2010-12-26
16h16: Lagarteiro
16h22: Parque Oriental
16h30: Parque Oriental
17h01: Freixo
17h33: Pousada do Freixo
17h46: Pousada do Freixo
Aqui vão alguns apontadores. Vou completando a lista a pouco e pouco, e começo por convidar à leitura da minha modesta sugestão para a melhoria do país, e do Norte em especial, no JN:
- "600 euros".
- 2010, o ano em que a "Revolução da Baixa" do Porto triunfou - A prova de que alguma sociedade civil do Porto se mexe, apesar de tudo.
- Mas... Maioria dos bares da baixa não está licenciada
- Viabilizado financiamento para linha Dragão-Venda Nova
- Porto Canal abre novas delegações e equaciona mudar o nome
- Governo acaba com capital social mínimo de 5000 euros para constituir empresas - Para variar, uma medida correcta do Governo.
- Busway é alternativa ao metro - Seis anos depois, chegam à mesma conclusão que eu... Agora já lhes convém.
- Há revéillon para todos no Porto
- Task force para “manter a noite portuense atractiva, divertida e segura”
- Metro muda a sinalética para facilitar a vida aos utentes
- Novo máximo histórico: há 263 mil desempregados no Norte
- Mais 328 mil pessoas com médico de família
- Norte Conjuntura 3º Trimestre de 2010 (PDF)
- Porto Vivo pode ficar sem presidente no sábado
- Os altos e baixos de 2010 para o Porto e para o Norte
--
E para todos BOM 2011!
Na resposta a este post: foram os arquitectos Luca Dubini, Sofia Santos e Fernando Martins e este é o site oficial do atelier - www.atelieraberto.com.
Caríssimos Correia de Araújo, Rui Encarnação e Pedro Figueiredo
Embora a minha caneta seja um Montblanc, reconheço que às vezes uso uma tinta muito corrosiva… As vossas contestações às minhas intervenções evidenciam um grande fair-play, facto que gostaria de enaltecer e agradecer. É sempre muito agradável participar num debate com gente bem-educada.
1. Ainda bem que o Correia de Araújo “desenterrou” este meu post escrito em 2006. Quem acompanha a “Baixa do Porto” desde o seu início é testemunha da minha isenção em relação à gestão do Dr. Rui Rio. Por várias vezes repudiei publicamente as suas opções, como aconteceu no caso do PDM, da Via Nun’Álvares ou mais recentemente com o Mercado do Bom Sucesso, só para dar alguns exemplos. É esse distanciamento crítico que me permite defendê-lo sem nenhum tipo de constrangimento quando sinto que é injustamente atacado. E já que fala no Eng.º Nuno Cardoso, recordo-lhe que fui a única voz a expressar-lhe a minha solidariedade quando foi conhecida a sentença relativa aos terrenos do Boavista. Respondendo à sua pergunta, não resisto a reproduzir aquele ditado que diz: “Errar é humano, errar duas vezes é lusitano”. Ao contrário do Prof. Cavaco Silva, que segundo o próprio raramente se engana, o Dr. Rui Rio já admitiu várias vezes nem sempre ter feito as melhores escolhas mas, sendo um homem inteligente, tem vindo a corrigir orientações que estavam claramente a desviar-se do caminho certo, sendo a política do Urbanismo um dos casos mais evidentes.
2. A questão levantada pelo Rui Encarnação remete-nos para um debate antigo, com o qual se viram confrontadas várias cidades europeias. Como é sabido, após a Segunda Guerra Mundial foi necessário construir muitos milhares de fogos para realojar as pessoas mais carenciadas que ficaram com as suas casas destruídas. As tipologias adoptadas, que privilegiavam os edifícios em altura, revelaram-se manifestamente desajustadas, gerando conflitos sociais de toda a espécie pelo que, anos mais tarde, os respectivos governos viram-se na obrigação de os demolir. É isso que vai acontecer no Aleixo. A este propósito recomendo-lhe a leitura do artigo do Arq. Alexandre Alves Costa, meu antigo professor, que muito admiro e a quem dediquei o meu segundo livro, apesar de politicamente se situar nas minhas antípodas. Nesse texto, publicado no número 237 do Jornal dos Arquitectos, ele advoga a preservação das famigeradas torres mas, curiosamente, cita Nuno Cardoso: “Habitação social em altura não faz sentido”.
