2008-04-13

De: António Alves - "Fontes seguras :-) "

Submetido por taf em Sábado, 2008-04-19 23:02

Caro Miguel Ângelo Pinto

Eu sei que gosta muito do Primeiro de Janeiro. Eu também. É até pena que não haja quem invista mais naquele jornal para o tornar graficamente mais moderno e atraente. Tem potencial para ser um ‘Público’ da Região Norte. Quanto à Maria Pia: eu sei desde, pelo menos, Novembro de 2007 que ela vai ser pintada. O que queria salientar é que a coisa está por dias. Mas, como em tudo que envolva entidades públicas, às vezes nem as fontes seguras são de confiança. :- )

Melhores cumprimentos,
António Alves

De: Cristina Santos - "Futebol como prioridade..."

Submetido por taf em Sábado, 2008-04-19 22:57

Há dias, o José Silva afirmou que o futebol, nomeadamente o FCP, era responsável pelo alheamento social que se vive no Norte. Eu estranho é que a Sul estejam tão alheados da situação económica do país, que não contestem os milhares de euros que se estão a gastar com o futebol para averiguar situações tão ridículas como golos, faltas e vitórias em campeonatos. O FCP é antes demais uma empresa, que alimenta vários postos de trabalho, recursos e investimentos, é natural que no Norte a tenhamos como exemplo, o que não é natural é a posição que o Estado, com o dinheiro de todos nós, adopta perante o FCP.

E isso é mais uma arma no combate político que temos que travar em nome do país, é necessário alterar situações como esta. O povo gosta de futebol, mas não gosta ao ponto de despender recursos financeiros para averiguar vitórias de clubes; ganhou está ganho, é futebol. O povo está interessado em postos de trabalho, na saúde, na justiça com maiúsculas, na educação e no desenvolvimento, o Estado é que parece mais interessado no futebol do que na resolução das verdadeiras desigualdades sociais do país. Tenho por certo que a Sul também desagrada esta prioridade da justiça, com certeza que como povo esclarecido se opõem a este despender irracional de recursos, recursos que são de todos nós. Portanto não somos nós, eleitores, povo, que colocamos o futebol como prioridade, o Estado é que o faz e com um empenho que não demonstra nas causas sociais, que abundam pelo país. Não podemos aceitar isso e temos que arranjar alguém que nos defenda e nos represente.

Bom fim de semana Baixa
Cristina Santos

De: David Afonso - "L€YA"

Submetido por taf em Sábado, 2008-04-19 22:36

O Grupo Leya - isto é, a ASA, a Caminho e a D. Quixote, por exemplo - não vai estar presente na Feira do Livro do Porto. Justificação: "O Grupo Leya não vai à Feira do Livro porque não temos interesse nela, nem a feira tem um volume de negócios que o justifique". E quanto à Feira do Livro de Lisboa: "depende de como irá ser organizada". O que é caso para perguntar o que raio vendem estes senhores. No PÚBLICO de sexta-feira, Manuel Alberto Valente dá a resposta: «Há uma tradição familiar de negócio do livro. Os outros dois grupos que estão neste momento no mercado português - o Explorer Investments e o Leya - não têm nada a ver com o livro. Estão no livro por mero negócio. O Explorer é um fundo de investimento e está no livro até ao momento de poder ganhar mais-valias com a venda das editoras que comprou e dizem-no abertamente; e o grupo Leya, embora o esconda, está na mesma posição. Está na área do livro até lhe surgir uma oportunidade boa de vender o grupo a qualquer comprador nacional ou estrangeiro».

É claro que o facto das Feiras do Livro de Lisboa e do Porto serem organizadas pela mesma entidade implica sempre uma clara desvantagem para o Porto. A Leya não deixará, apesar de tudo, de estar presente em Lisboa. Que fazer? Se tivéssemos a lata de exigir aos livreiros portuenses o impossível, a primeira coisa a fazer era um boicote (nem que fosse a título simbólico) aos produtos da Leya. A afronta devia-se pagar caro. Em contrapartida, podemos pedir o razoável e organizar uma Feira do Livro verdadeiramente do Porto em vez de uma extensão pobre da Feira do Livro de Lisboa. O actual formato já deu o que tinha a dar e estes mercenários já o perceberam.

PS: Quanto à Ponte Maria Pia: 1) A Refer tem as costas largas... 2) Uma pintura nova? Ena!

