2013-05-19
Caro Tiago, concordo contigo que o “choramingar público” da Câmara é outra palhaçada, como o de recorrer aos sempre mesmos notáveis e aos abaixo assinados, outra palhaçada.
Tal como disse, a SRU desde os seus estatutos iniciais mudou e mudou para pior. No fundo transformou-se pela via da baixa política, em mais um “instrumento administrativo” que ainda por cima deixou de ser local. Contudo, a Sociedade de Renovação Urbana encerra ainda os instrumentos legais que permitem uma acção de reabilitação. Passar tudo isto a uma nova entidade, seja mais uma igual ou parecida como outras que já existiram antes, seja pela contínua necessidade que tem a nossa administração pública de estar sempre a mudar os nomes e a fazer de conta que é coisa nova, seria mais uma palhaçada. Também não estou de acordo com a tua sugestão de a inserir na nova Freguesia. Para isso ou se mudavam os poderes e as estruturas das freguesias, ou apenas seria mais outra palhaçada.
A SRU é que devia ser renovada. E devia ser "à Porto”, nem é preciso “comprar” mas sim tomar, o Estado que fosse lá mandar (se manda em alguma coisa, apenas atrapalha) para o raio que o parta, que não precisamos dele aqui. Mais “tomates” e menos “palhaços”.
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Nota de TAF: "ou se mudavam os poderes e as estruturas das freguesias" - É isso. :-)
- Mais de 100 personalidades contra o “boicote” do Governo à SRU
Caro Alexandre, compreendo os teus argumentos, mas acho que este choramingar público das 100 personalidades ainda é pior... Aliás, estou certo de que lhes seria possível, mesmo a nivel particular, angariar financiamento mais que suficiente para cobrir a dívida da SRU! Por que não se propõem comprar a Porto Vivo?
A CMP devia era assumir a totalidade do capital e da dívida da Porto Vivo. Isso sim era gestão séria e corajosa, à Porto. Entretanto, tentaria junto da Administração Central e junto de Bruxelas encontrar formas de minimizar o impacto nas contas municipais. Já propus publicamente uma via de solução para a SRU. Afinal a dívida, sendo vultuosa, é ridícula face à dimensão do orçamento anual da Câmara. Esta história está é muito mal contada.
PS:
"Os subscritores da carta, que responderam prontamente à iniciativa de Rui Rio, são figuras muito diversificadas, com percursos diferentes e de todas as áreas políticas. O bispo do Porto e futuro patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, todos os reitores da Universidade do Porto vivos, directores de faculdades, cientistas, investigadores, empresários, banqueiros e ex-ministros que participaram nos governos de Sá Carneiro, Mota Pinto, Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e José Sócrates assinaram a carta. Alberto Amaral, ex-reitor da Universidade do Porto, é o primeiro subscritor. Alberto de Castro, Alberto Martins, Amândio de Azevedo, Américo Amorim, Pires Veloso, Arlindo Cunha, Aureleano Veloso, Artur Santos Silva, Álvaro Castello-Branco, Belmiro de Azevedo, Fernando Gomes, Manuel Ferreira de Oliveira, Sobrinho Simões, Odeto Patrício, Ricardo Fonseca são outras personalidades que aderiram. Mas a carta também é subscrita por figuras do PSD como Silva Peneda, Miguel Cadilhe, Miguel Veiga e Valente de Oliveira. Também os empresários António Mota (Mota-Engil) e Ludgero Marques, a cientista Maria de Sousa e os padres Jardim e Lino Maia estão ao lado de Rui Rio." - no Público
Esta gente toda não quer investir no Porto? Portugal dos Pequeninos...
Fui um dos que quando o Partido Socialista no Porto andou, como sempre faz qualquer partido quando na oposição, para os lados e para trás e não aprovava a criação da SRU, que criticou e que fez coro para que lhe fosse dada luz verde. Infelizmente a SRU tinha objectivos e formas de agir que rapidamente a tropa do poder político fez com que andasse também para os lados e para trás. Contudo, mesmo com as criticas que se possam fazer e muitas são justas, tem tido um papel activo e positivo na reabilitação urbana do centro histórico. Também infelizmente é a única entidade que lida com o problema.
