2010-05-30

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sábado, 2010-06-05 23:15

De: Pedro Figueiredo - "Fechar escolas, Norte, Sul, Interior, Litoral"

Submetido por taf em Sábado, 2010-06-05 01:08

1. O QUE FOI FEITO É MUITO MAU SINAL.
Fechar escolas é sempre mau sinal. Parece um sinal de que já desistimos do país.
Já desistimos de regionalizar o país.
Já desistimos de tentar aproximar as pessoas dos seus equipamentos.
Já desistimos de tentar aproximar o Norte do Sul, o interior do litoral.
Já desistimos de tentar aproximar os níveis de vida das populações. Já desistimos de apostar no futuro, fazendo o que for preciso para que as crianças tenham as melhores condições possíveis.
Já desistimos de dar um futuro ao Norte, no Norte. Dar um futuro ao Sul, no Sul.
Dar um futuro ao interior no interior.
Desistimos enfim de aceitar o território que temos, tirando partido das suas geografias e diversidade potencial. Assim sendo, é mais fácil fechar escolas.

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A 5 e 6 de Junho de 2010, em plena crise financeira e económica e, mais grave ainda, de falta de muito mais valores, tão ou muito mais importantes que o petróleo, os dólares e o euro, vai Serralves fazer mais um fim-de semana aberto ao mundo, aberto às pessoas, como vem vindo a fazer, e muito bem, nos últimos anos. Será por certo mais um fim-de-semana em que TODOS e Gratuitamente poderemos – assim o queiramos – viver em Serralves, não só os seus excelentes jardins, raros no meio de uma cidade como acontece aqui no Porto, como teremos acesso ao Museu e ao que lá se passa, e a variados momentos culturais, - e não tendo de estar a assistir de gravata/fato de cerimónia, depois de ter pago um muito dispendioso bilhete de acesso – por todos o espaço da Fundação de Serralves. Teatro, Música, Exposições, Ar Puro, todo o tipo de Artes, para jovens e para velhos, para ricos e pobres, para todos.

Claro que a Crise financeira e económica e dos tais outros valores, tão em falta, se vai manter, mas estes últimos – valores -, poderão – quiçá – ficar um pouco atenuados depois de um fim-de -semana diferente, não movido pelo dinheiro, mas pela Cultura, pela proximidade e gratuita, de todos com todos. Parabéns à Fundação de Serralves, ao seu Presidente – Braga da Cruz, à sua Directora Geral Odete Patrício, ao Presidente do Museu João Fernandes, a todos, tantos, tão necessários e tão importantes, simples desconhecidos, que colaboraram neste evento. Sem todos atrás referidos não haveria NON–STOP EM SERRALVES 2010. E a nós, anónimos cidadãos, parabéns por ainda termos “isto”.

Augusto Küttner de Magalhães

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-06-04 09:55

De: TAF - "O jantar de ontem"

Submetido por taf em Quinta, 2010-06-03 23:23

Algumas fotos minhas, da Ana e da Adriana, do divertido jantar no Porto & Vírgula.

No jantar

No jantar

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2010-06-02 19:20

Se assim é com Lisboa, o Porto e o Norte precisam de pensar como se querem promover e captar investimentos no estrangeiro. Ainda que pequeno o artigo serve de ponto de partida para, agora que se tanto se fala em regionalização, se fazer uma reflexão sobre o quão, ou quão pouco é a cidade e a região conhecida lá fora e qual o trabalho necessário a fazer para a divulgar e conseguir investimentos.

Uma lógica de desenvolvimento, segundo a forma de pensamento social democrata dos países nórdicos, seria a focalização nas causas e em medidas a implementar no território a que pertencem essas escolas para que não continuem a ter menos de 20 alunos nas salas de aulas.

