2011-03-27
- Souto Moura aconselha jovens arquitectos a emigrar
- Porto: Roteiro para conhecer doces com bom gosto
- Torre dos Clérigos vai iluminar-se pelo Dia Internacional do Autismo
- Teleférico de Gaia abre finalmente ao público
- Espaço Maus Hábitos comemora 10 anos
- O Maus Hábitos quer passar os próximos 10 anos a projectar-se para a cidade
- Flea Market Abril no Coliseu do Porto a celebrar os 10 anos do Maus Hábitos, sugestão de Ana Campos Neto
- O Que São Dez Anos de Maus Hábitos, sugestão do Maus Hábitos
- Extinção da direcção de informação da RTP-N provoca contestação a norte
- FCP quer Júlio Magalhães no novo Porto - "O Futebol Clube do Porto, que está prestes a fechar o negócio com a Mediapro para a compra do Porto Canal (...)"
- Abre troço da A41, que pretende aliviar o trânsito da VCI (vídeo)
- Conselho de Ministros aprova acordo sobre Centro Materno-Infantil
- Portugal tem das fecundidades mais baixas da UE - Só 1,32 filhos por mulher! Um problema verdadeiramente dramático.
- "Um Ano na Crise": o regresso à agricultura - vídeo
- Universidade do Porto: Cem anos de história - vídeo
- Câmara felicita Souto Moura pelo Prémio Pritzker 2011 - Olha, olha! ;-)
- CMP: Aviso - Classificação da Ponte da Arrábida
- CMP: Avisos - Planos de Pormenor das Antas, Contumil, Dallas e Ranha
- Concertos de Páscoa, começam já amanhã nos Carmelitas.
- Na sequência da minha troca de ideias com Frederico Torre (que enviou mais um post scriptum a este post), eis duas notícias interessantes... Não deixa de ser curioso que a primeira das personagens apontadas como exemplo positivo por F. Torre esteja tão activa no apoio a quem supostamente não teria curriculum para Primeiro-Ministro. ;-)
- O Público traz no jornal do dia várias notícias que são interessantes, mas o acesso online passou a ser compreensivelmente a pagar...
Mais um bom momento em 30.30.2011, pelas 21h45, na Católica - Porto, em conjugação, sempre, com o Público.
Interessante ouvir António Lobo Xavier, descontraído, nada de propriamente novo, a falar sobre o Norte, o Porto, o país "acima de Tomar, ou seja tudo o que já nem Lisboa é". Uma abordagem ao que ainda é o Porto, passando por Serralves e Casa da Música, as empresa/grupos familiares e a bem sucedida sucessão na gestão das mesmas, Sonae, Amorim e não só. Uma rápida defesa de actuações de Rui Rio à frente da Câmara do Porto.
Miguel Guedes, por certo é muito melhor, mas perdeu-se a ter de atacar Rui Rio. Todos já sabemos que a Cultura não tem sido defendida devidamente pelo Rui Rio, mas já o sabemos, logo seria preferível e mais produtivo unicamente sugerir novos caminhos. E quanto ao futebol - e aqui referência novamente a Lobo Xavier -, ainda bem que Rui Rio não o mistura com a Câmara, já não era sem tempo. E não sou pelo Rui Rio, mas tudo tem o seu espaço e tempo.
Quanto a Jorge Guimarães, médico e criador do Alert, deu-nos a ideia do que se pode bem cá fazer de empreendedorismo - o seu exemplo demonstra-o - como se pode crescer do zero, quando queremos. E, em simultâneo, com um realismo quanto ao difícil momento em que estamos, e que ainda bem pior vai ficar.
A Directora do Público, Bárbara Reis, como moderadora, felizmente que seguiu um estilo informal, não rígido, não formatado a como é "estipulado" terem de ser "sempre" estas conferências, e apesar dos sinais "avisadores" de alguns correligionários na plateia para seguir o figurino usual, não o fez, por certo não para contrariar, mas por achar assim ser melhor. E de facto até foi, até correu bem, até mais simples foi, com todos atentos, e a voz - o que nem sempre acontece - esteve do lado de quem estava ali para falar, e quem estava para ouvir, ouviu, caladinho! - por vezes fala-se quando se deve ouvir...
Ainda bem que assim se passou, talvez até nestes pequenos detalhes, começar o País a mudar, e na próxima conferência, já na próxima semana, por certo que começará na hora marcada, ou seja às 21h30... algo tão necessário ter de acontecer connosco, sermos pontuais...