David Afonso
davidafonso @quintacidade.com

De: TAF - "PSD"

Submetido por taf em Sexta, 2008-04-18 21:40

Menezes acabou de ter na SIC Notícias aquela que foi a sua melhor prestação televisiva de sempre, das que eu vi. Estou convencido de que ele realmente não se quer candidatar a Presidente do PSD (pelo menos agora, mais tarde nunca se sabe se muda de ideias...), pois percebeu que não iria vencer Sócrates. Por isso resolveu voltar ao conforto de Gaia e ficar a gozar o espectáculo a partir do camarote. Estava com aquela descontracção de quem já não tem nada a ver com o assunto, e quer que agora os adversários descalcem a bota.

É bom que as candidaturas alternativas apareçam e clarifiquem as diferenças entre elas e com Menezes. Não me parece razoável que se queixem de falta de tempo, seja lá qual for a data das eleições. Afinal o que é que lhes falta fazer? Se o objectivo é debater ideias e levá-las a voto, não venham com histórias de que não há tempo para organizar as tropas! Só faltava que recorressem às tácticas que tão justamente se criticavam a Menezes e ao seu grupo.

Dito isto, sem fazer nenhuma avaliação do respectivo mérito e observando apenas o modo de funcionamento do partido, julgo que só alguns nomes terão hipóteses de vencer:

  • - Marcelo Rebelo de Sousa
  • - Manuela Ferreira Leite
  • - Rui Rio
  • - o candidato apoiado por Menezes (há várias hipóteses).

Não é provável que outros candidatos consigam convencer os militantes que votam.

Ultimamente, dada a minha recente condição de militante, tenho participado nas actividades da secção do Porto. Confirmo, agora "por dentro", aquilo que já vinha observando de fora quer no PSD quer nos outros partidos. As reuniões de militantes servem geralmente para uma de duas coisas:

  • - debater questões internas ao partido, absolutamente menores e sem qualquer interesse para a cidade ou para o país;
  • - fornecer às bases "munições de combate" contra os outros partidos.

Aquilo que seria saudável em Democracia (discutir o que correu mal, o que pode ser melhorado, como se podem encontrar pontos de convergência com outros partidos e com sensibilidades extra-partidárias, etc.) é visto com estranheza. Mais do que estranheza, talvez até com surpresa! Dá ideia que é algo de que nem sequer se lembraram...

Não me parece que o "aparelho" seja um "bando de malfeitores", longe disso. Muito pelo contrário, até: a maior parte das pessoas estará genuinamente interessada em dar um contributo positivo para o desenvolvimento do país, só que escolhe meios totalmente errados. Os militantes estão imersos num ambiente de conflitualidade permanente (interna e externa), que lhes desvia a atenção daquilo que é realmente importante. É um fenómeno semelhante ao da toxicodependência (sem ironia). Por isso é que é preciso que venham muitos mais militantes novos, que venha ar puro, para mudar o ambiente. Os "drogados", libertos da sua dependência da partidarite, poderão ter uma participação política excelente.

PS: A menos que apareça alguma revelação totalmente inesperada, dos nomes que anteriormente citei o único que poderia trazer algo de simultaneamente novo e credível era, apesar de tudo, Marcelo Rebelo de Sousa. Porque não há mais ninguém...

De: Miguel Ângelo Pinto - "Ponte D. Maria"

Submetido por taf em Sexta, 2008-04-18 21:36

O leitor António Alves não precisava de nenhuma fonte segura para saber que a Ponte D. Maria vai ser pintada. Bastava ter lido O Primeiro de Janeiro de 17 de Março, onde era dada toda a informação quanto à intervenção a efectuar. Tinha até chamada à primeira página…

Melhores cumprimentos,
Miguel Ângelo Pinto

No dia 25 de Maio, quando LFM sair reforçado das eleições antecipadas, terá que mudar de estratégia se quiser ganhar as eleições de 2009. Terá que deixar de tentar agradar à oligarquias de Lisboa que mandam em Portugal, deixar de ser um Sócrates2 e terá que apresentar decididamente propostas muito mais credíveis aos olhos dos portugueses, sobretudo fora de Lisboa.

