De: António Alves - "Rota do Património da Humanidade do Vale Internacional do Douro/Duero"
Já em tempos aqui antecipei (tendo sido na altura muito bem secundado por Daniel Rodrigues) esta verdadeira "vantagem competitiva" que é a feliz concentração de locais classificados pela UNESCO em toda esta grande região. É com alegria que vejo materializar-se este desiderato estratégico para a indústria turística regional através de uma associação de entidades portuguesas e espanholas. É assim que as coisas devem ser: com visão, horizontes abertos, ultrapassando as fronteiras artificiais que nos tolhem, em rede. A estratégia regional terá sempre de ser construída nestes moldes. Afinal estamos posicionados geograficamente num dos mais importantes "nós" da Ibéria.
Não conheço o plano estratégico que irá reger este "primeiro destino turístico ibérico", mas espero que inclua a vertente ferroviária e a coincidência, também feliz, de todo este vale estar cosido por uma linha ferroviária de excepcional beleza. Uma mais-valia que não deixará com certeza de ser aproveitada e potenciada. É urgente colmatar este verdadeiro missing link ferroviário que nos separa de Salamanca e Madrid. Talvez um dia, não muito distante, tal como na Galiza, Astúrias e País Basco, possamos ver circular um glamoroso Transduriense. Só uma dramática falta de visão estratégica é que impedirá que isso seja feito.
Apostila: Já depois de ter escrito este post surgiu a notícia do próximo "desmembramento" da CP. A Linha do Douro é um activo estratégico para o Porto e para a Região tão importante como o Aeroporto Sá Carneiro e o Porto de Leixões. Seria avisado uma reacção tão pronta contra a sua destruição, caso por exemplo o governo(?) venha a pretender encerrar o troço Régua-Pocinho, como as verificadas em relação às infraestruturas citadas.
António Alves