Augusto Küttner de Magalhães
"... dos chamados gestores de topo"
- "Carris: administração recebeu viaturas topo de gama em ano de buraco financeiro de 776,6 milhões"
O que esta casta, auto-eleita, uma espécie de alquimistas do ouro modernos, tem feito de mal ao sistema socioeconómico mundial ficará nos anais da história como exemplo absoluto da cupidez sem limites.
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Voluntários para participar em experiência online
Caros bloggers e leitores,
No âmbito de uma dissertação de mestrado em Marketing e Gestão Estratégica que estou a elaborar para apresentação na Universidade do Minho, pretendemos levar a efeito um plano experimental a decorrer exclusivamente online e para o qual necessitamos recrutar pessoas que connosco queiram colaborar. O campo da investigação inscreve-se na área do comércio electrónico e marketing digital onde pretendemos também estudar a aplicabilidade de algumas tecnologias às empresas de comércio tradicional. Este trabalho decorre sob orientação da Professora Doutora Maria Teresa S. Pereira Heath.
A experiência consiste na simulação de uma compra online numa loja virtual preparada exclusivamente para o efeito. Após a simulação da compra online os sujeitos da experiência serão encaminhados para um questionário onde responderão a um conjunto de itens relacionados com a investigação a desenvolver. A experiência e a resposta ao questionário não ultrapassarão em média cerca de 15 minutos. De momento precisamos apenas do seu endereço de correio electrónico (email). Muito obrigado pela sua colaboração. Recrutados os sujeitos necessários entraremos de novo em contacto consigo. Clique neste URL para se inscrever.
Grato pela sua colaboração,
António Manuel Almeida Alves
pg12632@alunos.uminho.pt, correio.amalves@gmail.com
2-abril-2011
Visita aos Jardins da UTAD, Flora do Corgo, Parque Florestal e Galafura sobre o Douro
Visita aos Jardins da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, a flora do rio Corgo junto à Universidade e à cidade, o Parque Florestal de Vila Real e a flora de Galafura, espécie de promontório ou miradouro debruçado do alto escarpado sobre o Rio Douro
9-abril-2011
Orquídeas Selvagens, Páscoa com a Campo Aberto no Jardim Botânico
Programa de Páscoa com a Campo Aberto, de convívio entre amigos e apoio à associação, conta também com mais uma palestra com projecção de belas imagens, a cargo da Maria Pires de Carvalho e do Paulo Araújo – autor(es) do blogue Dias Com Árvores (a acompanhar!), e dos livros À Sombra de Árvores com História, Um Porto de Árvores e A Árvore de Natal do Senhor Ministro.
16-abril-2011
Passeio de Barco na Ria de Ovar
Passeio de barco na Ria de Ovar (parte do sistema lagunar da Ria de Aveiro), e convívio com duas associações locais (Amigos do Cáster e Cenario) para uma melhor compreensão dos problemas ambientais e do enquadramento natural da Ria.
20-abril-2011
Ciclo PDM – Sessão III, O PDM no contexto de uma área metropolitana
Nesta sessão pretende-se debater, entre outras coisas, como se articulam os PDM’s dos 16 concelhos da AMP com PIOT, PROT-Norte e PNPOT? De que modo as vantagens comparativas dos PDM condicionam o ordenamento do território na AMP?
27-abril-2011
Tertúlia a Natureza e os Animais no Budismo
Nova sessão do ciclo A Natureza nas Religiões e Filosofias
30-abril-2011
Desenvolvimento Local e Ruralidade, Perspectiva Histórica e Crítica, A experiência da Animar
Com Prof. Luís Moreno e Eng.º Maria do Carmos Bica
A ssru assinalará amanhã, 01 de Abril [dia das mentiras], a passagem de mais um aniversário sobre a impune e irresponsável degradação das cidades portuguesas com centros históricos. No caso da cidade do Porto, o centro histórico foi classificado Património da Humanidade, algo que a ter aplicação prática deveria significar maior responsabilidade e diferente responsabilização. Pretendemos evidenciar, deste modo, mais um triste momento da história desta cidade, que nos é apresentado pelos seus responsáveis como uma situação comum e inevitável. Esperemos contar com a presença virtual de todos nesta dolorosa caminhada.
