2008-06-15
00:05 - Santana Lopes felicita MFL e também Passos Coelho pela intervenção dele de há pouco. "Não passa pela cabeça, em nome da ética, que a nova Direcção tenha condescendência com atitudes de pesca à linha de quem agora muda de posição". Gostou da intervenção de MFL em vários pontos, mas não concordou que Sócrates tenha ignorado nos últimos tempos o PSD, só noutra altura anterior em que o PSD tinha mais dificuldade em afirmar-se. Refere a dissonância entre algumas moções aprovadas e a política defendida pela líder.
00:15 - A comunicação social está desde há cerca de 2 horas em actividade máxima aqui no Congresso.
00:17 - Santana preocupa-se com o "abuso de autoridade" no país, fomentado por Sócrates.
00:19 - Não vem dizer que está disponível para colaborar, mas tem esperança de concordar com o rumo escolhido pela nova liderança. "Será que aqueles que não concordam com a nova direcção têm a mesma legitimidade para expressar os mesmos protestos, dar as mesmas entrevistas?" Grandes aplausos, "PSD, PSD". Constata que MFL não teve esse tipo de atitudes pouco éticas. "Não é por algumas pessoas voltarem ao poder que passaram a existir militantes de primeira e militantes de segunda. Basta vermos algumas presenças neste congresso para perceber que as eleições estão próximas." ;-)
"Respeitar quem ganha", e termina. Claque organizada nos observadores, aplaude. A rouquidão e a constipação entretanto passou qb., com o entusiasmo.
00:25 - Fala Ângelo Correia, dizendo que regressou para ajudar e que agora se despede. Queria trazer mais pessoas para o partido, porque queria pensar, não exercer o poder. Falhou em várias coisas, mas não vai falar do que correu mal, o tempo é de esperança. Muito aplaudido. "Saio do palco, mas não saio da política. Nunca sairei do PSD. Quando estivermos em combate, chamem-me!" Aplaudido de pé, "PSD, PSD". Até amanhã.
11:40 - Votação das moções. A primeira mais renhida, em que MFL votou a favor, recomenda a alteração da taxa do IVA a concelhos do interior. Contagem pendente, tem que haver soma da recolha parcial dos vários colaboradores.
A Q, sobre a Regionalização, foi aprovada.
Protestos do proponente da moção H contra o Presidente da Mesa, por supostamente haver tentativa de influenciar o congresso a favor da reprovação. Ângelo Correia manda repetir a votação, muda ele próprio o seu voto para não suscitar dúvidas. A votação agora é substancialmente diferente e votam maioritariamente contra, como reacção ao protesto. O Congresso diverte-se. :-)
Em resumo, as moções foram todas aprovadas excepto esta do IVA. Duas "derrotas temáticas" com algum significado para MFL.
11:47 - Fala agora Patinha Antão sobre política económica.
José Sócrates deve ser tratado com respeito, até porque é o Primeiro-Ministro de Portugal. Mas se não é engenheiro, por que o tratam por Engenheiro?
Espero, com este destaque que estou a dar ao congresso de um partido político, convencer mais gente sobre a importância da militância partidária para influenciar as decisões que afectam a nossa região. ;-)
19:47 - Assunção Esteves fala no Tratado de Lisboa e recomenda que se reflicta sobre o Não da Irlanda.
19:15 - Alguém falou agora sobre a lógica do QREN e da necessidade de atenção ao interior.
19:16 - Fala Marco António Costa. Diz que se fosse hoje voltava a votar em Passos Coelho, mas que agora é preciso unidade. Fala contra Sócrates e o impacto da sua governação no Distrito do Porto. São as autarquias que acabam por resolver os problemas dos cidadãos.
19:00 - Anunciado por MFL:
Conselho Nacional: António Capucho, Mota Amaral, Alexandre Relvas, Bernardino Vasconcelos, Joaquim B. (não percebi o nome) e Carlos Pinto
Mesa Congresso - Rui Machete, vices Berta Cabral e Mguel de Sousa.
