2008-09-28

De: TAF - "Se..."

Submetido por taf em Sábado, 2008-10-04 19:14

De: Cristina Santos - "Em 2018 teremos um país rico e coeso"

Submetido por taf em Sexta, 2008-10-03 17:24

Sugere Emídio Gardé que se aceite por boa a proposta do Governo, e que não se pronuncie o povo se não tiver conhecimentos académicos que lhe permitam a participação sem recurso a bairrismos, modismos e outros erros típicos que prejudicam a objectividade, como é o caso das frases longas. Coitado do povo sereno, não sabe falar, não sabe escrever, como pode aferir que a falta de solidez financeira do país se deve sobretudo à falta de investimento no Norte e no interior? Sim, donde é que o povo retirou essa ideia? É obvio que em 2018 o desenvolvimento de Portugal em Lisboa será tão significativo que dará para alimentar todo o território e o Metro do Porto verá finalmente os carris.

Mesmo que assim não seja, em 2018 já todo o povo passou pelas novas oportunidades e terá noções académicas para criticar. Agora não, agora não é o momento ideal. Deixem o Governo governar que, pelo rumo que leva, em 2018 haverá tanto dinheiro que o país até vai poder desperdiçar. Sim porque o Metro do Porto não é propriamente um investimento, é uma coisa que não faz falta ao país, Gaia é um deserto, Gondomar é um deserto, vale ao menos que temos um IPO. Metro é sinónimo de investimento? Não, se o fosse estaria já em curso, para em 2018 se fazer Metro noutras cidades destes país.

Cristina Santos

E-Learning Café da UP


Ao passar no site de Serralves pela parte dedicada às Indústrias Criativas, descobri uma excelente oportunidade de cada um de nós intervir no planeamento e promoção do desenvolvimento do Porto e do Norte em geral: participar como "Associado Aderente" na fundação da nova Associação para as Indústrias Criativas na Região Norte.

Leiam os estatutos propostos. A escritura pública de constituição será a 14 de Outubro de 2008 (uma Terça-feira), às 16h30, na Casa de Serralves. Cada "Associado Aderente" (ver artigo 4º), sendo pessoa singular, terá de pagar uma jóia de 100 euros e quota anual também de 100 euros (artigo 25º) e fica com direito a um voto (artigo 14º), em igualdade de circunstâncias com os "Associados Fundadores" (Casa da Música, Fundação de Serralves, Junta Metropolitana do Porto, Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, Associação Comercial do Porto, Associação Empresarial de Portugal, Associação Nacional de Jovens Empresários, Direcção Regional da Economia do Norte, Fundação da Juventude, Fundação Ilídio Pinho, Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Aveiro e Universidade do Porto). Há contudo uma excepção relevante nessa igualdade, que é a designação da Direcção (artigo 5º).

Acho que é uma oportunidade mesmo a não perder. Para isso é preciso enviar até dia 8, próxima Quarta-feira, a Ficha de Adesão, e depois estar presente no acto de constituição no dia 14. Tenho curiosidade em saber a mobilização que esta iniciativa vai provocar. Era bom que não fossem os mesmos de sempre, que deixaram a região chegar a este triste estado, a decidir por nós todos. Quem tencionar participar, por favor informe-me por email: taf@etc.pt.

PS: Reparei agora que há uma outra diferença bastante relevante entre os "Associados Fundadores" e os "Associados Aderentes": ver alínea 12 do artigo 14º. Ainda assim, acho que vale bem a pena a inscrição. Poderão ser 200 euros e algum tempo bem empregues - nada se faz sem investimento e voluntarismo quanto baste. Eu vou inscrever-me. (Se alguém quiser contribuir: Terras do Vento Norte, CRL - blog "A Baixa do Porto" - NIB: 0033.0000.00049108966.08  ;-)  )

De: António Alves - "Anomia constitucional"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 23:57

O que esta história do Metro vem colocar em evidência é a “anomia constitucional” em que a Área Metropolitana do Porto se encontra. Não possui um órgão que a estruture politicamente. Não tem uma voz democraticamente autorizada que fale em seu nome. Os membros da chamada Junta Metropolitana contradizem-se publicamente e perdem-se em paroquialismos político-partidários. O Governo aproveita para semear a divisão e reinar. Não vamos longe.

