2008-06-22

De: TAF - "A cidade pensada pelos seus habitantes"

Submetido por taf em Sábado, 2008-06-28 22:18

De: TAF - "Já que estou na onda de apontadores..."

Submetido por taf em Sábado, 2008-06-28 01:59

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2008-06-27 16:24

- Dois dias (hoje e amanhã) para dinamizar a Ribeira do Porto sem parar
- Programação completa do Trásfusão
- Trásfusão anima ruas da Ribeira e da Baixa com música, exposições e... busking

- Empresa de Obras Públicas gastará menos 5 milhões
- Câmara do Porto aprova terça-feira primeira revisão do orçamento este ano
- Porto Feliz a descoberto
- Porto já tem uma bandeira azul e Rui Rio quer conquistar outra
- O PS nas autárquicas
- Parecer denuncia violações do QREN
- Balanço do ON - Programa Operacional Regional do Norte 2000/06
- Health Cluster Portugal apresentou plano de actividades para 2008/2010

- Mais de cinco milhões de euros e um Cartão Universitário Inteligente resultam de protocolo entre U.Porto e Santander
- UP: Duas faculdades vão ter que ficar de fora do Conselho Geral
- FUTURE PLACES (Festival de Media Digitais) e Programa de Residências Criativas

- Semana das Escolas de Teatro em espaços não convencionais
- Cooperativa experimenta habitação de luxo a custos controlados nas Fontainhas - T1 a 62 mil euros

PS - mais alguns:
- Galiza/Norte de Portugal: Governo espanhol aprovou hoje agrupamento de cooperação para a euroregião
- QREN: Junta Metropolitana do Porto vai apresentar queixa contra o governo português no Tribunal das Comunidades
- JMP quer mais objectividade no novo regime dos recibos verdes
- AEP e Confederação de Empresários de Pontevedra colaboram nas áreas da logística, portos, transportes e parques empresariais
- Grupo Lena lança semanário para o Norte

PS 2 - e ainda mais:
- Semanário Grande Porto até ao final do ano
- QREN: Alegadas violações por verbas transferidas do Norte para o Sul são "grande mal-entendido" (Nunes Correia)
- Hoje: Rusgas de São João em directo
- Zona oriental do Porto à espera de mais investimentos - Fotogaleria

De: APSPBA - "Artigo JN"

Submetido por taf em Sexta, 2008-06-27 14:39

- Moradores fazem 9.º ano a pensar numa vida melhor

"O certificado ainda não chegou, mas a declaração que Anabela Andrade carrega na mão basta para fazê-la sorrir. É uma entre os 11 formandos e moradores no Bairro do Aleixo, no Porto, que concluíram a equivalência ao 9.º ano de escolaridade."

Comentário:
Tomamos a liberdade, mais uma vez, de sugerir uma notícia que, mostrando o lado bom do nosso bairro, passou despercebida.

Os nossos melhores cumprimentos,
A Direcção da APSPBA
--
Associação de Promoção Social da População do Bairro do Aleixo

De: Tiago Oliveira - "O consumo chegou ao Parque da Cidade"

Submetido por taf em Sexta, 2008-06-27 14:28

No Parque da Cidade

No Parque da Cidade

Constato hoje que a guerra que a CMP travou contra o betão armado no Parque da Cidade não era uma guerra ecológica e muito menos uma guerra ideológica. É lamentável o estado em que se encontra uma das maiores conquistas no espaço urbano da cidade. A envolvente do edifício transparente transformou-se, ao longo dos últimos meses, num território selvagem onde empresas privadas fazem o que querem e onde a Porto Lazer confirma a sua verdadeira vocação.

Consuma-se em lazer.

Tiago Oliveira

De: TAF - "Mais apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 20:45

De: Luís Gomes - "Praias"

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 16:44

Uma vez começada a época balnear e terminadas que estão as grandes intervenções na orla costeira do Porto, vejamos então o que mudou e o que poderia ter mudado:

  • 1. Os esgotos parecem ter, definitivamente, desaparecido por de entre a areia. Parece-me ter sido este o motivo principal para a obra que foi levada a cabo. A ideia do colector realmente não me passaria pela cabeça. Mas penso que foi uma solução adequada para captar os esgotos ilegais. Penso que numa ou noutra praia poderia ter-se eliminado os vestígios dos esgotos, uma vez que pelo menos no Molhe existe um esgoto que apesar de esburacado ficou com alguns pedaços ainda sobre o mar.
  • 2. O betão foi bem vindo, sobretudo para quem corre ou para quem passeia de bicicleta, sempre pode usufruir duma viagem menos atribulada e traz mais comodidade.
  • 3. Os chuveiros ficaram sem estrados, davam um certo jeito para quem se refresca...
  • 4. O que falhou no meu entender foi a qualidade da areia. Como não choveu quase nada desde então a areia encontra-se muito suja, e a qualidade da areia que foi depositada deixa um pouco a desejar. Continua bastante suja e, se realmente as praias irão ter bandeira azul, entendo que deveriam existir suportes para cigarros e mais sensibilização para o lixo que de vez em quando lá aparece na praia. Algum do cimento do alcatrão caiu para a areia e não houve muita preocupação em limpar a areia minimamente.
  • 5. Os muros de protecção e a Pérgola estão a ser renovados, pintados e cimentados dão outro ar completamente diferente!
  • 6. Gostaria que fossem renovados os jardins, os bancos e o chão junto às praias, na medida em que, com as obras, ficaram em muito mau estado e não condizem com as obras implementadas na parte inferior da marginal.
  • 7. Seria interessante colocar, a exemplo do Parque da Cidade, aparcamentos para bicicletas nas zonas mais largas da marginal para maior comodidade dos utentes.

Penso que não pedi muito aos responsáveis :) Ainda assim, acho que já foi feito muito e estou satisfeito com as obras levadas a cabo.

Um abraço.
Luís Gomes

De: Luís Gomes - "Susto"

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 14:47

Quem tiver lido nos últimos dias este Blog certamente deve levar um susto. A mim não me faz diferença nenhuma o moderador do blog colocar aqui informações do congresso do PSD. Até porque nunca vi este blog como bairrista, ou apenas de desabafos. Leio porque tem apontamentos relacionados com a região do Porto, e com problemas que afectam o dia a dia do cidadão. Pena é que que alguns participantes continuem a fazer crer os leitores apartidários de parvos.

Primeiro esta pérola "má gestão e estupidez duas das três câmaras mais endividadas do país estourarem dinheiro num fogo tão exuberante", que eu saiba milhares de pessoas dirigem-se ao Porto para poder assistir a este espectáculo. Informe-se no Posto de Turismo do Porto e veja a afluência de turismo que uma Festa de São João atrai. Daquilo que eu pude ver, a CMP não está na falência e há vários anos que a divida desta para com os privados têm vindo a descer. Se as elites não gostam de foguetório eu acredito, mas como diz o ditado popular o "povo é quem mais ordena"!

Estava tentado a não falar da "malta" que se insurgiu contra as notícias do congresso e das insinuações à idoneidade do moderador. Apenas vos digo que, a meu ver, quanto menos independentes forem os comentários, os leitores que por aqui passam deixam de dar credibilidade a pessoas que sistematicamente praticam o "bota a baixo". Sejam construtivos, e não destrutivos.

Um abraço,
Luís Gomes

P.S.: Fotografias como as do S. João são sempre bem vindas!

De: Rui Encarnação - "A ética da Justiça"

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 14:27

Vi através dos apontadores duas pequenas notícias sobre o velho assunto do Rivoli. Sem querer discutir as opções da Câmara para o nosso Teatro Municipal, assaltou-me uma interrogação dupla por me recordar das intervenções do Dr. Rio e do Dr. Santana Lopes no congresso do PSD.

A propósito do estado da Justiça, não consigo perceber como é que a CM do Porto gere agora directamente, e não através da sua defunta Culturporto, o Rivoli, escolhendo as peças, pedindo ao Sr. La Feria / Dª Ermelinda para angariar companhias e peças, ou seja, fazendo o que fazia a tal Culturporto, mas se permite afirmar e jurar a pés juntos que o Rivoli é um espaço vazio, desocupado e que não é gerido por ninguém, apenas para tentar fintar e driblar a Lei – é o que escreve nas acções judiciais que lhe movem os trabalhadores do Rivoli. Afirmações, infantis e grotescamente inverídicas, que só são produzidas para que a CMP possa aspirar a não ter de readmitir os trabalhadores da Culturporto que escorraçou, de um dia para o outro, sob a invocação de que a entidade patronal se extinguiu e que o Teatro deixou de funcionar como tal...!