Cumprimentos da equipa, ssru
Boa noite Tiago,
antes de mais, obrigado pela resposta. Todo o prazer em trocar argumentos sobre este assunto, afinal da discussão é que vem a luz. Não tenho infelizmente tempo de responder-lhe mais detalhadamente a cada um dos seus pontos (trabalho em menos de 6 horas), mas deixo ao menos algumas ideias...
1) Naturalmente existem óptimos profissionais no sector público e alguns péssimos no sector privado. Não vou discutir cada um dos exemplos que deu porque certamente vamos discordar em alguns deles, mas para contrabalançar posso dar alguns pelo lado positivo: Dr. António Palha na Jerónimo Martins, Dr. Moreira da Silva na Vidrala, o Dr. Queiroz Pereira na Portucel ou Dr. Angelo Paupério na Sonae e Sonaecom. Mais uma nota: o trabalho de regular e garantir a boa concorrência no mercado e dos reguladores, não das empresas. Estas existem para maximizar o valor dos accionistas e trabalhadores, claro que dentro de um quadro ético aceitável.
2) Como disse no primeiro mail, o trabalho é altamente móvel. Mais ainda no caso dos gestores de topo. Nada impede ao Dr. Zeinal Brava, ao Dr. António Mexia ou qualquer um dos nomes que eu disse antes de irem trabalhar para Madrid, Londres ou Nova York. A competição para atrair o melhor talento em gestão é mundial e não local, por isso as empresas nacionais tem de pagar salários equiparáveis se quiserem concorrer na atracção dos melhores gestores, independentemente do custo de vida de onde trabalham.
3) Seria óptimo encontrar um grande número de pessoas profissionais, baratas, éticas e altamente competentes para gerir as nossas empresas públicas e o Estado. Infelizmente, acredito pouco em milagres e os últimos anos têm mostrado exactamente isso. Mesmo assumindo que esse grupo de pessoas existia, o mais provável e que ao fim de poucos anos tivessem a trabalhar no privado, porque qualquer accionista pagaria milhões para ter alguém com esse perfil a gerir a sua empresa. Sobretudo, porque sabe que essa pessoa é capaz de pagar-se a si mesma várias vezes com o seu trabalho!
4) Teve algum azar no exemplo que deu do Dr. Horta Osório... Ainda hoje saiu na imprensa inglesa o detalhe do pacote de condições que recebeu para ir trabalhar para o Lloyds. Compare os 5.6 milhões com qualquer gestor em Portugal...
Caro Frederico Torre
Compreendo alguns dos seus argumentos, mas de outros discordo profundamente, principalmente porque se baseiam em pressupostos a meu ver errados. Tanto que não resisto a escrever já, com prejuízo do trabalho que tenho pendente... Mas terá de ser de forma telegráfica.
1) Quem disse que os gestores bem pagos, em Portugal, são bons? Há certamente alguns bons, mas muitos deles são só bem pagos. Quer exemplos? Armando Vara, Rui Pedro Soares, José Oliveira e Costa, ... Mais: alguns deles até poderão ser tecnicamente bons em alguns aspectos, mas muito maus em termos de respeito pela missão da empresa (especialmente se for pública) que estão a gerir, ou da ética do comportamento. Mais exemplos: RTP (que percentagem da programação é realmente serviço público?), Refer (elevadíssima eficácia a fechar linhas e desbaratar património), EDP (brutalmente endividada, barragem do Tua), PT (ao longo de anos e anos violando as regras mais básicas da concorrência, com a cumplicidade do regulador), ...
2) Quem disse que não há bons gestores entre os funcionários públicos "mal pagos"? Será realmente possível que, entre os milhares e milhares de funcionários que o Estado tem, não haja um punhado de gente capaz de substituir, com competência e quiçá vantagem, as "estrelas" pagas a peso de ouro? Se calhar a real desvantagem desta gente competente é precisamente a de ser séria e discreta, de não procurar a fama e o reconhecimento social, de se comportar com decência e humildade no desenvolvimento da sua carreira. Atribuam-se-lhes responsabilidades, avaliem-se convenientemente, dê-se-lhes um salário bom qb. (ao nível de um ministro), e veremos se há ou não resultados.
3) É ou não é verdade que em Portugal muitos salários no sector público são superiores aos equivalentes no sector privado?
