2012-06-10

Não percebo porque certas pessoas dizem determinadas coisas e disso dão tanta importância os Jornais e os Media. As tiradas proferidas pelo Presidente da Câmara do Porto são, para além de patéticas, uma bela metáfora do que lhe vai pela alma.

“Quando uma câmara está excessivamente endividada, quem vier depois a ganhar eleições não tem margem para tomar qualquer decisão política. As câmaras endividadas não deviam ter eleições, mas sim uma comissão administrativa para a gestão corrente, até estarem equilibradas.”

Ou ainda sobre a implantação do Corte Inglês na Boavista: "Tenho eu naquela altura criado um polo de atração tão forte como esse na rotunda da Boavista e hoje a baixa era zero e sendo a baixa zero estas parcerias como o Mercado Ferreira Borges, o Palácio do Freixo, não tinham condições de mercado e garantias para ir para a frente".

Caro Sr. Presidente, se porventura não se importasse tanto com números e mais com as pessoas, com a Cultura e com o Urbanismo, perceberia que a sua gestão da Câmara do Porto se encontra excessivamente endividada. Se percebesse alguma coisa do mercado imobiliário e por muito pouco que fosse de Urbanismo, perceberia que a sua tirada sobre o Corte Inglês é de tamanha ignorância que até dispensa comentários.

Aproveitanto a sua tirada, também eu sou de opinião que as Câmaras excessivamente endividadas deveriam ser objecto de um tratamento diferenciado. Mas, ao contrário, nunca os cidadãos poderão vir a sofrer de descomprometimento democrático e ter de comportar com uma gestão tecnocrática, mas sim os seus Presidentes e Vereadores deveriam ser impedidos de se candidatar fosse ao que fosse de gestão pública, sem antes serem objecto de reciclagem onde alguém lhes explique o que é gestão pública ou de levarem com um processo jurídico. Sabe que na vida nem tudo é uma questão económica.

Ontem participei num jantar de alguns bloggers com o Ministro da Economia. Muito simpático e atento, teve a oportunidade de ouvir críticas e sugestões nossas, e trocámos argumentos sobre os assuntos que cada um de nós quis abordar.

Pela minha parte, entre outros pontos, insisti na importância de corrigir a asneira da barragem no Tua, e também na urgência de proceder a simplificações legislativas, regulamentares e fiscais (onde dei como exemplo a irracionalidade do IMT, que devia pura e simplesmente ser extinto).

É fundamental que os governantes se mantenham atentos ao feedback do povo, por isso estas iniciativas são de aplaudir. Ocasiões como esta permitem-me também ajudar a combater o muito "socialismo infiltrado" até no Governo, onde a tentação de ser "estatista", colocando a Estado a fazer o que não deve nem sabe, é incentivada por inúmeras pressões vindas de interesses corporativos da sociedade civil ainda viciada a viver sob protecção pública.

A Associação Infante D. Henrique vem por este meio divulgar o projecto “Quem sou eu” do Teatro de Marionetas do Porto, promovido no âmbito do Manobras no Porto e destinado a adolescentes do Centro Histórico do Porto entre os 11 e 14 anos. Em anexo seguem todas as informações relativas ao projecto.

Indicamos igualmente que o Teatro de Marionetas do Porto se disponibiliza para realizar uma visita às suas instalações com esclarecimentos do projecto, para as instituições com adolescentes interessados. As datas propostas para esta visita serão 19 ou 20 de Junho, pelas 14h, com marcação prévia. Para qualquer esclarecimento contactem Shirley Resende através do email teatro@marionetasdoporto.pt ou telefone 222083341.

- Anexo 1 (.docx) e Anexo 2 (.docx)

Saudações comunitárias,

Associação Infante D. Henrique - Associação para o Desenvolvimento do Centro Histórico do Porto
Telf: 22 332 10 42 | Tlm: 92 6664181 | Fax: 22 339 03 44 | geral.aidh@gmail.com

"... a construção de marquises está isenta de licenciamento ou comunicação prévia..."

A ser verdade esta notícia, de que tomei conhecimento através de um grupo fechado de arquitectos, disponível no facebook, a autarquia mais burocrática do país acaba de legalizar a bandalheira. Como sempre, a Ordem dos Arquitectos fica muda e calada.

Pedro Aroso
Brasília, 14 de Junho de 2012

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Nota de TAF: "mini-site" do Código Regulamentar na CMP

…E também são colonialistas porque usam Trás-os-Montes e o Alto Douro para sugar o ouro. O novo ouro chamado “energia”, qual seja a forma sob a qual esta ganhe. Em troca oferecem emigração dos agricultores. A ministra destes, a Assunção (avé!), não pára de tecer loas à “agricultura que salva”, sobretudo neste ano em que ficou demonstrado à saciedade a fragilidade primária dos vitivinicultores do Douro ultra-expostos a essa coisa que a Assunção ignora lá em Lisboa que são as intempéries / as suas consequências / e a falta de políticas / e as suas consequências (avé).

De seguida, o seu colega, o secretário da cultura, faz-se de sonso uma e outra e as vezes que forem precisas. E parece que são precisas muitas vezes. Fazem-se de sonsos porque lá no Tua – e estas fotos não são fotomontagem - continua “isto” que vocês bem vêm: o caos / a destruição / a escarpa escalavrada / o monte destruido / a linha assassinada / o fim da picada!

... Ver o resto do texto e mais imagens em PDF.