Detalhando. Todos já perceberam que Sócrates perderá em 2009, desde que haja alternativa ligeiramente melhor. A recessão em curso, que nem sequer ainda cá chegou, encarregar-se-á de dinamitar a credibilidade decrescente do «engenheiro». Mas perante isto e como seria normal, as oligarquias de Lisboa não querem LFM, por muito que ele vá morar para lá, contrate Cunhas Vazes ou alinhe em Neo-liberalismos de banha da cobra, como era a OTA. A oligarquia lisboeta, antevendo o fim de Sócrates, preparava-se para lançar António Borges como Primeiro-Ministro em 2009. JPPereira já o tinha afirmado aqui que LFM teria que sair da liderança até 2009 nem que fosse à «bomba»: Ora isto servirá de lição para LFM. A oligarquia dos golpes palaciano-mediáticos de Lisboa, que ceifaram PSLopes em 2004, nunca o tolerará. LFM tem que entender isto, mudar radicalmente, deixando de se preocupar em conquistar essas oligarquias.

Por outro lado, as propostas de LFM nos últimos 6 meses não foram substancialmente diferentes da política neo-liberal que o PS tem seguido. Por isso LFM não descolou nas sondagens. O Portugal profundo não sente nada de radicalmente diferente que o leve a votar no PSD em 2009. E portanto aqui, se LFM quer subir nas sondagens a partir de 25 de Maio, tem que apresentar uma política credível sobretudo para os eleitores fora de Lisboa, que não estão domesticados pela comunicação social pró-centralista, e que não são beneficiários da governação PS.

Como detecta JMMoreira, ao contrário do Liberalismo Clássico, o Neo-liberalismo é um embuste. Não é carne nem peixe. Apenas é um esquema para as altas oligarquias (subornando políticos, aproveitando-se da febre dirigista destes ou ambas) alargarem os seus negócios à custa de consumidores e contribuintes. Isto passa-se nos EUA e também em Portugal, como provam as PPPs, intenções por trás da OTA ou outras mafiosidades que habitualmente relato no Norteamos ou relata o José da GLQL. Ora este tipo de política precisa de ser clarificada. Eu que aceito o Capitalismo como modelo económico de sociedade tenho que reconhecer a necessidade que este tem de crescimento, de re-aplicação de capitais próprios em novos sectores e projectos, e portanto tenho que aceitar a necessidade da passagem de serviços públicos para a esfera privada, de forma sustentar esse crescimento. Para ser coerente, tenho que aceitar privatizações/PPP/concessões na educação, saúde, gestão de águas, manutenção de estradas ou até gestão de prisões. Porém isto não pode ser feito de forma dissimulada, nas costas do povo, às escondidas, como ocorre no Neo-liberalismo corrente, desde as concessões à Rio, até construção de um TGV exageradamente sofisticado para as nossas necessidades de forma a gerar carteira de encomendas para os operadores do sector.

Assim, LFM tem aqui uma oportunidade de ser verdadeiramente, frontalmente e honestamente Liberal ao propor uma política de privatizações/concessões/PPP às claras desejavelmente referendada pelo povo. E os novos «capitalistas» nem teriam que ser necessariamente as «máfias» habituais. Poderiam ser os próprios cidadãos investido directamente, ou via fundos de investimento, nos serviços públicos a privatizar, escola, hospital, auto-estrada, aeroporto. Haveria também a alternativa social-democrata, mais à esquerda, de suspender a passagem de serviços públicos para privados, aconteça o que acontecer. Ou poderia haver um misto, com alguns sectores a ficarem claramente públicos. Há ainda outra oportunidade de inovação nos investimentos públicos: seguir a linha de pensamento do Norteamos, investir com racionalidade, maximizando as infraestruturas existentes, minimizando a verba gasta, como seja a manutenção da Portela ou o upgrade da Linha do Douro em alternativa à ligação Aveiro-Salamanca. Portanto LFM ao mudar a forma de fazer política, sendo mais claro e respeitador dos impostos dos contribuintes e das margens pagas pelos consumidores, iria ter muito mais credibilidade do que a governação actual. Seria verdadeiramente Liberal e não um mafioso Neo-liberal, como é a actual governação Sócrates. Neste aspecto a forma conta muito.

