2010-04-25

De: TAF - "Norte desperdiçado"

Submetido por taf em Sábado, 2010-05-01 23:48

São Gregório - posto abandonado da Guarda Fiscal

São Gregório - posto abandonado da Guarda Fiscal

(fotografias de Ana Carvalho)

Posto abandonado da Guarda Fiscal, em São Gregório, Melgaço, junto à fronteira - ver também vídeo abaixo:


De: TAF - "Mais alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 23:30

- Mais um espaço nocturno fantástico no Porto - sugestão de Carlos Cidrais: "A noite do Porto está bem e recomenda-se. Faço votos de sucesso a este empreendimento."
- MayDay - Marcha contra a precariedade, 1 Maio, 13h, sugestão de FERVE

- Junta da Vitória protesta por câmara não ter autorizado 25 de Abril na praça da Relação
- Movimento a norte prepara-se para criar partido regionalista
- Inaugurado complexo desportivo no Parque da Cidade
- Inaugurada Zona Desportiva do Parque da Cidade
- Fotogaleria: O Porto que se esconde no velódromo Maria Amélia
- Faculdade de Belas Artes recebe Mostra de Vídeo
- CCDR-N: "Temos de preparar o futuro da economia regional"
- Sea Life Porto quer formar o maior coral humano do mundo
- Restauro do Salão Árabe em debate no Palácio da Bolsa
- Programa da Visita do Papa Bento XVI ao Porto
- Ciclo de Cinema Italiano na Reitoria da UPorto

Nota de TAF: A noite do Porto preocupa-me e surpreende-me. Custa-me a perceber como tanta fartura de espaços pode ser sustentável. Eu sei que há um mar de gente na rua à noite, mas desconfio que a razão para estar na rua é também a falta de dinheiro, que só chega para umas cervejas e pouco mais. Acredito que coexistam espaços bem pensados, com potencialidade e com um modelo de negócio adequado, mas suspeito que as razões para o surgimento de outros deles serão menos saudáveis (pura especulação minha, baseada em alguma experiência de vida). O tempo o dirá.

De: José Ferraz Alves - "Resposta ao Tiago"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 22:55

"Foi o que a Suécia fez, com forte empenho da acção pública no apoio às melhores empresas privadas e com os resultados que se conhecem. Obrigado pela oportunidade de esclarecer melhor". Uma chamada "política de esquerda", no momento de estrada no capital e de regulamentação, e "política de direita à saída", com a venda dessa capital com retorno para o Estado, reduzindo impostos. Aconteceu mesmo.

Sobre a regulamentação pública prefiro o conceito do negócio social do Muhammad Yunus. Mas não vou desenvolver este tema.

Há um problema no país de dificuldade financeira das nossas melhores empresas nas negociações internacionais. Como diz o Prof. Daniel Bessa, a questão está em crescer em valor e retê-lo no país. A produtividade depende de negociações. Este valor está a deslizar nas negociações para clientes internacionais. Apoiem-se essas empresas com Fundos de Capital Público e definam-se objectivos de aumento dos preços - ainda hoje os importadores ingleses de vinho português se espantam com os nossos baixos preços -, depois pode-se vender e deixar o privado seguir, ganhando eu que pagarei menos impostos.

Sobre a questão da importância do empreendedorismo e dos privados, eu até advogo o conceito de capitalismo social no terceiro sector. Por isso não me revejo em parte do comentário que deixaste.

JFA

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Para JFA e TAF"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 22:49

Para José Ferraz Alves e Tiago Azevedo Fernandes

Estava aqui n'A Baixa do Porto a ler as V/ dissertações que são sempre muito oportunas e necessárias, com pequenas divergências que até são salutares. Pelo meio aparece alguém muito ligado a um dos Partidos já bem instalados e como seria de esperar nota-se a tal “defesa de classe” que no caso será mais “defesa do que está, e não é para deixar de ser”.

Torna-se curioso reparar que em democracia necessitamos de Partidos – mas não só! - e que todos, todos os Partidos do quadro político português estão demasiado formatados, logo tem de se seguir a cartilha caso contrário cai-se fora!

Assim o Movimento Norte Sim não deve cair em Partido igual ao que já há, para não ficar formatado pelo que já todos achámos ser excessivo. Mas não pode parar! E a defesa da cidadania, de ideias próprias e diferentes, de um Norte em força, não pode deixar de ser o permanente mote!

