2006-11-05
Para os mais distraídos, GÜELL, em Barcelona, foi importantíssimo para a projecção de Gaudí no plano internacional, mesmo em termos de arquitectura de índole religiosa. Sem GÜELL, e sem MILÀ – no caso da La Pedrera, GAUDÍ não teria tido a oportunidade de sequer de aplicar as suas teorias de reversão da gravidade no desenho das abóbadas, quanto mais ter construído tudo quanto construiu. Ou seja, GÜELL foi o mecenas que queria pôr Barcelona no Mapa. Ele e uns outros tantos que, com muito dinheiro, mas muito dinheiro mesmo, quiseram a seu tempo fazer o contrabalanço a Madrid. A pujança industrial catalã permitiu a visão. E a verdade é que o conseguiram. Hoje, Barcelona, no âmbito cultural e económico europeu é mais importante que Madrid. O restaurante de FERRAN ADRIÁ é considerado o melhor atelier de cozinha do mundo… E não podemos esquecer ILDEFONSO CERDÁ, engenheiro por sinal, o homem que lançou as bases do ordenamento da cidade que permitiu o que ela é hoje.
Bem sei que a nossa dimensão é ridiculamente não comparável. Mas, ou não temos mecenas, ou então, de facto, são todos uns tesos. Aqui, até a associação empresarial andou a mendigar terrenos e apoios… Em Lisboa, um outro teso parece que não teve dinheiro para construir o seu próprio museu. O último que não era teso, foi CALOUSTE GULBENKIAN. Pelos vistos, tudo o resto são uma cambada de tesos a tentar disfarçar que não o são…
Mas então V. Exas. perguntam – e você? Eu sou um teso, mas assumo. A minha contribuição poderá apenas ajudar a bem aplicar o dinheiro desse mecenas.
Ao Presidente da Câmara caberia, pois já sabemos que é outro teso, pelo menos relançar as bases equivalentes. Eu é que ainda não percebi se, para além de teso, tem medo… E com medo não se vai lá…
Estimo serem necessários MIL MILHÕES DE EUROS! Quem vem comigo para a rua à procura do Nosso EUSEBI DE GÜELL?
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Nota de TAF: eu estou há vários anos a dizer o mesmo. Cá está portanto mais um na mesma luta. Contudo, não é preciso fazer tudo de repente. Eu já ficava contente com uns poucos milhõezitos de euros de cada vez, para investir com critério e ser capaz de gerir a actividade assim criada. ;-)
A inauguração da Casa Porto no Loop.
Antes de mais, estou de acordo com o último comentário do meu amigo Professor Rio Fernandes. As discussões são a parte menos interessante do blog. O resto, as ideias, interessam mais.
Quanto aos comentários da Senhora Doutora Laura Viegas:
Não sou oposição a nada nem a ninguém. Não tenho esse estatuto, nem esse mandato. Quando escrevo sobre o Porto, abordo os temas que me são caros e assuntos em que creio poder dar um contributo mais ou menos modesto, conforme perceba menos ou mais dos temas. Ao fim e ao cabo, escrevo no jornal Público a título pessoal, como os meus amigos escrevem no blog, e o que escrevo é sincero, apaixonado às vezes, mas totalmente independente e livre.
Ainda há dias dei uma entrevista ao Porto Canal em que falei da cidade e da Área Metropolitana, mas não é minha intenção estar sempre na berlinda, nem quero de facto que se julgue que há problemas pessoais ou institucionais com seja quem for. O que lhe disse, e recordo de me ter abordado, é que às vezes a cidade é estranha: emitimos a nossa opinião e em vez de suscitarmos o debate, acabamos por ser acusados de estar aliados a este ou aquele, ou o que é bem pior, de estarmos a fazer guerrilhas ou vendettas pessoais. Talvez seja um sinal da doença que assola a nossa sociedade portuense, que se tornou mais ríspida e intolerante.