4) É ou não é verdade que em Portugal as remunerações dos gestores de topo são invulgarmente altas em comparação internacional, mais ainda atendendo ao custo de vida em Portugal, e muito mais ainda em comparação com o salário médio das pessoas sob as suas ordens? (Tenho por exemplo a ideia de ter lido que Horta Osório recebe como líder de um dos mais importantes bancos do mundo menos do que receberia se estivesse a presidir ao BCP - mas não posso garantir que esta informação esteja correcta.)
5) Não percebi um do seus argumentos. Afinal os gestores públicos portugueses bem pagos são bons, ou são "ineficientes, mentirosos, corruptos, incapazes, perdem dinheiro, só contratam amigos e compadrios"?
6) O ponto de degradação a que as empresas públicas chegaram não foi certamente pelo facto de os seus lugares de gestão serem mal pagos, e portanto sem atractividade para os bons profissionais. Entre outros factores, houve muita incompetência. Não foi o bom salário que resolveu o problema.
7) Em muitas grandes empresas nacionais, onde se pagam bons salários, os problemas vão surgir infelizmente em breve. Os bancos são "candidatos naturais" por razões como esta que expliquei aqui.
8) Em Democracia o exercício do poder é feito em representação do povo. Acabemos com os partidos, com o Parlamento, com a eleição de representantes, e não sobra nada da Democracia. Não é o que defendo.
PS: Nem de propósito - Gestores da empresa pública que gere os meios aéreos recebem mais de seis mil euros mensais - veja-se o desplante de Vasco Franco, como se fosse imprescindível uma empresa pública para este efeito. Como se percebe, os responsáveis por tudo isto têm nome, são conhecidos, neste e noutros casos. É bom que se torne público.
PS2: Mais "boa gestão", versão centralista (quanto ganham estes directores?) - RTP N perde direcção independente e é integrada na RTP - Eu gostava era de ver os gestores passarem a empresários e a arriscar dinheiro seu. ;-)
Caro Pedro Figueiredo,
Umas perguntas relativamente aos primeiros pontos do seu post "Rui Rio tem toda a razão"... Sabe quanto ganha qualquer analista / consultor / auditor / financeiro / gestor médio de uma empresa em Portugal? E um director? E um administrador? Ofereça-lhes 40000 euros/ano para qualquer trabalho que seja e veja quantos aceitam! Certamente compreende que o mercado de trabalho é concorrencial e consideravelmente móvel. Ou seja, os melhores trabalhadores vão procurar trabalho nos lugares onde lhes paguem melhor. Ou possam gerar mais valor e com isso mais riqueza para si. Em Portugal ou no estrangeiro. E em todos os escalões sociais.
Como espera atrair as melhores pessoas para cargos públicos (no Metro, na CGD, na CP, nas finanças, no Governo, para Primeiro Ministro ou Presidente da República) se não está disposto a pagar o mesmo salário que qualquer empresa privada lhes paga por um cargo com responsabilidades similares? Pensando bem, com responsabilidades certamente muito menores já que nenhuma empresa privada gere 47% do PIB nacional como o Governo... E tem o poder de afectar 100% de tudo o que fazemos em cada uma das 24 horas do dia. Qualquer administrador de uma empresa de grande dimensão (Em Portugal ou qualquer outro país) recebe certamente 10 vezes mais que o Presidente ou Primeiro Ministro. Sem precisar de ser o Warren Buffet ou o Bill Gates. Com toda a honestidade, julgo que qualquer pessoa relativamente bem sucedida numa grande empresa nacional recebe o mesmo que o PM pouco depois dos 30 anos. Ou ainda mais cedo se as coisas lhes correrem bem. Como pode esperar que essa pessoa depois deixe tudo para ir ser gestor para o sector público? Onde vai ser chamado de corrupto ainda antes da sua primeira decisão? Onde vai ter de responder a uma série de "fazedores de opinião" que na maior parte dos casos não têm a mais pequena ideia do que é um balanço, como se faz uma ponte ou se gere um hospital?