O atirar para as calendas da ligação a Gondomar e da segunda linha de Gaia é preocupante e deve ser combatido ferozmente.
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Nota de TAF - por falar na AMP, encontrei este anúncio no respectivo site:

- Apresentação sobre os Modelos de Gestão para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro - 8 de Outubro, 17:00, Europarque, Santa Maria da Feira
- Documentos de apoio

De: Emídio Gardé - "Metro (mais parece um quilómetro!)"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 22:10

Correndo o risco de ser insultado pela maior parte dos participantes (e não só) deste fórum, e sem me identificar com as políticas do presente Governo, gostaria, contudo, de chamar a atenção de que a "regionalização" que está a ser feita do tema "Metro do Porto" me parece um puro e bacoco disparate.

Não existindo, ao que eu saiba, a regionalização do País em termos formais, afirmações como "ESTE GOVERNO É UMA VERGONHA EM RELAÇÃO AO NORTE DO PAÍS!" além de me soarem bombásticas e ocas, terão certamente efeitos contrários aos desejados.

"O povo é sereno" como soía dizer-se nos tempos pós-revolução. E, além de ser sereno, não é analfabeto:

  • - 2.ª fase do Metro (até 2018): 43 kms; 49 estações; Investimento de 1 125 066 000 €. Ou seja, 112 506 600 €/ano. Ou 26 164 325,58 €/km.
  • - 3.ª fase do Metro (de 2018 a 2022): 12 kms; 12 estações; Investimento de 556 684 000 €. Ou seja 111 336 800 €/ano. Ou 46 390 333,33... €/km.

É evidente que qualquer um de nós gostaria que o Metro avançasse "para ontem". Mas sejamos realistas: acham que isso é financeiramente (para não dizer factualmente) exequível? E, se o fosse, não acham que Coimbra, ou Faro, ou Castelo Branco (p. ex.) iriam considerar isso como uma VERGONHA EM RELAÇÃO AO CENTRO (ou ao SUL, ou ao INTERIOR) DO PAÍS?

Haja paciência...

Emídio Gardé

Convite


Boa tarde,

A Fundação da Juventude tem a Honra de convidar V/ Excia para a Inauguração da Exposição de Arquitectura – 10 A de José Carlos Nunes de Oliveira, Paulo Costa e Jorge Vieira, a realizar no dia 3 de Outubro entre as 21h e as 24h, na Sede da Fundação.

O convencional Porto de Honra será servido com música ao vivo pelos Phalazz.

Atentamente,
André Rodrigues
Fundação da Juventude

De: Cristina Santos - "Mário Lino ainda é Ministro?"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 17:58

Quando um político como Mário Lino, depois do desfecho trágico dos projectos que apresentou a este país, ainda é ministro, nenhum projecto deve ser levado a sério, ou aceite sem uma verdadeira luta. A audácia, a supremacia é tanta, que o Ministro que comparou Rio Frio a um doente com cancro nos pulmões se atreve a afirmar que as questões levantadas por Rui Rio, em relação a um projecto de primordial importância para o Porto e seguidamente para outras cidades do Norte do país, são questões disparatadas. Haverá maior disparate que manter este senhor como Ministro?

Creio que projectos apresentados por este senhor não devem ser levados em linha de conta. Este senhor simplesmente perdeu qualquer autoridade que pudesse ter neste país, há ainda muito a dizer sobre o Metro e sobre as prioridades nacionais. Esperamos que Rui Rio, apesar de toda a inabilidade do seu partido na oposição, saiba defender os interesses do Norte, reúna o consenso da Junta Metropolitana e avancem seriamente demonstrando os reais interesses regionais e nacionais.

Este Ministro, a sua opinião, as suas imagens riscadas ainda que do Google, não nos devem fazer perder tempo, já todos os portugueses sabem que é o mandatário dos disparates, é soltar o barro a ver se cola. O Porto não é um deserto e ainda que fosse a voz do Ministro Mário Lino aqui não soa a nada. É nisso que nos devemos focar.