O nosso Neo-liberalismo, ou seja, a ajuda disfarçada do Estado Central às oligarquias dominantes, tem em Portugal uma agravante. É que elas estão estatisticamente concentradas na região de Lisboa, beneficiando apenas os seus residentes. Já aqui exemplifiquei que enquanto a economia do Norte é de milhares de PMEs que actuam em sectores de bens e serviços transaccionáveis no mercado internacional, sendo raramente fornecedores do Estado, a economia de Lisboa é, estatisticamente, baseada na administração pública, delegações de multinacionais geradoras de importações e grandes grupos que vivem para o mercado interno, à sombra do mesmo Estado. O eleitorado de Lisboa vai estando satisfeito como o modelo de desenvolvimento porque vai sendo sucessivamente beneficiado, via maiores oportunidades de emprego, salários, serviços públicos e valorização de imóveis. Por isso votará PS, com base nas promessas de Alcochetes, travessias do Tejo, gestão centralizada do QREN, dupla ética habitual e outras Mega-Lisboatices dirigidas pelo Estado Central. Assim, o esforço necessário para convencer estes eleitores a votar PSD é muito grande. Para LFM é preferível apostar em todos os deserdados do status-quo centralista, apresentando políticas de efectiva «deslisboetização» da economia portuguesa. Continuando a ser liberal e não centralista à Estaline ou colonialista, LFM deveria era colocar as várias regiões em competição, dando-lhes poder para se auto-desenvolverem, transferindo administração pública para o resto de Portugal, como prometeu Santana Lopes ou como já apresentei aqui. A competição inter-regiões, dotando as administrações públicas regionais de poderes de coordenação do desenvolvimento económico, iria parar com a «Drenagem» e a prazo gerar crescimento económico e emprego. Ora estas medidas, na prática, representariam uma promessa de poder para fora de Lisboa, onde a propensão dos eleitores para votar LFM é maior e onde tem as suas bases de apoio, à custa da subtracção de poder de Lisboa, onde dificilmente LFM ganhará votos. Na prática fazer promessas (e cumprir) aos eleitores com maior probabilidade de votarem PSD, à custa dos benefícios dos eleitores do PS. Grosso modo, 8 milhões de portugueses a votar no PSD seriam superiores a 2 milhões de lisboetas e afins a votarem no PS.

O Norte tem que perceber o que está em jogo. LFM, assim como foi Fernando Nogueira em 1995 e Santana Lopes em 2004, representam uma ala do PSD que não alinha com as oligarquias dominantes da capital. Em ambos os episódios a comunicação social centralista foi determinante para manipular os eleitores para votarem em Guterres e Sócrates, dado que seria um mal menor, na óptica das citadas oligarquias. Em 1995 ainda me enganaram. Em 2005 votei pela primeira vez à direita do PS, precisamente em PSLopes. O Norte também foi enganado/manipulado em 1998 no referendo da Regionalização, aliás onde LFM ou Rui Moreira nos «trairam». Assim é crítico que haja por parte dos residentes a Norte, de uma vez por todas, uma correcta compreensão do que é que está em jogo neste momento e coloquemos de lado as nossas opções ideológicas, simpatias pessoais ou mesmo «traições» e aproveitemos a oportunidade para chegar ao poder. Para isso é preciso pressionar LFM para ter uma política de desenvolvimento «deslisboetizada» e uma opção ideologicamente sadia, Liberal ou Social-Democrata, mas nunca Neo-liberal.

Espero que este artigo chegue a quem de direito. Com a decisão de ontem LFM mostrou que tem isto. Modéstia à parte, falta agora mostrar que tem inteligência e seguir os meus conselhos.

De: Cristina Santos - "Só o Norte pode derrotar José Sócrates"

Submetido por taf em Sexta, 2008-04-18 11:36

Se a demissão de Filipe Menezes vem no sentido da candidatura de Aguiar Branco, para mim é positivo, é outro homem do Norte, mais capacitado e que teria ganho se tivesse avançado na altura de Menezes. O ponto mais fraco da política actual é o interior, em especial o Norte, basta que o discurso siga para este campo para Sócrates ser derrotado, os políticos em geral não estão a par da situação, não conhecem a realidade do interior, não podem vencer um político que finque o debate nesta problemática, que apresente uma estratégia que faça depender os interesses do país dos interesses da região Norte, de Viseu a Vila Real.

É fácil vencer os argumentos que se fincam exclusivamente na Capital, são muito batidos e plagiados, uma mudança de pontos de vista é o suficiente para pôr as pessoas a pensar, e dividir o eleitorado. E é possível falar em problemáticas como TGV, QREN e falar do Norte, e ganhar, porque neste campo são poucos os políticos preparados, é possível falar de défice, de exportações e falar do Norte, são questões que o país desconhece e portanto questões que farão a divisão que é necessária.

Só ganha a José Socates quem souber falar do país, focando-se no interior, e isso terá de ser feito por um político do Norte. Espero que Aguiar Branco venha a ser líder do maior partido da oposição, espero que não cometa o mesmo erro de Menezes e mude a sua bancada para terreno adversário, espero que fale do país com base da realidade que conhece bem e assim, mesmo que não vença em 2009, altere definitivamente o modo centralista como se faz política em Portugal.