3. Por último, gostaria de agradecer ao Pedro Figueiredo o interesse que tem revelado pelo Club Lotus Portugal, do qual sou fundador e presidente desde a sua criação em 1989. Esta paixão nasceu em 1960 quando assisti, então com 7 anos, ao Grande Prémio de Portugal disputado no Circuito da Boavista, no qual participaram quatro Lotus F1 conduzidos pelos pilotos Jim Clark, Stirling Moss, John Surtees e Innes Ireland. Infelizmente, da colecção que iniciei nos anos 80, altura em que a febre dos clássicos ainda não tinha chegado ao nosso país e os arquitectos tinham todos bastante trabalho, já só restam dois exemplares; os outros quatro tive que os vender para sustentar a minha família.
Aproveito para também lhe agradecer a dica relativa ao Museu das Gravuras em Foz do Côa. Quando vi as fotografias fiquei encantado, por isso já reservei o segundo fim-de-semana de Janeiro para fazer uma visita.
Bom Ano para todos.
Refuto por completo a alusão à situação do Bairro São Vicente de Paulo, pelo facto de a conhecer de contacto diário. Após a demolição, ainda pairava um certo ambiente de tal modo perigoso que em 7 meses sofremos 11 assaltos, inclusive até as instalações eléctricas arrancaram das paredes, à falta de outros materiais. Diga-se que nos referidos assaltos foi possível aos inteligentes profissionais carregar paletes de telha cerâmica, imagine-se portanto a conivência da vizinhança. Com todos os vãos encerrados por tábuas e escoramentos, conseguiam ter tempo para, à marretada, introduzir-se no interior. De referir que ao nível do rés-do-chão, dos 7 vãos, apenas restou apenas uma porta inteira. Era impossível a intervenção policial, pelo menos na versão 2 polícias, contra dezenas de pessoas.
Passado sensivelmente um ano, os moradores idosos já reabriram as portas para os quintais (estiveram pregadas), o verde inunda o antigo local, não há carros abandonados, não há sofás nas ruas, nem frigoríficos, nem outros electrodomésticos velhos, não há garrafas e lixo por toda a via pública. E os pequenos galinheiros que restam, felizmente, já não são utilizados como salas de chuto. Distúrbios, só em alguns jogos do FCP com o Benfica, é nos descampados que dão para a VCI que as pessoas se juntam, e há verdadeiras batalhas campais com a polícia.
O último bloco que resta vai tendo obras, não no exterior, mas sim no interior de algumas habitações, merece contudo uma pintura geral. Também neste bloco o comportamento cívico melhorou sobremaneira, são menos e portanto já não arremessam lixo directo de suas casas às das outras pessoas, usam correctamente os contentores, e o ambiente social está de facto muito melhor.
Cristina Santos
1 - ...Também melhor em 2010, foi esta pequena surpresa na Rua do Bonjardim, por trás da "Brazileira"... Alguém sabe quem foi o arquitecto? De qualquer forma pareceu-me uma interessante proposta de Re-Habilitação, sem cair no preciosismo e no custo exorbitante do Restauro-Puro-e-Duro; e – mais importante – aparentemente sem cair na demolição-pura-e-dura de todo o miolo da habitação, como faz a SRU. A fachada, como se vê, retém o essencial. A métrica pré-existente "A–B–A" é mantida, mas usa a liberdade criativa "moderna" para transformar essa métrica em várias adaptações: 1) com grelha a meio, 2) mantendo as molduras originais de granito, ou 3) isolando os dois vãos no extremo, ou ainda 4) no r/c, apenas através da divisão do vão em três folhas... Não foi necessário usar pastiches de molduras falsas a capear, imitando as originais, como no Quarteirão do Corpo da Guarda... nem foi necessário fazer janelas novas em PVC imitando foleiramente as pré-existentes. Houve coragem para usar um material novo: o ferro... só que bem usado. Com arquitectos assim, há esperança para a recuperação do Porto para 2011. Respeitar o módulo "Casa Burguesa" de 7 metros de frente, respeitar a densidade volume/caixilharias na fachada, reinterpretar com qualidade o pré-existente, não usando forçosamente os materiais originais... Arquitectura com A grande, portanto.