Depois não se pode admirar que os políticos e administradores públicos sejam ineficientes, mentirosos, corruptos, incapazes, percam dinheiro, só contratem amigos e compadrios. Porque afinal aqueles que acabam por chegar lá são os melhores (e por vezes nem isso) dentro dos piores. O mínimo denominador comum. Os que não conseguem nada melhor e na política encontram um sítio que lhes pede pouco ou nada de currículo e experiência. Em muitos casos, nem sequer de inteligência. E não me diga por favor que estão lá por amor ao serviço público e ao país... Já há muito poucos desses, e duvido que algum deles consiga chegar sequer a secretário de estado porque todo o sistema está dominado pelos outros. Os que se querem aproveitar de todos nós para enriquecer sem se cansar muito, sem preocupações de moral. Certamente por culpa nossa também, que gostamos de mandar vir mas não estamos para nos chatear muito a pedir-lhes contas do que fazem.
Faço-lhe uma proposta... Para as próximas eleições ofereça de salário a toda a equipa governativa o mesmo que receberam em média nos últimos cinco anos, isto durante todo o período que estejam ao serviço do Estado e sem necessidade de qualquer benefício vitalício. Permita que qualquer pessoa capaz de juntar uma equipa de certa dimensão, e não apenas aqueles apoiados por uma maquina partidária, possam candidatar-se ao posto de Primeiro Ministro.
Acabe com as campanhas eleitorais cheias de cartazes populistas, frases feitas, e visitas de freguesia em freguesia e sente todos os candidatos num estúdio de televisão público todas as noites para apresentar os seus projectos e debater durante duas semanas, cada dia sobre um tópico diferente: educação, segurança, economia, justiça, defesa, relações internacionais, saúde, infra-estruturas, etc.. Acabe com as recandidaturas e imponha mandatos únicos de 5 ou 6 anos. Acabe com um parlamento de gente eleita que ninguém conhece ou votou, terceiras e quartas filas de partidos que procuram apenas colocar amigos, e substitua-os por um senado de figuras da nação, apartidárias, especializadas em diferentes áreas, com carreiras provadas e valor criado para o país, propostas pelos seus pares e eleitas por todos nós para mandatos de longa duração.
Tem alguma dúvida que íamos acabar muito melhor governados que o desgoverno que temos agora? E que o que tivemos nos últimos 10 ou 20 anos? Uma ideia louca eu sei. Mas um pouco de loucura nunca fez mal a ninguém.
Frederico Torre
Hoje de manhã fui visitar o Palácio das Cardosas a convite do Hotel Intercontinental. As obras ainda decorrem em grande velocidade, especialmente na parte virada para o interior do quarteirão, que não foi possível ver. Prevê-se a abertura a meio deste ano, restando a dúvida se no São João já será possível ter um funcionamento parcial. Existirá um novo Café Astória (foto acima) no mesmo lugar do original, também aberto para a rua e, muito interessante, ainda um outro bar-biblioteca com livros à disposição. A directora do hotel (que não é responsável pelas obras no resto do quarteirão) pareceu ter uma perspectiva de convivência com os vizinhos bastante diferente da de Rui Quelhas da SRU, o que obviamente se saúda. Mais fotos abaixo.
O Porto 24 também participou na visita e relata-a aqui: Intercontinental: “temos os chandeliers, mas também temos iPads”. Idem para A Cidade Surpreendente, Porto Norte e Nortadas.
Caro Pedro, por esse raciocínio então o site da CMP não poderia nunca ter referências a nada do que corre bem na cidade sem ser por acção da autarquia, para não ser considerado aproveitamento político... Não me parece que seja essa a questão, contudo. O que aqui está em causa não é a apreciação positiva que Rui Rio certamente fará da atribuição do Pritzker a Souto Moura, mas sim as prioridades que ele permite que os editores do site sigam. Fosse uma qualquer trica politiqueira menor, e já teríamos direito à publicação de um longo e boçal texto, profusamente acompanhado de fotos e PDFs, tão do gosto de quem abusa da nossa paciência e dos nossos recursos. E, já agora, a morte de Ângelo de Sousa também é omitida, certamente pela mesma razão.
(PS: Câmara do Porto dá os parabéns a Souto de Moura)
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- Nova Mobilidade Individual by Honda, sugestão de Paulo Espinha
- Matosinhos: Antigo armazém acolhe laboratório de arquitectura
- Debate hoje da JS Porto sobre políticas culturais na cidade, com João Fernandes e Manuel Pizarro, lembra Tiago Barbosa Ribeiro
- DouroAzul vai pedir indemnização pelo atraso no início das operações fluviais
- Rui Rio vai averiguar situação do património da câmara devoluto - «“Se for assim, não faz sentido nenhum. Vou ver isso”, respondeu Rio Rio.» - Certamente preocupado com as grandes questões nacionais e mundiais, o Presidente da Câmara não se tinha apercebido destes pormenores tão mundanos. Tal como no caso do elevador da Lada. Ou do cartaz de Cavaco em frente à sua janela, em violação das regras que ele noutras situações faz aplicar. E tantos outros... Um dia destes vai descobrir, espantado, que continua a não ser autorizada a gravação vídeo das sessões da Assembleia Municipal. E que a Escola da Fontinha está abandonada e foi destruída. O Porto é um Mundo!
