2012-04-22
Café comemorativo dos 8 anos do blog no Café Ceuta, Rua de Ceuta, 18h00. :-)
Já agora, sobre este investimento no Barreiro, propuseram-me que reunisse um pequeno grupo de pessoas para dividir o capital necessário em parcelas mais pequenas, permitindo assim a participação de quem não tem ou não quer aplicar 20.000 euros nisto. Uma vez que há interessados, posso tratar deste assunto durante o café com quem quiser. É uma possibilidade a explorar, mas a decisão tem mesmo de ser tomada neste fim de semana porque o prazo limite de pagamento é Segunda-feira. Ficaria realmente quase escandalizado se não fôssemos capazes de congregar esforços para benefício comum... A ver vamos. A oportunidade é excelente.
PS: Já há interessados em participar em conjunto neste negócio. :-) O que impede a reabilitação urbana é frequentemente apenas a inércia, o facto de uns ficarem à espera dos outros. Vamos ver se neste caso se quebra essa inércia e se se garante o montante necessário durante este fim de semana. Para quem precisar, tenho uma apresentação mais detalhada que enviarei por mail.
Nota-se bem pela fotografia do interior da ES.COL.A que aqui dormia-se e nada se fazia. Os livros só estão para decorar.
A razão ganha-se, não se tem. Perder é que é num instante.
Alexandre Burmester
- Medalhas da Cidade, sugestão de Carlos Oliveira: "Alguém me explica, e com todo o respeito pelas pessoas, porque é que algumas destas pessoas receberam a medalha da Cidade?! Além de serem amigos pessoais de Rui Rio, inclusive o seu barbeiro, o que fizeram para merecer esta homenagem?!"
- Fórum "O Futuro do Jornalismo", 3 de Maio, auditório do Pólo das Indústrias Criativas da UPorto, Praça Coronel Pacheco, sugestão de Fernando Zamith (também vou lá estar como orador convidado por causa do blog)
- Contactos com a autarquia, sugestão de Nuno Carvalho
Respondendo às várias reclamações recebidas :-) , estava a pensar em combinar um encontro comemorativo dos 8 anos do blog talvez amanhã, sexta, do fim da tarde (18h00), num café da Baixa, quiçá o Ceuta. Café é mais flexível e mais económico do que jantar. Seria boa altura? Agradeço feedback por mail. Darei notícias mais tarde, confirmando data, hora e local.
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Entretanto parece que a CMP não tem mais que fazer do que voltar a fechar a Escola da Fontinha. Gostos. Nada de surpreendente. Hoje estão a remover as sanitas... Fotografias no JPN e relato também no Público".
Contava-se a propósito daquele genial Presidente Moçambicano que dava pelo nome de Samora Machel, que um dia premiou o seu filho porque atirou uma pedra a um vidro e conseguiu parti-lo dos dois lados, que pretendendo alterar a mão dos condutores em Moçambique, já que por lá guia-se à Inglesa, i.e. à esquerda, que iria colocar à experiência na primeira semana apenas os camiões e autocarros a circular à direita, os carros continuariam à esquerda... Pois é em Gaia também existe esta teoria, basta circular pela Rua Rei Ramiro.
Não sei porque se alterou o perfil da VL8 de Gaia para o resultado que está à vista, onde nem uma árvore se colocou nos seus passeios, mas ao invés colocaram guarda-corpos no separador central (?). Não sei porque será que todas as pequenas cidades deste País têm circulares e anéis rodoviários, na sua maioria maiores que as próprias cidades. Eu não sei o porquê de deixarem os engenheiros rodoviários desenharem actualmente as cidades. Pois é a “A burrice paga-se”.
Nota: Tiago tens que promover o encontro para que pelo menos uma vez por ano nos possamos encontrar. Nem que seja pelos 8 anos d'A Baixa do Porto.
Caro Tiago,
Antes de mais muito obrigado por este blogue e pela tua persistência, essa virtude tão pouco nossa, que nos tem permitido sentir que fazemos parte de uma comunidade que também é o Porto. Só não acho graça à falta de sugestões para nos encontrarmos ao menos uma vez por ano para beber um copo a comemorar a Baixa do Porto mas relevo à conta da tua compreensível falta de tempo.