Conselho de Jurisdição: Nuno Morais Sarmento
Vices da Comissão Política: Rui Rio, Paulo Mota Pinto, Aguiar Branco, António Borges, Castro Almeida, Sofia Galvão
Secretário Geral: Marques Guedes
Comissão de Relações Internacionais: José Luís Arnault
(A entrada de Santana Lopes foi "sabotada" por esta intervenção inesperada de MFL, ovacionada pelo congresso e distraindo-o da entrada simultânea de Santana Lopes.)
18:40 - O presidente da distrital de Aveiro protesta veementemente contra o TGV e dá as suas recomendações a MFL.
18:45 - Fala Rui Rio, começa por agradecer a MFL. Diz que há uma crise profunda no país, mas discorda do modo como genericamente aqui tem sido descrita. A crise não é uma crise de carácter conjuntural nem económica, é uma crise política porque em Portugal o regime está em crise. Instituições desacreditadas, os partidos (PSD, PS, Parlamento). A instituição mais desacreditada é a Justiça. (Vieram agora aqui dizer-nos "Não sei se já tiveram a informação de que o Santana Lopes vai chegar a qualquer momento". Lindo! :-) )
18:50 - Rui Rio continua a falar contra o estado da Justiça. "Começa aqui e acaba no desemprego, começa aqui e acaba num país em crise." RR parece inspirado nas suas atribulações com os tribunais (o "energúmeno", etc.)
18:53 - O partido mais importante desde o 25 de Abril é o PSD. Se o PS é parecido com o PSD é porque o PS se aproximou do PSD. Tem de ser o PSD a apontar ao PS quais as respostas para resolver a crise.
18:56 - Rui Rio está rouco. O discurso inflamado tem consequências. :-)
O investimento público não pode estar todo concentrado na mesma região do país. Bastantes palmas.
Com a excepção de algumas referências ao centralismo, à regionalização e aos problemas dos grandes centros urbanos, pouco de concreto se falou do "mundo real". O melhor para o Norte (enfim, a ver vamos) parece ser a presença de muitos nortenhos nos órgãos de Direcção.
Aguarda-se agora o discurso de Pedro Passos Coelho, cujos apoios do tempo da candidatura se revelam aparente pouco sólidos. A "culpa" não será de PPC, contudo, mas sim da motivação que gerou esses apoios. Será que PPC manterá a defesa dos princípios defendidos na sua candidatura, sem se preocupar com estas contabilidades de votos?
18:05 - Acaba de falar o presidente da JSD, vem Pedro Passos Coelho.
18:07 - PPC não pediu as eleições no PSD e respeita a decisão dos militantes. "Aqui neste congresso ninguém tem um terço, mais um terço, mais um terço." A partir de hoje voltarei a ser um militante de base, mas que não abdica dos valores que defende. Perdendo, posso ajudar o meu partido com as ideias que defende, contribuindo para que MFL seja PM em 2009.
18:10 - Todos devem estar representados no "parlamento" do partido, que é o Conselho Nacional, e no Conselho de Jurisdição. PPC volta-se agora para a situação do país. MFL fez uma intervenção serena, mas firme. PSD não precisa de ser "alternância", mas sim "alternativa". "O que é que defende hoje o PSD? Precisamos de saber", dirigindo-se a MFL.
18:16 - A sala finalmente cheia e concentrada no orador que discursa.
18:18 - "Não podemos deixar que, com o nosso silêncio, as pessoas pensem que pensamos aquilo que elas gostariam." "O que é que é essa matriz social-democrata?" PPC fala da falta de liberdade e do peso excessivo do Estado. "Não queremos que seja o Estado a escolher por nós." Não se pode manter a mentira de que o Estado pode oferecer tudo a todos. "Não pensem só nas próximas eleições, pensem no futuro do país." "Eu não vou chefiar uma facção no PSD, eu vou defender estas ideias dentro do partido."
18:28 - PPC falou bem, a maior ovação até agora.
16:10 - Nada de especial a assinalar. O André Amaral tem comentado aqui.
16:18 - Fala António Borges. Não suscita grande atenção. Precisamos de nos mobilizar para recuperar a confiança dos cidadãos, blá, blá. Até agora ao nível da generalidade dos anteriores oradores, ou seja, anódino. Não percebo o que faz ele ali, se se limita a repetir o que todos dizem. A sala continua com tanta gente como o exterior do pavilhão. "Ética, integridade, transparência."