Por aqui se vê que, no que à CMP toca, o estado da Justiça depende das leituras e interpretações da Lei que pensa poder fazer para salvaguarda de um suposto seu interesse, que neste caso é portar-se como uma pessoa de mal, sem formação, convicções ou respeito por quem trabalha. E aqui entronca a intervenção do Dr. Santa Lopes. Onde ficou, para os trabalhadores do Rivoli, a ética da política e da própria vida? Então eles, que não são políticos nem ocupas, e que trabalharam anos a fio em prol da cidade, de acordo com o que a CMP determinou – e desde 2001, com a gestão do Dr. Rio – podem ser corridos e varridos do seu local de trabalho só porque alguma luminária assim decidiu e apenas para entregar o teatro, livre e desimpedido ao Sr. La Feria?

E a lei?, e os direitos das pessoas? E o respeito pelas pessoas? E a Justiça de semelhante atitude? Perdoem-me, mas não chega dizer-se que o Dr. Rio esteve mal neste assunto, mas que faz, e fez, bem em muitos outros. É que quem faz destas uma vez e nestes assuntos, faz outras nos que tiver que fazer, ou nos que lhe apetecer... É o estado da Justiça e da Ética.

De: TAF - "Notícias"

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 03:04

De: Pedro Bragança - "Artifício "

Submetido por taf em Quinta, 2008-06-26 02:25

Não será uma expressão clara de novo-riquismo-puro, má gestão e estupidez duas das três câmaras mais endividadas do país estourarem dinheiro num fogo tão exuberante? O que tem o PSD do meu caro TAF a dizer sobre esta demonstração anti-rigor orçamental tão forte em duas das suas câmaras mais importantes? S. João apenas será considerado S. João se tiver barcos a explodir luz e cor? Não serão 25 minutos excessivamente caros? Não há formas mais baratas e com mais qualidade de animar a cidade (até com fogo de artifício) durante a noite de S. João, à escala, medida e proporção do que se fez no Serralves em Festa, ou no FITEI - por exemplo?

E o convite ao homólogo de Lisboa? É apenas para completar a trilogia dos endividamentos e mostrar as boas práticas para se ser um mau autarca, ou mostrar como gastar dinheiro mal gasto ao aprendiz?

Cumprimentos.
Novas felicitações, Tiago, por tão boa fotografia.

Pedro Bragança
--
Nota de TAF: Obrigado! Já agora, a propósito de fotografia, houve quem não tivesse percebido a ironia contida no texto que acompanhava estas fotos do congresso do PSD, de modo que acrescentei lá um post scriptum a explicar. :-)

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2008-06-25 21:42

De: Rui Rodrigues - "Falso argumento da saturação da Portela"

Submetido por taf em Quarta, 2008-06-25 16:40

- Reportagem vídeo de 5 minutos na TVI

Cumprimentos
Rui Rodrigues
--
Nota de TAF: o documento referido na reportagem.

De: TAF - "Na noite de S. João"

Submetido por taf em Quarta, 2008-06-25 02:14

No Metro


No Metro


De: TAF - "S. João!"

Submetido por taf em Quarta, 2008-06-25 01:35

Fogo de artifício


Fogo de artifício


Fogo de artifício


Fogo de artifício


(Fotos recolhidas a partir deste local)


De: Rui Encarnação - "Perdão?"

Submetido por taf em Terça, 2008-06-24 23:58

Caro TAF:

Fui seguindo os seus posts cronológicos a propósito do congresso do PSD/PPD. Fiquei assombrado e aterrado com as palmas, vivas e outras manifestações de alegria com o protagonismo novamente assumido pelo nosso (pelas regras democráticas) Presidente da Câmara e, também, pelo conteúdo da sua brilhante intervenção.

Se bem percebi, quando o PSD se reúne em congresso para discutir caminhos, rumos, para o combate político de oposição e, principalmente, para o país (pelo menos deveria ser assim), o Dr. Rio vai e desata a carpir mágoas sobre o estado da Justiça? Perdoem-me, mas o problema essencial do país, ou um dos problemas essenciais do país é a Justiça? É por isso que o país se atrasa dia-a-dia e lenta, mas firmemente, caminha para sua declaração de insolvência? Se for, teremos encontrado o iluminado que nos vai tirar desta desgraça e desnorte em que nos encontramos, pois com uma larga fornada de juízes, com a ilegalização do julgamento de questões políticas nos tribunais (e já agora desportivas, de capitais, de investimentos, de aplicações financeiras no estrangeiro, etc, etc...) e meia dúzia de edifícios, acompanhados por alguns computadores, está resolvido o problema e passaremos todos a viver melhor.