Augusto Küttner de Magalhães

De: Carlos Cidrais - "Artigo interessante"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 22:46

Transcreva-se e afixe-se:

"O caso da devolução de remunerações dos autarcas que exercem funções de administração não executiva na Metro do Porto é verdadeiramente extraordinário, e revelador do que é este nosso Estado.

Fez-se uma lei para, aparentemente, resolver o caso de alguns "boys" em certas empresas, os quais estavam descontentes com o facto de a lei só lhes deixar adicionar, em empresas públicas e aparentadas, um terço ao vencimento de presidentes da Câmara (ou vereadores). Esqueceram-se do Metro do Porto e de um tipo aborrecido chamado Rui Rio, que, goste-se ou não de algumas das suas características ou de várias das suas ideias, tem posições firmes sobre estas coisas.

Ou seja, pela interpretação da nova lei, os eleitos locais podiam afinal acumular o vencimento total de administrador da Metro do Porto. Rui Rio não aceitou e disse que achava demasiado. A presidente do comité de remunerações disse que tinha de ser assim - mesmo não querendo, tinha de receber. Pelos vistos, é técnica superior da Inspecção-Geral de Finanças, supostamente o organismo certo para saber destas coisas.

Mas é a mesma IGF que vem agora pedir a devolução de tudo, desautorizando a sua técnica, e já depois de Rui Rio ter dito que não queria receber nada.

Quando se fala tanto de prémios e bónus escandalosos, Rui Rio foi capaz de dar um exemplo. Só que primeiro nem o deixavam ganhar menos e agora não querem que ele ganhe nada, e para assumir funções ainda tem de pagar um seguro.

É um Estado louco."

--
Carlos Cidrais

De: Pedro Figueiredo - "A questão é: «como?»"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 22:38

Caro TAF:

  • Como é que propõe, sem intervenção do Estado, recuperar / reabilitar a cidade do Porto?
  • Acha que aos preços normais (preços de obra) da recuperação urbana – qualquer recuperação urbana que reabilite com qualidade -, existe uma qualquer empresa / entidade privada que ache fácil tirar os lucros do costume, aplicando os padrões de qualidade necessários?... os padrões de reabilitação de uma cidade Património da Humanidade como o Porto. Padrões Dignos e exigentes...? (Devo lembrar que qualquer investidor privado tem como padrão, grosso modo, construir fácil, rápido e cheio de problemas construtivos, como sabemos, de modo a desta forma rasteira tirar os lucros do costume...)
  • Este medo do Estado–papão, não será de certo modo, ingénuo?
  • Acha, Tiago, que a reabilitação de Lisboa em dezenas de quarteirões feita pelo Estado absolutista do Marquês de Pombal no séc. XVIII seria possível de ser feita sem ser pelo Estado? Terão as empresas privadas / imobiliárias que conhecemos no Portugal de hoje, força, vontade, capital, estratégia, conhecimento, boa-vontade para... embarcarem sozinhas e sem enquadramento público, social, etc... numa “empresa” de monta que é um tecido social e edificado na degradação que conhecemos? Não teem, pois não.? Como não tiveram até agora.
  • O livre mercado deixou a reabilitação como um nicho de mercado nunca apetecível, sempre adiado. Não será a altura de pôr de lado o preconceito ideológico anti–Estado e tentar pensar, não em Estado absolutista, mas em “O Estado somos nós!”? Não é assim tanta vergonha fazermos parte de um Estado, assumirmos o papel de cidadãos, parte deste Estado e destes desafios.

Pedro Figueiredo

De: TAF - "Um partido aberto no Porto"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 12:13

Caro Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD

Começo por louvar a sua decisão de responder publicamente ao meu desafio. Os partidos devem abrir-se à participação e debate públicos, sem ficarem fechados no pequeno mundo dos seus militantes, infelizmente ainda uma percentagem ínfima da população. É promovendo esta exposição pública que se consegue, aliás, cativar novos aderentes e fomentar intervenção mais qualificada. Não será por acaso, também, que esta postura é defendida pelo novo líder nacional do PSD ao sugerir um "estatuto do simpatizante". Daí que quando eu insisto na "análise e acção interna" no PSD/Porto não a queira exclusivamente interna, mas também interna. Foi neste espírito construtivo que entendi também a sua decisão, que já publicamente elogiei, de ter aberto à Comunicação Social o último plenário da Concelhia do Porto.