Cristina Santos

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2008-04-18 07:45

De: António Alves - "Ponte Maria Pia vai ser pintada"

Submetido por taf em Sexta, 2008-04-18 01:37

Já que se fala na Ponte Maria Pia, posso assegurar, de fonte que considero segura, que está para breve a sua pintura. Nos próximas semanas deverão começar a montar os andaimes para a empreitada.

A situação que denunciei aqui neste post também parece em vias de resolução. Nos últimos dias foi lá montada uma estrutura para tirar o lixo e a limpeza tem sido feita. Se foi a Câmara, os meus agradecimentos como cidadão.

1. Embora o Governo se proponha reduzir o apoio financeiro que atribuía ao arrendamento jovem, conforme regulamentado pela Portaria 1515-A/2007, não entendo POR QUE RAZÃO NÃO SE AGILIZA e FACILITA, judicialmente, os processos contra a ocupação ilegal - sem contrato de arrendamento - de moradias antigas nas grandes cidades (uns sem pagar "nada" e outros a pagar 2 ou meia dúzia de euros por mês) no sentido das Comissões Arbitrais Municipais (CAM) serem mobilizadas para avaliarem - analisando os edifícios - e tendo em conta os rendimentos dos ocupantes, serem atribuídos novos valores às rendas e obrigando os intervenientes ao contrato de arrendamento. A maior parte dos senhorios nem tem rendimentos suficientes para pagar a um advogado a fim de mover processos judiciais! Quem não quisesse cumprir a nova renda teria de abandonar o edifício e recorrer, os que não pudessem pagar, à Segurança Social!

2. É deveras CONTROVERSO que o Estado ande a gastar dinheiro com subsídios AVANTAJADOS quando há tanto mercado habitacional disponível ou a eventualmente a disponibilizar nas Grandes Cidades, que ficarão condenadas a serem transformadas em autênticos "Desertos Habitacionais" malgrado a vontade de alguns autarcas em reabilitar os velhos edifícios e atrair as populações para as ditas cidades. É certo que não são casas novas, mas há tantos casos de casais jovens que compraram (ou alugaram) e restauraram moradias que ficaram, passe o termo, "um espanto"!

3. Quanto perde o Estado Português em IMI pela baixa valia no Valor Matricial desse parque habitacional envelhecido e degradado,com risco de sinistros de toda a espécie iminentes, que muitas vezes têm afectado terceiros! Nem sequer têm seguros válidos! Antigamente os proprietários eram obrigados à prova anual nas autarquias do seguro de Incêndio actualizado, caso contrário eram tributados pelo Imposto de Incêndio (salvo erro chamava-se assim). Até isso acabou!

Apenas pretendo contribuir, como cidadão do Porto - a título construtivo - para este alerta, que no meu entender é lógico, e certamente deverá ser dirigido aos competentes políticos.

Com os m/cumprimentos
Ferreira da Silva
Cidadão do Porto

De: Jorge Marmelo - "Ponte Maria Pia"

Submetido por taf em Quinta, 2008-04-17 13:02

Só para recordar que há um protocolo de 2004, assinado pelas duas câmaras e pela Refer, que prevê a recuperação da ponte. Todavia, a Refer ainda não fez a parte que lhe cabia, definindo o projecto respectivo.

Cordialmente
JM

Porto Redux


Parte 1: Mercado do Bolhão
Seminário e Workshop entre cidade, património e arquitectura
Seminário 19, 24 e 30 de abril / workshop 30 de abril a 04 maio
*Espaço Oficina da Galeria Fernando Santos - em frente ao ccbombarda

O Opozine, a FAUP (CCRE e MIPA) e a revista Dédalo (AEFAUP) estão a organizar um seminário sobre reabilitação urbana. Esta iniciativa pretende, por um lado, aproximar as faculdades, estudantes e arquitectos das problemáticas inerentes ao recente processo de transformação das cidades, por outro, compreender a arquitectura como elemento fundamental de relação entre os indivíduos e a sua cidade. É para nós importante a necessidade de pensar a cidade integrando todos os operadores e agentes intervenientes no processo de transformação urbana (agentes técnicos, políticos, culturais, históricos, económicos, artísticos) e, sobretudo, é importante que os cidadãos sejam participantes activos desta discussão. A primeira sessão irá decorrer já no próximo Sábado, no espaço Oficina da Galeria Fernando Santos (em frente ao Centro Comercial Bombarda).

