2012-01-01
Excelente este post sobre os Arquitectos (note-se o "A" grande) Arménio Losa e Cassiano Barbosa, e do qual eu tomei a liberdade de guardar o anexo com as fotos, na minha pasta de ficheiros sobre a Cidade do Porto.
Diz no final «A Arquitectura de Arménio Losa e Cassiano Barbosa, grandes Arquitectos desta cidade do Porto, será "eterna" enquanto durar... Enquanto durar a beleza dos olhos de quem a veja. Já que a beleza existe (só e apenas) nos olhos de quem a veja (e souber ver).» Permito-me só uma pequena achega quanto a esta consideração: não sendo especialista em arquitectura (se bem que um leigo interessado), parece-me que a boa Arquitectura é aquela que, independentemente do conhecimento que tenhamos sobre ela, desperta os nossos sentidos e uma sensação de conforto, de bem-estar visual, de integração entre o objecto e o local. É decididamente o caso.
Descobri há poucos dias que o projecto do Hotel Nave, é também da autoria do Arquitecto Cassiano Barbosa (infelizmente algo descaracterizado há uns anos com um anexo que se assemelha a um caixote!), sendo que é um privilégio ter uma peça desse autor perto de casa. Anexo uma foto, em que é visível o "caixote", mas também, muito mais importante, o motivo da escada em caracol, enquadrada com uma estrutura envidraçada, que permite uma excepcional comunicação entre o interior e o exterior do edifício. Desde miúdo que esse detalhe me fascina, eu não sabia porquê, mas a boa Arquitectura é mesmo assim...
Cumprimentos
Paulo Frey Pinto de Almeida
Aqui fica o nosso programa de atividades para o primeiro trimestre de 2012. Contamos com a vossa presença.
Janeiro
Debate - 25/1/12 (4.ª feira) * Nova Lei dos Solos (Ciclo Ambiente Urbano e Território)
com Eng. Joanaz de Melo, Eng. José Martino e Arq. Pedro Bingre
Visita/Passeio - 28/1/12 (sábado) * Aveiro Património Urbano e Arbóreo,
coorganização Campo Aberto e ADEREV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro) com Dra. Rosa Pinho, Bióloga e Dr. Amaro Neves.
Fevereiro
Tertúlia - 15/2/12 (4.ª feira) * A alimentação equilibrada, na perspetiva Yin/Yang Ciclo Alimentação e Ambiente
com Alicia Kon, dinamizadora dos Encontros de Alimentação Equilibrada
Visita/Passeio - 18/2/12 (sábado) * Estuário do Douro, com o apoio do Parque Biológico de Gaia
Assembleia Geral - 25/2/12 (sábado) * Dia da Associação/Assembleia Geral/Jantar de Confraternização Debate: Os Índices de Biodiversidade Urbana e Outras Questões da Cidade introduzido por Prof. Doutor Paulo Talhadas dos Santos, Presidente do Fapas
Março
Visita/Passeio - 17/3/12 (sábado) * Jardins do Porto
com Prof. Rubim de Almeida e Isabel Moreira
Visita/Passeio - 24/3/12 (sábado) * Corredor Ecológico de Valongo
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Vitor Silva
Campo Aberto
Conta-se que há uns anos, quando da inauguração da estrada nacional Nº1 junto à Batalha, estavam as autoridades entre as quais o então Ministro das Obras Públicas a aguardar a chegada do Salazar, quando surgiu no topo da estrada o seu automóvel. Subitamente este parou, deu a volta e regressou a Lisboa. No dia seguinte o Ministro das Obras Publicas foi demitido. O Salazar não gostou que a estrada passasse em cima do Monumento Nacional, ainda por cima a uma cota superior a este. Se esta história é verdadeira ou não, não sei, mas que aquela aberração está lá até hoje bem patente, isso está.
