo desde o início?

De: Francisco Oliveira - "Ingleses de visita ao nosso Porto"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 23:58

Ao fazer uma pesquisa no "PBASE" sobre fotografias do Porto, encontrei o seguinte:

"Sue and I went to Porto in Portugal to celebrate her birthday. Porto is Portugal's second city and the home of the Port industry. It's a remarkably beautiful town and I'm surprised it isn't better known. Indeed, I'd rate Porto alongside the major European cities of London, Paris, Amsterdam and Berlin. Porto is also a friendly town. Some drivers stopped for us while we were taking a photograph across the road; they didn't want to spoil the view."

Podem ver-se as fotografias em Porto in Portugal.

Saudações
Francisco Oliveira

De acordo com esta notícia do Jornal Público, parece que a primeira parte da minha proposta feita aqui no Blog, está a ter andamento. A ver vamos se surgem outras :-)

Corredor Verde

Alexandre Burmester

De: Cristina Santos - "Desculpem..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 23:56

Caro Frederico Torres

Agradeço a correcção, tinha a ideia de que os bilhetes a 10€ eram para assistir aos treinos, de qualquer forma não critiquei o Circuito, só acho que se trata de um evento praticamente único, que não encontra prolongamento no resto da cidade, o que nos deixa sem perceber se este evento absorve todos os recursos ou se é a única boa ideia que Rui Rio tem.

Quanto a Lino Cabral, da sua resposta podíamos partir para um bom debate, não se desenvolve o Porto por falta de formação e recursos da maioria dos seus Cidadãos? Terão os Presidentes do Porto que estabelecer grandes batalhas para serem compreendidos?

Importante é que o Governo distinga com isenção os casos do futebol dos casos de política, que não absolva os craques e depois venha condenar a região.

M. cumprimentos
Cristina Santos

Aparte : Ontem disse que os espanhóis enchem os rallies da Vila de Montalegre e, muito por conta desses espectadores - Campeonato Europeu de Rallycross 2007 em Montalegre (4 a 6 Maio), se o Governo se lembra de investir no interior, esta vila ainda nos ultrapassa.

De: Frederico Torre - "Uma correcção e uma crítica"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 18:17

Antes de mais, a correcção. Não posso deixar de corrigir a Cristina Santos quando refere o preço dos bilhetes para o circuito da Boavista. O preço base destes era de 10€ e não de 50€ como refere, para além de que era possível assistir de graça em inúmeros pontos do circuito.

Tendo feito parte da organização (como voluntário) deste evento no Porto, não posso deixar de referir que uma das melhores coisas que ele sem dúvida teve foi a sua capacidade de atrair população de todos os níveis sociais. Nao me consigo esquecer de, no domingo de manhã do dia de provas, não conseguir chegar aos diversos sítios de venda de merchandising devido à quantidade de pessoas que se amontoavam nos pontos onde era possível ver o circuito de graça.

Pessoalmente, acho o circuito óptimo para a cidade, sem ser nenhum salvador. Com uma potencial grande vantagem sobre algumas das outras actividades que têm aqui sido defendidas como mais merecedoras de "subsídios" da Câmara: a capacidade de no futuro poder viver sem esses subsídios!

Um subsídio do Estado tem de ser para isso - eventos, serviços ou produtos que tenham a capacidade de um dia existirem por si e preferencialmente gerar um retorno que compense esse mesmo subsídio. Claramente, não era isso que acontecia com os subsídios para o teatro. Aí, muita gente acomodou-se e deixou de tentar passar essa barreira que é a capacidade de sobrevivência por si só. Por isso, nada mais justo do que retirar esse subsídio. Propunha até algo diferente - que todos os subsídios fossem dados mediante um projecto limitado no tempo após o qual este tinha de ser capaz de se sustentar. Aí, conseguíamos garantir que ninguém se acomodava, sob pena de se acabar a galinha dos ovos de ouro (que em Portugal é sempre o Estado!). E por favor não me venham com comentários do género "Enquanto houver uma criança sem médico de família não se constroi a OTA" (autoria do Dr Durão Barroso). Isso é de uma tal limitação que nao merece resposta.