Falar sobre a necessidade de reabilitação urbana, ou apontar as suas vantagens do ponto de vista económico e urbano, tem tantas razões e motivos que nem vale a pena estar a elencar. Sendo portanto uma necessidade importante e urgente, com a qual todos concordam, não percebo e não entendo, se calhar alguém um dia vai me explicar, porque razão o governo pela entidade do IRH não cumpre o que lhe é devido e não paga o que deve. Ao contrário até parece que anda a gozar, porque a sua atitude não se explica pela austeridade económica, uma vez que o valor é baixo e também não acredito que seja por incompetência, já que o problema é claro, objectivo e simples.
Se calhar explica-se pelo nome que recebeu recentemente o nosso P.R. – Palhaços.
"Por exemplo, seria muito bom que o Porto de Leixões e a Galiza estivessem ligados por ferrovia de bitola europeia - mais do que o canto da sereia de curto prazo com que o ministro Álvaro acenou ao 'Norte': o da ligação Porto-Vigo mais rápida, como foi manchete deste jornal ainda há dias." - Daniel Deusdado
Os lucros do porto de Leixões deveriam ficar na região para financiar os investimentos na rede ferroviária. 10 milhões de euros de lucros permitem obter um financiamento junto do BEI de 250 milhões de euros, permitindo terminar também as obras no Túnel do Marão. Com a fusão nacional dos portos, ir-se-á perder nos encargos gerais de gestão. Daí a importância de uma decisão política na Região Norte. O sistema de transportes deverá ter uma lógica regional, que os integre e complemente, e não nacional sem complementaridades. Este é um exemplo de medidas alternativas que se pedem, concretas, e que depois dizem que ninguém as dá. Só teremos melhores resultados se alterarmos os comportamentos e atitudes.
José Ferraz Alves
MPN - Movimento Pró-Partido Norte
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O Pedro Figueiredo leu mal a minha proposta... A "esquerda bloquista" queixa-se dos preconceitos alheios mas está ela própria cheia de preconceitos que a impedem até de ler com atenção o que é escrito por outros. ;-) O que eu na realidade proponho: "Imaginemos que se quer mobilizar 1000 pessoas que estejam actualmente desempregadas e/ou a receber o RSI, para serem pagas grande parte delas com o salário mínimo." (...) "salário, segurança social".
Trata-se de contratar pessoas. Salário, não RSI. Um emprego, não voluntariado. Usando recursos que já existem, em vez de defender a utilização de dinheiro que não temos.
Começo por referir que gosto muito de automóveis – dentro da m/ modéstia – e das respectivas corridas. Mas me parece que algum – ou nem por isso – bom senso deveria ter de haver nestes tempos tão mais difíceis e sem soluções perceptíveis, a serem protagonizadas por qualquer político de serviço neste País nas últimas duas décadas. Assim, volto a insistir – ciente do nulo efeito! – na total inoportunidade de se realizarem corridas de automóveis na cidade do Porto neste ano triste e sem esperança de 2013.
E para acrescer a tudo “isto” os incómodos causados ao comum dos cidadãos pela montagem diurna – tudo que seja obras nas vias públicas se faz de dia, quando pelo mesmo orçamento teria de ser feito de noite! - de tudo e mais alguma coisa que se relaciona com as ditas corridas! Se todos sabemos, constatamos e vivemos a VCI ao mínimo acidente a fazer paralisar o Porto inteiro – algo que ninguém quis ou soube querer resolver, nestas duas últimas décadas - ao tentar-se escapar a este desperdício de combustível e de tempo, a escapatória pela Circunvalação é um desastre. Pelas 18h15 de um qualquer dia de semana fica-se encravado por haver só uma via de circulação – entradas por baixo! - uma vez que a outra via fica ocupada com montagens das e para as corridas.