Quanto ao assunto em causa, telegraficamente e para que não haja dúvidas sobre a minha opinião, direi o seguinte.

1) Apoio a opção do Vereador do Urbanisno ter feito subir ao Executivo a decisão. É importante que todos os vereadores se responsabilizem por ela.

2) Depois do tribunal ter aceite a providência cautelar, o Executivo camarário decidiu não fazer nada. Se não é a Câmara que tem agora de actuar, então a quem cabe essa tarefa? Se os eleitos não actuam quando lhes foi delegado pelos cidadãos poder para isso, o que estão eles a fazer no seu cargo e a quem se deve alternativamente recorrer?

3) Neste caso são igualmente condenáveis abstenções e saídas de sala. A única atitude responsável seria dar sequência à decisão do tribunal, actuando em conformidade. Pelos vistos só dois vereadores se mostraram à altura da missão que lhes cabia.

4) Os partidos não são clubes. Os partidos existem para em Democracia representar o povo e fazer valer os seus interesses. Não faz sentido apoiar cegamente toda e qualquer acção do partido (ou neste caso de uma sua estrutura local) no qual se é militante. Quando o partido falha nessa sua missão, é pelo contrário dever do militante alertá-lo para esse facto e, de modo transparente, deixar clara a sua opinião. As estruturas do partido, também democraticamente, aceitarão ou não o feedback dos militantes e serão na devida altura avaliadas por isso.

Saudações cordiais e laranjas do militante n.º 167506.

Caro Companheiro Tiago Azevedo Fernandes:

Como compreenderá, embora seja um Militante recente do Partido, o PSD tem órgãos, momentos e formas de promover o debate interno que não a que escolheu. Ademais, não me parece esta a configuração mais profícua, avisada e eficaz de trocar ideias e “estados de alma” partidários. Até o companheiro reconhece no seu texto que “este tema… justifica análise e acção interna (sublinhado nosso). Não obstante, por uma única e irrepetível vez, recorro ao mesmo meio para responder à V/ carta aberta.

Directo ao assunto, esclareço que a “Proposta” levada ao executivo na CMP era e é essencialmente jurídica, embora destinada a deliberação de órgão político. Bem andou o nosso Vereador Gonçalo Gonçalves em promover – sem preconceitos ou subterfúgios – o assunto a deliberação camarária. Mas, recorde-se, o que se pretendia – não obstante o carácter essencialmente jurídico do tema – era que cada Vereador pudesse, dentro da sua experiência, consciência e prudência, opinar – votando! – sobre os termos da mesma. Não haveria (nem se pediam) opções político-partidárias, nem (muito menos) disciplina partidária ou registo ideológico.

Foi em clima de grande liberdade e responsabilidade que se pedia a cada Vereador que pudesse contribuir para a decisão que melhor defendesse os interesses do Município. Assim foi. Em liberdade, por voto secreto e sem nenhum limite, senão o peso da responsabilidade de representar a vontade dos portuenses, que cada Vereador votou. Esclareça-se: Não se pedia solidariedade ou disciplina de voto, mas sim avaliação prudente e livre! Por isso, nada sinto ter a apontar aos Vereadores que votaram em consciência e não fugiram às suas responsabilidades.

Contudo, registo como verdadeira uma passagem do V/ texto: “…decidiram fugir às responsabilidades do cargo para o qual voluntariamente se propuseram. Amedrontados com as potenciais consequências das suas acções, refugiaram-se numa gravíssima omissão. Envergonham a cidade e suscitam a indignação dos munícipes”. De facto, o Vereador da CDU, que o companheiro bem conhece, depois de ter manifestado em vários momentos anteriores posição clara sobre o tema em discussão neste dia, optou por sair da sala, num gesto que o companheiro qualifica bem e o Povo do Porto qualificará melhor…

Em conclusão, sobre este tema entendo nada ter a “corrigir” ou alterar no futuro, aproveitando para louvar, nesta sede publicamente, o trabalho, empenho e disponibilidade dos eleitos do PSD para enfrentar e assumir o projecto autárquico que os Portuenses recentemente sufragaram.

