2012-01-15
A propósito das eleições para a Concelhia marcadas para o próximo dia 27, eis algumas informações eventualmente úteis. Se bem percebi das regras transcritas abaixo parcialmente, retiradas dos Estatutos e do Regulamento Eleitoral, são precisos:
- Comissão Política de Secção: 7 a 12 candidatos (presumo que os representantes da JSD e dos TSD sejam nomeados à parte);
- Mesa da Assembleia de Secção: 3 candidatos;
- suplentes opcionais.
Os candidatos não se podem auto-propor, e portanto terá de haver outros 20 militantes proponentes. Numa versão minimalista serão então necessárias 30 pessoas: 10 candidatos e mais 20 proponentes. (Se tiver interpretado mal as regras, por favor avisem-me.) Admito que os 20 proponentes se consigam com facilidade. Não haverá 10 militantes, com quotas em dia e mais de 6 meses de inscrição, que partilhem alguma convergência de pontos de vista e queiram construir uma alternativa à única candidatura apresentada até agora, mesmo sabendo que a probabilidade de vencer é absolutamente mínima?
O objectivo primeiro de uma candidatura, na minha opinião, será dar voz aos militantes e responsabilizá-los pelo poder que têm, ou seja, deixar que sejam as bases a decidir o que querem após trabalhos prévios de estudo e debate (onde participará quem estiver interessado), à semelhança do que se fez recentemente para as propostas internas de reorganização das freguesias do Porto. Que uma lista alternativa tivesse apenas 10 votos, dos próprios candidatos, já me deixaria satisfeito! O que me incomoda é a inércia deste unanimismo medíocre nas estruturas locais do Porto que envergonha o Partido. Ainda há alguns dias (muito poucos) para agir. Eu não quero votar em branco.
- O que une e o que separa duas capitais da cultura
- Guimarães, o "orgulho" dos vimaranenses
- Teresa Lago diz que o Porto não aproveitou o legado de 2001
- CP suprime 22 comboios por noite entre Porto e Aveiro
- CP mantém ligação Porto-Vigo depois de 31 de Janeiro, sugestão de Nuno Oliveira
- Refeitório de lar de idosos "ocupa" antiga sinagoga
- O roteiro das Inaugurações Simultâneas
- Menezes diz que orla marítima de Gaia será “apetitosa” para investir
- Marina da Afurada é inaugurada a 4 de Fevereiro
- Câmara e Soares da Costa negoceiam acordo no caso das Antas
- O Porto já tem um skate park
- Venda de Imóveis Municipais a 31 de Janeiro, a preços de antes da crise...
- Região Norte "mais rápida" a recolocar desempregados no mercado de trabalho
- Turismo: Região do Douro vai ter portal de divulgação
- Comenta Carlos Oliveira sobre o Passeio dos Clérigos: "Fico contente com a explicação. Espero, e certamente será, uma mais valia para a Cidade"
- Medicina, Farmácia e ICBAS têm casas novas
- Sessão Solene de inauguração dos novos edifícios da FMUP, do ICBAS e da FFUP - vídeo
- Sessão sobre reabilitação urbana encerrou visita de Cavaco Silva ao Porto, com vídeos
- Rio preocupado com privatização da ANA e perda de autonomia do aeroporto
- UP: Novos edifícios são um "importante investimento" para o país
ANTES: (imagens amplamente tornadas públicas em toda a imprensa, net, etc…)
AGORA: (é ir lá e verificar que os 3D publicados não têm nada a ver com as formas geométricas em construção)
Caros António Alves e José Ferraz Alves,
O nome Passeio dos Clérigos é apenas uma denominação comercial que vem substituir a anterior que lá existiu (ClerigoShopping) e resulta de termos decidido abrir o espaço criando uma rua pedonal com lojas, restaurantes e cafés dos dois lados que liga a Livraria Lello à Torre dos Clérigos. Contudo não é uma rua no sentido formal e público do termo já que resulta da configuração de um espaço concessionado. Se assim fosse então de facto teríamos uma questão de toponímia relevante com a alteração da designação atual de Praça de Lisboa para uma qualquer melhor. Também nós prezamos muito a memória do Senhor D. António Ferreira Gomes e vamos continuar a destaca-lo com a dignidade adequada.