Vem isto a propósito destas resmas de auto-estradas que povoam a nossa paisagem e por eu ter usado nesta semana a A-32. Esta auto-estrada que liga S. João da Madeira a Vila Nova de Gaia não é nada mais nada menos que a terceira auto-estrada que em paralelo faz o mesmo percurso. Mas como se não bastasse o gasto desmesurado e patético desta obra, pasme-se que a mesma, muito embora não tenha trânsito à semelhança de muitas outras por este país fora, ainda por cima foi feita com 3 vias de cada lado. A sensação que se tem ao fazer este percurso, com mais de 30 Kms, é a de um voo a baixa altitude sobre a paisagem da região. Devem ter sido gastos alguns largos milhões porque quase toda a estrada é feita em cima das “obras de arte” dos engenheiros, sobrevoando a paisagem e cortando montes a torto e a direito. Aliás nunca tinha visto tantos montes chapiscados de betão tal foi a solução de contenção das terras. Desemboca esta pérola do conhecimento e das técnicas mais ousadas da engenharia de infra-estruturas portuguesa naquela outra patetice que dá pelo nome de CREP, também ela repleta de trânsito tal a importância do uso a que se destina.
Eu não quero Salazar nenhum porque estamos bem servidos de Salazares à data, mas que faz falta um a sério que tenha a coragem de fazer umas demissões e de chamar à responsabilidade outros tantos, isso faz.
Alexandre Burmester
Arquitectos: Arménio Losa e Cassiano Barbosa. Cliente: José do Amaral Guimarães
4 pisos de escritórios envidraçados. Edifício de gaveto sobre embasamento envidraçado e recuado. Volume “compacto” suspenso sobre o passeio. Contraste com projecção em balanço sobre o passeio. Pilastras revestidas a mármore negro. Resolução “adaptada” e “escalonada” das soleiras do piso das lojas face ao desnível da rua. Expressão intencional da estrutura: Contraste entre o ritmo dos pilares e as “bandas” horizontais de vidro e parede.
No gaveto: encaixe de volumes com cércea diferente (em cima). Recuo curvilíneo (em baixo). Na Rua Guedes de Azevedo: Entradas para habitações de tipo “familiar” (tipologias “tradicionais”). Na Rua Sá da Bandeira: escritórios. No topo do edifício / terraço e cobertura. Apartamentos recuados tipo “T0” (hoje também designados como “duplex”) de planta livre, “openspace”, com pés-direitos variados. Vanguarda modernista numa tipologia ainda hoje considerada “ousada” face à predominância da família tradicional / tipologia tradicional.
O melhor de tudo? Sem dúvida as Escadas. Poesia pura. Escadas de Luz. Caracol envidraçado. Leveza. Um cristal. Dinamismo. Geometria “de revolução”… Hoje, e face ao actual Regulamento contra Incêndios, uma escada com esta configuração (aberta e “em caracol”) é considerada “ilegal”, … Como ilegal será “a poesia” num qualquer regime Estalinista ou Salazarista… Senhores bombeiros: façam o vosso trabalho e nós, arquitectos, façamos o nosso.
As fotografias têm dois anos e remontam a uma visita feita através da Ordem dos Arquitectos. A Arquitectura de Arménio Losa e Cassiano Barbosa, grandes Arquitectos desta cidade do Porto, será “eterna” enquanto durar... Enquanto durar a beleza dos olhos de quem a veja. Já que a beleza existe (só e apenas) nos olhos de quem a veja (e souber ver).
... Ver imagens em PDF (30 MBytes).
Há pessoas que falam e escrevem muito, mas manifestam um total vazio de ideias. Outras há que conseguem ter um admirável poder de síntese, e em duas linhas põem ideias claras e o dedo bem em cima da ferida.
Nesta última categoria encaixa-se o post de José Sousa. Meu caro, não podia estar mais de acordo com o que escreve e agradeço-lhe que o tenha feito. São de facto muito fraquinhas estas auto-intituladas "elites políticas" e más de mais para acreditar! Basta para isso ver os termos em que se expressam e está tudo dito. Mas importa saber que os partidos do assim chamado "arco do poder" estão cheios desses especimens (tenho conhecido alguns ao longo da vida). Citando a famigerada Lei de Gresham - a má moeda expulsa a boa moeda - a mesma tem numerosas aplicações, a pessoas, a profissionais, etc, como infelizmente se tem constatado ao longo do tempo.