#19 Abril [Sábado] – 18h: Sessão de Apresentação. Património – Culturas urbanas
Pedro Gadanho [Arq] + Álvaro Domingues [Geo] + Nelson França [Econ] + Correia Fernandes [Arq]
Moderação: Nuno Grande

Dia 24 de Abril e 30 de Abril irão ser realizadas mais duas sessões.

Obrigado
Espero que possam comparecer
Pedro Bismarck

De: Pedro Menezes Simões - "Bolhão e aeroporto"

Submetido por taf em Quinta, 2008-04-17 12:49

- TCN Portugal substituiu Júlio Macedo por Pedro Neves no cargo de director executivo
"O ex-CEO tem surgido envolvido em negócios polémicos, como o da compra do edifício dos CTT de Coimbra, que está sob investigação"

"À mulher de César, não basta ser séria. É também preciso parecê-lo."

- Também me parece importante a notícia do Estudo sobre o modelo de gestão do Sá Carneiro. Aqui, Rui Rio está a seguir o caminho certo. O Norte tem de, cada vez mais, utilizar os factos e a racionalidade das decisões, para contrapor às decisões "arbitrárias" baseadas na opinião pessoal (ou nas pressões clientelares) de quem está no Estado Central. Este é o caminho do profissionalismo e seriedade. Falta é estendê-lo ao resto...

De: Vítor Pereira - "Não às portagens nas SCUTs!"

Submetido por taf em Quinta, 2008-04-17 12:45

Portagens nas SCUTs? Não obrigado!
Isolamento do Porto? Não obrigado!
Assine aqui.

Vítor Pereira

De: David Afonso - "Porto, Gaia e etc."

Submetido por taf em Quinta, 2008-04-17 01:19

1. A propósito desta notícia, o TAF enaltece a "fusão sectorial". Não posso deixar de subscrever esta opinião e ainda a levo mais longe. Nesta outra notícia ficamos a saber que não só o parque escolar de Vila Nova de Gaia se encontra sobrelotado, como também está em marcha um plano para se construírem mais oito novas escolas. Perante números que indicam que neste concelho existem dez escolas com taxas de ocupação superiores a 100%, entre as quais encontramos a Escola Secundária António Sérgio ocupada a 213,3%, parece mesmo não haver outra alternativa. Todavia… quando olhamos para o lado do Porto a realidade não podia ser mais diferente. Em poucos anos encerraram três escolas secundárias do centro do Porto: a Escola Secundária Oliveira Martins (o edifício alberga agora os alunos da Soares dos Reis e não faço ideia do que se passará com edifício desta); a Escola Secundária Rainha Santa Isabel (cujo edifício foi ocupado pelos burocratas da DREN) e a Escola Secundária Carlos Cal Brandão (já agora: era tempo de o site da CMP actualizar esta informação). Por um triz e à revelia do desejo da autarquia, safou-se a Escola Secundária Carolina Michaelis que se encontra agora sobrelotada e que vai sofrer obras de ampliação e beneficiação dentro em breve. Por estranho que pareça, a entidade que gere as escolas de um lado e de outro do rio é a mesma, a DREN. A "fusão sectorial" existe, portanto. No entanto, a gestão dos recursos é feita segundo a lógica do concelho. Pergunto se seria tão descabido drenar o excesso de alunos existente em Gaia para as escolas vazias do Porto. Reparem que o Rainha Santa tem uma estação de metro praticamente dentro dos seus portões e que hoje se faz o trajecto entre as duas margens em poucos minutos. O que me parece irracional é que se fechem e se construam escolas em função da conveniência dos concelhos, quando na prática os cidadãos vivem o Grande Porto. Já para não falar do que não se pouparia…

2. Continuando neste tema tão caro ao TAF – o da fusão Porto-Gaia – pergunto se não seria mais razoável canalizarmos as nossas energias para fins mais operacionáveis. A ideia é sedutora mas o melhor é começarmos pelo mais básico. A Ponte D. Maria Pia é um magnífico monumento partilhado pelos dois municípios que, sintomaticamente, se encontra deitado ao abandono. Ora, se não formos capazes de tomar conta desta ponte, também não seremos capazes de gerir outros interesses comuns. Propunha que se tomasse a reabilitação da Ponte D. Maria Pia como o primeiro passo a dar pelo movimento para a fusão Porto-Gaia. Se falharmos nisto, mais vale estarmos quietos. Creio que já existe uma «Associação dos Amigos da Ponte D. Maria Pia». O que faz falta é dar-lhe visibilidade e manter o assunto na agenda mediática, política, económica e cultural. O que a D. Maria Pia precisa é de um lobby e acho que o «A Baixa do Porto» está particularmente vocacionado para este tipo de missões. Se um dia a ponte vem abaixo a vergonha será de todos e não apenas dos responsáveis políticos.