Ontem à noite encontrei o Arq. Manuel Correia Fernandes, que é o líder da bancada socialista na Câmara Municipal do Porto. O nome do Eduardo Souto Moura veio naturalmente à baila, tendo ficado a saber que, por iniciativa do Dr. Rui Rio, foi aprovado na última reunião do Executivo camarário um voto de regozijo pelo prémio com que foi distinguido.
A não publicação de qualquer referência no site da CMP não me surpreende, porque corria o risco de ser mal interpretada, acusando-se desde logo o Presidente da Câmara do Porto de oportunismo político. Lamento que algumas pessoas tenham a memória fraca e já se tenham esquecido que foi Rui Rio quem sempre defendeu o projecto da reconversão da Av. dos Aliados, da autoria da dupla Siza / Souto Moura, apesar de todas as críticas de que foi alvo.
O CIS Porto não é uma nova série, o que até poderia ser uma nobre e leal forma de divulgação de uma cidade que o merece, mas de um Centro de Inovação Social, à semelhança, admito, do CSI Toronto. Lê-se no site da Câmara Municipal do Porto: "A operacionalização do CIS passará pela avaliação de projectos com potencial de inovação social na cidade, pela validação dos projectos que, comprovadamente, se apresentem como socialmente inovadores e pelo apoio na implementação dos mesmos, recorrendo a parcerias entre os diversos agentes económicos e sociais. Este centro contará, também, com a colaboração de jovens talentos que pretendam implementar os seus projectos dinamizados através da pós-graduação em Empreendedorismo e Inovação Social, organizada pela Câmara Municipal do Porto através da Fundação Porto Social, com apoio da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto."
Novamente, a este nível da inovação social, considero que a Câmara do Porto tem sido pioneira e ela própria empreendedora, e dou-lhe os meus parabéns. Claro que se está mesmo a ver que os que se apresentem fora do sistema instituído terão mais dificuldade no apoio à implementação dos seus projectos, que é o que mais acontece neste país ... O Fundo Bem Comum da ACEGE poderia muito bem apoiar um projecto como o que apresentas, sobretudo quando sei que andam a perguntar nas suas redes que projectos existem para financiar. Quando se está fora do sistema, neste país, é como se não se existisse. Eu sei muito bem o que isso significa e a força que temos de ter para fazer reverter situações, pela força e capacidade das nossas ideias e perseverança de princípios e motivações. Muito duro e tanta energia e projectos que se perdem.
Referindo-me ao seminário do passado sábado, nem eu gosto de participar em debates em que se fique pela oratória, sem que daí resulte mais um passo no sentido da operacionalização. Simplesmente, porque o empreendedorismo social se caracteriza precisamente por se adaptar às capacidades das pessoas visadas e não devem dessas serem instrumentalizadores. Os Governos devem intervir e corrigir as falhas de mercado e fazem-no, providenciando bens públicos. Quando alguém tem poder e voz as coisas são fáceis. Quem não tem poder muitas vezes é ignorado. É aqui que entra o empreendedorismo social. É a procura de soluções sustentáveis para problemas negligenciados pela sociedade e que envolvem externalidades positivas. É a segunda mão invisível de Adam Smith, guiada pelo amor ao próximo, não pelo interesse próprio, conduzindo o sistema capitalista a melhores resultados ao alavancar de forma descentralizada, explorando sistematicamente oportunidades e incorporando externalidades positivas, criando assim valor para a sociedade. A técnica é a capacitação das pessoas, envolvendo as pessoas em causa como meio para a solução (em Belo Horizonte reduziu a delinquência em 7%, dando estatuto aos arrumadores, organizando-as a partir do que sabem fazer). As pessoas são desafiadas a contribuir para a solução, sendo esse o conjunto mais produtivo e rentável do que o modelo empresarial do controlo.