Também tenho uma intervenção cívica como Presidente da ACP. Nessas circunstâncias sim, estou mandatado pelos associados, e procuro fazê-lo em matérias que têm a ver com os nossos estatutos: "contribuir para a prosperidade e ilustração" dos portuenses. O que é suficientemente abrangente para poder tecer considerações sobre muitos assuntos da cidade. Quando são matérias importantes, a direcção (de que fazem parte pessoas como o Professor Alberto de Castro, o Dr. António Lobo Xavier e o Dr. Paulo Rangel - e cito estes 3 só para que se perceba que temos muita diversidade de pontos de vista) avalia a questão e, se julgar oportuno, toma uma Posição Pública, como fez sobre o Plano de Pormenor das Antas, por exemplo, e como tem feito como é sua tradição sobre o tema das infra-estruturas. Nesse caso, tratam-se de posições oficiais da nossa Associação.
Só tenho a dizer o seguinte: sem oposição, sem aparecer alguém que possa superiorizar Rui Rio, então não valem a pena as nossas críticas nem os nossos esforços. Se nas próximas eleições tiver que votar em alguém só para votar contra Rui Rio, então não o farei. É só isso, e para todos os que dizem que falo mais de quem não está no poder que de quem tem o poder na mão, só tenho a dizer que gostava de ter opção, só por isso abordo o assunto.
Não sou de esquerda nem sou de direita, não sou PS nem PSD, sou ou tento ser pelo bem comum. Entendo que só existe esquerda e direita porque os partidos têm a necessidade de criar a «oposição», porque isso traz debate, se não houver discordância reduz-se para 50% o número de tachos políticos. Por isso muitos tentam defender o seu partido mesmo quando o partido está errado...
Tenho por certo que daqui a 30 anos não haverá partidos, haverá pessoas que trabalham para o bem comum, pelo menos espero que a minha geração deixe isso à próxima. A entrevista de Pedro Duarte é um reflexo disso mesmo, da nova geração, espero poder abordar esse assunto no fim de semana. (Por vezes diz-se que não se sabe de que lado está José Socrates. Pois, sabem, é a nova geração).
Não gosto desta Democracia que transforma qualquer Homem num ser inimputável durante 4 anos, não acredito nisso, e não acreditando nisso tenho que exigir opção, não o confronto, não a crítica, a opção – a alternativa.
Um abraço a todos
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Cristina Santos
- Câmara do Porto cancela audiência com Art'Imagem - Cada vez melhor... Nem sequer uma explicação.
- Para a história...
Meus caros
Confesso que na nossa Baixa do Porto prefiro os comentários aos diálogos que me parecem sair sempre prejudicados pela falta do contacto cara-a-cara e pela necessidade de uma mais longa explicitação das razões e contínua troca de leituras parciais ou mesmo incorrectas do que os outros dizem. Mas… cá estou eu a tentar esclarecer melhor as minhas posições. Sobretudo para que não se faça o exercício de perceber-se, no que eu digo, o que eu não quero dizer: que a política se faz por dinheiro! O que eu pretendo dizer é, apenas, que não é fácil a vida da oposição – parece-vos assim tão mais criticável a oposição no Porto que em Gaia, Matosinhos ou Maia, ou de resto em qualquer outro município? – especialmente no Porto e com Rui Rio. E que Francisco Assis, Manuel Pizarro, Palmira Macedo e Van Haffe Perez (como Rui Sá) serão até alguns ou todos, mais conhecidos que os vereadores da maioria, o que já é sinal de alguma coisa.
Quando aos muitos socialistas capazes, de acordo, felizmente há-os por aí. E muitos outros que não são socialistas, como é o caso de dois que acabei de nomear entre os eleitos para a CMPorto pelo PS.
Por aqui me fico. E mais não direi. Até para não ajudar mais o “todo-poderoso”, por certo satisfeito ao se colocar o debate onde a responsabilidade pela cidade que temos é a menor. Faltava agora que o desempenho da oposição justificasse a anemia da “posição”! Termino, registando com agrado que não houve quem encontrasse qualquer justificação para a atitude do presidente ao marcar com apenas 48 horas de antecedência para uma 4ª feira de debate na Assembleia da República do Orçamento, uma reunião pedida pelo PS há muitos meses. E era isso que estava em causa! E que se nota a diminuição do número e do ânimo dos que o defendem de críticas como as que eu lhe fiz e à sua equipa. E sei bem que não foram leves!