3. Afinal de contas, a Quercus-Porto não vai poder contar com a presença de Jaime Lerner já que, por motivos de ordem pessoal inadiáveis, o arquitecto teve de cancelar a sua vinda a Portugal. Fica, no entanto, aberta possibilidade de uma visita ao Porto ainda no ano de 2008. Em todo o caso, garantimos que a programação alternativa também será de grande qualidade. Por exemplo, já para este Sábado garantimos nas Jornadas Quercus de Arquitectura Sustentável (ver também aqui): Arq.º Miguel Nery (OASRN); Eng.º Ricardo Sá (Edifícios Saudáveis); Arq.ª Inês Cabral; Arq.ª Livia Tirone (Tirone Nunes, Arquitectura); Prof. Manuel Duarte Pinheiro (LiderA); Arq.º Carlos Coelho e F. Rocha Antunes (que já conhecem cá desta casa). Recordo que as inscrições fecham já amanhã.

Cumprimentos
David Afonso
davidafonso @quintacidade.com

--
Nota de TAF: Infelizmente parece que a "fusão sectorial" das freguesias foi um mal-entendido do jornal, e que a situação é bastante diferente. Quanto à Ponte Maria Pia, é boa ideia e poderá até ser alvo da atenção coordenada dos promotores do imPORTO-me. É um bom tema de conversa para o jantar do dia 24. :-)

De: Jorge Santos - "Anestesiados?"

Submetido por taf em Quarta, 2008-04-16 16:44

Em relação ao post do Daniel Rodrigues gostaria de fazer umas pequenas correcções nesta parte:

"2. Estradas:

  • a) duplicação da IP4 até Quintanilha;
  • b) conclusão da duplicação do IP3 Vila Real - Chaves;
  • c) pressionar Espanha para acelerar ligação de auto-estrada do outro lado destas duas fronteiras."

a) A duplicação do IP4 já está anunciada até Bragança, nos números dos investimentos por distrito, o alto valor que vai ser investido em Vila Real e Bragança deve-se sobretudo a essa construção, que de certeza irá ter custos acrescidos pois o traçado do IP4 foi muito mal projectado, mas enfim eram as tais vias rápidas do interior no tempo do Sr. Silva que agora se pagam a muito mais do que o dobro.

b) Vila Real e Chaves já estão ligados por auto-estrada a A24, ligando esta Viseu a Chaves.

c) Falta a ligação do lado espanhol à fronteira, cerca de 15 Km, e depois entre Bragança ou onde acabar a duplicação do IP4, presumo que na fronteira e a A-52 em Espanha. Esta situação sempre foi uma das que me deixou perplexo, como é que durante anos e anos a Norte nunca tivemos ligação por auto-estrada a Espanha, a Sul também demorou creio eu, sendo que nestes dois casos especialmente Bragança (a tal única capital de distrito, como lembrou o nosso primeiro.ministro, sem auto-estrada) parece um pouco rídícula, os espanhóis fazem uma auto-estrada quase que paralela ao território português, a A-52 ou auto-pista de las Rias Bajas, ligando basicamente Vigo, cidade portuária com Aeroporto, ao resto de Espanha, ainda por cima quase que gratuita, paga-se uns quantos cêntimos para entrar em Vigo, e nós por cá demorámos uma eternidade até lançar a ideia de auto-estradas no interior, ligando o litoral desenvolvido a Espanha e consequentemente à Europa, podendo o interior profundo e sub-desenvolvido como lhe gostam de chamar colher umas migalhas. E atenção que eu não sou um maníaco defensor de alcatrão, que ache que cada aldeia no fim do mundo mereça uma auto-estrada e, como habitante do interior, ache que se deveria tentar preservar muita da paisagem natural e não a encher de estradas, pontes e viadutos e como parece ser moda aero-geradores.