Mas vamos voltar ao problema dos investidores. Que só surgem quando podem ganhar, e para os quais temos de ser capazes de criar projectos do tipo "win-win", em que os ganhos sejam repartidos, se forem puros empreendedores, ou se se assumirem como empreendedores sociais, o lucro será apenas um meio para se alcançarem objectivos de teor social. E, aí, a reabilitação da Baixa assume-se como a resolução de vários problemas sociais. Claro que um projecto low-cost de reabilitação urbana deveria ser aprovado e considerado como empreendedorismo social, nomeadamente se os lucros revertidos para o próprio processo de recuperação, e não distribuídos.
1 - “Rui Rio ter toda a razão”… parece uma contradição nos termos, mas não é. Rui Rio tem mesmo toda a razão quando pede um abaixamento dos vencimentos dos Gestores da Metro do Porto. Segundo o JN de 26 de Março de 2011: O administrador do Metro Ricardo Fonseca ganha por ano 219.194,00 euros. A administradora do Metro Maria Rato ganha por ano 139.742,00 euros. O administrador do Metro Jorge Delgado ganha por ano 204.451,00 euros. A administradora do Metro Fernanda Menezes ganha por ano 45.499,00 euros. Mas há mais administradores do Metro do Porto, pelos vistos, empresa em “apuros financeiros”, ao contrário dos que a gerem.
2 – Rui Rio tem toda a razão. Os gestores da Metro ganham demasiado acima do moralmente adequado, por muito bons gestores que sejam. 1/5 de 200.000 euros num ano já é perfeitamente adequado para um gestor de topo, seja de que empresa for: 40.000 euros a dividir por 12 meses equivale a 3300 euros, 660 contos por cada mês. Bem bom para alguém competente. Ou incompetente.
3 – O Ministério das Finanças em 2010 decidiu não permitir a acumulação de funções dos autarcas com assento na Metro do Porto. É evidentemente uma justíssima medida, que deve ser praticada em qualquer lado. Ninguém deve acumular rendimentos “por inteiro” quando só trabalha “a part-time”… Rui Rio o-tal-que-tem-toda-a-razão veio à altura retaliar contra esta medida “injusta” que lhe permitia vir a ganhar menos, “apenas” acumular o que ganha na Câmara com o que ganha na Câmara. Injusto, portanto. Rui Rio tem toda a razão.
4 – Este é um país “estranho” em que existem dois mercados de trabalho, em vez de um único. Há um mercado de trabalho, que todos conhecemos, onde se concorre “a ver quem ganha menos”. Outro, a ver “quem ganha mais”. No mercado “a ver quem ganha menos”, todos aceitamos - se queremos trabalhar - ganhar menos porque há crise ou ficar a recibo verde porque temos medo de ficar sem trabalho se “pedirmos” um contrato. “Temos de aceitar”. É a lei da Oferta e da Procura. Há muitos a concorrer para poucos lugares, logo as condições são miseráveis… No mercado “a ver quem ganha mais”, não há concursos. Há o círculo restrito de gente que “passa” de um sítio para os outros sem se sujeitar a “leis de oferta e procura”. Um país. Dois mercados, à Chinesa. Se pusessem um anúncio no JN e pedir administrador para a Metro do Porto, full-time, 200.000 euros por ano, eu concorria. Tenho capacidade, sou empreendedor, tenho dinamismo. E centenas de pessoas igualmente capacitadas também concorriam. Rui Rio também concorria.
Por mim, concorri recentemente à Metro do Porto, para fintar a “minha” crise, ao campeonato “dos que ganham pouco”. Respondi a um anúncio para o pessoal que auxilia os utentes a usar as máquinas e oferece informações em geral. O salário não era alto – 510 euros + subsídio de alimentação, contrato a prazo. Não é isto, no entanto, “gravíssimo”. O que é gravíssimo foi terem-me dito na entrevista que não há escalas de serviço / turnos. Chama-se “disponibilidade total” ou então “ desorganização total desta empresa”. Teria de receber no dia anterior, por telefone, qual seria o turno e a estação na qual teria de estar no dia seguinte. Na véspera dizem se hoje vou para a Póvoa, Maia, Trindade, Gaia ou outra, antes das 6 da manhã, hora da 1ª viagem. Ou seja, impossibilitado de usar a 1ª viagem de Metro, aproveitando a boleia de serviço do melhor transporte não poluente da área metropolitana par o qual trabalharia… Que mundo este em que para trabalhar no Metro é portanto preciso ter carro (por 510 euros/mês). “Que parvo que eu sou.”