Isso seria actuar para combater o despovoamento do interior. Não esta lógica mercantilista e imediatista de reagir, muito seguida por esta lógica centralista, racional e distante de pensar. Esta medida do Governo vai contribuir para ser mais uma causa de acumulação de efeitos para o despovoamento no interior. Daí o interior necessita de quem pense o seu território de forma a desenvolvê-lo, e isso será possível por um Governo Regional do Norte.

José Ferraz Alves
nortesim.blogspot.com

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Flexibilidades e inflexibilidades"

Submetido por taf em Quarta, 2010-06-02 19:03

Permito-me pensar – devo estar errado! – que a Cristina Santos tem boas ideias, mas muito de gabinete e muito pré-formatadas, logo, sabendo eu que não tenho nenhum dom especial e que tenho muitas dúvidas e faço muitos erros, permito-me acrescentar:

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2010-06-01 14:35

De: Teodósio Dias - "Sábado cultural"

Submetido por taf em Terça, 2010-06-01 14:21

Lá pelas tantas da tarde que se anunciava primaveril, resolvi adicionar mais um pouco de cultura – não vá um homem morrer sem adquirir mais um pouco de saber!

1 - Os arcos da Reitoria abrigavam uma feirinha do Livro Antigo, três ou quatro livros interessantes mas caros (relativamente ao seu estado de conservação). Outros tantos alfarrabistas simpáticos e sorridentes. Mas aquela morosidade daquelas coisas para especialistas mais ou menos com um pé na terceira idade. E eis que fico de boca aberta! Aquela estátua – que para mim sempre simbolizou os “Combatentes da Primeira Guerra” que, ainda há pouco tempo estava em frente à escadaria principal, desapareceu! Mais uma tentativa de apagar a Memória?

Lá continuei feliz e contente, tinha vontade de tomar um “cimbalino curto” por aqueles lados, pois era! Era quase uma linha recta até ao Piolho (pensava eu). Ao atravessar a Praça Parada Leitão quase fui atropelado por dois veículos, sem dúvida conduzidos por energúmenos “saloios” que seguiam os gestos largos de arrumadores. Meia volta diante dos novos aquários que tentam abafar aquelas raquíticas árvores que o projecto do arquitecto Cortesão lá implantou.

2 - Olho para o lado direito. Grande animação ali perto do antigo “café Luso”. Lá vou eu ver o que se passa com tanta gente! Ó o que o Porto é belo (mas não sei quem conseguiu botar dos L’s). Coisas velhas, cadernos envelhecidos como vinho, mas em caves demasiado húmidas, a 3 euritos a vintena de folhas, reedições dos meus livros do ensino primário – aqueles mesmos que têm um puto da Mocidade Portuguesa, todo sorridente, na capa! Pipocas, sofás em esferovite, cabos eléctricos no meio da praça, nem se reparava que mais uma vez a baioneta do soldado tinha sido subtilizada. Felizmente que encontrei um vendedor de máquinas fotográficas simpático com quem relembrei antigas coisas relativas ao cinema e à fotografia, formatos, fabricantes, etc. Ele também era do tempo anterior à moda das Holgas e da Lomografia. Bem tentei ir tomar o meu cimbalino na padaria Turim. E lá, outra vez, fiquei mais que chateado. Três ou quatro filas de carros, arrumados como sardinhas numa lata (deviam ser os parolos que desembarcaram a mercadoria), impediam a passagem de um cristão. Desisto do café – um “segafredo” daqueles “comme il faut”. Mas continuava com aquela sede cultural, carago! Mais uns tantos passos e as galerias não estão longe! Não era para comprar, simplesmente para ver! Mas Miguel Bombarda e as suas galerias estavam desertas. Admirei as caixas de saneamento bem visíveis numa loja ali em frente das caraças em cimento que povoam o solo da rua. Caraças, estava mesmo a ficar com o meu sábado lixado! Felizmente que a “C. T.” que me acompanha por estes passeios, e na vida, teve a feliz ideia. Lá fomos pela rua que tem o nome do Casais Monteiro e onde morou o Veiga Leitão.