Não critiquem as poucas coisas que parecem bem feitas, falem daquelas (e não são poucas!) que ainda se fazem mal!

Com o maior respeito,
Frederico Torre

De: Lino Cabral - "Fugir, já!"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 18:13

Do curioso post de Cristina Santos podemos concluir que o cidadão comum do Porto não distingue futebol da política e muito menos de desenvolvimento (?). Se assim é, não é só o Rui Rio que pode "fugir" para Lisboa, aconselho qualquer cidadão lúcido e que partilhe uma atitude geral de bom senso e civilizada a fazer o mesmo…

Lino Cabral
(IF)

De: Armando Peixoto - "E os alicerces?"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 11:43

Quer-me parecer que os projectos mais importantes para a cidade continuam na gaveta, e sem ter a devida atenção dos colegas bloguistas. A questão empresarial. A mim o que sempre me pareceu mais valia na SRU foi a criação de um pólo tecnológico em certa zona da Baixa. Com um Governo a apostar num plano tecnológico, parece-me que era uma boa altura para pressionar o Governo a auxiliar tamanha obra para o desígnio nacional (e do Porto, que é o que nos interessa)...

E a modernização da zona industrial portuense, que hoje se confunde com zona noctívaga portuense, também prometida, não será fundamental também, até, para a Baixa? É preciso cativar habitantes para o Porto, criar empregos no Porto, bons empregos! Se isso acontecer, será mais fácil a reabilitação da Baixa. Importa começar pelos alicerces! Cada vez mais os empregos aparecem na Maia e, com a construção de três(!) parques industriais, em Gaia. Não faltará muito para tudo o que é necessário à vida da população estar na periferia. E morar na Baixa será luxo para revivalistas ou pouso de estudantes.

De: Armando Peixoto - "Por que espera Rui Rio?"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-15 11:41

Bom bom, seria a Câmara gastar o equivalente a dois ou três circuitos da Boavista a fazer um pavilhão multiusos previsto no PPA e entregar o edifício a privados. Aí poderíamos ter, várias vezes por ano, como acontece em Lisboa, vários eventos a promover a cidade e melhorar o nível cultural e "entretecional" dos Portuenses. Dois em um. Rivoli e corridas da Boavista. Por que espera Rui Rio???

De: Cristina Santos - "Opiniões"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 21:26

Não podemos ignorar a importância do futebol para o desenvolvimento de uma cidade. Hoje visitei uma daquelas tasquinhas típicas, fui auscultar outros pontos de vista e não me desiludi. Ouvi argumentos constatáveis e simples. As pessoas defendem coisas práticas.

Disseram-me que o FCP promete e cumpre; é a imagem da Cidade; o seu dirigente fez nas Antas o que Rui Rio não fez nos Aliados, nem ele nem presidente nenhum; o Clube gera uma enorme riqueza na Região, portanto se o FCP do Porto vier a ser desvalorizado a Cidade perde credibilidade, imagem, valor, o cenário tornava-se tão caótico que o próprio Rui Rio pode fugir para Lisboa...

Concluí que estes cidadãos não separam o futebol da política, optam por estabelecer uma comparação entre ambos, e escolhem o futebol; o futebol está associado a mérito, a obra prática, a objectivo atingido, a política não.

E não deixa de ser válido este argumento, o cenário está cada vez mais negro para o Norte. SCUT´s, orçamento, desemprego e agora um golpe duro na imagem política, o Metro, autarcas, processos e mais processos. As vezes é difícil perceber se estamos a ser salvos, ou se nos estão a afogar.
--
Cristina Santos

De: Rui Valente - "Permitem-me?"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 20:28

O Tiago e os participantes do Blog que me desculpem se considerarem fora do contexto da Baixa o assunto que quero abordar, mas por se tratar de uma figura política originária do Porto e ilustremente pouco alinhada com os nossos problemas talvez não seja de todo desajustado falar um pouco da personagem.

Trata-se de Pacheco Pereira. Como já vem sendo hábito, o senhor Pacheco Pereira abespinha-se sempre que fala de assuntos relacionados com o "tenebroso" mundo do futebol e muito em particular, quando se trata do F.Clube do Porto. Ontem, na "Quadratura do Círculo", não deixou fugir a oportunidade de mais uma vez denunciar a sua visceral antipatia pelo mais emblemático clube da nossa cidade.