Cristina Santos

De: Jorge Oliveira e Sousa - "Ex-Metro (...) na Avenida da Boavista"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 16:53

E agora? Vamos continuar a ter trilhos a fazer de muros, como sucede na zona central da Avenida da Boavista entre a Rotunda e a Rua de Agramonte? Essa zona poderá passar a ser BUS? Terá algum cabimento? E junto ao Parque na Cidade manter-se-á uma zona tipo pista de aviação? Será que alguém entendido e que não se limite a apresentar a sua opinião, simplesmente baseada no seu bom (ou mau) senso, quererá se pronunciar?

Floreiras lá no meio? Descobri que as floreiras (tipo taça) que já há quase 40 anos estavam nas paragens dos STCP na Avenida, no tempo do ex-Presidente da Câmara Eng.º Nuno Vasconcelos Porto, estão nos Palácio de Cristal integradas no meio da vegetação perto da encosta/Solar do Vinho do Porto. Algo parecido não poderia ser posto para embelezar a zona central da Avenida? Ou ainda melhor, voltar a trazer os eléctricos? Acho que só os “Sizados” é que gostam do cinzentão… como temos, por exemplo, na triste e deprimente Avenida dos Aliados. Ideias novas precisam-se e não estamos a retirar valor a quem já o tem garantido.

Jorge de Oliveira e Sousa
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Nota de TAF:

- Vídeo Rio vs. Lino
- Ana Paula Vitorino diz que proposta para 2ª fase é "excelente" e admite encurtar prazos
- Mário Lino considera críticas de Rui Rio “disparatadas”

De: Porto Redux - "Porto Redux Releases 001* - Nuno Portas"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 16:49

No âmbito da segunda sessão do seminário Porto Redux o arquitecto e urbanista Nuno Portas deixou-nos um texto lapidar, importantíssimo para compreender a complexa questão do Mercado do Bolhão, que não é apenas um problema do mercado, mas de todo o processo de reabilitação urbana das cidades contemporâneas. Fica aqui um fragmento, a leitura do texto completo (que recomendamos) pode ser feita em portoredux:

"5. O caso Bolhão – para além da questão, nada secundária, como disse atrás, de ser renovado mantendo a memória da pedra e do ferro da escola do arquitecto Marques da Silva (que não foi um arquitecto qualquer) – não deixa de levantar uma questão, mais geral, de governância urbana e de conformação arquitectónica.
É a questão da escolha dos programas para certos lugares ou edifícios singulares que se bem doseados podem detonar ou ancorar as reabilitações generalizadas no seu entorno (efeitos colaterais ou de catálise como também se diz).
Estes programas são sujeitos a duas tentações extremas: a da continuidade temática a acompanhar o mimetismo físico ou, no outro extremo, a da mudança radical de programa, em geral por razões financeiras, que já são lugares comuns, e que transformam o existente numa espécie de caricatura, deixando alguns elementos do antigo como alibis envergonhados da mudança. Entre estes dois extremos, o conservador e o novo-rico-fantasista, há felizmente diversas composições de funções e linguagens dos espaços que podem trazer novidade à área consolidada mas decadente à sua volta. Inovação temática que carece de imaginação na alternativa a programas convencionais, serão esgotados, que resultaram noutras situações urbanas e podem falhar nas áreas centrais em perda e pedra. Pré-reformadores imaginativos precisam-se! Do mesmo modo, a ingénua solução de fingir que se conserva a memória do lugar tornando-a "décor" alusivo pode nem ter o efeito de renovação e atraiçoar o de conservação. Arquitectos transfiguradores (com bom senso) precisam-se igualmente!"

Redux: Alguns avisos politicamente (in)correctos
Nuno Portas

++ em portoredux

Este Sábado, dia 4 de Outubro de 2008, terá lugar na rua Cândido dos Reis a 2ª edição do festival de rua "Se Esta Rua Fosse Minha" - 2008. O festival começa às 14h00 e acaba noite dentro. A intenção da organização, em parceria com as entidades que abraçaram este projecto, é proporcionar um festival que devolva às pessoas uma rua que nessa dia será a rua de toda a gente. Venha ser o dono desta rua!