3 - A exposição do Nadir Afonso estava ali a dois passos. Há que tempos que queríamos ver a obra gráfica do arquitecto nascido em Chaves. Tínhamos tempo. Precisávamos de aproveitar o sol. Novo obstáculo! Passar pelo passeio era trajecto impossível. Sim, os argonautas condutores de Jeeps e de SUVs tinham encostado o focinho mesmo à parede do Museu! Um dos distraídos estava mesmo sobre a rampa de acesso para os deficientes! Com um cuidado meticuloso lá ousámos botar um pé, depois outro, naquela praça rodoviária que se encontra em frente do M.N.S.R. Puf! Felizmente que o trânsito a sair do túnel (de Ceuta, dos Almadas, já não sei como lhe chamar) era quase nulo. Felizmente que o Museu tem uma cafetaria, lá apreciámos o cimbalino num pátio com azulejos. O pátio merece a visita! Depois do café e do cigarrinho subimos até ao jardinzeco maltratado com um laguinho muito sujo. E a exposição? Para lá chegarmos passámos antes numa coisa sobre Darwin, muito contemporânea, muito viva, muita música, também muito patchwork. Deu-me a impressão que tinham ido buscar coisas e loisas ao acervo. Isto é, verdadeiramente nula! Depois de um percurso labiríntico lá chegamos ao grande espaço das exposições temporárias. Portagem: 5 € por pessoa! Sim, descobri coisas do Nadir que desconhecia! Coisas que acabam pelos anos sessenta. Interessante para quem pouco sabe da vasta obra do colaborador de Le Corbusier que abandonou a arquitectura e se dedicou à pintura. E acabámos por ver uma pequena mostra de trabalhos “artísticos” de putos das escolas de Miragaia. Eles devem estar contentes por terem invadido um Museu Nacional.

Tudo isto para vos dizer que o acesso à Arte e à Cultura continua a ser um pouco difícil! Mesmo num sábado de Primavera em que os automobilistas não respeitam os outros cidadãos! Se eu, peão, estacionasse numa faixa de uma SCUT de certeza que me passavam por cima, e a responsabilidade seria minha. Mas o elogio do automóvel é permitido implicitamente pelos edis!
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soudecedofeita.blogspot.com

De: Pedro Figueiredo - "Mais medidas para flexibilizar"

Submetido por taf em Terça, 2010-06-01 14:13

Proponho mais medidas flexibilizadoras, complementares às medidas apresentadas por Cristina Santos, no sentido de aumentar a competitividade, eficácia económica e flexibilização da vida das empresas e dos trabalhadores:

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De: Pedro Figueiredo - "Nesta cidade e noutras cidades - Parte 3"

Submetido por taf em Segunda, 2010-05-31 23:54

(RENOVAÇÃO, HABITAÇÃO, BICICLETAS, segundo David Byrne)
Sobre as cidades Americanas, Pittsburgh, Cleveland, etc. neste caso:

“Agora, claro, com o fim de todas estas indústrias, muitas dessas cidadezinhas estão entaipadas, tal como acontecia com secções extensas dos bairros de Pittsburgh. Mas há outras partes que agora, em 2005, estão a emergir, começando a renascer, de uma forma ou de outra. Em 2000, Pittsburgh tinha uma taxa de desemprego maior do que Detroit ou Cleveland – as coisas pareciam bastante deprimentes. Pessoas que dantes recebiam 23 dólares por hora numa fundição de aço estavam a ter de aceitar empregos em restaurantes. Muitas foram-se embora da cidade; as que ficaram tinham esperança de que a indústria de aço voltasse. Não voltou, mas muitas pesoas acabaram por encontrar trabalho na indústria dos cuidados de saúde ou em tecnologia, empregos que não pagavam exactamente o mesmo – mas, com um pouco de reestruturação, lá foram conseguindo sobreviver.