Convenhamos que a vontade de fazer dar vida ao centro da cidade não será "sempre" justificação suficiente para a Feira do Livro continuar a ter de acontecer na Avenida dos Aliados. E há mais cidade, para além dos Aliados! Boavista, por exemplo! Por muito que custe dizer, "esta" Avenida dos Aliados não é confortável, não é agradável, não se "lá está bem" - já se esteve, quando não era "tão despida, tão modernaça"! E assim, numa 6ª feira de bastante mau tempo para Junho, ao fim do dia, andar pela Feira do Livro 2012 no Porto, na Avenida dos Aliados, é ter dificuldade em encontrar abrigo para as pingas e facilidade em embater com guarda-chuvas, é não ter uma árvore, e ter de estar à espera que o semáforo fique verde para poder circular através da própria Feira!

Continua a haver no Porto, ao ar livre, outras boas opções que supostamente serão a todos mais agradáveis: quer para quem ali está o dia todo a trabalhar, quer para quem vai ver e tentar comprar livros, e até para os autores do dia. Esperemos que algum ano, não muito longínquo, a Feira do Livro possa regressar à Rotunda da Boavista, faça sol faça chuva, isto do tempo também não vai fácil, é sempre melhor, mais plana, mais abrigada, mais confortável.

Quanto a livros, havia bastantes mas, tirando os do dia em cada stand, o preço "ainda" era um bocado pesadote, e claro, os dois grandes Grupos dispõem de um forte espaço cada, que minimiza os restantes. Mas mesmo assim vale ir à Feira do Livro, e se o preço fosse mais económico, e se não estivéssemos a ter mais - ainda - poupar, mais livros haveríamos de ter conseguido comprar. Mas: a Cultura é essencial, é uma necessidade, mesmo que muitos achem o contrário!

A Associação Infante D. Henrique – Associação para o Desenvolvimento do Centro Histórico do Porto e os Médicos do Mundo estão a promover uma caminhada no próximo dia 17 de Junho de 2012, entre as 9h15 e as 11h, com ponto de encontro nos Pilares da Ponte Pênsil (Ponte D. Luíz I).

Reforçamos o convite a toda a comunidade do Centro Histórico do Porto a vir caminhar pela saúde deste lugar. Como para nós o lugar são as pessoas que o fazem, queremos ajudá-las a ter hábitos de vida saudáveis. Este será um momento de convívio e desporto para toda a família. Salientamos apenas que a participação de crianças está dependente do seu acompanhamento por um adulto responsável, devendo o termo de responsabilidade ser assinado pelo encarregado de educação da criança.

A participação é gratuita, com inscrição prévia até 15 de Junho de 2012 para geral.aidh@gmail.com ou 92-6664181. Em anexo, envia-se o programa, a ficha de inscrição e o termo de responsabilidade, este último a assinar pelos participantes inscritos e entregue no dia da iniciativa. Contamos com a vossa indispensável presença e apoio na divulgação.

Com os melhores cumprimentos,
Pe Agostinho Jardim Moreira
Presidente de Direcção

Com um enorme atraso e as minhas proporcionais desculpas, vou publicar a partir de agora sugestões recebidas (as que ainda forem a tempo...) e os posts pendentes. Espero durante esta Sexta-feira colocar o blog em dia.

- O Mercado - Especial São João, Sábado 16 de Junho, das 12h às 21h na Rua de Miragaia, Rua das Flores e Largo de São Domingos, sugestão da S.P.O.T.
- A CMP tem imóveis à venda (aliás tal como a FDZHPorto). Vou-me abster de comentar os preços e o novo procedimento de negociação adoptado pela autarquia.
- O lado B do Porto
- BalconyTV no Porto, sugestão de Miguel Teixeira
- Resolução de financiamento da operação do "Aleixo" está "em bom andamento", sugestão de José Sousa: "Os portuenses exigem saber de que forma vai Rui Rio encontrar fontes de financiamento. Não será necessário cumprir o concurso público cujo vencedor foi a GESFIMO? Qualquer um pode agora vir colocar dinheiro no negócio? Não é este um FEII fechado?"

- Câmara de Lisboa deixou de divulgar propostas, actas e outros documentos no seu site
- Por este Rio Douro abaixo, vídeo sugestão de José Macedo do Couto
- Barragem do Tua: Deslocação da UNESCO a Portugal não está prevista para já, sugestão de Rui Rodrigues: "A UNESCO já deixou de confiar no Governo Português. Se o actual Governo estivesse de boa fé já tinha parado as obras há muito tempo para resolver este problema com a UNESCO. Este Governo fez tudo ao contrário e continuou as obras apesar de todos os avisos. Mais grave ainda, continuam a mentir e com explicações completamente absurdas. As cenas mais caricatas ocorreram com a Ministra da Agricultura e com o Sec. Estado da Cultura que ficará na história quando, na SIC, chegou a propor para minorar o impacte da Barragem do Tua que se pintasse de verde o paredão da nova infra-estrutura. Tendo em conta que esta proposta foi feita por um Sec. Estado da Cultura quase nem dá para acreditar. A UNESCO não vai mudar de ideias tão cedo em relação à Barragem do Tua, nem deslocar-se a Portugal antes da reunião do Comité do Património Mundial marcada para o final do mês."

- Apresentação da APRUPP, hoje, dia 15, 21h no Palácio do Conde do Bolhão, Rua Formosa 344, sugestão de David Afonso: "Divulgo a apresentação oficial da Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património (APRUPP), seguida de mesa-redonda em torno do tema «Reabilitação Urbana - a mecânica das escalas». Sublinho o facto de se tratar também de uma oportunidade única para conhecer o Palácio do Conde de Bolhão durante a fase de obras de reabilitação. Este palácio portuense será, dentro em breve, a casa do Teatro do Bolhão / Academia Contemporânea do Espectáculo, a quem devemos agradecer a cedência das instalações. A entrada é livre, sendo condicionada ao nº de lugares disponíveis."

PS: colectivoOSU okupa a Fontinha, sábado, 16 de junho, às 21h30, sugestão de Nuno Carvalho