Cumprimentos
Gilberto Figueiredo

PROGRAMA (incluindo programa infantil):

De: Daniel Rodrigues - "Jornalismo..."

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 12:12

«Ricardo Fonseca argumentou que "um shuttle [vaivém] na Boavista não fazia sentido". (...) Não foi o factor financeiro que pesou mais na escolha (a opção Campo Alegre é só ligeiramente mais barata), mas antes uma mistura de razões, das quais se destaca a facto de a zona beneficiada ter um carácter mais residencial e incluir bairros sociais, como o da Pasteleira, com população com poucos recursos. Já a Boavista é uma área mais focada nos serviços, lembrou o presidente da Comissão Executiva, que é também presidente do Conselho de Administração. A opção tomada tem outras vantagens, vincou o responsável: é mais rápida, provoca menos problemas no trânsito rodoviário, serve dois pólos universitários (Campo Alegre e Universidade Católica) e permite a requalificação urbana da Rua Diogo Botelho.»

Destas afirmações contundentes, gostaria de pedir os seguintes esclarecimentos:

  • - O que significa um "shuttle" na Boavista? Julguei que o que estava previsto era uma linha de metro com diversas paragens.
  • - Como é possível que uma linha mais longa, mais disruptiva no tráfego, com mais paragens e sem um canal preparado fique mais barata?
  • - Há mais pessoas com movimentos pendulares nos bairros sociais e residenciais do que em zonas de serviços? (Julgava que as pessoas queriam ir de casa para o trabalho e zonas de lazer, e não circular entre zonas residenciais).
  • - A linha do Campo Alegre é mais rápida? Provoca menos problemas no trânsito rodoviário?
  • - O pólo Universitário do Campo Alegre e a Galiza não ficariam servidos com a 2.ª linha radial para Gaia, que serviria igualmente zonas populacionais bem mais densas que qualquer bairro social do Porto?

Dito isto, concordo que provavelmente uma linha no Campo Alegre tem muitas vantagens sobre a linha da Boavista e pode até fazer mais sentido. Mas não é com areia para os olhos que lá chegamos... E isto cheira-me a nada mais do que isso. E perde-se a oportunidade de avançar para uma efectiva integração de Gaia e Porto, atirando as linhas mais essenciais e necessárias para as calendas gregas. É preciso não esquecer que 50% da força de trabalho no Porto vem da "Margem Sul".

Entretanto, enquanto uns caciques locais bajulam o Governo e Rui Rio abre guerra aberta ao ministério das Obras Públicas, quem atira areia para os olhos vai prosseguindo na sua senda triunfal. Lamento mais este triste episódio, e que o Grande Porto esteja mais uma vez ao sabor do vento.

Cumprimentos,
Daniel Rodrigues

PS: E que pena não pensar numa perspectiva de transportes integrada e aproveitar um canal de Leixões para colocar comboios (e não metro) a fazer a "circunvalação" do Porto, como o António Alves brilhantemente defendeu. A intermodalidade é uma palavra apenas muito boa no papel... Aproveitava-se para duplicar a linha de Leixões, ter capacidade de circulação de mercadorias aumentada e um canal onde podíamos receber os Pendulares em route para o Aeroporto enquanto o resto do país e o sr. Ministro se deliciam e deslumbram com TGV's. O Norte agradecia...

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Nota de TAF: Caro Daniel, o custo da Linha da Boavista vem em grande parte da necessidade de obras para reconfiguração do trânsito nas ruas adjacentes (ver por exemplo estes posts de 2005 e especialmente esta análise de Alexandre Burmester). No Campo Alegre, sendo a linha enterrada, esse problema não se coloca.

De: Jorge Nuno - "Metro"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 12:09

O Governo vem mais uma vez insultar o Norte e mais concretamente o Porto com as últimas novidades do metro. Em primeiro lugar os jornais tiveram conhecimento primeiro que os autarcas. Depois temos de referir que a 2.ª fase que em alguns casos já devia estar a arrancar só vai estar concluída em 2018! Estamos a falar de 43 Kms de obra. A 3.ª que são apenas 12 Kms vai decorrer de 2018 até 2022!