De: JA Rio Fernandes - "(In)dependente"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 19:39

Pensava dever ficar um pouco de descanso, depois de muitas intervenções a contra-corrente, a propósito da nova polémica sobre o metro. Mas o novo repto, agora vindo de José Silva, leva-me a voltar ao tema.

De facto, penso que estamos os dois (e muitos mais), de acordo que:

  • - a lista de disparates do metro/da Metro do Porto é demasiado longa e com matéria demasiado importante para quem quer que seja considerar que está tudo muito bem deixando tudo tal qual como está;
  • - a presença de presidentes de câmara (e um ex.presidente de câmara) em maioria na gestão desta empresa é uma aberração, até porque as câmaras não têm capital significativo na empresa.

Mas claro que:

  • - o facto da gestão ficar centralizada, isso não é garantia que tudo vá correr na perfeição – outros riscos virão e o importante é ter dirigentes capazes e os meios para fazer bem o que é preciso fazer;
  • - tem havido muito mais disparate pelo país fora e as mudanças não podem ficar apenas pela Metro do Porto – há mais do que razões para acreditar que assim é.

Relativamente aos aspectos mais pessoais, tive já ocasião de referir noutra ocasião como e porquê resolvi entrar num partido, como senti sempre total liberdade para emitir a minha opinião e porque entendo que era importante para mais pessoas disponíveis para trabalhar pelo colectivo envolverem-se na política activa por esta forma, clássica, chata, onde se despende muita energia nem sempre com a compreensão dos outros.

De: Cristina Santos - "Circuito da coerência"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 19:33

O circuito teve sucesso em 2005, mas trata-se de um caso isolado, não encontra resposta no estado geral da Cidade, mas é um princípio, um princípio que deve ser mantido quando o Executivo mudar, deve até ser complementado por outras iniciativas de iguais proporções, para que a Cidade não definhe.

Não é preciso acabar com o circuito, necessário é que o evento faça sentido no projecto para a Cidade. Agora se isso é coerente com as explicações que Rui Rio apresenta para outras áreas, pode vir a ser, se devidamente adaptada.

A cultura e os eventos devem ser para as massas, devem atingir transversalmente todas as classes principalmente as mais desfavorecidas, costuma dizer o Executivo. Ora os bilhetes para o circuito custam entre 50€ a 100€, só são acessíveis à classe média-alta, se o proveito for canalizado para Bairros e Escolas, o seu efeito torna-se transversal.

O circuito cativa público internacional, principalmente o de Espanha. No fim de semana passado fomos invadidos por espanhóis e nem sequer tínhamos a Cidade preparada, imagino os vizinhos a correr debaixo das caleiras furadas, nos buracos no passeio, mas nada está perdido porque o magnífico evento vai apagar essas cenas da memória dos espanhóis, que se sabe é pouco trabalhada e exigente. E é certo que eles não ficaram mal impressionados pela escassa iluminação de Natal, vão voltar para as corridas, encherão as bancadas, porque eles até enchem as bancadas nos rallies em Montalegre. Vão e vêm, tem dinheiro para isso, um dia pode ser que comprem casa de férias por cá, quem sabe.

Por último, o Circuito atrai pessoas com poder de compra, com grandes carros, que apreciam casinos e diversão, o evento vai gerar um enorme retorno... numa qualquer cidade cosmopolita que ofereça essas mais valias, quem sabe uma Cidade Espanhola.
--
Cristina Santos

De: Pedro Lessa - "Resposta ao Pedro Aroso"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 14:27

Estimado Pedro Aroso

É sempre um prazer conversar consigo (apesar da distância online), mas permita-me então, tentar explicar o meu ponto de vista.