De resto, queria dar os meus parabéns a esta plataforma de discussão verdadeiramente democrática e anti-lobbysta, numa altura que os think-tanks parecem estar na moda lá prós lados da política da capital deveriam era pôr os olhos aqui, que realmente tem exacerbado o meu espírito nortenho e a qual não passo sem consultar diariamente.

Jorge Santos

De: Daniel Rodrigues - "Mais uma notícia, ..."

Submetido por taf em Quarta, 2008-04-16 16:21

... para seguir com toda a atenção: Lufthansa ameaça sair de Portugal caso taxas aeroportuárias continuem a subir. Uma vez mais, o principal prejudicado seria o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Os únicos voos directos Porto - Frankfurt, um dos maiores hubs internacionais, são assegurados pela Lufthansa.

Naturalmente, a alternativa posteriormente é voar através de Lisboa. Já agora, será que alguém da TAP, empresa que beneficia do pagamento dos contribuintes portugueses de todo o país, poderia explicar como é possível que não tenha sequer um voo diário do Porto a Frankfurt, quando a Lufthansa considera que a nossa cidade tem movimento que justifica oferecer três ligações? Note-se que não estou a solicitar que conquiste cota de mercado, até porque aprecio muito mais o serviço Lufthansa, apenas queria encontrar a linha condutora das decisões de planeamento duma empresa supostamente semi-pública.

Cumprimentos,
Daniel Rodrigues

De: TAF - "Dia 24 - Visita à Fundação José Rodrigues"

Submetido por taf em Terça, 2008-04-15 23:27

Fundação José Rodrigues


Estou a organizar para o próximo dia 24 de Abril, Quinta-feira (véspera de feriado), 4º aniversário d'A Baixa do Porto, uma visita à nova Fundação Escultor José Rodrigues, um espaço magnífico de 5000m2 numa das zonas mais altas do Porto, o "Alto da Fontinha", entre as Ruas de Santa Catarina e do Bonjardim. Trata-se de uma antiga fábrica onde está instalado há já bastantes anos o atelier de José Rodrigues, que guiará a visita. Estão agora a ser criados novos espaços de trabalho para outros artistas e zonas de exposição (ainda não inauguradas, mas já na fase final de preparação) para o acervo de grande valor que foi sendo reunido. Já agora, é também lá que a Ana tem o seu atelier.

A hora de início será às 18:30, em ponto. ;-)

A seguir, para quem quiser, estou a prever reunirmo-nos a jantar em qualquer restaurante na Baixa (aceito sugestões), continuando as comemorações deste tempo já longo de "convívio virtual". Em breve darei indicações adicionais, como instruções para chegar à Fundação, etc. Gostaria que me informassem, por mail para taf@etc.pt, se tencionam ir à visita, ao jantar, ou a ambos, só para ter uma ideia do número de pessoas que devo esperar (questões logísticas).

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2008-04-15 22:37

De: Rui Valente: "O Norte, e o maldito Futebol"

Submetido por taf em Terça, 2008-04-15 18:09

Caro José Silva,

Li o seu post transcrito na "Baixa do Porto" cujo teor me deixou meio perplexo. Se por um lado critica (com razão) o «SUEVO» pelas ideias xenófobas que ele defende, por outro lado critica (já sem tanta razão) também as suas ideias separatistas.

Ora aqui, se quisesse ser coerente, já não o teria criticado. Porque sabe que os grandes "lavradores" de sementes "suevas" foram e são todos aqueles que, de Abril de 74 para cá, reduziram o país a Lisboa, ou seja, os nossos ilustres governantes. Queixe-se das causas da doença não dos doentes. Ao considerar o futebol responsável pelo alheamento das pessoas da situação degradada do Norte, está a enganar-se, porque ao contrário do que imagina o futebol tem servido para abrir os olhos a muita gente, incluindo o que estão agora fazer ao FCP.

Ou pensa que só as pessoas que não ligam ao futebol estão conscientes do que se está a passar? Então acredita mesmo que só quando o FCP deixar de ganhar campeonatos durante 10 anos é que o Porto despertará para a realidade? O problema não será outro? Não se chamará antes, comodismo? Crises de liderança? Políticos carreiristas? Autarcas medócres? Créditos para férias pascais no Brasil a desempregados? Peneiras corporativistas? Falta de união? Pode ser tanta coisa, e o meu amigo só vê o mal no futebol.

Abra os olhos José. E, já agora, veja logo o Setúbal - Futebol Clube do Porto que é capaz de ser um bom espectáculo. Olhe, eu vou ver.

Um abraço
Rui Valente

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