Mais importante se a linha é por um sítio ou outro, é que depois de vários anos à espera vamos ter de esperar mais 10 anos para a segunda fase acabar. Se fosse em Lisboa tudo seria diferente! ESTE GOVERNO É UMA VERGONHA EM RELAÇÃO AO NORTE DO PAÍS!

De: TAF - "Metro"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-02 01:52

De: Luís Gomes - "Alargamento da Rede de Metro"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 23:55

Nestes últimos dias temos sido presenteados com novas informações recicladas e recauchutadas quer do Governo quer da Junta Metropolitana.

Em primeiro lugar existe, quanto a mim, muita desinformação na opinião de alguns leitores. Este anúncio da parte do Governo é fora de tempo, desadequado, desproporcionado e maldoso. Tudo porque porque este Governo tem vindo a descredibilizar sucessivamente as pontes construídas entre estes e a Junta Metropolitana. Após várias promessas assinadas e reconhecidas por todos, todos nos lembramos da troca pouco honrosa do controlo da empresa Metro do Porto por um conjunto de datas e linhas cujos concursos seriam lançados ao longo deste ano. Percebemos agora que o Governo mentiu duas vezes: primeiro vem apresentar datas 2018?!, 2022?! (só pode ser gozo) completamente dispares das que assinou há pouco menos de um ano. A segunda mentira tem a ver com traçados. Foram deitados milhares de Euros fora de Universidades, empresas de consultoria, e muitas horas de trabalho de especialistas que apontaram soluções que anteriormente foram acordadas.

Por tudo isto, deixem-me que vos diga que, independentemente de traçados, de apreço por personalidades ou de entendimentos políticos, o que mais importa é a humilhação com que o Porto e cidades associadas são tratadas.

A discussão sobre a linha da Boavista para mim é secundária. O problema que urge resolver neste momento é as migrações dentro da Área Metropolitana, uma vez que circulam muitos mais milhares em ligações pendulares do que os milhares que circulam intra cidade do Porto. Falo nomeadamente de Valongo, Rio Tinto e Gondomar.

Igualmente, por uma questão de moral e de um honrar de compromissos, deveria ser referida a Linha Verde da Trofa. Concelho que, apesar de ser menos populoso e mais distante do Porto, foi usado como justificação para a Linha Verde que actualmente vai até ao ISMAI. Provavelmente, estariam hoje bem servidos com o comboio, mas para justificar o tal investimento, perderam linha de comboio e ficam com autocarros como se fossem cidadãos de segunda. Caros bloggers, lembrem-se que estas pessoas estão há dez anos sem transporte ferroviário porque quiseram converter linhas ferroviárias em linhas de metro. Vergonhoso.

Quanto ao debate fervoroso entre Linha da Boavista versus Campo Alegre só dá para rir quando lemos as opiniões de alguns defensores do Campo Alegre que sustentam a linha nos defeitos da outra ou nos defeitos de quem a propôs. Para vos avivar a memória, a questão sempre se pôs entre Linha da Boavista e Linha do Hospital S. João (via Circunvalação) e nunca Campo Alegre. Campo Alegre sempre esteve associado à pseudo linha circular.

Não creio que, em tempos de investimentos muito bem acautelados (se é que alguma vez os houve) alguma das 3 linhas seja viável. Como podem ver no post de António Alves no infograma, a intenção seria cobrir o pólo universitário do Campo Alegre / Católica e a zona Residencial da Galiza. Para quem desconhece este pólo universitário fique-se a saber que nos últimos 5 anos saíram do pseudo pólo: Direito, Psicologia, restando apenas Ciências e Arquitectura. Letras está bem servida pela estação da Casa da Música e uma possível estação na Galiza ficaria equidistante.