16:35 - Fui tomar café, acabei de voltar. Continuam os trabalhos sem nada a assinalar.
16:39 - Um militante de Paredes refere a regionalização e o centralismo, pede a MFL para estar disponível para ser convencida, remete para Rui Rio como referência. Rapidíssimo, eficaz.
Já agora, deixo aqui a referência do que eu penso sobre a Regionalização (e também aqui).
16:55 - Vasco Campilho fala contra o Bloco Central. Refere também os problemas dos grandes centros urbanos. Para isso o PSD tem que ouvir as suas estruturas autárquicas.
Está cá mais um blog: Arganil.
17:07 - Fala José Luís Arnault. "Responsabilidade, responsabilidade, responsabilidade". Fala agora do "diálogo com a sociedade civil", para encontrar soluções, para dar "esperança", mas têm que ser "credíveis". "Todos no PSD temos que trabalhar em conjunto". Namoro óbvio a Passos Coelho e seus apoiantes.
17:23 - Devo dizer que acho um bocadinho irritante os congressistas congratularem-se com o facto de a liderança do partido estar entregue a uma mulher...
17:30 - Ribau Esteves, aguardado com ansiedade... ;-)
Invoca a "credibilidade" do PSD do tempo dele. Tinham o apoio das bases, estavam a ganhar o apoio dos portugueses, mas infelizmente houve uns companheiros que desestabilizavam... Bastante aplaudido pela claque presente nos observadores, em número significativo. Fala contra o abandono dos últimos 6 presidentes do PSD. O PSD vive o risco da institucionalização das facções internas. Fala agora da desmotivação dos portugueses por causa da governação socialista. Faz o balanço da sua acção como secretário-geral.
17:35 - Entrou entretanto mais gente na sala, agora já com bastante gente.
- Paulo Rangel anuncia esta tarde que é candidato a líder parlamentar
- A lista de Ferreira Leite
- Distrital do Porto do PSD avança com listas para o Conselho Nacional e de Jurisdição
- Passos Coelho encabeça lista para o Conselho Nacional, Fernando Ruas é número dois
- Passos Coelho perde apoio do Porto
- Paulo Teixeira Pinto pela 1ª vez num órgão do PSD
- Rangel líder parlamentar, Aguiar Branco vice de Manuela
- Fotogaleria do Expresso
A sala vazia e o primeiro orador a falar:
Sónia Santos, do RCP, enquanto aguardava a entrada das entrevistas aos bloggers:
Maria Flor Pedroso e Carlos Magno, aqui ao lado há pouco:
Onde é que está a ASAE? :-)
12:15 - Acabei de chegar. Fala Pedro Duarte, retomando basicamente as propostas da campanha de Pedro Passos Coelho.
- Ferreira Leite abre congresso com críticas ao Governo - com apontadores para vídeos da RTP
- Passos Coelho vai encabeçar lista ao Conselho Nacional do partido
- Expectativa no segundo dia de trabalhos
- Discursos de Passos Coelho e Santana Lopes aguardados
- Sem revelar as listas para os órgãos nacionais, a nova líder social-democrata foi recebida com desconfiança pelos congressistas
- Marques Guedes é o novo secretário-geral do PSD
12:50 - Há cada cromo! "Temos de acabar com os fazedores de opinião"... Está na altura de falar quem se inscreveu. Paciência, caridade cristâ... A Democracia é mesmo assim.
13:25 - Fala Miguel Relvas. Diz que as directas correram bem e que as ideias estiveram no topo das prioridades. Deve-se motivar o pluralismo interno, unidade na diversidade. Refere os impostos, a asfixia da classe média, marca dos governos PS. Nada de Bloco Central. Mais uma vez, as propostas da campanha de Pedro Passos Coelho. Nada de novo.
15:20 - Recomeça com a sala completamente vazia. O primeiro orador (neste caso "vítima"...) queixa-se de que parece haver um congresso dentro de portas e outro fora...
15:25 - Está aqui connosco (André Amaral e eu) Sónia Sá, do Rádio Clube Português, que quer ouvir o que os bloggers têm para dizer. É a concorrência desleal dos bloggers aos congressistas. :-)
01:15 - Luís Artur Pereira, do Porto, fala sobre centralismo e regionalização. Propõe que o partido prepare em 6 meses uma proposta concreta de modelo de regionalização e depois que o referende internamente.