Uma vez mais, pela boa iniciativa do Público e da U. Católica começa hoje - 30.30.2011 - o oitavo ciclo de quatro conferências na Católica, logo, às 21h30.
Esperemos ser mais um espaço e um tempo de aprendizagem, e de pontualidade. Parecerá estranho até aqui falar-se em pontualidade, mas estamos habituados – mal – a, em tudo, até nas conferências, que não só nestas, em ter sempre uma “folga” - no início - até meia hora, ou seja, está marcado para as 21h30, mas pode tão naturalmente começar até às 22h00. E também aquele mau hábito de encontrar nestes momentos alguém que se não via faz tempo e procurar-lhe guardar lugar e falar enquanto quem é suposto falar também fala, é outro nosso tão usual “princípio”, como atender telemóveis, tão naturalmente. Talvez sejam umas “coisitas” evitáveis, para haver tempo e espaço para quem vem falar o dever conseguir bem-fazer.
Tirando estes pequenos e não importantes detalhes, por certo iremos ouvir, e bem, a falar do momento no Norte, do Norte, e do País, sem crispações, sem só “problemas” mas também com soluções, e menos Sócrates, menos Passos, menos Portas, menos Cavaco, mais País, mais futuro, mais positivismo. Por certo que sim.
Augusto Küttner de Magalhães
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Nota de TAF: notícia no Porto 24 e no JN
Arq. Souto Moura, vencedor do prémio Pritzker, considerado por muitos o Nobel da Arquitectura.
Arq. Souto Moura é um Portuense com escritório no Porto e estudou na Faculdade de Arquitectura do Porto...
Esta notícia correu o mundo, vários jornais e sites nacionais e internacionais deram destaque à notícia...
Como é óbvio no site da Câmara do Porto, ou melhor, no site do Presidente da Câmara do Porto, NEM UMA REFERÊNCIA... Lamentável!
Cumprimentos
A propósito do Pritzker Prize para Souto Moura:
- Eduardo Souto de Moura vence Prémio Pritzker de Arquitectura
- Souto de Moura: FAUP celebra o seu segundo Pritzker, “uma coisa extraordinária”
- Fotogaleria: Eduardo Souto de Moura, uma vida entre edifícios e esquissos
- Fotografias de várias obras em Últimas Reportagens e na Wikipédia
- "Torres sim, mas de Qualidade"
- Fotogaleria do Público
- No site do Pritzker Prize já há Photo Media Kit e Text Media Kit
- Souto de Moura reage ao Pritzker: “A invenção é uma coisa perigosa na arquitectura”
- No NYT: Architect From Portugal Wins Pritzker
Hoje é um dia de orgulho para todos os portugueses e em especial para os portuenses. O Eduardo Souto Moura acaba de ser galardoado com o Prémio Pritzker, considerado por muitos como o Nobel da Arquitectura
Parabéns Eduardo!
Só hoje li isto no Jornal de Notícias da passada Quinta-feira, a propósito das obras no quarteirão das Cardosas:
"As pequenas lojas de comércio a retalho vão ser varridas para dar lugar a equipamentos do segmento Louis Vuitton"
Rui Quelhas, administrador da Porto Vivo SRU
Comentários para quê?
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Nove sugestões:
- O Norte e o TGV, de António Alves
- Sessão de 31 de Março: “Imitation of Life”, do Cineclube do Porto
- Oporto Cycle Chic, da Ribeira até à Foz, 9 de Abril, de Ânia Gonçalves e Joana Campos Silva: "(...) é um evento onde o fato de treino é proibido! Dirigido a todos aqueles que a cada momento da sua vivência cosmopolita e social se preocupam não só com a imagem, mas também com a saúde."
- Fotogaleria - Serralves: Uma visita guiada a “Recordações da Casa Rosa”, de Pedro Rios
- Reabilitação do centro histórico do Porto com “ritmo extremamente pequeno”, de Pedro Rios
- Prédio da Rua dos Caldeireiros foi demolido
- Portugal Fashion: Fátima Lopes encheu a Alfândega do Porto
- portostreetshooting e portonorte, dois blogs de fotografia muito recomendáveis