Tenho dúvidas sobre qual o valor da população em termos residenciais/serviços servida pelas duas linhas até meio dos seus percursos:
- Boavista: Pinheiro Manso, Bessa, Foco, Bessa Leite, Pereiró, Fonte da Moura, Serralves
- Campo Alegre: Galiza, Campo Alegre, Lordelo (junta), Bairros Zona Ocidental
- Tronco possivelmente comum: Pasteleira, U. Católica

Quando referem nos vossos posts o pagamento das obras do Final da Avenida da Boavista, saibam os "entendidíssimos" que quer numa linha quer noutra essas obras estariam pagas, porque se olharem com olhos de ver para o referido mapa conseguem perceber que a Linha Campo Alegre depois da Praça do Império seguirá pela nova Avenida desaguando imaginem só... no maldito do troço intervencionado na Av. da Boavista! Então porque é que os defensores do pagamento da CMP à Metro desta obra não defendem igualmente o pagamento da obra de remodelação feita pela Metro para retirar os carris de Metro do Parque da Cidade (idealizados por Narciso - Gomes - Cardoso) que jamais foram aprovados em momento algum? Certamente por terem a dita costela da politiquice...

Depois da estação do Campo Alegre, pelo estudo apresentado só volta a parar na Praça do Império e Av. Nun'Álvares. Faz sentido? Evidentemente não. O 200 faz isto muito melhor. Cobre Guerra Junqueiro, Lordelo (Junta), Condominhas, Pinheiro Torres, Pasteleiras Norte, Sul, Torres Vermelhas, Quinta de Miramar. O metro é mais rápido deixa o pessoal da "pasta" na Universidade Privada :) , que irá trocar o carro pelo metro (?!), em vez de cobrir a classe média e baixa das zonas residenciais. Depois volta a parar na nova avenida, mais uma estação que irá estar apinhada de moscas, porque não estou a dizer mentira nenhuma se dissermos que a classe média alta de Nevogilde (com menos de 5000 habitantes) sobretudo residente na cota baixa da freguesia, vá trocar o automóvel pelo metro.

Faça-se o Metro para onde e quem realmente precisa!

Um abraço
Luís Gomes
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Nota de TAF: mais uma notícia sobre este tema no JPN - Concentração de bairros sociais pesou na opção pela linha do Campo Alegre

De: Ricardo Fernandes - "Inner City"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 23:45

Na Faculdade de Arquitectura

imagem da autoria de Pedro Bragança


02 OUT 18.30H - FAUP
A escola do Porto - debate
Alcino Soutinho, Jorge Figueira, Gonçalo Furtado, Filipe Magalhães

O conceito de Escola de Arquitectura do Porto foi criado e mantido por alguns críticos para definir um estilo que aconteceria decorrente das aprendizagens auferidas por um conjunto (geração) de professores do curso de arquitectura da Escola Superior de Belas-Artes, actual Faculdade de Arquitectura. Esse conjunto de orientações estilísticas que são associados à ‘Escola do Porto’ vem, para os que a justificam, no seguimento do pensamento de Carlos Ramos, Fernando Távora, Siza Vieira…

Antonio Esposito e Giovanni Leoni, em entrevista a Eduardo Souto de Moura, Fernando Távora e Álvaro Siza referiram a ‘complexidade de pesquisa e relação que esconde a genérica definição crítica de ‘Escola do Porto’. Nessa mesma publicação Álvaro Siza refere que "existem certamente arquitectos de qualidade no Porto, jovens com talento, mas isso ocorre em qualquer lugar. O panorama geral, porém, é horrível. Houve um surto de euforia acerca da ‘Escola do Porto’, utilizada também politicamente, que eu me [Siza] sinto obrigado a combater porque é falsa, fruto de pura hipocrisia. Podem-se falar de influências pessoais, de aprendizagem de um com os outros, mas não de uma escola, existem diversas pesquisas numa arquitectura que hoje é plural, com muitas afinidades; mas se se olha para a cidade, dizer ‘Escola do Porto’ significa dar uma péssima definição."

Ricardo Fernandes
in-ner-city.blogspot.com

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Nota de TAF: Alunos, docentes e especialistas pensam relação entre universidade e o Porto

Todos quantos, independentemente da sua possível orientação política, fizeram valer a sua livre opinião através do movimento cívico contra a colocação do Metro na Avenida da Boavista, estamos de parabéns por termos conseguido, pelo bom senso, fazer valer para já a nossa vontade, contra a opinião particular do Dr. Rui Rio.