Por último, registo o seu desafio: “Tratemos da nossa casa; os outros tratarão da deles.” e vou manter-me atento à forma como cada militante – como é o nosso caso – contribui para os êxitos do PSD e dos Projectos e Candidatos por quem nos batemos.

Receba as minha cordiais saudações social democratas.
Paulo Rios de Oliveira
(Presidente do PSD/Porto)

De: TAF - "Uma nota apenas..."

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 11:43

... para criticar genericamente algumas destas propostas (mas não todas) de Pedro Figueiredo e esta proposta de encerramento temporário das bolsas, de José Ferraz Alves.

São exemplos de como evidentes boas intenções invocam meios errados para obter fins legítimos. Pressupõe-se em ambos os casos que a Administração Pública sabe melhor o que fazer do que os privados, e atribuem-se ao mercado culpas que cabem à inacção ou à incompetência dos poderes públicos. É nestes últimos que é preciso actuar, e não na esfera dos privados onde estes exercem a sua liberdade (bem ou mal, de forma polémica ou consensual, mas dentro da lei).

De: Pedro Figueiredo - "Soluções para esta cidade"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 11:33

1 – Instituição de um orgão supramunicipal que congregue todos os municípios do Grande Porto. Os PDMs de cada município fundem-se num único PDM de âmbito regional. Não mais cada município concorreria com o seu município vizinho sem qualquer noção global. Densidades, habitação, vias, serviços – todas as decisões são tomadas com uma visão metropolitana e supramunicipal. Sem mais os artificialismos de centro versus periferia. Funcionamento em rede.

2 – Concretização de um fundo público coerente (mas flexível) agregando diversos fundos para financiar com lógica pública e força de Estado a reabilitação em massa do Porto. Fundo global de reabilitação = dinheiro do Governo + dinheiro da Câmara + dinheiro da União Europeia + dinheiro do banco Caixa Geral de Depósitos + novo imposto às mais-valias imobiliárias para ajudar à reabilitação urbana.

3 – Nova lei para a concretização em novos empreendimento privados de uma percentagem obrigatória de 25% de fogos com carácter e preço social. A factura e a construção de fogos sociais será assim também distribuída pelo sector privado. De forma “natural” disseminar-se-iam pela cidade novas habitações sociais, em ambiente quarteirão e não ghettos de bairro. E não apenas com financiamento público, diminuindo os encargos do Estado mas não os resultados sociais. O sector privado é obrigado a mexer-se no “social”, já que as obrigações sociais moralmente tocam a todos, não apenas ao Estado.

4 – Alteração dos estatutos e âmbito da SRU. Obrigação estatutária de a SRU priviligiar o realojamento de populações do Centro Histórico e dos bairros camarários mais afastados. Âmbito social, âmbito local, realojamento popular no centro.

5 – Instituição de uma política de controlo dos preços das habitações feitas pelo sector privado. Instituição de mecanismos de controlo do mercado, assumindo criticamente que a “livre” reconstrução feita pelo “livre mercado” tem sido ao longo dos anos a não-reconstrução, a reconstrução a preços proibitivos e a degradação total, em suma.

Pedro Figueiredo, arquitecto

De: José Ferraz Alves - "A necessidade da força da regionalização"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 11:19

Apenas factos, de acordo com a notícia do Público, “Autarcas do PS e do PSD recusam reuniões individuais com Governo por causa das Scut” e “ ... os presidentes de Câmaras do Grande Porto não estarão dispostos a conversas individuais ou em grupinhos de três ...”.

Tem sido esta a estratégia, até agora por nós aceite, dividir para reinar. Só pela união deixaremos de ser afectados com o estamos a ser na Região Norte. E o que dizer do outro artigo, noutra página do mesmo jornal, “Estradas de Portugal fechou ontem o contrato da subconcessão do Pinhal Interior”, o maior e o mais caro empreendimento rodoviário formalizado por um consórcio liderado pela Mota Engil e mais 11 Bancos, 1.429 milhões de euros. A crise é para quem?

José Ferraz Alves

PS: - Controlem as Bolsas, por favor, como?, encerrando-as temporariamente.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Jardins do Palácio de Cristal"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-30 11:13

Para Charlotte Vandersleyen

Boa tarde.
Como é evidente se vai acontecer como refere, e acredito - malhereusement – que assim possa ser, é de aproveitar e ir, já lá! De facto não estive, desta vez, a olhar para o belo lago, que em tempos até uns pequenos barcos teve. Mas como é evidente aquele espaço não necessita de ter lá mais caixotes! BASTA ASSIM, COMO ESTÁ!

