De: TAF - "Algumas certezas sobre as freguesias"
Caro Pedro
1) O PSD/Porto não tem a ilusão de que é possível alcançar o óptimo. Prefere uma boa solução implantada em tempo útil.
2) No debate interno estiveram envolvidos muitos militantes, e muitos não-militantes foram consultados por quem voluntariamente se preocupou em estudar o assunto. No meu caso, aquilo que fui aprendendo aqui no blog foi-me extraordinariamente útil. Consultei apenas mais uma ou outra fonte de informação (Censos 2001 e 2011, estudos da CMP e de outras entidades, e pouco mais), e recorri ao meu conhecimento da cidade (já morei em Paranhos, na Foz Nova, na Foz Velha, em Cedofeita e agora no Centro Histórico). Não senti necessidade de fazer muitas contas nem de procurar mais informação para formular a minha proposta pessoal. (Contudo houve quem tivesse feito estudos sofisticados no Excel, desenhos e mais desenhos de simulação, etc. e ao fim chegasse a mapas, na minha modesta opinião, bem mais fracos que o meu, mas enfim...) Já que foi referido o geógrafo Rio Fernandes, ele já se pronunciou aqui sobre a minha proposta.
3) Os estudos são importantes, mas não são eles só por si que garantem um resultado positivo na reorganização do território. Estudos já há muitos, teorias várias, propostas concretas é que havia poucas. Mesmo no PSD, a minha foi a primeira a especificar um mapa de freguesias e respectivos limites. Só a prática irá mais tarde validar (ou não) as alterações na administração do território.
4) O Livro Verde é apenas uma referência. Explica os objectivos gerais e os critérios genéricos, mas não pretende entrar no detalhe de cada freguesia em particular - se fica como está, se é fundida, se é dividida, ... Ninguém me entregou um caderno de encargos nem colocou restrições. Para falar verdade, só consultei o Livro Verde depois de ter feito o desenho. :-)
5) O PSD/Porto tem uma proposta que é sujeita a melhorias, mas é também uma base de trabalho estável. Ou seja, ao iniciar negociações partindo de 6 freguesias com estes limites, não vai terminar em 47 freguesias com pressupostos completamente contraditórios... Já chegou internamente a conclusões (certas ou erradas, mas são as suas). Aceita melhorá-las, mas não está interessado em adiar ad aeternum uma reforma que é urgente.
6) Não é o PSD/Porto que tem a obrigação de encontrar uma boa solução, somos todos nós. Não fiquemos à espera de que outros façam o trabalho que cabe a cada um de nós. No PSD/Porto houve um processo exemplar (aberto e transparente) de participação. Chegou a um mapa concreto para discutir publicamente, está adiantado em relação a outros. Falta trabalhar agora também na definição de competências das autarquias, na reorganização de concelhos, etc. Não "urge saber-se" nada. Urge propor-se, debater-se e decidir-se tudo. Vamos a isso.