Sempre fui crítico dos ditos calhambeques (força de expressão, claro), não pelo evento em si, aliás aprecio o desporto, mas por todas as circunstâncias em torno dele. Como sabe, eu sou um fervoroso adepto da mudança, tenho para mim que uma cidade deve estar em constante mutação e a fervilhar de actividade, demonstrando assim animação e plena vitalidade. Uma cidade nunca se pode considerar perfeita e funcional, a todos os níveis, e por isso deve estar sempre em evolução. Dou sempre o exemplo de Barcelona, tinham a cidade que tinham antes dos Jogos e mesmo assim decidiram que era preciso aproveitar o evento para a melhorar.

O evento dos Grandes Prémios serviu precisamente para isso, para tentar melhorar aquela zona. O que eu não posso concordar é que, com tantas necessidades existentes na nossa cidade, se opte por este tipo de investimento. A cidade está obsoleta em termos de funcionamento, é necessário fazer tanta coisa que já devia estar feita há décadas e andamos a brincar aos carrinhos. Com um presidente que se arvora a dizer que as suas preocupações são o social, o corte de subsídios para os poucos (como ele diz) que gostam de teatro não sejam pagos por todos nós, etc etc, não consigo entender a incoerência numa situação perfeitamente supérflua. Seria interessante sabermos quantos de todos nós que pagamos (como ele diz) estaremos interessados nesta atribuição de subsídios (eventualmente a percentagem será bem menor comparada com o teatro).

Bem sei que me pode dizer que o investimento não foi da Câmara mas da Metro (isto, ainda por confirmar), mas eu gostaria de ver a aplicação que o presidente da câmara teve para conseguir esta borla noutras necessidades urgentes da cidade.

Eu que vivo na Baixa, trabalho no Centro Histórico e percorro-o pelo seu interior a pé todos os dias choca-me ver a miséria, o abandono, a sujidade, a insegurança típicas de 3º mundo que muita gente teima em esquecer e a esconder e no entanto gastam-se milhões supostamente em actividades que (como ele diz) vão pôr o Porto na boca do mundo e irão atrair o turismo. Para quê, para virem ver a miséria que por aqui grassa? Recebo-os aqui todos os dias e percebo o ar incrédulo quando olham à sua volta. A isto chamo completo novo-riquismo. Puro e simples. De facto já não há paciência para os discursos bacocos desta Câmara e seus seguidores.

Sempre a considerá-lo, envio-lhe um abraço.
Pedro Santos Lessa.
pedrolessa@a2mais.com

P.S. - Quem ouve o discurso do presidente da Câmara percebe que, quanto ao Parque, o Ambiente será para preservar sempre, o que posso concordar, e custa-me, portanto, abrir uma excepção num fim de semana de 2 em 2 anos. Quanto às pessoas que lá vão, convido-o a, antes de ir para a bancada, passar pela envolvente para ouvir os comentários das pessoas. A mim aconteceu-me e portanto sei bem o que ouvi.

De: Pedro Aroso - "Amigos Rivoltosos"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 14:21

Caro David Afonso:

Perguntas-me se eu não acho "desconcertante que a mesma autarquia que se entretém a cortar nos subsídios à produção cultural, se arme ao mesmo tempo em promotora de espectáculos automobilísticos? Vá lá, sejamos honestos, isto não lhe parece tudo-nada inconsequente?!". Pois bem, eu não queria ser brejeiro, mas apetece-me responder-te com uma expressão bem popular: e o que é que o cú tem a ver com as calças? Se dúvidas existissem acerca do nível cultural dos teus amigos rivoltosos, os grafitties que tu mesmo divulgaste na "Baixa" não deixam margem para dúvidas. Para mim, não passam de um bando de parasitas que até aqui viviam à custa de dos subsídios de Câmara Municipal do Porto. E no toca à sua militância cultural e empenho na preservação do património arquitectónico, estamos conversados.

Pedro Aroso

De: David Afonso - "Grafitos"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-14 10:31

Palácio Conde Vizela   Grafitos

1. Pelas paredes do Porto têm aparecido grafitos alusivos ao movimento Rivolivre, contestando a privatização do Rivoli. Até aí tudo bem, até porque eu gosto de grafitos (só lamento a péssima qualidade de algumas imitações que por aí andam) e a causa é justa. No entanto, tudo tem um limite. Na foto temos um grafito (aliás, um stencil) que foi feito sobre uma parede do Palácio Conde Vizela projectado pelo arquitecto Marques da Silva, uma das maiores glórias do panteão da cultura portuense. Os meus amigos rivoltosos que me perdoem, mas para filistinismo militante já nos basta a Câmara. Vão lá limpar essa porcaria, s.f.f.