Hoje lembrei-me muito de uma coisa que uma Tia minha me disse há muitos anos e que me marcou. Essa minha Tia era sueca (infelizmente também morreu com cancro ainda nova) e dizia que gostava muito dos portugueses mas não percebia como é que pessoas tão sábias e antigas como nós não percebíamos uma coisa tão simples que o mundo inteiro percebia e que, por qualquer razão inexplicável, ignorávamos: que a burrice paga-se! Que quando fazemos alguma coisa mal feita, isso não deixa de ter consequências nefastas para nós! Lidamos muito mal com as coisas que fazemos mal, tentamos tudo para disfarçar, para ignorar, para as desvalorizar aos olhos dos outros, gastamos uma energia inacreditável para dissimular os erros. E o cúmulo, fazemos de conta que não errámos para além de toda a evidência!
Vem isto a propósito de estar a ouvir o que Rui Rio tentava passar como mensagem do seu discurso do 25 de Abril, naquilo que é a sua ideia de construção de uma alternativa de discurso político, sem perceber como soa a oco perante a burrice sem nome que foi a sua actuação no caso da Fontinha. Eu não gosto de ocupas, acho que a lógica comunitária apresentada não resiste sem encontrar resistência, aliás, acho que se alimenta da resistência que encontrar mas no meio disto tudo Rui Rio não teve o discernimento de perceber que estava ali, perigosamente, a sua Ponte sobre o Tejo. Pode ser injusto, mas a vida é feita da capacidade de discernir nas situações inesperadas que encontramos. Ao contrário do que programou, Rui Rio vai ser lembrado como o presidente da Câmara que não percebeu a Fontinha. E veremos mais uma vez como a burrice se paga e neste caso se paga caro.
Parabéns e um abraço, Tiago.
E obrigado. Nunca lhe poderemos agradecer este espaço, esta Baixa.
E qual será o evento deste ano?
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Nota de TAF: Obrigado eu, o blog é o resultado de todos quantos aqui escrevem, mais que ninguém eu aprendo com os contributos dos participantes. Quanto a eventos comemorativos, não tenho nada previsto ainda, por absoluta falta de tempo. Quanto a agradecer, podem, podem! Basta arranjarem investidores para este e outros casos. ;-)
Na realidade foi na noite de 24 para 25 de Abril de 2004.
- Contra a reabilitação jacuzzi e Porto tem dupla personalidade, duas crónicas de Jorge Fiel
- As pontes de Edgar Cardoso
- As imagens e os sons da assembleia popular da Fontinha
- CDU alerta que tráfico de droga do "Aleixo" transferiu-se para edifícios devolutos e quer intervenção da Câmara
O mercado imobiliário, com a crise, mudou recentemente de forma radical. Falências e penhoras vieram provocar a queda abrupta dos preços, para valores impensáveis até há pouco tempo. De tal modo que, actualmente, o enorme excesso de oferta faz com que o preço das propriedades em venda seja frequentemente abaixo do custo de construção. Os proprietários ainda não se adaptaram completamente a este cenário, não tendo percebido que só imóveis com características realmente especiais (localização, valor patrimonial específico do edifício) mantêm um valor de mercado "normal" segundo as referências passadas. E, como qualquer mercado em ajustamento acelerado, há também o fenómeno de propriedades que são propostas por valores irrisórios, muito abaixo do que se justificaria.