Penso que temos todos de começar a mudar mentalidades – a principiar pelas nossas -, a ser diferentes, a não ser tão previsíveis e, de facto, de modo algum é algo que só fazemos – previsibilidade - de hoje, mas de há uns tempos a esta parte essa previsibilidade é tremenda, logo havendo um bom espaço tem de se ocupar para ficar diferente, mesmo que possa não ser melhor! Veja-se e sem referir nomes o que se fez na Avenida dos Aliados! Ficou tudo tão cinzento, tão sem natureza, tão sem vida! Mas pelo menos poupem-nos os Jardins… do Palácio de Cristal. O Palácio já era! Pelos vistos o lago vai deixar de o ser! Fique o Jardim!

Augusto Küttner de Magalhães

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-29 18:09

De: Charlotte Vandersleyen - "O Porto está à venda"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-28 16:14

Precisamos de uma estratégia! O Porto inteiro está à venda... pois não passa um dia sem aparecer mais um cartaz. Está quase a cair! Em vez de procurar as razões que levaram ao seu abandono, faríamos melhor pensar nos meios que permitem requalificar.

Desde a classificação do Centro Histórico pela UNESCO parece que algumas pessoas na Câmara abriram os olhos. (Será que o Centro Histórico têm mesmo algum interesse? Ao ver a quantidade de pessoas que preferem comprar apartamentos novos tipo caixote em vez de recuperar as bonitas casas do centro...) Criaram uma loja de reabilitação, belo esforço mas não vão conseguir, sem o investimento privado, reabilitar a Baixa toda. Percebe-se que vendem os apartamentos uma vez restaurados, têm de recuperar o investimento mas não há mercado! O Porto inteiro está à venda.

Há sempre mais gente à procura de uma casa para alugar com um preço decente (e em condições, pois em Portugal só ontem é que descobriram o isolamento térmico e o aquecimento central, somos descendentes directos do homem de Neanderthal, apenas a forma das grutas é que mudou :-p). Se fosse só o preço... (pois é mais caro comprar um ímóvel no Porto do que em Bruxelas, quem diria) sem contar o desleixo da Baixa que torna a zona pouca atractiva, e os inúmeros inquilinos nestas casas antigas que ainda têm contratos antigos onde a renda se encontra congelada e que nem dá para pôr fora. Perde-se um ano para o pedido de licenciamento (nas zonas protegidas é obrigatório), mais um ano de obras se tudo corre bem e se a casa não caiu entretanto, mais o preço das obras, mas um pedido de licença de uso, o dinheiro fica bloqueado 2 a 3 anos, acham mesmo que alguém vai investir assim?

Qual é a estratégia da Câmara Municipal para facilitar os investimentos privados? Redução do tempo de apreciação do projecto? Expropriações? Descongelar as rendas? Seria bom reagir antes que caia!

De facto é uma pena ninguém querer “agarrar” o espólio de O Primeiro de Janeiro, dado tratar-se de um jornal que fez história, direi até ao 25 de Abril de 1974, a partir daí foi perdendo as suas características. E convém focar e bem que O Primeiro de Janeiro era um muito bom jornal à época e livre de espartilhos políticos, no que livre se podia ser em tempo de efectiva e real “não liberdade de expressão”, com “censura activa e actuante”.

Mas perdeu-se tempo demasiado a recuperar o irrecuperável, ou seja, O Primeiro de Janeiro como era e como foi. E hoje, em crise, não se encontra quem ache que vale guardar a memória de um bom jornal de outros tempos. Quanto ao próprio O Primeiro de Janeiro já não tem espaço como periódico, mas teve-a e muito durante muitos e bons anos. Sendo pena, penso que não vai gravar quem lhe queira deitar a mão e vai-se perder, mas ficará a memória em muitos do que foi O Primeiro de Janeiro, e se não ficarmos completamente débeis mentais ou não nos forem matando por começarmos a ficar velhos, será possível irmos contando vivências/experiências “vividas” de O Primeiro de Janeiro. Será de aqui e agora aproveitar para elogiar o MANUEL PINTO DE AZEVEDO JÚNIOR que soube manter durante muitos anos um bom O Primeiro de Janeiro. O espólio se se perder, fica a memoria! que pode ir sendo recordada… ou não!