Merecíamos melhor do que isto. Até porque a ferida, não tarda nada, está a gangrenar...
Cumprimentos
Paulo Frey Pinto de Almeida
- Teatro "Os Agentes da Ordem Gramatical", de Maria Gabriela Funk, estreia dia 10, sugestão de Seiva Trupe
- Uma visita ao Porto com D. Pedro II Imperador do Brasil 1872, sugestão de José Ferraz Alves
- Público apresenta queixa para ler relatório sobre abuso de ajuste directos na CM Lisboa - E por que razão não se faz o mesmo no Porto em casos semelhantes? Ler mais no Público
- O Media Markt no centro do Porto (Gran-Plaza) vai fechar, diz o Porto Canal e confirma Anabela Araújo
- A luz das festas felizes
- "Encaixa-te": seis meses de renda à borla, em Braga
- Londres prepara rede wi-fi gigante de acesso gratuito
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Uma simpática leitora d'A Baixa do Porto e utilizadora do Facebook alertou-me há pouco para o facto de Ricardo Almeida ter publicado na "wall" da página deste blog no Facebook um agressivo comentário à minha resposta a outros comentários seus sobre este assunto. Como estes textos podem passar despercebidos e imagino que o autor os pretenda divulgar, aqui os transcrevo abaixo. Uma vez que não subestimo a inteligência dos leitores d'A Baixa do Porto, dispenso-me de comentários ou desmentidos ao que lá é afirmado. Julgo que não vale a pena perder muito mais tempo com isto, aquilo que pretendia ilustrar aqui sobre o funcionamento interno de um partido está assim amplamente demonstrado. Só com numerosos novos militantes, distantes destes vícios, se conseguirá aproveitar a participação de muitos e bons militantes antigos que agora se sentem desanimados. Repito: sem partidos saudáveis não há Democracia saudável.
Convida-se a estar presente na iniciativa conjunta do Departamento de Geografia da FLUP, do CEGOT (Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território) e do Mestrado em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território. As sessões são abertas e assegura-se certificado de presença a quem o deseje.
Apesar de não me querer intrometer na "picardia" entre dois correligionários, até porque raramente participo neste fórum escrevendo (apesar de ser leitor assíduo), não resisto em comentar este "caso" - o do deputado-voador - para ver confirmada aquela opinião por muitos defendida, que uma das razões que nos levaram até aqui, à situação insustentável que vivemos, reside também no facto dos nossos políticos, e sobretudo os que desempenham cargos no sector empresarial do Estado, serem individuos sem nenhuma valia técnica e profissional, que subiram nos corredores partidários, iniciando esse percurso, invariavelmente, nas juventudes partidárias.
Este caso é disso paradigmático, mas é apenas mais um entre tantos outros! Gente sem ligação à vida real, indivíduos que nunca enfrentaram dificuldades, que nunca tiveram de lutar para se sustentar e sustentar os seus. Sempre viveram de facilidades, com emprego (tacho) sempre garantido... Por isso, entre tantas reformas necessárias e apregoadas pelos comentadores de serviço, há uma que enquanto não se fizer será a razão do nosso fracasso. Trata-se da reforma das elites políticas mediocres que nos (des)governam!
Atentamente,
José Sousa
Havendo ainda algumas participações pendentes para publicação, para já fica apenas esta referência do Público:
- Miradouro da Vitória no Porto deve ficar a pertencer a um hotel
Reparei só agora, pois sou utilizador muito pouco assíduo do Facebook (para onde são copiados automaticamente os twits do blog), que Ricardo Almeida respondeu lá a este meu post. Creio que o caso não merece mais comentários meus. Deixo apenas aqui em baixo a transcrição da informação por ele colocada na conta LinkedIn sobre a sua experiência profissional. Confirmem por favor se ele sempre viveu, ou não, do salário obtido (de fundos públicos) em cargos de nomeação política depois de ter acabado o curso (tanto quanto se percebe em 1999):
Fotografia de George Tait - 1888
Aguarela de António Cruz
Já tinha deparado com o miradouro da Bataria da Vitória encerrado ao público, com um aviso indicando que é agora propriedade privada, como referiu J.A. Rio Fernandes n’A Baixa do Porto.