As melhores oportunidades não aparecem necessariamente à nossa porta, devemos aproveitá-las onde elas existirem. Tal como estes arquitectos de Viana que vendem o seu trabalho pela Internet para todo o mundo. O exemplo de que aqui publico imagens é um negócio no Barreiro, na que foi em tempos a sua rua principal, e com outra frente também para a avenida marginal ao Tejo. Procuro um investidor com 20.000 euros. Como quase todos os bons negócios, é para ser realizado de imediato, ou a oportunidade perde-se. Vou daqui a pouco colocar informação adicional neste mesmo post, mais abaixo. Digo para já que se trata de um imóvel devoluto que será vendido pelas Finanças, sem ónus ou encargos, por apenas 21.125 euros, e eu queria evitar recorrer à burocracia e enormes custos do financiamento bancário. Estou disponível para estudar qualquer modalidade de acordo, desde um "bullet loan" por um ano (do montante total ou parcial), à venda pura e simples da posição, passando por várias modalidades de parcerias. Mais informações via taf@etc.pt ou 916.630.396.
RESTANTES DADOS E IMAGENS DE APRESENTAÇÃO:
- Um relato a quente e pessoal de uma das ocupantes da Escola da Fontinha.
- Falemos então agora de Legalidade, Negociação, Respeito pela Propriedade Privada, “Utopias”, tudo conceitos vagos, sobretudo para quem frequenta Colégios Alemães, acabando talvez por isso a imitar outros pequenos Ditadores Fascistas. O que se passou não foi portanto um Despejo. Foi um Assalto, um roubo à população da Fontinha – o roubo de um equipamento – tornado entretanto público e funcional. Foi uma afronta á Cidade Invicta, em suma. 25 de Abril será na Fontinha: Reocupação popular!
... Cartaz e resto do texto em PDF.
- Obras na Rua Padre António Vieira. Coisas estranhas se passam na Junta de Freguesia do Bonfim., de Miguel Barbot
- Mais Porto na Videoteca Bodyspace, de André Gomes
- Hard Club em "dificuldades" por dívida do Estado, de Paulo Pinto de Almeida
- Dissertação sobre a Vila Portuguesa de Mazagão, em Marrocos, Auditório do Grupo Musical de Miragaia, 28 de Abril, sábado, pelas 21h30, convite de António Santos Silva
- Vereadora do Porto Guilhermina Rego vai a julgamento, de Carlos Oliveira
- Câmara de Gaia disponível para discutir acolhimento do movimento Es.Col.A
Resposta a TAF sobre este post.
1) O abandono do espaço era real? Era! O espaço era propriedade pública? Era! A CMP não cumpriu com a obrigação de manter e preservar um espaço de todas? Não! A CMP cumpriu com o único acordo realmente assinado com 2 representantes do Es.Col.A.? Não! O Es.Col.A. cumpriu, depois das primeiras conversações, com o estipulado no único acordo em vigor? Cumpriu!
2) É sempre sensato defender as ideias em que se acredita e quase obrigatório resistir quando nos querem impedir de as viver. Certamente que ninguém na Fontinha tinha a ilusão de que a polícia seria incapaz de efectivar o despejo. A resistência teve como objectivo demonstrar até que ponto aquelas pessoas acreditam no projecto construído e mostrar a disposição em defendê-lo contra qualquer tipo de agressão. Cobarde é virar as costas a uma agressão. A retirada pacífica do espaço é a renúncia à ideia.
3) O "tolinho" que se tentou imolar pelo fogo, fê-lo por iniciativa própria. Ninguém do colectivo do Es.Col.A. tinha conhecimento dessa decisão. Mas TAF, adjectivar alguém de tolinho por causa de uma situação de desespero é, no minímo, insultuoso. Haja moderação.
4) O projecto Es.Col.A. foi sempre autónomo, organizacional, logística e financeiramente falando. A antiga escola do Alto da Fontinha não é um edifício alheio. É património público. Segundo a Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 52º, ponto 3: "É conferido a todos, pessoalmente ou através de associações de defesa dos interesses em causa, o direito de acção popular nos casos e termos previstos na lei, incluindo o direito de requerer para o lesado ou lesados a correspondente indemnização, nomeadamente para: b) Assegurar a defesa dos bens do Estado, das regiões autónomas e das autarquias locais". Não foi por acaso a escolha do bairro da Fontinha, esquecido pelas autoridades, para dinamizar este projecto. Certamente não faltarão bairros e comunidades na cidade com as mesmas características. Esperamos, sinceramente, que a moda pegue e que outros colectivos procurem criar projectos idênticos. Mas este, o Es.Col.A., é da, e para a Fontinha.
