De: Rui Encarnação - "Ingenuidade, ignorância ou estupidez!"
Limitar a intervenção nos bairros sociais a obra de pedreiro é tão produto de lavagem ao cérebro como afirmar a felicidade e bem-estar antes do deita-abaixo. Afirmar que o Dr. Rio fez obra notável nos bairros sociais é ver o mundo a laranja, seja ele com ou sem Rio. É como não ver. Achar que os problemas de exclusão social criados pelos bairros – mas que os extravasam em muito – se resolve com pintura arranjo de paredes e polícia municipal, seria para rir às gargalhadas se não mostrasse que a “participação cívica” dos nossos cidadãos está (de)formada na partidocracia e só consegue ver e debater o que nos rodeia por esse prisma.
A obra do Dr. Rio no S. João de Deus – que eu sempre conheci por Tarrafal – de destruição e abertura do bairro foi, obviamente uma bênção (apesar de recordar que já estava prevista e programada ainda antes do “reinado” deste novel autarca). Mas, depois da obra no Tarrafal, creio que surgiu – com força, vigor e pujança, na marginalidade e exclusão – o Aleixo. E agora, na previsão do termo do Aleixo, já se vê o início da transferência de actividade para a Pasteleira. Apesar das condições de habitabilidade serem essenciais ao combate à exclusão, há muito mais – e tão ou mais importante - a fazer nessa área. Um muito mais que não vi – apesar da declaração de prioridades – o Dr. Rio a fazer. Por isso é que falar da verborreia do PREC (e eu tinha então menos de 10 anos) quando ainda não se saiu do combate ao PREC (o muro já caiu! E a URSS já não existe!) é um exercício de perfeita coerência. Valha-nos a limitação de mandatos!