Augusto Küttner de Magalhães

De: Charlotte Vandersleyen - "Jardim do Palácio de Cristal"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-28 16:03

Bom dia,
Gostaria responder a um post do Sr. Augusto Küttner de Magalhães - "O Palácio de Cristal"

Se é de notoriedade pública que o público vai ao "Palácio de Cristal" pelo seu jardim mais do que pelo pavilhão (mesmo se não desgosto), olhe bem! Pois, daqui a pouco, o belo lago será ocupado por uma extensão do pavilhão, como se o espaço construido desocupado não chegasse na cidade do Porto! Mas porque têm todos de construir caixotes em todo lado?!

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2010-04-27 22:49

- Arranque das obras do Pólo do Mar da UPTEC
- Lisboa, Vila Nova de Gaia e Porto lideram dívidas das autarquias
- Gaia: Passivo atinge 284 milhões
- Endividamento de Gaia é "irrelevante" face à "dinâmica de investimento"
- Espólio de "O Primeiro de Janeiro" ainda sem interessados
- Douro Azul atinge lucros pela primeira vez "(...) contrariando pela primeira vez a tendência de prejuízos"
- Construtora A. M. Mesquita e Filhos encerra portas na Maia
- Bairros Críticos: Instituto de Habitação e Associação Microcrédito querem dinamizar economias locais
- Norte está a fomentar indústrias criativas
- U.Porto celebra o 1º Dia do Voluntário

- Primeiro aniversário do Vivacidade – Espaço Criativo, Quinta-feira, 6 de Maio, 17h, sugestão de Adelaide Pereira

- Dois vídeos sobre o Movimento Norte Sim, e “À conversa sobre sonhos e voluntariado com base no filme favores em cadeia", sugestões de José Ferraz Alves: "Os oradores da conferência são o Dr. Frederico Fezas Vital, Presidente da Associação “Terra dos Sonhos” e a Dra. Sónia Fernandes Presidente da Escola de Voluntariado “Pista Mágica”. Será uma oportunidade única para conversar e reflectir sobre a importância do voluntariado e dos sonhos na nossa vida e na vida daqueles que nos rodeiam!"

- Memória e Património - 15ª Tertúlia do Palácio das Artes, Quinta-feira, 29 de Abril, às 21h30, sugestão de João Faria

- A noite dos pirilampos - "Sendo assim, o que me perturba na movida portuense? Não sei precisar lá muito bem, mas pressinto uma certa esterilidade e inconsequência nisto tudo. Não me livro da desconfiança de que da mesma maneira que toda esta gente apareceu de um momento para outro, também desaparecerá sem deixar rasto."

- Assembleia Municipal aprovou contas do município relativas a 2009
- Socialista Teresa Lago votou ao lado do Bloco de Esquerda e da CDU na Assembleia Municipal

PS:
- Rui Rio garante que património camarário cresceu 131,5 milhões
- Sem venda de património as contas seriam negativas
- Moção do PSD contra pagamento nas Scut apoiada por deputados do PS na AM Porto
- Espólio de O Primeiro de Janeiro sem interessados

De: Paulo Espinha - "6 anos!"

Submetido por taf em Segunda, 2010-04-26 15:25

Após fase de "estimulação precoce", está "A Baixa do Porto" a acabar de definir a sua personalidade até aos 9!
Depois será sempre a abrir... As maiores felicidades!

Um abraço
Paulo Espinha

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Segunda, 2010-04-26 14:53

De: F. Rocha Antunes - "E o jantar?"

Submetido por taf em Segunda, 2010-04-26 12:44

Caro Tiago,

Parabéns pela tua persistência e pelo serviço público que é manteres em funcionamento este blogue. A única desilusão foi não ter havido um jantar comemorativo, mas acho que ainda vamos a tempo, até porque calhou a um fim-de-semana e como há gente que vai para fora é mais fácil fazer à semana. Que dizes?

Abraço,
Francisco Rocha Antunes
--
Nota de TAF: Que sim. :-) Neste fim de semana passado também não me deu jeito porque estive fora, mas agora aceito sugestões para data e local.

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