A cidade está basicamente falida, em especial depois de ter construido dois estádios incriveis, mesmo ao lado um do outro. Os eleitores votaram contra as despesas relacionadas com os estádios, mas uma proposta retocada lá conseguiu passar e agora chegou a altura de pagar as contas e, como não houve aumento dos impostos para lhes fazer face, as dívidas são devastadoras.

Durante a legislatura Republicana, quaisquer hipóteses de aumento dos impostos foram esmagadas, especialmente nos subúrbios mais endinheirados, de modo que foram eliminados outros serviços em vez dos estádios: as piscinas municipais foram fechadas, a força policial reduzida. O fardo, em termos financeiros e fiscais, recaiu sobre aqueles, na sua maioria pobres, que ainda vivem na cidade propriamente dita.”

Pág. 53 – “Diário da Bicicleta” – David Byrne – Quetzal editores, Abril de 2010

De: Cristina Santos - "Inflexibilidades"

Submetido por taf em Segunda, 2010-05-31 23:45

A rigidez cadavérica, a que me referi no último post, é obviamente relativa à lei laboral e a outras inflexibilidades. Dado que este tema, embora envolva o Porto, é demasiado generalista para o blog, aponto-as resumidamente:

  • Inflexibilidade da Lei laboral: inflexível no combate ao absentismo, no esclarecimento da produtividade, demasiada equiparação ao sector público, inflexibilidade no despedimento por justa causa;
  • Inflexibilidade de horários: blocos de horas, limites semanais, a resposta à procura de mercado tem que ser dada em horário inflexível, prejudicando obviamente a competitividade.
  • Inflexibilidade na mobilidade: o alojamento dado a trabalhadores é agora considerado rendimento e como tal taxado (quem sabe até retroactivamente), bem como os subsídios de alojamento, portanto naturalmente que o Norte e o interior terão mais desemprego, menos rendimento, menos estimulo.
  • Inflexibilidade da taxa de desemprego de longa duração: justificada com o excesso de apoio, que leva a excesso de tributação, que leva a diminuição de rendimento;
  • Inflexibilidade na fiscalização: das elevadas baixas por doença, e outras razões das elevadas taxas de absentismo, o país é lesado em milhares, não só na produtividade...
  • Inflexibilidade de posturas sociais: um estudante geralmente dedica-se apenas ao estudo, não trabalha em simultâneo, nasce um tenro e jovem licenciado aos 25 anos, directo para o desemprego, há que tornar a mentalidade flexível.

Em primeiro lugar, julgo que é necessário que trabalhadores e empresas se unam para traçar uma meta económica para o país, é preciso reivindicar duramente sobre o todo, e formar uma cadeia célere de interesses, produzir mais e ganhar mais. Essa meta não pode ser atingida na versão Patrões/Escravos, outra limitação social e ética... Não defendo recibos verdes, mas são fruto desta inflexibilidade e não a razão do problema. Portanto, antes de agir sobre essa questão, há que agir sobre o factor que os origina.

Cristina Santos

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Domingo, 2010-05-30 22:53

- Manuel Pizarro: "Fusão do Porto, Gaia e Matosinhos? Seria uma ideia muito atraente", sugestão de Pedro Borges e Raquel Pinheiro
- A ADDICT tem de ser mais criativa, sugestão de Raquel Pinheiro
- Discovering the Douro: Portugal Old, New and Undiscovered, sugestão de Nuno Coelho: "Li no meu jornal de hoje um artigo que faz muita e boa publicidade para a nossa região e cidade, e num dos jornais com maior tiragem e leitores na net. Muito bom para a nossa cidade. Apesar de tudo, podemos encontrar reparos e aspectos a melhorar na nossa actuação, mas estamos no caminho certo."