--
Caro Carlos Oliveira,
Concordo consigo quando diz que qualquer projecto que cumpra os mínimos é sempre melhor do que deixar ficar aquele espaço no estado em que ficou. Há seguramente muitas lições a tirar para perceber quais foram as razões porque aquele espaço morreu precocemente mas não me cabe a mim fazê-lo. A nossa ambição é de fazer mais do que os mínimos e quisemos de facto abrir aquele espaço à cidade respeitando as regras de proteção do Património que nos envolve de todos os lados. Recordemos que foi a interpretação excessiva dessas regras que levou a que o espaço anterior fosse fechado sobre si próprio. Quando decidimos propor uma rua pedonal aberta com uma largura entre fachadas de vidro que varia entre os 7,38 e os 12,10 metros, ou seja, com uma largura média que é praticamente a mesma da Rua de Galeria de Paris ali ao lado, foi precisamente para não criarmos um espaço sombrio e semelhante a qualquer beco. Reconheço que isso não é evidente nas imagens que disponibilizámos mas asseguro-lhe que o efeito real é bem mais agradável. A ideia de ter uma cobertura parcial da rua foi a de permitir que o jardim na cobertura fosse facilmente acessível e isso consegue-se com uma ponte de vidro que vai ligar os dois lados das palas de betão que quase se tocam no centro. Não tenho dúvida que quando abrirmos em Junho isso vai ser claro para todos.
Cumprimentos,
Francisco Rocha Antunes
John Neild & Associados
Diretor geral
- "Porto-Vigo não se vai fazer nunca e AV irá servir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa, e Aveiro via Salamanca, deixando de fora Leixões e Viana.", de Nuno Oliveira
- Custos do transporte prejudicam a economia nacional, de Rui Rodrigues
- 26 de Janeiro - Linha do Tua na Assembleia da República, de Célia Quintas: "Todos os cidadãos podem assistir à discussão em plenário, na AR"
De: Alexandre Ferreira - "O Assalto Final - A destruição do Norte para sustentar o futuro de Lisboa"
Está neste momento em marcha por parte do Governo, que deveria de ser de Portugal, uma acção concertada que tem como objectivo final garantir que às custas e prejuízo do Norte se promova exclusivamente a sobrevivência da economia de Lisboa e que se garanta que seja a única região apetecível para o investimento e que igualmente se transfira a capacidade industrial em torno de Lisboa, destruíndo irremediavelmente o emprego e o futuro do Norte. Como? Através de duas decisões complementares, de tal forma graves, enviesadas e desfasadas de critérios racionais que se podem considerar anti-nacionais e definitivamente discriminatórias.
A primeira é relativa ao Porto de Leixões, o porto de mar que mais exporta, o mais eficiente, a principal porta de saída das exportações nacionais e o único, repito, o único porto nacional que dá lucro. O objectivo do denominado Governo de Portugal é fundir a gestão de todos os portos nacionais, com a desculpa de poupança na gestão, mas na realidade é uma forma de retirar a autonomia da Leixões e dessa forma poder financiar os prejuízos dos restantes portos portugueses, ineficientes e deficitários, e também perturbar e condicionar a gestão de Leixões de forma a que ele deixe de ser um concorrente eficaz, tornando-se desta forma irrelevante e submisso aos interesses de outros portos que até agora se têm revelado incapazes de concorrer pelos seus próprios meios. Questionem-se apenas quais serão as prioridades dos gestores desse futuro instituto quando sentados no seu gabinete com vistas para o Porto de Lisboa. Uma vez mais sacrifica-se a eficiência e a competência aos clientelismos e centralismos.
A segunda acção de extrema gravidade em andamento é o abandono da ligação Porto-Vigo (o eixo mais povoado e a fronteira com maior tráfego) por comboio de velocidade elevada, desviando ou roubando (escolham o verbo mais apropriado) as verbas europeias já destinadas para esta ligação em benefício da ligação Lisboa-Madrid. Esta situação revela-se ainda mais encandalosa, pois segundo o um representante da Comissão Europeia "a aposta de Alta Velocidade portuguesa irá servir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa, e Aveiro via Salamanca, deixando, pelo menos para já, fora desta rede europeia Leixões e Viana." Não é coincidência. É objectivamente intenção do Governo promover a competitividade dos portos que se têm revelado deficitários, prejudicando e retirando qualquer tipo de competitividade aos portos de Leixões - Viana do Castelo e a Região que servem no escoamento das cargas que recebem ou exportam no contexto nacional, relegando-os para a irrelevância.