Achamos que o Governo foi perfeitamente sensível à razão, ao procurar saber, numa escala de prioridades, quem mais o Metro beneficiaria, neste caso todos quantos no Porto, e muitos são, se dirigem de e para as Universidades e bairros da linha do Campo Alegre.

É bom que se saiba que isto não invalida que muita gente minha conhecida que, tal como eu, militamos ardentemente neste movimento, não achemos que o actual Presidente tem conduzido globalmente bem a cidade e nele seguramente voltemos a votar se se candidatar como esperamos.

Por último, que este acto de teimosia sirva de exemplo também no Parlamento onde muitos dos nossos representantes locais desconhecem os seus eleitores e vice-versa e que se lembrem de que, por vezes, a disciplina de voto colide frontalmente com a opinião de muitos dos seus próprios votantes.

Precisamos de saber na nossa zona eleitoral, quem, quando, onde e como podemos falar com quem ajudamos a eleger.

Jorge de Oliveira e Sousa
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Nota de TAF - sobre este assunto:

- Rui Rio acusou o Governo de "má fé" por não cumprir o Memorando de Entendimento assinado em 2007 (no site da Câmara)
- Metro do Porto: Governo não quer fazer "rigorosamente nada", acusa Rui Rio (no JPN)

De: Alexandre Ferreira - "Associação de Cidadãos - 2ª Reunião"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 17:14

Cartaz da reunião da Associação de Cidadãos do Porto


No seguimento do encontro da Associação de Cidadãos do Porto, realizado no dia 12 de Setembro, vimos por este meio anunciar a 2ª Reunião, que se irá decorrer no dia 17 de Outubro. Nos próximos dias serão divulgados neste blog mais detalhes deste encontro. Os interessados poderão inscrever-se através do mail porto.agora@gmail.com.

Em tempo de redefinições no campo económico e social a nível global, este é o momento certo para decidir o nosso destino colectivo.

Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira

De: TAF - "Leituras"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 14:53

- Na Porto Vivo pelos vistos leram o meu comentário de ontem e já corrigiram a lista dos membros dos órgãos sociais. Continuo a achar estranho existirem dois administradores delegados e aparentemente nenhum presidente da Comissão Executiva, mas eles lá sabem as linhas com que se cosem. (Desconfio é que só souberam depois da nomeação, mas isso é outra questão...)

- Carlos Romão "voltou ao trabalho" n'A Cidade Surpreendente e n'A Outra Face :-)

- Elisa Ferreira vai ser convidada para se candidatar à Câmara do Porto, diz concelhia do PS
- Governo acusado de manipular o metro do Porto com fins eleitoralistas - Pois, pois, a culpa agora é dos outros...
- Importante será conhecer o faseamento das novas obras
- Esquadra da PSP de Francos tem condições "infra-humanas"
- Assembleia Municipal do Porto tenta regularizar demolição das torres do Aleixo
- Rui Sá pediu o contrato das corridas da Boavista há dez meses, sem sucesso - Isto é realmente inaceitável e vergonhoso! Onde está afinal a transparência?

- Serviço de aluguer de carros quer melhorar mobilidade em Lisboa
- CP já permite aos passageiros levarem a bicicleta nas carruagens a toda a hora

- Decreto-Lei n.º 192/2008, D.R. n.º 190, Série I de 2008-10-01 - Altera as bases da concessão do sistema de metro ligeiro da área metropolitana do Porto e os estatutos da Metro do Porto.

PS:
- Metro do Porto: ministro confirma opção pelo corredor do Campo Alegre
- Concelhia do PS congratula-se com opção pelo Campo Alegre
- Segunda fase de obras atira Linha da Boavista e segunda linha de Gaia para 2022

De: Rui Encarnação - "Consequências"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 14:47

Ao contrário do que é típico no Porto, estamos a viver uma época sem consequências. E inconsequente.