Mas se não for bem assim, se esse for apenas um dos problemas que nos assolam, mas não for nenhum dos fulcrais, dos essenciais, então, perdoem-me, mas: PARA QUE RAIO FALOU O SENHOR DA CRISE NA JUSTIÇA! E palmas? E Vivas? E festa e alegria? Porquê? Será que se vão aplicar nas próximas campanhas do PSD os princípios da extrema solidariedade social, e ficarem proibidos os anúncios de televisão, os outdoors, os flyers, os chapeuzinhos, bandeirinhas e caravanas, e vão passar a fazer-se sopas dos pobres nos bairros sociais, entre lágrimas e abraços comovidos por tanta solidariedade...

Meu caro: Perdoe-me, mais uma vez, mas o que se vê do congresso, e de congressistas destes, é a absoluta falta de pensamento político. Não de pensamento da política partidária, pois nisso vejo muito brilhantismo / maquiavelismo (sem desprimor), mas sim de pensamento sobre a essência da política na sua dimensão social e fonte da organização das sociedades... Ou seja: sobre o que é que PSD pensa fazer para que o País, o Norte e o Porto, ultrapassem esta monstruosa crise, como é que pensa projectar o País, o Norte e o Porto, no futuro, nada. Absolutamente nada!

E Viva a credibilidade da nossa (cruz credo!) classe política...

De: António Alves - "Gato por Lebre"

Submetido por taf em Terça, 2008-06-24 13:42

Notícia do Sol


Como qualquer pessoa com alguns conhecimentos sobre caminho-de-ferro já concluíra, tudo indica que a linha Lisboa-Madrid não será em alta velocidade (350 km/h) mas sim em velocidade elevada (250 km/h). Os espanhóis no seu plano de infra-estruturas (PEIT) sempre classificaram a ligação a Lisboa, via Badajoz, como uma linha para tráfego misto. Ora, como não existem linhas para tráfego misto que comportem, por razões técnicas e de manutenção demasiado dispendiosa, comboios de alta velocidade, um silogismo simples concluiria que os espanhóis nunca estiveram interessados em construir um “TGV” entre Madrid e Lisboa. Aliás, nem sequer é Lisboa que lhes interessa. Interessa-lhes sim valorizar o papel de Badajoz enquanto porta de entrada na Lusitânia e o acesso à face atlântica desta para as suas mercadorias. Só cá é que se convenceram (ou quiseram convencer-nos) que teríamos um “TGV para nos ligar à Europa”. Segundo os planos do Governo, vamos mesmo cair no ridículo de construir duas linhas até Badajoz (a do “TGV” e uma para comboios de mercadorias de Sines a Badajoz) e depois todos os comboios, sejam eles de mercadorias ou “TGV’s”, passarão a circular na mesma via Espanha adentro. Porque é que ainda nenhum deputado (de preferência do Norte) pediu ao governo uma justificação para o facto de sendo a linha do “TGV” Lisboa-Badajoz para tráfego misto, isto é, para comboios de mercadorias e passageiros, qual é a necessidade de duplicar infra-estruturas construindo uma linha só para mercadorias?

Ora bem, se o “TGV” Lisboa-Madrid a 350 km/h já seria praticamente inútil para cerca de metade dos portugueses, aqueles que vivem a norte de Coimbra, agora, com velocidades de 250 km/h, ainda pior. Ninguém que viva em Braga estará interessado em descer 350 km/h para sul e depois fazer mais 700 km (200 km para leste e mais 500 km de novo em direcção ao norte) para chegar a Madrid. Se olharem para um mapa repararão facilmente que Madrid se encontra sensivelmente à latitude de Coimbra. Será sempre mais barato ir de avião ou até de automóvel. Mas o tráfego de passageiros nem sequer é a variável mais importante. A variável mais importante é o escoamento das nossas exportações por caminho-de-ferro.

É sabido que o grosso das exportações portuguesas para a Europa tem origem nas Regiões Centro e Norte. Se nada for feito, e a ligação Lisboa-Madrid for a única, como tudo indica, a ser construída, as exportações destas regiões sofrerão um agravamento de custos pela distância superior e maior consumo de tempo que obrigatoriamente suportarão se tiverem que continuar a utilizar a Linha da Beira Alta que é em bitola ibérica e sem tracção eléctrica a 25 KV do lado espanhol, o que provoca inconvenientes rupturas de carga com as respectivas ineficiências. A nossa região terá que estar muito atenta e exigir terminantemente a construção duma via ferroviária em bitola europeia que a ligue ao eixo estratégico de Salamanca-Valladolid, seja ela a já quase virtual ligação Aveiro-Salamanca ou a reactivação da ligação pela Linha do Douro. Se esta região não perceber a importância estratégica deste desiderato arrisca-se a ficar ainda mais isolada no contexto ibérico e europeu e exclusivamente dependente da ligação através da Galiza. Que é importante, mas para outras valências que não esta.