O que significam estas decisões? Significam que ao privilegiar os portos e as ferrovias em torno de Lisboa e ao tornar menos competitivos e deficientemente ligados com o exterior as infraestruturas que servem o Norte, que apenas Lisboa será competitiva e atractiva para o investimento industrial e logístico pois terá todas as mais-valias e o Norte em comparação não terá argumentos para competir. Além disso, a médio prazo, as indústrias que se encontram a Norte, neste momento a região mais exportadora do País e a que apresenta balança comercial positiva, serão levadas a deslocar-se para a zona de influência de Lisboa, pois ao terem custos superiores e demorarem mais tempo a escoar os seus produtos a Norte, irão paulatinamente sair do Vale do Ave e Sousa, do Minho, da AMP e instalar-se em redor das infraestrutras portuárias e ferroviárias que lhes garantam melhores ligações e que se situarão exclusivamente em redor de Lisboa. Esta deslocação do tecido produtivo irá resultar na destruição da economia do Norte e num desemprego ainda mais elevado, pondo em causa o futuro e a sobrevivência da Região mais povoada de Portugal.
As implicações destas decisões por parte do suposto Governo de Portugal, que de uma forma intencional e concertada, condenam à miséria e ao isolamento o Norte de Portugal, obrigam a que desta vez todas as forças políticas, cívicas e económicas, deixem por uma vez de lado as suas fidelidades aos seus directórios centrais, aos seus egoísmos e inércias de ocasião, e se juntem de uma forma concertada e unida na defesa dos interesses justos e legítimos do Norte, sem quartel e sem compromissos que não sejam a manutenção da autonomia dos portos e iguais ligações ferroviárias. É que desta vez a derrota e a passividade irão significar o destruição e o abandono do Norte e dos seus habitantes, de forma irremediável, com um impacto que se irá repercurtir por gerações. Os que têm responsabilidades e poder neste momento serão julgados à luz da história do que fizerem agora e do seu sucesso para evitar este crime de lesa-pátria.
Alexandre Ferreira
MPN
- Maior espetáculo 3D em Portugal - Hotel Intercontinental, vídeo sugestão de Francisco Oliveira
- "Diálogos com a Ciência" regressam à Reitoria da U.Porto
- Renovada Praça de Lisboa é inaugurada em Junho
- Praça de Lisboa rasgada por rua entre Clérigos e livraria Lello
- Vice-presidência da Câmara do Porto volta a ser ocupada por um eleito do PSD
- IHRU defende novo modelo de funcionamento para a Porto Vivo
- Grandes Debates do Regime, 19 de Janeiro, 21h15, entrada livre, sugestão da CMP
- Lisboa e Vale do Tejo passam a regiões próprias de turismo mas Porto/Norte e Douro passam a apenas uma, sugestão de Nuno Oliveira
- Projeto Porto Verde cria duas hortas em pleno Centro Histórico
- UP: Cavaco Silva presente na tripla inauguração de sexta-feira
Recebi também inúmeras sugestões de eventos culturais, mas a falta de tempo impede-me de as noticiar aqui. Várias delas estão por exemplo referidas aqui.
O MPN - Movimento Partido de Norte congratula-se com o plano de remodelação previsto para a zona da Praça de Lisboa e solicita que se repondere o respeito pelo passado, alterando e recuperando os nomes de Praça do Anjo e de Rua do Anjo. A presença da estátua de D. António Ferreira Gomes merece estes nomes e uma homenagem da cidade.
À consciência dos nossos decisores.
José Ferraz Alves e António Alves
A Praça de Lisboa é um dos grandes cancros da Cidade. E por isso tudo que vier conseguirá ser melhor do que está lá. É triste ver uma zona daquelas, ao lado do simbolo máximo da Cidade, os Clérigos, chegar àquele ponto. Estou com muita expectativa no que vai lá nascer. O que vejo - www.passeiodosclerigos.com - ainda me levanta muitas dúvidas. Pensei que o objectivo era abrir aquele espaço à Cidade. O que me parece, e isto é fruto de só haver esta imagem no site oficial, é que irá ser aberta uma rua, sombria, tipo beco de um lado ao outro e pouco mais se sabe. Parece-me pouca informação para algo que vai abrir daqui a 6 meses. É obvio que, como comecei, será melhor do que lá está, mas ou fica muito diferente do que é apresentado ou será uma desilusão...