Cumprimentos, Rio Fernandes
Há muito que não escrevia para o blog, mas continuo a ler atentamente tudo o que se escreve e a ver as fotos tão bonitas que o Tiago escolhe. Por vezes, não compreendo algumas coisas mas é sempre interessante. E a Internet, para mim que dobrei os 70, é uma descoberta maravilhosa e baratíssima, apesar de receber alguns emails que me convidam para sites eróticos e coisas assim... Hoje resolvi escrever, porque tenho o Professor Rio Fernandes em boa conta, mas parece-me que a questão da oposição de que ele fala não existe.
Não sei se ganham mal ou bem. Sei que não existe uma oposição do PS. Parece-me que o PS ficou preso ou refém das suas culpas do passado. Parece-me também que tem medo de afrontar o Governo nas situações em que se devia colocar do lado da cidade e da região. O Professor diz que são mal pagos para isso, mas o Dr. Assis não é deputado europeu? E não ganha aí o suficiente para cobrir toda a sua actividade política?
Para mim, a verdadeira oposição está nos blogs, na Associação Comercial, e também na cultura, na arte e no desporto. Tem caras:
O Pedro Abrunhosa, o Rui Moreira, por exemplo. Nenhum deles, que me conste, ganha dinheiro na política. Por mim, Professor, se o problema é dinheiro, diga-nos que fazemos uma acção de angariação de fundos. Como não pago a dízima à Igreja Universal, estarei capaz de pagar para que o PS seja oposição. Não porque goste do PS, francamente. Já votei no seu partido, mas continuo (é velhice..) a ser "sácarneirista". Pago, porque é preciso um contraponto ao poder de Rui Rio. Não tenho nada contra ele. Nunca me fez mal, mas faz mal à cidade, ao fazer-se de vítima, ao combater os que inflamam a sua mania da perseguição.
Já agora que falo no Rui Moreira, e como creio que ele lê este blog, uma mensagem para ele também. Rui Moreira, (desculpe não o doutorar mas fui sua professora) as suas crónicas no Público são cada vez melhores, mas você calou-se. Porquê? Cansou-se? Passou-se para o futebol? Fartou-se das críticas dos que acham que você tem excesso de protagonismo ou de ambição? Irritou-se com os que lhe chamaram peripatético? A última vez que o encontrei (no teatro, lembra-se?) você disse-me uma coisa que eu percebi, que havia quem pensasse e que o acusasse de personalizar as coisas, de ter uma guerrilha privada com o Dr. Rio. Foi por isso que se calou ou anda a preparar alguma?
Uma palavra para o Alexandre Burmester. Estou totalmente de acordo consigo, como sempre. Os políticos não podem esperar a compensação imediata do seu trabalho, devem fazê-lo acima de tudo por convicção. Se não a têm, então que procurem outro emprego. Ainda por cima, e isso você não quis dizer por educação, a verdade é que quase todos acabam bem na vida.
Este blog é público. Quem faz o blog é quem para cá escreve. Quem não escreve é porque não quer. O conteúdo não é filtrado em função da opinião que exprime ou de quem a exprime. São raríssimos os casos de posts recusados. E, quando foram recusados, foi por serem insultuosos, completamente fora do tema, ou apenas simples repetições do que a mesma pessoa já tinha antes escrito. Nesses casos justifico sempre a recusa perante o autor. O critério é meu, como é evidente.
PS: Este meu comentário não está relacionado com estes posts mais recentes.
Caro Rio Fernandes
Do seu texto de explicação sobre a atitude da Oposição Socialista na Câmara, conclui-se:
- 1. Fazer oposição não compensa porque o valor pago de 76€ (o que não deixa de ser ridículo), não merece a disponibilidade de tempo;
- 2. Fazer oposição também não compensa, porque apenas se podem pronunciar de 15 em 15 dias, ou de mês a mês, e em sede de Executivo que ninguém vos ouve;
- 3. Finalmente conclui que no sistema português a Oposição (e nisso é igual a Assembleia da República, e aqui no caso com as posições invertidas dos Partidos), muito pouco ou nada se pode fazer.