Ontem, no programa ‘Antena Aberta’ da RTP-N, ouvi o economista Camilo Lourenço dizer que era contra o “TGV”, mas a única hipótese que admitia, em último caso, seria o “TGV” Lisboa-Madrid e nunca o Lisboa-Porto. Tenho ouvido esta opinião a muitos plumitivos de Lisboa e até em gente do Norte. Nada mais provincianamente ridículo, principalmente vindo da boca de um economista. Esta posição baseia-se apenas no facto de essa ligação se efectuar entre duas capitais. Se existe ligação minimamente sustentável para um “TGV”, porque o tráfego que gera será sempre muito superior, é o Lisboa-Porto e não Lisboa-Madrid. Os próprios estudos da RAVE o provam. Mas, como ele, eu também sou contra o “TGV”. Para o transporte de passageiros uma boa rede de ‘altas prestaciones’ seria suficiente.

Sobre este assunto recomendo a leitura de um pertinente trabalho de Henrique Oliveira e Sá publicado no Maquinistas.Org.

De: Rui Valente - "Coragem ou teste à paciência?"

Submetido por taf em Terça, 2008-06-24 13:29

Receio bem não me incluir na excelência do "público-alvo" a que o Tiago se dirigiu nos seus posts, mas se não for inconveniente para a saúde do blogue acrescentar o pensamento de um não alinhado, agradeço ao Tiago, desde logo, a admissão deste meu comentário.

Primeiro: a explicação do Tiago sobre a democracia é teoricamente correcta, mas na prática (passe o simplismo da comparação), equivale à descrição do funcionamento de um automóvel sem revelar o fundamental: que o motor é ineficaz. Não funciona. Às tantas, vou escandalizar muitos leitores da Baixa, mas só mesmo uma revolução de verdade é capaz de restaurar a credibilidade do regime democrático. Creio sinceramente que a convicção do Tiago em poder "influenciar" melhor as lideranças estando por "dentro" do partido é autêntica, mas a questão que é preciso colocar é quantos anos serão ainda precisos para encurtar a distância entre as bases e as cúpulas partidárias, até que a sua voz seja seriamente "ouvida" e respeitada? E viver no Porto, ou ser do Porto (já chegamos a este ponto), é ainda outro obstáculo que não sei se o Tiago considerou quando se filiou no PSD. O Dr. Luís Filipe Menezes que o diga...
Portanto Tiago, a sua decisão, mais do que um acto de coragem, é um enorme teste de paciência e confiança. Tiro-lhe o chapéu, mas - sem querer desmoralizá-lo - duvido dos resultados. Daqui a uns (muitos) anos, se formos ainda vivos e entretanto não ficar decepcionado com a experiência veremos os resultados. Pergunto-me: será que até lá o Tiago não se terá transformado em mais um número acomodado à politiquice, ou terá batido com a porta? Se o factor tempo for para si indiferente, então o assunto torna-se mais complicado, pois significa que ficaremos todos "pacientemente" a burilar a democracia entretanto indiferentes às péssimas condições de vida do povo, e isso é o que já temos.

Segundo: nem desonestidade intelectual pode ser (como bem refere) confundida com militância, nem militância política é sinónimo prévio de honradez. Concordo que devia ser, mas não é. A honradez da classe política precisa de ser restaurada, pode ser que o Tiago dê uma ajuda para a reconquistar... Hoje como ontem, embora o preconceito do status social ainda dê a volta à cabeça de muita gente, o que conta mesmo é o conteúdo do que se é, e exercer a política não é propriamente a actividade que hoje em dia mais respeito infunde ao povo.