2. Só agora tive oportunidade de ver a entrevista do Dr. Rui Rio na RTP. Creio que houve por ali um grande equívoco: nem a "jornalista" fez perguntas e nem o Presidente da Câmara deu respostas. Àqueles que não gostaram do desempenho da "jornalista" devo observar que entrevistar um Presidente da Câmara do Porto tendo por médium o Dr. Rui Rio e o seu projecto pessoal (eu, eu, eu, eu,...) não deve ser uma tarefa fácil.

3. O Pedro Aroso tem todo o direito a gostar destas coisas de desporto automóvel e tal, mas cá entre nós: não acha desconcertante que a mesma autarquia que se entretém a cortar nos subsídios à produção cultural, se arme ao mesmo tempo em promotora de espectáculos automobilísticos? Vá lá, sejamos honestos, isto não lhe parece tudo-nada inconsequente?!

David Afonso
attalaia@gmail.com

De: Pedro Aroso - "Resposta ao Pedro Lessa"

Submetido por taf em Quarta, 2006-12-13 21:44

Caro Pedro Lessa

Sendo tu um rapaz inteligente, aquilo que escreveste nem parece teu. Vou reproduzir:
"… não vejo como uma boa notícia o novo grande prémio, por variadas razões, como por exemplo o que diz Tiago Oliveira. É surreal como uma câmara que ferozmente se apresenta contra a construção no Parque da Cidade, o coloca em estado de sítio daquela maneira, totalmente cercado. Esquece-se completamente quem vive na zona e quem usa o parque diariamente e todos os fins de semana".

  • 1. À excepção do Rui Moreira, não me lembro de ter ouvido mais nenhum morador da zona da Boavista protestar contra o Grande Prémio. E o mais engraçado é que encontrei lá quase todos os "críticos" que vivem noutras zonas da cidade, a assistirem às corridas.
  • 2. Em relação às pessoas que utilizam o parque "diariamente e todos os fins-de-semana", será que não podem abdicar dele durante um fim-de-semana, de dois em dois anos?
  • 3. Uma das críticas mais vezes repetidas pelo Xano Burmester (e outros) residia no facto daquilo ser uma corrida de "calhambeques". Confesso que não me importava nada de possuir um daqueles calhambeques, cujo valor atinge as centenas de milhares de contos. Mas, afinal, parece que a questão não tem a ver com a idade dos carros, mas sim com o facto de certas pessoas não gostarem de corridas de automóveis, quer sejam antigos ou actuais. Eu também não gosto de futebol e, no entanto, sou obrigado a gramar telejornais em que não se fala de outra coisa. E a condicionar os meus percursos quando há jogos nas Antas ou no Boavista. Também não sinto qualquer atracção por corridas de atletismo e, volta e meia, não posso sair de casa por causa das "maratonas". Poderia dar mais exemplos, mas estes são suficientes. Aceito isto com naturalidade, porque a cidade não é de ninguém e é de todos. Agora não me venham com discursos bacocos, porque não há paciência.

Pedro Aroso

PS: Mesmo com um Grande Prémio todos os anos, eu suportava perfeitamente o sacrifício de viver em Monte Carlo…

De: Francisco Oliveira - "A propósito do que escreve José Silva"

Submetido por taf em Quarta, 2006-12-13 21:38

Fiquei deveras aturdido com as ideias expressas por José Silva nos seguintes dois pontos:

  • - a linha da Póvoa deveria ser comboio suburbano até Viana e não Metro havendo já uma ligação de comboio suburbano de Viana do Castelo e até de Braga para Porto? Sabe quantas horas se gastam de Viana ao Porto de comboio suburbano? E também vamos (eu não acredito) ter TGV.
  • - a ligação do Metro para Campanhã deveria ser pelo túnel de S. Bento. E onde seriam feitas as estações intermédias? E como seria feita a ligação para Gaia?

Saudações,
Francisco Oliveira

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