2 - Caro Pedro Aroso, agradeço as suas críticas, sobretudo por serem construtivas e trazerem evolução à discussão sobre os Bairros e as Políticas. Também foi bom o Arq.º Pedro Aroso ter assinado o manifesto de arquitectos que no Movimento Mercado Bom Sucesso Vivo lançámos para apoiar a causa de impedir a destruição por parte da autarquia do interior do Mercado do Bom Sucesso. Imagino que este apoio a uma causa "revolucionária" não seja incompatível com o seu apoio às políticas de Rui Rio... De qualquer forma, tenho uma dor imensa em ver que os clubes de corridas de calhambeques e de carrinhos-de-choque é que mandam na cidade do Porto. Os seus amigos da Lotus, no vosso Clube Lotus bem que podiam fazer uma recolha de fundos para apoiar os transportes públicos desta cidade onde a Câmara Municipal repete ano após ano que "não há dinheiro"... para tudo, ciclovias, linhas de metro, bairros, etc... Ah, e julgo ter visto aqui pelas Antas, outro dia, o Dr. Álvaro Castello-Branco num Aston Martin, perto do café Velasquez... O clube deprimente dos calhambeques. Ajude a cidade, ajude os pobres e os desempregados. Empenhem os vossos "pópós", por fim. Não é crime nem vergonha ter um bom carro? Não, claro que não. Mas os Lotus não são bonitos, Pedro Aroso. Preferia, se tivesse dinheiro, um Maserati, que tem melhor design, são mais bonitos. Mas isso sou eu.
Limitar a intervenção nos bairros sociais a obra de pedreiro é tão produto de lavagem ao cérebro como afirmar a felicidade e bem-estar antes do deita-abaixo. Afirmar que o Dr. Rio fez obra notável nos bairros sociais é ver o mundo a laranja, seja ele com ou sem Rio. É como não ver. Achar que os problemas de exclusão social criados pelos bairros – mas que os extravasam em muito – se resolve com pintura arranjo de paredes e polícia municipal, seria para rir às gargalhadas se não mostrasse que a “participação cívica” dos nossos cidadãos está (de)formada na partidocracia e só consegue ver e debater o que nos rodeia por esse prisma.
A obra do Dr. Rio no S. João de Deus – que eu sempre conheci por Tarrafal – de destruição e abertura do bairro foi, obviamente uma bênção (apesar de recordar que já estava prevista e programada ainda antes do “reinado” deste novel autarca). Mas, depois da obra no Tarrafal, creio que surgiu – com força, vigor e pujança, na marginalidade e exclusão – o Aleixo. E agora, na previsão do termo do Aleixo, já se vê o início da transferência de actividade para a Pasteleira. Apesar das condições de habitabilidade serem essenciais ao combate à exclusão, há muito mais – e tão ou mais importante - a fazer nessa área. Um muito mais que não vi – apesar da declaração de prioridades – o Dr. Rio a fazer. Por isso é que falar da verborreia do PREC (e eu tinha então menos de 10 anos) quando ainda não se saiu do combate ao PREC (o muro já caiu! E a URSS já não existe!) é um exercício de perfeita coerência. Valha-nos a limitação de mandatos!
Meu Caro Pedro Aroso
Não me queira tornar naif... que não sou! Sê-lo-ia, isso sim, se acreditasse cegamente na obra de Rui Rio... que, de facto, não vejo! Esta foi, no dizer de Nuno Cardoso, “uma década perdida de que não se vai fazer história”. Concordo! Entretanto, o meu caro teve o ensejo de, em Dezembro de 2006, me brindar com uma resposta a um texto meu, já então acusando-me de alguma ingenuidade. Sem manipulações, passo a transcrever a segunda metade (seja, a parte final) dessa sua resposta.
3. Passámos por isso a ter um plano fortemente politizado, inspirado pelo ex-Vereador do Urbanismo, Ricardo Figueiredo. A melhor definição para o actual PDM foi proferida pelo Arq. Nuno Portas: chamou-lhe o PDM anorético!
4. Os resultados desta opção do Dr. Rui Rio, combinada com a astronómica subida das taxas, estão à vista:
- a. Os potenciais investidores, que até aqui ainda toleravam a demora na apreciação dos processos, desinteressam-se definitivamente pelo Porto (já sei aquilo que vai dizer o meu querido amigo Francisco Rocha Antunes…)
- b. A médio prazo, caminhamos rapidamente para a sul-americanização da nossa cidade:
- Por um lado, os ricos não deixarão de viver no Porto, porque estarão sempre dispostos a pagar.
- Por outro, Rui Rio fez da habitação social um dos seus baluartes.
- À classe média e aos jovens, não resta outra alternativa que não seja a de ir viver para a Maia, Gaia, Matosinhos ou Gondomar.
Com este cenário, como acha que o Porto pode crescer?
Fim de citação.
Quatro anos volvidos, pergunto: ainda pensa exactamente desta mesma forma?
Retomando a questão das manipulações, meu caro Pedro Aroso, não seja naif… sabe muito bem como é fácil manipular comentários. Aliás, foi pouco feliz na elencagem dos mesmos, pois, de uma assentada, colocou 3 ou 4 seguidos do mesmo autor, com nickname cinnamon. Estamos, diria até, perante uma dupla manipulação: a dos comentários propriamente ditos, por um lado, e a da sua cirúrgica utilização (só se publicam os que convêm ao nosso argumentário), por outro lado. Pronto, aqui ficam mais alguns comentários à referida peça jornalística que demonstram, desta feita, e com inegável clareza, a assertividade da mesma.