5) E quando não se considera democracia nenhuma o facto de se escolherem os senhores para nos (se) governarem durante 4 anos? E quando se acredita que há formas mais justas e "democráticas" para organizarmos as nossas próprias vidas? E quando as pessoas não querem tomar o poder mas sim torná-lo obsoleto, mostrando que há outras formas de organização e relação? E quando as "ferramentas da democracia" estão só ao serviço dos vários poderes, político, financeiro, e já não ao serviço das populações?
6) O problema na Fontinha é simplesmente a existência de um poder que não percebe, porque não sonha, com que caminhos se trilham os sonhos colectivos.
Estou a tentar perceber o que se passa na Escola da Fontinha. Aqui, Domingo à tarde, há alegria e a simplicidade da criatividade; na casa dos decisores da Câmara do Porto não sei que felicidade e espirito de tranquilidade haverá.
Movimento Partido do Norte
A favor das pessoas e dos seus projectos.
Ora Tiago, então não basta alegar consciência tranquila, a Baixa do Porto anda mais exigente que o país. A Democracia é até ver o melhor dos regimes, depende é da qualidade da politica. Não tenho provas, nem bibliografia, mas gostava de discutir uma série de evidências, porque julgo que não entendi. Vejamos:
- 1- Do ponto de vista formal, a participação exige filiação partidária. A Assembleia da República representa o povo, é o órgão mais importante em Democracia. Os cidadãos não podem candidatar-se a deputados se não integrarem partidos. A de Presidente da Republica não exige, e como o mesmo tem dito, a sua função é pouco interventiva.
- 2- Os deputados integram partidos que são ou rígidos, os que orientam o voto dos parlamentares de acordo com a disciplina partidária; ou flexíveis que respeitam a autonomia. O que levanta muitas questões em termos da fiscalização que a AR pode de facto exercer.
- 3- Se perguntarmos aos leitores deste blog, não que sirva para amostragem, mas a título exemplificativo, qual a noção que têm dos deputados que elegeram para fiscalizar o Governo, e do seu trabalho, será que sabem responder?
- 4- São tão dignos e morais aqueles que, por falta de identificação com a política e até falta de conhecimento sobre aqueles que vão eleger, optam por não votar, como aqueles que votam, não podem ser penalizados.
- 5- Os direitos de ressarcimento são meramente utópicos, os que votam nada podem exigir a quem já é eleito, e os que não votam assiste-lhes igual direito. Podem contestar com grupos de pressão e associações e votar 4 anos após.
- 6- Não sei se entendi, quando propões que os cidadãos se filiem em partidos, ainda que discordem das condutas políticas dos mesmos, com o propósito de os alterar. Aceito que seja um método democraticamente aceitável, mas, no meu ponto de vista, eticamente reprovável. Penso que os cidadãos devem unir-se em causas em que acreditam e não unir-se a situações das quais discordam, com o propósito de as alterar.
- 7- Também não percebo quando dizes que são poucos, atendendo a que não há cargos vagos e alguns dos mesmos nem sequer são cumuláveis. 230 no Parlamento e centenas por todo o país, empresas públicas, representações, acessórias. Patrocinadores de campanha, grupos económicos, justiça… Este país parece uma claque.
- 8- Isto vai longo, como a hora, o ónus da moralidade não está no povo. Aos partidos compete representar o povo, sem procurar ter legiões de fãs que lhe garantam o poder, porque poder não é isso, devem dignificar a ciência política.
- 9- Se o ónus de moralidade estivesse no povo e se este procedesse com o mérito que a política nacional ostenta, meu querido amigo Tiago, era fácil a vida do povo. Praticávamos todos actos imorais e irresponsáveis, delapidávamo-nos uns aos outros e incluindo o Governo, e seguidamente com uma gravata colorida de inimputáveis íamos tirar mestrados para Paris.
Um abraço
Cristina Santos