Deixe-me tirar também algumas conclusões, sem por isso querer afrontá-lo porque não é essa a minha intenção:
- 1. A Política não se faz por razões económicas. Um Político serve antes de tudo uma comunidade, e não deve nem ser servil nem dela se servir. Daí deve haver uma falha na atitude da Oposição, e ninguém os obriga a candidatar-se;
- 2. Se a Oposição se restringe à possibilidade de poder se pronunciar numa agenda que não controla, há aí mais uma grave falha. Limita-se a seguir uma agenda e a não provocar nenhuma. Saberá melhor do que eu que os factos políticos criam-se e é nisso que assentam as verdadeiras Oposições;
- 3. Desculpar-se pela atitude ditatorial de quem tem o poder não dar lugar à Oposição, é apenas aceitar a incapacidade de poder propor, apresentar ideias, apontar erros, ter falta de capacidade de comunicação, e de uma forma geral denota é falta de imaginação. (Ainda mais como diz o Rui Rio afunda-se sozinho.)
Fazem mais oposição, sem serem mandatados para tal, e por menos de 76€, nós todos que por aqui vamos dando e formando alguma opinião.
Alexandre Burmester
A resposta de Rio Fernandes valeu o esforço, a leveza e amabilidade (para com o seu partido) mas, se a analisarmos, reparamos que Rio Fernandes apesar de tudo não nos apontou qualquer iniciativa por parte do PS, justifica-nos a inacção com a falta de remuneração.
Pois para isso tenho uma solução fácil, que Dr. Assis ceda o lugar a alguém socialista do Porto, que não precisa de muito tempo para se inteirar da problemática, uma vez que reside por cá, confronta-se diariamente com os problemas da cidade e ir a uma assembleia ao início na noite não é assim tão custoso. O que são 76€ comparados ao seu vencimento normal? O Dr. Assis pode bem abdicar deles, ou será que o Dr. Assis recebe também do seu partido para exercer este cargo e por isso mesmo não o abandona apesar de só lhe acarretar problemas? Quer dizer não pode estar presente, mas quer reservar o seu lugar à nossa custa?!
Quem tudo quer tudo perde, será difícil apagar esta imagem de Assis cadáver. Quanto recebem os cidadãos que vão às Assembleias?! Recebem más respostas.
Quando Assis se candidatou deveria ter a noção de quanto receberia e os problemas que poderia enfrentar, mas como me fartei de dizer Assis chegou cá e pediu o livro de apontamentos a um PS Porto acabrunhado, tímido, derrotado, triste e quase inoperacional. Assis em vez de vir dar força, levantar o PS, veio dizer-lhes que não pode fazer nada devido ao seu cargo importantíssimo em Bruxelas.
Dr. Rio Fernandes, não nos fale em dinheiro que estraga a filosofia política, o povo quer continuar a acreditar que ainda se faz política em nome da Pátria e não em nome do Euro.
Quanto ao dia das reuniões faz-me lembrar os dias de greve também são sempre à segunda ou a sexta, de resto nos outros concelhos não temos um líder de oposição nestas circunstâncias.
Diz na sua resposta que tanto dá como deu que o Rui Rio bloqueia qualquer acção, mas será que isso não demonstra que está a cumprir o papel dele? Quem não está a cumprir é a oposição, é obvio que cabe a Rui Rio descredibilizar, acho normal, o que não acho normal é que o PS desista.
Dr. Rio Fernandes vamos ser realistas, há socialistas cá no Norte que podem e conseguem fazer muito melhor, gente residente, gente efectiva que percorre as ruas, que vai ao café, que se socializa com as pretensões do povo.