O miradouro, local carregado de história, levou, no entanto, uma primeira machadada nos anos 90, com a construção de um edifício que impede a fruição da vista do casario que desce da Vitória até ao fundo do vale, e sobe depois até à Sé. Ignoro de quem foi a iniciativa da construção, se da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto ou da própria câmara. Sei que a vista do local, que faz parte da iconografia portuense, ficou assim amputada de uma das suas melhores partes. Para além de outros autores, foi fotografado por George Tait, em 1888, e repetidamente pintado por aquele que foi considerado, por Abel Salazar, o maior aguarelista português dos tempos modernos, António Cruz.
Só não fiquei estarrecido com a privatização do miradouro, como se manifesta J.A. Rio Fernandes, com razão, porque não espero, nunca, nada de bom dos poderes públicos em Portugal. Foi assim que me ensinou a prática da vida, alguma memória e uma observação que julgo atenta.
Publicado n'A Cidade Deprimente
- Sizígia, estreia 12 de Janeiro, 22h, Cinema Passos Manuel, sugestão de Ruptura Silenciosa
- Mais Porto na Videoteca Bodyspace, sugestão de André Gomes
- "Reabilitação Urbana" no próximo Domingo, pelas 22H00, no Porto Canal, sugestão de Patrícia Soares da Costa
- "Governo lança linha de crédito para PME'S com mais de mil milhões de euros, nos mesmos moldes das anteriores", sugestão de José Ferraz Alves: "Mais um exemplo de que PSD não tem mais ideias do que o PS. Pois... tenho aqui algum amigo meu com contactos no Governo? E que esteja preocupado com o desemprego, o actual e o que podemos evitar? Então façam um pequeno ajustamento, para que este dinheiro não vá parar às empresas que não precisam e depois às contas dos seus donos na Suíça. Não, não confio na ética dos empresários. Então, não coloquem regras de número de exercícios com resultados positivos e EMPRESTEM À MEDIDA DE APRESENTAÇÃO DE COMPROVATIVOS DE PAGAMENTO DE DIVIDAS A FORNECEDORES, tipo menos de 30 mil euros cada uma. Assim combateriam o desemprego."
A privatização do espaço público avança de muitas formas. Algumas podem até ser interessantes, como o estacionamento no subsolo, construído e explorado por privados, servindo quem quer usufruir o luxo de vir ao centro de carro, em vez do de tomar o metro, o autocarro ou do elétrico (que falta faz ser outro que não aquele ronceiro para turista ver). Pena que falte espaço a baixo custo (ou zero até) para os residentes (incentivando o aumento de moradores)… Ou como as mesas e cadeiras em espaços amplos (na Ribeira, na Praça da Liberdade, …, de preferência sem caixotes de vidro, às vezes ilegais, como na Praça Parada Leitão), onde, quando nos sentamos, os pés ficam no espaço de todos e outra parte do corpo assenta no que é apenas de alguns!
Mas nesta privatização, por vezes como formas híbridas de público-privado ou semi-público, há limites que não se deve de forma alguma ultrapassar. Hoje, percorrendo a área central do Porto com uns colegas do Rio de Janeiro passei pela Bataria da Vitória, lugar “incontornável” de qualquer visita, seja pela perspetiva sobre o Morro da Sé, o Douro, Gaia e a “Vila Nova a par de Gaia” com a magnífica “concha das caves”, seja pela ligação deste lugar à defesa da cidade por D. Pedro IV e antes disso à judiaria que D. João I mandou que se estabelecesse no interior da muralha que D. Afonso IV havia mandado erguer (e que é anterior à lisboeta, essa sim fernandina).