- Mais um pedaço de cidade em abandono. Feita e desfeita de mil pedaços, toda a cidade reclama atenção. O desprezo, esse, é sempre um golpe desferido na sua alma e na sua identidade. Que pena que uma cidade com apenas 44Km2, que podia (e devia) ser um brinquinho, reflicta desprezo e abandono com tristes exemplos como este. Melhor ano para a cidade do Porto em 2011.
- Pensávamos que aquilo ia mudar, nasceria ali uma zona arranjada (zona cívica, espaço verde, jardim, etc.) e afinal aquilo é o que se vê. Uma vergonha... e o problema que deu origem à demolição dos Bairros já lá anda outra vez. E mais não digo!
- Esta é só uma pequena amostra dum certo estado de abandono a que chegou a nossa cidade. Para aqueles que aqui comentaram a achar que agora aquilo está um paraíso, aconselho-os a passarem por lá. O que vale é que isto vai ter de mudar... os lugares não são eternos. A cidade fica e os políticos passam.
- a mesma situacao ocorre no extinto bairro de sao vicente de paulo no morro que desce para a quinta de bonjoia ao vale de campanha.
- É pena que uma demolição para acabar com o que estava mal tenha deixado aquele espaço igualmente mal... e com tendência para ir de mal a pior. Com esta Câmara não se espere nada de bom. Destruir, sim! Construir, não! Se aquilo fosse um terreno particular a Câmara já tinha intimado o proprietário para limpar aquela mata sob pena de uma contra-ordenação e coima. Valha-nos que este é o último mandato deste senhor... venha o Menezes que se faz tarde.
Abraço
Correia de Araújo
- Leixões quer inundar o Norte com turistas a partir do novo terminal
- Comando do metro no antigo Vidal Pinheiro
- Viagens gratuitas na quarta e quinta-feira na Linha Laranja
- Câmara Municipal do Porto cria grupo de trabalho para garantir "noites seguras"
- Provedor da Misericórdia quer abrir hotel social
- A árvore de Natal nos Aliados, sugestão de José Macedo do Couto
- Off topic mas como solidariedade entre blogs, aqui fica uma cópia dos posts da Maria João Nogueira que a Ensitel (empresa pelos vistos pouco recomendável) quer mandar apagar através de uma providência cautelar! Além da pouca vergonha, nunca vi tamanha falta de jeito para lidar com um problema destes, pois a propaganda negativa à empresa está a ser descomunal. ;-)
O “melhor” de 2010 foi, sem dúvida alguma o fantástico edifício que “alberga” o Museu das Gravuras em Foz Côa. Não é na Baixa. Não é no Porto. É na Alta. É no Norte. O Norte Extremo brindou-nos com este edifício-caverna. Integrado na paisagem “por fora”, escuro e “escavado” por dentro. Caverna encavalitada na paisagem. Afirma-se como um volume elegante e “integrado” da cor e da textura da paisagem – Xisto. É betão cofrado com placas especialmente executadas com relevo a partir de um molde de xisto. Extraordinário, portanto. Entra-se para dentro da terra por uma suave rampa... Primeiro é preciso descer “para baixo”, depois passar a “nesga”, fresta, “istmo”, que nos faz entrar para um pequeno pátio, orgânico, um buraco com o céu como cobertura... Depois, entramos no edifício, que completa este dramatismo, esta encenação à entrada.
Dois jovens arquitectos do Porto – Camilo Rebelo e Tiago Pimentel – desenharam este magistral edifício.
... Ver o resto do texto e imagens em PDF.
Caro Correia de Araújo
Não seja naif e não se deixe manipular. Veja aquilo que aconteceu ao jovem Figueiredo, a quem fizeram uma lavagem ao cérebro, e agora não consegue ter uma única ideia própria, limitando-se a reproduzir a verborreia utilizada no tempo do PREC.
A notícia do Jornal de Notícias é apenas mais uma tentativa patética para branquear tudo o que Rui Rio tem feito no âmbito da habitação social. Aliás, talvez porque o jornalista também deve ser inexperiente e ingénuo, pôs-se a jeito e o tiro saiu-lhe pela culatra. Basta ler os comentários dos moradores que vivem nas redondezas, para se perceber que não havia outra solução. Antes que apaguem o site, aqui vão algumas passagens que desmontam com inegável clareza a demagogia do artigo:
- "Gente feliz? Pois, pois... alguma vez lá foi? Só porcas que ganhavam a vida a levar nos interstícios e outros a meter na veia tudo menos sangue. Ali só havia porcaria, na sua maioria há muito (antes do 25 de merdil) desterrada de outros bairros do Porto. Por isso se chamava Tarrafal. Informe-se, senhor jornalista, e não escreva sobre o que ignora."