Desculpe este jeito de tripeiro, esta resposta assim sentida e mal pensada, mas muito sinceramente acho que 76€ mesmo assim é muito dinheiro, estar presente, ir estudando os processos, as propostas é um investimento, um investimento na profissão que pretendem exercer. Não quero que isto sirva para da próxima evitar dialogar, só porque eu estou em desacordo, não, espero que sirva para lhe fazer notar que está aqui a falar connosco, que para falar connosco teve que ler e pensar e ninguém lhe paga por isso.
Política é isso, pelo menos um dia vai voltar a ser assim.
Respeitosos cumprimentos
Cristina Santos
Caro Rui Valente e demais companheiros da Baixa
Aceito o repto lançado para defender a oposição na CM do Porto, com muito gosto. Como militante é certo, mas com espírito livre de quem nunca se viu forçado a defender aquilo em que não acredita.
Para começar, no plano geral, convém lembrar que o que acontece em 99% dos casos das autarquias (será mesmo 100%?): quem tem a maioria distribui apenas entre si os pelouros, o que implica áreas de responsabilidade, verbas para gerir, funcionários para dirigir, eventuais assessores a contratar,… À oposição o que resta? Reuniões de 15 em 15 dias, quando não mesmo de mês a mês, como acontece em Gondomar, por exemplo. Pelo seu desempenho, recebe cada vereador da oposição uma “senha de presença” (creio que é de €76,00), o que não permite veleidades de confundir o cargo com o desempenho profissional.
No plano específico, do Porto, o que se passa? Passa-se que:
- - o Presidente “todo-poderoso” governa;
- - não se vêem, não se conhecem e não ousam ter uma opinião, os vereadores com pelouro;
- - o Presidente comunica pelo site oficial ou pelo sound-bite, sem admitir o debate;
- - quando debate com outros, ou estes lhe dão razão, ou não têm razão;
- - quando não têm razão e não se convencem, são teimosos, logo mal-intencionados e pretendem bloquear o que é mais justo, mais honesto e melhor para a cidade;
- - se a oposição não apresenta propostas, é porque não são construtivos;
- - se apresenta propostas, estas são irrealistas;
- - se quer e propõe discutir assuntos “difíceis” (como a erradicação dos arrumadores ou o Bairro do Leal), adia-se até mais não (creio que 6 meses) e depois, de repente, marca-se com 48 horas de antecedência para uma quarta-feira de discussão do Orçamento de Portugal na Assembleia da República, em vésperas do Congresso Nacional do PS.
Quanto ao mais, se Francisco de Assis é deputado europeu, Palmira Macedo docente universitária, ou Manuel Pizarro médico e deputado na Assembleia da República, que queriam? Que estivessem dedicados a tempo inteiro no hall de entrada da Câmara com o vencimento das senhas de presença?
E mais uma nota: sabiam que regra geral as reuniões de Câmara são às segundas (ou sextas); sabiam que são à segunda-feira em Gaia e Matosinhos por exemplo para facilitar o desempenho de deputados como Honório Novo e Ilda Figueiredo (CDU)? No Porto… adivinharam, a meio da semana: a uma terça! Mesmo assim, sabem quantas vezes faltou o Dr. Assis? Sete, ou seja o mesmo número que um dos desconhecidos vereadores da maioria, de cujo nome me informei: Fernando Almeida.
Felizmente, fazer oposição, sobretudo em Portugal, vai muito além de criticar e propor em sede de Executivo (reuniões de Câmara Municipal). Fazer oposição e criar alternativa passa por reclamar, manifestar, discutir. Mas, mais importante do que tudo, no caso em concreto do Porto, o mais importante para a oposição é ver Rui Rio agir: no que faz e mais ainda talvez na forma como o faz! Penso que bastará isso para que da próxima poucos se enganem de novo. A menos que ele vá enganar outros e a nós todos, portugueses, à frente do PSD a partir da oposição: por certo diria cobras e lagartos de uma pretensa falta de diálogo do governo!