- Nas praias do Porto, nadadores e barracas só no dia 15
- Mercado do Bom Sucesso: Pedido de audiência ao Min. Cultura e resposta recebida
- Bragança: Pressnordeste contraria crise com crescimento de receitas e novas aquisições
- Maria João Seixas: “Não acho que uma Cinemateca no Porto seja uma prioridade”
- JS Porto questiona Fundação de Serralves
- Novo Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação - Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março - já não é de agora, mas dá sempre jeito.
- Partido do Norte dá primeiro passo
- "Partido do Norte será criado depois de Outubro"

- Lembro o Jantar d'A Baixa na Quarta-feira, inscrições pf. com antecedência por causa da reserva no restaurante.

De: Rui Encarnação - "Salários verdes"

Submetido por taf em Domingo, 2010-05-30 22:37

Aquilo que se chama hoje de contrato de trabalho é uma realidade que tem uma origem histórica e que progrediu a par e passo com o sistema capitalista industrial, isto é, com o que se chamou de revolução industrial. Apesar do termo ser hoje politicamente incorrecto (sabe lá Deus porquê) as conquista laborais foram, realmente, conquistadas, com sangue, suor e muitas lágrimas. Ter direito a férias, a ter um período de trabalho e a ter vida, família, tempo para privar e educar os filhos, foi algo a muito custo e a muito sacrifício conquistado, pois na antítese encontrava-se a dura realidade do investimento de capital e da rentabilidade – quem tem dinheiro investe e quer (tem direito, tem de ter) o retorno que espera e, para assim ser, quem não o tem deve sujeitar-se ao que lhe é destinado a fazer e sem reivindicações.

Há dias li/ouvi um pequeno texto em que se discorria sobre o conceito do dinheiro e que realçava o termo da dicotomia (do séc. XX) sobre o dinheiro ser um bem ou um mal em si mesmo. Discussão que apaixonou boa parte do anterior século e da intelectualidade de então. Hoje, já nada disso faz sentido. A generalidade das pessoas vê um dinheiro como uma abstracção, só concretizada em acções e, por isso, quem faz dele bom uso, faz bem, e, invertendo os pólos, quem o usa mal (ou não usa) faz mal. Neste sentido do bem e do mal, certo quanto a mim nos seus princípios, pode-se apreender algo que hoje percorre a sociedade de lés a lés, e também nas relações laborais.

Hoje, o conceito social da empresa e a valorização do factor trabalho começa a perder-se, desvirtuando-se o que é (ou deve, ou pode ser) a contrapartida que os detentores do capital devem prestar para utilizarem o factor trabalho. Só que, nesta libertária visão que hoje começa a ficar em voga nalguns sectores, não há lugar para a total liberdade de empreendedorismo. Pensem só que um conjunto de trabalhadores de uma empresa decide que abrindo, ao lado da sua entidade empregadora, uma empresa igual, podem fazer a mesma actividade, por conta própria e melhor gerida. Se o tentarem fazer enquanto são trabalhadores são despedidos pois não podem concorrer contra a entidade empregadora (porquê?), se o fazem depois de cessarem a relação laboral, também não porque se apropriam do saber como da entidade empregadora. Porquê? Porque é que há-de haver proteccionismo ao investimento de capital em detrimento da livre iniciativa? Porque é que não podemos usar a ideia do vizinho/ou do ex-patrão?
Porque se protegem marcas e patentes? Se elas existem e eu consigo usá-las melhor que o criador, não há razão para proteger o criador…

O mercado para ser livre, e para poder expressar e representar a ideia de que deve ganhar mais quem for mais capaz, deve ter o mínimo de regras e não proteger ninguém. Por isso, esta vaga neo-liberal, sem cabeça, sem memória, e sem rumo, é risível, pois só o é na medida dos seus interesse e conveniências, já que não abdica de tudo quanto protege o investimento do capital. Deixem o contrato de trabalho em paz, pelo menos enquanto essa for a forma de tutela e limitação da utilização do facto trabalho pelo capital. É que, não demora dez anos, e estamos a pôr em causa o direito das crianças ao trabalho… (então se elas não vão à escola, porque os pais são pobres ou não as incentivam a ir, não é melhor aprenderem um ofício?)

Haja paciência e memória…