03:55 - Já de volta ao Porto, mais algumas informações:
- Os textos das moções (acrescentei também apontadores no post anterior)
- Sócrates errou gravemente e vai pagar a factura - Manuela Ferreira Leite
- Manuela Ferreira Leite diz não perder tempo a desmentir intenções que lhe atribuam
- A reportagem com vídeo e áudio da Renascença
Linguagem gestual:
A Grande Alface na "mesa dos blogs":
E os nossos colegas da comunicação social:
Se, sobre Rui Rio, começasse por protestar ou contestar alguma coisa lembrar-me-ia, rapidamente, de quando o próprio se questionou – num ambiente patético idêntico ao dos bombeiros e do PSD – se a Escola Soares dos Reis se localizaria na rua do Breyner. Recordo-me, também, de um dos mais gastos argumentos de Rio frente a Assis (nas últimas eleições) – que dizia, então, que FA não é da cidade, não nasceu cá e, portanto, não tinha o perfil ideal para a liderar politicamente. (Para os leitores que ainda não sabem onde é a Artística de Soares dos Reis concluo que está na Rua da Firmeza 49 e que, num dos mais ambiciosos projectos do Ministério da Educação dos últimos anos, se vai transferir para o espaço da antiga Oliveira Martins).
Mas ao seu estilo bem portuense Rui Rio passeia frequentemente pelas ilhas, fala com as pessoas do Aleixo, ouve o que as senhoras do Bolhão lhe têm para dizer? Se calhar não é bem assim; se calhar Rio, antes de intervir na cidade vai à Universidade saber o que pensam os urbanistas, os arquitectos… Possivelmente não. Se calhar. Rui Rio sabe bem ouvir o que o voto diz; e o que o voto diz é La Feria (o Dantas), é Rádio Festival, é processos em tribunal contra construtoras, o que o voto diz a Rui Rio é 'feirinha' do Low Cost, Stock Market, é o carrinho antigo, o 'aviãozinho', o foguetório e mais umas quantas palhaçadas que o seu braço direito maneta (PortoLazer) vai por aqui organizado, de modo vergonhosamente mau, muito longe de ter um critério sério e coerente. A cidade merece mais do que Rui Rio; ao contrário do que antes disse, o clube recreativo dos Passarinhos da Ribeira merece mais do que Rui Rio.
Ouvi durante anos consecutivos que Rui Rio 'não fazia nada pela cidade, mas pelo menos punha as contas em ordem e arrumava a casa'; meus caros, passaram oito anos, Rui Rio tem a casa mais desarrumada que o meu atelier e, pelo que vi ontem, falamos, ainda, da terceira Câmara mais endividada do País. Pela saúde dos Passarinhos da Ribeira, colectividade que muito estimo, espero que nem a responsabilidade da contabilidade venha a ser dada ao Sr. Presidente.
Cumprimentos.
Pedro Bragança
Estou "em directo" do Congresso do PSD em Guimarães, em missão como blogger. Os trabalhos ainda não começaram, estou a "montar o estaminé". Apesar da acreditação formal, equiparado pelo PSD a jornalista para este efeito, as condições de trabalho são bastante fracas: falta pelo menos uma mesa... Vamos ver o que se arranja. De qualquer modo estou em boa companhia.
Mais tarde deixarei aqui algumas notas, pois o que se passa neste partido tem impacto directo no Porto e no Norte.
20:05 - Entra MFL.
Continuação do relato abaixo:
Caros amigos
Gostaria que me informassem se a lei portuguesa autoriza que os trabalhadores da C.M.Porto possam fazer ruído (barulho) quando estão na recolha do lixo. E em outras actividades como a recolha e lavagem das fossas, se podem ser limpas ou reparadas durante a noite. Gostaria de ter conhecimentos sobre a lei que permite tais trabalhos durante a noite dentro de uma urbanização residencial. Os trabalhos e o ruído a que me refiro foram feitos durante a noite entre as 02 horas e as 04:30 horas da manhã. E pergunto se as máquinas (carros) de limpeza não podem fazer o seu trabalho durante o dia?
Obrigado, espero por uma possível resposta do vosso fórum.
Rui Pinho
