De: Alexandre Burmester - "Revolução"
Se o assunto da Reabilitação da Zona Histórica e também da chamada Baixa, hoje quase tão premente se não até mais, fosse um assunto de fácil resolução, estaria com certeza resolvido. Mas não é. Por um lado temos um Estado que tudo complica na legislação e nos procedimentos e que muito demora a tomar medidas adequadas em tempo útil, por outro temos uma Câmara que se alguma vez na vida tivesse entendido alguma coisa de Urbanismo e de cidade, nunca chegaríamos ao ponto em que estamos.
Há 9 anos atrás, com a revisão do PDM do Porto e a inauguração deste Blog, houve um tempo em que a discussão da cidade esteve por muitas vezes acesa e interessante. Razão esta que tem a ver com a mobilização pública, por conta das muitas opções que esta Câmara se lembrou de fazer, a grande maioria apatetadas, mas outras houve como a defesa da criação da S.R.U. que muitos aqui vieram defender. Bastará ler o historial que aqui está registado, para perceber que o desânimo e a descrença correspondem ao número cada vez menor de posts e até de alguma pertinência de assuntos. Razão esta que a muitos motivos se devem, sendo que por mim falo, estou farto de chover no molhado, e aguardo nesta fase que esta administração dê lugar a uma próxima, que seja ela qual for, tenho a certeza que muito melhor será (o que não é difícil).
Por isto Tiago, nem 1.000 nem 10.000 são necessários para fazer uma revolução. Bastaria um apenas se estivesse no sítio e no tempo certo. Por estes tempos próximos, haverá uma pequena discussão sobre a cidade, por conta das Autárquicas, feita pelos poucos que se interessam e tu lá estarás com certeza a tentar levar alguma água ao moinho. Mais Tiagos houvesse...
Em relação à Reabilitação urbana a fazer na cidade do Porto, quer na Baixa como na Zona Histórica, tive a oportunidade de vir aqui apresentar uma Proposta que continha inúmeras ideias a esse propósito. Por isso já dei para este tema, sendo que nesta pausa temporal, em que uns se vão e outros se vão chegando, nada mais espero do que o simples passar do tempo.
Não deixo nem por isso de ler e me divertir neste Blog, com artigos como os actuais que dão conta das “Cagadas anti-grafito”, ou as viagens do “Homem-estátua”, perdido que anda no seu passeio interminável pela cidade.