De facto o não respeito pelo cidadão dito normal é espantoso… e tão normal!
1 - Nazis são assim: “Queimam Livros / Apagam Arte”. E Rui Rio?: “Impede a Feira do Livro / Apaga murais artísticos desta beleza (o Artista HAZUL). Há diferenças? Quais, objectivamente, para além do contexto em si (não conta para os factos)?
2 - Mas é só isso que RR faz? Não. Na extrema direita também se praticam todo o género de crimes de Estado e racismo social (“Darwinismo social”): Demole-se habitação social (Aleixo / S. João de Deus) / Expulsam-se comunidades frágeis (arrumadores de carros) / Perseguem-se actividades tipicamente populares (comerciantes do Bolhão) / Dá-se aos ricos com desconto o que é de todos (Mercado do Bom Sucesso) / Persegue-se todas as formas de cultura (censura as companhias de teatro, os artistas plásticos / confisca o Rivoli / acaba com a Feira do Livro / acaba com murais artísticos e políticos) / destrói-se tudo o que é livre e diga respeito à comunidade feito de forma livre e autónoma (a Fontinha)… e por aí fora.
3 - Rui Rio, a mim, põe-me doente. Por causa do Bolhão interrompi um jejum de política que já vinha de 2001. Foi em 2007(?) para participar no Movimento pelo Bolhão. Depois dele, RR deu-nos cada vez mais motivos para continuar a contestar essa espécie de Pré-Troika em que se tornou o seu doentio consulado.
4 - Os Portuenses deram um dedo, RR ficou com a mão, depois deram o braço, RR ficou com os dois, depois(…) … etc, etc… Enfim, “boas pessoas” quando nada fazemos para travar a barbárie, tornamo-nos cúmplices desta… Agora, e enquanto Rui Rio marca passo para daqui a 5 (longos) meses saír da Câmara… ”boas pessoas” pensamos que ele vai ficar apenas a “marcar passo”… mas não. RR é RR e é igual a si mesmo. Vai apagar os murais do HAZUL, vai continuar a destruir objectivamente o Bolhão pela ausência de obras, vai continuar a demolir o Aleixo, vai continuar a ser Rui Rio. Até ao dia das eleições.
5 - È por estas e por outras que discordo da sugestão do TAF relativamente à formação de grupos de cidadãos (RSI e outros) para limparem e cuidarem do espaço público. Tal como neste caso (Nazi, não há outra palavra, lamento) em que grupos de pessoas estão a ser manipuladas para participar (“de forma cidadã”) na limpeza da comunidade… E esta limpeza toma contornos de autêntica “limpeza”. Do you know what I mean? É uma coisa um bocado á americana, “para limpar a comunidade”, voluntários “a fazer o bem” e que de certeza descambaria em limpadores como estes acríticos cidadãos manipulados colectivamente por RR.
6 - Para além de, na proposta do TAF, uma vez mais vir ao de cima a não-originalidade em o autor da proposta achar que pode dispor do tempo livre e das opções de vida de quem - por direito, não por privilégio - recebe o RSI. Coisas semelhantes: “Usar quem recebe o RSI como uma reserva de mão de obra barata para o que quer que a comunidade precise” já foram ditas por Mota Soares, Pizarro, Menezes e muitos mais, da direita à direita, passando pela direita.
7 - Por fim. Temos 5 meses para que este executivo “apanhe nas trombas”. Objectivamente nas trombas. Não há mais nada a fazer. Porque RR não vai parar. Lembram-se de Berlusconi?: também apanhou nas trombas com uma maquete "Il Duomo di Milano", e entretanto baixou a bola um bocado. É neste ponto que estamos.
Na sequência das palavras do Alexandre Burmester, deram-me a conhecer estas fotos. Nunca me esqueço da primeira inscrição numa parede de um WC reabilitado no piso principal da antiga FEUP na Rua dos Bragas, rezava assim em plena parede alva: "ESTA PAREDE ENCONTRA-SE EM SEGUNDA EDIÇÃO!"