1- Não creio que o metro na Avenida da Boavista, ou qualquer outro transporte púbico moderno – que não os tradicionais autocarros - seja um mal em si mesmo. Pelo contrário, satisfaria as necessidades de muita e muita gente que se dirige à Foz, e de muita gente que nela circulava e a utiliza (quer para cima da Fonte da Moura – com todos os serviços que lá existe – quer para baixo desta – onde vive gente e existe a praia, o Parque da Cidade, etc...). Agora que é inaceitável que se façam pretensas obras de requalificação na Avenida sob pretexto de uma linha de metro que não existe, ai isso é; como inaceitável é que quando a CMP vai ser obrigada – ou deverá – repor o custo que a Metro do Porto suportou com essas obras que haja e se tirem consequências desse acto.

2- Que é facto assente a necessidade de intervenção no Bolhão não há dúvidas. Agora que se pretenda vender o Bolhão e travesti-lo de centro comercial a uma qualquer empresa, que se faça um concurso e se eleja um vencedor sem assegurar que todo o dinheiro, tempo e meios gastos tiveram utilidade, é, claramente, algo de absolutamente inaceitável. E algo que tem de ter consequências.

3- Surpreendentemente, e para além das questões respeitantes à discussão da essência destes dois problemas (escolha da linha do Campo Alegre – de extrema importância – reformulação do projecto do Arqtº Massena ou adopção de outros) é inaudito que ninguém ouse exigir de quem gere a CMP os comportamentos e atitudes que se impõe. Em primeiro lugar que se explique, e explique de forma cabal e à moda do Porto (isto é, ponto por ponto e tudo muito bem explicadinho), as razões que levaram a serem praticados actos e realizadas acções e obras que se traduziram já em prejuízo para a CMP e que poderão importar ainda outros danos. Em segundo lugar que se assumam, por quem gere a CMP, as consequências dos actos praticados.

A questão parece ser de somenos, no confronto com a essência e relevância das questões em discussão, mas na verdade não o é. Se pensarmos bem, pelo menos nestas duas decisões a CMP – nesta gestão – agiu sozinha e por sua livre e teimosa vontade, não dando ouvidos, nem querendo ouvir, ninguém. E se o fez assim nestas questões, também o fez em muitas outras, como voltará a fazer. Por isso, esta forma de actuar, e de não assumir as responsabilidades nem extrair consequências dos actos, só permite que o tempo passe e nada se resolva. E o tempo, esse tem um valor que não é compensável por perequações ou outros.

De: João C. Costa - "Como disse ...?"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-01 00:31

De passagem pelo "Pouco que li..." do Tiago tropecei nos apontadores e na própria notícia do Público, a propósito do afastamento da Linha da Boavista com este excerto "...Além de o protocolo ter sido aprovado numa altura em que o próprio presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, ocupava também a presidência da empresa do metro" [Protocolo para a requalificação da Avenida da Boavista]. Sobre isto, deixo dois comentários a acrescentar aos que implicitamente lá estão:

  • - Então não era este um dos defeitos apontados a Fernando Gomes (a concomitância com o betão) contra a impermeabilidade deste Executivo? "Connosco acabaram-se as clientelas..." ouvimos logo a seguir à tomada de posse... Pois.
  • - Conforme escrevi aqui (o que prova que se eu tive essa "clarividência", toda a gente viu o mesmo depois da Tertúlia do Guarany) só a Avenida esventrada não se concretizou.

Para remate e para os mais distraídos, lembro que este Executivo já em Março deste ano se tinha visto na necessidade de aprovar um Orçamento Rectificativo para obviar aos compromissos assumidos perante os fornecedores. Boa gestão, esta de "contar com o ovo no ... da galinha". Conforme já comentei fora daqui, talvez este e outros assuntos que ultimamente não têm corrido conforme previsto expliquem o recente azedume de Rui Rio com o actual Executivo da Metro do Porto.

Agora, não me vão dizer que a este Executivo não lhe vai ser cobrada a veleidade, pois não? E espero que não me venham outra vez com aquela história de que não tínhamos alternativas, porque se não as tínhamos foi por não termos sido capazes de as preparar.

João C. Costa
joao.ccosta@clix.pt

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