Passei, parei e… fiquei estarrecido! Não que é o Largo da Bataria da Vitória acaba de ser privatizado? No lugar de uma abertura franca a todos, estava um portão com uma placa informando “propriedade privada”.
Mas quem, quando, privatizou a varanda-miradouro que o grande e tão pouco lembrado João de Almada mandou fazer no final do século XVIII?
Mas quem, quando, privatizou o lugar onde estiveram os canhões das tropas liberais em 1832 e 1833?
Mas quem, quando, privatizou o lugar onde eu e tantos estivemos várias vezes a apreciar o fogo do S. João e visitantes aos milhares a admirar a paisagem urbana?
Será que o fato de se dizer que vai aparecer um hotel ao lado tem alguma relação com este atentado ao que é de todos? Mas algum hotel, ou seja o que for, justifica este atentado?
P.S. A propósito de post anterior, informo que sou contra a fusão de Gaia com Porto, por razões que já apresentei em vários textos. E estou farto da “inevitabilidade” PSD no Porto. Faz lembrar os tempos em que se julgava inevitável o triunfo de Fernando Gomes, no regresso do melhor Presidente de Câmara que o Porto conheceu em democracia.
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Nota de TAF: O imóvel em causa (prédio mais jardim/miradouro habitualmente aberto ao público) era propriedade da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (actualmente em liquidação) e foi a hasta pública há alguns meses, tendo uma construtora feito a licitação mais alta e portanto adquirido a propriedade. Nem foi especialmente caro... O comprador foi a Maranhão, por 576.100 euros. Alguns detalhes da propriedade, que tem inquilinos, estão aqui.
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P.S. 2 Agradeço a informação de Tiago Azevedo Fernandes. O que me leva a acrescentar outras, às perguntas anteriores:
Mas, depois de leilões de prédios e terrenos, a preços de saldo (quem desejar que veja as condições para o Palácio do Freixo e tantos outros péssimos negócios: ver o que nos trouxe aqui José Castro por exemplo), agora já se vendem largos e praças da cidade? Para quando a venda da Avenida dos Aliados? E, já agora, porque não os Paços do Concelho? Afinal a Câmara Municipal do Porto serve para quê?
JA Rio Fernandes
O Movimento Partido do Norte considera louvável, e marcante de um espírito de revolta positiva tão necessário à recuperação do Norte e do País, a iniciativa de Quadros dos STCP em proporem uma operação de MBO para adquirirem a Empresa ao Estado, caso este avance com a sua privatização.
O MPN salienta as seguintes passagens da entrevista dada, de quem acredita no seu trabalho e na rentabilidade de um serviço público tantas vezes deficitário por outras razões "… o que está a acontecer é um ataque pelos privados ao património dos STCP, que são as suas concessões a custo zero, que conduz a um desmembramento da empresa… ninguém entende a razão pela qual o accionista defende o abandono de linhas e utentes, por serem pouco rentáveis, enquanto os operadores privados mostram interesse em operar esse segmento." O Conselho de Quadros recorda que "há linhas da STCP que estão subcontradas a privados, a título de exemplo, se a opção da STCP em 2011 fosse operar a linha 94 com meios próprios, tal representaria uma poupança de cerca de 400 mil euros".
O MPN congratula-se com este acordar da consciência pública da sociedade civil e fica orgulhoso por o Norte estar a dar mais um grande exemplo ao País e a opor-se a medidas incompreensíveis do Governo de Lisboa.
José Ferraz Alves
Secretário Geral Movimento Partido do Norte,
O Partido das Regiões
Na nossa terra o carro independente de ser necessário no dia a dia de um País mal planeado, é encarado como um bem de luxo, logo é taxado desde o dia que sai do stand até ao tutano da gasolina, dos impostos de circulação e do uso do dia a dia. Nesta fase do assalto que o Estado nos faz todos os dias por conta da falta de meios de pagamento aos “Mercados”, temos de continuar a assistir impávidos e serenos ao roubo que nos fazem os “Queridos” lideres.