- "Já podem fechar a esquadra porque dantes não se podia contar com ela, tínhamos de pedir ajuda para a esquadra das Antas. Agora deve ser a melhor esquadra da PSP para os agentes, porque não se passa mesmo nadinha. Espero que os especuladores imobiliários não descubram porque está óptimo assim."
- "Moro na zona e era do piorio, agora estou na paz do Senhor, a vegetação não me incomoda pode ficar mesmo assim. Há 2 anos não podíamos sair de casa descansados, agora recomenda-se a zona porque além de sossegada tem bons acessos."
- "Moro nesta zona e agora parece que estou no céu, há 2 anos vivia preocupado porque tínhamos medo de saír de casa, contado ninguém acredita o que isto era, ainda há por aí quem diga que dantes era bom? Maldito o dia que o padre Maia convenceu o Estado que os moradores daqui eram uns coitadinhos. Eram os maiores bandidos da cidade do Porto. Reconheço que havia boa gente mas pouquíssimos. Agora é uma maravilha para morar e com óptimos acessos viários e de transportes."
- "O que esta noticia tem a haver com futebol, já sei são os a..zeiteiros do Benfas que vêm comentar. E sobre a notícia digo que foi a melhor coisa que o Rio no Porto."
- "a mesma situação ocorre no extinto bairro de sao vicente de paulo no morro que desce para a quinta de bonjóia ao vale de campanha."
- "Estamos todos felizes por isso. Acabou."
- "O bairro está bem apetrechado de canalização de esgotos apropriada para fazer sumir a fruta podre e o fcp..."
- "Aquilo tinha que ser limpo! Toda a gente sabia que era ali que os mouros se vinham abastecer."
Em relação à resposta dada pelo Gabinete da Comunicação da CMP ao jornalista, presumo que a pergunta tenha sido feita ao contínuo desse departamento pois, tanto quanto julgo saber, os terrenos do antigo bairro São João de Deus fazem parte de uma UOPG, para a qual vai ser lançado um concurso em moldes semelhantes aos da Avenida Nun’Álvares.
Poderia citar Pedro Aroso quando refere, aqui, que "só por ignorância, ou má-fé, é que se pode omitir o trabalho que foi desenvolvido na última década nos bairros camarários". Mas não! Prefiro dizer que "só por distracção, ou esquecimento, é que se pode omitir esta triste realidade acerca dos bairros sociais".
Um promissor 2011 para todos!
Abraço
Correia de Araújo
Umas excelentes fotografias que TAF nos mostra, sobre/do Centro Histórico, véspera de Natal, 18h00-19h00, com poucas ou já quase nenhumas pessoas. Em outros locais do Porto, até às 20h00 ainda havia muitas pessoas nas ruas e pelas ruas, mas depois tudo foi para casa, para muito mas tarde voltarem, muitos a sair, dado terem estado a festejar a noite em casas de familiares ou amigos.
Mas o centro do Porto ainda vai tendo alguma vida, claro que deveria ter muita mais, claro que o deixou de ter a exemplo de tantas, mesmos tantas, cidades ditas desenvolvidas, dado que o desenvolvimento, até hoje, foi significando deixar "morrer" os Centros antigos, para construir "necessariamente!" novo, nas periferias. Este modelo por todas as razões que todos conhecemos deixou de ser sustentável, e por certo vai ser necessário, com vontade e a baixos (devidos) custos, recuperar o que se deixou ao abandono. Se assim for feito, será uma forma de reanimar, realçar, o que todos os Centros Históricos de bonito têm hoje ao abandono, para bem melhor ficarem.
Numa fotografia anterior TAF legendou: "No próximo Natal há-de estar mais luz (mais gente) a esta hora no Centro Histórico". Por certo que a crise vai trazer um modelo diferente, e espera-se que sem forte sofrimento, mas antes com muito mais bom senso, seja, possa/deva ser: "No próximo Natal mais luz (mais gente) no Centro Histórico do Porto". Bom ano 2011, apesar da crise, e esperemos, todos, tudo putativamente muito diferente, para sermos muito melhores. Veremos as fotografias dentro de um ano que por certo TAF nos vai, aqui, querer mostrar!
Augusto Küttner de Magalhães