Só posso lamentar que considere a minha resposta arrogante. Mas sou-lhe franco: foi sincera. Pode também considerar-me ignorante e mal-educado: é a sua opinião, quem me conhece sabe bem que pauto a minha vida pela procura do conhecimento e por procurar a elevação, ainda que não seja perfeito. Agora, mantenho tudo aquilo que me levou a responder-lhe:
... actualizarei o blog com os posts e apontadores pendentes, para já apenas a referência às alterações no Executivo da CMP e ao risco de falência da SRU que o IHRU procura ultrapassar.
- Novo modelo de gestão dos portos abre guerra a Norte
- Novo modelo de gestão dos portos baixa taxas cobradas aos operadores
- Porto de Leixões a remar contra a maré 2011 foi o melhor ano de sempre
- PSD Porto avisa Álvaro
- Se não sabem, não bulam..., opinião de Rui Moreira
- Tirem as patas do porto de Leixões, opinião de Jorge Fiel
- Bataria da Vitória. De lugar militar a miradouro abandonado
- Nomeação de Castello-Branco será discutida na Assembleia Municipal
- PSD Porto quer que autarcas em fim de ciclo possam candidatar-se a outro órgão autárquico
- Velo Culture: Em tempo de troika, anda de bicicleta - aqui: velocultureporto.com
- Esquadra do Infante esteve sem viatura para patrulhamento
- Inaugurações em Miguel Bombarda no próximo dia 21
- "Diálogos com a Ciência" regressam à Reitoria da U.Porto
- Taxa de emprego dos diplomados da Universidade do Porto é de 84%
- 10 anos de Rui Rio: o meu testemunho, interessante, embora polémica, opinião de Alberto Lima com muitos links aqui para A Baixa do Porto
Continuando o meu relato sobre as vicissitudes da estrutura local de um partido político (no caso o PSD, do qual sou militante), eis os desenvolvimentos. Sexta-feira à noite houve assembleia de secção ou, por outras palavras, plenário de militantes. As primeiras duas horas foram perdidas em beija-mão a Ricardo Almeida, o único candidato à presidência da Comissão Política Concelhia, uns mais convictos, outros visivelmente resignados. Isto depois de Ricardo Almeida reconhecer finalmente ter-se licenciado na Universidade Independente e fazer uma sucinta apresentação do manifesto eleitoral (paupérrimo). Um unanimismo de alforreca. Gente a bocejar nas cadeiras, literalmente. Eu também. Isto não é o PSD. O PSD não vem aos plenários, e depois tem o que merece... Nota muito positiva, contudo, para o presidente da Mesa, Lino Ferreira, que como sempre conduziu os trabalhos com grande imparcialidade e espírito democrático.
Quase todos os oradores faziam referências negativas, em abstracto, às "críticas nos blogs", aos "artistas do teclado", a propósito desta polémica. Não houve um único que mencionasse explicitamente este blog ou os seus participantes. Amândio de Azevedo, militante histórico, um dos mais idosos na sala, foi quem interrompeu este ambiente e trouxe a intervenção mais arejada. Foi como se, como alguém lá descreveu, estivesse um elefante na sala e todos fingissem não o ver até Amândio de Azevedo falar no "elefante". E insistiu veementemente, com grande elevação, para que se esclarecesse antes das eleições o caso da tentativa de inscrição irregular de 300 novos militantes. Passado algum tempo falei eu também, respondendo às indirectas que me tinham dirigido, apoiando Amândio de Azevedo e dando a minha opinião sobre o referido manifesto. Miguel Braga mostrou-se igualmente insatisfeito com a única candidatura, e nada mais de relevante aconteceu.
E assim vai, mal, o PSD/Porto. São precisos novos militantes, volto a insistir, no PSD e nos outros partidos todos. Se quiserem fichas de inscrição, é só dizer. ;-)
Aqui fica, abaixo, um ponto da situação sobre a polémica à volta de Ricardo Almeida.