Rio Fernandes
Tenho sido aqui, e em toda a parte, um dos mais coerentes críticos da gestão de Rui Rio na C.M.Porto. Por isso e se calhar por não estar preso a qualquer tipo de atenções pessoais ou profissionais relativamente à autarquia e ao respectivo presidente, fui sempre fiel às minhas convicções nessa matéria, baseando-as em análises simples e intuitivas como de resto faz a maioria dos eleitores. Raramente entrei pelos caminhos tortuosos da apresentação de soluções porque não é essa a minha função. O que sempre achei foi que Rui Rio não tinha perfil para o cargo e destaquei que a tão disseminada seriedade, embora importante, não bastava para o bom desempenho do cargo.
Rui Rio não tem a mínima capacidade para "negociar" conflitos, antes os promove e agudiza. Depois, continuo a pensar - como sempre pensei - que o seu objectivo principal é alcançar a Direcção Nacional do PSD, o que acredito que consiga, tendo em conta a simpatia garantida do eleitorado lisboeta e o actual "alvo a abater" chamado Marques Mendes que mais não é do que isso mesmo. A política também vive destas dignas estratégias e destas figuras políticas...
Em entrevista dada ao JN de hoje, Pedro Duarte, líder da concelhia do PSD, põe o dedo na ferida com louvável frontalidade. Entre outras coisas diz em relação ao autarca: "contudo, o clima geral de hostilidade que se sente na cidade era absolutamente dispensável", "sou contra o corte dos subsídios pecuniários para a cultura. Não concordo com o corte prévio sem conhecermos os projectos."
Mas... o que faz a oposição? Como qualificar a não comparência dos vereadores do PS à reunião por si solicitada sobre o "Porto Feliz"? O que terá a dizer sobre este assunto o nosso companheiro de route de "A Baixa" e socialista Rio Fernandes? Aprova esta atitude? Gostava de saber a sua opinião.
Se é certo que Rui Rio não serve ao Porto, não é menos certo que Francisco Assis também não.
Estamos fritos.
Rui Valente
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Nota de TAF: hoje não tive tempo de fazer a revista de imprensa, mas aqui fica uma sugestão de TeoDias - Queixa contra Rui Rio arquivada, assunto igualmente referido no site da CMP. Existe lá também um comentário à entrevista de Pedro Duarte.
- PS não apareceu na reunião que pediu sobre o Porto Feliz
A acumulação de cargos do Dr. Francisco Assis levanta-me algumas dúvidas, será que o cargo de vereador é pago em regime de part-time? Depois gostava de um dia ouvir Palmira Macedo falar acerca das diferenças do exercício político entre os concelhos do Porto e Matosinhos, estou em crer que nunca se viu em tal balda.
Por último, se fizermos uma pesquisa sobre as nossas opiniões nas autárquicas, constatamos que não estávamos muito enganados, tínhamos uma clara percepção dos candidatos, só não tínhamos opção. Rui Rio continua a marcar pontos com os auto-golos da oposição.
Para quando um partido independente?
Viva
Acompanho desde o início este site. Aproveito para dar os parabéns a todos os que têm contribuído para a discussão dos aspectos positivos e negativos da Baixa do Porto.
Serve o mail para divulgar mais uma iniciativa de dinamização da Baixa do Porto, neste caso, a abertura da loja "446", na Rua do Almada.
Uma invasão de uma antiga loja de ferragens por vários artistas e designers. Um espaço onde é possível encontrar obras em: bijuteria - fotografia - arts&crafts - mantas - t-shirts - desenhos e gravuras - litografias - aventais - telas - cerâmica - azulejos e muito mais!...
A "446" está aberta a partir desta quinta-feira, dia 9 de Novembro. O horário da loja é das 15:30 às 20h de quinta a domingo e aos sábados das 10h às 20h. Quem pretende marcar a diferença nos presentes natalícios não pode deixar de passar no n.º 446 da Rua do Almada.
Naturalmente sou parte interessada neste projecto, e apesar do elogio em causa própria, trata-se de mais um bom exemplo de como a vontade, criatividade, espírito de equipa, esforço e dedicação de um grupo de pessoas consegue trazer "vida" à Baixa do Porto.