Não tardará nada alguém irá inventar uns pórticos para os peões e pagaremos portagem por utilização das vias públicas (método utilizador/pagador). A introdução de bilheteiras nas entradas dos Parques Públicos. Contador de moedas nos bancos de uso público. Cartões pré-pagos para utilização de vias cicláveis e não seguirei a lista para não dar mais ideias bacocas aos bacocos que, por falta de criatividade e outras ideias, não sabem gerir o bem comum.
O bem público há muito que não é público, é do Estado. O Estado há muito deixou de ser de todos, é um bem privado de quem nos governa.
Alexandre Burmester
O Porto é no Norte, mas não é "a Coreia". ...Mas às vezes parece que há um burburinho, uns "mass media" quaisquer, ... qualquer coisa que nos vai martelando semana após semana, em jornais, através de declarações, através de opinion makers, etc... Qualquer coisa que vai passando a mensagem subliminar que "as eleições no Porto são favas contadas", que "A Rio irá suceder Filipe Menezes", "com toda a naturalidade", que ao PSD sucederá ("naturalmente") o PSD à frente do Município... Que Kim Jong Il sucede portanto a Kim Il Sung (ou vice-versa, tanto faz )...
Há meses que nesta cidade se escreve e se fala sobre esta espécie de mistificação que é a história dos "irmãos desavindos". Duas pessoas com uma personalidade "totalmente diferente", totalmente "opostos", "sempre em antagonismo", etc, etc... Está-se a criar o ambiente em que somos mais Norte e mais Coreia, mais Coreia do Norte. Assim, a oposição passa a não existir, nem a contar para nada, apesar do esforço hercúleo de PS, PCP e Bloco para sobrevivermos à Tirania estabelecida (e induzida psicologicamente também como "inevitável", apesar de inviável, manifestamente...) de Rui Rio... e já a criar um"facto consumado" que é uma sucessão... Uma sucessão monárquica tipo Coreia do Norte. O status e a sua alternativa estão ambas portanto no PSD, ambas são laranja, com cada vez menos sumo, diga-se sem ser de passagem.
Kim Jong Rio e Kim Jong Menezes, iguais afinal, primus inter pares... Ambos demoliriam o Aleixo, ambos despejariam o Bolhão e o Bom Suceso, ambos não querem assumir responsabilidades quanto às pontes do Porto, a degradarem-se... Ambos têm "excesso de personalidade" e falta de Políticas Progressistas... O mais inacreditável de Menezes é a ideia peregrina que "seria bom", até inevitável e óbvio, unir-se Porto e Gaia... Meus amigos e Geógrafo Rio Fernandes em particular: "É ou não verdade que dois municípios com uma configuração urbana tão diferente, então unidos administrativamente, com uma área considerável e que com um orçamento cada vez mais reduzido, seriam ABSOLUTAMENTE NÃO-GOVERNÁVEIS, enquanto unidade "Gaia - Porto"? Menezes espalha esta ideia com uma facilidade e um populismo inacreditáveis e as pessoas aplaudem e acreditam numa impossibilidade (governativa) desta ideia peregrina... (que em teoria funciona sempre, claro...)
E então? Ficamo-nos, esquerda? "Rise Up"... com uma coligação, um programa comum e uma convergência inteligente será fácil derrotar os Kim Jong por vazios que eles são e por de barro serem os seus pés!
- Aleixo à bomba, sugestão de António Alves
- "Estamos em tempo de crise, mas sobretudo de sair dela", homilia de Ano Novo de D. Manuel Clemente
- Metro do Porto: Um ano de Linha Laranja
- Uma história portuguesa
- Mostra e venda de criadores portugueses nos Reis
- Como e onde queimar calorias no Porto
- No efémero "Largo Eng. José Sócrates" do Porto é agora "proibido afixar azulejos"
- Ministério cancela concursos para oito novos Campus da Justiça e anula outro (o do Porto)
- Sem Calças No Metro a 8 de Janeiro, sugestão de Sérgio Legrant a que eu não me associo... ;-)
Meus Caros:
Tenho seguido com agrado e interesse o debate sobre a colocação de mais parcómetros no Porto. No entanto, permitam-me salientar alguns aspectos (importantes) que me parecem passar ao lado das vossas considerações:
1) O estacionamento tem de ter regras, claro! E há até locais onde a colocação de parcómetros é útil para os comerciantes e moradores, claro! Mas, segundo a proposta da Câmara do Porto, passarão a existir zonas onde, praticamente, deixarão de existir alternativas. Vejam os mapas e atentem, por exemplo, à zona industrial e à zona da Av. da Boavista. O aumento de lugares de estacionamento na cidade é de 260%! É brutal!