Terceiro: a exposição pública do cepticismo das minhas opiniões já me rendeu uns mimos "calimerianos" aqui neste blogue da parte de uns senhores bem identificados, mas quando se dá como dado adquirido o fracasso da construção de novos partidos está a fechar-se a porta à inovação e a revelar uma concepção exageradamente conservadora do regime democrático. Os partidos de governo (PS e PSD) estão velhos, sem ideias, em vias de colapsar, não dão sinais de mudança nem mostram vontade e seriedade para dar o salto qualitativo. Os políticos têm medo de debater a Regionalização, porque preferem submetê-lo às estratégias eleitoralistas e, só depois, quando dá jeito, ao eleitorado. Têm "medo" de discutir activa e conscientemente a descentralização, a concentração do poder mediático na capital, a ruína e o desprezo votados ao Porto, porque "temem" a perda do poder pelo poder. Esta é apenas a minha opinião pessoal, mas tão apenas como qualquer outra.
É um trabalho de formiguinha, difícil, quase utópico, mas à escala do insignificante poder que possa eventualmente usufruir enquanto cidadão, liberto de amarras partidárias inconsequentes e castradoras, vou dando o meu contributo para tentar convencer as pessoas a exigir a remodelação desta democracia. Para mim, a prioridade é essa, porque a democracia que há em Portugal é uma fraude. E se para mudar tiver que ser através de uma revolução, então que seja. A União Europeia não pode servir de almofada para democracias estéreis, falidas e sem resultados práticos na vida dos povos.

Rui Valente

De: TAF - "Algumas respostas"

Submetido por taf em Segunda, 2008-06-23 14:29

Cara Teresa Stillson e caro José Sá

São ambos excelentes exemplos do "público-alvo" a quem eu pretendia dirigir os meus posts sobre o Congresso do PSD. :-)

O congresso, para este efeito "ilustrativo", poderia também ter sido do PS, o outro grande partido com vocação de poder em Portugal. Acontece que o congresso a que eu tive acesso, e que decorreu agora, foi do PSD. Mas isso já comentei aqui. O meu objectivo não é aliciar votos para o PSD, mas sim incentivar as pessoas a que defendam as suas ideias em qualquer partido político. Não é esse o único caminho de intervenção cívica, mas é um deles e, a meu ver, importantíssimo. Apesar de haver algumas pessoas a quem, pelo menos numa primeira impressão, o assunto não interesse, pelos vistos há também outras aqui no blog que apreciaram o "relato". Quem achar que é perda de tempo, é só passar à frente e ler os outros textos. ;-)

Vamos por partes.

Primeiro: o sistema político que temos é uma Democracia representativa, ou seja, é suposto a vontade do povo ser representada pelos partidos políticos, que depois geram um Governo. Por isso, a menos que se dê alguma revolução, qualquer acção eficaz no sentido de influenciar a governação terá de passar pela "conquista" dos partidos. Dizer que os partidos estão desacreditados e que não inspiram grande confiança será provavelmente a constatação de um facto mas, principalmente, o melhor argumento para que haja um envolvimento muito mais intenso dos cidadãos (a tal "militância") para mudar o estado de coisas.

Segundo: não se confunda "militância" com "desonestidade intelectual", ou "clubismo". Eu, ao militar num partido, não deixo de ser quem sou nem de pensar o que penso. Não procuro nenhum "chefe", nenhum "salvador", nenhum "líder iluminado". Pelo contrário, procuro "iluminar" o líder! Tento convencer o líder e os outros militantes da qualidade e adequação das minhas propostas, procuro com eles construir um projecto alternativo de Governo.

Terceiro: apesar de ser uma via possível, a criação de novos partidos (ou quaisquer outros movimentos cívicos de intervenção política similares) não me parece a solução mais eficaz. Afinal é preciso votos que sustentem propostas! Ou seja, nem que sejam para mudarem de partido, é preciso convencer os votantes dos actuais partidos (e, eventualmente, fazer diminuir a abstenção). Para isso então mais vale "atacar por dentro".

Mais tarde continuarei a resposta. Entretanto, cara Teresa Stillson, deixe-me dizer-lhe que tem estado desatenta ao que se escreve aqui n'A Baixa do Porto, pois no relato do congresso dei nota das referências à regionalização, e também já anteriormente tinha havido posts sobre a "troca de galhardetes" entre Rui Rio e António Costa.

BOM S. JOÃO!

De: Pedro Bismarck - "São João, Saint John, San Juan"

Submetido por taf em Segunda, 2008-06-23 14:26

São João, Saint John, San Juan!!!

Se ainda não sabe, tem de saber! Hoje sim é dia para buzinões e marchas lentas!
Aqui ficam algumas sugestões Sanjoaninas para hoje em:
opozine - manual de instruções para a cidade.

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