Rui Guerra Marques
No início da subida da Rua 31 de Janeiro, no Porto, que recentemente foi brindada com algumas obras, e na sequência de anteriores disparates em zonas próximas, encontrei o "remate" de uma guia de granito de que junto uma fotografia! Sem comentários!
Manuel Magalhães, arqtº.
http://mmagalhaes.com
Recantos
Já diversas vezes vi abordados neste blog exemplos de total abandono de jardins, recantos e canteiros principalmente após uma qualquer intervenção urbanística. Como utilizo diversas vezes comboio em Campanhã, tenho reparado nos espaços a ajardinar que restaram do melhoramento pedonal e rodoviário realizado (terminado?) já lá vão uns meses. Ou seja, a nova rotunda que surgiu ao fundo da Rua Pinto Bessa e os canteiros localizados na proximidade da entrada da estação, estão em terra plena de ervas e lixo, sem que a situação seja resolvida. Num local de circulação de milhares de utilizadores do metro e do comboio e autocarros, de chegada e partida de turistas, é este o paradigma de uma cidade tradicionalmente com bons jardineiros... A culpa é da CMPorto ou da Refer? Será do Metro? Seria bom decidirem quem pode finalmente mudar a situação.
Abraço
José Miguel Neves
Na sequência do meu post de ontem, venho enviar cópia do verso e reverso de um desdobrável editado por esta Congregação em que se pode confirmar o NIB.
Aproveito para acrescentar pontos importantes:
- 1) A actual superiora é a irmã Nieves del Divino Corazón, de nome civil Benita Perez.
- 2) As ofertas que se façam para esta obra poderão ser deduzidas no IRS. Qualquer recibo será assinado com o nome civil.
- 3) A visita a esta obra é recomendável quanto mais não seja para se tomar consciência da importância da sua continuidade na nossa cidade.
Rui Cunha
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Nota de TAF: a prudência que recomendei tem a ver com a ausência de autenticação do mail, ou seja, em teoria esta mensagem que me chegou assinada por Rui Cunha poderia ter sido escrita por qualquer outra pessoa. É que é trivial falsificar o remetente, a menos que se usem ferramentas de autenticação que não estão ainda difundidas de modo generalizado. E, neste caso, também o próprio desdobrável poderia ter sido alterado. O Photoshop faz milagres... ;-)
Talvez seja excesso de cautela da minha parte, mas ao menos as pessoas ficam alertadas para este tipo de perigos, que podem ocorrer noutras situações e noutros sites.
É o que vamos pagar pela OTA e os TGV´s. Para que este Executivo, e o seu Ministro dos “Empreiteiros Públicos”, faça de conta que o investimento é uma realidade, avizinham-se tempos “fartos”. Das estimativas de custo que nos querem fazer crer, já sabemos que a terceira travessia do Tejo custará pelo menos o dobro. E ainda a procissão vai no Adro.
Afinal qual é o problema de pagar uns pequenos subsídios a umas senhoras que se entretêm a chefiar as instituições ditas culturais, quando os milhões vão para outros valores que mais alto se levantam?
O Rio até levava um certo jeito para fazer de Jardim, de que espera?
Alexandre Burmester
Infelizmente por uns pagam todos, e a verdade é que o País em muitas das suas actividades vive do subsídio na dependência do Estado. A Cultura até chega a parecer-se com a Agricultura, só que enquanto no primeiro caso o emagrecendo é uma constante, no segundo o engrandecimento é uma consequência da falta do primeiro. (É um trocadilho :-) )
Diria até que em boa parte o Rui Rio tem razão, embora não no todo, e menos pela forma como actua e fala. (Quando será que o Presidente percebe que quando está calado faz melhor figura?)
E já agora também estou de acordo que estenda o raciocínio de corte do subsídio aos seus quietos e “desconhecidos” Vereadores, à “acesa” Oposição, aos “eficientes” Assessores, e demais subsídio-dependentes que pululam e povoam a nossa farta e cada vez maior contribuição.
(A propósito não se esqueça do corte nesse evento “cultural” denominado “Grande Prémio do Porto”)
Alexandre Burmester
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