2) Os lucros gerados pelas receitas dos parcómetros vão para um qualquer grande grupo económico e não, como eventualmente poderia ser, para financiar os transportes públicos ou para financiar a própria Câmara do Porto e, por essa via, construir escolas, creches, etc, enfim, para reinvestir segundo o interesse público.
3) Os moradores das zonas afectadas passarão a ter de comprar um Cartão de Residente cujo valor, curiosamente ou talvez não, ainda está por determinar. Serão 20€, 30€, 40€, 50€? E servirá para estacionar em qualquer local com parcómetros e em qualquer hora ou apenas entre as 20h e as 8h, por exemplo? Nada se sabe, por isso, há que esperar o pior...
4) Os objectivos desta decisão são apenas economicistas! Não há qualquer estudo ou articulação prévia com as empresas de transportes públicos. O que prevalece é uma vontade do actual Presidente da Câmara em antecipar receita a todo o custo, mesmo que isso signifique que viver e trabalhar no Porto fica mais caro!
A ideia do título surgiu porque há para aí uns pacóvios como eu, que teimam em pagar parcómetros quando de vez em quando precisam de ir à baixa de carro ou até pagam os parques da Câmara e têm o carro assaltado e descobrem que as câmaras de vigilância se destinam a identificar eventuais assaltantes das máquinas de pagamento e não os carros!
Concordo em absoluto com a ressalva e o cuidado do Tiago: o mesmo se passou com os meus pais na escolha, tendo em conta por exemplo a localização de escolas ou a facilidade do estacionamento. Entendo perfeitamente as opiniões e o ponto de vista quer do Miguel Barbot quer do José Pedro Ferraz. Mas meus amigos, aterrem por favor no mundo real da nossa Polícia Municipal e da actuação Câmara do Porto bem espelhado na fotografia tirada num belo sábado de manhã: esses aumentos só servem para os totós que pagam os parcómetros. Os xico-espertos são cada vez mais, aproveitam-se bem da impunidade resultante da actuação da Polícia e para estes continuará a ser de borla!
Um Bom Ano de 2012 e que façamos um esforço para que seja melhor que 2011.
A democracia é imperfeita. O problema mesmo é as alternativas que se conhecem serem muito mais desinteressantes… Muitos (como eu) pensam que a melhor forma de a reforçar passa pela promoção de mais transparência e descentralização, criando-se melhores condições para as pessoas em geral (e não apenas os “políticos”) se envolverem nas decisões e na “fiscalização” de abusos.
Mas, por vezes, mais que a promoção do avanço da democracia e o debate da governança, torna-se necessária (apenas!) a sua defesa, contra o populismo e corrupção, ou as formas mais hábeis de condicionar a liberdade, o que tanto pode ocorrer a nível global, como nacional ou… local. Esse combate exige vigilância, manter boa memória e haver uns quantos corajosos, dispostos, para vantagem de todos, a enfrentar dificuldades (maiores em tempos de dificuldade geral). O que não está ao alcance de todos, mas se exige sempre, para um futuro melhor. Mais ainda em 2012, porque as ditaduras e outras formas de condicionamento da liberdade costumam surgir nos tempos de dificuldade económica…
Parabéns Daniel Deusdado. Obrigado Daniel Deusdado.
Eu posso escrever sobre Valentim Loureiro: será que faz falta? E quem se oferece para uma peça sobre Luis Filipe Menezes?