Gerir a Street Art, seja em paredes urbanas, seja em comboios, tem de ter uma estratégia de válvula de escape para que a boa intervenção retire espaço aos maus writers.
Está entendido porque me irritei com os elogios, sem visão, dos nossos actuais responsáveis no Norte pelas 2h10 até Vigo. E alguns nem precisam de sair do Porto para também se deixar levar. Lamentável. Se fosse sobre a movida nocturna ou os loft dos amigos na Baixa que não servem para educar os filhos, ou o festival de marisco de Matosinhos, falavam.
Eu chamei a atenção. E a falta de dinheiro para a máquina a vapor no Douro? Substituída por uma diesel para pouparem? Em Lisboa, não poupam eles. O Porto-Vigo sem paragens foi para desviar os dinheiros para esta Lisboa-Madrid. E a CMP, as associações empresariais, o presidente do Eixo Atlântico aplaudem. Lamentável.
José Ferraz Alves
MPN - Movimento Pró-Partido Norte
Não posso deixar de comentar o estado de vergonha e abandono a que chegou este espaço nobre da nossa cidade, mostrando uma gestão camarária que, aqui, foi muito incapaz e insensível. Sobretudo, lamento a perspectiva como se coloca a questão do financiamento da sua reabilitação. Os vendedores não têm de pedir nada. Quem está em falta para com eles é a própria gestão camarária e, em última instância, os portuenses. Não falo do coração ou alma, mas mesmo de questões económicas e financeiras.
O Bolhão gerou as receitas suficientes para que as obras fossem feitas. Outros beneficiaram. O problema resulta das contas do Bolhão não aparecerem autonomizadas nas contas da Câmara. Um gestor que conheça a realidade da vida empresarial seria o que faria. As principais infra-estruturas municipais deveriam ter contas próprias. Depois, falaram em lógicas de centros comerciais. Mas a única que aqui interessava conhecer, quando se fala de centros comerciais, é a aplicação do seu modelo de gestão corrente - com um Director como Manuel Pizarro agora sugere - e de financiamento, adoptando o Project Finance, que o paga com as suas próprias receitas.
Falou-se em 20 milhões, com 14 milhões da venda de acções do Mercado Abastecedor, indemnizações a receber um dia em tribunal, e mais uns trocos. Isto é mesmo arcaico e livresco. 8 milhões de euros implicam uma renda mensal financeira de 55 mil euros (a 20 anos e taxa de juro de 4,5%) que dá um custo de 125 euros/mês por cada um dos 300 postos de venda e 250 para as lojas externas. A 30 anos, possível, seriam 40 mil euros, 100 euros por posto de venda e 200 em rendas de lojas. As rendas pagas pelos lojistas e arrendatários pagam, e pagavam, as obras, tivessem sido consideradas no âmbito do mercado e não afectas a outras necessidades.
Pedro Figueiredo e Miguel Barbot, cada um de sua maneira, ambos apontam situações dramáticas e tão verdadeiras que só não vê quem não quer ou quem faz por não ver. O Porto está a acabar-se! Cada dia, em cada rua, mais uma loja fecha. Mais uma casa fica desabitada, mais um andar fica vago. Na Baixa, na Rotunda, na Boavista na Foz na Areosa, onde quer que seja. Estamos com a cidade a entaipar-se, a acabar-se, a esvaziar-se. A abandalhar-se!
Quanto ao trânsito dentro da cidade é o vale tudo. E sem dúvida estacionar em cima de passeios, passadeiras, andar a dar gás em todo o lado. Não respeitar peões, não respeitar prioridades, nada respeitar. Vale tudo. Dá para pensar o que fazem as soberanias - lato sensu - desta cidade! Mandam? Organizam? Policiam? Fiscalizam? Incentivam, desincentivam?
Será que não percebem que estes duas situações a agravarem-se a cada dia que passa vão destruir o Porto? Para quê ser presidente – futuro! - de uma Câmara, se tudo o que na mesma existe é uma selva?